Você está na página 1de 1

Nome: Yasmin Matos Siqueira

Turma: cxs sexta-manhã


Tema: Por que o discurso de ódio ainda se faz presente na sociedade.

Permanência do discurso de ódio: Estado e sociedade.

No livro “Diário de Anne Frank”, é narrada a vida de uma menina judia que
viveu durante o regime nazista. Esse periodo é marcado por discursos de ódio
fortissimos, como o antissemitismo (ódioe preconceitos contra judeus), que forçaram
Anne a se esconder. Assim como antigamente, tais discursos ainda se fazem
presentes na sociedade, reprimindo todas as minorias. Essas falas regadas de
preconceitos se mantêm com um Estado ignorante e um corpo social de
mentalidade doente.
Uma das bases para a permanência do discurso de ódio na atualidade é a
indiferença estatal. Isso ocorre porque, apesar de essas expressões odiosas ferirem
as garantias e os direitos fundamentais de todo e qualquer cidadão, as leis
existentes para punir essa prática não são de fato efetivadas e monitoradas pelo
governo. Evidência disso é que, mesmo com o aumento de 60% de
enunciados-como homofobia, racismo e xenofobia- segundo a BBC, não houve
nenhum pronunciamento do Estado brasileiro a respeito da problemática. Logo, a
manutenção do discurso de ódio é perpetuada pela apatia governamental.
Além disso, como reflexo da ignorância do governo, temos a presença de
falas odiosas estruturadas na sociedade, fruto também do preconceito social. Nesse
contexto, é válido analisar o fato social do sociólogo francês Émile Durkheim, o qual
é uma maneira coletiva de uma comunidade agir e pensar, dotada de coerção,
exterioridade e generalidade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que
o discurso de ódio pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, se um
indivíduo é educado e vive em um corpo social que odeia e ofende minorias, ele
tende a agir da mesma forma. Assim , a conservação de tais manifestações é
associada à mentalidade doente e preconceituosa da própria sociedade.
Entende-se, portanto, que a presença do discurso de ódio no corpo social se
associa à ideologia da sociedade e ao desinteresse do Estado. Dessa forma,
nota-se que o preconceito social é filho da ignorância estatal, que juntos perpetuam
o discurso de ódio da Modernidade.

Você também pode gostar