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Conteúdo:
Aluminossilicatos
Carbonatos
Adsorção de íons
Capacidade de troca de cátions
Solos halomórficos
Aluminossilicatos
Encontrados em minerais primários e secundários, formados de Al e Si
Fase mineral em equilíbrio com a solução: todos os minerais contribuem com a
estabilidade
Aluminossilicatos sem substituição isomórfica: dependem da atividade de Al, atividade
de Si e pH
Relação entre o Al trocável e o H+
(Al3+) em solução é igual a (Al3+) no complexo de troca, que é igual a (H +) em solução.
A relação entre Al e H é basicamente estável no solo, o valor varia, mas a proporção
não.
Al3+trocável + 3 H+ ↔ 3H+trocável + Al3+
3+ 3+
( Al ) troc ( Al ) sol
+ 3
= + 3
(H ) troc (H ) sol
3+ 3+
log ( Al ) troc log ( Al )sol
+
= +
3log ( H ) troc 3log (H )sol
3+
log ( Al ) troc 3+
+
= log ( Al )sol + 3pH
3log ( H ) troc
Equação albita baixa: log (Al3+) + 3pH = 5,74 – pH – 3log (H4SiO40) – como o H4SiO40
tem o coeficiente maior (3), ele é que apresentam maior contribuição na estabilidade da
albita baixa. Para resolver a equação é necessário fixar um valor de pH e calcular com a
variação de H4SiO40, porém é importante lembrar que a linha de estabilidade vai subir
ou descer conforme o pH for alterado.
Aluminossilicatos de potássio:
Muscovita é o mineral mais estável, mesmo com K 0 alto, a relação Si:Al é 1:1, necessita
de 10 H+ para solubilizar, e, em relação aos demais, é hidratado (OH)2.
(K+) = 10-3 mol L-1
Aluminossilicatos de cálcio:
(Ca2+) = 10-2,5 mol L-1 – é um valor médio, que não considera os solos tropicais. Se
considerasse, seria mais baixo.
A leonardita e a lawsonita caem no campo da caulinita quando se considera pH = 7, mas
as atividades mudam muito com a variação do pH, que se for diminuído, a linha sobe,
tornando-se menos estável que a caulinita.
O Na e o Ca não possuem ligações com os minerais secundários, com tendência a serem
lixiviados, e predominância de caulinita.
Aluminossilicatos de magnésio:
A construção do gráfico é da mesma forma como todos os outros são feitos. A diferença
aqui é que se usa a junção da atividade de Al com pH para a construção do gráfico,
devido à proporcionalidade entre eles. As atividades de cada elemento estão escritas em
cada tópico, para serem substituídas na equação. Determina-se um valor de pH para ser
fixo e variar os valores de H4SiO40, porém é importante representar a variação de 1
unidade para cima e para baixo do pH. Alguns minerais variarão mais ou menos a
estabilidade com essa variação.
A interpretação geral é: quem está por baixo, é mais estável, e essa estabilidade vai
depender da atividade de H4SiO40 no meio e do valor de pH observado.
Carbonatos
Estão em equilíbrio com o CO2 atmosférico. Pressão parcial de CO2: equilíbrio dos
carbonatos, atividade do Ca
CO2 + H2O ↔ H2CO3 (ácido carbônico – fraco, tende a dissociar)
H2CO3 ↔ H+ + HCO3- (mesmo sendo fraco, ainda abaixa um pouco o pH)
Calcário (CaCO3) – correção de acidez
Ca2+ é um dos principais formadores de carbonatos
Calcita (formada em baixa pressão) e aragonita (alta pressão) (CaCO3), Dolomita
(Mg.Ca(CO3)2), Magnesita MgCO3.
Carbonato de cálcio tem maior facilidade de reagir com ambientes ácidos.
Siderita (FeCO3) – solos hidromórficos (Fe2+): consumo de prótons, eleva o pH.
Sistema CO2 – H2O: CO2 (apolar) dissolvido em água – parcialmente hidratado
CO2(g) + H2O ↔ H2CO30 log K0 = -1,46
log (H2CO30) = -1,46 + log (CO2)
pCO2 = 0,00038 atm = 380 ppm
log (H2CO30) = -1,46 + log (0,00038)
log (H2CO30) = -4,88
A atividade de H2CO30 na solução, em equilíbrio com o CO2 atmosférico ≈ 10-5 mol L-1
pré-industrial: 300 ppm (-4,98 mol L-1); atual: 500 ppm (-4,76 mol L-1) (aumento da
atividade do ácido carbônico)
Dissociação do H2CO3
H2CO30 ↔ H+ + HCO3- log K0 = -6,36
-
log(HC O 3 )
0
= pH-6,36
log( H 2 CO 3 )
As atividades do ácido carbônico não dissociado e do ânion bicarbonato são iguais a pH
6,36; ou seja, log (HCO3-)/(H2CO30) = 0. Cada aumento de uma unidade no pH promove
um aumento de dez vezes na relação log (HCO3-)/(H2CO30), ou seja, a atividade do
ânion bicarbonato aumenta dez vezes em relação ao ácido não dissociado.
HCO3 em função da pressão parcial de CO2
CO2(g) + H2O ↔ H2CO30 log K0 = -1,46
H2CO30 ↔ H+ + HCO3- log K0 = -6,36
CO2(g) + H2O ↔ H+ + HCO3- log K0 = -7,82
log (HCO3-) = -7,82 +pH + log (CO2)
O cruzamento entre as linhas de H2CO30 e HCO3-, independente de 300 ou 500 ppm,
continua no valor de pH 6,36, pois faz menção à constante de dissociação do ácido.
Dissociação do ânion bicarbonato:
HCO3- ↔ H+ + CO32- log K0 = -10,33
log(C O32- )
= pH-10,33
log(HC O3- )
Carbonato em função da pressão parcial de CO2
CO2(g) + H2O ↔ H+ + HCO3- log K0 = -7,82
HCO3- ↔ H+ + CO32- log K0 = -10,33
CO2(g) + H2O ↔ 2H+ + CO32- log K0 = -18,15
log (CO32-) = -18,15 + 2pH + log (CO2)
Com o aumento da pressão parcial de CO 2, as linhas deslocam-se para cima e com o
decréscimo para baixo, mas os valores de pH das intersecções permanecem imutáveis.
Estes valores de pH correspondem aos pK's das reações de dissociação do ácido
carbônico, onde as atividades de ambas as formas são iguais, sendo respectivamente
6,36 e 10,33. Isto significa que, independentemente da pressão parcial de CO 2, as
atividades dos ânions carbonato e bicarbonato em solução aumentam com o pH, e a
atividade do H2CO30 não dissociado permanece constante a um valor dado pela pressão
parcial de CO2. A forma indissociada predomina até pH. 6,36 e, a partir de então, o
ânion bicarbonato passa a ser a espécie predominante. O ânion carbonato só será
predominante a partir de pH 10,33.
O Ca no solo, até certo ponto, é controlado pelo Ca trocável. Acima de pH 8,2, entra o
campo da calcita (precipitação de CaCO3 com Ca em solução).
Aumentando a pressão parcial de CO2, o valor de pH para a o qual o Ca trocável ainda
controlaria o Ca do solo cai para próximo de 7,5.
Em solos muito intemperizados a MO contribui bastante para a ASE, seja pelos coloides
orgânicos ou pelo recobrimento de argilominerais, sendo importante para a densidade de
cargas pois estes solos possuem muitos componentes de baixa ASE, como caulinita.
São dois tipos de cargas presentes nos solos:
1. Carga Permanente
São intrínsecas às partículas dos minerais pois são estruturais, formadas pelas
substituições isomórficas na estrutura (quando um cátion é substituído por outro de
menor valência) e não dependem do pH do solo, ou seja, se manifestam em qualquer
pH.
As substituições produzem cargas significativas em argilas 2:1, como esmectita e
vermiculita, e poucos minerais primários, como micas de tamanho muito pequeno.
*Argilas silicatadas do tipo 2:1 possuem cargas predominantemente negativas.
De modo geral, as cargas permanentes são negativas porque as substituições ocorrem
por um elemento de menor valência, levando ao déficit carga positiva e manifestação da
carga negativa.
Quando acontece a substituição (as mais comuns são Si 4+ por Al3+ na lâmina tetraédrica
e Al3+ por Mg2+ na octaédrica) há um desequilíbrio de cargas gerando um excedente de
carga negativa na estrutura e ela será balanceada por um cátion (carga positiva)
adsorvida pela superfície da argila.
Quando a substituição ocorre na lâmina octaédrica o déficit de carga é transmitido para
os oxigênios apicais compartilhados com os tetraedros que distribuem a deficiência
pelos oxigênios basais das superfícies siloxanas. Quando a substituição ocorre na lâmina
tetraédrica o déficit se distribui apenas nos três oxigênios basais do tetraedro, e neste
caso o campo elétrico formado fica mais próximo a superfície, tornando-o mais
concentrado e intenso, tendendo a formar ligações mais fortes e estáveis
Em argilas do tipo 1:1, como a caulinita, a quantidade de cargas negativas geradas dessa
forma é muito maior que em argilas 2:1, como a montmorilonita. Isso se deve a maior
substituição isomórfica e a uma menor relação área de borda/área basal nas argilas 2:1
(possuem menor área de borda – a montmorilonita por exemplo, se expande e aumenta-
se a área basal).
Argilas 2:1 apresentam, em geral, 10 % de suas cargas como variáveis, quanto que as
argilas 1:1 admite-se a totalidade de cargas varia com o pH da solução do solo.
Sítios de troca bloqueados
A manifestação dessas cargas deve-se a argilas 2:1 com hidroxi entre camadas (VHE).
A presença de “ilhas” de hidroxi-AL entre as camadas 2:1 bloqueia cargas negativas da
vermiculita; com aumento do pH cargas positivas são neutralizadas e as cargas
negativas se manifestam, aumentando a carga negativa efetiva (não pelo número de
cargas, mas pela liberação de cargas que estavam bloqueadas, logo não ocorre
necessariamente geração de carga).
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+++ “ilhas de hidroxi-Al
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Bordas dos óxidos de Fe e Al
Ocorre na hematita (Fe2O3), goethita (FeOOH)e gibbsita (Al(OH)3).
Óxidos apresentam carga reversível nas bordas (interface sólido/líquido). Possuem
superfície hidroxilada que pode gerar cargas positivas ou negativas de acordo com o pH.
Potencial Zeta
É o potencial no plano de ruptura da DCD
O Plano de ruptura está a uma distância fixa da superfície
A espessura da DCD afeta o valor do potencial zeta
Adsorção
Processo no qual uma substância é acumulada na interface entre fases. Em um sistema
sólido-líquido, é a remoção de solutos da solução e sua acumulação na superfície do
sólido. Ocorre quando a substância a ser adsorvida é atraída à superfície do adsorvente.
Solos Halomórficos
1. Termo geral para solos afetados por sais (solos salinos e sódicos)
2. São solos desenvolvidos em condições imperfeitas de drenagem, caracterizados pela
presença de sai solúveis, sódio trocável ou ambos, em horizontes ou camadas próximas
a superfície.
Evapotrasnpiração
Acúmulo
de sais