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A personagem ”Dra.
Boneca”, do projeto
Terapeutas da Alegria,
durante visita ao
Hospital Universitário
em Florianópolis
O
Telessaúde está finalizando mais um ano de muitos desafios, conquistas e de intensa atuação
na Atenção Básica (AB). Para se ter uma ideia, desde nossa implantação até novembro de 2015
já foram realizadas mais de 13700 webconferências e quase 1100 profissionais receberam
certificados de participação em nossos minicursos. Isso mostra o crescimento da oferta de educação
permanente para os profissionais de todo o Estado através da Tele-educação! E com nossa equipe
de Teleconsultoria não foi diferente: somente este ano realizamos mais de 3900 teleconsultorias
que ajudaram as equipes de saúde a tirar suas dúvidas e melhorar questões clínicas ou de processos
de trabalho. Assim, com profissionais prontificados a qualificar a AB, o Telessaúde está presente e
atuando em todos os municípios de Santa Catarina e também em outros estados!
Um dos nossos maiores destaques de 2015 certamente foi o apoio à implantação do e-SUS nos
municípios - trabalho que envolveu o esforço de todos os nossos serviços na realização de videoaulas,
teleconsultorias, SOFs e webconferências! Outra conquista foi o início da implementação de
teleconsultorias para regular o acesso às especialidades, resultado da articulação entre Secretaria de
Saúde do Estado e municípios, estudando os nós da Regulação e usando os serviços de Telessaúde
para qualificar o trabalho em rede e o retorno aos usuários do
Sistema. E as parcerias não pararam por aí: junto com o projeto
QualiSUS, promovemos o minicurso de Acolhimento e Classificação Se você quiser
de Risco; e com a Gerência de Atenção Básica (GEABS) da Secretaria receber DICAS,
Estadual de Saúde, o minicurso “Capacitação para Fortalecimento CURIOSIDADES e
da Atenção Básica: Interação com o Telessaúde”. Nossa atuação INFORMAÇÕES
também foi à nível nacional, pois neste ano participamos das
ADICIONAIS sobre
discussões do Encontro Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde,
que trouxe o tema “Telessaúde para a universalização do acesso”;
SAÚDE, curta nossa
apresentamos seis trabalhos no 11º Congresso Brasileiro de Saúde PÁGINA facebook.
Coletiva – Abrascão 2015; além de estarmos presentes nos eventos com/TelessaudeSC
com foco no SUS e na Atenção Primária à Saúde da Gerência de e fique por dentro
Atenção Básica e da Universidade Federal de Santa Catarina. de todas as
Além dos encontros, também promovemos muitas discussões
localmente. Através do Telessaúde Informa, dialogamos com você
sobre pré-natal, atendimento a pessoas com deficiência, tabagismo,
saúde mental, agrotóxicos, ou seja, uma infinidade de assuntos, lembra? Mas ainda há muito para
falar! Cada vez mais a saúde pública precisa de profissionais críticos e atualizados, que participem do
debate sobre os desafios atuais do Sistema Único de Saúde (SUS), como a valorização do Sistema, o
fortalecimento da AB como coordenadora do cuidado, a luta constante contra a privatização do SUS.
E o que o Telessaúde tem a ver com isso? Tudo! Promovendo uma visão crítica e humanizada dos
profissionais da AB, nós buscamos valorizar e respeitar os usuários, com uma abordagem que vise
cuidar de pessoas e não de doentes. Todo o esforço da equipe do Telessaúde em melhorar e qualificar
o SUS só funciona se conseguirmos chegar aos usuários. Então cuidamos dos profissionais, pois são
vocês que chegam todos os dias até os usuários e que podem promover a mudança que precisamos.
Acreditamos que assim se construa um SUS de qualidade, que quebre preconceitos e que faça os
brasileiros acreditarem na saúde pública!
A
s equipes de Saúde de Formação em Saúde (Efos), escondidos atrás do profissional
da Família são uma que faz parte da Rede de Escolas
enfermeiro”, afirma Marciane.
estratégia primordial Técnicas do Sistema Único de O reconhecimento da
para o fortalecimento da Saúde (RET-SUS) do Ministério atuação desses profissionais
Atenção Básica (AB) e, em sua da Saúde. teve um grande impulso com a
composição multiprofissional, regularização das profissões e a
é indispensável contar com Reconhecimento e formação exigência de formação técnica
o trabalho de auxiliares e Apesar da abrangência e da para o exercício das atividades.
técnicos. Esses profissionais diversidade de atuação, em As profissões de Auxiliar de
são altamente relevantes no alguns casos a contribuição Saúde Bucal (ASB) e de Técnico
processo de trabalho da equipe, em Saúde Bucal (TSB), por
pois desenvolvem as mais exemplo, foram regulamentadas
diversas ações, participando 80% dos quase a partir da lei nº 11.889, de
de atividades de assistência dezembro de 2008. “Eu observei
e realizando procedimentos 1,5 milhões de um olhar diferenciado da equipe,
regulamentados no exercício profissionais de na ótica do reconhecimento e
de sua profissão (ver página 5). valorização do trabalhador ASB
Para se ter ideia da amplitude enfermagem de todo e TSB, e o que mais notei foi o
do trabalho realizado por eles, o Brasil correspondem quanto os próprios ASB e TSB
um levantamento do Conselho se sentiram importantes”, afirma
Federal de Enfermagem, de 2010, à categoria de técnicos Kátia Brasil, cirurgiã dentista
mostrou que aproximadamente (43%) e de auxiliares docente da Escola Técnica de
80% dos quase 1,5 milhões de Saúde da Secretaria Municipal
profissionais de enfermagem de (36, 8%), segundo o de Saúde de Blumenau, que
todo o Brasil correspondem à Conselho Federal de também faz parte do RET-SUS.
categoria de técnicos (43%) e de
auxiliares (36,8%). Enfermagem. Teoria e prática
Nas unidades de saúde, as Além do reconhecimento,
áreas de enfermagem e de a regularização da formação
odontologia são as que mais desses profissionais ainda precisa também contribuiu de maneira
contam com o trabalho dos de maior reconhecimento, efetiva para aprimorar o exercício
técnicos. “Eles complementam comenta a técnica em do profissional. Para Silvana
essa equipe multiprofissional enfermagem Marciane Daíse Dalmarco, que trabalhou nove
da AB, participam das visitas Wuaden, que trabalha desde anos como auxiliar em Saúde
domiciliares, são responsáveis 2008 na Unidade Básica de Bucal e já atuou em todas as
pelas ações educativas dentro Saúde (UBS) do município de unidades de saúde do município
de programas da estratégia, Peritiba. “Somos profissionais de Rio do Sul, a formação técnica
fazem parte de todo esse capacitados a prestar assistência ajudou na mudança de hábitos
planejamento e são o elo entre à população, muitas vezes nosso relacionados ao seu cotidiano de
comunidade e equipe de saúde”, trabalho não é tão divulgado, trabalho, como o cuidado com
afirma Maristela Castro Claubeck, com isso os demais profissionais os itens de segurança e higiene.
coordenadora técnica da Escola da enfermagem ficam “Quando eu comecei a trabalhar,
.
e da capacidade dos serviços de o trabalho da doula conta ao Saúde, dê uma olhadinha nessas
flexibilizarem a sua montagem, mesmo tempo com uma gran- dicas:
dar protagonismo aos trabalha- de interação e participação da A publicação da Organização
Pan-Americana de Saúde,
dores e usuários, não se apegar própria gestante/parturiente,
elaborado por Eugênio Vilaça
.
apenas aos protocolos, efetu- ou seja, não há um suposto sa- Mendes, intitulada “As redes de
ar um pacto interno de gestão ber técnico que se coloca hie- Atenção à Saúde”. (Clique aqui);
que quebre as caixinhas e criem rarquicamente acima do saber A publicação “Implantação
canais de comunicação direta da usuária, há uma interação das Redes de Atenção à Saúde
e Outras Estratégias da SAS,
entre serviços e as equipes dos entre eles, uma equivalência, e
elaborada pelo Ministério da
mesmos. Essas para mim são as o trabalho ocorre no ponto de Saúde em 2014. (Clique aqui)
diretrizes de formação de uma interseção entre doula e usuá-
rede, que nunca vai estar pron- ria. Há uma predominância das
ta, ela vai necessitar sempre de tecnologias relacionais na as-
A
campanha Novembro Azul surgiu como um passaram por rastreamento, 20 foram diagnosticados
movimento internacional realizado por diversas e receberam tratamento desnecessário e 160 tiveram
entidades, visando potencializar diferentes resultados falso-positivos, o que significa que se
estratégias de promoção da saúde do homem, tornaram suspeitos de câncer quando não o tinham e
principalmente através da conscientização sobre a realizaram procedimentos invasivos sem necessidade.
importância da prevenção e do diagnóstico precoce Ao final, a pesquisa revelou que 783 homens estavam
de doenças que atingem o público masculino. O bem no grupo sem rastreamento, enquanto no
movimento, que começou em 2003 na Austrália, é grupo oposto apenas 603 encontravam-se na mesma
encabeçado no Brasil pelo Instituto Lado a Lado pela situação.
Vida e pela Sociedade Brasileira de Urologia. O Ministério São por evidências assim que o rastreamento de
da Saúde (MS), que é a favor da abordagem integral da câncer de próstata, que só se mostra necessário em
saúde do homem, recomenda que, embora novembro casos específicos de sintomatologia ou histórico
seja um mês simbólico, as ações de promoção da saúde familiar, é contraindicado pelo MS, pelo Instituto
do público masculino devem ocorrer durante todo o Nacional do Câncer (Inca), pela Sociedade Brasileira
ano e, por isso, instituiu em 2009 a Política Nacional de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e pelo
de Saúde do Homem. Porém, apesar da abrangência Departamento de Saúde Pública da Universidade
da campanha Novembro Azul, o seu foco prioritário Federal de Santa Catarina. Estudos de instituições
no rastreamento do câncer de próstata é bastante científicas respeitáveis levam essas organizações
questionado pelo MS e por profissionais e instituições a debater a validade e os riscos que campanhas
respeitáveis da área da saúde, por entenderem que as de rastreamento podem acarretar e aproveitam o
evidências científicas apontam que o rastreamento do momento de discussão para redirecionar o Novembro
câncer de próstata (através da substância Antígeno Azul para outras ações que valorizam a saúde do
Prostático Específico - PSA - e do exame de toque) mais homem. Um exemplo disso é a estratégia utilizada
prejudica do que traz benefícios aos homens. pela Prefeitura de Florianópolis, que se valeu do mês
Um exemplo disso foi um estudo realizado pelo de mobilização para focar na conscientização sobre o
centro de pesquisa Harding Center for Risk Literacy em teste da sífilis.
2013, que acompanhou dois mil homens e apresentou Mas você deve estar se perguntando o que isso tem
resultados importantes sobre o rastreamento do câncer a ver com Prevenção Quaternária (P4)? A negativa ao
de próstata. Durante onze anos de monitoramento, rastreamento do câncer de próstata é um excelente
metade dos pesquisados não realizaram qualquer exemplo de uma reflexão sobre os excessos de
tipo de exame para detecção do câncer, enquanto os intervencionismo da prática dos profissionais da
demais realizaram PSA e toque retal sistematicamente. saúde e os danos que podem gerar: justamente o
A partir dos resultados, percebeu-se que o número questionamento que fez surgir e sustenta toda a lógica
de pessoas que morreram do câncer era o mesmo da P4, que você conhecerá mais nessa reportagem.
para ambos os grupos. Além disso, dos homens que
C
omo estruturar uma
reunião de matriciamento?
O apoio matricial, ou
matriciamento, é uma estratégia
de organização do trabalho em
saúde que acontece a partir
da integração entre equipes
consideradas referências para
o cuidado de uma determinada
população com equipes ou
profissionais com outros núcleos
de conhecimento, considerados
necessários e importantes para
a qualificação do cuidado e o
aumento de sua resolubilidade
em uma determinada
realidade 1
. Essa relação pode
se dar, por exemplo, entre
profissionais responsáveis por configuração é aquela em que
uma enfermaria hospitalar e não participam da mesma “ Recomenda-se
equipes de um ambulatório reunião mais do que dois
especializado ou entre as profissionais do NASF para que as reuniões
equipes de Saúde da Família possibilitar que todos os casos de matriciamento
(eSF) e Núcleos de Apoio à e demandas para as diferentes
Saúde da Família (NASF). Nessa categorias profissionais entre profissionais
resposta, especificaremos como possam ser discutidas com que compõem
pode se estruturar uma reunião mais profundidade; em outros,
de matriciamento entre as duas prefere-se que a reunião de o NASF e as
equipes de Atenção Básica matriciamento das eSF aconteça
anteriormente citadas. com a presença de toda a equipe
eSF vinculadas
Nesse contexto, recomenda- NASF concomitantemente, de ocorram
se que as reuniões de maneira a possibilitar a maior
matriciamento entre profissionais integração interdisciplinar no mínimo
que compõem o NASF e as eSF possível nas discussões de casos mensalmente”
vinculadas ocorram no mínimo e/ou temas realizados. Além
mensalmente (ressaltando-se disso, podem ser utilizados
que a periodicidade das reuniões espaços de reuniões já existentes maior número possível de
depende da modalidade de NASF das próprias eSF apoiadas ou profissionais do NASF em cada
implantada)1. Sua estruturação serem criados novos espaços reunião)1.
pode variar de acordo com as de matriciamento, a depender Nas reuniões, pode-se
necessidades e experiências da realidade local (no caso seguir o seguinte esquema
vivenciadas em cada local. Em da criação de novos espaços, de organização: a) Discussão
alguns municípios, a melhor sugere-se a participação do de casos ou temas levantados
Q
uais as recomendações número de equipes vinculadas -se o uso de mecanismos de devo-
para a realização de aten- é menor e/ou quando a rede de lutiva dos casos atendidos exclu-
dimentos individuais espe- saúde se demonstra insuficiente, a sivamente pelo NASF às equipes
cíficos pelos profissionais do Nú- possibilidade de realizar tais aten- apoiadas (através de prontuários,
cleo de Apoio à Saúde da Família? dimentos é maior2. listas de pessoas em acompanha-
Para a realização de atendimen- O acesso dos usuários aos aten- mento, discussão em reuniões de
tos individuais específicos pelos dimentos específicos dos profis- matriciamento ou outros meios)2,
profissionais do Núcleo de Apoio sionais do NASF deve ser regula- de maneira a fomentar a coorde-
à Saúde da Família (NASF) deve- do pela eSF, ou seja, o NASF não nação do cuidado pelas eSF.
-se considerar que seu processo é porta de entrada na AB/APS. A discussão e a pactuação das
de trabalho deve estar pautado Dessa forma, essas ações devem ações a serem realizadas conjun-
no apoio matricial às equipes de ocorrer preferencialmente a partir tamente com as eSF, consideradas
Saúde da Família (eSF) vincula- referência para o cuidado da po-
das1,2. Considerando que os aten- pulação na AB/APS, deve possibi-
dimentos individuais específicos “ A negociação, o litar, ainda, a ampliação de ações
desses profissionais são aqueles tendo como base a integração
realizados apenas pelo profissio-
diálogo contínuo, entre NASF e equipes apoiadas2.
nal do NASF, na lógica do apoio a postura ética e a Nessa lógica, a negociação, o di-
matricial essas ações devem ocor- álogo contínuo, a postura ética e
rer após regulação e pactuação corresponsabilização a corresponsabilização por parte
com as eSF, atrelado a um projeto por parte dos de todos os envolvidos se torna
terapêutico produzido conjunta- primordial para buscar responder
mente. envolvidos se torna às necessidades e aos problemas
Por conseguinte, para atendi- primordial” de saúde dos usuários com base
mentos individuais específicos, os no compartilhamento do cuidado
profissionais do NASF devem dis- e no fomento à integralidade da
por de momentos em sua agenda de discussões de caso, o que deve atenção2.
para realizá-los considerando-os promover uma ampliação das Evidências e referências
como parte de um conjunto de possibilidades de atuação para 1 - Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Ca-
derno de Atenção Básica n. 27. Brasília: Ministério da
ofertas de ações que devem ser além do atendimento do NASF e, Saúde; 2009. Disponível em http://bvsms.saude.gov.
disponibilizadas e não sua úni- inclusive, a educação permanente br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretri-
zes_nasf.pdf [acesso em 16 setembro 2015].
ca e exclusiva forma de atuação da eSF2,3. 2 - Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Bá-
sica n. 39: Núcleos de Apoio à Saúde da Família – volu-
na Atenção Básica/Atenção Pri- A existência de critérios para me 1: ferramentas para a gestão e para o trabalho coti-
mária (AB/APS)2. A periodicidade acesso aos atendimentos específi- diano. Disponível em http://189.28.128.100/dab/docs/
portaldab/publicacoes/caderno_39.pdf [acesso em 16
de realização dos atendimentos cos dos profissionais do NASF é re- setembro 2015].
3 - Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Aten-
de cada categoria que compõe comendada, devendo servir como ção Básica. Ministério da Saúde: Brasília; 2012. Disponí-
o NASF pode variar, conforme a facilitador do diálogo e das pactu- vel em http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/
geral/pnab.pdf [acesso em 11 outubro 2015].
necessidade local e as especifici- ações entre as eSF e profissionais
Caracterização da pergunta
dades de cada profissão, mas sua do NASF2. Importante ressaltar Categoria da Evidência: D
disposição na agenda não deve que devem ser flexíveis por se tra- Profissional solicitante: Farmacêutico
Descritores DeCS: Atenção Primária à Saúde, Saúde
prejudicar a realização de outras tar de uma lógica em que os casos da Família
Descritores ICPC2: A46, A62
ações previstas dentro do escopo podem apresentar singularidades Teleconsultor: Equipe Telessaúde SC.
de atuação desses profissionais que vão além do que foi definido
na AB/APS2. Em geral, quando o previamente2. Além disso, indica-
Q
ual o papel do NASF no ações de controle social em con- fância, alimentação e nutrição,
Programa Saúde na Esco- junto com as eSF; entre outros;
la? • Identificar e articular conjun- • 2º ciclo (10 aos 15 anos): se-
O Programa Saúde na Escola tamente com as eSF e professo- xualidade, Doenças Sexualmen-
(PSE) é uma política interseto- res uma rede de proteção social te Transmissíveis/AIDS, gravidez,
rial entre educação e saúde que com foco nos escolares; álcool e outras drogas, violência,
compreende a escola como es- • Discutir e refletir permanen- alimentação e nutrição, proble-
paço privilegiado de práticas de temente com as eSF a realidade mas de pele e outras questões
promoção de saúde e preven- social e as formas de organiza- de saúde características na ado-
ção de agravos e doenças, por ção dos territórios, desenvol- lescência.
meio de ações compartilhadas vendo estratégias de como lidar Outra possibilidade de orga-
que têm como corresponsáveis com adversidades e potenciali- nização do PSE é a composição
atores de ambos os setores1. dades; de grupos regulares de escuta
Nesse contexto, o NASF (Núcleo • Exercer as atribuições que de problemas do cotidiano es-
de Apoio à Saúde da Família) lhes são conferidas em docu- colar1. Tais grupos são formados
pode atuar com as equipes de mentos específicos que tratam por profissionais da Atenção Bá-
Saúde da Família (eSF), de ma- sobre o NASF”. sica (eSF e NASF) e da creche ou
neira integrada e apoiando-as Para a realização dessas atri- escola para debater as proble-
com base nas diretrizes do apoio buições, o NASF deve lançar máticas e definir os encaminha-
matricial, compondo ações para mão das diferentes ações que mentos conjuntamente1. Nes-
faixas etárias e necessidades em pode executar na Atenção Bási- ses espaços, os profissionais do
saúde variadas. Portanto, no PSE ca, pactuando as estratégias que NASF devem apoiar as equipes
a atuação dos profissionais do serão utilizadas em conjunto de saúde e educação a partir de
NASF deve se dar de maneira co- com as equipes apoiadas, visan- problemas ou demandas e pac-
laborativa com as eSF, dividindo do alcançar o melhor resultado tuações conjuntas, em sintonia
a responsabilidade sobre a situ- possível no cuidado oferecido com as diretrizes estabelecidas
ação de saúde de seu território2. aos escolares1. para sua atuação na AB1.
São consideradas atribuições Entre estas ações podemos
dos profissionais do NASF nesse citar: atendimentos individu- Evidências e referências
1 - Brasil. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde
âmbito2: ais, grupos, visitas domiciliares, da Família Volume 1: ferramentas para a gestão e para
o trabalho cotidiano. Cadernos de Atenção Básica no
• “Apoiar os profissionais das ações de articulação interseto- 39. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2014. Disponível
eSF a exercerem a coordenação rial e discussão de casos. em http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/pu-
blicacoes/caderno_39.pdf [acesso em 08 novembro
do cuidado do escolar em todas Os assuntos abordados po- 2014].
2 - Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Bási-
as ações previstas no PSE; dem variar, podendo, por exem- ca no 24 – Saúde na Escola. Brasília: da Saúde; 2009. Dis-
• Participar da construção de plo, abarcar temas estratégicos ponível em http://dab.saude.gov.br/docs/publicacoes/
cadernos_ab/abcad24.pdf [acesso em 08 novembro
planos e abordagens terapêuti- com pais, estudantes e professo- 2014].
cas em comum com os profissio- res das escolas, nos vários ciclos Caracterização da pergunta
nais das eSF, de acordo com as do Ensino Fundamental1: Categoria da Evidência: D
Profissional solicitante: Farmacêutico
necessidades evidenciadas pela • 1º ciclo (6 aos 9 anos): saú- Descritores DeCS: Atenção Primária à Saúde, Saúde
equipe; de bucal, promoção da saúde da Família
Descritores ICPC2: A62
• Realizar com as eSF discus- fonoaudiológica, problemas de Teleconsultor: Equipe Telessaúde SC.
sões e condutas terapêuticas in- aprendizagem e desenvolvi-
tegrativas e complementares; mento, acompanhamento va-
• Estimular e acompanhar as cinal, doenças comuns da in-
Parabéns!
Os profissionais da equipe de Saúde da
Família de Presidente Castello Branco
foram os que mais participaram dos ser-
viços do Telessaúde no último ano! A
equipe foi premiada, juntamente com os
municípios de Vargem Bonita (2º lugar) e
São Miguel da Boa Vista (3º), no dia 20/11,
em Florianópolis. A participação foi con-
tabilizada a partir do número de telecon-
sultorias realizadas de setembro de 2014
até setembro de 2015. Na próxima edição
do Telessaúde Informa, você conhecerá
como os serviços do Telessaúde ajudam
a potencializar e qualificar o trabalho da
equipe de saúde de Presidente Castello
Branco. Parabéns a esses profissionais
que se esforçam para promover um aten-
dimento com cada vez mais qualidade!
Publicação
Abrasco lança nova revista “Ensaios e Diálogos em Saúde Coletiva”
Diante dos dilemas contemporâneos brasileiros, que envolvem crise de
representatividade, concentração de riqueza, entre outros, a Associação Brasileira
de Saúde Coletiva lança uma nova revista intitulada “Ensaios e Diálogos em
Saúde Coletiva”. A proposta da publicação é estimular um engajamento reflexivo,
pois acreditam que essa seja a única saída para superarmos o momento. Um
espaço para ser ocupado por pesquisadores, por profissionais de saúde e por
todas as pessoas preocupadas com a saúde e com outras áreas, que promovam
reflexões e colaborações para repensar o papel da Saúde Coletiva no atual
contexto brasileiro. Nesta primeira edição, confira entrevistas com Guilherme
Werneck e Arthur Chioro, além de contribuições de peso, como Luis Eugenio
Souza, Tatiana Vargas, Maria Lúcia Werneck e outros grandes nomes. Leia aqui!
02 03
Como ter acesso aos dados do Interface Atenção Básica e
PMAQ Vigilância Epidemiológica
no Processo de
DEZEMBRO Investigação da Dengue DEZEMBRO
09 10
PMAQ 3º Ciclo: Fase 2: Saúde e Educação: uma
Certificação e Eixo Estratégico perspectiva de integração
Transversal de Desenvolvimento a partir da AB pelos
DEZEMBRO programas PNAE e PSE DEZEMBRO
16 17
Panorama e perspectivas da A confirmar
dengue, febre de chikungunya
e febre do zika vírus em Santa
DEZEMBRO Catarina. DEZEMBRO
Expediente: Jornalista Responsável: Thaine Machado Texto, redação, diagramação e edição: Thaine
Machado Reportagem fotográfica: José Djalma da Silva Júnior e Thaine Machado Teleconsultorias:
Thaís Titon de Souza Design e iIustração: Vanessa de Luca Orientação: Josimari Telino de Lacerda,
Luana Gabriele Nilson, Luíse Lüdke Dolny e Thaís Titon de Souza Revisão: Bárbara Telino, Gabriela
Bankhardt, Josimari Telino de Lacerda, Juliana Casagrande, Luana Gabriele Nilson, Luíse Lüdke Dolny,
Thaine Machado e Thaís Titon de Souza.