Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sist. Som Apostila
Sist. Som Apostila
ELETRICIDADE DO AUTOMÓVEL
SISTEMA DE SOM
2004
© 2003. SENAI-SP
Sistema de Som
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
S47s SENAI. SP. Sistema de Som. São Paulo, 2003. 36p. il.
Apostila técnica
CDU 629.063.6
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
SOM 7
• Conceito básico 7
• Produção e propagação 7
• Mecanismo de audição 8
• Velocidade de propagação do som 8
• Oscilações 8
• Rádio-freqüência 9
• Propriedades físicas do som 10
ALTO-FALANTE ELETRODINÂMICO 15
• Componentes 16
• Parâmetros do alto-falante 17
• Tipos de alto-falantes eletrodinâmicos 19
• Tipos de ligações 21
• Associação de alto-falantes 23
• Divisores de freqüência 23
• Atenuação de sinais 24
• Caixas acústicas 31
AMPLIFICADOR 33
• Tipos de amplificadores 33
• Distorção 34
• Fiação 35
• Fusíveis e Dijuntores 36
• Sugestões para uma boa instalação 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
INTRODUÇÃO
SOM
CONCEITO BÁSICO
PRODUÇÃO E PROPAGAÇÃO
Qualquer elemento em vibração pode produzir som, que se propaga através de meios
elásticos (sólidos, líquidos e gases), capazes de transmitir as vibrações físicas da fonte
sonora. Essas vibrações se espalham por todas as direções, a partir do ponto de onde são
produzidas. Os sons de freqüências agudas são mais direcionais que os de freqüências
graves.
MECANISMO DE AUDIÇÃO
No meio ar e com temperatura normal (22º), o som se propaga com a velocidade de 343
metros/seg. A velocidade aumenta com a temperatura.
OSCILAÇÕES
São modificações de estado que se repetem com regularidade. Por exemplo, ao se fazer
soar um sino, o metal começa a oscilar (vibrar) e estas oscilações são transmitidas pelo ar.
Os movimentos de ar resultantes das oscilações são chamados de ondas sonoras. Nós
convivemos dia-a-dia com diversos tipos de oscilações, como o pêndulo de um relógio ou
as cordas de um instrumento musical. Acontece que cada um destes componentes oscila
com velocidades diferentes. O número de oscilações em função do tempo é chamado de
freqüência.
Para que um som senoidal seja produzido só são necessários um meio de propagação (no
caso, o ar) e dois “movimentos”, um de compressão e outro de descompressão.
Suponhamos que o ar esteja sendo comprimido por um diafragma, onde está sendo aplicada
uma força F. Ao aplicarmos uma força F, positiva, criamos uma região de pressão na frente
do diafragma e outra, de pressão negativa, ou descompressão, no lado de trás do diafragma.
Invertendo o sentido da força, tudo se inverte igualmente: descompressão na frente e pressão
no verso. A onda pura, sem harmônicos, é chamada de sonóide.
RÁDIO-FREQÜÊNCIA
É a transmissão de dados (música, fala, ruídos, códigos eletrônicos) de um ponto emissor
do sinal, pelo ar, até um equipamento receptor – o aparelho de rádio.
Em uma emissora de rádio, isto acontece da seguinte forma: as ondas sonoras (música)
são transformadas em um sinal elétrico (corrente) através do microfone. Este sinal de
freqüência entre 16 e 20.000Hz é unido a um segundo sinal elétrico com uma freqüência
muito maior chamado de onda portadora. A onda portadora funciona como uma ponte
invisível entre a estação emissora e antena do equipamento de rádio receptor. É esta “ponte”
que vai levar o sinal sonoro audível da estação emissora até o rádio de um veículo.
A união do sinal elétrico com os dados (música) a onda portadora é chamada de modulação.
Quando uma corda de guitarra vibra, o som desloca o ar que está ao seu redor produzindo
uma onda sonora que se propaga pelo ambiente até atingir os nossos ouvidos. Quando
essa onda chega ao nosso tímpano, ele também vai vibrar.
Essa vibração é transformada pelo ouvido em sinais elétricos que são conduzidos até o
cérebro pelos nervos. No cérebro, finalmente, temos a sensação de som, ou seja, de ouvir
a nota emitida pela corda da guitarra.
Logo, o som é produzido por alguma coisa que vibra (o cone do falante, por exemplo) e é
transportado pelo ar (ou pela água ou qualquer meio material). O áudio não seria nada sem
a música. Para que exista música é fundamental que haja os seguintes elementos: amplitude,
freqüência, timbre.
AMPLITUDE (VOLUME)
A amplitude da onda é a diferença entre seus pontos de maior compressão e de maior
descompressão.
A amplitude está relacionada com o volume de um som. Dessa maneira, um som forte, com
muito volume, é aquele que possui elevada amplitude e, um som fraco, com pouco volume
é aquele que possui um valor pequeno de amplitude.
OBSERVAÇÃO
A unidade de medida relativa é o decibel (db).
FREQÜÊNCIA
Ciclo é um movimento completo da onda. Este movimento deve conter uma compressão
positiva seguida de outra compressão no sentido oposto, ou seja, negativo (descompressão).
TIMBRE
É a propriedade que nos permite distinguir se um determinado som de mesma freqüência é
produzido por um piano ou por um saxofone.
Quando vibramos um diapasão, emitimos uma nota musical pura, ou seja, o som puro com
apenas uma freqüência fundamental. Porém, os instrumentos musicais (por exemplo, a
corda de uma guitarra ou de um violino) emitem ondas sonoras com a freqüência fundamental
e com múltiplos desta freqüência que são chamados de harmônicos. Por exemplo, podemos
emitir uma nota “la” com freqüência de 440Hz e ter um segundo harmônico de 880HZ (2 x
440) ou um terceiro de 1.320Hz (3 x 440).
A intensidade do som dos harmônicos é diferente. Cada instrumento emite estes harmônicos
de uma forma. Essa propriedade é chamada de timbre. Cada instrumento possui um timbre:
o violino irá emitir a nota musical “la” e seus harmônicos de forma diferente que o violão. É
o timbre que dá o “colorido” na música.
A faixa limiar da audição é 0db, ou seja, abaixo disso não conseguimos ouvir. O limiar
doloroso é de 120db, ou seja, a partir daí nosso ouvido não pode suportar o som (danos à
audição).
DECIBEL
Decibel é a décima parte de uma medida logarítmica: o bel. Constitui-se na unidade básica
de medições de níveis de sinais de áudio.
Alexander G.Bel descobriu que o ouvido humano reage aos estímulos sonoros
logaritmicamente; portanto, ao criar a escala em decibéis, ele obviamente a apresentou em
forma logarítmica.
Estando na escala logarítmica, significa que ao dobrarmos a potência de um som não teremos
o dobro do número em decibéis, mas apenas um acréscimo de 3dB.
ALTO-FALANTE ELETRODINÂMICO
Quando uma corrente elétrica variável passa através da bobina, produz um campo magnético
perpendicular ao campo magnético permanente do ímã do alto-falante. Há, então, uma
interação entre os dois campos eletromagnéticos, o que provoca um movimento do cone,
para cima ou para baixo, dependendo apenas da direção do fluxo da corrente que passa
pela bobina.
Quando o semiciclo de uma corrente elétrica aplicada à bobina de um alto-falante for positivo,
o cone vai se movimentar para cima; quando for negativo, vai se movimentar para baixo.
COMPONENTES
O alto-falante se compõe basicamente de: sistema motor, cone, aranha, domo, suspensão.
SISTEMA MOTOR
O sistema motor é constituído pelo conjunto magnético e pela bobina móvel. O conjunto
magnético é composto pelo ímã e pelas peças polares denominadas chapa polar, chapa
traseira e pólo. A função das peças polares é conduzir o fluxo magnético gerado pelo ímã,
concentrando-o em uma ranhura circular denominada entreferro, onde a bobina móvel irá
trabalhar. Geralmente é utilizado um ímã cerâmico de ferrite de bário ou estrôncio em forma
de anel. As peças polares são confeccionadas de ferro doce e devem ser justapostas ao
ímã.
A bobina móvel é constituída por várias espiras de fio de cobre ou alumínio esmaltado
enroladas em uma ou mais camadas sobre uma
fôrma de papel, alumínio ou outro material rígido,
leve e pouco espesso, que será posteriormente
colado ao pescoço do cone, de modo a transmitir a
este as vibrações executadas pela bobina.
CONE
O cone é uma peça de formato cônico dotada de um orifício central onde é colada a bobina
móvel. O formato cônico tem a finalidade de conferir maior rigidez ao conjunto.
O cone pode ser fabricado com vários materiais visando maximizar as duas características:
rigidez e amortecimento. Os materiais que reúnem em alto grau estas duas características
são os materiais plásticos. Entre estes, o mais promissor é o polipropileno, que é mais
rígido e apresenta melhor amortecimento e reprodução sonora muito mais precisa, recriando
assim o som original com muito mais fidelidade.
ARANHA
A função principal da “aranha” ou suspensão interna é centralizar e sustentar o conjunto
cone – bobina móvel. É feita de tecido de algodão ou linho e é embebida em uma resina
sintética.
DOMO
Serve para proteger o espaço existente entre a bobina e a peça polar exposta a partículas
estranhas que poderiam ali se alojar criando graves inconvenientes.
SUSPENSÃO
Além da aranha que sustenta e centraliza o cone, temos a suspensão externa que prende a
borda do cone à carcaça do alto-falante. O anel da suspensão, geralmente feito de borracha,
espuma ou linho tratado, desempenha várias funções:
• ajuda a manter o cone centrado e fornece parte da energia responsável pelo retorno do
cone à posição de retorno;
• amortece deformações que ocorrem no sentido centro borda no cone.
PARÂMETROS DO ALTO-FALANTE
RESISTÊNCIA (R)
A resistência ôhmica do alto-falante é a resistência que a sua bobina móvel oferece à
passagem da corrente elétrica contínua. Esta resistência é determinada pelo diâmetro e
pelo comprimento do fio. Tem função importante na potência que o amplificador fornece ao
alto-falante, sendo tanto maior quanto menor for o valor da resistência.
(Tensão)2 U2
Potência = ⇒ P = A resistência ôhmica do alto-falante é
Resistência R medida utilizando-se um ohmímetro.
Um alto-falante com resistência = 3,2 Ohms apresenta uma impedância = 4 Ohms, enquanto
que um com resistência = 6,5 Ohms possui uma impedância de 8 Ohms.
POTÊNCIA
A potência de um alto-falante significa a potência elétrica que ele suporta, ou seja, indica a
quantidade máxima de energia que pode ser dissipada pela sua bobina.
• POTÊNCIA PMPO
É a potência musical de pico (POWER MUSIC PEAK OUTPUT), ou seja, é a potência que
o alto-falante suporta, nos picos de potência que o amplificador fornece com programa
musical, medida em curto intervalo de tempo. Esta potência é em torno de 3,6 vezes maior
que a potência RMS.
• RESPOSTA DE FREQÜÊNCIA
Devido principalmente a fatores de construção física, cada alto-falante se caracteriza por
reproduzir mais pronunciadamente uma determinada faixa de freqüência.
Portanto, para cada aplicação devemos escolher o sistema falante mais a caixa com sua
respectiva faixa de freqüência. Por exemplo, para um sistema para contrabaixo (que responda
bem em tons graves), devemos escolher um que tenha a resposta em freqüências entre 20
e 1.000 Hz. Para um sistema para voz, devemos escolher um com resposta em freqüência
de 300 a 2.000 Hz (tons médios).
SUB-WOOFER
São utilizados para reprodução de freqüências baixas (contrabaixo,
bumbo de bateria) de 20 Hz a 120 Hz. Seu tamanho varia entre 8 a
18 polegadas.
WOOFER
Estes alto-falantes são projetados para reproduzir freqüências
graves, médio graves (bumbo, tambor, parte do piano). Faixa de
freqüência de 50 Hz a 1.000 Hz. Seu tamanho varia de 6 a 15
polegadas.
MID-BASS
Reproduz as freqüências médio-graves (bumbo, tambor). Faixa de
freqüência de seu tamanho varia de 6 a 8 polegadas.
MID-RANGE
Reproduz as freqüências médias, ou seja, 90% dos sons audíveis
(voz e maioria dos instrumentos). Faixa de freqüência de 200 Hz a 3,5
KHz. Seu tamanho varia de 4 a 6 polegadas.
TWEETER
Alto-falantes para sons agudos (metais, pratos de bateria). Faixa de
freqüência de 3 KHz a 20 KHz. Seu tamanho varia de 0,5 a 2
polegadas. Geralmente, é instalado junto do painel ou das portas
dianteiras, pois emite um som direcional.
COAXIAIS
Alto-falantes que possuem um tweeter e um cone para reproduzir
freqüências médias-graves, ou mid-bass. Seu tamanho varia de 4 a
8 polegadas.
TRIAXIAL
Alto-falantes que possuem woofer, um mid-range e um tweeter na
mesma carcaça. Para reproduzir freqüências de 50 Hz a 20 KHz.
Seu tamanho varia de 6 a 6 x 9 polegadas.
TIPOS DE LIGAÇÕES
U2 82 64
P = ⇒ P = = = 16W
R 4 4
U2 82 64
P = ⇒ P = = = 32W
R 2 2
U2 82 64
P = ⇒ P = = = 8W
R 8 8
Para que um amplificador forneça sua potência máxima com o mínimo de distorção sem
superaquecer, é necessário que se respeite o limite mínimo de impedância para os canais
de saída desse amplificador.
Para que a impedância de uma certa quantidade de alto-falantes tenha um valor igual ou
próximo ao valor mínimo de impedância de trabalho do amplificador, basta ligar os alto-
falantes em série ou em paralelo.
ASSOCIAÇÃO DE ALTO-FALANTES
SÉRIE
O objetivo de se ligar alto-falantes em série é aumentar o valor da impedância. Quanto mais
alto-falantes estiverem ligados em série maior será a impedância.
R =R +R
T 1 2
R = 8+8
T
R = 16Ω
T
PARALELO
O objetivo de se ligar alto-falantes em paralelo é o de diminuir o valor da impedância. Quanto
mais alto-falantes estiverem ligados em paralelo menor será a impedância.
R . R
1 2
R =
T R +R
1 2
8. 8
R =
T 8+8
64
R =
T 16
R = 4Ω
T
DIVISORES DE FREQÜÊNCIA
Um alto-falante não reproduz todas as freqüências audíveis (20Hz a 20KHz). Por isso, os
alto-falantes são fabricados de acordo com o tipo e tamanho para reproduzir apenas uma
determinada faixa de freqüências, ou seja, sons graves, médios e agudos.
Ao efetuar a separação das freqüências, dizemos que o crossover fez um corte de freqüência.
O ponto de encontro das linhas no gráfico que representam os cortes dos divisores é chamado
de freqüência de transição, e a freqüência onde a resposta começa a ser atenuada em 3db,
é chamada de freqüência de corte.
ATENUAÇÃO DE SINAIS
Atenuação é a designação para definir qualquer redução de nível do sinal que ocorra nos
circuitos eletrônicos. A atenuação é expressa em db (decibéis).
Decibel é uma unidade usada para comparar duas ou mais grandezas entre si. De uma
maneira bem simples, quando dobramos alguma coisa temos um acréscimo de 3dB e quando
dividimos ao meio, temos um decréscimo de 3 dB.
Quanto maior for a atenuação em dB por oitava, mais eficaz será o crossover para proteger
o alto-falante contra as freqüências indesejáveis.
BOBINAS
Também chamadas de indutores são enrolamentos de cobre envernizado em torno de um
núcleo de ferrite, de ar ou de outro elemento. Estes componentes possuem a capacidade
de bloquear a passagem de freqüências altas a partir de um certo ponto, quando conectados
a uma carga.
Seus valores são expressos em Henry (H). Ao instalar uma bobina em série com o alto-
falante, provocará a gradual diminuição da eletricidade enviada ao mesmo em freqüências
altas. Estará criado, então, o filtro LOW PASS, ou Passa baixa.
OBSERVAÇÃO
XL – reatância indutiva é a oposição que um indutor apresenta à circulação de corrente
alternada.
CAPACITOR
Também conhecido como condensador. É um componente cuja resistência interna aumenta
na medida que a freqüência diminui, ou seja, quando conectados a uma carga tem a
capacidade de bloquear a passagem de freqüências baixas a partir de um certo ponto.
Seus valores são expressos em Farad (F). Ao instalar um capacitor em série com um alto-
falante, provocará a gradual diminuição da eletricidade enviada a ele em freqüências baixas.
Isso dá origem ao chamado filtro HIGH PASS, ou Passa Alta.
OBSERVAÇÃO
XC – reatância capacitiva é a oposição que um capacitor apresenta à circulação de corrente
alternada.
IMPEDÂNCIA DO ALTO-FALANTE
CAIXAS ACÚSTICAS
Apesar de só falarmos até aqui de alto-falante, sabemos que ele funciona instalado em
algum tipo de caixa acústica.
A necessidade da caixa acústica vem do fato de que para baixas freqüências, o falante (no
caso, tipo woofer e subwooper) funciona com um dipolo. Isso quer dizer que quando estamos
em freqüências baixas (ondas sonoras grandes), o woofer emite ondas (som) para sua
frente (frente do cone) e para trás. Estas ondas estão fora de fase e quando sem encontram,
acabam se cancelando, diminuindo a intensidade sonora. O efeito disso é que quando o
woofer está solto, ouvimos um volume de som mais baixo. Quando isolamos a parte da
frente da parte de trás, não há mais interferência e o volume (intensidade) fica maior.
Existem duas formas básicas de se isolar o som emitido pela frente do falante: o baffle
infinito e a caixa acústica. O baflle infinito é como se fosse uma parede infinita com um
buraco onde será encaixado o falante. Na prática, podemos utilizar, por exemplo, o tampão
traseiro do carro como baffle infinito.
A outra solução encontrada para isolar o som foi fazer uma caixa com um buraco (onde vai
o falante) que isolasse todo o ar (e portanto o som) da parte de trás dele. Esta caixa
(geralmente de madeira) deve ser revestida internamente por algum material que absorve
bem o som. Nesse caso, todo o som emitido pela parte de trás do falante seria absorvido
pela caixa. Esta caixa é chamada de caixa acústica.
A seguir mostraremos quais os tipos de caixa acústica mais utilizados e sua principais
características.
CAIXA SELADA
Este tipo de caixa é totalmente fechado, apenas com o orifício para a colocação do falante.
Utilizando os parâmetros do alto-falante, podemos calcular o volume interno da caixa de
forma a alterar a resposta em graves do falante. Isso porque dentro da caixa existe um
volume de ar que será comprimido elo cone do falante que tende a frear o movimento do
conjunto móvel. Com isso, a resposta em graves do falante (woofer) vai variar.
O duto, portanto, leva o som emitido pela parte de trás do falante para a frente da caixa,
somando-o com o som emitido pela frente do falante, aumentando a intensidade do som
final. Esta alteração, porém, só será feita na região dos tons graves e dependerá da forma
e tamanho do duto. Ela também deve ser calculada (seu volume e o tamanho do duto) de
forma a produzir o som desejado.
AMPLIFICADOR
O amplificador não pode alterar a forma de onda original e deve operar sem reproduzir
distorções audíveis.
Esse acessório gera potência cuja medida é o WATT, uma unidade de energia. Ele é sempre
formado por duas partes distintas: o pré-amplificador e o amplificador de potência.
TIPOS DE AMPLIFICADORES
BOOSTER
São amplificadores que utilizam transformador de saída e reamplificam as saídas de potência
dos toca-fitas e CDs que já possuem amplificação própria. Atua com baixa sensibilidade de
sinal de entrada e linearidade de resposta em freqüência limitada a 40Hz. Este modelo de
amplificador apresenta baixa resposta na região dos graves e um maior reforço nos médios
agudos.
Os boosters têm uma limitação de potência para algo em torno de 100 watts RMS por canal,
a 14,4 volts, a 4 ohms. Apenas os boosters que operam em 2Ω ou 1Ω é que conseguem
liberar mais que 100 watts RMS por canal.
DISTORÇÃO
Assim, um amplificador de carro nunca deve ser utilizado a plena potência (volume todo
aberto), pois nestas condições também teremos a máxima distorção, e em alguns casos ela
se torna bastante desagradável.
FIAÇÃO
A fiação de alimentação (+) positivo e (-) negativo do módulo de potência deve ser de bitola
suficiente para que haja um mínimo de perda na tensão pelo fio quando ocorre a condição
de máxima corrente. Quanto maior for a distância entre a bateria e o amplificador, maior
deverá ser a bitola do fio. Veja as tabelas a seguir.
CABOS DE ALIMENTAÇÃO
2
CORRENTE ELÉTRICA (Ampères) SEÇÃO DO CABO (em mm )
2
de 1 a 20 4,00mm
2
de 20 a 30 6,00mm
2
de 30 a 40 8,50mm
2
de 40 a 60 13,30mm
2
de 60 a 100 21,20mm
2
de 100 a 125 33,60mm
2
de 150 a 175 54,40mm
Foram considerados comprimentos dos fios de 3 a 5m com perda mínima.
2
TABELA DE CONVERSÃO de mm para AWG LIGAÇÃO DE CAIXAS ACÚSTICAS E ALTO-FALANTES
2
SEÇÃO mm AWG POTÊNCIA 2
SEÇÃO DOS CABOS (mm )
POR CANAL
54,40 1/0
IMPEDÂNCIA (Ohms)
33,60 2 WRMS
21,20 4 2 Ohms 4 Ohms 8 Ohms 16 Ohms
9 (6,60 mm 2)
2 60/80 2,00 1,50 1,00 0,75
6,00
10 (5,26 mm ) 80/100 2,00 1,50 1,30 0,75
2
4,00 11 (4,17mm ) 100/120 2,50 2,00 1,30 1,00
2
3,00 12 (3,30mm ) 120/140 2,50 2,00 1,30 1,00
2
2,50 13 (2,63mm ) 140/160 3,00 2,00 1,50 1,00
2,00 14 160/180 3,00 2,00 1,50 1,00
2
15 (1,65 mm2) 180/200 3,50 2,00 1,50 1,30
1,50
16 (1,30 mm ) 200/220 3,50 2,50 1,50 1,30
1,00 17 220/240 3,50 2,50 1,50 1,30
2
0,75 18 (0,82mm ) 240/260 3,50 2,50 2,00 1,30
2
0,50 19 (0,65mm ) 260/280 4,00 2,50 2,00 1,30
0,30 20 280/300 4,00 3,00 2,00 1,30
300/400 5,00 3,50 2,00 1,50
400/500 6,00 3,50 2,50 1,50
500/600 6,00 4,00 3,00 2,00
FUSÍVEIS E DISJUNTORES
Fusível é o elo mais fraco de um circuito ou instalação elétrica que tem a finalidade de
protegê-los em caso de alguma anomalia de funcionamento do equipamento ou em curto-
circuito da instalação.
A alimentação dos módulos de potência deve ser ligada diretamente da bateria através de
fusíveis ou disjuntores. O porta-fusível com fusível deve ficar o mais próximo
possível da bateria e o fusível precisa ter a corrente compatível com a necessidade de
corrente do amplificador.
PT x 2 50 x 2 x 2 200
i= ⇒ = ≅ 15A ⇒ Fusível de 15A
13V 13V 13
4. O local de fixação dos alto-falantes deve ser plano e sem nervuras que possam impedir
o apoio uniforme de toda borda do alto-falante. Caso contrário recomendamos montar
um blafe de madeira antes de fixá-lo.
5. Observar sempre a polaridade do alto-falante. O terminal mais estreito é o positivo.
6. Usar de preferência fios polarizados e de bitolas corretamente dimensionadas pois a
não observação disso pode comprometer sua instalação, provocando perda de potência,
curto e até incêndio. A fiação em uma instalação é o item de menor custo.
7. Quando se instalam diversos amplificadores, o consumo de corrente deverá ser somado
para o dimensionamento dos fios (+) e (-) e utilizar porta-fusíveis extras.
8. Verificar se os terminais e ligações não estão encostando-se à lataria do carro.
9. Nunca ligue o fio (remote) de acionamento junto com o (+) positivo da bateria.
10. Nunca coloque fusíveis de valor maior que o indicado pelo fabricante.
11. Leia e siga corretamente o Manual de Instalação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOM & CARRO. São Paulo. Som & Carro Editora Ltda, janeiro/1997. Mensal.