Você está na página 1de 4

Orações coordenadas / subordinadas

As frases e os constituintes frásicos podem ser articulados por meio


de processos de coordenação ou de subordinação. As frases complexas
por duas ou mais orações, coordenadas ou subordinadas.
Orações coordenadas sindéticas
Copulativas, adversativas, disjuntivas,
conclusivas, explicativas
Coordenação ou
Oração coordenada assindética

Processos Oração subordinada substantiva


de Completiva, relativa
articulação
ou
Subordinada Oração subordinada adjetiva
Restritiva, explicativa
ou
Oração subordinada adverbial
Causal, temporal, final, condicional,
concessiva, comparativa, consecutiva

COORDENAÇÃO
A coordenação é um processo de formação de frases complexas que consiste na
combinação de duas ou mais unidades linguísticas com a mesma categoria e/ou função
sintática. A coordenação pode ser sindética ou assindética.
Oração coordenada sindética (oração introduzida por uma conjunção ou locução
coordenativa):
Copulativa – oração que exprime uma relação de adição/ligação;
Ex. Ontem li um livro e vi um filme.
Disjuntiva – oração que exprime uma relação de alternativa;
Ex. Nos tempos livres, leio livros ou vejo filmes.
Adversativa – oração que exprime uma relação de oposição;
Ex. Gosto de livros de poesia, mas prefiro romances.
Conclusiva – oração que exprime uma conclusão/desfecho de um raciocínio;
Ex. Tenho trabalho ara fazer, portanto não verei nenhum filme.
Explicativa – oração que apresenta um esclarecimento ou uma justificação.
Ex. A Rita alugou um DVD do filme O Pianista, pois leva-o na mão.
Oração coordenada assindética – oração sem conjunção ou locução expressa.
Ex. Interessei-me pelo filme O Fiel Jardineiro, vi-o, fiquei emocionado.
SUBORDINAÇÃO
A subordinação é um processo de formação de frases complexas que consiste
na combinação de duas ou mais unidades linguísticas com categorias e/ou funções
sintáticas distintas. No processo de subordinação há uma oração subordinada que
depende de um constituinte (geralmente outra oração) subordinante. As orações
subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
As orações subordinadas podem ser finitas (se as formas verbais forem finitas –
flexionadas em tempos do indicativo, conjuntivo e imperativo) ou não finitas infinitivas
(se a forma verbal se encontrar no infinitivo), gerundivas (se a forma verbal se
encontrar no gerúndio) ou participiais (se a forma verbal se encontrar no particípio
passado).

Oração subordinada substantiva (tem a função sintática tipicamente desempenhada


por grupos nominais):

Completiva – completa o sentido da oração de que depende, tendo uma função de


sujeito ou de complemento (do verbo, do nome ou do adjetivo);
Ex. É possível que o livro O Pianista esteja esgotado. (Sujeito)
A Ana perguntou-te se hoje não irias ao cinema. (Complemento direto)
Esqueci-me de que tinha combinado ir ao cinema com a Carina. (Complemento
oblíquo)
A Carina pediu-me para adiarmos o encontro. (Complemento direto/não finita
infinitiva)

Relativa – não tem antecedente; pode desempenhar a função de sujeito, de


complemento direto, de complemento indireto, de complemento oblíquo ou de
modificador do grupo verbal.
Ex. Quem tudo quer tudo perde. (Sujeito)
Ele perguntou as horas a quem passava na rua. (Complemento indireto)
O Duarte faz desporto onde calha. (Modificador do grupo verbal)
Não tenho com quem falar. (Complemento oblíquo/não finita infinitiva)
Oração subordinada adjetiva (tem uma função sintática tipicamente desempenhada
por um grupo adjetival):

Relativa restritiva – restringe/limita a informação dada sobre o antecedente,


exercendo a função de modificador restritivo. Não é isolado por vírgulas;
Ex. Os contos que foram escritos por Sophia são encantadores.

Relativa explicativa – não restringe/não limita a informação dada sobre o


antecedente, exercendo a função de modificador apositivo. É isolada por vírgulas.
Ex. Sophia, que escreveu o conto “Homero”, é uma escritora de renome.

Oração subordinada adverbial (tem uma das funções sintáticas tipicamente


desempenhadas por grupos adverbiais – modificador do grupo verbal ou modificador
da frase):

Causal – exprime a razão/causa do evento descrito na subordinante;


Ex. Li os Contos Exemplares porque adoro narrativas ficcionais. (finita)
Li Ruy Belo visto adorar poesia. (não finita infinitiva)
Estando O Pianista nas salas de cinema, não perderei a oportunidade de o ir ver já.
(não finita gerundiva)

Temporal – Exprime uma ideia de tempo relativamente à subordinante;


Ex. Lerei a poesia de Sophia mal acabe de ler a de Ruy Belo. (finita)
Uma vez lido Ruy Belo, lerei Sophia. (não finita participial)
Chegando à biblioteca, requisitarei o livro. (não finita gerundiva)
Até acabar o trabalho, não terei tempo para ir ao cinema. (não finita infinitiva)

Final – Exprime a intenção/finalidade do evento descrito na subordinante;


Ex. trouxe-te o livro para que o lesses. (finita)
Trouxe-te o livro para o leres. (não finita infinitiva)
Condicional – exprime a condição em que se verifica o facto expresso pela
subordinante;
Ex. Se gostares do livro, posso emprestar-te outro. ( finita)
Gostando do livro, posso emprestar-te outro. (não finita gerundiva)
A gostares do livro, empresto-te outro. (não finita infinitiva)

Concessiva – Transmite uma ideia de contraste relativamente à subordinante;


Ex. Ainda que Sophia me pareça interessante, prefiro Ruy Belo. (finita)
Apesar de gostar de Sophia, prefiro Ruy Belo. (não finita infinitiva)
Carlos Oliveira, embora tenha escrito excelente poesia, é conhecido sobretudo pela
prosa. (finita)

Comparativa – estabelece uma comparação relativamente à subordinante, exprimindo


o grau;
Ex. O livro O Nome da Rosa é tão bom quanto o filme [é]. (finita)

Consecutiva – exprime a consequência de um facto apresentado na subordinante;


pode também exprimir o grau da consequência.
Ex. O livro é tão interessante que vou acabar de o ler já. (finita)
O livro é interessante a ponto de eu acabar de o ler já. (não finita infinitiva)

Você também pode gostar