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No Dia Internacional da Mulher e sempre, devemos relembrar a luta das mulheres pela
igualdade de direitos na História da humanidade. Conforme expõe Eva Alterman Blay (2001,
p. 601), nos países que se industrializavam durante o século XIX e no início do século XXI, o
trabalho fabril era realizado por homens, mulheres e crianças em jornadas de 12, 14 horas por
seis dias e, frequentemente, incluindo as manhãs de domingo, em condições desumanas nos
locais de produção. As mulheres e as crianças eram ainda mais exploradas. O salário era de
fome e devido às reivindicações dos(as) trabalhadores(as), os proprietários viam os operários
e as operárias como “classes perigosas”. As trabalhadoras sempre participaram das lutas
gerais mas quando reivindicavam salários iguais pelas mesmas tarefas desenvolvidas, não
eram consideradas. Conforme a autora expõe, até por volta de 1960, em nenhum momento a
luta sindical teve o objetivo de que homens e mulheres recebessem salários iguais.
Diante de toda esta luta, o Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das
Nações Unidas na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para
terem suas condições equiparadas às dos homens, tanto no que diz respeito à igualdade
salarial quanto com relação às condições de trabalho, além da igualdade de direitos na
sociedade como um todo. Esta luta se deu em toda a História da Humanidade, inclusive no
Brasil, com as ações de grupos feministas até a atualidade quando ainda se constata sérios
problemas, injustiças sociais e aviltamento a direitos, vivenciados por muitas mulheres como
a desigualdade salarial, a jornada de trabalho maior incluindo o trabalho doméstico, a
violência doméstica, dentre outros problemas que são constatados na sociedade.