Você está na página 1de 8

ASSESSORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA PARA RESULTADOS – ASR

NÚCLEO DE INOVAÇÃO E PESQUISAS – NIP

RT-01.70

MÉTODO DE ENSAIO PARA


AVALIAÇÃO DO POTENCIAL
DE EXPANSÃO DE ESCÓRIA
DE ACIARIA

COLABORAÇÃO:

Engº JOSÉ FLÁVIO DO NASCIMENTO – DP / GEM

RELATOR:

Engº WAGNER CAVAZZA PINTO COELHO – ASR / NIP


Belo Horizonte – Janeiro de 2009
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

I. ORIGEM
Este documento constitui uma adaptação do Método de Ensaio de Expansão PTM -
130/1978, do Departamento de Transportes da Pennsylvania, dos Estados Unidos da
América, elaborado pela DMA-1/DER-MG (1982).

II. OBJETIVO
2.1. Este método de ensaio descreve a determinação do grau de expansão da escória de
aciaria, quando compactada e testada em laboratório. As escórias de aciaria produzidas no
processo de fabricação de aço, tais como open hearth, oxigênio básico e fornos de arco
elétrico, são geralmente expansivas com mudanças de volume de até 10 %, atribuídas à
hidratação dos óxidos de cálcio e magnésio.
2.2. Este método é aplicável a qualquer material que possa apresentar características
expansivas.

III. CONDIÇÕES GERAIS


A aparelhagem utilizada nesse ensaio deve ser constituída por:
3.1 Molde
O molde deve ser de metal, de forma cilíndrica, com diâmetro interno de 15,24 cm ± 0,13
mm e uma altura de 17,78 cm ± 0,13 mm.
O molde deve ser provido de uma colar de extensão metálico de 5,08 cm de altura e uma
base perfurada de metal, denominada prato, de 9,53 mm de altura.
As perfurações no prato da base não devem exceder 1,59 mm de diâmetro. Esse molde
deve ser recoberto com preventivo anti corrosão ou construído de aço inoxidável.
3.2 Disco Espaçador
O disco espaçador circular de metal deve ter dimensões de 15,08 cm de diâmetro e 6,14
cm de altura.
3.3 Soquete
O soquete metálico cilíndrico deve ter 5,1 cm de diâmetro na sua face inferior, plana, com
peso de 2,496 kg, equipado com dispositivo para controle de altura de queda igual a 30,48
cm.

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
2/8 29/ 12/ 2008
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

3.4 Aparelhos Medidores da Expansão

O aparelho medidor de expansão deve ser constituído por uma haste metálica ajustável e
prato perfurado.
As perfurações do prato devem ter diâmetro máximo de 1,59 mm e um tripé metálico para
suportar o extensômetro, medidor da expansão vertical acumulada.
3.5 Pesos
Os dois pesos metálicos anelares ou quatro pesos metálicos providos de ranhuras devem
totalizar 4,54 kg, com diâmetro de 14,92 cm e um orifício central de 5,40 cm de diâmetro.

3.6 Extensômetro
O extensômetro deve ser provido de dial com leitura de 0,025 mm.

3.7 Outros Aparelhos


Tais como: bandeja para mistura, esquadro, escala, tanque de imersão ou balde, papel
filtro, pratos e estufa a 71º C ± 3º C.

IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS


4.1 Identificação
A seguinte identificação deve acompanhar cada amostra:
• Número da amostra: cada amostra retirada do estoque deve ter 3 números
distintos, a saber: 1, 2 ou 3;
• Nome do proprietário ou vendedor;
• Identificação ou designação da pilha de estocagem;
• Data em que a pilha iniciou o período de cura;
• Quantidade aproximada disponível da pilha de estocagem.

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
3/8 29/ 12/ 2008
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

4.2 Preparação da Amostra


4.2.1 Secar a amostra ao ar;
4.2.2 Passar a amostra na peneira 2” ou 50,8 mm. Desprezar a fração retida nessa peneira.
A fração passada na peneira 2” constitui a amostra total, da qual devem ser retiradas as
amostras para os ensaios de compactação e expansão. Essa amostra é chamada
“amostra inicial”.
4.3 Amostra para relação de umidade ótima – Densidade Máxima
4.3.1 Da amostra obtida em 4.2.2 deve-se obter, com auxílio de repartidor de amostras ou
por quarteamento, uma amostra representativa de 6,5 kg ou mais;
4.3.2. Passar esta amostra representativa na peneira ¾” (19 mm); havendo material retido
na peneira, procede-se à substituição do mesmo, por igual quantidade em peso do material
passando na peneira ¾” (19 mm) e retido na de n.º 4 (4,8 mm), obtido de outra amostra
representativa, conforme o item 4.3.1;
4.3.3. Determinar a curva de umidade ótima e a densidade máxima, de acordo com o
método DNER – DPT 49/64, observando entretanto, que a escória deve ser compactada
em três camadas iguais com 56 golpes por camada, com molde, soquete e disco
espaçador como especificado anteriormente no item III, e que, as amostras só devem ser
utilizadas para teste de expansão.

4.4. Teste de Expansão


Devem ser utilizados no teste de expansão, os três corpos de prova, com umidade próxima
da ótima, sendo que um deles deve se situar no ramo seco, outro no ramo úmido e o outro
entre os dois anteriores.
Deve-se proceder da seguinte maneira:
4.4.1 Colocar um disco de papel de filtro grosso na placa de base perfurada, invertendo o
molde com a escória compactada, como obtida em 4.3.3, fixando na mesma, a placa de
base perfurada, de maneira que o papel de filtro fique em contato com a escória;
4.4.2 Colocar a haste ajustável e a placa perfurada sobre cada corpo de prova e aplicar
pesos para produzir sobrecarga de 4,542 kg. Submergir o molde e os pesos em água
pré-aquecida a 38º C, permitindo à água livre acesso por cima e por baixo da
amostra;

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
4/8 29/ 12/ 2008
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

4.4.3 Colocar a amostra submersa numa posição nivelada em uma estufa controlada para
.........71º C ± 3º C;
4.4.4 Ajustar o tripé no colar de extensão.
O dial do extensômetro deve ser estabelecido, de forma que seu pistão não seja muito
estendido, permitindo medidas do assentamento ou consolidação inicial da amostra.

4.5 Procedimentos
4.5.1 Anotar a medida inicial, tomada 30 minutos após a colocação da amostra na estufa
de 71º C ± 3º C. Essa medida é a leitura básica e permite a expansão térmica dos
aparelhos de teste.
4.5.2. As medidas devem ser anotadas no mínimo, uma vez por dia (de preferência, à
mesma hora do dia ), por um período de 7 dias;
4.5.3 Adicionar água suficiente para que a amostra de teste permaneça completamente
.........submersa. A água deve ser adicionada pelo menos 2 horas antes da leitura do dia.
4.5.4 Após o período de 7 dia,s a água deve ser removida do tanque ou balde e mantida
na estufa a 71º C ± 3º C e a condição de saturação (não submersa) deve ser
mantida por mais 7 dias;
4.5.5 As medidas da expansão devem continuar como descrito no item 4.5.2 e não devem
ser anotadas antes de 2 horas após adição de água na amostra;
4.5.6 Um mínimo de 500 CC de água deve ser adicionado à parte de cima da amostra
todos os dias, a fim de que esta se mantenha completamente saturada;
4.5.7 Após essas duas semanas de expansão deve-se desmanchar cuidadosamente a
amostra de teste e verificar se houve alguma formação cristalina na superfície das
partículas de escórias.

4.6 Cálculos
4.6.1. Porcentagem de Expansão Volumétrica
Deve-se calcular a porcentagem de expansão, dividindo-se a leitura feita no extensômetro
menos a leitura base, pela altura inicial da amostra (11,64 cm).

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
5/8 29/ 12/ 2008
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

4.6.2. Taxa de Expansão


A taxa de expansão é a curva do tempo em dias (eixo X) versus a porcentagem de
expansão (eixo Y), conforme mostrado na Figura 1.
As partes da curva desenvolvidas durante as condições de “submersão” e “não submersão”
devem ser claramente indicadas e as taxas de expansão devem ser calculadas em
separado, para cada uma das duas partes.

4.6.3 Porcentagem da Expansão Volumétrica Total

Deve ser representada pela leitura do extensômetro após 14 dias, das condições
combinadas de submersão e não submersão, menos a leitura de base do extensômetro,
dividida pela altura inicial da amostra (11,64 cm).

4.7 Relatório

O relatório deve incluir as seguintes informações:

a) Distribuição dos tamanhos das partículas (gráfico) da amostra original;


b) Distribuição dos tamanhos das partículas (gráfico) da amostra preparada antes do
teste;
c) A umidade ótima e densidade máxima da amostra, conforme item 4.3.3;
d) A umidade ótima e densidade máxima da amostra, usadas nos testes de expansão;
e) A curva de expansão, como retratada na Fig. 1, incluindo a porcentagem
volumétrica total (uma dimensão), expansão após 14 dias e indices de expansão;
f) A média das três expansões volumétricas para as três amostras retiradas das pilhas
de estocagem;
g) Determinação do pH da amostra e difração com raios X, se especificado.

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
6/8 29/ 12/ 2008
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

FIGURA 1

Curva de Expansão

Submersa Saturada
6,0

5,0

Taxa de expansão: ___% Taxa de expansão: ___%


4,0

3,0
Expansão vertical (%)

2,0 Amostra n.:


γd =
w=
1,0 Expansão volumétrica total
após 14 dias: _____ %

0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Tempo de cura (dias)

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
7/8 29/ 12/ 2008
Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT - 01.70
Unidade Emissora: DP / NIP
Sistema: PROJETOS Data da Vigência: 05/01/2009
Assunto:
MÉTODO DE ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DE
ESCÓRIA DE ACIARIA

ANEXO 1

QUADRO COMPARATIVO - ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO

Nº de golpes Disco
Energia Aplicação Nº de camadas Soquete
por camada Espaçador

Método PTM130 Geral 3 56 2,5 Kg 2 ½”

Convencional (DNIT) Sub-Leito 5 12 4,5 Kg 2 ½”

Intermediária (DNIT) Base e Sub-Base 5 26 4,5 Kg 2 ½”

Modificada (DNIT) Base e Sub-Base 5 56 4,5 Kg 2 ½”

Convencional
Sub-Leito 5 13 4,5 Kg 2”
(DERMG)

Intermediária (DER-
Base e Sub-Base 5 29 4,5 Kg 2”
MG)

Modificada (DER-MG) Base e Sub-Base 5 59 4,5 Kg 2”

Obs.: 1 - As energias utilizadas no DER/MG são equivalentes às utilizadas nas normas do DNIT
2 - A energia do PTM 130 é equivalente às convencionais (DNIT e DER/MG)

V. VIGÊNCIA
Esta Recomendação Técnica entra em vigor em 05 / 01 / 2009, revogando as disposições
em contrário.

Assinatura das Autoridades Competentes

Engª Selma Schwab Engº Haroldo Carlos da Costa Engº Fernando Antônio Costa Jannotti
Coordenadora NIP/ASR Diretor de Projetos Vice-Diretor Geral
8/8 29/ 12/ 2008

Você também pode gostar