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Autor:
Carlos Roberto, Rafaela Freitas
30 de Dezembro de 2021
1 - Apresentação ............................................................................................................. 2
2 - Análise Estatística ....................................................................................................... 3
3 – Semântica .................................................................................................................. 3
3.1 – Denotação e Conotação ............................................................................................................ 4
3.2 - Sinônimos e Antônimos ............................................................................................................. 5
3.3 – Homônimos e Parônimos........................................................................................................... 6
4– Regência Verbal .......................................................................................................... 7
4.1 – Regência dos principais verbos cobrados em concursos .......................................................... 8
4.1.1 - Aspirar...................................................................................................................................... 8
4.1.2 - Assistir ...................................................................................................................................... 9
4.1.3 - Atender .................................................................................................................................... 9
4.1.4 - Chamar .................................................................................................................................... 9
4.1.5 - Chegar ...................................................................................................................................... 9
4.1.6 - Custar ..................................................................................................................................... 10
4.1.7 - haver ...................................................................................................................................... 10
4.1.8 - Ir ............................................................................................................................................. 11
4.1.9 - Esquecer ................................................................................................................................. 11
4.1.10 - Implicar ................................................................................................................................ 11
4.1.11 - Informar ............................................................................................................................... 11
4.1.12 - Morar ................................................................................................................................... 12
4.1.13 - Namorar .............................................................................................................................. 12
4.1.14 – Obedecer/Desobedecer ...................................................................................................... 12
4.1.15 – Pagar/Perdoar .................................................................................................................... 12
4.1.16 - Precisar ................................................................................................................................ 13
4.1.17 – Preferir ................................................................................................................................ 13
4.1.18 - Proceder ............................................................................................................................... 13
4.1.19 - Querer .................................................................................................................................. 13
4.1.20 - Visar ..................................................................................................................................... 14
5 – Regência Nominal .................................................................................................... 14
6 - Aposta estratégica .................................................................................................... 15
7- Questões-chave de revisão ........................................................................................ 16
07462489546 - 1476947
Maria Costa dos Santos
Carlos Roberto, Rafaela Freitas
Aula 05
1 - APRESENTAÇÃO
Olá, servidores.
Na aula de hoje, abordaremos Semântica, Regência Verbal, Regência Nominal, Coesão e Coerência.
Esse assunto encontra-se no Grupo 1 da nossa análise estatística e, portanto, tem boa probabilidade
de ser cobrado na sua prova.
Selecionamos aquilo que a banca mais gosta de explorar, para que a revisão seja breve.
Bons estudos!
#amoraovernáculo
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Aula 05
2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA
Língua Portuguesa
% de cobrança em provas anteriores - Cespe (Cebraspe) – Área policial
Pontuação. 11,47%
3 – SEMÂNTICA
A Semântica nada mais é que a ciência dos significados das palavras. Seu objetivo é analisar o
significado e a interpretação entre significantes e o que eles representam.
Da mesma forma, a semântica analisa a mudança de sentido de significantes, sejam eles: palavras,
sinais, símbolos, frases ou expressões.
Veja a quantidade de significados da palavra “carteira”:
Os alunos do Estratégia Concursos terão muito dinheiro na carteira.
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Aula 05
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Aula 05
Sentido Sentido
próprio ou
Denotativo literal
Sentido Sentido
Conotativo figurado
O sol estava muito forte, por isso E eu ainda achava que você era o sol
desidratei e caí. da minha vida...
Enquanto sinônimos são vocábulos que se aproximam por uma relação de equivalência ou
semelhança, os antônimos se conectam semanticamente por uma relação de oposição.
Ao produzir um texto, por exemplo, os sinônimos devem ser utilizados como um recurso, uma
ferramenta fundamental para evitar a repetição de vocábulos. Mais um motivo para que leiamos
muito, meus amigos! Ao utilizar tal estratégia, demonstramos domínio da língua portuguesa,
conferindo dinamismo ao texto.
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Exemplos de sinônimos:
Você parecia uma pedra.
Você parecia um ignorante.
Você parecia um estúpido.
Você parecia um tapado.
Você parecia um tolo.
Exemplos de antônimos:
Ela foi aprovada, pois estudou tudo. / Ele não passou, pois não estudou nada.
O sol estava muito forte. / O sol estava muito fraco.
Que coração de pedra! / Que coração mole!
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Aula 05
4– REGÊNCIA VERBAL
Chama-se Regência Verbal a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus
complementos (objeto direto, objeto indireto e adjuntos adverbiais).
Inicialmente, é preciso ressaltar que para compreender regência verbal é necessário o domínio de
alguns conceitos sintáticos já vistos nos passos anteriores.
A classificação verbal quanto à transitividade permitirá saber se o verbo possui sentido completo ou
incompleto e, assim, saber se requer, ou não, um complemento.
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O verbo intransitivo (VI) pode vir acompanhado de um adjunto adverbial, que pode ser tempo, local,
modo, etc.
Fui a Brasília. (adjunto adverbial de lugar)
Choveu ontem. (adjunto adverbial de tempo)
Cheguei de carro. (adjunto adverbial de modo)
4.1.1 - ASPIRAR
O verbo aspirar tanto pode ser transitivo direto (= inspirar), quanto pode ser transitivo indireto
(=almejar).
Aspirou o ar puro das montanhas. (inspirou – VTD)
Era justamente a vida que aspirava. (almejava - VTI)
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4.1.2 - ASSISTIR
4.1.3 - ATENDER
O verbo atender pode ser tanto transitivo direto (acolher, acatar, conceder) ou transitivo indireto
(dar/prestar atenção).
O professor sempre atende as solicitações dos alunos. (VTD= acatar)
O médico atende aos pacientes com dedicação. (VTI=prestar atenção)
4.1.4 - CHAMAR
O verbo chamar (= convocar) é verbo transitivo direto. Será transitivo direto ou indireto se significar
apelidar.
Chamei o professor um dia. (VTD= convocar)
A turma chamou o professor esperto. (VTD= apelidou)
A turma chamou ao professor esperto. (VTI= apelidou)
A turma chamou ao professor de esperto. (VTI= apelidou)
4.1.5 - CHEGAR
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4.1.6 - CUSTAR
O verbo custar pode ser transitivo indireto (= difícil), intransitivo (= valor) ou transitivo direto e
indireto (=acarretar).
Não custava ao professor explicar a matéria. (VTI= ser difícil)
Afinal, o curso custou caro. (VI= valor)
A má vontade custou-lhe o emprego. (VTDI= acarretou a ele)
4.1.7 - HAVER
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4.1.8 - IR
4.1.9 - ESQUECER
4.1.10 - IMPLICAR
4.1.11 - INFORMAR
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4.1.12 - MORAR
4.1.13 - NAMORAR
4.1.14 – OBEDECER/DESOBEDECER
4.1.15 – PAGAR/PERDOAR
Os verbos pagar e perdoar, quando se referem a coisas, são verbos transitivos diretos.
Quando se referem a pessoas, são transitivos indiretos.
Se fizerem referência a coisas e pessoas, são transitivos direto e indireto.
Ela pagou a mensalidade da escola. (VTD= refere-se a coisa)
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4.1.16 - PRECISAR
O verbo precisar é transitivo direto (= indica algo com exatidão) ou transitivo indireto (=ter
necessidade).
Ela não sabe precisar o montante do dano. (VTD= indicar com exatidão)
Portanto, ela precisa de apoio da perícia contábil. (VTI= ter necessidade)
==168953==
Importante!
Se o complemento for um verbo no infinitivo, a preposição não é utilizada.
Preciso ir agora.
Preciso relaxar um pouco na piscina.
4.1.17 – PREFERIR
4.1.18 - PROCEDER
4.1.19 - QUERER
O verbo querer pode ser transitivo direto (=desejar) ou transitivo indireto (= estimar, ter afeto).
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4.1.20 - VISAR
O verbo visar pode ser transitivo direto (= apontar, mirar, dar o visto) ou transitivo
indireto (=objetivar).
Visei o passaporte da estrangeira. (VTD – dar o visto)
O bom atirador visou o bandido e atirou. (VTD= mirou)
Esta aula visa ao seu desenvolvimento linguístico. (VTI = objetivar)
5 – REGÊNCIA NOMINAL
Regência nominal é a relação entre o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e seus
complementos.
Há sempre uma preposição intermediando tal relação. A dificuldade está justamente em discernir
qual a preposição correta a ser utilizada em cada situação.
Com o intuito de compreender essa matéria da melhor forma, segue uma lista com os nomes e as
respectivas preposições que os regem.
Atenção! A lista a seguir apresentada contém os nomes mais cobrados em provas de concurso. Logo,
não se trata de uma lista completa.
Não há técnica eficiente de memorização. Somente com muita leitura e treino, ao realizar inúmeras
questões, é que você terá domínio sobre essa matéria.
SUBSTANTIVOS
Admiração a, por Com respeito a
Desprezo a, por Último a, em
Paralelo a Vizinho a, de
Aversão a Dúvida acerca de
Simpatia a, por Capacidade de,
Atentado a, contra União com, entre, a
ADVÉRBIOS
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Paralelo a
Reativo a
Longe de
Perto de
ADJETIVOS
Relativo a Acessível a Prejudicial a
Contemporâneo a, de Entendido em Apto a, para
Idêntico a Necessário a Favorável a
Respeito a Acostumado a Prestes a
Nocivo a Agradável a Ávido de
Impróprio para Escasso a Generoso com
Satisfeito com, de, em, por Paralelo a Propício a
Contrário a Alheio a, de Benéfico a
Indeciso em Essencial a, para Grato a, por
Semelhante a Passível de Próximo a
Descontente com Análogo a Capaz de, para
Insensível a Fácil de Hábil em
Sensível a Preferível a Relacionado com
Desejoso de Ansioso de, para, por Compatível com
Liberal com Fanático por Habituado a
Sito em Diferente de Suspeito de
6 - APOSTA ESTRATÉGICA
No assunto semântica, a comparação entre homonímia perfeita e polissemia costuma ocorrer e é uma
questão que deixa muitas pessoas em dúvida.
Para resolvermos essa dúvida, precisamos ter em mente que polissemia é o nome da característica que uma
palavra tem de assumir vários significados em diferentes contextos. Então, "carteira", por exemplo, é uma
palavra polissêmica.
E, para se detectar a homonímia perfeita, é necessário que uma palavra apareça em diferentes contextos. É
necessário haver uma comparação.
Então, resumindo: "carteira", "manga" são palavras polissêmicas que, quando colocadas em questões para
comparação, apresentarão homonímia perfeita.
Sobre o assunto regência, temos mais frequência em questões de regência verbal. Vejamos a regência de
alguns verbos mais cobrados:
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7- QUESTÕES-CHAVE DE REVISÃO
Sinônimos e antônimos
Questão 1
CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Interno (COGE CE)/Auditoria/Governamental/2019
Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados administradores públicos cujas ações em
muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império babilônico, que, buscando satisfazer sua rainha
Meda, saudosa das colinas e florestas de sua pátria, providenciou a construção de estupendos jardins
suspensos. Essa excentricidade, que consumiu anos de labor e gastos incalculáveis, culminou em uma das
sete maravilhas do mundo antigo.
Tal “maravilha”, que originou mais ônus do que propriamente benefícios, apresenta grande similitude com
devaneios atuais em que se constata o gasto de dinheiro público com atos de motivação fútil e imoral,
finalidade dissociada do interesse público e em total afronta à razoabilidade administrativa, com flagrante
desproporção entre o numerário despendido e o benefício auferido pela coletividade.
Além da insensatez detectada em alguns atos de administração, constata-se a existência de situação mais
grave e preocupante, a degeneração de caráter em muitos entre os que ascendem à gestão do interesse
público. Essa degeneração, em alguns casos, precede a investidura; em outros, tem causas endêmicas,
sendo o resultado inevitável da interação com um meio viciado.
Emerson Garcia e Rogério Pacheco Alves.
Improbidade administrativa. 8.ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 47 (com adaptações).
No texto, a palavra “labor” é sinônimo de
a) trabalho.
b) favor.
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c) luta.
d) atenção.
e) sofrimento.
Comentário:
O termo “labor”, de acordo com o contexto em que está inserido, pode ter vários sinônimos, como emprego,
labuta, lida, mas todos dentro do mesmo campo semântico do trabalho, conforme consta na alternativa A.
Gabarito: A
Homônimos e parônimos
Questão 02
CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2014
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade
das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades. Suas
consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras:
avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens e
mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe social e econômica ou mesmo de
idade. Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do
tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter transnacional — com a criminalidade
e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura social e econômica interna,
devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente
e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus mecanismos de prevenção e repressão e garantir
o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
A forma verbal “infligem” (l.2) está empregada no texto com o mesmo sentido que está empregada na
seguinte frase: Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores.
Certo
Errado
Comentário:
Dentre os sentidos do termo “infligem”, parônimo de infringir (transgredir), temos impor castigo, fazer
sofrer. Nas frases em análise, quais sejam: “Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do
mundo inteiro” e “Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores.”, podemos perceber que a forma
verbal “infligem” não assume o mesmo sentido. Na primeira temos que as consequências fazem as nações
sofrerem prejuízo. Já na segunda, a ideia é que os agentes impõem castigo aos infratores. Portanto o
sentido da forma verbal em ambas é distinto.
Gabarito: ERRADO
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Denotação e conotação
Questão 03
CEBRASPE (CESPE) - Diplomata (Terceiro Secretário)/2018
A facilidade de comunicações acabou com esses tanques em que floresciam as diferentes culturas. Quando
antes se olhava o mapa-múndi e via-se cada país de um colorido diferente, podia-se tomar isso ao pé da
letra. É verdade que o mundo continuou a ser uma colcha de retalhos; mas são todos da mesma cor.
Bombaim, Roma, Tóquio, que se escondiam, cada um com seu peculiar mistério, nos compartimentos
estanques da sua própria civilização, agora, a julgar pelos filmes, estão perfeitamente padronizados,
universalizados.
E, no mundo de hoje, para desconsolo dos descendentes de Sindbad e de Marco Polo, a única cor local das
cidades famosas são os turistas.
Mário Quintana. Mapa-múndi. In: Prosa&Verso. Porto Alegre: Globo, 1978, p. 60.
Polissemia
Questão 04
CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018
O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o
“jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa precisando pagar sua
conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”.
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A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei
geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de que essa regra universal
produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos
funcionários públicos do meu país. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da
receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. O
“jeitinho” se confunde com corrupção e é transgressão, porque desiguala o que deveria ser
obrigatoriamente tratado com igualdade. O que nos enlouquece hoje no Brasil não é a existência do jeitinho
como ponte negativa entre a lei e a pessoa especial que dela se livra, mas sim a persistência de um estilo de
lidar com a lei, marcadamente aristocrático, que, de certa forma, induz o chefe, o diretor, o dono, o patrão,
o governador, o presidente a passar por cima da lei. A mídia tem um papel básico na discussão desses casos
de amortecimento, esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho hábito que insiste em
situar certos cargos e as pessoas que os empossam como acima da lei, do mesmo modo e pela mesma lógica
de hierarquias que colocam certas pessoas (negros, pobres e mulheres) implacavelmente debaixo da lei.
Roberto da Matta. O jeitinho brasileiro. Internet: <https://maniadehistoria.wordpress.com> (com
adaptações).
Semântica
Questão 05
CEBRASPE (CESPE) - Analista Administrativo de Procuradoria (PGE PE)/Calculista/2019
O desejo por igualdade em nossos dias, ensejado pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
marco da modernidade, segundo Axel Honneth, advém de uma busca por autorrespeito. Para Honneth,
houve uma conversão de demandas por distribuição igualitária em demandas por mais dignidade e respeito.
O autor descreve o campo de ação social como o lócus marcado pela permanente luta entre os sujeitos por
conservação e reconhecimento. O conflito, diz ele, força os sujeitos a se reconhecerem mutuamente e
impulsiona a criação de uma rede normativa. Quer dizer, o estabelecimento da figura do sujeito de direitos
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Aula 05
constitui um mínimo necessário para a perpetuação da sociedade, porque é pelo respeito mútuo de suas
pretensões legítimas que as pessoas conseguem se relacionar socialmente.
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres em
situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações que temos
diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos.
De acordo com Honneth, as demandas por direitos — como aqueles que se referem à igualdade de gênero
ou relacionados à orientação sexual —, advindas de um reconhecimento anteriormente denegado, criam
conflitos práticos indispensáveis para a mobilidade social.
Isadora Vier Machado. Da dor no corpo à dor na alma: uma leitura do conceito de violência psicológica da Lei
Maria da Penha. Internet: <http://pct.capes.gov.br> (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
A expressão “Quer dizer” introduz uma conclusão a respeito do estabelecimento da figura do sujeito de
direitos.
Certo
Errado
Comentário:
A expressão “Quer dizer”, no contexto “O conflito, diz ele, força os sujeitos a se reconhecerem mutuamente
e impulsiona a criação de uma rede normativa. Quer dizer, o estabelecimento da figura do sujeito de direitos
constitui um mínimo necessário para a perpetuação da sociedade”, introduz uma explicação, um
esclarecimento do que foi dito no período anterior. A oração introduzida pelo termo não traz, portanto, uma
conclusão e sim uma explicação.
Gabarito: ERRADO
Regência nominal
Questão 06
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário de Procuradoria (PGE PE)/2019
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo fundado em
argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há período histórico que não tenha sido julgado, de
uma parte ou de outra, como um período em crise. Ouvi falar de crise em todas as fases da minha vida:
depois da Primeira Guerra Mundial, durante o fascismo e o nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial, no
pós-guerra, bem como naqueles que foram chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito
de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o
presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas ajudar a que se
compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o risco de parecer leviano.
Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é difícil dizer se a maior turbulência
depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras
causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo biológicas.
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Aula 05
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
Nos trechos “intenção de difamar” e “nem de deplorar”, a preposição “de” poderia ser substituída por em,
sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.
Certo
Errado
Comentário:
No contexto analisado, o termo “intenção” rege tanto a preposição “de” quanto “em”, sem alteração de
sentido inclusive.
Gabarito: CERTO
Regência verbal
Questão 07
CEBRASPE (CESPE) - Assistente de Procuradoria (PGE PE)/2019
A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e ele regula nossa vida
até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindi-lo ou transcendê-lo. Esse
contrato configura nossa comida, nossos empregos e nossos sonhos; ele decide onde moramos, quem
amamos e como morremos.
À primeira vista, a modernidade parece ser um contrato extremamente complicado, por isso poucos tentam
compreender no que exatamente se inscreveram. É como se você tivesse baixado algum software e ele te
solicitasse assinar um contrato com dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá uma olhada nele, passa
imediatamente para a última página, tica em “concordo” e esquece o assunto. Mas a modernidade, de fato,
é um contrato surpreendentemente simples. O contrato interno pode ser resumido em uma única frase:
humanos concordam em abrir mão de significado em troca de poder.
Yuval Noah Harari. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016
(com adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram”, a substituição de “no que”
por o que comprometeria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
Comentário:
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A correção gramatical seria comprometida porque a expressão “no que” é empregada devido ao verbo
inscrever, que rege preposição em. Se a substituição fosse feita, o complemento do verbo “inscreveram”
ficaria sem preposição e o trecho incorreto.
Gabarito: CERTO
Regência verbal
Questão 08
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STM)/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um Velho,
se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na
minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e
a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos tiveram essa mesma
vida por objetivo, veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus cuidados, todos os seus bens,
todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma
coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas
reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado, desde a infância,
no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver nela, onde nunca
conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar entre os
homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já saltava por cima da
recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para descansar em uma
situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante
solitário. Organização e tradução de Fúlvia Maria Luíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com
adaptações).
Com relação às estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.
No trecho “estado de que meu coração precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal “precisava”,
não pela palavra “estado”.
Certo
Errado
Comentário:
A informação está correta. Se alterarmos a frase um pouco, mantendo o sentido, é claro, conseguimos
perceber isso melhor: meu coração precisava desse estado. Aí destacada a preposição de, regida pela forma
verbal “precisava”.
Gabarito: CERTO
Regência nominal
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Questão 09
CEBRASPE (CESPE) - Agente de Inteligência/2018
Regência nominal
Questão 10
CEBRASPE (CESPE) - Analista Portuário I (EMAP)/Administrativa/2018
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8- REVISÃO ESTRATÉGICA
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Carlos Roberto, Rafaela Freitas
Aula 05
PERGUNTAS E RESPOSTAS
6. Cite a classificação dos diferentes tipos de verbo no que respeita a sua transitividade.
Os verbos podem ser classificados como transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo.
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Maria Costa dos Santos
Carlos Roberto, Rafaela Freitas
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com o auxílio de uma preposição. Já os verbos intransitivos, por possuírem sentido completo, algumas
vezes são acompanhados apenas por adjuntos adverbiais.
Servidores, chegamos ao final de mais uma aula. Façam uma boa revisão dos conceitos vistos hoje
para gabaritarem as provas de Língua Portuguesa. Na próxima aula, continuaremos avançando
gradativamente, de modo a visitar cada tópico cobrado pela banca examinadora. Estejam atentos
aos percentuais estatísticos de cobrança para direcionarem seus estudos, ok?
Forte abraço!
Prof. Carlos Roberto
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Maria Costa dos Santos