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RESUMO - GRAMÁTICA 11º e 12º

FUNÇÕES SINTÁTICAS

● Sujeito
quem? / o quê? + verbo
pessoa, objeto ou ser sobre o qual se fala

Pode ser constituído por:


- nome acompanhado de outras palavras (determinante - nome - adjetivo);
- pronome;
- apenas um nome

Pode surgir:
- no início da frase à esquerda do verbo
- depois do predicado
- interior da frase

➔ sujeito simples
constituído por um único nome / pronome

➔ sujeito composto
constituído por mais que um nome / pronome / nome + verbo

➔ sujeito nulo
não está expresso na frase.

➔ nulo subentendido
não está expresso na frase mas é identificável através da
flexão verbal.
➔ nulo indeterminado
não identificável uma vez que se refere a uma identidade
não especificada.
● Predicado
o que se diz sobre o sujeito?

Pode ser constituído por:


- apenas o verbo;
- verbo + elementos.

● Vocativo
palavra ou expressão que nos indica a pessoa a quem
nos dirigimos.

Pode surgir:
- no início, fim ou meio da frase;
- obrigatoriamente separado por vírgulas;
- pode ser precedido por “Ó”

FUNÇÕES SINTÁTICAS INTERNAS AO GRUPO VERBAL


- são aquelas que fazem parte do predicado.

● Complemento Direto
- exigido por verbos transitivos diretos;
- pode ser substituído por: o/a, os/as ou isso

● Complemento Indireto
- exigido por verbos transitivos indiretos;
- desempenhado por um grupo preposicional iniciado por “a”
- pode ser substituído por: lhe/lhes.

● Complemento oblíquo
- exigido por verbos transitivos indiretos;
- desempenhado por um grupo preposicional ou adverbial;
- não pode ser substituído por nenhum pronome.

● Complemento Agente da Passiva


- surge numa frase passiva;
- desempenhado por um grupo preposicional iniciado por “por”;
- na frase ativa desempenha sujeito.

● Predicativo do Complemento Direto


- aparece depois dos verbos achar, julgar, nomear …
- verbos que pedem o complemento direto e uma expressão que complete
o sentido do verbo e do c.d.

● Modificador do Grupo Verbal


- não é exigido por nenhum elemento do grupo verbal
- acessório que pode ser retirado da frase
Pode ter 3 valores:
- temporal ( No verão, Lourença ia para a praia.)
- locativo ( Havia uma grande festa em casa do Cavaleiro.)
- modal ( O cavaleiro enfrentou corajosamente o frio.)

● Predicativo do Sujeito
- exigido por verbos copulativos: ser, estar, ficar …
- não pode ser substituído por nenhum pronome.

FUNÇÕES SINTÁTICAS INTERNAS AO GRUPO NOMINAL

● Modificador do nome
constituintes colocados à direita do nome
modificando-o

➔ restritivo
- não pode ser separado por vírgulas.
Pode ser desempenhado por:
- adjetivos;
- grupo de palavras iniciados por preposição;
- orações subordinadas adjetivas relativas restritivas.

➔ apositivo
- delimitado por vírgulas.
desempenhado por:
- expressões nominais;
- orações subordinadas adjetivas relativas explicativas.
● Complemento do nome
- selecionado pelo nome que o antecede, completando o seu sentido;
- introduzido por uma preposição simples ou contraída;
- não pode ser suprimida.

Exigido por:
- nomes que que estabelecem uma relação de posse;
- nomes que designam parentesco ou relação social;
- nomes derivados de outros nomes, adjetivos ou verbos;
- nomes de valor irónico;
- nomes que regem preposição.

FUNÇÕES INTERNAS AO GRUPO ADJETIVAL

● Complemento do Adjetivo
- selecionado pelo adjetivo que o antecede, completando o seu sentido;
- introduzido por uma preposição;
- pode ser opcional ou obrigatório quando sem ele a frase não tem sentido.

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

● Coerência Textual
- acrescenta novos factos ou ideias;
- obedeça à regra de não contradição;
- renova informação;
- privilegia informação relevante;
- espelha a continuidade do sentido.

● Coesão Textual
- coesão lexical (repetição da mesma palavra ou substituição por outras)
- coesão gramatical (organização interna dos elementos linguísticos e
com princípios de concordância)

ORAÇÕES SUBORDINADAS

oração contida numa frase complexa que desempenha uma função


sintática na frase em que se encontra, estando dependente de
uma oração ou elemento subordinante.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
desempenha a função sintática de sujeito ou complemento direto
de um verbo, nome ou adjetivo.

● Completiva
- é sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser
introduzida pelas conjunções subordinativas que, se e para ou verbo no
infinitivo
- pode depender de verbos: perguntar, responder, dizer, jurar,
proclamar
- pode depender de expressões: é importante, é necessário, é
fundamental, é conveniente
- O jornalista afirmou que desconhecia o caso.
- É importante que chegues cedo.

● Relativa
- introduzida por nomes relativos sem antecedente, como, quem, o que,
onde, quanto.
- Quem canta os seus males espanta.
- Encontro respostas onde menos espero.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA


desempenha a função sintática de modificador, sendo
introduzida por uma palavra relativa (pronome, advérbio,
quantificador ou determinante).

● Relativa restritiva
- tem a função de restringir a informação dada sobre o antecedente,
ou seja, de identificar a parte do domínio denotado pelo
antecedente.
- Os textos que escreveu na prisão retratam as
circunstâncias políticas do período do Estado Novo.
- Vou passar férias com os tios que vivem na Grécia.

● Relativa Explicativa
- contribui com informação adicional sobre o antecedente
- As viagens, que fazem bem à alma, não são o meu
passatempo favorito.
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL
desempenha a função sintática de modificador da frase ou grupo
verbal

● Causal
- exprime a razão, o motivo do evento descrito na subordinante.
- pode ser retirada
- apresenta mobilidade na frase
- são introduzidas por uma conjunção ou locução conjuncional
subordinativa causal (porque, como)
- Uma vez que a praia está deserta, a Ana dança à vontade.

● Comparativa
- contém o segundo elemento de uma comparação que se estabelece em
relação a uma situação apresentada na subordinante
- são introduzidas por uma conjunção ou locução conjuncional
subordinativa comparativa (como, tal como)
- não tem mobilidade na frase
- Ela toca tão bem como toca.

● Concessiva
- transmite uma ideia de oposição ou contraste relativamente ao que é
apresentado na subordinante
- são introduzidas por uma conjunção ou locução conjuncional
subordinativa concessiva (embora)
- tem mobilidade na frase
- A Maria foi correr, embora estivesse frio.

● Condicional
- exprime a condição em que se verifica o facto expresso na subordinante
- são introduzidas por uma conjunção ou locução conjuncional
subordinativa condicional (se, caso, caso de )
- Vamos ao parque aquático se não tiveres medo de alturas.

● Consecutiva
- exprime uma consequência de um facto apresentado na subordinante
- são introduzidas por uma conjunção ou locução conjuncional
subordinativa consecutiva (tão, de tal maneira, tanto - introduzida
por que)
- não apresenta mobilidade na frase, surgindo depois da subordinante
- O livro era tão interessante que o li em dois dias.

● Temporal
- estabelece a referência temporal em relação à qual a subordinante é
interpretada
- pode ser retirada
- apresenta mobilidade na frase
- são introduzidas por conjunção ou locução conjuncional subordinativa
temporal (mal, quando, enquanto, assim que, logo que, mal que)
- Dá-me uma ajuda quando puderes.

● Final
- exprime a intenção (finalidade) da realização da situação descrita
- introduzida por uma conjunção ou locução conjuncional subordinativa
final (para, com a finalidade de)
- Eu comprei-o para que faças trabalhos melhores.

CÁBULA

pronomes relativos advérbio relativo quantificador

que, cujo, a qual, quem onde, como quanto

Orações que podem ter “que”

adverbiais subs. completiva adjetiva relativa


- causais - depois de um verbo - explicativa ou restritiva
- consecutiva - depois de expressões - depois de um nome ou
adjetivo

PREPOSIÇÃO

- as preposições são palavras invariáveis que servem fundamentalmente como


conectores entre palavras ou grupo de palavras (Estou com dores de cabeça)
- as locuções preposicionais têm a mesma função que as preposições. são
constituídas por grupos fixos de palavras que terminam sempre em preposição
- algumas preposições podem contrair-se com alguns determinantes ou pronomes
( a+o - ao; em+o - no …)
- a preposição não tem, por regra, um significado próprio. No entanto, algumas
surgem, frequentemente, associadas às noções de:
- espaço: estou sobre o mar
- espaço e movimento: vim desde casa a correr
- tempo: cheguei durante a tarde
- companhia: vou com um amigo

CONJUNÇÃO

- a conjunção é uma palavra invariável e insere-se numa classe gramatical


fechada
- a conjunção liga elementos da frase (Trago jornais e revistas)e introduz orações
(Procuro os títulos nos jornais e tu recortas)
- são portanto elementos imprescindíveis para a articulação de frases e a sua
ordenação lógica nos textos

VALOR ASPETUAL
● Genérico: situações intemporais e universais - Presente Indicativo
- Fernando Pessoa é um génio.

● Imperfetivo: situação inacabada - Pretérito Imperfeito


- Os alunos refletiam sobre os efeitos da solidão.

● Perfetivo: situação terminada - Pretérito Perfeito


- Os alunos escreveram uma reflexão sobre a solidão.

● Iterativo: situação prolongada em determinado período de tempo -


Pretérito Perfeito Composto
- Os alunos têm estudado Fernando Pessoa.

● Habitual: situação recorrente


- Costumamos estudar a Mensagem no início do ano.

VALOR MODAL
Modalidade:

● Apreciativa: expressa-se apreciações sobre o conteúdo

↗ valor de certeza - assume uma posição de certeza


● Epistémica:
↘ valor de probabilidade - supõe que possa ser verdade ou não

↗ valor de permissão - autorizar


● Deôntica:
↘ valor de obrigação - impor/proibir

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