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O primeiro anjo tem um “evangelho eterno para pregar aos que se assentam
sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (verso 6). Por isso, o
objetivo da tríplice mensagem não é aterrorizar pessoas, mas lhes dar
esperança e salvá-las pela fé no sacrifício expiatório de Jesus Cristo
(Apocalipse 1:5; 14:12). Deve ser pregada com grande voz, resultando em
pessoas convertidas “que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”
(verso 12).
Momento de juízo
O motivo para o temor reverencial e dar glória a Deus é o início do Seu juízo.
Trata-se do juízo investigativo pré-advento iniciado em 1844, e ensinado em
Daniel 7:9-14 e 8:14.[3] O evangelho eterno não anula a base bíblica e a
relevância do juízo (2 Coríntios 5:10; Hebreus 9:27-28; Apocalipse
22:11).[4] Pessoas transformadas pelo evangelho glorificam a Deus em tudo (1
Coríntios 10:31). Pois, “dar glória a Deus é revelar o caráter dEle por meio do
nosso e, assim, torná-Lo conhecido”[5].
Queda de Babilônia
Na sequência, o segundo anjo anuncia: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem
dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (vs. 8).
“Em Apocalipse capítulo 17, Babilônia é representada por uma mulher. Trata-se
de uma figura que a Bíblia usa como símbolo de igreja, sendo uma mulher
virtuosa a igreja pura, e uma mulher desprezível, a igreja apóstata.[9]
Deus ordena não adorar imagens de escultura (Êxodo 20:4-6), porém, ela
induz multidões a este grande pecado. Enquanto a Bíblia ensina a salvação
pela fé no sacrifício de Jesus Cristo (Atos 4:12; Apocalipse 13:8), Babilônia
promove hereticamente salvação por sacramentos, indulgências e boas obras.
Enquanto Cristo intercede por seu povo no santuário celestial, ela estabeleceu
um sistema terrestre rival por meio da missa e da intercessão
sacerdotal.[12] Esta mensagem continuará até o fim, uma vez que Babilônia é
descrita como se tornando cada vez pior.[13] Por sua vez, o terceiro anjo segue
o segundo, “com grande voz”. “Se alguém adora a besta e a sua imagem e
recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho
da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice de sua ira, e será
atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do
Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não
têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da
sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a
perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus” (Apocalipse 14:9-12).
Alto clamor
“Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande
autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória. Então, exclamou com
potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de
demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo
gênero de ave imunda e detestável” (Apocalipse 18:1-2).
Este é o alto clamor do terceiro anjo. Capacitado pela chuva serôdia do Espírito
Santo, o povo de Deus anunciará a queda completa de Babilônia, pois todas as
nações terão bebido completamente “do vinho do furor da sua prostituição”
(verso 3). A primeira chuva do Espírito Santo foi nos dias apostólicos (Atos 2:1-
15). A última ocorrerá “antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor”
(Joel 2:23, 28-32; Atos 2:17-21).[16] “De fato, todo mundo será cheio ou do
Espírito Santo ou do espírito de demônios. Não haverá experiência neutra”.[17]
Fidelidade ao Criador
A terceira mensagem angélica faz alusão a Apocalipse 13 e à marca da besta,
a ser imposta por decreto a partir dos Estados Unidos da
América.[19] Conforme as Escrituras, o selo da lei de Deus se encontra no
quarto mandamento (Isaías 8:16; Êxodo 31:17; Isaías 8:16; Ezequiel 20:12,
20). “Unicamente este, entre todos os dez, apresenta não só o nome, mas o
título do Legislador. Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra, e mostra,
assim, o Seu direito à reverência e culto, acima de todos”.[20]
Tempo de proclamar
Este tempo é tremendamente solene, e de muitas oportunidades para a
pregação do evangelho e da verdade presente. Segundo Ellen White, mesmo
antes do tempo de prova “o alto clamor do terceiro anjo já começou na
revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os
pecados.[29] Precisamos do “espírito do alto clamor”. “Oh, vejo tanto a
necessidade de nossos ministros se possuírem do espírito do alto clamor antes
que seja demasiado tarde para trabalhar pela conversão de almas!”.[30]
Referências
[1]Ellen G. White, História da redenção, 11ª ed. Tatuí, São Paulo: Casa
Publicadora Brasileira, 2013, p. 385.
[10]Ibidem, p. 388.
[12]C. Mervin Maxwell, Uma nova era segundo as profecias de Daniel, 2ª ed.
Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 190. Wilson Borba, “La
doctrina católica romana de la transubstanciación a la luz de Mateo 26:26-28, e
implicaciones con el ministério de Cristo en el santuario celestial”. Tesis de
maestria (2014) Universidad Peruana Unión.
[14]Ellen G. White, Conselhos sobre saúde, 4 ed. Tatuí, São Paulo, Casa
Publicadora Brasileira, 2013, p. 524.