Desenvolvido pelas autoras Juliana Doretto e Sabrina Generali, o artigo
“O consumo de notícias por crianças durante a pandemia da Covid-19: estudo com leitores de um jornal infantojuvenil” apresenta dados de uma pesquisa quantitativa realizada com leitores do jornal infantojuvenil brasileiro Joca, durante a pandemia da Covid-19, em 2020. A pesquisa tem como objetivo investigar o consumo de conteúdo jornalístico pelas crianças no isolamento social. Os dados mostraram que cerca de 60% dos entrevistados começaram acompanhar os noticiários de forma mais assídua a fim de entender mais sobre o Coronavírus. Para a metodologia, foram entrevistadas 156 crianças e adolescentes entre 8 a 14 anos de idade. Além disso, um dos principais interesses da pesquisa é compreender o consumo noticioso de crianças durante o isolamento social. Com fundamentos do jornalismo infantil e do consumo noticioso, a pesquisa foi realizada com crianças leitoras do jornal Joca. Nesse contexto, as autoras dissertam sobre o consumo jornalístico na infância e apontam a “necessidade de subsídios aos consumidores de mídia – com destaque para as crianças – para que estes saibam se posicionar diante dela” (DORETTO; GENERALI, 2021). Ao avaliar a importância do consumo midiático na formação e no desenvolvimento da criança, Doretto e Generali (2021) defendem a mediação adulta como parte fundamental no processo de consumo e aprendizagem, sendo os familiares e a escola os principais agentes estimuladores da criança. A pesquisa também mostra um aumento no consumo de notícias por parte das crianças durante a Pandemia da Covid-19, cerca de 28% dos entrevistados começaram a consumir notícias na pandemia. Respostas apontam que por conta da quarentena os entrevistados procuraram mais sites de notícias e jornais, no intuito de acompanhar as atualizações da doença no país (DORETTO; GENERALI, 2021).
b) Sobre as autoras:
Juliana Doretto é Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade
Nova de Lisboa (2016), mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo (2010) e graduada em Comunicação Social - Jornalismo, também pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS COMUNICAÇÃO E MÍDIAS DIGITAIS KARLA GIOVANA ESSY
Linguagens, Mídia e Arte, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-
Campinas).Pesquisadora cofundadora da Recria (Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências; iniciativa internacional, que visa fomentar o campo da comunicação e infância no país), membro da rede de pesquisa Metacrítica (Rede de Pesquisa em Cultura Midiática), assessora do podcast Radinho BdF, produção para crianças do Brasil de Fato, e mentora na área de infância e adolescência da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, Jornalista Amiga da Criança (diploma concedido pela Andi - Comunicação e Direitos) e cofundadora do Colo (Coletivo de Jornalismo Infantojuvenil).
Por sua vez, Sabrina Generali é doutora em Comunicação e Práticas de
Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), integrante do grupo de pesquisa “Deslocar - Interculturalidade, cidadania, comunicação e consumo” e do projeto “Cátedra Maria Aparecida Baccega”. Pós-Graduada em Gestão Integrada da Comunicação Digital pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Letras (linha de pesquisa Teorias do Texto, área de concentração Sociolinguística), pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Uni Fiam Faam (SP) / Universidade Tiradentes (Unit-SE). Tem experiência profissional nas áreas de Educação, Comunicação e Marketing.
Referência:
DORETTO, Juliana; GENERALI, Sabrina. O consumo de notícias por crianças
durante a pandemia da Covid-19: estudo com leitores de um jornal infantojuvenil. Contracampo, Niterói, v. 40, n. 3, set./dez. 2021.
2. Educomunicação e mediação tecnológica
a) Resumo da pesquisa:
No artigo “Mediação Tecnológica na Educação: Os Aportes Teóricos e
Práticos da Educomunicação para a Educação a Distância”, Marciel Aparecido Consani analisa a importância da mediação tecnológica e o papel da educomunicação na melhoria da Educação a Distância. Ele discute como a UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS COMUNICAÇÃO E MÍDIAS DIGITAIS KARLA GIOVANA ESSY
combinação desses dois elementos contribui para uma experiência de
aprendizagem mais eficaz, participativa e significativa para os estudantes. Para o autor a mídia é parte indissociável dos contextos educativos e nessa perspectiva aumenta consideravelmente a demanda por profissionais em educação (CONSANI, 2018). Na lógica da Educação à Distância, a educomunicação desempenha um papel significativo na mediação tecnológica. Com ela, é possível a criação de ambientes de aprendizagem mais interativos, engajadores e colaborativos, por meio do uso de diferentes mídias e recursos comunicacionais como a produção de vídeos, o uso de redes sociais, entre outros. Além disso, a interação com novas técnicas imersivas e transmidiáticas a partir de sujeitos mediadores como coletivos, avatares e inteligências artificiais pode facilitar o processo de aprendizado do aluno. (CONSANI, 2018)
b) Sobre o autor:
Marciel Consani é Doutor em Ciência da Comunicação pela Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP, 2008), com Mestrado (IA-UNESP, 2003) e graduação em Artes/Música. Ele também é licenciado em Educação Artística, com Especialização em Tecnologia da Educação (PUC-SP). Atualmente é docente do curso de Licenciatura em Educomunicação do Centro de Comunicação e Artes (CCA) da ECA/USP e do Programa de Pós- Graduação em Ciência da Comunicação da ECA-USP.
Referência:
CONSANI, Marciel. Mediação tecnológica na educação: os aportes teóricos e
práticos da educomunicação para a educação a distância. Revista de Graduação USP, v. 3, n. ju 2018, p. 59-65, 2018 Tradução. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v3i1p59-65. Acesso em: 17 jun. 2023.