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6 de setembro de 2020
DEPRESSÃO – O Avanço do fascismo tem afetado a saúde mental da população brasileira. (Foto:
Reprodução)
Amanda Melo
RECIFE (PE) – O psicanalista socialista Wilhelm Reich em seu livro, “A Psicologia de
Massas do Fascismo” afirma que um indivíduo submisso é um sujeito que sempre se
adapta ao seu contexto e, nesse aspecto, a família é um Estado em miniatura.
A família é base do Estado, mas de qual Estado? A resposta está no Estado burguês, e
é nela que se reproduz a estrutura opressora e a submissão do mais fraco ao mais forte.
Para Reich, a partir da família e da repressão sexual se é possível um resultado de
pessoas com uma mentalidade reacionária.
Ressentimento
Nesse mesmo livro, o psicanalista afirma que a inibição sexual altera de tal modo a
estrutura do homem que ele passa a agir, sentir e pensar contra os seus próprios
interesses. Assim, não é coincidência que o eleitorado do Bolsonaro é evangélico e
conservador, onde a Damares, como Ministra, teve uma alta popularidade devido às
suas demonstrações contra as causas sexuais.
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A obra “A Psicologia de Massas do Fascismo” de Reich foi escrito na década de 1930,
quando o fascismo estava ascendendo na Alemanha, o autor traz vários exemplos em
panfletos e cartazes nazistas mostrando como eles trabalhavam a sua campanha em
cima de pautas morais. É interessante ressaltar que os nazistas eram contra o aborto, e
a favor do ato sexual apenas após o casamento. Com isso exposto, é extremamente
prático notar a relação umbilical entre a extrema direita de Bolsonaro com Nazismo de
Hitler.
Ainda no livro, o autor nos reafirma que quanto mais desamparado o indivíduo das
massas, mais acentuada é a sua necessidade infantil de proteção, disfarçada sob a
forma de um sentimento proativo em relação a um líder político reacionário, e, com essa
identificação, o sujeito sente-se defensor da herança nacional.
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TESES SOBRE FASCISMO – Willhelm Reich analisou o caráter de massa do fascismo e validou
questões atuais sobre o fascismo. (Foto: Reprodução/Arquivo)
Resistência
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Em 9 de maio de 1945, foi executado o carpinteiro Georg Elser, o antifascista executou o
primeiro atentado contra Hitler em uma cervejaria de Munique, mas que para o azar de
seu plano, o líder nazista saiu mais cedo do local e a bomba que o Georg armou acabou
matando 8 pessoas. Elser, apesar de não politizado, detestava o nazismo e tudo o que
ele representava incluindo outras figuras do governo nazista da época como Hermann
Göring, Joseph Goebbels e Heinrich Himmler.
O que motivou o jovem Elser a tentar matar sozinho Hitler foi também as deteriorações
da classe trabalhadora, restrições à liberdade pessoal do povo, de crença e educação.
As tentativas de assassinato contra Hitler em suma eram planejadas por pessoas
afetadas mentalmente por suas leis ditatoriais absurdas e mortes em massa de pessoas
inocentes. Como foi o caso também de Maurice Bavaud, e a resistência desesperada do
casal Otto e Elise Hampel.
Além da ajuda psicológica, temos no Brasil, o Centro de Valorização da Vida, que ajuda
pessoas com esses pensamentos suicidas. O centro pode ser encontrado no telefone
188 ou no site, onde ocorre um atendimento das 8h às 22h, sempre via internet, em
formato de aplicativo de web e que funciona por meio de questionários e chats através
do serviço “tawk.to”, que garante também a supervisão dos voluntários em tempo real e
oferece suporte para vários idiomas.
Todo o povo antifascista deve estar interessada em unir e organizar suas forças,
encontrar caminhos, formas e métodos que assegurará sua formação considerando o
estudo das fontes originais do Marxismo-Leninismo, pois sem teoria revolucionária, não
pode haver mudanças por meio da prática revolucionária.
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