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Turma: ___________________________
Disciplina: História II
Professor: Cosme Ferreira Marques Neto
Questão proposta
Escrito em 1896, o conto Um posto avançado do progresso, de Joseph
Conrad, lançando mão de refinada ironia, faz duras críticas à política
neocolonialista europeia em terras africanas. Os personagens centrais da trama,
Kayerts e Carlier, funcionários da Companhia de Comércio, trabalham em um
entreposto – provavelmente situado no Congo – que não passa de um arremedo
das instituições metropolitanas. Além do mais, não reconhecem a alteridade
dos povos autóctones com quem mantêm contato, isto é, são verdadeiros
“peixes fora d’água”, que não se apercebem, de fato, do que se passa ao seu
redor. Por fim, “perdem” seus referenciais culturais e, cada vez mais imersos
em “trevas”, são capazes de perpetrar os atos mais bárbaros, contradizendo a
“missão civilizadora” para a qual supunham ter sido “eleitos”. Em suma, o
autor polonês enxerga a conquista da África pelos europeus como uma genuína
tragicomédia.
Sabendo disso, discorram, com suas próprias palavras, a respeito da
visão conradiana acerca do Neocolonialismo no continente africano, tendo o
cuidado de citar e analisar passagens do conto para reforçar sua resposta.
Lembrem-se: é necessário proceder à contextualização histórica do período em
questão, o que requer o domínio dos temas Do tempo da natureza ao tempo da
fábrica e Imperialismo: fragmentação da produção e do espaço (vide os textos
complementares). Agora, mãos à obra!
Grade de Correção