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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA EQUATORIAL

BACHAREL EM TEOLOGIA

MILTON THIAGO DA SILVA PEREIRA

RESUMO: IDENTIDADE ÉTNICA, IDENTIFICAÇÃO E MANIPULAÇÃO

BELÉM – PA

2020
MILTON THIAGO DA SILVA PEREIRA

RESUMO: IDENTIDADE ÉTNICA, IDENTIFICAÇÃO E MANIPULAÇÃO

Trabalho apresentado em cumprimento às


exigências da disciplina: ANTROPOLOGIA
CULTURAL, ministrada pelo Prof.ª. Rosinda
Miranda, na Faculdade Teológica Batista
Equatorial, como avaliação parcial do Curso
de Bacharel em Teologia.

BELÉM – PA
2020
OLIVEIRA, Roberto C. Identidade, etnia e estrutural social. São Paulo: Livraria
Pioneira Editora, 1976.

Mediante a leitura do livro proposto para análise, de Antônio Oliveira, averígua-se


que o conceito de grupo étnico está inteiraramente ligado à um grupo de pessoas
que estabele relações entre si, bem como: o meio biológico; valores culturais;
aspectos comunicativos, entre outros fatores. Segundo Barth, citado pelo autor, a
interligação cultural é um dos principais pontos para a definição do grupo étnico.
Além disso, destaca-se também, neste primeiro ponto, a definição dada por meio
das pesquisas sobre corpo étnico de "identificação étnica", que caracterizaria a
identificação com o uso de termos raciais, religiosos e nacionais para se
relacionarem. Portando, conforme os indivíduos se relacionem e se identifiquem,
tem-se como resultado a formação do grupo étnico. Em sequência, trata-se a
respeito da identidade e do processo de identificação em um nível individual e social
sendo, esses, polos indissociáveis, e, de acordo com a reflexão de R. Cardoso, a
identidade social é emergida devido ao processo de identificação relacionada a um
grupo social, não descartando a identidade individual. Afim de melhor compreender
tais aspectos, evidencia-se a "identidade constrativa", i.e., uma identidade que surge
em oposição ao outro, ou seja, analisando as outras identidades
“etnocentricamente”. Vale ressaltar que, o objetivo do autor, em um primeiro
momento, aplica-se em analisar o objeto “identidade étnica” no sentido de buscar
conhecer além dos aspectos concretos. Posterior a isso, trata-se a respeito da
categoria de identificação que se assemelha à papéis desempenhados pelos
indivíduos que optam ou se incluem naturalmente em um determinado grupo, p.
exemplo, para cada categoria de identidade há um conjunto de normas e deveres a
se cumprir, porém, o autor afirma que esta não pode ser caracterizada em sentido
absoluto. Outrossim, mostra-se no texto que a relações intertribais são constituídas
a partir de grupos que laçam mão do isolamento e passam a se relacionar por meio
de práticas, bom como o matrimônio entre pessoas de grupos distintos. Por meio de
um exemplo que trabalha o caso dos remanescentes Kinikináu, verifica-se o que
Erikson define como “identidade latente”, que é aquela que pode ser invocada em
quaisquer circunstâncias situacionais. Por conseguinte, atribui-se ao texto que as
relações interétnicas não se limitam apenas em sistemas de interações tribais, mas
também em um nível interracial. No entanto, frisa-se que o termo “relações
interétnicas” em maior parte fora aplicado para expressar o conquistador europeu e
as populações aborígenes, apesar de na obra analisada expressar etnias em geral.
Prosseguindo, R. C. de Oliveira, ao tratar sobre as compulsões desagregadoras que
mais afetam os grupos étnicos se dão na classe infantil, pois a exposição à
situações discriminatórias passam a ideia de uma “identidade negativa”, que se
pendura nas outras fases da vida, em contrapartida não se pode afirmar que esse
ponto de vista da identidade seja aderido na unicamente na infância, mas por meio
de alguma análises, verificou-se que aos 4 anos a criança poderá apresentar sinais
de preconceitos raciais. Ademais, fala-se também sobre a “cultura de contato”
descrita, em muitos casos, como causadora do processo de aculturação, trabalha-
se esse conceito como meio de se obter soluções para problemas de caráter gerais,
coloca-se a ideia de ser mais do que um conjunto de representação, pois por meio
da mesma se identifica a si próprio e aos outros. Nesse sentido, conclui-se
mostrando os tipos de contato entre as culturas, i.e., envolvendo unidades étnicas
simetricamente relacionadas, assimétricas e hierarquicamente justapostas e, por
último, unidades étnicas assimetricamente relacionadas, que está relacionado às
relações que obedecem a uma dinâmica de ordem no âmbito de uma “estrutura de
classes”.

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