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Redação

ENEM
Comandos de uma dissertação argumentativa
● Leitor universal
● Avalia a capacidade de leitura e escrita
● O candidato deve se posicionar
● O candidato deve fundamentar sua tese

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Coletânea
● Delimita o assunto
● O candidato deve ir além da coletânea
● Relacionar conhecimentos de diversas áreas na
problematização do tema

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Projeto de texto
● Introdução
● Argumento I
● Argumento II
● Proposta de intervenção modelo ENEM

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Estrutura
Introdução
Estratégia de contextualização do
tema + apresentação da tese

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Estratégias de contextualização
● Conceito e definição
● Percurso histórico
● Citação de autoridade
● Dados estatísticos
● Subdivisão de setores

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Exemplos
Tema: violência contra a mulher

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Conceito e definição
Feminicídio é a perseguição e o assassinato de
mulheres por sua condição feminina de ser. É uma
violência extrema e não é a única: há, ainda, as violências
psicológica e verbal. Em pleno século XXI, muitas
mulheres ainda lutam contra essas barbáries, o que é
inadmissível e precisa ser solucionado.

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Percurso histórico
O Brasil cresceu nas bases paternalistas da sociedade
europeia, visto que as mulheres eram excluídas das decisões
políticas e sociais, inclusive do voto. Diante desse fato, elas sempre
foram tratadas como cidadãs inferiores cuja vontade tem menor
validade que as demais. Esse modelo de sociedade traz diversas
consequências, como a violência contra a mulher, fruto da herança
social conservadora e da falta de conscientização da população.

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Citação de autoridade
De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser
comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por
partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja
igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam
garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as
mulheres ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência de maus
tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização
do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do
Governo.

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Dados estatísticos
A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado
aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa
da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou
em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de
2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a
mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar
que essa problemática persiste por ter raízes históricas e
ideológicas.

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Subdivisão de setores
A persistência da violência contra a mulher na
sociedade brasileira é um problema muito presente. Isso
deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente,
mulheres são vítimas dessa questão. Nesse sentido, dois
aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico cultural
e o desrespeito às leis.

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Desenvolvimento
Informação fundamentada +
desenvolvimento da opinião/tese

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Percurso histórico – continuação desse exemplo
O Brasil cresceu nas bases paternalistas da sociedade
europeia, visto que as mulheres eram excluídas das decisões
políticas e sociais, inclusive do voto. Diante desse fato, elas sempre
foram tratadas como cidadãs inferiores cuja vontade tem menor
validade que as demais. Esse modelo de sociedade traz diversas
consequências, como a violência contra a mulher, fruto da herança
social conservadora e da falta de conscientização da população.

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Argumento I: herança social conservadora
Em primeira análise, casos relatados cotidianamente evidenciam o
conservadorismo do pensamento da população brasileira. São constantes as
notícias sobre o assédio sexual sofrido por mulheres em espaços públicos,
como no metrô paulistano. Essas ações e a pequena reação a fim de acabar
com o problema sofrido pela mulher demonstram a normalidade da
postura machista da sociedade e a permissão velada para o seu
acontecimento. Esses constantes casos são frutos do pensamento machista
que domina a sociedade e descende diretamente do paternalismo em que
cresceu a nação.

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Argumento I: falta de conscientização
Devido à postura machista da sociedade, a violência contra a
mulher permanece na contemporaneidade, inclusive dentro do Estado. A
mulher é constantemente tratada com inferioridade pela população e pelos
próprios órgãos públicos. Uma atitude que demonstra com clareza esse
tratamento é a culpabilização da vítima de estupro que, chegando à polícia,
é acusada de causar a violência devido à roupa que estava vestindo. A
violência se torna dupla, sexual e psicológica; essa, causada pela postura
adotada pela população e pelos órgãos públicos frente ao estupro,
causando maior sofrimento à vítima.

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Conclusão
Elementos da proposta de
intervenção: AGENTE, AÇÃO, MODO,
EFEITO e DETALHAMENTO

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Proposta modelo ENEM – 5 elementos
O pensamento conservador, machista e misógino é fruto do patriarcalismo
e deve ser combatido a fim de impedir a violência contra aquelas que historicamente
sofreram e foram oprimidas (EFEITO). Para esse fim, é necessário que o Estado
(AGENTE) aplique corretamente a lei (AÇÃO 1), acolhendo e atendendo a vítima e
punindo o violentador (MODO), além de promover a conscientização nas escolas
sobre a igualdade de gênero e sobre a violência contra a mulher (AÇÃO 2). Tais ações
podem ser feitas por meio de parcerias com as delegacias da mulher, no caso da
aplicação da lei, e por palestras com policiais que atendem casos de feminicídio
(MODO). Dessa maneira, no futuro, com apoio do Estado, a sociedade poderá debater
sobre a igualdade de gênero, de fato, e acabar com a violência contra a mulher.

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Tema
da
prova
“Acesso à leitura no Brasil: caminhos
para combater a censura
indiscriminada”

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