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DE POTÊNCIA
Resumo: O presente relatório dá conta da prática realizada envolver o fio condutor no qual se deseja fazer a medição:
com o objetivo de estudar a utilização de transformadores de as linhas de fluxo geradas pela corrente alternada que circula
corrente e de instrumentos tipo alicate na medição de pelo fio induzem no secundário uma corrente proporcional à
correntes e potências. Para tal, foi feita uma comparação corrente do fio. Tal esquema pode ser observado na figura 2.
entre medições nas quais se utilizou os instrumentos
adequados e outras nas quais se valeu de transformadores de
corrente para o condicionamento do sinal, assim como de
instrumentos tipo alicate.
1. INTRODUÇÃO
1
permite a obtenção da corrente através da equação 𝑑𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐼=
𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜
. Como o amperímetro comum, sua conexão é
𝐶2 = 𝑑𝑅1
𝑅𝑠ℎ𝑢𝑛𝑡
feita em série e por isso o circuito deve ser interrompido
para efetuar a medição. Obviamente não há isolamento 𝑑𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
elétrico, havendo assim certo efeito de carga junto ao 𝐶3 =
voltímetro que pode ser minimizado pela construção do 𝑑𝑅2
shunt utilizando material de baixa resistência. Tal método
possui uma incerteza associada à tolerância do resistor shunt
𝑑𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
assim como à incerteza do voltímetro utilizado em paralelo.
Este método permite medir correntes de até 500 ampéres, 𝐶4 = 𝑑𝑅𝐿
conforme a corrente nominal que atravessa o shunt.
Feito isso, debruçemo-nos sobre as questões propostas no
roteiro. Nos foi pedido o modelo para a medição da corrente 𝑑𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
total do circuito exposto da figura 3. 𝐶5 = 𝑑𝐿
𝑑𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐶6 = 𝑑𝑓
(
𝐹𝑃 = cos 𝑐𝑜𝑠 ⦟𝑍𝑒𝑞 )
É necessário falar ainda dos métodos de medição de
potência, para além do wattímetro tipo alicate, já citado
quando se falou dos instrumentos tipo alicate de maneira
geral logo na introdução do presente relatório.
O wattímetro comum permite medir potência com base
em uma conexão série e paralela num dado circuito. Sua
Com base em tal corrente, é possível estimar os utilização exige a interrupção do circuito em questão em
coeficientes de sensibilidade: função da conexão série, assim como reflete em um efeito
𝑑𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 de carga nesse circuito.
𝐶1 = 𝑑𝑉𝑓𝑓 Por vezes, transformadores de corrente são utilizados para
condicionar uma corrente alta de maneira que ela possa se
mostrar adequada para a utilização do wattímetro, de
maneira a assim reduzir o efeito de carga que seria gerado
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por este último em função de seu isolamento do circuito, um valor alto em relação a entrada nos fornecendo um
ainda que assim se aumente a incerteza da medição e se gere ganho de modo comum de 0,004 pode ser muito prejudicial
um erro de relação e de fase. dependendo do tipo de grandeza que necessitasse realizar a
medição.
Para se obter um ganho de modo comum menor
2. MATERIAIS UTILIZADOS normalmente é utilizado um amplificador de instrumentação
como o INA114 que iremos simular e realizar a montagem
● 1 multímetro digital com o próprio.
● 1 shunt de corrente Para o amplificador de instrumentação temos que o ganho
● 1 transformador de corrente (TC) diferencial é dado pela Equação 12:
● 1 alicate amperímetro / wattímetro digital 𝐴𝑑 = 1 + 𝑅
50𝑘 (12)
● 1 wattímetro convencional 𝐺
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montar um amplificador de diferenças com um AmpOp traçar a relação de rejeição de modo comum para diferentes
comum e resistências com tolerâncias altas, pois com o medidas, dado que foram efetuadas um total de 7 medidas.
descasamento das resistências e a influência do amplificador
operacional a CMRR poderá ser aquém da desejada. Em V1 (V) V2 (V) Vin (V) Vout(V)
operações que exige uma CMRR é altamente indicado o uso 1,998 4,996 -2,998 3,001
de um amplificador de instrumentação. 3,002 4,996 -1,994 2,020
4,021 4,996 -0,975 1,003
Circuito Saida Ganho de MC 4,991 4,996 -0,005 0,036
Amp. Dif. Casado 20 mV 0,004 5,996 4,996 1,000 -0,968
Amp. De Instrumentação -8,133 mV 0,0016 6,996 4,996 2,000 -1,966
Amp. Dif. Descasado 476 mV 0,0952 8,024 4,996 3,028 -2,992
Tabela1–Resultados das Simulações. Tabela 4 – Medidas para o amplificador diferencial com
Na Tabela 1 podemos observar os resultados obtidos nas resistores tolerância de 1%.
simulações realizadas com os valores de saída e a relação
entre a saída e a entrada em modo comum. De forma de minimizar o erro do calculo do Ad e do Acm
Para a parte prática serão utilizados o amplificador foi realizado calculo desses ganhos através de sistemas com
operacional LM741 e o amplificado de instrumentação os valores da Tabela 4 associando através do Matlab e
INA114. Consultando os respectivos DataSheets, pôde-se calculando a média dos valores da Tabela 5 obtivemos
chegar às seguintes especificações dispostas na Tabela 2 [6] Ad=-0,9983 e Amc=0,0075 com isso temos um
e 3 [7]: CMRR=97,823 dB
LM741 De maneira análoga, foram realizados os mesmos passos
Parâmetros Valores típicos anteriores, agora para o amplificador de instrumentação
Tensão de offset 1 mV INA-144, com a diferença que não foi utilizada uma
Impedância de entrada 2 MΩ resistência variável para controlar o ganho e sim um resistor
Ganho em malha aberta 200 V/mV fixo de 100 kΩ que gerou um ganho de 1,5 V/V. Os dados
CMRR 90 dB encontrados se encontram dispostos nas tabelas 6.
Faixa de tensão de entrada ±13 V
Slew-rate 0,5 V/µs V1 (V) V2 (V) Vin (V) Vout (V)
Corrente de polarização 80 nA 1,976 4,975 -2,999 3,028
Faixa de passagem 1,5 MHz 2,970 4,975 -2,005 2,032
Tabela2–Parâmetros do LM741. 3,971 4,975 -1,004 1,003
INA114 4,979 4,975 0,004 0,036
Parâmetros Valores típicos 6,001 4,975 1,026 -0,968
Tensão de offset 50 µV 6,981 4,975 2,006 -1,966
Impedância de entrada 600 Ω/6 pF 7,989 4,975 3,014 -2,992
Ganho em malha aberta 10kV/mV Tabela 6 – Medidas para o amplificador de instrumentação.
CMRR 115 dB
Faixa de tensão de entrada ±40 V Utilizando o mesmo processo do calculo amplificador
diferencial obtivemos atraves dos dados da Tabela 6
Slew-rate 0,3 V/µs
Ad=-1,0011 e Amc=0,0097 com isso temos um
Corrente de polarização 2 pA
CMRR=92,7346 dB
Faixa de passagem 1 MHz
Tabela3 – Parâmetros do INA114.
Foram implementados em laboratório dois circuitos
4. CONCLUSÃO
diferentes com o objetivo de testar o que se acontece quando
se aplicam sinais de modo comum e sinais diferenciais.
No experimento realizado o que se observou foi um
O primeiro tratou-se de uma ponte de
ganho em modo comum foi diferente de 0 como idealmente
Wheatstoneconectada ao amplificador diferencial
deveria ser devido ao descasamento e a problemas dos
LM741.Na ponte, 3 dos resistores tinham o valor de 220 Ωe
amplificadores diferenciais, o ganho diferencial baixo
o outro era um resistor variável, sendo esse ajustado até que
observasse que o ganho de modo comum não é desprezível
se obtivesse o equilíbrio, e o amplificador operacional
com isso nos resultados temos que a saída tem um erro
tivesse seu offset ajustado pra zero e devidamente
considerável em relação ao valor desejado.
direcionado para o ganho de 1. Desta maneira, um sinal
Observamos que o CMRR do amplificador diferencial
comum foi aplicado do que foram obtidos os resultados
foi maior devido que a tolerância baixa dos resistores que
apresentados na tabela 4.
deve ter ocorrido um casamento de resistências com valor
Feito isso, efetuou-se a imposição de diferentes valores ao
desejável, entretanto através da simulação podemos observar
resistor variável presente na ponte de Wheatstone, de modo
que o efeito do mal casamento pode ocasionar um ganho de
a causar certo desequilíbrio no circuito e com isso uma
modo comum alto que interfere na medição
conseqüente diferença de tensão. Tal sinal passa a ser
Portanto pode-se dizer que, num quadro geral, os
portanto diferencial, de modo que sua análise permitirá
objetivos da prática foram cumpridos.
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REFERÊNCIAS