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(f
forma
Subsídios para o conhecimento da
ca da
hépato-espietliea e da forma toxêmi
Esquistossomose Mansónica.
BIBLIOTFCA
MINIwrap,o 04
SAÚDE
EGirp0
ÜATA
L BOGLIOLO
1
Subsídios Para o Conhecimento da Forma
Sépato — Esplênica e ti» Forma Toxmica da
Esquistossomose Mansônica
e
1 MS-DF-05- 01088
1
1958
7 -
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£aruftrcj otSMJnf;:
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M%TËTO DA stÜb
2)
BIRLIOtECA
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1’ il;.i
5
‘-0
:4’ d
1 — Introdução 11
1 — Autópsias LI
Material de controle 25
2 — Biópsias 26
3—Baço 31
INTRODUÇÃO
II
MATERIAL E MÉTODOS
li
— 14 —
e 1 Casas de eEí1uistOssu-
111051’ em geral . . .
— —i:; 752 21.1 % 15
.
1 1 —
pato-csplênica 27 30 752
. —-
.
3.85% ± 0,7
2±56
—
-—
162
-—
1 16.1%2,S
MERS
—
27 —
-
75Z 3,4 2 ± 0,6
-
—
6,9 ±4,7
li) Forma de HA- 162
—
—
— 1,3 2 ±02
SUEM 2 752
—
—
0.26Ç 0O6
-
III Forma toxúmiea (*) •‘
162
O’,53 006
IV Forma miliar cr8-
— —
-
— -
162 1.98% 1,4
nica 8
—
— 75 106Ç’cO,3
-—
V—Forma pulmonar
-- - - - —
162 1,3 2±0
(elIr pulmotiale) 2 752
. . . — —
—
0.26% 0,06
—
mansoni.
1) Determinações pulmonares (toxinas ou ovos carregados aos
pUIlL’.ões pelas anastomoses retais porto-cava). Bronco-alveolite ca
tarral? Pneumonite crônica esclerogênica? Hemoptises?
A — Forma Intestinal
1a fase — toxêmica
2. fase — disentérica ou infiltrativa
31i papilomatosa
fase —
4 fase — cirrótica
B — Forma Visceral
1R
fase — toxêmica
2)’ fase — hepatomegálica
3a fase — cirrótica
1) Ativa
2) Inativa
Lr.
Acêrca desta, valem as mesmas considerações feitas a propósito das
outras classificações. Assim, esta breve análise parece demonstrar
serem as atuais classificações ainda insuficientes, provàvelmente devi
do à escassez dos conhecimentos das bases anatômicas da doença. Por
isso mesmo, nosso trabalho, sem ter, em absoluto, a pretenso de apre
sentar classificações, poderá contribuir, embora em pequena parte, para
a elaboração futura destas.
1
—18—
— 20 —
CIU (lii (i1lU.toiliia da. esquisiossoni Ose 1’! (111501? 1H? JIrC O (‘ii 1/
Jiti tolo gira
Cela incuto dcfiidtivo dc ieda e qualquer ia ei/ala ou pio/ri’’ ‘/r ronibutr
e). eVfie?» IO qi’r indique o ( ;ateenïrnlo específico (,? 11H15.51? (/W- J)(iJiillflPOí
S
afetadas.’’ Na mesma ocasião, CouTiNlio (29) baseado nos mesmos
,
— 24 —
1060, 1077, 1088, 1135, 1111, 1148, 1152, 1173, 1177, 1178, 1184,
1244, 1279.
1189, 1191, 1194, 1198, 1199, 1211, 1218, 1228, 1231, 1243,
por nós
Cento e trinta e cinco dos 162 casos foram autopsiados ou
Departamento
ou por nossos assistentes; 27 tinham sido arquivados no
que, além do latido da
antes que nós lhe assumíssemos a direção. Pois
fragmentos
re- autópsia e dos informes clínicos, tinham sido arquivados
menos em
das vísceras, foi possível reexaminá-los e aproveitá-los, pelo
27 casos: 3 da forma de
itoe parte, para êste estudo. Pertencem a estes
crônica (n.° 310), 4
dO SYMMERS (n.° 98, 123, 184), 1 da forma miliar
ci- da intestinal (n.° 2, 11, 103, 184).
fígado
ir- Nos casos autopsiados por nos, ou por nossos assistentes, o
‘as em um só bloco com o
era retirado segundo a técnica de FRANCO (66),
te observ ar
estômago, o duodeno e pâncreas, o que permite não sômen
r com maior
bem as formações da ywrta hepatis como, também, pratica
, de substâ ncias própria s para o
facilidade injecõe, nesta e nu artéria
u- estudo dos vasos.
‘2.
Em alguns fígados da forma hépato-esplênica (ver o
capitulo que
02 lhe é dedicado), com a finalidade de estuda r mais minuc iosamente o
s na veia porta
la sistema vascular do órgão injetaram-se gelatinas corada
, com acetato de
e nas supra-hepáticas; de outros, obteve-se o molde
a- vinilite, da árvore portal e da árvore arterial.
a-
a-
Conto material dc cont,ôle foram usados:
e mesmo
a) 21 casos de cirrose hepática selecionados, durant o
tes númer os do
período de tempo, em nosso Serviço. Têm os seguin
1.017,
arquivo: 252, 278, 334, 532, 604, 627, 737, 757, 873, 886, 944,
1.038, 1.060, 1.097, 1.103, 1.106, 1.226, 1.263, 1.267, 1.287;
a da Fa
b) 9 casos provenientes da V Cadeira de Clínica Médic
rvo Filho, Rio de Ja
culdade Nacional de Medicina (Hospital Monco
os seguin tes
neiro), quando dirigida pelo Prof. H. Annes Dias. Têm
números: 59, 73, 75, 87, 111, 128, 135, 143, 147;
(n,os 815 e 1.299)
o) 2 casos de hepatite infectuosa
d) Um caso de câncer-cirrose (n.° 1.034)
tipo
e) Um caso de fibrose hepática ]eishmaniótica (A. n.° 926),
ROGERS (163)
f) Dois figados cardíacos de
30 grau (flys 797 e 1.244), com neo-
formação conjuntiva bastante pronunciada;
— 26 —
— 28 —
30
— oestudo do baco na formo hépato-esplénica da esq’tistossomose
n?ansôniea foi feito utilizando os 30 casos dessa forma autopsiados e
üutros, retirados cirürgicamonte, de portadores de esquistossomose hé
pato-esplênica. Os estudos macro e microscópicos foram fo.itos com as
técnicas habituais em tais casos (colorações comuns; métodos para o
conjuntivo).
Para as análises do pêso foram utilizados 37 baços, e precisamente:
a) 13 provindo de autópsias n.”’ 98, 348, 448, 521, 600, 734, 767. 794,
849, 921, 921, 1.026, 1.058); b) 24 obtidos por esplenectomia, a saber:
n. 8.903, 8.832, 8.934, 9.174, 9.259, 9.273, 9.389, 9.495, 9.538, 9.649,.
— 32 —
de
los:
278,
263,
gis III
1 E5QL’ISTOsSOMOSE HJPATO
Número
1
E5PLSNICA
progressivo
Número da
autópsia
98
[
Peso do
Ligado
850
1
DOENÇA DE MORGAGNI
LARNNEC
Número da
autópsia
252
Peso do
ligado
1.060
2 348 610 278 1.170
3 -118 1.700 334 900
-t 521 780 532 1.130
5 600 i 900 601 1.350
6 i 720 1.320 627 800
7 734 1.600 667 1.020
8 767 1.450 737 1.220
9 70-1 1.750 753 1.200
10 - 790 1.550 757 1.200
11 8-10 1.650 873 700
12 8-19 1.700 886 920
13 921 1.900 9-1-1 2.560
1-1 fl2-t 1500 1,0:18 1,350
15 906 1 2.000 i.oao - 950
16 r 1,1,26 1.200 1.263 670
17 1053 1.050 1.267 000
Is 59 (Rio) 930
1O 75 (Rio) 700
20 87 (Rio) 1,470
21 111 Rio) 900
00
128 (Rio) 010
23 135 (Rio) 1,130
2-É 1-13 (Rio) 1.100
—à (Rio) 1,500
147 ,
que o limite de 1.499 é algo arbitrário pois, como está dito na nota ao
pé da página, desconhece-se qual o péso médio dn fígado no Brasil.
— 3G —
(A n.° liS) .Sope rficie LX te i lia lo figa tio, face li agiagmti tic;l A supei feio é
embossat la, Cl 1111 sali &II elas t’ti pseu 0-11(3(1 til 05 dc vtilunie quase ti o [CI o iie. As
bossas ou pseu([o_Lio(iul(s iepreeiitam a M0jCCttO, sobre a superfície do fígado,
de territórios liepúticos de III e de IV 01 (1Cm. Nüo se trata de nodos ou nodulos
de paz êoqtiima liejniu[co, poisas bossas ou }Irooboriocias raü silo se1laaoas
das demais partes do fígado, nem circundadas por conjuntivo que as insula do
parêliqUiIiia restante (ver figs. 1, 5, 7, 5, 1). Oi)set\al, ailltia, o volume (lo
101)0 esquerdo (nüo liii reducuo do mesmo, como acontece na cirrose de Moigagni
—Laüiiiiec) Observar tambeni o esjiessament 1 tia capsula de Clisson
.
o,
is
is
o
o
flq. 2 — E-. qiiiSlOSSOfli OS,’ ifl(iIÈ r,fl i(’U hépa(or.spl’n iCU fOIMiU de sijrnmers.
,
de Syninirr,.
n.3 79-1 IS
_\ de (0)-/r. Ilieladii com gelatinas miadas: em azul na
vmia pela. em crmeo ias u1)fli-hc1dIIi-as.
Exl)lk:n:il muno para a fig •i.
A iiijei(iii lia vti.i poita Torna ainda Iliais cvillenic
Cl eliOhilenIl peculiar II esla
iI(p:h)r1,-iti- Iu-llsahitl- tU 50a. selem a neoLitinacao e
uluntka eava sentar
limitadas exiItmsivaiiwnw em lõimimm aos i•iiniiis pom-tais,
até os de 1v ()ideITi,
mifll) liavuiiilo mieiii sulivem-sflmm (la
LII-(ltIitetura liepatica, nem co-pamtieipacfio. mia
miellíoh111aç15 e setilam’, 1h) sistema las supli’h(’l)ati
eas.
1._li). — !f(pofo.spl(-ui(’ ),UflSO)O( s(’I’I(/HNH)iIi(iViS, S’’,u ,fl’)s i//fl’.
/ (A. 7!)
— Su’’fun’ uf s(’(’tio)i. Injct-eI vhii loIl;tit’elI gelaUne.Imit
ie tu the portal vei:
and rei! ii) Lhe stmpl-m—llepatit’s. lxplanaiion Saiiic
LIS for fig. 1. The injection
of fle poita! veio eiií!el5 nome cvimient lhe plienomemio
n peculiar tu this fluiu
si:Tg htpatopatuiv, namclV, tua) lhe (-(Iaiieetive lis-sue
and vascular neoftilmatioii
mml niHed 5h itL)v lo tlie -egion aiíitimid me pmol::]
I,maiches up tu ibose o!
time Coumth um-de’-; theie is ncithei- sul)vem-si,)n
1 lhe liepatie :nc-liitectti:-e nor
(-tl-pait[cilIahiomi iii ttie va:t-ul;mi- neoiioiiiaii’,ii mm! lhe
stmju;m—hciia)ic svstem.
— 43 —
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Esqfos/osSO)ilO5c
II,p0t0-csptd)IicU, foniio do Rijo OIci.q.
))IU)I.S(i)IH((
1”iy. 6 —
Vê--e (1110
S’uyu’dhic 1/e ,‘oiIí’. INpIi(aOã) como
las fiRs. 1 e 5
i1’ -i
a ndiliilos
pi-ulwrãneias da supeifice externa !is. 1
e 2j 1)5(1 torresnnIein
sumíace ( íigs.
tliat the 1ituheiances (lii the exteinal
portal territories.
lo nodulcs. but gives evitience Lo Lhe
grosso ramo portal circundado
— 44 —
‘1
por espessa camada conjuntiva
sua vez. êstes grandes territórios . Por
silo sub—divididos em áreas terr
menores mas igualmente nítidas itor iais
e distintas. Do mesmo modo
rua i nies, tem )or centro o m que as
ia mo porta] ci nu ii dado por e esso
tiro fibroso; os lóbulos imediatame p con juo —
;fl
1
Fig. 7 — Esçid,síos,süoo,sr IItfOfr’CIiI1{’O liCjUI(oo’))?i 11111. forem mie SV)’O1I€’nQ.
(A 0
lis). 1)etdhc tIa fit. II, Ilalil II1(III’aI’ a etmnsci’vat’atm da arijuiteluia
IO]11112V,O eVideociOtflti ih,s leri’i
Lói içis ,iii’tids, ii fleiihiiIfliiaçi uoIIj
Latia csLt’itameilte CIII {(‘II1O tIIiIiva 111111—
0(15 1010135 )oi’tOIS. ilIL’ (I’ de \‘ OIIICIVI,
li. 7 — IIIp611-spi,uh, )flt(IIÇOfllI’ S()Hsf,)SO)i!i
i)ttai
,LÇiS SqI)f)iP(’,s l!/pP. (A. 1 SJ.
—
üf II) slio’
lhe plCSL’I\iIlIoII Ol lhe i(Jl)lIliII
evulenle HIchiLeclOle, ihe
tJI 11W PoIta1 IeI’iitI1e 111(1 he (‘DIIZI((li\(_’ liSsile ieof{,l’OI
siticlir lilIliteIl ati{)II
Lo Lhe zotie iIouIld th(.’ jiiii’liil lii
itiles LII) tlwse (}f lhe
!LII lIdeI’.
— 45 —
s vêzes de modo
A cápsula hepática é quase sempre espessada,
ento da glls
notável. Como regra, pode-se afirmar que o comprometim
do que na doença
soniana é muito mais freqüênte e muito mais grave
é irregul ar; a zonas
de Morgagni-Laënnec. Às vêzes o espessamento
a cápsula conserva
leitosas ou nacaradas alternam—se outras em que
casos, o espessamento é
uma certa semi-transparência. Em outros
proeminências. Em dois
maior nas depressões ou sulcos, menor nas
à cápsula diafragmática
dos nossos casos o lobo direito do fígado aderia
pouco vascularizadas,
por meio de lacíneas curtas, espessas, resistentes,
de antiga formação.
páginas prece-
Sõbre o volume e o pêso do fígado já se disse nas
é fibroso-elástica; nunca
cientes. A consistência, maior do que o normal,
varia desde o pardo ao
se chega a altos graus de esclerose. A côr
fulva, nem ictérica.
vermelho-tijolo; nos nossos casos nunca era
—48—
1)
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— 50 —
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(A. 318).
— Hei’ ico hei is uietlioi is. Thc eollnectives tissue — vascular neoforma ion is
Cun filiei tu lhe peiportal shea th, te the spaees of [Clero (‘II anil theii’
irterlo
ar i n’i miga tion. lii wever, ii ue ti, the th 1 nck en i ng a liii i’eti’ irtion
of lhe lal ter,
lhe lobules hecome deformou anil suffor hypeitiophy
though there is no subver
Sion of lhe architectui’e cl lhe olgan.
— 51 —
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2tt
•I,J
L ‘-tL’ .:J
É.,
— 52 —
Fiq. 13 — ESÍJ O is! OSSO ij!OS( III (t?SôiI ICII li dJflitO-(SPICII leu fo,nia (te sijntiners.
lume portal. Método de
(A. n.° 318). Segmento tla parede de um grosso
Unna.Taozer.Livini para o elástico. Observar a Quase completa destruição
vascular. _ks setas
da musculatura, a infiltração inflamatória, a neoformação
indicam as zonas onde a (lestruiçal) é mais grave.
t’ig. 13 — HeputO-slCiHí’ IUIOSOIIH 51lijstusonijusis. Symnicn typc, (A. 318).
— Segment of the val1 of a large pornil branch. U-,iio.TuëtzcrLjvjni method
musculature,
for the elastie issue. Note the almost complete destruction of the
vascular neoformation. The arrows show
the inflammatoiy infiltration, the
the zones where the destruetion is most intense.
r
— 54 —
1
1
1
Fiy. 15 — EsqvistOSsoP?OSC )iIuflSÔilZCfl hépato-CspléflicU, forma dc S!JVlWCrR.
conjuntivo em certo número de
(A. n.° 3 IS). ‘Fípico aspecto cio espessamento
apaços polto-i)iliares. Obstrução cio Iarno portai.
3-13).
Fiq. 15 — Hcpato-SplcflU ;HUNSOR2C seu istosoUliaszS, Syjnimers type. (A.
thickcning in a cortam number cf
— ‘PVp!LaI fls1)UL’I of the conectivc’ tissue
(1\.
Í’I’I lii
fl.° 3 H).
— ES(/UISfOSSO?)IOS(’
1\IesIn(, (flS()
JI’JUi(I) jJl()U((i [‘Hwc (1(
e )nesIna eXj)L(U(Hí) como ia fig. 15, Resqu
I/H Ii(J.S.
ício de um
t
(no de CS(1tlistOSsonia imnel’gi{l(m 0(1 cOIijUflttVí} (lOI1s(I, sem mc’l;v;So
em ati\i(ia(lC. iutiamiiat6i’ia
Fg. 26 — /!CJ)(llO’SJ)lCIii(’ I(I(l’INOj(fl’
S(’ImistOSOIoiOsiS,Si/iIiJflC’j’g
— Sarne case a mim i sarne cxl lana l/J])C. (A, 318).
Omiti as in fig. IS. Iternains nf a schistosorna
(num huriemi lo (1w demise c’oniie
ctive tissue vimhmium anv
active !nfl;mmmatomy
rcaction.
r
— 57 —
FIQ IS Esqnsio.<sowo.
—
Ii’(lOSh ir(( hr1w!o- S/)l(Ii,,, (o, j)j(I (lt S;/, ,iir, .q.
(A. n.° -lIs Neofojpç0
Je: ij)or(uI, intensa, tie tipo
a;gzornz,tüiee. 1)
lúmen do fim,, fliJ’tLL
2) anui aflui ai.
IiÇJ. IX— Iir))(I/U-.))/Uflj( )Ii(IflswII( SV]II.4U.sr)))I(/s?s
S(/iIII)j(’/. /!//)(. (A. 1 IX)
— 1 ntense I iJ)OtaI coflflecti\e 1
SIIe-’aS(tIJHI I1C()íWfltjofl Dl
Ingiomntoj,
lvI)e: (1) lirnen or tie poital Jjianch (2) uileiLiI
lnaneh.
— 59 —
frig. 21)
— Esqiiislossoii,osí’ ?,,UeeSCOi(a hcpulocspli,,iru forma dc Sij,e,e,,ro.
(A. n.° :118). Grosso ramo intia—hepatico da artéria Oliseivar como e dife
ronca elo ‘í me acontece iia arvore ] jorta 1, ‘ia a ele lia! a lesão não é difusa, mas
loca] iza (a circunscrita. As setas lhe icam )eq lenas z eu as ele ice cose da parede
artei ia!. cm coIlespOtidélicii com OVOS ele eSqtliStOSsuIfla.
fr’ig. 20 1/e pa!u-x/)/(nn I,U)’-OIiÉ( W(1H.StWOil,?t,S,N. Si,e’ I !)J’’. L\. 3
— Largo i n 1 ahepatic ]naneh of the arteiy .Now diat, COfltrary lo what occnr-
in tlie jn;tlaI liee, lhe lesion in the HIV1IH IS 1101 (]iffuse ],u Ie,calised and
(ircunscril ele, The ai,ows shnw saia]! zones oU necrosis cl h e :u’e,jaI ‘aI
ro,responding lo schistosoma ova.
1 — 61 —
braneh ulRi iii t}ne ej)aticar.ei-jole. ‘Flie p°eess is ui1—speeifi(’ anil sQem
te Lo indepenCe,it i iItel’iosc]e,-usis.
— 63 —
I’ig, 2.?— Esq tLíStOSSOfli (JSC flj (lflSC H Leu ii éJ)U(o-CSplë)ZiCu forma de Syii ai crs.
(A. n.° 767). Ramos arteriais com espessamento intimal pronunciado. O
processo inespecífico parece indejwnier tia esquistossomose. Em tôrno aos
ramos artenais há a neoformacfio conjuntivo-vascular peiportaI característica
da forma de Symmers.
Fig. 23 — HCj)UtO -S pIL)11L )IUflSG?1iC srh islosüni i(i.sIS, Syni ;èiü,s tjjpe. (A. 767).
— AtetiaI wanches wnth pronGuced intirnal Uiickening. The ino is
non-speeific and seems to he independent of schistosorniasis. Around the
teiial bi-m’.che theie is the peripoit] coiinective tisue-vascu1ai neofoirnatioji
characteiiszic of the Svmmei type.
— 64 —
arterial
branch ciit longitu(ii::a]Jv. muscular laver untoucheu. Irregular thickening of
the inner layer with elastosis of that lavei’. There are no signs of arteritis.
The satelliie portai bj’anch anC lhe suri’ounrflng COflIWctiVe tissue show lhe
lesions moa: ‘mcd iii fii. 111-1-1,
— 65 —
Fiy. 25 — Esq uistflssom 01W )fl OS SÓS ha h épatü-es1 /MOeU, fOflI1 a (10 Sy ai ia ers.
(A. n.° 767). Granuloina esquístossornótico no lúmen de uma veia supra-lobular.
Ëste achado no entanto, é pouco freqüente.
Fig. 25 Fí(7HitO -S J)IeI? le )?IUflSOfliC seu iStOSOfl, 1(IS1S• SIJW ;,zers type. (A. 767).
—
1I!I. 26 —
DUHS(flI((( IiutosplCiiru, fOJhi(! (l( •j)iini iS.
í;\. n.° lis) (le (nhldttlns i)iihIIQS, (0111 U5IlC(l() H(i0l1(l!it(iHIQ 0
Itili(jU 1 tI
c
— 68 —
1 iq. 21)
— iqiis(o.son,O.sc uiu?ISÔIIIUU Jiúj)aIO-íSJ)tCiii((F fOiIiiu dc’ Syi,iincrs.
IZ.1!)). EX)Ii(’i(’aO eçiVili) ))illaafig. 28.
I’i 2!) —
HcpaIO.splí’njc nqiçOflic schis(Osufliiasis 8j,iniers (ypc. (PU.
,
Fig. 3? — Esqu stosso ,nose ,nonsn ira Ii úpat o-rsplén ira, for,» o de Symmers.
(À, n.° 72e) .Exp1icaciõ como pala U fig. 30 O desarranjo da arquitetura
o1m!ar é mais acentuado.
Fig. Ri — Ucpato-sptenic nIcflISÜHC scltLstosoniiasis, Symnicrs typc. (A. 720).
— Explana[ion as for fig. 30. The distuibance of the lobular architecture is
more marked.
— 72 —
.1
Fiçi. 37 — E,quistOssn?O.( ntz?.s(5n1ct( li ép(ltOCS?)liHirU, foinui de Sij,ii ,èirrs.
(A. 11.0 318). Su lan { \T Estea t I)SC 111 teil SU (los li CIfli t (1(1 t( IS.
iij. :;7 — !r(151r0—spi(Iir H(IIIS(III( S(lIiSt(I(IiIIi(IiS. S/JI(I)iI(’IS (//jIt. (\. 3 IS).
— SlIdI1 1 ieinjs of 1 he hepatocvIes.
— 78 —
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lcs.-<t,,, Use ti (Iii Ii,itI li éJ,,I / r)-c.sil,n ku fu,iun de 1)1 (es.
leU, \lIm, i1:,I:,, Icei, Í( 11111 Imi, l1urlul
( ,, iiuí: Ithili\iI;:ç h,,i ((Jii( ‘1(U, l1i (Iii i(ldll1St
1 IICIIiI%ZC C ii CXSU,!aeüO.
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(r\. iL° lOS) xiliu:io (‘mi, a fig.
)LiiLi
Piej 10 /tt’PU10-phiiH flh(iiiSWII( S(hLSIOSOJflj((Sjs S/JiiIn(’r, 1!J)(. (A. •IOí;).
— 1lX)ikiIiL’wII o,
II
LII
— si —
1
1
1
(À. 1i.° -1011) Atrofia quase total tltj. 101)0105. em i’elaç-ãn Com ]-niO5 portais
obliterados pol veime flittitst. Peisisteiii poucas Iãmiias tio células hejtitictls
na parte iriféi ica tios ló) ulos. Os si’) usóide são fortemente rt tilsiros. (el
Ver no). Éstes aspoctás, 110 entanto, são eircunsri1 tus, não sistematizados, tino
1tertencendo ao quadro a na tõmi co da foi-ma (lO Sym 010 ES.
/l’jq.
11 TfLI)(Ito..SJ)l(liC I)(O)i,W0)L?C .sclizstosoo,msis, SyiiHocis (y)Jc. (A. •l0(t).
—
— Almost total atrophy of tiie lotados in telation with the portal litailebes obli
tejateti Itv a deao worrn. At lhe peiipliery of the loltules theie aio sUl! a few
laminae of hepaticcelis. The sil)Osoi(ls aio fieatly hlated U i moo). 1-kiwcvtr
Uese aspects aio ciiCUilSclil 10(1 toid nt,n-systematis.ecl. Thcy tio not f tini part
of lhe aiittloinical piclule of lhe Symmei s lype.
— $2 —
— 88 —
Quadro ?nacroscópico.
Nos nossos dois exemplares a lesão não era difusa a todo o órgão,
11 mas circunscrita. Em um caso ocupava a metade direita do lóbo direito,
no outro exemplar interessava todo o lobo esquerdo e pequeníssimas
áreas do direito. A lesão residia eletivamente nos espaços triangulares,
dai se propagando para os espaços interlobulares e só excepcionalmente
penetrando nos lóbulos. Consistia em uma inflamação crônica produtiva,
granulomatosa (esquistossomótica), com intensa neoformação conjuntiva,
com tendência à retração e esclerose. Em sua essência, portanto, o
processo era idêntico ao da primeira forma. Divergia quvnto à ede,
que era exclusivamente em tôrno dos grossos ramos portais, na primeira
forma; em tôrno destes e também dos ramos interlobulares e suas últi
mas ramificações na segunda forma, mais rara. A inflamação e espe
cialmente a neoprodução conjutiva, partindo dos espaços de Kiernan
e insinuando-se entre os lóbulos, formavam verdadeiros septos interlo
bulares que ao mesmo tempo separavam os lóbulos e uniam as extremi
dades dos espaços triangulares. Na zona atingida, o parênquima he
pático era percorrido por fina rêde conjuntiva de malhas poli1onais,
sensivelmente iguais entre si, estreitas, com diâmetro máximo de 0,2 a
0,3 mm, que encerravam lóbulos. Também nestes dois casos, como nos
demais, não havia, portanto, subversão com reestruturação cio fígado.
Havia como que um exagéro do arcabouço interlobular normal, a ponto
de formar verdadeiros septos interlobulares. O fenômeno era especial
mente evidente ao exame microscópico; nestas zonas o órgão tomava um
aspecto comparável ao figado de porco e caracterizado, corno nesse
mamífero, pela acentuada septação interlobular. Coexistiam a infla
mação e a neoformação conjuntiva em tõrno dos grossos ramos da porta,
se bem que muito menos intensa do que no tipo descrito antes. O quadro
anatõmico, nestes dois casos, era dominado pela fina rêde interlobular.
— 85 —
—%
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rj,.
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iA
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- :1
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.. ir.
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:r,
Fzg. 44— Hcpaio-splcnic nlU?iSU?l ir srh istoso,ii iasis, Mas!, rol 1 ypc-. (partiul
lesion; aA, -10(i). The lesion does not atfect the whole organ as in the Symmers
type (which is Lhe inove usual and characteristie type in hepato-splenic mansonie
schistosomiasis), but is confined to a part of the portal territories. Note the
marked hypertrophy of Lhe lobules and the formation between Lhe latter cl
a thin connective tissue networlç there is however no subversion of the archi
—
i. -LI —
E5JUb/O,6I)oS(’ )i,(HL’Wo/cil
1H /)U(W( s1)líim ci, foi um dc fios/o ‘ii.
lesão parcial; Á. a.° .10(i). Deuilhc da fig. -II.
Fiq. 15 íïr])U(Osp1i)Iii )OIHISOIPI( 5(l,IfO.SOI/,I(IsíS, /[oshcoi (!J)(’
(i tiíd
L’sioi; \_ 100) — flcIuiI of fig. II.
Fia. -15 —
Eqiis1osoiiosc
i,ulnsi’1ca lHpulo—rsplCiiira. FOliflu atíp/ca
aprvsíiuniido, Ciii 7)u)1.c,
quadro tio ‘fiLiada Gol pedeincia’’ (A, 0.0 liGO).
E)
Nes Las zonas (nas do “fíga lo em pede me ira’’) Lã apagame ii tu total tios lóbulos,
que c urnam 2 euoheciveis com ti icul w ie. inerme micioscópicamente. i’er•
ssLei’j ieskiuos de lümioas liepãtic;ir. imcigcios ria 1 ecidos inflamatório (ver
explicarão no texto).
J’iq. IN — [ícpoIOsffleiiic nnznsoIIic .schistoson,kisis. :lIfjpI((ll foïm prcsrnt
p° 1/ir ‘‘flLt ‘Oti’’ /)il.!?Ii?. (_\. ‘00) — lr tlie ‘‘flint livor zunes’’
th’te is total (lCtIuetio: of lhe lei mIes vhicii can iic rogo Lzeci only With
di[ficuliv evcn under lhe microscope. Hepalie laminae persist immerserl
lo inflammatory tissue (soe explanation tu text)
cairia/is aitt inferior dexter (ID) ; assim como os ramos que dêles nascem
por dicotomia. São normais os râmulos do lobo caudado, o ramuhis
processi ca iulati (c) o rain ulus ca udatus sin istcr (es)
, , o ranz uh’s cc u—
dafus derctcr (cd) e os ramos do lobo quadrado, ranii qucd,ati (Q),
assim como os râmulos que dêles nascem por dicotomia. São normais,
também, os rãmulos omentais (ramuli o;neíttales). Nestes três exem
plares de forma hépato-esplênica da esquistossomose mansônica, a arqui
tetura, o modo de divisão e de distribuição dos ramos e dos râmulos
portais obedecem ao tipo normal. A alteração consiste no aparecimento,
em tórno aos troncos, ramos e râmulos portais, de um manguito vascular
neoformado, constituido por inúmeros pequenos vasos que se entrelaçam
estreitamente e formam uma rêde rica e abundante de ma’has irregu
lares, porém, muito fechadas, que acompanha e envolve, de modo siste
mático, todos os ramos e râmulos, até os de IV ordem. Esta rêde
vascular neoformada em tôrno aos ramos portais pode ser comparada
a uma proliferação musgosa envolvendo tôda a árvore portal, de modo
sistemático. Observando os moldes preparados com vinilite com au
mento de 10-15 diâmetros, vê-se que a neofonração vascular constituindo
o manguito citado deriva predominantemente não dos ramos dicotômicos,
mas dos ramúsculos pequenos, às vêzes minimos e nos limites da visibili
dade. que normalmente se originam ao longo de todas os ramos portais,
desde os maiores até os de IV ordem. De fato, como é sabido, a veia
— 92 —
Ii
1H!)
dc Sym mc ‘s.
(A. ti.0 1 020) Moldo, com acetato dc vinhlit e, (la aivore portal
-
Detalhe
da fig. 19. Segmento de, aproximadamente, 1 cm,
de um ramo portal de
III ordem. Molde com vinilite. Observar a intensa núoformaeão
vascular.
a) Ramo portal de lii ordem: li) lama (lo IV ordem naceid
, o por iiicotornia;
e) vaso ( ra músculo) a ilo dicotõmico. tortuosi , O
,rtemen te dilatado (por cima do
ramúsculo, e fora de foco na fotografia, outi
o ramo dicotomico (lo 1V ordem);
d) rede vascular neofoimada que, à guisa de manguito,
envolve o ramo de
III e os de IV ordem.
Fir, 51 — He polo -S plc)lic 1000800 je s1’I,jst 050 III iUSiS Syoi III(’ 5 1 pc.
(A. 1026)
— Acetato o! vinylite mould of tbe portal troe. Dota)!
of fig 19. Scgmrnt
o! appioximately 1cm of a portal hranch o!
the Srd order. Vinylite mould.
No te the iii tenso vascular neo forma tion
(a) Portal bi-anch of the
-
1 ni arder;
(li) brarch .f the -ith order arising liv diehotomy
( r) nondirbolomous. toi tuous
greatly dilated vessel (sinal! bra nch
) ; above thc Lranchlet and out of fous in
the Ilicture anothei tlicrotomous brancli aí tho
1 tb ordei; (d ) newly-formcd
vascular network ;vhieh, like a sleeve. suriounds
the branch o! thc ith arder
and those of the -ltb arder
2-li a
a
a
1:-
td
‘ & XL
(A. n.° 1.026). Molde, com acetato de vinilite, da árvore porta]. Detalhe
da fig. 19. Segmento de. aproximadamente, 2,5 em de um ramo portal de III
ordem. Observar a intensa neoformaão vascular que, a guisa de manguito,
envolve o ramo de III ordem e os de IV ordem que nascem por dicotomia.
Fig. 52— !-Iepato-sp!enie ,naiisonje sc1titosontiusis. Sij,nmers typc. (A. 1.026)
— Acetateo! vinylite moukl of the p01 tal tree, fetal) of fig. 19. A segment of
ajiproximate]y 2,5cm of a 3rd order portal branch. Note 11w intense vascular
neoformation which, like a slecve. surrounds the branch of the Srd order and
those of the 1t-h order formed by dichotomy.
-,
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i ‘.
(A. n.° 1.058). Molde, com acetato de vinilite, da árvore portaL Detalhe da
fig. 53, mostrando com aumento maior a rêde vascular periportal neoformada
e o segmento do ramo portal dicotúmico, evidenciado, posto a nú, após a des
truiç5o de uma parte dessa réde.
Fig. 54— Hcpato-splcnie niansonie schistosomirisis, S’j’nnicrs typc (A. 1.058).
— Acetate of vinylite mould of the portal tree. Detail of fig. 53 showing the
newly-formed periportal vascular network and the segment of the dichotomous
portal branch (more greatly enlargcd) revealed after destruction oí a part
of the network.
li
Ir
—1
Fiq. 55 — Esq o ist OsSÜnr use VIU IISÔV leu ir Cm?! ves piar iCO, foro? a de Sy II )?i (3
(A. n.° 1.068). Molde, com acetato de vinilite, da árvore portal (com vinilite
azul e (Ia arterial (com vinilite amarela 1. Fragmento de um ramo portal de
111 ordem. Característica neoformaçilu vascular peri-portal ricundando, como
um manguito, o ramo ila veia porta. O molde (la rétle vascular neoformada é
constituido totalmente por vasos corados em azul: uno se encontram ramos ema-
dos em amarelo, nem anastomoses entre âstes e aqueles. O ramo arterial indi
cado pelas setas prêtas apresenta curso normal sem desvios, tortuosidades,
amputacões (no segmento indicado com o V, com uma pequena tesoura foram
destruidos os vasos ii eofl rmad os de tleis vacüo portal, com a fi ia 1 i lade de
tornar mais evidente o ramo poi tal dc lii ordcm e u ramo arterial satélite).
Fig. 55— Nepal o-splcrr ir ir? osso?? -ie sch isloso iii iusis, Synr O? (IS lypc. A. 1.OtiS
— Acetate of vinvlite mould (liltie vinylite) oC lhe portal trce and the arterial
tree (yellow vinyl te). Pragment of a bianch of the 3n1 onler C’haracte
iistic vascular periportal neoformation surrounding the brunch cl the portal
vem 111w a sleeve. ‘l’he mould ci (he newlyformed vascular network is cons
tituted entircly by blue colorcd braziches; thcrc are no branches colotirc? 1
yellow nor anastomoses hetween the ycllow and lhe hlue. The arterial hranch,
indicateri 1w 0w hlack arrows runs a normal courc without deflection. tortue
sLty or amptitation inthesegnient marked V thc iew]y forincd vcsseis \vc-re
destroyed with a pair of small scissors in order to show up the portal branch of
the Srd order and lhe satellite arterial branch)
— 99 —
P2a
-w
e
I”ig. 56
— Esquistossomose niansônicu hóputo-cspié7lica, forma (ir Sijinniers.
(A. n.° 1.068). Molde, com acetato de vinilite (azul) da árvore portal e da
arterial (com vinilite amatela). Mesmo caso e mesma explicaçüo como na
fig. 55. As setas indicam o ramo arterial retilíneo, se mdesvios nem tortuo
sidades e que nüo dá origem a neoformações vasculares. Com uma tesoura
foi retirada uma parte dos ramúsculos neoformados, a fim de evidenciar me
lhor o ramo portal e o arterial.
)ig. 56
—— HcvutO-spir?i IL WO7?SOflLC schistosomioszs, Symmcrs typc. (A. 1068)
— Acetato of vinyllte (blue) mould of the portal troe and of the arterial tree
(yellow viay!ite). Sarne case and sarne explanation as fig. 55. The arrows
show the straight arterial branch without defleetion or tortuosity which does
iiot give rise to vascular nccfarmation. Part of the newly-formed branchlets have
breu rcmoved w-ith scissors in order to ‘how mole clearly the portal and the
ai terial branch.
4/
- r’.-’ 5. SC 37 58 .5 . ‘..3 7; ;l a’ S ;9
— _-;. ,. -
--——— ;çW
1 Fig. 37 — Cu,,vse dc Mv,guyn i-Lahni cc (A. n.° 1 .017). Molde, com acetato
de vinHi te, da arvore port ai, vista pel a face (liafi agmá ti ca. Ohserv ar a dis
tribuição irregular dos ramos, especialmente no lobo esquerdo, no caudado e
no quadrado, as lacunas e amputações, e a neoformacãu vascular, discreta. Em
torno aos ramos portais não hú ncuformação vascular, como acontece na
esquistossojoose mansõnica hépato-cslúênica. Comoarar com as figs. -19 a 50,
referentes esquistossomose mansõnica hépato-esplênica.
J’iy. 37— _lÍorguçji i-LaLnnec cirI*oSis. (À. 1017 j Àcetate of vinylite
-
rnould of the portal ti-ee seen from the diaphiagmatic surface. Notice the
irregular distribution of the branches (especially in Lhe Jeft, caudate and qua
drate lobesl the lacunae and amputations and che slight vascular neoformation,
,
ii
II
— 101 —
Fig. 59— Cirrose dc Mo,gugni-Laëniee (A. n.° 1.0110). Molde, com ace
tato de vinhlite, da árvore portal. Observar a tortuosidade, irregularidade
,
varicosidade e, às vezes, estreitamento dos ramos. Oliservar também
a distri
buictio irregular dos mesmos, as mudaneas de direc5u e de calibre.
Outrossim,
observar a escassez de vasos neoformados (indicados pelas setas,
05 quais
nüo formam um manguito em 1 õi-no aos ramos (licotômicos. O quadro
é, pois,
absolutamente diferente do característico (Ia escluisI ossOmOse mansô
nica hépato
-osplentea, (-orno demonstra a coinparac5o desta gravura
tom as fios. 19 a 56.
Fki. 59— i!orguqzi-Loénncc cirrl,üris. (A. ] 1)2S1
. . Aceune of vinvlite
mould of the portal tree. Note the 1 ml uosity, iiiegu]
arity, varicositv anil,
at tii!ies, tbe narroxviog of lhe hianches ais! lhe chiingcsuf diieeti
on ais! cali
se. Note l-o the srai-c lv of newlv-fuinno 1 vexsels
( shou ii liv ariows ) which
1 .
:i”r,
‘dla 4
L___ —-
— J
Fig. 60— Cirrose de Morgagni-LaLnnec (A. n.° 1.060). Molde, com ace
portal. Expli
tato de vinhite, da árvore portal. Segmento de um pequeno ramo
As setas indicam a neofor macão vascul ar. Comparar
cação como na fig. 59.
50, referen tes ô esquis tossom ose mansô nica hépato •esp]ên ica.
com as figs. 49 a
Fig. 60 — 3forgugni.La&nncc cirrhosis. (A. 1.033) . Acetate of vinylite
troe. Segme nt of a small portal Ijranch . Explanation
mouid of the portal
mation . Compare
sarne as in fig. 5í. The arrows indicate the vascular neofor
figs. 49-50 referring to hepato-splenic mansonic schisto somias is.
indi
coradas e nos moldes obtidos com acetato de vinilite, uns e outros
vascular
cando-a constante sistematização e limitação da neoformação
ência de vias novas, de
à bainha conjuntiva neoproduzida e a inexist
A aná
desordens arquiteturais, de “reestruturações” da árvore portal.
s, e o
lise dos espécimes preparados com gelatinas coradas e dos molde
porta, explica m
conhecimento do modo normal de ramificação da veia
anha
também o escalonamento dos ovos na bainha conjuntiva que acomp
localiz ação em
os ramos portais, até os de IV ordem, sua mais rara
tôrno aos ramos menores interlobulares, e os fenômenos inflamatórios
nte.
e produtivos consecutivos. É evidente que os ovos (e, mais rarame
axial,
os vermes) talvez seguindo de preferência a corrente marginal à
divisão e distrib uição
se distribuem acompanhando o modo normal de
da veia porta. Assim, uma parte penetra nos ramúsculos não dicotô
micos que nascem, em grande número, ao longo de tôda a árvore portal.
Como a maior parte dêsses ramúsculo5 se exaure na bainha conjuntiva
portal (ver quanto foi dito linhas acima) os ovos caem no conjuntivo
— 101 —
1K
FuI. 61 — Cjnosí (li? AJo,i/(lgoiL(Lc)i1i(’C 1 A. 11.0 1.0110). Molile, com are—
iat( de vi O lite, ia Ü1VI iiC portal. Segnien (O de tini 9(211 ou no a liii) Mostra a
amputacão (los ramos dicotomicos de um lado do ramo;
do outto, subversão
da disposiçúü e tentativas de regeneractio. Comparar com as figs. -19 a 50.
Fiq. 61 — Aforgaqnj-Laënticc c’jrrhosi.s. i .\. 1 035). AceU,te of vis Etc
mould of thc portal ti cc. Segtnen 1 cif a smal 1 iii nch. Nolcethe amputation
of tlic dichotomous branchos OH 000 sido of thc hianch; 011 tbc other,
subvcr
sEm of the arrangement and attcmptsatrogeneration. Compete
figs. 49-50.
Fiy. 6J
— Cirro.çc dc Morgagni-Laënnec (A. n.° 1.000). Moldc, com ace
tato de vinilite, da artéria hepática. Segmento de um [amo intra-h
epático da
artéria hepática. Explicação como na fig. 02.
Fig. 63— Morgagni-Laüiince cièrhosis. (A. 1.035). Acetate of vinylite
mould of the hepatic artery. Segment of an intrabepatie brancli of the hepatic
artezy. E:p1anation as iii fig. 62.
1
— 107 —
Ii
Fzg. 61 — Pígudo ?LOP)èIul (A. 11.0 900). Mo!rle, com acetato de vinilite,
da árvore portai. Segmento terin mal cio um ramo de TU ordem.
Fig. 61 — Xorjnui Lirvi. A. 901)) Aretaw vinvifle IflOUl(l ,f the
portal troe. Terminal segment f a bi-anch of che Srd order.
) Tal sistema não foi estudado nos moldes com acetato de vinilite,
mas sõmeute nos Ligados injetados com gelatinas coradas, onde não
mostrou alterações. A gelatina corada penetrava em tõdus as veias
sub—lobulares e centro—lobulares de outro lado, não se misturava com
a gelatina de outra côr, introduzida na árvore portal. Não havia, pois,
neoformações, desvios, interrupções, da árvore venosa das supra_hepá
ticas, as quais não participavam do processo.
O exame histológico demonstrou que, de fato, em geral, o sistema
venoso réfluo não é comprometido pela lesão. Sômente em casos raros,
acidentalmente, a inflamação atinge a parede das veias siib—lobulares,
ou dos ramos maiores que derivam da confluência (lestas. O achado de
granulomas esquistossomóticos nas paredes dessas veias é raro Quando
presentes, produzem ou pequenas formações polipóides, de ordem mi
croscópica, que fazem relêvo no lumen vascular; ou pequenos focos de
destruição da parede. Ëstes últimos podem produzir verdadeira ulce
raÇão da parede da veia sub—lohular ; podem aprofundar—se no parênquima
lobular e, nêsse caso, não é raro que o sangue circulante nessas veias
entre em contato direto com as células hepáticas, que podem descarnar,
cair no lurnen vascular e, consecutivamente, na corrente geral .Afig.
25 demonstra uma formação polipóide inflamatória,
Na cirrose de MORGAGNI-LAÊNNEc, na cirrose pos-hepatitica, no cân
cer-cirrose, o sistema das supra-hepáticas, como é sabido há longo tempo,
contràriamente ao que acontece na esquistossomose, em que, repetimos, é
atingido acidentalmente, participa do processo no mesmo modo e,pareii—
temente, no mesmo plano que o sistema portal e a árvore arterial. Como
demonstram os moldes com vinilite e os exemplares injetados com gela
tinas coradas, nas três doenças citadas o sistema das veias sub—lobulares
sofre interrupções, amputaçôes e desvios igualmente à árvore portal e
à arterial ; de outro lado, participa também da neoformacão vasctd ar,
produzindo-se anastomoses entre os três sistemas.
Para maior clareza, na Tab. III acham—se resumidas as lesões encon
tradas em 10 casos não selecionados, mas tomados ao acaso, da forma
de SYMMERS.
— lis —
1
1:.
L
P/g. 65 ESQIWdORSOOIONC ,,iüjis,3,iuo h;po!o-,-.pic nu, ferino dc SijnlvzcIN.
(A. i 3:10).
. Mohle, com acetato mie vinilite, ile Uni segmento (te mamo (lo
Ii! (ll(tClii. E>plific:uü ((11110 pai-a a.— Ctg—’. 19. .51). 51. 52, r:;. Si. Ç:ste figicio
(A. .3:19) linha i(h) infoenoim, com (‘,iaoust, oi)iLo(io—se o (jtiii{il0 i.ioiiologico
ilustrado pela figu a a seguir ( fig. (:6).
Fiy. 6:7 — fÍipuH-spiriiii srhis!osooiiosis, S!J)li11h(is Iypi.
10011500W (A.
1. 330) Acetate of vin,vlite miiouiol
a segmemit ofahmaneh of Lhe :icoi
of
oider. Expi atina as for figs. -19. 50, 51, 52. 53. SI. 9’his liver IA. i .330)
1
II
was Witii GUio! Ias!
ifljCCte(i
fuflowing figure Ug bU).
QUADRO SINÓPTICO DAS LESÕES DOS RAMOS PORTAIS INTRAHEPATICOS EM DEZ CAiO I)A l’(
Granulomzts no conjuntivo po
riportal e na adventícia portal.
Endopileflebito sistematizada. + + + ++ + + +
Espessamento intimal + ++ + + +
Elastose 1 -r+ ±+ +±
÷
++
Fragmentação do elãstico da
parede portal
1 ++ +t+
Destruiçio da muscular ++ + —: +
Hipotrofia da muscular + 1 + —+ 1 + 1 ± —
Hipertrofia da muscular - ++ + ++ + +
Granulomas da parede — —
-
Trombose ++ ++
+ 1 —
TICO DAS LESOES DOS RAMOS PORTAIS INTRAHEPATICOS EM DEZ CASOS DA FORMA DE SYMMERS
+ ++++ +++ ++ + + + + + ++
+ +++ ++ + + ++ + + ++_
+ + + ++ + + + ++ + +
± ++ + 1 ± ±+ + +
+ + +
+± ±+ 1 1
+±T + +
-
— —+ 1 + -r + — + — 1 +
+ —+ 1 + ± —
— 1 ± ÷
+ +++ + ++ ++ + ++
÷ ++ 1
+ + — 1 + —
±± + + — — — —
1 —
--
- - z -- - - - -
1
— ++ +— 1 — — —
i —
1 — — —
U__- -
- ± +
++++
+++
++
+
— 121 —
flg. 6 — Esquis (Osso 111 OSC vi ansôn ira li üpa to-rsplë nica, fo riu a dc Sy iR mcrs.
A. 1 .0)0). Poitoradiogiuma pos( itior( uni, com Cita trast. Observar, em tôrno
ias ramos circwidandoos, a rêde vascular ncoformada.
Fiq. 6:: — Fíepa to.sj)1ev ir Vi U?tSOfliC seflis (050111105 is, Sy iii III C Is (7)7W. (A.
Post-mortern porto-rudiogram with Cila(ros( Note the newly
1 .300) .
.
12 — Co ;nporta c t0 dos lob elos e das c6lulus /i epál ices (Ji face
da alteração da árvore portal.
Para compreensão dessas relações é necessário citar, mais urna vPz,
as características histológicas do Ligado na forma em estudo. Podem
ser resumidas assim:
1.0— Conserva-se a arquitetura lobular do órgão, com exceção de
zonas restritas, em geral sub-capsulares. Não há subversão da arqui
tetura hepática, com formação de ilhotas (pseudo-lóbulos). Não há
subversão, nem interrupções do sistema vascular intra-hepático. Por
isso, na forma em estudo, são mantidas as relações normais entre
árvore portal, sistema das veias supra-hepáticas e lóbulos.
2.0— Também se conserva a arquitetura intima da quase totalidade
dos lóbulos. Não há, ou são esporádicos e circunscritos, os fenômenos
destrutivos, flogisticos e produtivos, intra—lobularcs. O estroma reticular
e os sinusóides não participam da lesão, a não ser acidentalmente, em
— 132 —
Zonas cil’ctilis.ciitas.. Por isso, lia hirma CITI c4ucui (au sotre alteracões
o arranJo arquitetônico (las liniiiias hepáticas e de cada célula hepatica
em relação ás demais e aos sinusóbles.
3() — Nau ba initilupries, (lesvios, aflhlitilacOes, las \ u tio afluxo
tu., sangue portal aos lóbulos, nem ui,stacttlos á sua penetrara e circtdacr1u
nos lóbulos. TiInil)ém, não há OI)stácuh)s mi delliixo (lo sangue intra—
lobular. Portanto, conservadis as vias noiiiiais tle afluxo e sua iéde
siiiusoi(ial, e evidente (Itiei< células hcpaticas ronstivani relcous
topo
gráficas normais com as \ias.s,iiiguilheas.
1.0 — () estudo dos moldes e, especialment e, dos espécimes lnJotmlrs
com ge!atinas coradas demonstra que, iia forma ciii nau e
originam ‘vias sanguíneas Jluva.< (los ramos purtai< pata os lóbulos
e, tlestes, para as veias suiu:t—heiiatica. Na iornut uni estudo tedus os
lóbu]os e tinias is células s;to pritticamente iiiigwls mudo igual e tu
uniforme, ao contrário tIo que zicouluce tia docuca de Morgagni—Lndnnec,
na qual a tlistribuicão tIo salgue. a irrigacai das vai]ac 15ute: ‘lo figilu.
são desiguais.
50 rj)([[
—
uni consuq encia de: o) ueooirnacfto vascular, sis
tematizada, uni tõrnu aos ianios portais tlicotomicus é) grave tlestrtiiçao
tia musctil;dnra da jntiudu dos ramos mirtais: r) rigidez e tijliticãu
dos mesmos; se produz um retardamento da velocidade ruIr que ii <aiigue
penetra nus lóhu]os e circula nus sinusóides. Fioma-se, nestes, ongesino
de origem portal. Os fenômenos regressivos (degenerativos) das cé
lulas hepáticas e os cousecutivus tlisturliios de sais florões Ieiva”x.
em grande parte, ape iflt5 (lesse mc;inisnio e. repetimos. ao (le (lisviOs.
exciusoes tia correnTe circulalóia, como acuulecc. e de niudi’ sislcma—
9•0
— A chamada “proliferação dos condutos biliares” é discreta
e limitada à zona sub-capsular, onde aparece o desarranjo da arquitetura
lobular, ou às imediatas adjacências dos ramos portais quando, aciden
talmente, o tecido inflamatório e o de granulação penetram em um ou
outro lóbulo, separando grupos de células hepáticas. Em que pese a
opinião de ANDERS0N (3), segundo o qual “by this time a true
“cirrhosis has developed, with proliferation of bile duets and formation
“of pseudo-lobules”, em nossos casos da forma de SYMMERS o fenômeno
era sempre acidental, discreto, limitado, circunscrito, como já explicamos
e, sobretudo, nunca sistematizado, como acontece, pelo contrário, na
doença de Morgagni-Laénnec.
Na forma em estudo faltam ou são discretos todos êstes fenômenos
hiperplástico-regenerativos parenquimatosos.
10.0 — Não existem fenômenos inflamatórios intra-lobi lares, com
exceção dos raros granulomas intra-lobulares já citados. Isto é, falta
a “infiltração parvicelular, ou linfocitária”, constante e sistematizada
na doença de Morgagni-Laënnec onde acompanha, “pari passu”, o outro
fenômeno básico da doença: o destrutivo do parênquima (ou hepatótico”).
11.0— Faltam, portanto, na grande maioria dos casos de esquis
tossomose mansônica hépato-esplênica, isto é, na forma de Symmers,
os fatôres anatômicos capazes de determinar as graves, sistematizadas,
progressivas lesôes das células hepáticas, encontradas em outras hepa
topatias fibrosantes, especialmente na doença de Morgagni-Laënnec.
Faltam, sobretudo, a subversão sistematizada da arquitetura do órgão
(Umban, icn1a7licnzcnt) e o ataque direto à célula hepática. Ou,
melhor, na forma em estudo não se encontram sinais anatômico mor
fológicos de um acometimento direto do parênquima, tão visíveis em
outras hepatopatias. Em nossos 27 casos da forma de SYMMERS o.
fenômenos regressivos celulares eram discretos, de uma ordem muito
mais leve do que na doença de Morgagni-Laênnec. Embora não podendo
exclulir. a jn’iuri, a existência de fatôres tóxicos (provindo de vermes
vivos ou mortos, ou de outra origem), devemos insistir no fato de que
o único fator anatômico sistematizado demonstrável com segurança em
nossos 27 casos era representado pela peri-pileflebite granulomatosa,
produtiva, fibrosante, com neoformação vascular peri-portal. com grave
lesão da parede dos ramos portais, ia descritas, determinando a queda
da velocidade sanguínea nos ramos portais e nos sinusóides lobulares;
mas sem subversão da arquitetura do órgão, e sem obstáculos, desvios
e desigual distribuição da corrente circulatória. Devemos salientar tam
bém, mais uma vez, que, em nossos casos, a peri-pileflebite parecia cau
sada diretamente pela ação local dos ovos distribuidos ao longo da árvore
— 134 —
coo seqüên ria da ii ghlez cadavérica de seu aparelho con tt’ú tU, o baco pode
expulsar quase todo o sangue contido nos selos e nas veias trabeculares, cal
colando-se que os hacos esclero-congestivos possam conter, e expulsar, uma
quantidade rlesse liquido correspondente a até um quinto do peso do úrgão.
Foi’ esta razão, fim de puder utilizar os 25 casos obtidos por esplenectomia
— durante a qual são ligados os vasos tio filio esplênico, era necessário des
contar, do peso bruto desses órgãos, uma cifra correspondente á quantidade
presumivel de sangue nêles contido. Ou seja, segundo a estimativa acima,
20 por cento rIo peso. Entretanto, é conhecido um caso de GrnGNARD (70), de
esplenomegalia c-sclero-congestiva, com bato de 1.0(X) g que expulsou, após a
ablação cirúrgica, 1.700 g de sangue, equivalentes a 42,5 por cento de seu peso.
Embora esta caso de G0JGNARD (75) deva ser considerado como caso extremo, é
evidente que, para poder utilizar, com segurança, os 25 casos obtidos por
espienectomia, tornava-se necessário subtrair 12,5 por cento de seu peso. ssiin
procedendo, obtem-se um grupo homogêneo de 38 casos, que nos parece permitir
a análise com certa seguranÇa.
‘1’
— 136 —
TAIL IV
da autópsia
orm P551> do bico Núnwruda Púsodo
aflau,flUClt
pesava 650 g ou mais; e nenhum menos dessa cifra. Êsses baços ori
ginais bantianos, segundo relato recente de COSTA e PUCCINI (26) —
— 139 —
f S o ii £ M Á 1
80
j4
70
65
60
55
.50
65
di’
35
30
25
-—-‘E--.
20
—---‘E---
‘5
70
j
— 140 —
(A. fl,S
720, 791, 799, 840, 849, 954, 996, 1.026, 1.068, 1.300, 1.331).
Porém, no cadáver as varizes esofageanas aparecem sempre menores
do que no vivo e as pouco desenvolvidas podem deixar de ser perceptíveis
à autópsia. Por isso, não se pode exclui-las em outros rasos, além dos
9 em que foram demonstradas à autópsia. Em todos os casos interessa-
— 143 —
Foi encontrada em quatro casos (A. n.’ 697, 794. 924, 1.058),
sendo sempre mortal. Em um caso (n.° 1.058) existiam no estômago
pouco mais de 2.000 ml de sangue no coagulado e não alterado, isto
demonstrando que o mecanismo citado acima fôra capaz de produzir
um derrame considerável em pouquíssirno tempo. À autópsia foram
encontradas varizes do esófago, aliás discretas, em apenas um caso (A.
n.° 794) nos outros, não puderam ser demonstradas. Nenhum (Wsses
4 casos fôra esplenectomizado.
2) — Nus Ii eputites por vjns (cirrose jos—h cpØ 1 ítu’u c’i,rosc ]WS—
necrótica) o quadro é dominado, como é sabido, por duas ordens de
fenômenos. Os primeiros a anarecer são os fenômenos regressivos das
células hepáticas, mais ou menos graves segundo o caso e a forma, mas
apresentando características gerais comuns, como: 1) a necrose das
células, com esfacelo das mesmas, poupando as células de Kupffer e
o estroma reticular, de modo a produzir—se uma dilatação cc— curso
dos
sinusóides e, sucessivamente, a neoformacão fibrosa a partir do con
juntivo dos focos de necrose das células hepáticas; 2) a necrose hialina
de outras células hepáticas, produzindo imagens análogas aos ‘corpos
(Ir Cmiv cilmav n “ ; 3) freqüõntemente, a redução da baso filia das
células
hepáticas; 4) a distribuição de todos éstes fenômenos regressivos, “he
patóticos”, em focos mais ou menos numerosos, mas sempre intra
lobulares, salpicados, disseminados a todo o órgão. A seguir, aparec
e
o fenômeno infLmatório, igualmente intra—lobular e obedecendo à (lis—
tribuição das lesões regressivas, portanto. em focos disseminados, cons
tituído predominantemente pela exsudação linfo—granulocitária. Se o
diagnóstico é relativamente fácil quando se encontram estas duas ordens
de fenômenos, pode tornar-se delicado, às vezes impossível, nas formas
crônicas, nas antigas e residuais, quando ocorrem os processos de re
para.cão mesenquimais e epiteliais; isto é, a néoformaçflo conjuntivo-
vascular e a formação de nódulos hiperplástico-regenerativos das células
hepáticas e a chamada neoformação de canaliculos biliares.
— 149 —
li)
— 150 —
7•0
— Na hepatite intersticial luética congénita carac
terizada ma—
croscópicamente pelo “fígado em pedcrneira”
(“flint livcr”), já citado,
a prolilferação conjuntiva e intralobular pode cheg
ar a separar as células
— 151 —
I
berculosa), em geral com tendência á transformação fibrosa. Vê-se,
portanto, quão diferente é também êste quadro daqnêle da esquistosso
mose.
E, em seguida,
.
i
— 159 —
sem sido tratados com vermicidas, é lícito supor ter sido não pequena,
especialmente nas infecções unisexuais, a mortalidade dos vermes. Aliás,
que assim tenha acontecido, pode deduzir-se da conclusão n.° 4 do tra
— 160 —
— 162 —
Ii
[
“aos ramos maiores”. MOTTA e MONTENEGRO (141), SERRA (167),
PENNA (145), DAi’ e FERGUSON (38), CLARK e GRAEe’ (19) não falam
em obstruções portais. HASHEM (81), que estudou o quadro anatômico
do figado na esquistossomose hépato-esplênica com certa minúcia, não
cita obstrução de ramos portais calibrosos mas, apenas “oclusão dos
ramos portais intralobulares”. SILvANY FILHo (174) registra, em um
de seus casos, trombos em início de organização nos grossos ramos
intrahepáticos da porta.
LICHTEMBERG (113), em trabalho recente, dedicado especialmente
ao estudo das lesões das raízes intrahepáticas da veia porta na esquis
tossomose mansônica, baseado em 27 autópsias feitas no Hospital das
Clínicas de Salvador, Bahia, entre as quais 3 (11,11%) da forma hé
pato-esplênica, encontra os seguintes três tipos de lesões dos ramos por-
j
— 165 —
11
— 1(56 —
1 [1
COUTINHO (29) sôbre o quadro anatômico do fígado (“fibrose cirróide
“do fígado, diferente da cirrose de LAËNNEC, e caractç?jzada pela ocor
“rência dc grandes placas de tecido fibroso cicatricial, interrvpão da
“drenagem. biliar e linfática setorial, exclusão de grandes trechos de
“parénquima da circulação portal”) não corresponde à lesão funda
mental, sistematizada a tôda a árvore portal, atingindo quase sem ex
ceção todos os ramos portais, desde os dois troncos principais até os
ramos de IV ordem. Por isso, temos a impressão de que êsses dois
AA., embora tenham descrito lesões realmente existentes, porém “irre
gularmente disseminadas”, não se referiram à lesão sistematizada, carac
terística e fundamental da forma de SYMMERS: e) até o momento, não
parecem existir provas experimentais de que tal forma seja produzida
pela ação dos vermes mortos. O achado de lesões nas zonas mais peri
féricas do fígado e não sistematizadas, provocadas pelos vermos mortos
em conseqüência do tratamento antimonial, não pode autorizar a con
clusão de que tais alterações expliquem a forma eminentemente siste
matizada de SYMMERS ou a conclusão de que foi dada a prova experi
mental da patogênese de tal forma.
2.0
— A forma dc SYMMERS da csquistossomose n?ausõnica hépato
csplênica seria produzida por infestações unissexuais dc vcr’es machos.
Esta hipótese patogenética, como é sabido, foi defendida especial
mente por GumEs (72, 73, 74, 75). Ëste A., seguindo em parto DAY
(35, 36), distingue duas formas de esquistossomose: a intestinal e a
visceral ou hepática. A “cirrose hepática” poderia aparecer em ambas.
Na quarta e última etapa da primeira forma apareceria, de preferência,
a forma de SYMMERS; e na terceira e última etapa da outra apareceria
uma “cirrose hepática” de tipo difuso. Segundo GUmES, esta última
seria produzida pela “enorme quantidade de toxinas” secretadas pelos
vermes machos (que se achariam sàzinhos ou em quantidade predomi
nante sôbre as fêmeas), pela irritação local provocada por êsses vermes
— 171 —
— 173 —
3,0
— A forma de SYMMERS da eSq1(iStOSSO)fl Use mavsó)rira hépato—
c.sp?uieu seria devida à ação de toxinas provenientes especialmente dos
vermes.
Parece que a primeira pesquisa que procura demonstrar a existência
de um efeito tóxico na esquistossomose se deve a FArnLEY, em 1920
(55).
Diz êste A. que em agõsto e setembro de 1916 LAWTON observara certos
sintomas clínicos obscuros em 24 casos iniciais de esquistossomose,
in
ternados no Hospital Geral Australiano n.° 3, no Cairo. Tais
sintomas
surgiam de 4 a 12 semanas após a infestação e consistiam em um
ataque
febril acompanhado de dores abdominais, aumento do fígado
e do baço,
bronquite, urticária, às võzes diarréia, eosinofilia, ovos de
Sch. mavsoni
nas fezes. Nos mêses seguintes, casos análogos foram obscrv
ados em
grande quantidade no 14.° Hospital Geral Australiano,
O próprio
FArRLEY encontrou êsse complexo sintomático nos casos infesta
dos apenas
— 175 —
dores da reação fibrosa teriam pelo menos duas origens: dos vermes e
dos ovos embrionados, êstes últimos quando em destruição.
KOPPISCH (100), em estudo sôbre a anatomia patológica da esquis
tossomose mansônica experimenta) no coelho e no rato, fala em tcxinas
como responsáveis pelas lesões “observadas durante o primeiro estádio
da doença -. Segundo KOPPJSCH, nesta primeira fase, anterior ao
30.° dia da infestação, as lesões teciduais seriam determinadas pelos
seguintes fatôres: “1) obstrução dos capilares pelos esquistossômulos
“e sua passagem eventual fora dos vasos sanguíneos; 2) libertação,
“pelos parasitos vivos, de noxas, através do produto de seu metabo
“lismo, ou de toxinas; 3) libertação, pelos parasitos mortos, de produ
“tos de sua desintegração; 4) expulsão de pigmento elaborado no intes
“tino dos vermes, a partir do sangue ingerido”. Sempre segundo Kop
pisca (100) “a partir do 30.° dia após a inoculação aparece uma modi
“ficação no caráter da alteração tecidual que parece depender, prinei
“palmente, de: 1) presença de vermes adultos nos vasos sanguineos;
“2) a eliminação de uma quantidade de pigmento bem maior; 3) a
“deposição de ovos; 4) a libertação de substâncias nocivas pelos vermes
“vivos e pelos vermes adultos mortos.” O A. observa que, nesta fase,
as reações teciduais são ainda de tipo inflamatório e por serem “mais
“pronunciadas na margem inferior do fígado, onde os vermos são abun
“dantes e pois que seu inicio antecede à deposição de ovos, é evidente
“que resultam da presença dos vermes, provàvelmente através da liber
“tação de substâncias nocivas pelos parasitos”. Quanto às lesões mais
tardias, diz KOPPISCH (100) : “Não está claro o papel dos ovos do es
“quistossoma na patogênese da fibrose hepática. Nós estamos, por-
..
— 180 —
“ser mais difusa, por não mostrar uma predileção para a margem bife
“nor do órgão e por não se acompanhar de uma dilatação pronunciada
“dos sinusóides e veias, tão proeminente no quadro da esquistossomose
“hepática do coelho e do rato branco, especialmente dêste último. E’
também nossa itu pressão que os ovos tõm relativamente maior impor—
‘tdncia na pato qenm das lesõcs esquistossomóticas humanas do que na
£dos animais por nós estudados”. (*) Do expõsto, resulta que as pes
quisas de Koppiscri confirmam, mais uma vez, a existência de lesões no
primeiro periodo da doença, as quais, tanto quanto parece, podem ser
explicadas satisfatàriamente apenas com a admissão de um estado tóxi
co; mas os estudos dêsse A. nada de concreto indicam acêrca da ação
eventual de toxinas quanto às fibroses difusas, especialmente as encon
tradas no homem.
— 181 —
12
— 182 —
Desejamos, também, que fique claro não significar, quanto foi dito
acima, em negação da propriedade dos ovos e dos vermes de produzi
rem, em certas condições, substâncias tóxicas capazes de agir não sõ
mente sõbre o conjuntivo e a parede dos vasos sanguíneos, como tam
bém sõbre as células hepáticas. O que nos parece não encontrar base
em fatos observáveis na patologia humana, ou reproduziveis experimen
talmente, é a interpretação segundo a qual tais substâncias tóxicas de
‘1
terminem a hepatopatia fibrosante da esquistossomose hépato-esplê
nica e, mais precisamente, a forma de SYMMERS.
Do mesmo modo, não se contesta a existência, em certas condições,
de um estado alérgico nos portadores de esquistossomose. É fato por
demais conhecido. Não se nega que a própria reação tecidual infla
matória, em certas condições, venha a ser modificada, e mesmo exalta
da, por um estado de sensibilização ou de alergia local ou tecidual. Pelo
contrário, todo patologista conhece os vários modos com que se pode
apresentar a reação inflamatória esquistossomótica, existindo já tenta
tivas para discriminar, também nesta doença, os tipos inflamatórios
normoérgicos dos alérgicos. Contesta-se que a neoformação conjuntivo-
vascular sistematizada em torno dos ramos portais, que o pileflebite
e a peri-pileflebite granulomatosas produtivas e fibrosantes, caracte
rísticas da forma de SYMMERS, resultem de mecanismos tõxicn-v’érgi
cos. Contesta-se, especialmente, que tais mecanismos operem dentro
dos lóbulos e ao nível das células hepáticas, pois, repetimo-le, falta
qualquer sinal de ataque das mesmas. Deve-se, ainda, lembrar que nas
doenças onde tal ataque existe (doença de MoRGAGN1-LAiNNEc, hepa
tite infectuosa, febre amarela, etc) é êle perceptível com facilidade e
produz lesões totalmente diversas daquelas da esquistossomose.
‘1
— 183 —
— 185 —
— 186 —
CASOS DE ESQLIISTOSSOMOSE
1 LÉPÀTO-ESPLÊN1 (iA
1.0 VASO (A. ii.° :118) ,Á.M. 8., mulato, 11 a., lavrador, natural de ,Tahon.
catubas (MC. ) e aí residente, hosuitalizado em 21/1/1915, falecido em
26/8/1945.
A itt OpSW (ii .° 348) foi real izacla 39 horas após a morte, teu (lo sido o cadiv cr
conservado em geladeira.
DIAGNÓSTTCO ANÁ’rOMO-PATOLÓGICO:
ligada. E,rao, e lii orrosrópu’o. Orgia) ?I) Si! o, mUito peqUeno, um terço
do normal, disforme rlevitli, àgi’ ande reoueão tio lobo tlneito, que
é quase
glohoso. Cápsula intensa e ii’iegulai’mente espessada, em celtas
zonas lisa
e em ()Ut ias rugosa ou fi iii ssi ma nien te gra nu li )sa, mas o ao tu lerente ao
ri ia
fragma. O espessamen to atinge parcialmen te o ligamento falciforme.
Super’
ficie externa irregular, parte em conseqüência tio espessamen ttl da
capsul:i,
parte devido à pi’esen a de numerosas saliéncias ou tubei-osidades hemisféricas
.
tlistnhuídas irregularmente. São pitouzitlas 1)01’ traves conjuntivas
espessas,
fibrosas, que, aprof und indo—se no parênquima, estiram a cápsula,
produzindo
tiepiessões We delimitam zonas, as quais se totIrjin salientes sõbre
a super-
Cicie externa e simulam nodos ou tuberosidades. Porém, as
saliências são
coo s ti tu á las pi’i- ia rént u i ma 1 reexisten te. o ão poi’ teci) lo n eoforma
lo: 11 ão
são insuladas do parénqu ima cii’cunstante. mas apenas separarias
incomple—
lamente pelas tia ves cita das. Nas superfícies de corte (1 aspectn
do õrgão é
absolutamente característico. i atravessado p01’ traves conjuntivas fibrosas
grossas, brancas, lwilhan tes, rle aspecto temi inoso. eni geral cultas
e irie
guiares, que não se anastomosam entre si e. portanto, não insulam
partes de
pa rên tjui ma hepático. Rara men te se ‘a in i ficam e, quatu i o isto acon tece, as
ramificações são muito curtas e ii’i’egulares e não se anastomosam, com
exceção
(Jaquetas localizadas na ‘zona subcapsular, em uma faixa de pai’énquima
com
espessura de 1-2 em_Aí, as traves conjuntivas e suas ramificacões
pouem
anastomosar-se e. (lesta forma. nsular zonas de pa rõnqtii ma.
sempre muito
pequenas. Porém, o fenômeno é mtntri irregular. não atinge tõdaacumada
sul wapsula r do ür-gão, mas l)flas partes tu str ii tttídts ir regu 1 i rmen No
te.
centro das traves conjuntivas maiores corre um gi’osso amo da veia port
é fortemente dilatado e, depois de cti rtado, pei’ma i ccc aberto A sua
xi rm le
adere intimamente ao conjtintivo denso das ti-aves, tias quais não
pode ser
separaria: porém ,a intima não mostra alterações, é lisa, fina, brilhante.
Incons
tailtemente. e de modo menos pi-onunciarlo. são dilatados e permanecem
abertos
os vasos biliares e os ramos arterïais que percorrem as grossas traves
conjun
1 ivas.
e
iic lóbulos circundando as grossas traves. Urna camada mais profunda
formada por lóbulos muito alongados, dispostos radialmente em tórno a trave.
Sucedem-se camadas nas quais os lóbulos são sempre menos deformados, à
medida que se afastam da trave. Esta disposição se repete com absoluta
,
regularidade. Assim, nas superficies de corte, distinguem-se e delimitam-se
constituir como outros t:ijtos pseudo
dc modo absolutamente nítido a ponto de
uma trave
-lobos grandes áreas de parênquima, constituídas cada uma Por
conjuntiva central, muito espessa, na qual cone um grosso ramo da veia
ramo arterial e um biliar, fortemente dilatados, especialment e o
porta, um
primeiro. É circundada, a trave, por caidas concêntricas de lóbulos separados
nïtidamente uns dos outros; alongados. deformados, dispostos radialmente os
lóbulos que lhe são adjacentes: sempre menos deformados, até mantet’em a
morfologia normal, aqueles das camadas mais periféricas. lstes últimos con
finam com os lóbulos mais periféricos de outras zonas anúlogas. Esta pseudo
-lohação ressalta não só pelos caracteres e a delimitação clescritos acima, corno
também pela disposição concêntrica e radada (los lóbulos em relação à trave
conjuntiva central. As pranchas em cores dernostram melhor cIo que as
palavras esta disposição, que não recordamos ter visto em outras hepatopatias
fibrosantes, que parece característica e patognomônica (lesta forma de RI rüse
hepática esquistossornótica, a ponto de diferenciá-la de outras helcitopatias fibra
santes sistematizadasr especialmente i (loenra de MORGAGNI-LAÉNNEC (cirrose
hepática).
Nas superfícies de corte, o parênottiia tem côr acinzentada, ou cinzento
marrom, ou cinzento-amarelada A côr dos lóbulos é uniforme; ressaltam
nitidamente do conjuntivo que os circunda e fazem relevo ligeiramente sóbre
as superfícies de corte. Não existem nodos hiperpiásticos. nem lóbulos ou
zonas ictéricas. Não se encontra, enfim, aquela variedade de côres, embora
com predominância do amarelo-vennelho, que é própria tIa cirrose e que a
LALNNEc sugeriu o nome “kirros”. A consistência do órgão é firme; é
compacto,
não frivel; é, porém, menos duro do que o figano cirn5tico.
E.r’o ioc ic’’o.%fl;pic-O— A lesão é ci cunscrir a au con tio tivo (rue acuar—
panna os ramos portais (le II e III onlem. às vezes os de IV. excepcionalmente
ul: apassando a bainha glisson iam que, guisa fie cápsula. en ‘olve êsses ramos
e suas formações satélites, separando-as do parêntluima hepático. Consiste
em uma inflamação crônica gianulomatosa esquistossomótica (peri-pileflebite
csqui4os,omotica ) , caracterizada, além qttc pela formação de um número enorme
lo granulom:rs piodtrzidos pe1o ovos do Sri. ooiirsovi, também por’ intensa
neoformação conjuntivo-vascular com as características de um tecido de granu
lação e, nas zonas em qtie o processo é muito adiantado, de um tecido fibroso
denso de tipo cicatr’icial. Os granulomas esquistossomóticos só excepcional
mente residem fora da bainha conjuntiva peii—vasculai: ou sea, além da inva—
[
ginarai peti-vascula- tia cápsula de Glisson. Sem emlia go, encoiit a-se
Um
ou outro lia Própria espessura tios lobulos, 11l’tUOi rios flui t-éluias hepáticas.
lijstes granulomas são sempre pequenos muito menores cio que os congner.es
peri-vusculares e produzem escassa reação conjuntiva. Não co-participam
do
fliocer-so iii- filoose peliportal e miO pii’iiuzeiti 5u1)\eisaO e reestruturaçã
o
Unibuo )‘OiciIii(flh(’ii/ j Li zoquitectira hejnititsi i-L-picentam meios pequei’;
-
corpos e-SI ranhos acii leat a! mcm te imel-giti os em l;iri is lobiil os, ii eteimin
ande
alterações discretas e puramente locais, sem i’elauões com a lesão
venladeii-a
mente sistematizada e característica, isto é, a per&vascuiar.
O.s gi anulomas peii-poitais sao extrema mente numerosos. Mais numeli sus
em tõrno aos grossos ramos, iii minuem Li medida que se passa aos de
111 e IV
tiideiii. O número de gi-;inulomas patece propoiciunal ao calibre do iamo
portal e. especialmen te, Li qual] tida e cio conjuntivo pe ii portal .e
Li quan tidw ie
de vênulas de decurso breve (não colaterais, não nascidas
por ,iicotomia)
que, com itisn-ibuicão iiiegular, se originam tios troncos e
dos ramos portais
durante todo o seu percurso.
Os granulomas estão sempre em relaçao com um ovo, raramente rim
dois; neste exemplar, pois, hão encontrámos lesões de tipo inflamatório que
ptc
dessem ser atribuidas a outras causas, além tIa presença dos ovos. A
infil
tracão inflamatória é rara e exti-emamente escassa foi-a los granulomas ou em
áreas onde éstes são pouco abundantes. Em geral são relativamente rireuns
critus e relativamente insulados e i ni lependentes rins dos outros.
Mas, em
retas zonas, onde são mais numerosos ou onde se encontram em estado
evolu
1 ivo mais iecen te, podem torna 1-se w ij acentes ou pôr-se em coli tato
oti, mesnto,
confluir, Todavia, nos grar.ulomas em fase evolutiva mais adiantada
o iiimeit’
de células da infilti-arão inflamatói ia diminue e. Li medida
que se forma o
conjuntivo que os circunda, vão readquirindo o insulamento
e a independência
topográfica. São distriijtiídos em tõtla a espessura da
bainha conjuntiva que,
normal meu, te, acom pa oh a os i-a mos P° i ia is iii tra-h e láti ci is, tiesd
e a ad vcn tu-ia
deuses ramos até os feixes de conjuntivo fiiirosii (101151) orle. itpieeiitando
a
continuação da cápsula de Grissox. constituem a pane
externa da haijiba
pei-iportal. Todavia, são mais numerosos nas zunas centrais
ria bainha mais
escassos em sua periferia. Freqüentemente entram em contato
com as várias
foi-m acões satélites rios ramos inita is. Não é pouco
freq ii én te, de fato, en cii] -
aberrantes capsulares). Onde não se encontram tais ramos não há, pràtica
mente, lesões capsulares. Estas são do mesmo tipo, identicas às da bainha
conjuntiva periportal, já descritas; é inútil, pois, deter-se novamente nelas.
Também no conjuntivo capsular encontram-se ovos e granulomas, neoforma
ções vasculares e fibrosas, com o mesmo aspeto das já descritas. Uma parti
cularidade importante é a seguinte: êstes ramos portais aberrantes, atingida
a camada conjuntiva sub-capsular e, portanto, a área superficial do fígado, se
inflectem,se tornam arqueados e, correndo paralelarnente à superfície do
órgão, se tornam quase ortogonais aos ramos portais que nascem por dicotomia.
Os ramos portais aberrantes nutrem, às vezes, pequenos grupos Ou ilhotas de
lóbulos hepáticos, os quais, portanto, já em condições normais, acham-se situados
entre a cápsula e o conjuntivo suhcapsular, que os limita externamente;
o vaso aberrante e o conjuntivo circunstante, que os limita internamente, ou
em profundidade; e, lateralmente, entre os ramos portais de ten’itórios portais
de IV ordem, independentes e opostos. Dêste modo, nos cortes microtõmicos
dirigidos perpendictilarmente à superfície do fígado pode ter-se a impressuo de
cue tais lóbulos hepáticos, limitados como foi descrito, se achem anormalmente
insulados. Esta impressão aumenta quando, como neste caso, - o conjuntivo
nor-mal pcrivascular se acha inflamado. espessado ou em fibrose e, por isso,
comprime e deforma tais lóbulos ou grupos de lóbulos, tornando-os esferóldes
e çemelha às 11horas de parênquima hepático circundadas pelas neofer
rnacóes conjuntivas anulares que, como é sabido, caracterizam a doenca cio
MOItGACNr-LANNEC, Em outras palavras, nestas zonas •uh-capsulares do parún
quima pode terse a impressão de que teoba havido uma subversão (Urrrhuu,
TCflroniC)lIcit) da arquitetura normal do órgão. Na realidade, a análise mor
fológica mostra que se trata não de urna subversão, mas do exagero de urna
disposição pnr assim dizer normal e ligada estritamente à presença dos ramos
portais aberrantes já citados. Está claro que, se o exame microscópico fôsse
limitado a estas zonas sub-capsulares, o diagnóstico da hepatopatia poderia
tornar-se difícil. Porém, o estudo das demais partes do fígado tlemonsti’a que
no órgão não há subversão da arquitetura. como já foi dito repetidas vezes.
O tronco da veia porta era normal. Não havia espessamento aprecánl
de sua Parede. Nem nêle, nem nos ramos intra-hepáticos, foram vistas trom
boses. O conduto hepático, o cistico, o colédoco e a vesícula biliar não apre
sentavam le’ões.
Figa do.
Exame niacroscú pico. Situação, posição, relações e forma normais. Cúpsula
ttUa espessada, especialmente na convexidade do órgflo, onde é uniformemente
grossa, atingindo até 2 ou 3 milímetros, lisa, branca, brilhante, compacta,
dura, scmelhante a crosta de açúcar, O espessamento diminue nas margens
e, na face inferior do órgão, a cúpsula tem espessura e aspeto normais, O
processo não se propaga aos ligamentos, que são normais, nem ao peritóneo
1’• do diafragma e das outras partes da parede abdominal, O parênquima apre
senta dois aspeclos diversos, No lobo esquerdo, no quadrado, no de Spiscec
e na metade esquerda do lobo direito é perfeitamente distinguível a estrutura
tu
K. lobula r:são castanho-ameralados, moles, úmidos, friáveis, em estcatose. A outra
metade do lobo direito estú em fibrose. Uma rede conjuntiva muito fina,
uniforme, composta de traves e malhas bastante regulares, a maioria com
a mesma forma e com as mesmas dimensões, ocupa tõtla esta parte do
iíga(IoA regularidade da rede faz supor que o conjuntivo que a constitui
se tenha originado de formações preexistentes, normais, tornandoas mais
pronunciadas, mais exageradas, Ou seja, essa disposição tão regular da rede
conjuntiva neoformada faz suspeitar que se tenha originado nos espaços de
KIERNAN e em seus prolongamentos interlobulares, espessando-os e exage
riindo-lhes o tlesenho. Nas malhas da rede descrita, que, portanto, pareceriam
corresponder aos resíduos dos lóbulos, é contida um tecido mole, depri
mido castanho-tijolo. As veias centro-lolmlai-cs não são visíveis, nem com
o auxilio de lente. A parte do fígado assim alterada pode ser comparada a
unia esponja de células muito regulares, as paredes das quais seriam repre
se’tadas pelos espaços triangulares e seus prolongamentos interlobulares
espessados, que encerram os resíduos dos lóbulos hepáticos. Ëste aspecto é mais
evidente nas peças conservadas durante um certo tempo em solução de formoL
Nessa condição, acentua-se a depressão do tecido contido nas malhas da rede
e, por contraste, ficam mais salientes as paredes desta; assim, o aspecto de
.4
— 199 —
Outrossim, tanto nesta corno na outra zona os vasos venosos coletores (veias
supra lobulares) parecem normais, O limite entre as zonas em fibrose e as
demais é absolutamente nítido, quase linear, abrupto, sem transições. Ado
tando a esquematização e a nomenclatura de ELIÁ5 e PETTY (47), os territórios
hepáticos alterados parecem corresponder, no lobo direito, aos irrigados pelos
Temi centra/es lo& dextri, TOnIiIS eavdo/is tizfl inferior dc.vter e ronius Tolera/is
dexter; e, no lobo esquerdo, ao correspondente ao rato alas eaudatus siaistcr.
As demais partes do fígado, como foi dito, apresentam arquitetura normal.
O desenho lobular é conservado e bem visível, sendo distinguíveis as veias
centro4obulares. Não são perceptiveis lesões dos ramos portais, nem dos
outros vasos. Todavia, nestas zonas, o parênquima é mole e quase pastoso,
pouco friável, isquêmico, amarelo pálido.
Veia porta, veia esplênica, veias mesarúicas e seus ramos, sem alterações.
Vesícula biliar com paredes integras, contendo discreta quantidade de bile
densa, pleiocràmica. Vias biliares pérvias.
30 CASO — (A. n,° 000). J.M. 5., branco, 27 a., lavrador, natural de
Ignatama (M,G.) e aí residente, falecido em 21/h/1919.
A aidopsia foi realizada 10 horas após a morte, o cadáver não tendo
siclo conservado na geladeira.
F?’)(fcr,) Eco,,e
Orgão uiuito pequeno, quase est’crnilicio :rtri— cio cólon transverso tiue.
por’ gases. está em pcsição mais alta cio que o normal. O fígado é
intríto dtr,o, de ronsisténcia Ubrosa, comparto, disforme, (tini lobo esr1iiertlo
r-ctluzido a um apéndice linguiforme do direito. Na superfície externa fazem
sal ién ria nucl ulos e nodos irregulares grandes e au merosos 11(1 li d ro ci li-eito,
01 Oito escassos e eq uent,s nc i es(luer’c lo, que é mais cl tiio, mais fibroso que
o -utro. l’ca- sua vez. os nódulos. espc-c’iaimente os maiores. sai) mentis iur
cine as outras pai-les cio fígado. Cápsula fortemente espessacla. mas de i nodo
ir:egular e com escassas lacíncas qtrc- a miem ao diafragma. Contém unia
(-a réde vascular- neofcrrmacia e é opaca: ci Prrêntltuma hepátiro iiãr trans
parece através da cápsula espessada. Nas superfícies de corte a estruttu-a
normal apar-ore alterada em unia grande extensão, que ocupa aproximadamente
dois terços tia víscera. Em todo o loiro esquerdo, com excecão de ti na pett ueon
á o-a na sua parte anterior, e em quase a uiet:oie tIo lobo direito, não se iislin—
gile mais a estruttrr-a lobular-. O paréiwuiriia é côr- ardósia pálido, uniforme.
rcr!npacto, exangue. pouco úniido. interrompido sõmeote pelos vasos que o
atravessam e que permanecem alier-tns, largos, com parede espessa, Lis vezes
circunda ti a por um conju til vo bran t’o-ac ia zen taclo hr’il lia o te, de aslwc ir) ten
dinoso,A dilatarão tios vasos é mais acentuada no loiro esquer-cici do que no
dii eito. A superfície interna tios vasos é integra, lisa e brilhante: não há
romhose. O aspecto desta lia r-te a víscera é per feita niente comparável ao
fígado “ciii pederneir-a’’ tia helr:rtite intersticial luética. Talvez, a única clife
r-Crca é que, neste caso. os vasos vencisos são trmi curo mais dtlatados,
Além cli rso, na hc-pa ti te i ni er’stici ai luética a 1 esã o é genora 1 izacl a, iii t eressa
brio o órc’ãn: aqui é circunscrita, ai inge ó uma parte rio mesmo. Na
— 201 —
Eia e microscópico
A lesão é grave e consiste essencialmente em uma hcpatile crõnica fibro
sante. que atinge com intensidade diversa as diferentes partes do órgão. Se
bem que com certa esquematização, se podem distinguir dois aspectos mi
croscópicos distintos: um correspondente ao lobo esquerdo e um à metade
do direito: a lesão é ai extremamente grave e não se reconhece mais a arqui
tetura lobular do fígado. O parênquima é substituido quase totalmente por
um tecido uniforme representado por conjuntivo fibroso não muito denso
fo! mado quase exclusivamente de fibrilas colágenas entrelaçadas de modo
vário, não fasciculadas, vascularizadas, de modo que a neoformação tema
freqüentemente aspecto de tecido de granulação. £ste é infiltrado difusa-
mente por certo número de células do tipo linfático, de células plasmáticas
nunca abundantes, raramente condensadas em pequenos acúmulos distri
buidos irregularmente. Raríssimos os granulócitos, neutrófilos e eosinófilos.
Êste conjuntivo é completamente diferente e nítidamente rlistingüível daquele
neoformado que se encontra na outra parte do lobo direito. Êsse último
conjuntivo, ou seja, aquêle que confere um aspecto característico à fibrose
hepática é, via de regra, muito denso, fasciculado e, embora apresente neofor
Inação vascular às vêzes abundante, não adquire aspecto de tecido de granulação.
O conjuntivo do qual estamos nos ocupando, pelo contrário, é muito menos
denso do que o outro e suas fibras colágenas muito finas, delicadas, curtas,
onduladas, se entrelaçam variamente formando uma rêde de malhas muito
estreitas. Contém numerosas células de citoplasma escasso e núcleo obono
que se adaptam às fibrilas. Estas são argentófilas. Nas preparações com
os métodos de impregnação pela prata é possível freqüentemente distinguir
uma disposição arquitetônica do conjuntivo que lembra aquela do estroma
normal, se bem que aqui as fibras sejam mais grossas, mais curtas e as
malhas mais estreitas do que o normal. Porém, com freqüéncia, as fibrllas
se dispõem radialmente à veia centro lobular. ainda reconhecível, limitando
— 202 —
É mais
denso do ue n eofoi’mat lo e en eeI’mi, como ii oi’mal me O te, Vasos VeliOsOS,
artérias, condutos biliares. Todos, porém, são comprimidos e freqüentemen
te
estreitados; mIe modo mais intenso os cmlmlutt,s biliares. menos, os carnes
la
“eia porta; menos ainda, os vasos arteriais. Não exislem fenômenos de
endour tente ou le em lofleiiite,
Os ovos, nesta zona mio fígado, são numerosos, encontram-se distribuídos
riu gula l’me o te e, via mIe legra, Clii tô ‘no ml êles não existe reação exsuda
tiv a
ou nenformativa, Os ovos enconti am-se em vários estados ie destruirão,
5.° CASO tA. o» Cri, BÁ .C., pardo. _\ ou! pin foi ica1izaiia em
22-12-1950.
DIAGNÓSTICO ANATOMO-PATOLÓGICO:
Exame microscópico
70
(‘.-\SQ (A, ‘1.0 7:15).
—
L.R., l,i’anr,:s a., nalarai de Aiinotés
(M.G.’ e aí residente iiospitaliva,ja em 14l-lldHSo
e falecida cem S’(i-lOSl, À
(l0Iópsk feini : horas apds nIuilIe foruicteu o 5e!Oi!1te D’..\GNÕS’l’IÇO :\NÁ.
‘l’OMQ-p,\1’OLÓÇ IÇO:
50
CASO (A. 1i. -1191.
— A. A. 5., branco, 27 a., lavrado,’, natural de
Reslulendol- OU .0.1 e a! residente, falecido em 25/9/19 1h e subnmetiulo 5 (udopsia
15 horas apí3s a nioute_
Dl ACN(’)S’F] CO AxA’rolo.pAToLcuf;Tço:
Congestão intensa do fígado e dos pulmões, com edema discreto dêstes. Gas
trite crônica atrofiante. Congestão do pâncreas, das substâncias nervosas
encefálicas e da leptomeninge encefálica. Antiga pleurite produtiva esquerda,
com sinéqula total dêste pulmão. Circunscrita, à direita. Enfisema vesicular
intenso bilateral. Antiga perihepalite circunscrita, com bridas fibrosas entre
o lobo direito do fígado e do diafragma.
9, CASO — (A. n.° 658). CC., preto, 53 a., servente de pedreiro) natural
de Sete Lagoas (M.G.) e aí residente, falecido em 13/1/1050 e submetido à
o utópsiu 21 horas após a morte.
DIAGNOSTICO ANÁTOMO-PÁTOLÓGICO:
DIAGNOSTICO ÀNÃTOMO-PATOLÕGICO:
11.° CASO — (A. n.° 767). J.L.F., branco, lavrador, natural de Con
ceirão do Scrro (MC.) e residente em Rio Preto (MC.), hospitalizado
em 25/10/1951 e falecido em 20 do mesmo mès. Autópsia realizada 24 horas
após a morte. com o seguinte DIAGNÓSTICO ANATOMO-PATOLÓGÍCO:
—208—
12.° CASO (A. n.° 791). T.t.F., branca, 21 a,, (Imustica, natural
—
de
Coroaci IM .G e residente em Governador Valadares, hospitalizada
-
14.° CASO — (A. n.° 810). M.A., branca, 20 a., doméstica, natural ue
Pedra Azul (MC.) e ai residente. Falecida em 27/7/1952 e submetida à
(i itópsia 15,30 horas após a morte.
DIAGNóSTICO ANÂTOMO-PATOLÓGICO:
Ilic:i. com fioux:is iofei éiiiias e!itle :iIçi e :iie:i do lltestiii,i )eLgiiilt, e lestas
ccli, iiilíiii 1c1(Hfte. IaIl-\( l,l) e
7, ()Iftcicniia mii
]5•0
CASO — A. ii» 1..n,, ‘i:::ia. iline:jcl IiII::1, de
‘11 ‘ia !i(li:, ._\l.U. 1 e ri ü—!ii:. :.il,titj uni I/’ 152 e l1n1ei’i,i 5
4: ‘1 nor e.
‘1 l)i.\(NiiS’ri(ii AN.vn1liol1A’nhlõrj(o:
li irr;—e ::eli:il (siri,-— i<,Il,p::. o,, 010; r—\l: leis ir-Co ti,,
e
:,;,-. i.heni: ;.:i<ii I*<i. 1’ i ‘xuiii,,, pie
¶ -pericúrdico, 110 pericárdio e no epicárdio, em correspondência com as faces
anterior e poslerior do coração.
1) Tiflite, colite e proctite hemorrágicas, agudas, recentes.
5) Miocardose. Dilatação universal, intensa, das cavidacies cardíacas e dos
for;imens átrio-ventriculares, com consecutiva insuficiência funcional das vá!
vulas tricúspide (circunferência (lo anel: 12cm) e mitral (circunferência do
anel: 10 cm).
0) Pequena zona de carnificação na base do pulmão esquenlo. Pleurite
antiga reativa, circunscrita ã zona de carnificação, com fortes aderências entre
as pleuras visceral e diafragmática Antigo nódulo, completamente calcificado,
suhpleural, medindo aproximadamente 3 mm de diãmetro, no lobo inferior do
pulmão direito,
7) Hipoplasia intensa da aorta (circunferência na porção ascendente:
5,S cm).
8) Pênfigo foliáceo. Enfisema pulmonar caquético, hilateralmente (pulmão
direito: 200 g; pulmão esquerdo: 250 g).
9) Estado caquético grave (comprimento (lo corpo: 1,72 m; Ilêso: 50 kg)
DIAGNóSTICO ANÁTOMO-PATOLÔGICO:
DIAGNóSTiCO ANÁTOMO-PATOLóGICO:
i9.° CASO —t(A. n° 1)29). F.S.. mulato, 52 a., lavrador, natural de São
José do Ouro iM .0 ), residente em Buraco Quente. Falecido em 1 de agosto
-
Antiga perihepa ti te c rã nica fi rosa ti te, com fortes ai lerências entre a face ãn te ro
.50 pei-ior ilo õrgão e o peritõneo tua fragmático à direita; e entre ri face
pos te ro—
—inferior do fígado e án tero-interna tio baço.
2) I-lemon’agia do hemisfério cerebral esquerdo, não muito recente, com
modificacão da hemogloliina já bastante adiantada; destruição lo l)utamen,
cápsula exte ina, au temu lo, cápsula extrema e lobo temporal, parcial meti te.
3) O ia ve arteriosclerose com form ação de placas ate romã tieris, uSo ulce
racas, da aorta, em tõda a stia extensão. Arteriosclerose de guliu médio ilo
ti on co lia suar, tias cc reli-ais post criares, tIas rerelu-a is anteriores, das cerol 1 rais
‘nédias, da comunicante posteu-i or e ilo todos os 1-amos colaterais destas artérias.
4) Broncopneumonite em grandes focos confluentes do lobo inLi”a-:
pulmões. Congestão e edema acentuados tIos demais lobos. Enfisema alveolar
agu ilo das margens.
5) Acentuada dilatação O as cav idades ra rd ia ca s, especial men te tia di cita,
e tIos anéis átrio-ventu-jeulares correspondentes; consecotiva instificiêjicia fun
cional das válvulas tricúspide e mitral (circunferência ao nível da tricúspwe:
13 cm; mitral. 10 cm). Vristissi iria ‘ijlaca de trabalho’’ em ort-cspo:oêr.cia com
a face anterior do coração; outras, pequenas, em cort-esponoência com a borda
esnuenla, ponta e face Posteriol’,
0) Tumor infeetuoso subagudo do baço (pêso: 150 g)
I
r
— 213 —
20.° CASO — (A. n.° F. M.S., brarco. 15 a., natural de São João da Ponte
(M.G.) e aí residente. Falecido em 9/10/1953, foi feita a autópsia no dia
seguinte, 17 horas após a morte.
21.° CASO — (A. n.° 990). J.C. 5-, mulato, 36 a., lavrador, natural de
Aimorés (MC.). Falecido em 27/1/1951, a autópsia foi feita no (lia seguinte,
14 horas após a morte.
DIAGNÓSTiCO ANÁTOMO-PATOLôGICO:
14
1
— 214 —
22.° CASO —(A. n.° 1.026). MM., branca, 18 a., doméstica, natural de
Jaboticatubas (MC, ) e aí residente. Falecida em 26/1/1951 e strbmetirla à
• arttdpsio no mesmo dia, 5 horas após a morte. Obteve-se o eguinie.
DIAGNóSTICO ANÁTOMO-PATOLÕGICO:
23.° CASO — (A. n.° 1.050 A rrtópsia parcial). O. P8., branco, 20 a.,
—
DIAGNÓSTICO ANÁTOMO-PATOLÓGICO:
21.° CASO — (A. n.° 1.003). R. P., mulato, 13 a., natural de Cuiabá
(Sabará, Mc.), residente em Belo Horizonte. Falecido no dia 10/9/1954, foi
feita a autópsia no mesmo dia, 4 horas após a morte.
DLAGNÓSTICO ANÁTOMO-PATOLÓGICO:
e
1) Fibroso hepática esquistossomótica grave, do tipo SYMMER5 (pêso do
figado: 1.350g).
2) Esplenomegalia esclero-congestiva (pêso do baço: 800 g).
3) Varizes de grau médio do plexo venoso periesofageano e intensíssima
do submucoso do esõfago, em correspondência com o seu terço inferior.
4) Disseminação esquistossomótica miliárica subaguda nos pulmões, na
mucosa e na serosa de todo o intestino delgado e grosso intestino, mais
intensa no último. Disseminação miliar nos gânglios linfáticos do hilo do
fígado e nos da cadeia peripancreática. Numerosíssimos vermes adultos na
veia esplênica, na veia porta e na mesentérica; nesta última, formando peque
nos novelos.
5) Côr pulmonale. Acentuada hipertrofia do ventrículo direito (espes
sura média da parede: 0,8 cm). Intensa dilatação das cavidades cardíacas e
dos anéis átrio-ventriculares correspondentes, consecutiva insuficiência da
tricúspide e da mitral, grave a da primeira. ‘Placas de trabalho” na parede
anterior do coração, em correspondência com os dois ventrículos. Intensa
congestão do miocárdio. Pêso do coração: 240 g.
6) Hidmcéfalo externo e interno acentuados; hidrotórax bilateral (à direita:
330 ml; à esquerda: 200 ml); hidropericárdio (150 ml); hidroperitõnio (300 ml);
intenso edema dos mesos e dos conjuntivos frouxos. Intensa congestão e edema
da leptomeninge e das substâncias nervosas encefálicas. Intensa congestão
dos rins (pêso do órgão direito: 100 g; esquerdo: 150 g). Hemorragias pete
quiais difusas na pleura visceral, hilateralmente; discretas no pericárdio e no
endocárdio parietal e valvular. Cianose dos leitos subungueais das mãos e
cianose da mucosa labial.
7) Pleurite crônica produtiva com fortes aderências da pleura visceral à
pleura parietal em correspondência com a margem do pulmão direito.
r
—216—
25.° CASO — (A. n.° 1.300, de 21/0/1950). .1. D.S., de 12 anos, preto, natural
rio .J aboticatubas, residente em Belo II Orizí In te, iii tem ado no Serviço de Teraj êu
Lica Clínica (Prof.J. Romeu Cançado) ‘Ia Faculdade rie Medicina da U. MC.,
Belo Horizonte, em 1/6/1950, sob o número 9-19, e aí falecido no dia 21 do mesmo
mês, com o seguinte diagnóstico clínico provisório: “Forma hépato-esplênica
da esquistossomose. Cor pulmonale por esquistossomose. Fístula aortico
-pulmonar? Aneurisma arterio-venoso? Hematêmese 1)01 1-Utura de varizes
esofágicas”.
DIAGNÓSTICO ANÁTOMO-PA9’OLÓCICO:
1) Esquistossomose hepato-cspbnica: fibrose hepática tIo tipo SvMraEns
(péso do figado: 1.100 g) e esplenomegalia esc]ero-congestiva (pêso do baço:
250g).
2) Varizes esofageanas, numerosas, cio plexo suhrnucoso em coirespon
ciência com o terço inferior’ do óigão. Rutura de duas veias varicosas na entrada
cárdia; hemorragia grave consecutiva (1.000 ml de sangue, pai ci:il mente coa
do
gulado, no estõmago, intestino delgado, ceco e cólon ascendente) -
26° CASO — (A. n.° 1 .330, de 29/mi 19561 E .1 de E, mulato, 27 a.. lavrador.
-
DIAGNÓSTICO ANA’l’OIlO-P.4’i’OLúGlCO:
1) Fibrose hepática esquistossomótica rio tipo 5v r )t [ris (péso do figado
1.550g).
— 217 —
27.° CASO — (A. n.° 2,332, de 31/20/2036). J.R.V., mulato, loa., natural
de Jaboticatubas (MC.) e ai residente, falecido às 19 horas de 30/10/1951. A
autópsia foi feita no dia seguinte, às 16 horas. O cadáver tinha sido conser
vado na geladeira.
DIAGNóSTICO ANÁTOMO-PATOLÕGICO:
1) Fibrose hepática esquistossomótica do tipo SYMMER5.
2) Baço esclero-congestivo (pêso: 300 g).
submucoso, em cor.
3) Varizes esofageanas tie grau avançado do plexo
de uma delas e gravíssima
respondência com o terço inferior do árgão. Rutura
não digerido e parcialmente coagulado
gastroenterorragia (500 mi de sangue
na cavidade do estômago e intestinos).
4) Oligoemia universal grave.
5) Enfisema alveolar agudo, bilateralmente.
ambos os pulmões.
6) Disseminação miliar esquistossomótica discreta em
Enfïsema alveolar agudo das margens.
átrio-ventriculares cor
7) Dilatação das cavidades cardíacas e dos anéis
respondentes; consecutiva insuficiência da mitral e da tricáspide.
95 g; esquer
8) Degeneração albuminosa dos rins (pêso do árgão dircko:
do: 90g).
— 218 —
28.° CASO —(A. a.° 98, de 19/12/1910). 1 lIS., branco, lavrado ‘35w.
iste caso tinha sitio submetido à autópsia mi los tio assam Íssoinos
ti a tliiecão do
Depa itamen t o. Pelo la udo da a utá psiu a is ai va lc j e
ida te isSo d s fragmentos
das vísceras e das lâminas, foi possível estai jeleçei’
seguinte.
DIAGNÓSTICO ANÁ]’OMO.pvrOlÓf;l(’o
30.” CASO — (A. a.” 181, tio 23/5/1912). 1 .(‘. L.. ntilat,, 1:1 a.. Repete.se
para ésle caso quanto foi dito pata os dois precedentes.
DIAGNÓSTICO ANÁTOMO.PATOLÓGICO
(*) Chamada também de “fase tóxica”. Entretanto, talvez seja mais justi
ficado indicá-la como forma e não fase tóxica pelos tres motivos seguintes:
1) não a atravessam todos os esquistossomóticos, mas apenas uma exígua minoria
que GincEs (75) calcula em 0,3%; 2) apresenta quadro clínico típico, diferente
daquele das demais formas; 3) nossos achados demonstram que também o
quadro anatômico possui peculiarjdades próprias.
r
— 220 —
L
— 221 —
Fio. 74— Forma Javëin iça (ia ilüo aguda) da csqttislossoiiiose ma.vsúi iça.
(A. n.° 128). Disseminação miliar aguda e recentissima, subserosa. do intes
titio delgado. Os granulomas encontram-se todos, aproximadamente, no mesmo
esi úco da evolução.
Fig. 74 — Toracniic (acate ,1iilianj) una of aia iso?iic schistosomiasis.
u. 128). Verv recear sub-serous acute miliar)’ dissemination in the sma]l
intestino. The granulornas are ali abour the sarne stage of evolution.
Il
1 Fig. 76 —Forma torci,, iIII ( nu? lar aíjuda) da c.sqn istosso ILOSC ?ilansõnica.
(A. n.° 581). Fígado. Focos inflamatórios miliares agudos e recentes. Observar
o edema do figado e a dLsociaçüo das lúrninas de células hepáticas.
Fig. 76 — Toracvuic (urine nuiliary) fOraL Of iflaflSO?LIC Se)listOsOr,iiasjs,
(A. 5Sfl .Ltver. Àcutu ecent. mfliat y inflammatorv faci. Note the edema
of the livei and the (jiso;tiofl o! Lhe ]aminae of Lhe hepatie celis.
em 10% dos animais infestados com Sch. mansoni (nos infestados com
Seu. huematobjum a localizaçüo pulmonar era mais freqüênte) ; 4) nos
rins, “degeneração granular” do epitélio tubular; entumescimento dos
glomérulos e infiltração neutróffla e eosinófila dos mesmos. Ovos e
granulomas encontravam-se em 3’ dos casos.
As pesquisas de FAIRLEY foram sempre confirmadas. Pos isso,
não restam mais dúvidas sôbre o fato de que, nos animais de labora
tório, na fase pré-postural aparecem lesões, às vêzes mortais, só atri
buiveis a toxinas. No capitulo destinado ao estudo das teorias patoge
néticas da lesão hepática na esquistossomose hépato-esplênica, vimos
—221—
— 225 —
li!). 50 -
— 10,0)0 loLc 011n( (111)111?) (IQIlIJU) III? (‘.qo/tossoo?os(’ IIiaosiijeu
.\. 251. 1:5,!. 1)ii(5f3í (“lia’ aio as fic* 77, 75, 7”.
— 7’o.nuo,jr (ui’Ie ia i?iu)!J) foi’ni of )IlfllIJ)Oiol’ si’histoso,,,insis.
1 A. 25). lAvei’. lxIiIiIihhtOlli as foi’ figs. 77, 75, 79.
porte dos ovos através dos vasos quiliferos, como aliás foi demonstrado
em um dos 4 casos; os gânglios linfáticos do hilo do fígado, talvez devido
a transporte de ovos pelos vasos linfáticos; pâncreas (um caso) e os
gânglios linfáticos da cadeia peri-pancreática; o baço (1 caso) ; os pul
mões e a pleura.
Como é sabido, não são raras as localizações ectópicas (los vermes
e dos ovos. Foram descritas pràticamente em todos os órgãos e teci
dos do corpo. No fígado são comuns, havendo quem pense serem mais
freqüêntes do que a intestinaL Considerada do ponto de vista da fre
qüência, a localização hepática, portanto, não pode ser indicada como
ectópica, pois depende de um dos habitat normais do parasita adulto.
— 228 —
[lo. ‘1.? lo, iliO IQ.I ),i,Uu mUlo, oi!ui,,.,i,i (1ii;%0SS(i:,n,o ,hOi,H6,iiool
\ po J2S). ligado. ExjWeaeao C’Jifl)i pua ï. flgs. 77. 7s, 71N o centro do
1lflhitiOifl J (ascO vBYLI de i.ini OVO,
ta iii o, com tódiL j) Loba liii i çktde, do 0,3 ‘ de todos os cas os de esqu ist os—
— 229 —
I
II
E
Fiq, 5 — For,jia la,r(jj ira (,;,jjjur aguda) da CSQ?LiStOSSO?flOSC ))la)ZSó?liCa.
(A. 11.0 42S). Fígado. Nódulo milijr recente, mas já com início de formação
ue células gigantes.
Fiq, 85 ‘lavar ni ir ( Uru te iii iliaïij) fornr of lira flSOlliC sehistosüiii iasis.
—
-r
- a___t __?
Fig. 88
— Forma toxõmica (miliar aguda) da csquistossomosc mansônica.
(A. n.° 128). Nodulo linfático (lo mesentério. Ovo em destruiçáu. Reaçüo
inflamatória aguda, recente.
Fig. 88— Toxacnuc (acute ,èiüiaiy) forni 01 mansonic schistosomiasis.
(A. 428). Lymphatic nodule in the mesenterium. Ovum in process of
(lestruetion. Acute recent inflammatory ieaction.
li
fato parece sugerir que, nesta forma, se deve usar o antimônio com
especial prudência.
T
VIII
em
Soldado de 19 anos, natural de Belo Horizonte, M .0., hospitalizado
15/2/1916. Nada de interessante foi apurado na anamnese familiar e na Pessoal
remota. Considerava.se sadio até um mês antes, quando a doença atual teve
início agudo com “resfriado”, tosse, síndrome disentérica, anorexia, adinamia,
febre alta e icterícia. Os sintomas regrediram em parte, mas as fezes ainda
eram disenteriformes. Ao exame objetivo foram encontradas hepato-esplenome
galia muito discreta; a macicez esplênica estava aumentada, mas o baço nio
era palpável; o fígado era perceptível a 1cm abaixo da borda costal. O abdomen
era difusa e ligeiramente doloroso à palpacào. Na iegião da ponta do corado
havia um sõpro sistólico brando; outro, também brando, no foco da pulmonar:
ambos, ao exame clínico, pareceram norgftnicos, de tipo funcional. Mx 100,
Mn 65 mm. Havia estertores sibilantes nas regiões infraclaviculares. Nos sis
temas nervoso e uro-genital no foram encontradas alterações. O exame radio
lógico dos campos pulmonares não mostrara lesões. O exame parasitológico
das fezes demonstrou ovos de Si-li. nwnsoiii ( ±+ ) Rcuõo Ih IC.\iis no soro
-
—236—
inca, ncqat ix a tTni Oxolile (lo sangue, i eali,’ai o cm 19/2/1916 i cvi leu o
sangu
seguinte resultado leueocitos O (ml) p01 mm’, neo ti ofilos, 67 r (segmentado, 36
liastonentos 11) eosinofilos 1’,, mohim,(tto 2’ linfo it, 30 Em SI 3 (dia (lo
falecunonto) outi o exame de sangue api eenta a o seguiu te esult ado hemátias
SUO Uno oi mm (em 25/2 a ta\a de hcimiglol,iiia i csultou sei (Ia 50r lento ),
utos II 000 j,oi mm’, netiti ofilos 91 C ( egment ido, II, loistonctes 80), lkiSOfilOs
1%, m000( Ito, r,, linfoutos
3
Est abel eu lo o diagno ti O (lo es(j til stosomi ,se foi ind it a (mi o ti atamen te espe
fito (lai tai o emetl( o a 1’ ) scgundo o esqucm 1 s quinte 20/2, 3 ml, 21/2, 5 ml
22/2 7 ml 2 IL 11) ml, 25/2, 10 ml 27/2, 10 ml 7/ 3, 10 ml, 9/ 1 10 ml, 11/3, 10 ml,
\ te o (li a 27/2 ii o a pi e —cii Lo a çi ii tom as a ti ii 01 co, a tei a etit i a au ttm iii
tal,
no fila 2S/2 api esentou i 011(10 em todo O (01 p0 O ei 01)1 ao ei itematosa no
toi ix e ,ibdomen Do lia 3 dc maiço ate o dia 1, api esentou diai ieia pi ofusa
c tem 1)11 atui a te 3) l C’ Ri leeu sul ,it amc n 1 e, em 7/3/1916 ipos a pi i mcii a
inicejo ile tai Liii, emetiu ila 1 sei ie isto e, apos o total de 57 ml di solucao a
1 ‘L dessa mli oga
e o/o/ sio (n ° 351 i e 5/3/1’) li,) foi net eu o seguinte 1)1 AC,NOSTICO \NA
‘l’u’slO 1’ \TOI oUCO
1) Etlem,i ,,gudo (‘O- ntilii õe— (‘e” te’i—ifii’ic ii cdi (oiiqc,t5t, (0( i eia
das ba—e— lhoi ot tfilo c’’t i ii oi—( i cii edema da< —n’i—tiicia_ nu’ xii— ‘ unte
‘
Loaizili t i [‘imnilo ões i’c’ ‘-titi a o cc’ aI inuit’m ,lcnu’ ii’c— E’?, l,aIi,
iu(i,i Di i i i (mui —‘So lo— lalin e ilo— lo c— —t li o’ gu’ ii— na— mii,- e no
pe— Site ,‘ i ‘ijlife’ o nota i mie—e oh md,, c -pcu “mcnte r iegiao do nubts
Goiiq’ios Tom fih’ i guino ti tu iu ii’ i o — ‘lo iut o ou o 1 itn o- mo\ ei—
Ci’ ‘:‘ ii at i o) tu na ieg ao iciei iOi (iii jotiilio ‘ ,q000iO, cm COL
responc’éncta
vou a rottila Cm (1)110 loli, ,i q0io [kso,o til 11(11 a o e mo to az itnuli ice
alti, (tlnlolmiç ii tili,itilidçi mcmlii o iii gros
— 237 —
Exame interno.
—1 Sistema óssco— Nada digno de nota.
— Sistema muscluor — Músculos pouco desenvolvidos, pálidos.
—3 Sistema nervoso central e periférico — Dura mater encefállca discre
tarnente congesta, como também a da parte cervical da medula espinhal. Selos
da dura-via/e;- contendo discreta quantidade de sangue, em parte liquido, em
parte coagulado. Pia moter mais congesta do que a dura. Líquido céfalo
raquidiano das lacunas piais e das cavidades encefálicas pouco mais abundante
do que o normal, límpido, incolor. Substãncias nervosas encefálicas úmidas,
brilhantes. Substâncias nervosas da porção cervical da medula, normais. Ar
térias da base encefálica sem alterações visiveis.
4
— Cavidade torácica— Cavidades pleurais contendo quantidade normal
de líquido ligeiramente citrino e límpido. Área cardíaca com superfície menor
do que o normal, devido ao aumento volumétrico dos pulmões (ver adiante).
5
— Sistema circulatório
— Pericárdio e seu conteúdo, normais. Epicárdio
semi-transparente e fino. Seio coronário e seus afluentes fortemente dilatados
e congestos até suas últimas ramificações. Cavidades do miocárdio fortemente
dilatadas, contendo abundantissimos coágulos cruóricos o fibrinosos. Espes
suta das paredes cardíacas pouco menor do que o normal. 2diocúrdio flácido,
(1 friável, contendo maior quantidade de sangue do que o normal; retirado éste,
a musculatura se apresenta pálida, acinzentada; o foramen átrio-ventricular
esquerdo dá passagem ãs pontas de tres dedos; no direito, às pontas de quatro.
Endocárdio íntegro. Aorta e demais artérias normais. Veias cavas fortemente
dilatadas.
6
— Sistema linfático— Gânglios linfáticos inguino-crurais aumentados
de volume, não aderentes aos tecidos circunstantes, com parênquima homo
gêneo, ligeiramente amarelado, úmido. Gdngiios dos lulas pulmonares discre
tamente aumentados de volume, parcialmente antracóticos. Gánglios do inesen
tério. dos epiploons, do hilo do fígado e do baço, da core-a pcripa;tcreática e do
mpsosigma fortemente aumentados de volume, moles, não aderentes aos tecidos
circunstantes, com parénquima congesto, úmido, disseminado de nódulos milia
res com diâmetro variável entre 1 e .3 mm, geralmente amarelados, raramente
acinzentados, duros, aderentes ao parênquima, não enucleáveis.
7
— Sistema respiratório
— Laringe normal. — A traqueia e os brônquios
contêm discreta quantidade de liquido espumoso, incolor, límpido. Mucosa
Integra. Pulmões. Após a abertura das cavidades pleurais não diminuem de
volume. Acham-se espandidos, pálidos em tôda a superfície, com exceção das
partes posteriores da base. Pleuras viscerais e purietais lúcidas, finas, semi-
-transparentes. Pai-ênquima com consistência discreta e uniformemente aumen
talo, mas sem zonas atelectásicas. É pálido em tõdas as partes, com exceção
das regiões posteriores da base, onde é congesto. É fortemente úmido; compri
mindo-o, obtem-se discreta quantidade de líquido espumoso, incolor, límpido.
igual ao contido nos brõnquios. Pequenos fragmentos de pulmões, Imergidos
nágua, permanecem ã tona ou ficam “entre (luas águas’.
8
— Cavidade abdominal — À direita, a cúpula diafragmática chega até a
5a costela; à esquerda, até o 5,0 cspaço intercostal. A margem anterior do
fígado ultrapassa a reborda costal de 6cm, aproximadamente, e o lobo esquerdo
é separado do baço apenas por 4 dedos transversos. Éste último árgão é maior
do que o normal (vêr em seguida). Demais vísceras da cavidade abdominal
in .çitn. Peritônio parietal normal. Peritônio do intestino delgado e grosso
rl
— 238 —-
1 —
Devemos fi’izo que i aspectos desci-itos não são pectiliaies a esta forma
SãLI de acliailo lelItivamelite freqüente em qualquer foi-mi de esquistossirnose
i 0(1 usiv e ris iii fest anões leves
l’ejielimo4o ainda
evolutivas
—
i II Xi cli t emen te a ssi nt omi 1 ir is, Nestas p0
LI regia é eiltontlil—se 05 gliliulomas em vãrias fases
Do iflesnil) molho devemos ollselvil (100 Lis (ilieteiíslit’as las sulis
tã!irias necróticas e las (luas elmilILis exsullativis, histioritilia e linfo-riinulo
citirii, achou--e 5 perfeitamente co ice di:: e descritas por iIuluenIs auw-s
ant(i lia e.s(itii os, iruii•:e htt:tiina como ia expe rimenlIl, Se cilesci-evemos o
glantiloilias iqtlÍ, (0)11 algtiiiia ii:iiiócj. não é Pl,i’ ilcsco:lleeimentri da lilelaluli
1cm ni Stli)ii._hão de haver encontlLIlil) fatos novos. ilas. exeltlsicmene,
nai-a
niosnir que tais gi’atiolomis são. 1)01’ assim dize-, típicos: OU seja,
(Rie. tanto
(broto é pos-ivel afilini’. 111(1 sofreram. de inooo apreciável, a acão (Ii)
ilitimônin
o, portanto pode se aceitar com bastante sogtll-anea ii
fito de ‘epl-esei:tl:-eIu a
I)flSC flhi’.iôliii(’a (ii fi’ima t(ixêmit-a tia es(ltistosstimiie
-
m:ns,’)ni.
•4 4
Ence:tiilfl.se tlmbéti1
regressïvos.
Não foram encontrados vermes mortos, nem lesões atribuíveis a êstes.
Naturalmente, não podemos excluir que numa ou noutra parte do fígado
existissem vermes martos, com as alterações consecutivas. Caso os houvesse,
deviam ser raros, pois examinamos muitos fragmentos, em várias ocasiões,
procu-ando-os propositadamente, sem os achar.
Não havia lesões dos 1-amos da veia porta, nem dos outros vasos, a
não ser acidentais, coincidindo com a distribuição irregular dos granulomas.
2
— Intestino (delgado c grosso). O quadro, idêntico no delgado e no
grosso intestino, é. fundamentalmente, o mesmo do fígado. Há uma disse
minação miliar extremamente intensa em todo o tubo intestinal, com exceção
do duodeno. Predomina na serosa e subserosa do delgado, na mucosa e sub-
mucosa do cólon; embora tambúm no primeiro se encontrem granulomas
na mucosa e, no segundo, na serosa. A localização mucosa determina a
formação de úlceras, geralmente superficiais, mais numerosas no cólon, onde
são visíveis a õlho n; no jejuno-ileo são escassas e microscópicas.
Os granulomas têm, fundamentalmente, a mesma estrutura dos do fígado,
sendo desnecessário redesci-evNos. Há, apenas, uma diferença: nos sub-
mucosos predominam os processos exsudativos sõbre os necróticos, que são
discretos.
3— Gânglios linfáticos do ntcSc)LtériO, dos epiploons, do hilo (10 fígado,
da corôo pcri-pancreática, do mesosígma, do Mio do baço. Quadro idêntico
ao do fígado, consistindo em disseminação miliar intensa. Os granulomas
apresentam as mesmas características dos existentes em outros órgãos. Muito
desenvolvida a zona de necrose.
4
— F,inereas. Disseminação miliar esquistossomótica nos septos inter
lobulares. Os granulomas apresentam as mesmas características dos demais.
5
— Coração. Está gravemente alterado, As lesões são de duas ordens:
a) regressivas, muito graves, levando, em certas fibrocélulas, ao esfacélo;
b) inflamatórias, do epicúrdio e do miocárdio, discretíssimas, agudas. Não
é possível discriminar se tais lesões são devidas à ação tóxica (lo antimõnio ou
à esquistossomose, ou. melhor, aos produtos tóxicos produzidos pelo processo
verminútico. evidentemente abundantes em virtude do número dos granu
lomas miliares e da extensão tia necrose central dos mesmos, Por essa
razão, e porque não interessam às finalidades dêste trabalho, deixai-emos tio
descrever, em pormenor, tais lesões miocárdicas, reservando-nos para fazer
em outra oportunidade.
G
— Pulmões. Raros granulomas esquistossomóticos com as caracteristicas
já citadas. Às vezes, necrose aguda por coagulação da parede das artcriolas
adjacentes ao granuloma. Congestão £ enfisema. (9
7
— Rins. Os dois órgãos apresentam o mesmo quadro. A lesão con
siste em intensa degeneração albuminosa dos túbulos contortos, com catarro
— 242 —
do epitélio dos mesmos. Também nêste órgão nõo é possível decidir se a lesão
é devida ao antimônio ou ao processo esquistossomótico.
8 — Baço. Hiperplasia bastante pronunciada dos cordões de
Billroth, com
aumento numérico de tôdas as suas células mas, especialmente, (los hemohis
tioblastos fixos. Eosinofjlia intensa e difusa dos cordões de Billroth. Discre
to aumento da hemocaterese. Catarro discreto (los seios. Folículos de Mal
pighi normais. Estroma dos cordões e dos foliculos, aparêlho trabecular,
capsular e vasos sanguíneos, sem alterações.
:1— Supra-renais. Discreta congestão e leve edema, especialmente da corti
cal. Nada mais digno de nota.
10 — Hipófise. Fortemente congesta.
11 Tircóide, pato t ireóidc, es3fago, está ago, laringe, oot 1d01a5, traq udiu,
glánd idas salivares, vi cd tua (los 05505, epífise, norma is.
12 Lep É oiieitinge Cml gesto, co tu lar itituis III utiS (1110 todas (lo
q (e o jiornial.
Substâncias verDosas encefálicos congestas e edemaciadas.
EPICRISE
Exame externo
Cadáver de homem com idade aparente de -1045 anos, em rigidez cada
vérica, com abundantes manchas hipostáticas e escassas manchas de imbibição
hemoglobínica nas regiões posteriores do corpo. Córneas ligeiramente opacas;
bulbos oculares pouco deprimidos.
i! [
—244-—
ti’ p0 Ci)’ )mfl Ltdo dc nau II Si, ILi) 1)101)01 Ll)fldtio, JILIL oU’
flI. ii L’ tC
cii tiL. —i—tem.i pilofeio flui malmei te ile—enx ol ido, II iniculti auiposo ub
cutaneo aoundante, nad digno de ota nos 01 iffcios r atui ais tio coi P0
C ii-
liii faticos das legiões supc-i ficiais tom x olume, foi ma
glios e consi-,téncia
1101 mais
Ci 511w ligeio amente dolicocefalo pescoço curto, tói ax e mcml» os iioi mais
Al’donien disci etamente abaulado
tu!, 100
Eroütt
1 Si s!ewa o S(0
—
— C loL ( ai it .i —iméto a a Noi mal mente doce.- o!
udos os demais ossos
2 — Si l( lo ii lis i ala, — Mu sculos bem tiesen volvidos e 110 igados N ai ii
mii digno de nota
3 S,sU ala oci ou ccut;ol Dma atou
—
adei ente a base cianiana Suo—
da (lura contendo grande (Iuantn alie de logUe em pai te lquioo em paI w
coagulado L lO li, ai a q ei cefalica in ten —amen te co rge—t i L iça 1(U) L J a/o
1 açazdiaio mais abundante lo qtie O 1101 mal, tanto nas lacunas piais tomo
ilo-, vento iculos Cci ebi a is 1 Ímpi( lo, incolor. Subs tanc .as lic l’osas ( m ,‘Ja ficas
contendo sangue em quanticlaile maior do que o 1101 mal umidas, lúcidas
Pai te cci vic’ai da medula espinhal sem lesões visiveis i lei ias da base ence
Wiica e—ca—— 1— p]&’a— t’e a’ tei ioscleio—e n b—ilai e na— cd ana— Naila
111 liS digno de nota
— Cacioodc (01 tIl (li (((1 uiidiout muLo n’alui tlii que o no m’l,
au m ei) ta la 1 an to pata a liii cita corno pai a a es da O pelica) dio chega
ate a maigem miei ioi da li ( costela, ao nível da linha a\ilai antei ioi O
,
III ‘II Õ0 (5 (j III Ido es LI 1 ic oca do ‘. cii ti aI e eefal ic a mente, (!ei’.ani la 1 si ii) dos
tobei la corno foi diu, uma pai te tia aie 1 cal iliac, O d,_—locamento do ) loiü0
(li c o/o e menu \ opa /o (Ilaj u noNa’ a a chega a o-,quei oa ate a mai geni
infi-o ici tia 5 a co—ela Picuo .1— fli’a,, —emitI an—p (lente— 10(1(1. 1(11 ‘l,i
—
qtiantidade noi mal de 1 iqu ido liga i .imente cii milo, límpido Co ardo muito
gi
ande, especial mcii te des it lo ao a ornei) lo titi VOu ti inalo dii eito Ponta C
a face este’ nJ lo cm t5ii o cotituiiias quase extlu—i amente poi êste
duti iculo O sulco ati io-\ cii ti ic ulai enc orti a se toi temer te de—loc ao para a
esqtie i da o en tI ic oh, e-,quei cio tc-neo —o i ioo foi te i otrn 5° pai a o me— 1111
lado e venti alinente Miocd o/zo muito f]áeido, em diistole Tecido subi pa ai (1100
mi ma Imente tlesen ol a lo Epzc til t/io li si) luc a lo, semi ti a n spai ente Vasos
coi onai ios sem ai Lei ações dignas tio nota Cav aI .ides cio coi a 5° (1 il atadas,
com colunas cai nuda 1 igen a mente ic h tu 1 js especi2lmente as tio
p imeii a
00 t’em Lo’ OIl(o ti/no ali te tloi es r q11’ udo di,ci(o foi temente dilatado;
‘io pi imei to potiem —e’ ai ti (1(111/ a lo— ti e-, tled o— no —egu m lo qua tio kpai é—
1 hos valx ulai es n 01 ai lis, lambem iii .1(1] t a O (la ptil mona r Mzot au tlio ci iscre
lamente fi iavel, castanho c nua paliilo, contendo sangue
em quantidade maio)
do que o 1101 mal A ode com pequenas placa atei omasicas na p011 So toiâ
e ica especialmente ei a
mio tia said a ti a ai tei ias 111101 c os tais Nad a mais
digno de nota ras outi a5 ai Lena5 as—im como nas ‘elas
— Sis(t ,iuti 1111 iatit o Gauiq/io- linjtiticOs tIo meentei io, tia cadeia
pei ifipancreatica e do htlo tio figacio com nócltilo, miliat es amarelados, moles,
fazendo sul icllc ia na stipei fic e de c oito Tem ‘1 imeti o maximo tio 2 mm
— 245 —
16
T
— 246 —
E;ra ia es /i istoiogieos
i Fíyudo — Fundamental mcii te, o quad tu é id éii tico ao ilo caso preco
ce te .A]e são principal consiste na presenra de inúmeros gi’anulomas miliares
(Iissemninadi,s ii’iegulam’mente, a mflaioi’ia lios espaços porto—biliares, os demais
nos lóbulos, onde podem ocupam (uJquei’ zuna. Alguns são adjacentes ii veias
centm’o’Iobulam-es; outros, ãs supra-lohulaies. Os granulomas têm a mesma
estrutura ili, caso precedente. A zona central é formada de subtãncia noci’ó—
ticti:a periférica consiste numa camai la de histiócitos com a 1 is)mosirão já
1 lesrmi ta e mi outra liii fo-neu tm’ófi la. Ciimo 111) 1)i’i mel ri) caso, 1 im 1 mém mi este os
gran mi lemas apresentam toil os a mesma est mti tu ia e acha m-se na ni es ma fase
evolti ti va. ‘I’ém, nis.a mesma ii lade, Os ovos —ão ouase leI os eni iesti’uirão.
diNtingtnndo_se a casca que contem ,ulmstãncia amorfa, aciiiiifila. São raro
(IS ovos em cujo in tei’ioi’ se tI istiliguem ainda elementos cc lula i es.
Raras as
células gigantes situadas na (amada histiocitária.
Nirm bá neofi irmatão conjuntivo.v.scular nem nos gi’anuloi nas eni em
tói liii tiéstes ou noutras partes do fígado.
Irregularmente disti’ibuitlos nos lóbulos ou mios eslmaros liortolmiliai’es acham—
—se amos e pcquenkinios infiltrados linfo-gm’anulucitám-ios, Xciii moLição topo—
giáfica apaien te com os granulomas.
Os 1 emi’5mcnes i’egressivi i das células hepáticas cor:istem ciii esteatose.
gei alinente focal: em degenerarão allmuminosa: em focos de mmerroiiiose ou de
necrose. (li5enii natIos iri’egulam’menl e nos lóbulos. Nestas últimas zonas sã
intensas a dilatarão los sinusoitles e a congestão.
Ramos porta is am’ teriais e supra-lmepáticos integm’os,;c tini excecão (105
que. acidentalmen te, se achani em contato com os gi’anulomas.
2) P,ini,’ii’a jmoI’uüo do duodeno e Fico.
Disseminarão miliar intensíssima
subse rosa e, em grau menor, sul )mucosa, especi almen te mitm uleo, me nos abun
ante no duodeno, Os gm’anulomas têm aspecto idêntico aos do fígado, achando.
-se na mii esmn a fase cr0] mi tira, tendo, a par entemen te, a mesma idai lo. Eu neta n to,
ai, conti’ário tios demais óigãos. ]iêstes é intensa a infiltrarão cosãnófila. Con
gestão e catam-lo intenso da mucosa, com discreta infilm i’arão linfo-gm’anulo
(itá tia.
3. Cólon. Disseminação miliar tia submnucosa e da mu osa. intensa, :p,as tie
giáu menor que no intestino ilelgatio. Os gianulomas mostram ti mesmo tipo dos
tio fígado. Congest ão intensa tI a mucosa, com pequen as li cmon’a gias e catarro,
e infiltração linfo-granulocitária. Raiissimos os ovos normais. Entretanto,
também êstes são circunijatios tIo reação inflamatória, embora tlisci’eta.
1 Cãnqiios liNfáticos do ilteseILtório. do cadeia peiipaiiem’edt lia C do lula
-
— 248 —
EpJcnrSE
i
(LQ tártaro emético, após ter tomado ao todo, subtIl Vidi(lOs em 3
ilias, 12 ml tio
uma solução a 1% (lesta droga.
A demonstrou flue a base anatômica da doem-a consist[a:
autópsia
11
tório de Parasitologia do Serviço de Endemias, Belo Horizonte, tmde, pelo
exame das dejerões, foi feito o diagnóstico de esquisto.somose mansônica. O
exame físico mostrou os apacêlhos normais; fígado e Paro não eram lialpáveis:
o doente era fortemente oligilémin), pálido, magro. fraquissimo. Foi pres
cri te o ti-atamento com tartai-ato de antimõnio e sódio em st,lu,’ão a 1.3%. 1
imi-eções tio 8 ml (total 32L :mplic:olas no mesmo dia, a última às 20 li. fia 23/3,
mesma dose tI injerões) As 2 botas lo dia 2-! o enfermeiro de plantão notou
que o pacien te, embora contirmuasso dormindo, respirava com dificuldade. O
II1 pulso arterial ei-a muito freqüente, incontável, fino. Em seguitia. apresentou
dispnéia, contraturas musculares generalizadas e, parece, convulsões.
às 1.30 horas.
Morreu
A (FiliO flSIU foi Ceita no menii, lia (n.° 581. de 21/3/1919), ,,liten,l,i-se mm
se-uinte D[.\GNÕSTICO ANÁTOMO-PATOLÚCICO:
1) Esquistossoniose niil iar agtimla, recente e gi-ave (lo fígado, ria serosa
de todo o intestino dei ga lo; de muni ir intensh ilide, tIos gãngl ios lin táticos me-
senteriais, de ambos os pulmoes, com e-, lenia e c( i migest à,, dês te e ra a hemor
i’aragias petequiais suhpienra is à esqtme!’m ia.
Ii 2) Enterite uleerativa reeen tissInla, pio v:vehiie’,; te esquitm issonót «a. cili
I
tm lo o iii tesl i flO (leiga i lo.
--249—
31 Tumor infeccioso subagudo do baço, em órgão hipoplústico.
4) Congestão da leptomeninge e do encefálo, com edema das substâncias
nervosas encefálicas. Discreto hidrocéfalo externo. Raras hemorragias pete
quiais subaracnoidianas recentes. Hidropericárdio de gráu médio. Discreto
hidroperitúnio.
5) Ratas hemorragias petequiais, dérmicas, recentes, nos membros infe
riores.
ti) Grave estado de desidratação e desnutrição. Hipoplasia do coração,
do fígado, do baço, dos rins e das supra-renais. Discreto estruma parenqui
matoso difuso.
1— Cavidade torácica.
— Área cardíaca menor do que o normal, devido
5 expansaão das margens anteriores dos pulmões, as quais, em parte, se sobre-
põem. Normal o conteúdo das cavidades pleurais.
5 — sistema circulatório. Fericárdio : contém cêrca de :300 ml de J quirlo
amarelo-citrino límpido. Nada mais digno de nota. Coraçüo pequeno (peso:
170 g), em rigidez cadavérica, cilindro-cônico, com ponta formada predomi
nantemente pelo ventrículo esquerdo. Epicárdio fino, brilhante, liso, semi-
-transparente. Vasos coronúrios e seus ramos, sem alterações visiveis. Cavi
dades do coração pequenas, especialmente as vcntriculares. As aurículas
contém raros coágulos em parte fibrinosos, em parte cruóricos. Endotélio
e aparêlhos valvulares sem lesões. Miocárdio róseo, contendo pouco sangue,
discretamente friável. Aorta e demais vasos arteriais sem alterações. Veias
cacos, especialmente a inferior, muito dilatadas e contendo grande quantidade
de sangue em parte líquido e em pai-te coagulado.
ir
—250—
1) Sistema lhcfdtic’o.
— Gânglios mesentéricas hipet’tiofiadcs, não ade
• rentes aos tecic los cireu O 5 ta ii les. A prcseii tam escassos ii 6(1 U los mil ia les a ma
reiados. O parênquima é abundante e pouco difluente. Gânglios linfáticos do
• hilo dos pulmões antraet3ticos, úmidos.
7 Sistcma respiratório. Larinqe, traqudia e bd’ó)dqdiios )dOii)iais. Piihciõi’s;
—
$ o direito pesa 351) g., o esquerdo -120 g. Ambos apresentam o mesmo quadro.
Coo têm nódulos miliares bem circunscritos, moles, amarelados, irregularmente
t lissenij nacos, porém, em sua maioria, com disposição suhpleui-al. Pacenquima
pul mc) na’ t’i’epi ti n te em tõt las as pa c’tes. Muito pál h lo na face anterior e espe
cialmente nas bases, onde os alveolos acham-se dilatados, perfeita mente visíveis
a dlh., nu: vermelho escuro na face posterior, espet’ialmeiite nos lobos inferiores.
(‘oitém disri-eta quantidade de liquido espumoso, límpido, ligeiramente róseo.
Pleuras z’is(’e,ois finas. brilhantes e transparentes; lc esquerda, lacas hemor
iagias recentes. suhp]eui’ais. Pleuras parietais normais.
R Caridade abdoiicicca(,
— Vísceras ht sUa. O diafragma chega a,, 5»
e-paro intercostal tanto liceu a como ã esquerda. No saco pei-ilonel há cõcra
dc 200 ml de liquiclc citi-ino, pálido e ]ímpitlo. Peritônio parietal, oco-mal.
9 Sistro,a ‘liqtstjc’i,
—
Dói’,i e anexos, farhcqe, estôiicaqo, sem ;cltei’acões
\‘isi\’eis. Jldtd’stidiO dtlqodo. Em tôclc soa extensão, mas especialmente no
jeltIlio. encoliti’aln.se ilisseminaclos inúmeros gc-cnulomas miliares com diãmetro
maximo de 22 mm,’lji-;cnco-acyc,-cr-elaoos peifeitamente circunscritos, localjaudos
110 eoiijuliti\-o subseros,, e fazendo saliência iio peritônio visceral. lgtialinente,
em toda a extensão tIo intest[iutc delgado, mas especialmente o, ejuIuc. existem
liucnei-os:ssimas úlceras irregulares, muito superficiais. cpi-ofucutlccicitc.se sõmelite
até a suhmucosa Tem tiiõmetrcc variável, o maior podcntãc ser orientado trans-
41 ec-sal tio longitudinal mcci te,. \ s maiores têm tiiâmeti-o máximo de G cri. \s
111. Igens tIas úlceras são irregulares. Em seu funCo, flue é limpo, não 1-eco-
hcrnc por ccmctlas necróticas, às vezes distinguem.se minúsculos gi-anilomas
com tiiã’neti cc niáximo de 1 mm. São amarelados e moles. A mucosa em tôroo
é ftcrtecnen te congesta: também a serosa. em cocc-espondência com as úlceras, é
fOI’ qesta. O i nte-tino delgaticc contém es--e assas fezes semi•l kluidas. 1-icas em
muco. cc ccii nicas estrias c e sangue. Cólon se maltecacões visíveis. ]-‘iqado:
- 1 pes;c 910 g. Tem foi-ma normal, mas a consistência é aumenlada. Glissoniana
noc-mal. Paccnquimc hepático coni desenho lobulai’ consec’vado. Nódolccs
nnliai-es numerosos, disseminados a todo o parénquima, irregularmente, poc-ém
n’ais ;clmnd;cntes 1105 espacos porto-biliares. Em gei’al são moles. ama-dados;
-; têm ciiãmetc,, máximo lO 2 mm. Lóbulos (lia ilitensamente saciguinificados, oca
,cilizeota,lc,s e pãiiclos. ora amarelados e contendo pouco sangue. Veias cenila’
-lohul,,c-es não distinguíveis. Ue:Jeula biliar, ronda/o lcepdiieo, eísIieo r
doto permeãveis e sem alie-ações visíveis. flUe muito escassa. fluída. potlcic
J’ciid,)(as sem cltccac-õcs visíveis.
lo — Sisirina urinário. [Uns: o tli,’eito pesa Sã g e o esqtcelcicc 75 g.
Ia :11 o. Cápsula normal e fcri Imente descolável. Supeificie externa li-:c. seni
aI el,,cães visíveis, ComI leal pouco tlesenvol vida. ecm numecoas estc-ia ano
zerctarlas e tui-v;c, Medula sem cltei’;ccões, Cóliers. baeioctes coi(rres, br.ciq’,
e Hrc/c-o. nocmais ,Ahr ‘-um (‘onilaícla rã’, contém líquido.
11 — •S7,w tr,na qeoi!ol, l’cs/ieulos e epidídinos fláciclo-4. Ddl(e)C)d/e3. ce.4•
editas seminal5 (‘ qenitais ei/croas, sem alteracões,
12 — Qlciiujcilas ccdóciicos. [[ipófise e ejcifise liolmais. Scd))caoecc(c)s 1)0-
qtleuas; Pouco tlesenvolvitlas tanto a mctlulac- como a cdlticcl. 7’i,co pequeno
4
— 251 —
ti:
EPICRIS1
ii. Quando foi hospitalizado, o baco e o fígado não eram palpáveis. Diagnosticada
a esquistossomose pelo achado de ovos nas dcjecoes, o doente morreu subita
mente após o segundo dia tio tratamento antimon a],
Corno nos casos precedentes, também neste o tjua( Ir’ anat’5micu era caacte
i-izado:
1) pela dissemioação miliar ectópica em vários óigãos;
2) pela alitmdância de tal disseminarão;
3i pela uniformidade estrutural dos gninuloma<. falando a favor tia simul
taneidade da postura dos ovos.
Néste caso os íennmenos necróticos eram esca-s’ is Di is granub mas. Êste
fato levai-ia a pensar que nos outi-os, onde a zona central necrótica ei-a muito
desen v( lvii a, o fenômeno fôsse pecu lia’- à própria i n testarão e nã(, tI ej mii dente
do antimônio. De fato, poder-se-ia argumentar que, se provocada Pela droga.
a necrose deveria ser enronti-ada também néste terceiro caso. Achamos jiru
d’:’nte, entretanto, hão concluir, alienas, na liase (ie-tas lioo(sIs oiisc’ivaç-or’s.
Como i-esulta do exame histológieo, neste raso foram encontrados dois
vel-mes mortos e, em tôrno, uma zona de neci-ose por roagulacão. Deve-se
(tiza r, ain la, que se ti-atava dc lesão cinscrita, i iv l epen dcii te tios gra nu lomas,
“um sença de OVOS ile Srh jonoson i, sendo o doente sul metitio a tratamento
moniaL
-
tina solução a 1 ¶‘ de túrtai-o emético; no dia 15. mais 22 mi. No tua SegU’tnte
16/12) apresentava postiaÇão intensa, incooi’denação tia articulação das pala
vras, dor precordial, estado de ânsia, tiispneia, tremores difusos, sudoração
abundante. Sucessivamente, convulsões até a morte (16/12), Á ou tópsür foi
realizada 5 horas depois.
DIAGNõSTICO ANÁTOMO-PATOLúGICO
1) Esquistossomose miliai, sub-serosa, recente, intensa, do figado e do
intestino ténue; discreta, nos pulmões e nos gânglios linfáticos meseutéricos.
Esteatose hepática intensa, Congestão e edema dos pulmões,
2) Esplenomegalia acenttiatla (tomo,’ infec-tuoso subagudo do baço; péso:
350 g).
7
— 253 —
Exames histológicos
1) Fígado. Existem dois tipos (te granulomas esquistossomúticos. Uns,
mais escassos, têm as características comuns aos granulomas esquistosso
móticos antigos. São constituidos por um ovo ou resíduos de ovos, células
gigantes, neoformação colágena em camadas concêntricas, com a disposição
característica dêsse tipo de granulomas. Outros, numerosíssimos, disseminados
nos lóbulos e nos esjaços interlobulares, são de formação mais recente, pois
não contém células gigantes, não se tendo iniciado a neoformação conjuntiva.
Em alguns não se distinguem os ovos; na nmiora, êstes se acham em destruição.
Tais granulomas, em geral pequenos, freqüentemente de ordem microscópica,
são constittliuos por algumas dezenas de elementos da cxsudação, especialmente
neutrófilos, poucos histiácitos, linfócitos e células plasmáticas, dispostos sem
ordem aparente, sem estruturações especiais; não apresentam, portanto, caracte
risticas histológicas de especificidade. Na maioria não existem fenômenos
necróticos; nos outros, a zona central necrótica é muito pequena e constftuida
de material amorfo, levemente acidófilo. Nos granulomas e no tecido circuns
tante não há ncoformaçflo colágena.
EPICRISE
Neste caso houve, manifestamente, dois surtos miliares. 1T1, mais antigo
e mais leve, com localização no fígado e no intestino; outro, recente e mais
intenso, com localizacão nesses dois órgãos, nos gãngllos linfáticos mesen
teriais e nos pulmões.
Caberiam taml)énl nêste caso as mesmas considerarões feitas sõbre os
tiõs )rece(l entes.
•ii
APÊNDICE AO CAPITULO VII
4-
— 25G —
CASO N.° 1 — Tratava-se dc uma mulher branca, O. L., viúva, (lo 31 a1ios,
fl tural (lo l3elo H’ i t’izon te e res id elite na cidade, li spita 1 rio ia em 12/8/1!) )S’.
Até F, a nos antes lavava roupas e banhava-se em cói’rego’ e po(’os. A ‘,loenca
comerou nessa (lata (1912) com diseiite!’ia intensa, tendo continuado com
disentetia e ii:iti’éit per!ddicas, Ss vézes com emiss5o de sangue misttlrad)
fis fezes. Queixa-se (II’ dores abdominais, cefaleia, toflteiras, (ligestilo difícil,
plenitude posin’andiai, dôres reumútiformes e nervosismo.
O (iam c físico mostrou normais os aparêlbos circulatório, t’espiratdrio,
nervoso e un)genital. Pt’essã’ arterial i :111/80 mm. No abcoinen. empastamento
(10101 (isti do t’olon iescendcnto: fígado inilpável e t:So aumentado í’ percass5o.
Nas fezes foram encontrados ovos (le Sri? ?í?OO.ÇOfli, de A, lo,nbrieóides e
dc
a)?? C?’iCQ)I IS. Positiva a e?!?! reo cão com antígeno de cercátias de Sch.
2)ZO?tSOfli, (J?H’IU(? normal. Leucócitos: 19.7(1(1 por mm; neuti’ólilos: 09%
cesinóíilo: 12%; linfócitos: 15%; monócitos: 1%. Eii’trorordioq’um,, normal.
Feito o diagnóstico de esquistossomose, foi prescrito tratamento com tarta
tato (ie antimônio e sódio, em solucüo neutra a 1,3%, segundo esquema
(10
fl (lias, injeç5o (Ijiltia enilovenosa de flhmg (7.5 cm (la soluç5o) A cura
foi iii lei ad a no (lia 18/8/1918. A oós a 5, iii erüo, em 22/8,
a pa ‘creu cru pç5o
(ICShidl’(,sifOItfle no pescoço Foi encontrada morta 110 leito no dia 24/Rapés
ter recebido a fl. injerão, no dia anterior.
DIAGNÓSTICO ANÁTOMO-PATOLÕCICO:
1) Esquistossomose miliar grave, dissemina,la. dos
iiulmões, com eterna
discreto e congestflo intensa da base. Esquistossomose miliar
e suhmiliar
— 257 —
r
1 H
— 258 —
vênulas são iii] a tailas e contêm g rum e quan th Iate de si ngue. Parei es ( as
cLiVidzides menos espêssas tio que o norma], especialmente a do vent i’ícu]o
esquerdo. Cavidades tio colarão dilatadas, com dilatação consecutiva tio une]
ias válvul;is átrio-ventriculares e insuficiência pronunciada la mii tal, e tia
ti-icúspit]e. C’o]unas cai-atidas dos ventrícu]os ]igeit’amente achat;ii Ias. Mii
emilio contendo grande qtiantiilatie de sangue; seio ctn’onái’io iiiialadii. O
niúsc tio cardíaco é fi’iáve], de côr acinzentada opaca. Pêuo: 221) g riOiItl (0)11
escassas estrias amai-el;o]as, orientadas no sentido cio eixo longitudinal tio
vaso sã o mui s a umen isas na poção t oi’áci ca descem lente e aio fazem J)IOt U
itetancia na íntima, a lua] lisa e semi4ransjsii-ente. Veias cavas ili]ata;las e
contendo grande quantidade de sangue em nai-le liiiui:lo, em ]xo te roi,zu)acio.
l Dais os i lemais vasos sanguíneos.
6
— SLcte,ii o lia fá! it’o
— Nói iulos mi]iai’es liumeros is. mo]es, bem leU
mitatios do teciot, circunstante, (lia acinzentados. ori amarelados, nos qtiiiqlios
linfáticos da pacto liepatis; t restante pai ênquima dêsses gãnglios, que são
iliuiai mais vo]umosos i que ti normal e naO a elem aos tecidos cii-cLinsl,oltes,
é fortemente úmido, ;il,um iante. ligeitamen te fluente. Normais os ganglos lin
fáticos tias outras i’egiões do co’gan ismo.
I[
me]ho esc-ui-o na fac-e postel’ioi ticulai-mente nos lobos infeiii,i’es. A cozi—
sistência. Destes, é um Isitico maior do tiue nos outras lobos; lodos, porém
são ciepitantes, arejados. Das superfícies de corte, fazendo pressão sai dis
cicia quantidade de líquido esiiuitiso, límpido e ]igeii-amcnte tosco; no Rilio
infei’ioi’ êste iít;tihlo se acha niistuiatio com discreta quantidade de sangue.
Encontra-se disseminado todo ti patênquima pu]monar por inúmeros nédulos
miliares, com diãmctro máximo de 2 mm, acinzentados, bem delimitados dc,
L
pa i’ênqu i ma cii ‘cu nst- i n te; és te a p -esen ta ii isc teta congest ao, nia 5 não ou t ‘as
na’iiificai-ões. Os ni5ilu]os sao mais numerosos na Zona suhp]eui;d e fazem
ligeira bossa debaixo tia p]eoi’a, qtie é unifoi’memente lisa, fina, semi-ti-anspa—
,
rente, brilhante. Polniüo direito: pesa 521) g. Apresenta o mesmo quadro
morfológico tio otitio; existem, poi’ém, no lobo médio, tt’es nót]u]os esfei’oid;ns,
com tliã meti-o máximo de O cm, bem ti e] imi Li tios mas ii ão enu c]eávei s, quase
completamen te eshi’anc1uiçados, irregularmente atravessados pai’ feixes cmi—
juntivos densos e com t]epó.si tos anti’actiticos. Em celtas zolias os nódu]os
sã o mc)] es, fri á \‘ei s, sim til a Diii) substã ncia cascos;), A] ém disso, n o pu] mão
direito são iii a is pi-onu aci ai] as a congestão e o edema. A p] eu 1-a visceral
compoi’t a ‘se como aq ue]a do pu i ni ão esquerdo.
8
— Caridade obilonihio?. —O diafragma chega, 5 esquerda. até o 50
espaço intercosta] e, ã direita, até a 5 coste]a. O fígado u]trapassa de dois
delas a reijortia costa], Os demais órgãos intra-abdominais tem positão e
lelacão normais Saco peritonea] contendo quantitl;itie norma] de liquido
1 igei r;imente citrino e 1 impioo. Peritônio sem lesões aparentes
9— Co ridade li neo? e seus au cr05. normais. Furitqc, esc fogo, está 1)1090
e intestino delgado e grosso, normais. Figado: pesa 1.151) g. Grande em
re]acão ãs dimensões cio c;icláve-, Consistência discretamente aumentada; borda
anterior ligeiramente arret]oi:dacia_ Glissoniana normal. Nódulos miliares
e submiliai’es dissemin;itios por totio o orgão, tendo os submi]iares diãmetro
— 259 —
máximo de 3-1 mm. São bem delimitados, duros, peroláceos e estão locali
zados quase exclusivamente nos espaços porto-biliares. Desenho lobular bem
distinguível; parênquima discretamente coogesto. Vesícula biliar, conduto
hepático, cistico e colédoco, normais. Dite: densa, pleocrâmica. Vias biliares
permeáveis. Fáncreas aparentemente normal.
10
— Sistema urinário. Rins: pêso total; 270 g. Têm forma, côr e con
sistência normais. Cápsula facilmente descolável. Superficie externa lisa, pá
lida, acinzentada. Cortical pouco mais espessa do que o costume, com poucas
estrias acinzentadas, opacas, orientadas radialmente no sentido (lo Mio dos
rins. Caliees, bacinetes, ureteres, uretra, bexiga, normais. Esta última con
tendo escassa quantidade de urina, com aspecto normal.
11
— Sistema genital Ovários normalmente desenvolvidos, um pouco
—
12
— Glán delas endócrinas. Hipófise, epífise e t ireóide, normais. Supra—
renais pequenas; especialmente a cortical ê pouco desenvolvida. Tinio subs
tituido pelo corpo adiposo retro-esternal.
13
— Sistema li ematopoétieo. Baço ligeiramente maior do que o normal,
em relação ãs dimens6es do corpo. Cápsula lisa, brilhante, sem aderências.
Polpa vermelha discretamente abundante e fluente, vermelho escura. Os
folículos dc Malpighi raramente são visiveis; estes têm aspecto normal. Tra
hérnIas pouco evidentes, sem alterações. Pêso cio baço: 150 g. Medula óssea,
sem alterações.
Eia 1H ?5 1)? icroseópieos
1)— Fígado. Disseminação esquistossomótica miliar intensa intra e extra—
loliular. Os granulomas, em atividade, encontram-se em fase evolutiva avan
çada. Não há zona central necrótica. Pelo contrário, mostram já uma orga
nização. São formados por uma célula gigante no centro, raramente duas;
por uma camada mais ou menos espêssa constituida predominantemente
por histiócitos, entre os quais se encontram, misturados sem ordem aparente,
linfócitos, raras células plasmáticas, neutrófilos, raramente eosinófilos. 1-Tá
inicio de fibrose: endógena, no interior dos granulomas, entre os histiócitos;
exógena, em tôrno dos nódulos, no tecido circunstante. Esta última, sob a
forma de fibras colágenas espessas, com disposição caracteristicamente con
cêntrica.
Nos lóbulos e nos espaços porto-biliares não se encontram outros processos
inflamatórios além dos nódulos. Não há neoformação conjuntiva, além da
citada, O estroma tio órgáo conserva a estrutura normal, não havendo teu
(lência Li sua subversão. Ramos portais, arteriais e afluentes das supra-hepá
ticas, sem alterações sistematizadas, apenas com raras alterações produzidas,
acidentalmente, pelos granulomas desenvolvidos na visinhança.
Os processos regressivos das células hepáticas, graves e difusos, consistem
em esteatose, degeneração albuminosa, focos de hialinose. Há edema, dilatação
dos sinusóides, congestão.
2) Pulmões. Disseminação miliar intensa. Os granulomas, em atividade,
apresentam as mesmas características dos do fígado, sendo desnecessário des
crevê-los novamente. São pouco pronunciadas as lesões arteriolares (endoar
tente produtiva, elastose, faixas cicatriciais da média, zonas de necrose hialina
c
cli
— — 260
[I
e cio necrose fibrindide) idênticas iis encontradas em todos os casos de esquis
tossomose pulmonar. Não serão descritas aqui em pormenor, por fugir £ts
3—
finalidades clêste trabalho.
Udo glios lt;cf áticos da porta licputis. Cranulomas esquistossomóticos
1 ijr;
miliares com o mesmo aspecto dos já descritos.
p100 anci ida.
4
5
—
A fibrose, porém. é menos
Ii CASO N,° 2. (A. n.° 557). AD., mulato, 29 anos, lavrador, natural ao
Manhuaçu M.G. ) e residente em Tarumirum (MC.) Falecido em 2/9/1952;
a utópsia, realizada 1,30 h. após a morte, forneceu o seguinte
DIAGNÓSTICO ANATOI’dO-PATOLOGIC’O:
1) Esquistossomose miliar crónica intensa do fígado, (la serosa cio intestino
delgado e tio colon, de alguns gónglios linfáticos (1(1 mesentério. tio lulo
do
1 1C [1
5) Paro esclero.congestivo, discretamen te hipei’troficn.
0) Degenerarão alhuminosa cIo fígado e (los rins.
VIU
— 261 —
4.° CASO. (A. a0 866) J.P.S., branco. A autópsia foi feita no dia
17/11/1952, ohtendose o seguinte DIAGNÓST ICO ANÁTOMO -PATOLÓGICO:
DIAGNÓSTICO ANÁTOMO-PATOLÓGICO:
1) Esquistossomose miliar crãníca, parcialmente extinta, intensa, do
fígado (esteatose do mesmo árgão); discreta, dos gânglios linfáticos do hilo
hepático e tios pulmões; suhmiliar, da serosa do intestino delgado.
2) Anliga tuberculose caseosa dos gânglios do hilo pulmonar, parcial-
mente calcificada. Pleurite exsudativa em atividade, bilateral, mais antiga e
serofibrinosa, à esquerda: mais recente e sero-purulenta, à direita (500 ml de
exrut’ato em cada cavidade pleural).
3) Moderada dilatação do ventrículo direito e consecutiva insuficiência
da trirúspide.
Degeneração albuminosa dos rins. Dis
1) Oligoemia universal grave.
edema dos membros inferiores. Congestão e
creta ascite (500 ml). Acentuado
edema da leptomeninge e das substâncias nervosas encefálicas. Discreto hidro
céfalo externo.
17
1
262 —
0.0 r’A50. (A. n.° :310) C. CM., lavrador, 11 anos, natural de Santana de
Ferros tM .C.), residente em Mesquita (MC.). Paleceu em 29/I/l!H5. rI otópsiu
após 1 botas, teililo sido i) cadáver conservado (lii geladeira.
DIAGNÕS’J’ICO ANÀTOMO.PATOLÕGICO
DIACNÕS’rl(’O AN&TOMO.p\l’O[ÕclcO:
DIAGNÓSTICO ANÁTOMO-PATOLÓGICO:
hépato-esplénica. Fêz-
3) Diagnóstico especifico de csqidstossomosc
Entr etanto, em outros
se, com relativa segurança, em apenas 2 casos.
ção para tal diagnós
13 o exame histológico trouxe elementos de presun
dificuldade e a
tico (ver em seguida). Para que se possa avaliar a
convém esclare cer que rece
raridade de tal diagnóstico histológico direto,
esquistossomose
bemos 48 casos (todos de biópsia cirúrgica) suspeitos de
gicas do fígado com
hépato-esplênica, sõbre um total de 52 biópsias cirúr
o diagnóstico clínico genérico de esquistossomose. Os resultados da aná
hépato-csplênica da
Use dêsses 48 casos com o diagnóstico de forma
csquistossoniosc são os seguintes:
e larga presunção, em
a) o exame histológico confirmou ou troux
stico histolágico
apõio à suspeita clínica, em 15 casos (2 com diagnó
direto de probabilidade)
irmar o diagnóstico cli-
b) o exame histológico limitou-se a conf
nico genérico da infestação, em 7 casos;
tos de auxílio à clíni
c) o exame histológico não forneceu elemen
ca, em 14 casos;
ciando a infestação
d) o exame histológico, embora não eviden
u entretanto uma
esquistossomótica, no fragmento examinado, mostro
form a hépato-esplênica,
fibrose do tipo habitualmente encontrado na
em 6 casos;
de outra doença, em
e) o exame histológico demonstrou tratar-es
1 caso;
hepatopatia fibro
f) o exame histológico demonstrou tratar-se de
delas, em 2 casos;
sante, sendo entretanto impossivel diagnosticar qual
insuficiente para uma análise
g) em 3 casos o material era ou
vação.
histológica, ou estava em más condições de conser
s, entre os 48 casos de esquis
Para maior clareza dêstes resultado
quais tal diagnóstico
tossomose hépato-esplênica selecionamos 21, nos
foram estudados por
parecera seguro: a) graças à minúcia com que
de dos resultados obtidos
DIAS (32) e ALMEIDA JuNloR (2) ; li) em virtu
que alguns foram subme
após espienectomia e da longa observação a
clínico foi confirmado
tidos após essa operaÇão; e) porque o diagnóstico
tica nesses 21 casos
pela a ti tópsia em 3. Os resultados da hiópsia hepá
nte em 2 encontramos um
estão sumariados na Tab. V. Pois bem, stme
por si só, da forma hépato
quadro histológico suficientemente indicativo,
sngcstão clínica.
esplênica da esquistossomose, independentemente da
genéric o de esquis
Em 15 dêsses 21 casos nem o diagnóstico histológico
ado, não se
tossomose era possível, em virtude de, no fragmento examin
ivos da in
encontrarem ovos ou granulomas ou processos outros indicat
subme tidos autópsia
festação. E convém acentuar que dos 3 casos
a qual confirmou o diagnóstico clinico de
(A. n.° 697, 720, 735) —
TÃO. V
EIÓPSIA DO FIGADO EM 21 CASOS DE ESQUISTOSSOMOSE MANSÕNICA HSPATO-ESPLEN!C’A
:lcro-congestiva (sindro e
ssoniose mansónica crõ
nato-es plã n ica-int e st in ai)
NAS, p. 309, obs, n.’ 2). Sim Sim Não Não
::
a crónica» (NAS, p. 315,
Não O quadro histológico do fragmento do fígado
podia simular o da doença de MORGAGNI
iva. Pancitopenia ran LALiNNEC. Todavia não foi passivel uni diag
Ltamento antimonial rã nóstico histológico dc segurança.
30, p. 277. obs. n.” 6).
Não
icro-congestiva (sindro
eia hepática. Esquistos
ato-ospléniea-intestinal) »
Sim Sim Não
Wro-congcstiva (sindro
eia hepática. Esquistos
(forma hépato-esplõnica- 1
obs. n.” 9). Sim — Sim Não
insónica ativa. Anen,ia
sofagianas. Tratamento
rápido. Esptenectomia
ssão venosa na esplõni
lo transtõrno sanguíneo
eia dcs rinais de aco
30, ri. 285. ohs. n.” 7). Sim Sim Não Não
lero-congostiva (sindre- 1
pática; esquistossOmose. i
epática» (NAS, p. 315
Sim Sini Não
ansónica em pequena
o ncutropénico e trom
nanas. Heniatémcse co-
admissão. Tratamento
ilerado. Pressão na veia
3egulmento do um ano,
ia das vai’izes esoía
30, p. 311, aOs. n.” 9). Lirn , Sini Não Não
TAO. V
Identifica
ção do caso Esplenec Diagnóstico Diagnóstli
E (Número do DIAGNOSTICO CLINICO tomia Diagnóstico generico de especifico
arquivo de genérico de hepatite es- forma há1
hiópsia) hepatite quistosso- to-cspléni’
:
mótica da esqui
1 1 tossomoE
pequena
13 1 9.538 «EsquistOssomiasc mansõnica cm
atividade. Hipercsplcni smo neutropênico o trom
e co
hopánico. Varizes esofagcanas. Hematé’mcs
Tratamento
piosa 8 meses antes da admissão.
veia
antimonial rápido. hem tolerado. Pressão na
ano,
i esplênica 26 co, d’água. Scguimcnto de um
esofa
constatando-se persistência das varizes Nüc
9). Sim Não
geanas e da hepatia» (CBD. p. 311. ohs. a,”
,
1 constatando-se persistência das varizes esofa
geanas e da hepatia» (CBD, p. 311, obs. n.° 9). Sim
Sim Não Não
14 9.649 «Esquistossomiase mansõnica tratada há um
ano e clinicamente curada. Hiperesplenismo pan
citopénico. Hematêmeses rebeldes. Esplenecto- i
mia de emergência. Febre hemoglobinúrica no
pós-operatório. Cura de hiperespienismos e das
hemorragias. Permanência das varizes esofagia
nas. Seguimento de um ano,, (CBD, p. 321, obs.
n.” 10). Sim Não Não
Sim
9705 «Esquistossnmose mansónica tratada e clini
camente curada 6 anos antes da espienectomia.
Síndrome hépato-esplênica precedendo ao trata
mento antimonial e acompanhada durante 6 anos
antes da espienectomia. Hiperespienismo leucopê- 1
nico e trombopónico. Seguimento de um ano após
a espienectomia» (CBD, p. 232, obs. n.” 1). Não Não
Sim Morreu 9 dias após a esplenectomia. À au
tópsia: esquistossomose hepática do tipo SYM
9.718 «Síndrome de espienomegalia esclero-conges MERS do intensidade média, O caso representa
o n’ 6 da nossa casuistica (A. n° 697).
‘Uva (sindrome de Banti). Anemia. Verminuse.
(NAJ, p. 363, obs. a.’ 16). Sim Sim Não Não
E
17 10.133 «Sindrcme de espienomegalia esclero-conges
Morreu 21 dias após a espienectomia, em con
seqúncia de trombose do cóto da veia-esplêni
ca e de ramos das mesentéricas. A autópsia: fi
broso hepática esquistossomótica do tipo SYM
- Uva. Esquistossomose ativa (forma hépato-esplê MERS. O caso representa o a. 9 da nossa ca
i nica intestinal). Bronquite crónica,> (NAJ, p. 371, suistica (A. n’o 735).
obs. n.’ 18). Sim Sim Não Não
Biópsia durante a espienectomia (15/6/951);
10. 247 e «Esquistossomiaso mansônica em atividade. punção-b’ópsia 4 meses e meio depois (30/10/951),
10.686 Nefropatia e hipertensão arterial. Espienomega com o mesmo resultado.
lia datando, pelo menos, de 4 anos. Varizes esofa
gianas. Pancitopenia sanguínea. Tratamento an
timonial rápido. Acentuação do hiperesplenismo
durante um ano de observação antecedendo à es
plenectomia» (CBD, p. 297, obs. n.’ 8). Sim Sim Não Não
19 10.297 «Esquistossomose mansónica inativa. Panci
topenia sanguinea. Hematêmeses repetidas. Es
plenectomia. Pós-operatório acidentado; febre,
— Não
pleurite, tromboflebite» (CBD, p. 343, obs. n.’ 12). Sim Provável Durante a intervenção cirúrgica observou
se ser o fígado menor do que o normal. Super
20 10.429 e «Esquistossomiaso ativa, sifilis secundária, ficie esterna com protuberâncias ou relevos irre
.
10 430 cardiopatia ehagãstica crónica e ancilostomiase. gulares, mas não nodosa.
Síndrome hépato-esplénica, varizes escfagianas,
hemorragias digestivas repetidas, hiperespienis
mo anêmico. Tratamento pelo Gliconato de só
dio e antimónio em 6 dias bem tolerado. EspIe
nectomia, verificando-se a pressão de 36,5 cm
em ramo do divisão da veia osplênica» (CBD,
p. 331, obs. n.’ 11). Sim Sim Não Não
21 10.775 «Esquistossomose mansónica ativa. Leucopo
nia. Hematêmoses. Tratamento antimonial. Es
plenectomia. Pressão na veia esp!ênica: 44 cm
d’água» (CBD, p. 351, obs, n.° 13). Sim Sim Sim Não
esquis
Uva
tênci
(lo ex
1;
/
— 269 —
o
e microscópico (lo frogmeiito (te figad
1.° CASO. (P.C. n.° 8.932). Exam
retardo por biópsia eiró rgica.
Na intimidade de alguns lóbulos,
nos espaços de Kiet-nan e na espessura
s,
perfeitamente circunscritos, microscópico
ia cupsula existem poucos nódulos tituid os por tecid o infla
0 micr a, cons
esféricos, com diâmetro médio de 200-30
no crón ico, prec isam ente por tecid o de granulação, com tendência à
mato
trados por linfócitos. m outros
néoformação colágena, discretamente infil
enas que constituem os nódulos se
nódulos os fibroblastos e as fibras colág
entricamente, de maneira que os
dirpõem de modo constante e regulat, conc (la fase cicatricial ou
característica
nódulos adquirem aquela estrutura que é
fibrosante dos nódulos esquistossomóticos. Além desta lesão circunscrita, nos
debaixo da cápsula e, maisraramente, em tõrno de
espacos porto-biliares,
tração linfocitária difusa (infla
certas veias centro-lobulares, existe uma infil neo
cifica), com escassa tendência à
mação crônica histológicamente inpe e não deter mina
invade os lóbu los
producão colágena. Sste processo não
arqu itetu ra lobu lar do fígad o. O conjuntivo interlolmlar neo-
subversão da prcssão ou
ção; por conseguinte, não há com
foi-mudo não tem t&idência à retra r grav e alterarão
ente, não parece have
deformar-ão dos lóbulos. Paralelam s inter lobu lares (la
pode julgar, os ramo
hepática. De fato, tanto quanto se altei ’acõ es. Especifi
não apre senta m
porta e os ramos da artéria hepática etro nni’mu l. Tam
cons erva r o diâm
cando, a parede é integra e a luz parece &.
utos bilia res interlo bulai’e
bém não se distinguem lesões nos cond olo
a que circunda algumas veias centr
A discreta neofoi’maçáo conjuntiv poré m semp re
as pai-a a periferia (lo lóbu lo,
hulares em geral se irradia (lest ta parte (la espe ssura tio
imo, até a quarta ou a quin
de modo discreto e, no máx congestos e as
lóbulo. Nest as zona s, os sinu sóides são fortemente dilatados e
células de
tróficas. Não há neoformação de
células hepaticas fortemente hipo alter a (las a
As células hellá ticas nau estão
l(uj fíe r e le est roma ret icula r. (‘e fibro se. espe cial
não st’I’ lias l’aras zonas já desc
l’itas. Hã perltlenos focos
los limítrofes (los espa ços l)o’t ohili Ires
mente na parte pei’ifét’ica (los lóbu células
encontram-se poucas
inflamados. Em tôrno dos nódulos inflamatórios
lulos fi
sóides dos lóbulos flue contêm os nó
em Iegenei-:ição lipolica. Nos sinu r rio que o normal.
itos em nómero maio
bíasos encontram-se linfócitos e granulóc ovo do Srhi st,so ma.
foi encontrado um
Na vizinhanra de trina veia cclii inlolmiar hepá ticas hipe r
as célul as
morto, ‘lefoi-mado. Não existem pigmentos. Pouc n’es ou (litati O
los circu ndad os iioi’
tióficas, às vezes formando pequenos nódu u
as quais se infiltram ,uucos gian
fibrilasargentófilas, muito delgadas, entre s infil trado s
. Nos lóbulos, ralos e minú scub
lúcitos neutrofilos e linfócitos rófil os,
ente por gran ulóe itos netit
micr oscópicos constituirlos piedominantem
scm tendência à neoformação conjuntiva. ência
istossomótica, com escassa tend
Trata-se de uma hepatite crónica esqu men os
Discr’etissimos fenó
à fibroso e sem subversão da arquitetura hepática.
l’e’,ressivos.
— 270 —
1
1
í
AS CARACTERíSTICAS T1ISTOLÓGI(AS Dos
OR &NLLOM S ESÇ1STOSSOMÓTICOS NO
FíGADO E OS ELEMENTOS 1IISTOL6GUOS
PARA O SEr DIAGNÓSTICO.
1
1
— 278 —
Is
-
x
CO N C L U Só E S
rial não se distribue uniformemente nos lóbu os, ao c-ontiá rio tIo que
acontece na esquistossomose hépato-esplénica, forma de SYMMErtS, em
que a distribuição é normal.
9) O porto, madiogram:i da esquistossomose mansõnica hépato—
einic;i, forma de SYM MERS, é diferente dos demais examinados e dos
regitridor na literatura a propósito de outras hepatopatias. É perfei—
— 283 —
C ()N (1
L li SI O N 5
——
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