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ESCOLA ESTADUAL CORONEL PEDRO CÂMARA CMPM VIII

BIOLOGIA

QUALIDADE AMBIENTAL DE IGARAPÉS DA CIDADE DE MANAUS,


AMAZONAS, BRASIL

MANAUS- AM
2023
ESCOLA ESTADUAL CORONEL PEDRO CÂMARA CMPM VIII
BIOLOGIA

Evelyn Cristhinny Lima Borges dos Santos


Fabiana de Nonato Corrêa
Flávia Caroline Barbosa de Souza
Julia Agnes Leite da Silva
Kamylle Oliveira da Rocha
Lara Fabian Lima dos Santos
Luana Yhasmin Guedes Duarte

QUALIDADE AMBIENTAL DE IGARAPÉS DA CIDADE DE MANAUS,


AMAZONAS, BRASIL

Relatório apresentado ao professor


João Queiroz, professor da disciplina
Biologia, como parte das atividades do
2° bimestre de 2023.

MANAUS- AM
2023
INTRODUÇÃO

A presente pesquisa expõe os dados obtidos a partir da aplicação do Protocolo de


Avaliação Rápida (PAR) para verificação da qualidade ambiental em três igarapés da cidade
de Manaus. Em meados do século XIX, dá agora metrópole, os problemas com os diversos
igarapés que cortavam a cidade tornaram-se mais evidentes, medidas e desmedidas
mostraram-se ineficazes e refletem-se até os dias atuais: carência de infraestrutura,
saneamento básico e projetos sistemáticos. O desígnio é demonstrar de maneira acessível e
clara os principais pontos referentes, inferindo suas problemáticas, razões e consequências.
MATERIAL E MÉTODOS

A seguinte pesquisa possui caráter quantitativo, próprio do método PAR. Realiza-se


um trabalho de campo e posteriormente são analisados os dados obtidos através da somatória
do PAR, enquadrando-se na classificação de uma pesquisa descritiva.

Para verificar a qualidade ambiental dos igarapés da cidade de Manaus, foi utilizado o
Protocolo de Avaliação Rápida, o PAR (Tabela 1).
Foram escolhidos três pontos distintos para a aplicação do PAR. Dois pontos estão
localizados ao longo de um mesmo igarapé (igarapé do Franco) e um no igarapé Quarenta.
Localizados no bairro do Santo Antônio e Armando Mendes, respectivamente. Os pontos um
e dois são banhados pela bacia do São Raimundo e o ponto três pela bacia Colônia Antônio
Aleixo. Dados coletados no mês de maio.

As coordenadas foram obtidas a partir do aplicativo Google Earth, disponível nas lojas
de aplicativo oficiais Android e IOS, na versão 9.180.0.1.

Figura 1: Igarapé do Franco, Bacia Hidrográfica do São Raimundo

Google Earth (2023)


Figura 2: Santo Antônio, Bacia Hidrográfica do São Raimundo

Google Earth (2023)

Figura 3: Bairro Armando Mendes, Bacia Colônia Antônio Aleixo

Google Earth (2023)


As análises foram feitas por integrantes diferentes em cada ponto, isoladamente, no
primeiro momento foram realizadas anotações-referência de determinados aspectos e,
posteriormente, uma análise geral das características retratadas nos registros fotográficos.
Houve consenso em totalidade.
RESULTADOS

Os resultados obtidos com a aplicação do PAR revelaram que os pontos analisados


classificam-se em alterados e impactados, este resultado é condizente com o que foi
observado (Tabela 1).

Tabela 1- Resultados e níveis de perturbação obtidos após aplicação do PAR na Bacia


Hidrográfica do São Raimundo e na Bacia Colônia Antônio Aleixo, Manaus, Amazonas

Nível de
Curso Ponto Local Coordenadas PAR
perturbação
Av.Brasil: Igarapé 3°06'50.6"S
1 32 Alterado
do Franco 60°02'25.9"W
Avenida
Presidente Dutra: 3°06'58.8"S
Médio 2 22 Impactado
Igarapé Santo 60°02'02.7"W
curso Antônio
Bairro Armando
3 Mendes: Igarapé 3°05'40''S 25 Alterado
do Quarenta 59°56′23″W

Fonte: Os autores, 2023.

Ponto 1 - Avenida Brasil

O primeiro ponto analisado no igarapé do Franco, localiza-se na Avenida Brasil, no


bairro Santo Antônio. O ponto 1 se encontra com a água relativamente turva, impossibilitando
a visualização do fundo, logo a composição de seu solo não pôde ser examinada com
precisão.
As margens apresentam matas ciliares que impedem o assoreamento dessa área,
impossibilitando, em outras palavras, o deslizamento das margens do igarapé, nota-se o índice
baixo-moderado de lixo jogado pelos pedestres e canalização de esgoto direcionada ao
córrego.
Odor moderado de decomposição, mesmo estado para oleosidade. Não foram
identificadas espécies animais ou habitações humanas construídas diretamente sobre as
margens do igarapé. Identifica-se também a presença de algumas árvores poucos metros
acima da margem, possivelmente parte de um projeto de arborização.

Figura 1:
A) Av. Brasil: Igarapé do Franco, Manaus/Amazonas, B) Presença de lixo nas margens.

Fonte: Os autores, 2023.

Ponto 2 - Avenida Presidente Dutra

O segundo ponto analisado, também no igarapé do Franco, localiza-se na Avenida


Presidente Dutra, no bairro Santo Antônio. O ponto 2 se encontra com a água, de forma
semelhante ao ponto 1, relativamente turva, impossibilitando a visualização do fundo, logo a
composição de seu solo não pôde ser examinada com precisão.
As margens apresentam matas ciliares que dificultam o assoreamento dessa área.
Sobre o leito percebe-se alguns resíduos em grande parte provenientes do descarte inadequado
por parte da população local. Destaque para o meio de locomoção (canoa).
Odor moderado de decomposição, mesmo estado para oleosidade. Não foram
identificadas espécies animais. Pressupõe-se que o nível de água no mês de maio não seja tão
alto, uma vez que as casas, construídas sobre palafitas, ainda se encontram longe da água.

Figura 2:
A) Avenida Presidente Dutra: igarapé do Franco, Manaus/Amazonas, B) Presença de lixo nas margens.

Fonte: Os autores, 2023.

Ponto 3 - Comunidade da Sharp

O terceiro ponto analisado localiza-se no Igarapé do Quarenta, na Comunidade da


Sharp, bairro Armando Mendes. O ponto 3 se encontra com a água totalmente turva, apesar da
aparência lamacenta, pressupõe-se que a composição de seu solo seja predominantemente de
lama e outros sedimentos, suas margens têm a mesma constituição. Não apresenta matas
ciliares ou plantas aquáticas, somente mata rasteira, o índice moderado-elevado de lixo jogado
pelos moradores e canalização de esgoto direcionado às águas.
Odor moderado de decomposição, oleosidade igualmente moderada. Não foram
identificadas espécies animais. Presença de habitações humanas ao redor, acima das margens.

Figura 3:
A) Bairro Armando Mendes: Igarapé do Quarenta, Manaus/Amazonas, B) Moradias

Fonte: Os autores, 2023.


CONCLUSÃO

Observamos situações que não são tão inéditas para a população manauara; A
condição precária desses igarapés se dá tanto pela irresponsabilidade de cidadãos no descarte
inapropriado de materiais, quanto das organizações encarregadas pela limpeza desses pontos.
Através de imagens e características coletadas em campo, para conseguir dados pelo
método simples porém eficaz denominado PAR, nossa equipe buscou retratar essa realidade
de forma fácil e didática. Graças a esses componentes foi possível notar a água opaca e
oleosa; incontáveis resíduos de lixo; a pouca vida aquática, entre outros fatores prejudiciais
para o meio ambiente e a vivência humana. Mas para evitar que esse tipo de caso se agrave
ainda mais, recomenda-se que, primeiramente, nossa sociedade seja conscientizada da
importância da preservação desses locais, o descarte adequado e melhorias no saneamento
destes também deve ser considerada prioridade para o tratamento dos igarapés.
REFERÊNCIAS

RADTKE, L. Protocolos de avaliação rápida: uma ferramenta de avaliação participativa


dos cursos d'água urbanos. Dissertação de mestrado (Mestrado em Engenharia Civil) -
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
AMBIENTAL, Saneamento Ambiental, da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande
do Sul, p. 88. 215.

SOUZA DE MACENA, L. S. COSTA, R. C. A CIDADE COMO ESPAÇO DO RISCO:


ESTUDO EM BACIAS HIDROGRÁFICAS DE MANAUS, AMAZONAS – BR.
REVISTA GEONORTE, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 318–330, 2012. Disponível em:
https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/1829. Acesso
em: 24 maio. 2023.

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