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Organiz
DIRETORIA
Prof. Dr. Alexandre Martins Joca (Presidente)
Profª Drª. Elzanir dos Santos (Vice-Presidente)
Prof. Me. Willyan Ramon de Souza Pacheco (Secretária)
Anna Catarine Amaral – Graduanda (Suplente de Secretário)
Profª Me. Francicleide Cesário de Oliveira (Tesoureira)
Alzira Bruceleide Alves Dias – Graduanda (Suplente de Tesoureira)
A compilação de responsabilidade assumida pelos autores foi validada pelo processo de revisão fechada
por pares, ou seja, os manuscritos científicos passaram pelo crivo avaliativo do CONSELHO EDITORIAL,
constituído pelos profissionais que fizeram parte do CONSELHO CIENTÍFICO e convidados, a fim de
garantir a credibilidade da produção, já que a AINPGP, por seu comprometimento com os conteúdos da
ciência, toma por preceito ético o atendimento das normas para publicação determinadas pela CAPES.
O r g a n i z a d o r e s
Alexandre Martins Joca
Marcelo Vieira Pustilnik
Tânia Serra Azul Machado Bezerra
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CAJAZEIRAS/2022
Projeto Gráfico e Capa
Carlos Alberto A. Dantas
Transcrições
Tatiane Alves de Lima
Dedico uma canção, um coco, um ponto, uma louvação. Está “caindo fulô” como
tuas ideias rebeldes que inspiram a tantas pessoas na educação, melhor dizendo, nas
educações de quais ninguém pode escapar.
“Lá do céu cá, na terra...” pois na terra, nos terreiros, quilombos, territórios
indígenas e assentamentos a pesquisa, inquieta, em um temor-apreço pelo saber
científico que não se perca da energia, da vida, em nome de uma rigorosidade de
modelos únicos e rígidos da prática científica que se negue a energia vital, as histórias.
Ouvimos um “cantar” de tantos lugares, tessituras com fios de tantas cores, saberes
que traduziram o que os corpos-territórios gingavam, dançavam e cantavam: que a
escola pode e deve “aspirar a ser livre e inovadora”. Sua escrita-andarilha nos convida
à criatividade, à teimosia histórica e democrática em um esperançar permanente.
Movimento que tem o diálogo como matriz que acolher e entende o silêncio como
movimento necessário.
Dedicar estes escritos é reafirmar os compromissos apresentados por ti à nossa
semeadura neste mundo: promover partilha, emancipação e autonomia. A você que
sempre estimou a liberdade, tantas escolas, sejam ruas, lutas e assim, nos inspira a
ousar “fertilizando o inusitado” e criar mundos outros, numa audaciosa alegria. Que
estes escritos reafirmem, a educação que cria entre sujeitos, política, direitos, mais que
habilidades, crie conectividades.
Porque sim, “Lá do céu cá na terra, ê tá caindo fulô”.
CADERNOS DA AINPGP
APRESENTAÇÃO PRESENTACIÓN
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CONFERÊNCIA 1
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INE DE MOR AES A CIÊNCIA COMO
FRONTEIRA PARA
A RESISTÊNCIA
DEMOCRÁTICA
Carlos Rodrigues Brandão — Possui graduação em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(1965), mestrado em antropologia pela Universidade de Brasília (1974) e doutorado em ciências sociais pela Universi-
dade de São Paulo (1980). Atualmente é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professor visitante senior da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU). Tem experiência na área de antropologia, com ênfase em antropologia rural, atuando principalmente nos
seguintes temas: cultura, educação popular, campo religioso, religião e educação. Coordena atualmente dois proje-
tos de pesquisa nos sertões do Norte de Minas. É Comendador do Mérito Científico pelo MCT, Doutor Honoris Causa
pela Universidade Federal de Goiás, Professor Emérito da Universidade Federal de Uberlândia.
Raquel Carine de Moraes Martins — Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Possui graduação em Pedagogia (UFC) e graduação em Ciências Sociais Bacharelado pela Universidade Estadual do
Ceará (UECE). Atualmente atua como professora temporária da Universidade Estadual do Ceará (UECE) no Curso
de pedagogia e professora efetiva da Rede Municipal de Fortaleza. É professora-colaboradora do Fórum de EJA
do Ceará. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em educação popular, educação do campo, formação
docente, educação de jovens e adultos e culturas juvenis; pesquisa educacional, didática e Sociologia da educação. É
educadora-voluntária do Instituto Povo do Mar (IPOM) em Fortaleza.
JOS I VA
É C A R L O S D E PA
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
NA FRONTEIRA DA
RESISTÊNCIA CULTURAL
José Carlos de Paiva — Nascido no Porto em 1950. Professor Emérito da Universidade do Porto, Professor Jubila-
do da Faculdade de Belas Artes. Doutor em ‘Pintura’, Mestre em ‘Arte Multimédia’ e Licenciado em ‘Artes Plásticas
– Pintura’ pela Universidade do Porto — Faculdade de Belas Artes. Investigador Integrado do i2ADS (Instituto de
Investigação em Arte, Design e Sociedade), pertencendo à sua Direcção. Coordena a plataforma de investigação
‘Interculturalidade e Sociedade’ e o ‘IDENTIDADES_Colectivo de Acção e Investigação’ (ID_CAI). Percurso múltiplo
por vários caminhos, aparentemente dispersos, mas relacionados por uma atitude transversal de intervenção crí-
tica. Forte envolvimento em acções interculturais, descoloniais e de índole artístico e cultural com comunidades no
Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal.
(…) Os que permanecem e acenam, não O título que escolhi para esta minha
sabem.
Paul Celan, Em Viagem, (1952)
fala, é Educação Artística na fronteira
da resistência cultural e a partir dele
Deste outro lado do mar onde eu estou, tentarei não me fechar no campo da
deste corpo e da voz cansada, gostaria de Educação Artística onde habito, mas me
apresentar meus comprimentos à organi- alargar para o amplo campo da Educa-
zação do Fórum, saudando a Associação ção, tentando me aproximar do tema es-
Internacional de Pesquisa na Gradua- colhido para este XII FIPED, que é “A ci-
ção em Pedagogia, pela sua persistência ência como fronteira para a resistência
na promoção destes importantes eventos, democrática”.
me desculpando por terem de me escutar Apresento a densidade da inquie-
neste meu português tão singular. tação que me perturba neste tempo em
Me permitam que eu faça um agrade- que vivemos, tempo esquizofrénico onde
cimento público e especial à professora o neoliberalismo global invade a intimi-
Edite Colares amiga de longas caminha- dade de cada um, de todos e de tudo, com
das e que teve a coragem de me convidar seus dispositivos sedutores e alienantes,
para esta conferência. amordaçando as culturas e nos aprisio-
Corpo ferrugen-
to pelas marcas que
cada um, de todos e de ca contra o neolibera-
lismo global, enten-
sobre ele foram co- tudo, com seus dispositivos do que a cultura e as
locadas, intranquilo práticas educativas,
perante os espectá- sedutores e alienantes. podem permitir ex-
culos de ostentação e periências relacio-
as narrativas de alie- nais produtoras de
nação, teimoso, num significado, permitin-
esforço de desobedi- do e fomentando um
ência agonística e militante optimista de ativismo democrático, inscrito de modo
práticas instigantes. cúmplice com as lutas anti-discrimina-
Corpo que se reconhece com a sua tórias, anti-racistas e anti-coloniais.
ideologia anti-discriminatória, anti-ra- Portanto, estou de acordo com o que
cista e anti-colonial, mas que também o FIPED afirma ao proclamar “A ciên-
se reconhece como permeável aos dis- cia como fronteira para a resistên-
cursos e às narrativas hegemónicas, cia democrática.” ao que acrescento a
instaladas por todo o lado, de modos os- EDUCAÇÃO ARTÍSTICA na fronteira
tensivos e dissimulados, subliminares e da RESISTÊNCIA CULTURAL, no sen-
sedutores, sempre nua defesa escondida tido que entendo a Educação Artística
dos gananciosos e insaciáveis apetites como área poderosa e inentiva para uma
do mundo financeiro e dos interesses EDUCAÇÂO de Resistênca, Cultural e
dos grandes grupos económicos. Democrática.
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A RIA S A BI N O D A PEDAGOGIA NA
FRONTEIRA DAS DISPUTAS
NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
Isabel Maria Sabino de Farias — Professora Associada da Universidade Estadual do Ceará (UECE), vinculada ao
Centro de Educação (CED) e ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Pedagoga (UECE). Doutora em
Educação Brasileira (UFC), com Estágio Pós-doutoral pela Universidade de Brasília (UNB) na área de currículo e
avaliação. Líder do grupo de pesquisa Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS/CNPq). Pesquisadora vincu-
lada ao Grupo de Trabalho (GT 8) Formação de Professores da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação (ANPEd). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2. E-mail: isabel.sabino@uece.br. ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-1799-0963.
DESAFIOS DA PESQUISA
E DA FORMAÇÃO EM
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S AN PEDAGOGIA NO BRASIL:
MÉL R IO
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PERSPECTIVAS DA
REDE NACIONAL DE
PESQUISADORAS/ES EM
PEDAGOGIA – REPPED
Maria Amélia do Rosário Santoro — Graduada em Pedagogia e Pós-Graduada Especialista em Administração Escolar
pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). Especialista em Psicologia da Educação e Mestre
em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Doutora em Educação pela Universidade
de São Paulo (USP). Pós-Doutora em Pedagogia e Prática Docente pela Universidade de Paris VIII (UP-VIII) e Univer-
sidade Federal de Sergipe (UFS). Pesquisadora 2 CNPQ, desde 2007. Atua como Professora Titular e Pesquisadora do
Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Suas pesquisas estão
inseridas nos seguintes temas: Pedagogias Críticas/pedagogias emancipatórias; Pesquisa-Ação, Práticas Pedagógi-
cas, Formação de Professores e Didática Crítica. Autora de vasta produção bibliográfica, publicou mais de 40 artigos
em periódicos e cerca de 12 livros. Orientou 47 dissertações de mestrado e 7 teses de doutorado.
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PALESTRA 1
JU D OR
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N G AR CÍ A L A BRA
LOS VALORES EN
LA CIENCIA Y SUS
IMPLICACIONES POLÍTICAS
Julián García Labrador — Profesor de Filosofía en la Facultad de Ciencias Jurídicas y Sociales de la Universidad Rey
Juan Carlos, España. Es Doctor en Filosofía por la Universidad Complutense. Desarrolla su trabajo de campo con las
comunidades Siekopaai de la Amazonía ecuatoriana. Su trabajo se centra en el giro ontológico y ha publicado varios
textos sobre las relaciones entre la fenomenología y la antropología social y cultural. Contacto: Departamento de
Ciencias de la Educación, Lenguaje, Cultura y Artes, Ciencias Histórico- Jurídicas y Humanísticas y Lenguas Moder-
nas. Universidad Rey Juan Carlos, Calle de los Artilleros, s/n. 28032 – Vicálvaro – Madrid, España.
E-mail para contato: julian.labrador@urjc.es Orcid: http://orcid.org/0000-0001-7663-9562
Buenos días, muchas gracias a los decir que esa actividad es una ciencia?
organizadores, especialmente a Daniel Pero a partir de la década de los 60, las
Valerio. Voy hacer la presentación en es- preguntas que nos hacemos en la ciencia
pañol y lo voy hacer lo más despacio que cambiaron, entonces nos preguntamos
pueda para que se pueda comprender. El por el objetivo de la actividad científica,
tema son los valores en la ciencia y sus por el progreso de la ciencia, por la ra-
implicaciones políticas. Haré un acer- cionalidad de las ciencias y vamos a en-
camiento desde la filosofía de la ciencia, contrar una concepción no estándar que
para después establecer el alcance que es la de Kuhn, Feyerabend y otros. Am-
tiene en la política. Vamos preguntarnos bos contextos, ambas formas de enten-
acerca de a qué nos referimos con cien- der lo que es la ciencia van admitir valo-
cia, antes de 1960, en a) las escuelas del res en la ciencia, pero desde un punto de
positivismo lógico y b) Karl Popper junto vista distinto, porque las preguntas que
con sus discípulos: ¿cuáles eran las pre- se hacen son diferentes.
guntas que se hacían en la ciencia?, ¿cuál Hay una postura clásica u ortodoxa
es la estructura de la ciencia?, ¿cuál es que siempre se suele escuchar y es la
el contenido? y, sobre todo, ¿cuál es el que afirma que la ciencia es neutra en
método de la ciencia para que podamos cuanto a los valores, es decir, se suele
María Lourdes: una palestra muy Longino, H. 1998. “Values and Objec-
relevante, precisamos asegurar políti- tivity”. En Mc Curd and J. Cover (eds.)
cas que posibiliten el fortalecimiento de Philosophy of Science. The central Is-
la ciencia. sues. (pp. 170-191) Nueva York: W. Nor-
ton & Co.
REFERENCIAS
Popper, K. 1963. Conjectures and Refuta-
Carnap, R. 1966. Philosophical founda- tions. The Growth of Scientific Knowled-
tions of physics: An introduction to the ge. Londres: Routledge.
MA
RÍA IA GA LA EDUCACIÓN DE
DE L A LUZ ARR
AMÉRICA LATINA EN EL
CONTEXTO DEL CAPITAL:
EXPERIENCIAS DE MÉXICO
Y BRASIL
María de la Luz Arriaga — Profesora de la Universidad Nacional Autónoma de México.
en marzo de 2021 y publicada el 21 de abril de 2021, salario igual”, hoy está rota esa garantía.
en el Diario Oficial de la Federación, La Ley General
de Educación Superior.
En las Universidades, tenemos trabajo
AN AL
NA C AR
A TAR I N E A M
TRAJETÓRIA, INSERÇÃO
ACADÊMICA E A
IMPORTÂNCIA DO PIBID NA
FORMAÇÃO DOCENTE
Anna Catarine Amaral — É graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará, Centro de Edu-
cação/UECE. Bacharel em Ciências Náuticas pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, Centro de
Instrução Braz de Aguiar (2007). Participou como bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Do-
cência (PIBID), financiado pela CAPES, no período de 2018 a 2020. Atualmente é bolsista do Programa Residência
Pedagógica, subprojeto de pedagogia/alfabetização/CED/UECE, subsidiado pela CAPES (2020 – 2022).
isso.
a prática, se eu res que contribuem
para a constru-
saberia lidar com
ção do ser humano
as crianças, se se- como membro de
ria uma profissio- uma determinada
nal competente, quais seriam minhas afi- sociedade, e os processos e meios dessa
nidades, mas a gente vai descobrindo isso formação. Os resultados obtidos des-
sa investigação servem de orientação
no próprio desenvolver do curso. As disci-
da educativa, determinam princípios e
plinas do curso vão nos dando uma noção formas de atuação, ou seja, dão uma di-
e vamos perpassando pelas disciplinas de reção de sentido à atividade de educar.
fundamentos da educação infantil, psico- (Libâneo, 2010, p. 33).
logia do desenvolvimento, alfabetização e
letramento etc. Estou citando essas por- Trouxe essa foto de um dos momen-
que foram as que mais gostei. Aí, a gente tos do PIBID, durante o governo Temer,
vai se afunilando, se descobrindo e dimi- quando nós sofremos ataques e fomos
nuindo a nossa insegurança. para a rua para resistir, para poder com-
Uma outra questão muito importante bater esse ataque. Nós precisamos lutar
é a necessidade de valorizarmos a Peda- por esses programas, o PIBID e a resi-
FE LA
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AND
A D O R O CIO PO
INDAGAÇÕES DISCENTES
SOBRE A PRODUÇÃO
DO CONHECIMENTO NA
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Fernanda do Rocio Portela — Estuda Letras-Português na Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Atualmente é
professora no curso de língua portuguesa e cultura brasileira para imigrantes e refugiados na Bibli-ASPA, pelo
programa de bolsas “Aprendendo na comunidade” da USP. Realiza pesquisa de Iniciação Científica, sob o título “Re-
presentação de refugiadas e refugiados nas literaturas do Sul Global”. Foi bolsista do Programa Unificado de Bolsas
(PUB) e pesquisa no projeto “Configurações da dimensão política no discurso materializado em dissertações e teses
de Educação Ambiental”.
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LO
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AP N
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GÉ D O NA SC IME
APRENDIZAGEM DISCENTE
EM PESQUISA NA
GRADUAÇÃO
Laryssa Pinagé do Nascimento Lopes — Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE),
atualmente é bolsista do Programa Residência Pedagógica.
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ETH
C A R L A VA SCO
RESISTÊNCIAS EM TEMPOS
DE CERCEAMENTO
DAS LIBERDADES
DEMOCRÁTICAS
Elizabeth Carla Vasconcelos — Graduada em Enfermagem, Mestra em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem
da UERJ, Doutora em Enfermagem pela EEAN/UFRJ. Professora Associada IV do Departamento Interdisciplinar de
Rio das Ostras/UFF. Atualmente é Diretora do ANDES-SN.
Bom dia a todos, todas e todes que es- Encontro Nacional de Educação (ENE),
tão aqui participando do XII Fórum Inter- que aconteceu em Brasília, e lá, se pen-
nacional de Pedagogia! Bom dia, Raquel sou na construção de uma Frente Na-
Brandão, Roberto, Dediane, que está nos cional que pudesse agrupar um gru-
ajudando! Bom dia, muito especial à com- po político de entidades, movimentos
panheira Raquel Dias; para mim, um dos sociais, sindicatos que pudesse estar
maiores exemplos da luta em defesa da à frente desse enfrentamento. Essa
educação pública! Me sinto muito feliz de Frente foi formada por centrais sin-
ela ter me convidado para estar aqui nes- dicais, sindicatos, partidos políticos,
sa mesa para trazer um pouco, depois da mandatos parlamentares, movimen-
fala brilhante, tanto dela como da Raquel tos sociais, estudantis, populares na
Brandão, para vocês um movimento que perspectiva da defesa da liberdade de
foi construído, movimento de muita re- expressão e de opinião nos estabele-
sistência, que foi a criação, a construção cimentos de ensino e contra qualquer
da Frente Nacional Escola sem Mordaça. forma de opressão. Ela é crida no ENE
Vou trazer um pouco do contexto histó- e vai se fortalecendo, e um dos objeti-
rico, do trabalho, da importância dessa vos era acompanhar todos os ataques e
Frente para barrar os muitos dos ataques os projetos de lei que estavam cada vez
ligados à Escola sem Partido. surgindo mais para impor esse projeto
A gente constituiu a Frente Nacio- de uma escola sem partido, uma escola,
nal Escola sem Mordaça, em 2016, no II na verdade, com mordaça.
EBLIN FA R A G E
APONTAMENTOS SOBRE O
PROJETO DO CAPITAL PARA
A EDUCAÇÃO NO BRASIL
Eblin Farage — Assistente Social, mestre em Serviço Social pelo PPGSS-UFRJ, doutora em Serviço Social pelo PPGSS
da UERJ, atualmente é professora associada da Escola de Serviço Social da UFF, membro do Programa de Pós-Gra-
duação em Serviço Social e Desenvolvimento Regional da UFF, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas
sobre Favelas e Espaços Populares (NEPFE), ex-presidente do ANDES-SN (gestão 2016-2018) e ex-secretária geral do
ANDES-SN (gestão 2018-2020).
EL ND RA PROFESSORES(AS) E
ARA B
ÚJO M O N T EIR O
RESISTÊNCIAS EM TEMPOS
DE CERCEAMENTO
DAS LIBERDADES
DEMOCRÁTICAS
Raquel Araújo Monteiro Brandão — Professora de Sociologia da rede estadual do Ceará. Doutoranda e mestre em
Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
civil-militar, nazis-
mo, racismo, o poder
trabalho docente. outrora pelos golpes
de poder para deto-
do Estado, a própria nar a escola publica
conjuntura política, a de gestão publica,
questão sanitária da Covid-19, as ques- eles reavivam o marxismo cultural, da
tões econômicas, a gente está com uma década de 1930, da Intentona Comunista,
inflação enorme, o retorno às atividades e depois, também, da ditadura civil-mili-
com segurança sanitária, justamente tar, da década de 1960, isso gera um pâ-
porque nessa época de pandemia acu- nico horrível, juntamente com a “ideolo-
saram de desocupados, de que eles não gia de gênero”.
querem retornar às suas atividades sim- Para não apontar os déficits reais e a
plesmente porque não querem. Então, as falta de investimento causados por eles
consequências dessa criminalização do mesmos, digo, legisladores do Brasil, tan-
trabalho docente são o adoecimento do to nos âmbitos federal, estaduais, muni-
corpo, do psicológico dos professores, cipais, resolvem culpabilizar os docentes
há professores que relatam ansiedade, pelos resultados escolares pífios, é um
depressão, síndrome do pânico e muito estratagema que cai como uma luva em
medo. Resulta também em desconto de um país, cuja desvalorização profissional
salário e em questões administrativas, da categoria é estratosférica e histórica.
Bom dia a todos, todas e todes! Pri- tados da sua pesquisa; a companheira
meiramente, quero saudar as pessoas Beth, companheira de militância no Sin-
que estão nos assistindo, acompanhan- dicato Nacional – ANDES-SN (Sindicato
do o XII Fórum Internacional de Pedago- dos Docentes das Instituições de Ensi-
gia – FIPED e as pessoas que possibilita- no Superior), com a qual tive a alegria
ram que este evento esteja acontecendo de compartilhar uma gestão e também
e que constituem a Associação Inter- de acompanhar a Frente Nacional Esco-
nacional de Pesquisa na Graduação de la sem Mordaça enquanto estivemos na
Pedagogia – AINPGP, os companheiros gestão do ANDES-SN; e também o cama-
e companheiras que deram a batalha rada Roberto, um querido, camarada de
para que este evento esteja acontecen- luta, e Dediane, que está nos auxiliando,
do. Em segundo lugar, quero saudar, muito obrigada!
especialmente, as camaradas que estão No ano passado, participei do FIPED
compondo essa mesa comigo, a minha de Salamanca e estávamos vivendo uma
xará, Raquel Araújo, professora da rede situação muito difícil, um contexto avas-
pública, doutoranda em educação, que salador de avanço da Covid, uma situa-
está pesquisando também esse tema no ção muito assustadora de adoecimento
doutorado, vai defender sua tese ainda físico e mental, avanço do bolsonarismo
esse mês e vai compartilhar conosco um e da extrema-direita e, agora, um ano
pouco do trabalho que vem pesquisan- depois, pois, o FIPED foi em outubro, es-
do, já vai adiantar uma parte dos resul- tamos aqui novamente, no FIPED, para
ARAUJO, Raquel Dias. A literatura sobre o CONTI, Mariana; PIOLLI, Evaldo. O mo-
Escola sem Partido e os temas principais: vimento Escola sem Partido e o “cemi-
um estado da arte. Revista Dialectus. Ano tério dos vivos”: a proposição da lei e a
10, n. 23, maio – agosto, 2021, p. 279-306. resistência em Campinas. In: BATISTA,
Disponível em: http://www.periodicos.ufc. Eraldo Leme; ORSO, Paulino José; LUCE-
br/dialectus/article/view/71861/197307. NA, Carlos (Org.). Escola sem Partido ou
Acesso em: 18/02/2022. escola da mordaça e do partido único
a serviço do capital. Uberlândia: Nave-
BRASIL. Câmara dos Deputados. PL Nº gando Publicações, 2019.
7180/2014. Altera o art. 3º da Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996. (Programa FONTES, Virgínia. Formação dos traba-
Escola Sem Partido). 2014. Disponível lhadores e luta de classes. Trabalho Ne-
em: http://www.camara.gov.br/proposi- cessário, Ano 14, Nº 25/2016. Disponível
coesWeb/fichadetramitacao?idProposi- em: http://periodicos.uff.br/trabalhone-
cao=606722 Acesso em: 18/02/2022. cessario/article/view/9618 Acesso em:
18/02/2022.
BRASIL. Câmara dos Deputados. PL Nº
867/2015. Inclui, entre as diretrizes e FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Escola
bases da educação nacional, o “Progra- sem Partido: esfinge que ameaça a edu-
ma Escola sem Partido”. 2015. Disponível cação e a sociedade brasileira. Rio de
em: https://www.camara.leg.br/propo- Janeiro: UERJ/LPP, 2017. Disponível em:
sicoesWeb/fichadetramitacao?idPropo- https://www.academia.edu/37628475/
sicao=1050668 Acesso em: 18/02/2022. E S C O L A _ S E M _ PA R T I D O _ E s f i n -
ge_que_amea%C3%A7a_a_educa%-
BRASIL DE FATO. Enquanto fome C3%A7%C3%A3o_e_a_sociedade_
avança, número de bilionários cres- brasileira Acesso em: 18/02/2022.
ce no Brasil, e seu patrimônio dobra.
06/04/2021. Disponível em: https:// FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Educação
www.brasildefato.com.br/2021/04/06/ democrática: antídoto a o Escola sem
enquanto-fome-avanca-numero-de-bi- Partido. Rio de Janeiro: UERJ/LPP, 2018.
CRI HO
S T I A NE M A R I N
A INATUAL ATUALIDADE
E A CLAREZA DO
ESCURO EM TEMPOS DE
NEOCONSERVADORISMO
Cristiane Marinho — Professora Permanente de Filosofia no Mestrado Acadêmico em Serviço Social – MASS/UECE;
Doutora em Educação – UFC; Doutora em Filosofia – UFG; Estágio de Pós-Doutorado em Filosofia da Educação – FE/
UNICAMP; Mestra em Filosofia – UFMG/UFPB; Especialista em Economia Política – UECE; Graduada em Filosofia –
FAFIFOR. E-mail: cmarinho2004@gmail.com
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EPISTEMOLOGIA QUALITATIVA
COMO SUPORTE METODOLÓGICO
PARA A PESQUISA EM EDUCAÇÃO
Keutre Gláudia da Conceição Soares Bezerra — Doutora em Letras, professora permanente do Departamento de
Educação, do Campus Avançado de Pau dos Ferros/UERN; coordenadora de área do PIBID/Alfabetização/CAPF;
líder do grupo de pesquisa GEPPE e coordenadora do Programa BALE e do NDE do Curso de Pedagogia; docente
permanente do PPGE/UERN. Atua nas áreas de Contação de histórias, formação do leitor e alfabetização.
GONZÁLEZ REY, Fernando Luiz. O valor GONZÁLEZ REY, Fernando Luis; MIT-
heurístico da subjetividade na investiga- JÁNS MARTÍNEZ, Albertina. Subjetivi-
ção psicológica. In: GONZÁLEZ REY, Fer- dade: teoria, epistemologia e método.
nando Luiz. (org.). Subjetividade, Com- Campinas-SP: Editora Alínea, 2017.
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A CONTEMPORANEIDADE DAS
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DISCUSSÕES SOBRE EDUCAÇÃO
EM PAULO FREIRE E BELL
HOOKS: POR UMA CONSTRUÇÃO
DE UMA PEDAGOGIA ENGAJADA1
Roberta Liana Damasceno Costa — Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UERJ. Mestra e
Graduada em Filosofia pela UFC. MBA em Gestão de IES – FVJ. Professora Temporária do Curso de Filosofia – UVA.
E-mail: roberta_liana@uvanet.br ou robertafilos@gmail.com
Meu diálogo com vocês e com meus de um outro tempo, um novo tempo. Por
companheiros de mesa é buscar expli- isso, antes de falar sobre o contexto de
citar a potência da pedagogia engajada uma pedagogia engajada, preciso abrir
de bell hooks como proposta de supe- um momento para expor a ideia do novo
ração de uma educação tradicional, por e do velho em Paulo Freire e quem sabe
ser essa pedagogia vista por princípios assim compreender a contemporanei-
antissexista, anticlassista e antirracis- dade do seu pensamento, por entender
ta e por produzir a revolução de valores ser um pensar que nos coloca a enfren-
em vista de uma emancipação humana. tar o tempo.
Não poderia deixar de unir a essa pro- Na Pedagogia da Autonomia
posta de educação emancipadora de bell (1996/2019), Freire nos chama à discus-
hooks as ideias da perspectiva de uma são sobre o risco, a aceitação do novo e
educação como prática de liberdade de as rejeições a qualquer forma de discri-
Paulo Freire, uma vez que esses pensa- minação. E temos aí abertura para pen-
dores-educadores, no conjunto de suas sar o tempo, mas pensar o sentido das
ideias elaboradas e a apropriadas como coisas. Freire (1996/2019, p. 36) diz “é
chaves de leitura e reflexão, nos permi- próprio do pensar certo a disponibilida-
tem ver o momento presente e mobilizar de ao risco, a aceitação do novo que não
a criação de utopias – utopias aqui deve pode ser negado ou acolhido só porque é
ser entendido como momentos que rea-
lizamos de deslocamento do nosso tem- 1 Texto da fala realizada na Mesa-Redonda sob o título:
po para vislumbrar ações na construção Filosofia, Educação e Gênero na Contemporaneidade.
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CONVERSAS SOBRE
METODOLOGIAS PEDAGÓGICAS
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UM OLHAR SOBRE A PEDAGOGIA
COMUNITÁRIA E A EDUCAÇÃO
POPULAR
Maria Isabel Silva Bezerra Linhares – Gradua em Serviço Social (Universidade Estadual do Ceará – UECE) e For-
mação Especial Pedagógica (Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA). Mestrado em Gestão Pública (UVA) e
Doutorado em Sociologia, pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Atualmente vinculada ao o Programa de Pós Doutorado em Estudos Culturais do Programa Avançado em Cultura
Contemporânea (PACC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizando estágio pós-doutoral, vin-
culada a área de pesquisa Modos de Ser na Cidade: diversidade cultural, relações de poder, políticas de identidade,
novas tecnologias e expressões do imaginário. É bolsista de produtividade em pesquisa, estímulo à interiorização
e à inovação tecnológica – BPI (Edital 02/2020) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – FUNCAP. Desde 2002, é professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Atualmente, faço
parte do quadro permanente de Professores/Orientadores do Programa de Mestrado Profissional de Sociologia em
Rede Nacional (PROFSOCIO-UVA).
Nadja Rinelle Oliveira de Almeida – Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA). Doutora e Mestre em educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora do Curso de Pedagogia
da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Pesquisadora o Laboratório Trabalho, Educação, Gênero e Subjeti-
vidades (LATEGS-UVA)
Nosso cordial bom dia a todos(as/es) faz necessário construir saberes e com-
aqui presentes no XII Fórum Internacio- partilhar novos conhecimentos, consi-
nal de Pedagogia! Agradecemos a honra derando a ciência como fronteira para
em poder compartilhar um debate tão a resistência democrática, conforme
importante sobre as contribuições da anuncia o tema do XII FIPED.
pedagogia freireana nas experiências Compartilhamos nessa Mesa algu-
educacionais contemporâneas, espe- mas contribuições de experiências com
cialmente nesse momento, no qual se discentes do curso de Pedagogia, da
eles, em comunhão,
reflitam, entendam e
para a construção de forma DE PAULA, Lucimara
desmascarem a rea-
lidade que os cercam
horizontal. Cristina. Contribui-
ções da dialogicidade
através de conteúdos em Paulo Freire às
humanizantes e não dominantes. pesquisas e propostas sobre a formação
Em uma educação onde o mundo de educadores. Cadernos de Pesquisa:
passa a ser o mediatizador e não os con- pensamento educacional. Curitiba. v.
teúdos possuídos pelo educador, não há 12. n. 30. p. 57-73. Jan/abr. 2017.
espaço para a verticalidade, para a doa-
ção de saberes, mas para a construção FRANCO, J. B.; LOUREIRO, C. F. B. Aspec-
de forma horizontal, onde os atores são tos Teóricos e Metodológicos do Círculo
tanto educadores como educandos, que de Cultura: uma possibilidade pedagó-
devem buscar o conhecimento em co- gica e dialógica em educação ambiental.
munhão, de forma dialógica, onde um Ambiente & Educação, [S. l.], v. 17,
sempre aprende com o outro. n. 1, p. 11–27, 2012. Disponível em: https://
FREIRE, P. Professora sim, tia não: car- LIMA, Aparecida. Educação Comuni-
tas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho tária. Disponível em: https://siteanti-
d’água, 1997. go.portaleducacao.com.br/conteudo/
artigos/educacao/educacaocomunita-
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: ria/53129#. Acesso em: 18 de julho de 2021.
saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1997. OLINDA, Ercília Maria Braga, PINTO,
Elismária Catarina Barros. O Círculo
GADOTTI, Moacir. Educação popular, Reflexivo Biográfico na Pesquisa com
educação social, educação comunitária: Jovens da Periferia de Maracanaú-CE.
conceitos e práticas diversas, cimenta- Revista @mbienteeducação. São Paulo:
das por uma causa comum. Revista Di- Universidade Cidade de São Paulo, v.12,
álogos: pesquisa em extensão univer- n.2, p. 263-286 maio/ago 2019.
sitária. IV Congresso Internacional de
Pedagogia Social: domínio epistemológi- PETRUS, Antonio. Pedagogia Social.
co. Brasília. 2012. p. 10-32. Barcelona: Ariel, 1997.
SABERES/CONHECIMENTOS E
ENSINO MÉDIO NA FORMAÇÃO
DA JUVENTUDE: DIÁLOGOS EM
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TORNO DAS EPISTEMOLOGIAS
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Maria do Socorro Vasconcelos Pereira – Docente e
coordenadora da rede pública de Educação Bási-
ca, coordenadora de Planejamento e Formação da
SEMEC Abaetetuba, membro do GEPESEED/UFPA.
E-mail: vasconcelosmariadosocorro67@gmail.com.
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Este texto é produto do debate esta-
belecido sob a forma de mesa redonda
no XII Fórum Internacional de Pedago-
gia – XII FIPED, cujo objetivo é realizar o
registro e ampliar o acesso ao conheci-
mento produzido e socializado nas ati-
vidades, publicados sob a forma de “Ca-
dernos da AINPGP”.
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VA O conjunto de reflexões que consti-
A B A R R OS DA
tuem este material é resultado das pes-
quisas produzidas pelos estudos sobre
os conceitos de Estado, educação e políti-
cas educacionais voltadas para o Ensino
Afonso Welliton de Sousa Nascimento – Prof. Dr. da Médio, que abriga parte da compreensão
Universidade Federal do Pará-Campus de Abaete-
tuba, coordenador do Grupo de Estudo, Pesquisa e teórica, articulada com as legislações
Extensão, Sociedade, Estado, Educação: ênfase nos nacional, estadual e municipais, pla-
governos municipais e educação do campo- GEPE-
SEED. E-mail: afonsows27@gmail.com. nos, projetos e programas de governos
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BIBLIOTECÁRIO ESCOLAR:
MEMÓRIA E IDENTIDADE
Maria Eridan da Silva Santos – Professora aposentada pelo Estado do Rio grande do Norte na Educação Básica:
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (1997), especialização em
educação na área de formação de professor pela Universidade do Estado do Rio grande do Norte, especialista em
linguagens e educação na área de educação de Jovens e Adultos pela UNP e mestrado em Educação pela Universi-
dade do Estado do Rio Grande do Norte (2016). Dotoura pelo PPGL/ DINTER/ UERN/IFPE.
Maria Lúcia Pessoa Sampaio – Docente do Departamento de Educação (DE), da Universidade do Estado do Rio Gran-
de do Norte (UERN); pesquisadora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGE) e colaboradora
do Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL); atuando na Secretaria de Estado da Administração
(SEAD) na Assessora Técnica da Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales.
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MEMÓRIAS DE PROFESSORAS
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APOSENTADAS: TRAJETÓRIAS
DO DESENVOLVIMENTO DA
DOCÊNCIA LEIGA
Francicleide Cesário de Oliveira – Professora Adjunto II da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN,
lotada no Departamento de Educação, do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia, em Pau
dos Ferros/RN. Doutoranda do Programa Pós-Graduação em Letras/PPGL da UERN. Mestra em Educação pelo Pro-
grama de Pós-Graduação em Educação/POSEDUC da UERN; Especialista em Educação, na área de Formação do
Educador (2007) e Graduada em Pedagogia (2003) pelo CAMEAM/UERN. Pesquisadora Institucional e Vice-líder do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Planejamento do Processo Ensino-aprendizagem/GEPPE/UERN.
Maria Lúcia Pessoa Sampaio – Docente do Departamento de Educação (DE), da Universidade do Estado do Rio Gran-
de do Norte (UERN); pesquisadora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGE) e colaboradora
do Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL); atuando na Secretaria de Estado da Administração
(SEAD) na Assessora Técnica da Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales.
Bom dia a todos. Quero agradecer a sa história que talvez não seja senão a
presença de todos, todas e todes os par- repetição de outras histórias, possamos
ticipantes, e dizer que é um prazer estar adivinhar algo daquilo do que somos”.
aqui com a minha sempre orientadora, Eu trago essa reflexão, por que ela me
a professora Dra. Maria Lúcia Pessoa provoca uma inquietação. Eu sou filha da
Sampaio e as minhas colegas de traba- UERN, nessa instituição, fiz duas gradu-
lho/mesa e parceiras de pesquisa, todas ações, fiz especialização, fiz mestrado, o
nós somos apaixonadas pela temática da doutorado, e pretendo fazer, para cul-
memória. minar essa história com chave de ouro,
Então, a minha tese se intitula “No o pós-doutorado na UERN também, se
Tear do Tempo: tecer memórias, recon- Deus quiser.
tar histórias de professores aposenta- Então essa história dessas professo-
dos do curso de pedagogia da UERN de ras também faz parte da minha história,
Pau dos Ferros”. Esse trabalho é meu em essas professoras aposentadas, essas
parceria com a professora Maria Lúcia, “recordadoras” da minha pesquisa, elas
e eu quero abrir a minha fala trazendo também fazem parte da minha história,
uma reflexão do Larossa (2006, p. 21). Ele e eu trago a metáfora do tecer, da trama,
diz assim: “[…] talvez nessa história em da linha, para esse relato sobre a memó-
que o homem se narra a si mesmo, nes- ria dessas professoras, porque a trama
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A EDUCAÇÃO COMO
FERRAMENTA NOS COMBATES
AO NEGACIONISMO
Dorgival Gonçalves Fernandes – Possui Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (1988), Mes-
trado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (1997), Doutorado em Educação pela Universidade Federal
de São Carlos (2003). Realizou Estágio de Pós-Doutorado em Educação na Universidade de São Paulo (2015). Atual-
mente é professor associado IV da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Cajazeiras. Tem experi-
ência na área de Educação, com ênfase no ensino de Filosofia da Educação, História da Educação e Teorias da Edu-
cação, Educação de Jovens e Adultos e Educação Popular. Pesquisa na área de Educação Escolar com enfoque nos
seguintes temas: Filosofia da diferença e Educação; Juventude e Escola, Formação e Atuação Docente, com enfoque
teórico centrado no pensamento de Michel Foucault . É líder do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em
Educação, Linguagem e Práticas sociais – GIEPELPS/UFCG.
PERSPECTIVAS DE
ELZ OS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS
AN IR D O S S ANT
SOBRE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO
EM TEMPOS DE PANDEMIA:
ANÚNCIOS DE UMA PEDAGOGIA
DA INDAGAÇÃO?
Elzanir dos Santos – Graduada em Pedagogia, com mestrado e Doutorado em Educação Brasileira pela Universi-
dade Federal do Ceará. Atualmente é Professora Associada do Departamento de Metodologias da Educação/Cen-
tro de Educação da Universidade Federal da Paraíba. É vice-lider do grupo Currículo, Formação de Professores e
Pesquisa (Auto)Biográfica. Desenvolve pesquisas no campo de Formação de Professores, com ênfase em Pesqui-
sa (Auto) Biográfica, atuando principalmente nas seguintes áreas: Didática, Avaliação da Aprendizagem e Estágio
Supervisionado.
vimos o fortalecimento
dependerá de inú- vando o quão importan-
tes são as Universidades
meros fatores, den-
Públicas e Institutos Fe-
tre eles a capacidade
de a escola, a Univer-
de concepções derais no enfrentamento
das crises sociais.” (Profº
sidade, a ciência, o/a
professor/a reorien-
fundamentalistas, Anderson/UFAL)
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(IN)FORMAÇÃO, CONHECIMENTO
E UNIVERSIDADE EM
CONTEXTOS DE ASCENSÃO DO
NEGACIONAISMO CIENTÍFICO
Alexandre Martins Joca — Professor adjunto da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG (Câmpus de Ca-
jazeiras). Graduado em Letras (2000) e em Pedagogia (2016); Mestre (2008) e Doutor em Educação Brasileira (2013)
pela UFC. É professor colaborador do Programa de Pós-graduação PROFLETRAS (UFCG – Campus de Cajazeiras,
nas disciplinas: Linguagem, práticas sociais e ensino; Ensino e texto). Atua principalmente nos seguintes temas:
Direitos Humanos, Gênero e diversidade sexual, juventudes, questões étnico-raciais, arte e educação, educação se-
xual escolarizada e pesquisa educacional. É presidente da Associação Internacional de Pesquisa na Graduação em
Pedagogia (AINGPG), realizadora dos Fóruns Internacionais de Pedagogia – FIPED.
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T E V I CE N T E D
Bom dia! Primeiro quero agradecer importante a democracia que tem uma
este momento tão importante que é com- relação direta com o tema que estamos
por um espaço apenas com mulheres, discutindo aqui. Porque estamos falando
todas mulheres negras que discutem sobre ferramentas metodológicas e pre-
diferentes temáticas. Companheiras de cisamos compreender como funcionam
caminhada, de espaços diferentes, mas, essas ferramentas metodológicas para
que se cruzam, assim como se cruzam as articular as pesquisas.
histórias de diversas mulheres negras. Eu, enquanto, mulher negra, que es-
Então, primeiro celebrar este momento tou na Universidade e faço parte deste
e, em segundo lugar, dar um bom dia a espaço da academia, tenho que lem-
todos, todas e todes que acompanham brar que antes de fazer parte deste lo-
este debate, que estão participando. É cal, faço parte de um movimento social
uma alegria sabermos que é possível en- que compõem as trincheiras de luta do
contrar um espaço como é este. nosso país e do mundo, como é o movi-
Neste ano, o FIPED – Fórum Interna- mento negro, o movimento de mulheres
cional de Pedagogia que tem como tema negras na luta por direitos, por direitos
‘A ciência como fronteira para a resis- básicos. Por direito a uma cidadania,
tência democrática’, traz como tema tão por direitos na sua totalidade e que, por
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VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO
AMBIENTE ESCOLAR
Zilmara Alves da Silva — Pós-graduação em Neuroeducação pelo Centro Universitário Christus e graduação em Pe-
dagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Sergipe.
Militante e Ativista em Direitos Humanos, atuando principalmente na área da infância, adolescência e j uventudes.
Bom dia a todos que estão nos assis- a gente percebe esse crescimento da vio-
tindo. É uma alegria, um prazer enorme lência, principalmente, quando se fala da
estar aqui e compartilhar um pouco so- violência nas escolas se retrata na maio-
bre essa temática de violência, principal- ria das vezes ao público juvenil.
mente, nesse contexto de violência nas Nas grandes capitais do país, a gen-
escolas. A proposta inicial é apresentar te vê os vídeos nas redes e mídias sendo
um pouco do conceito de violência, aju- pulverizados e trazendo esse retrato da
dar a cada ouvinte, a cada participante, a violência escolar muito vinculada ao pú-
ter uma noção de todo o desenrolar des- blico juvenil. Então, esse sentimento de
sa mesa que estará acontecendo. insegurança da questão da violência ele
Falar de violência é sempre uma te- vem permeando nossas vidas cotidia-
mática interessante porque é um contex- namente. E isso tem instigado os nossos
to que estamos inseridos e vivenciando pesquisadores, os nossos estudantes a
diariamente. Violência faz parte do nos- estarem buscando compreender por que
so cotidiano, infelizmente. Nós somos a violência é um fenômeno que precisa
absorvidos por esse universo, vimos e ser compreendido, como é que começa
ouvimos sobre a violência todos os dias, tudo isso.
seja na televisão, seja nas ruas por onde Atualmente, 63% dos brasileiros
a gente passa, seja no nosso cotidiano, a acreditam que a violência nessas suas
gente vai sendo informados e mergulha- multifaces é o maior risco para a saúde
dos nesse universo. Então, diariamente, pessoal e 58% se sentem menos seguros
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AR OU zados, violência que ainda hoje acontece
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APA ZA e é legitimada. Então, na minha fala eu
R E C I DA D E S O U
trago um pouco dos conceitos de Han-
nah Arendt, porque eu a considero uma
das teóricas que mais se aprofundou so-
bre a temática.
Também discutirei o conceito de gê-
nero e procurando trazer um pouco da
Maria Aparecida de Souza Couto — Assistente So-
cial (universidade católica de Salvador), licenciada
compreensão sobre educação em geral e
em educação física, mestre e doutora em educação educação escolar, buscando questionar:
(universidade federal de Sergipe); professora da rede
pública estadual e atua como docente em curso de li- O que a violência e as relações de gênero
cenciatura em pedagogia da rede privada de ensino. têm a ver com a escola? Qual o meu papel
na condição de educador/a, ao perceber
Bom dia a todas as pessoas que nos situações de violência na escola? A minha
assistem. De início, preciso agradecer a atitude é de normatizar como algo banal,
todos que compactuaram para que esse como parte do cotidiano ou lanço um
evento viesse a termo, em especial, a Zil- olhar de estranhamento e adoto atitudes
mara, ao Guilherme, a Adriana e a pro- que me levam a promover mudanças.
fessor Maria Helena Santana Cruz, men- Neste sentido, compactuo com Han-
tora deste encontro. nah Arendt que “[...] é surpreendente que
Importante ressaltar que, na condi- a violência tenha sido raramente esco-
ção de professora do curso de pedago- lhida como objeto de consideração espe-
gia, nós nos deparamos frequentemente cial. [...] Isto indica o quanto a violência e
com um currículo esvaziado e distante de sua arbitrariedade foram consideradas
temáticas contemporâneas como as que corriqueiras e, portanto, desconsidera-
discutiremos hoje. Portanto, parabéns à das, ninguém questiona ou examina o
organização do evento por trazer esta que é óbvio para todos” (ARENDT, 1994, p.
mesa com as intersecções sobre violên- 16). Nos atendo a essa primeira parte da
cia e as relações de gênero nas escolas, frase, é como nós estamos hoje, nós esta-
espero que tenhamos uma boa vivência mos num caldo de violência tão denso, os
aqui hoje, um bom compartilhamento de indicadores do Mapa da Violência já nos
ideias. dizem que somos mais de 62 mil pesso-
Neste sentido, tentarei dialogar com as vítimas da violência que leva a termo,
a Zilmara; ela fez uma brilhante apre- que leva à morte, são mais de 62 milhões
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R E C I DA D E S O U
A ANTROPOLOGIA E A
EDUCAÇÃO: TENSÕES,
INTERSECÇÕES E DIÁLOGOS1
Ivana de Oliveira Gomes e Silva — Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2003) e mes-
trado em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (2009), Doutora em Geografia pela UNESP- Presidente
Prudente (2013-2017) Realiza pesquisa em Geografia do Trabalho. Atualmente é pesquisadora colaboradora da Uni-
versidade Federal do Pará, pesquisadora da Universidade Federal do Pará e professor adjunto da Universidade Fe-
deral do Pará. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Prática de Ensino, atuando principalmente nos
seguintes temas: educação, educação e sociedade, antropologia, pesquisa em geografia do trabalho e teoria crítica.
O presente texto é fruto de apresen- zar o que nos une no campo das Ciências
tação e debates, oferecidos na Mesa Re- Humanas, dada a proximidade inques-
donda “Fundamentos para a educação e tionável entre educar e refletir acerca da
resistência: Filosofia, Antropologia, His- humanidade e da cultura, na perspectiva
tória e Psicologia em perspectiva, no de- do bem viver.
correr da programação do XII FIPED”. A Conceitualmente, a Antropologia se
exposição oral envolveu comunicações refere ao mundo da cultura, se fazen-
de pesquisas interdisciplinares que ana- do presente em todas as esferas do fa-
lisam a Educação na relação com Dinâ- zer humano, inclusive, na educação. No
micas Territoriais, Memória, Cultura, contexto das divisões das grandes áreas
Identidades e Resistências. científicas, a Antropologia faz parte das
A interface dos estudos das autoras Ciências Humanas, ao lado da Filosofia,
e autores presentes na mesa redonda, Educação, História, Geografia, Psicolo-
envolve os campos da Antropologia, Fi- gia, entre outras. Antropologia, do grego
losofia, História, Psicologia e Geogra- ἄνθρωπος, anthropos, “ser humano”; e λόγος,
fia, articuladas ao campo da Educação, logos, “razão”, “pensamento”, “discurso”,
especificamente ao âmbito do curso de
1 Fundamentos para a Educação e Resistência: Filo-
Pedagogia. Nossa apresentação no XII sofia, História, Antropologia e Psicologia em pers-
FIPED se colocou no sentido de enfati- pectiva. https://streamyard.com/rw3c7ksgck
PA U LV A
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO:
OUTROS SUJEITOS, OUTRAS
HISTÓRIAS E RESISTÊNCIAS
Marcia Pires Saraiva — Graduada em História pela Universidade Federal do Pará (2000) e Mestrado em Planejamen-
to do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazonicos NAEA- UFPA. Docente na Universidade Federal do
Pará – UFPA campus de Altamira e coordena projetos de pesquisa e extensão voltados para a temática indígena da
região e coordena o Grupo de estudo História, Índios e Desenvolvimento- GEHIND.
a cultura e o co-
história. saberes) em diferentes
sujeitos ( a criança, a mu-
tidiano escolares, lher, o negro, o indígena,
a organização e o aluno, o professor, os
o funcionamento interno das escolas, dirigentes escolares), de diferentes fon-
a construção do conhecimento escolar, tes documentais (imprensa, periódicos,
o currículo e as disciplinas, os agentes relatórios, oficiais, correspondências,
educacionais (professores, professoras, manuais escolares, inventários, livros
mas também os alunos, alunas), a im- de leituras, imagens...) em diferentes
prensa pedagógicos, os livros didáticos abordagens teóricos-conceituais.
etc.
A nova História, ela vai abrir um
E, fundamentalmente, revisitando campo de possibilidades investigativas
temas com novos olhares e novas ques- passando a explorar outros tipos de do-
tões. A História da Educação se preocu- cumentos: a cultura material da escola
pava com a normatividade, com o que como a lousa, os cadernos escolares, os
deve ser, que era o conjunto das normas livros, os uniformes, os moveis, a mobí-
legais ou administrativas que regulavam lia tudo isso são documentos que falam
o campo educacional. Deste modo, sob sobre a identidade da escola. Katiene
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S S A S I LV A M E
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CID A CA R N EIR
A FORMAÇÃO SENSÍVEL
DA INFÂNCIA: RELATOS DA
PANDEMIA
Iany Bessa Silva Menezes — *Doutoranda em Educação(UFC). Mestre em Educação (UECE). Licenciada em Pedago-
gia; Especialista em Arte Educação, Psicopedagogia; Tecnologia da Educação. Habilitada em Gestão Educacional;
Educação Infantil; Vídeo Aulas e Mediação em Ambientes Virtuais Aprendizagem. Profa. da Educação presencial e à
distância e Formadora do Curso de Pedagogia UAB/SATE/UECE.
Aparecida Carneiro Pires — Mestre em Educação (UFU); Dra em Educação (UFBA); Pós doutoramento em Educação
(UFRGS).
PEDR EZ
O G O N Z ÁL
— Bom dia a todos! Bom dia, Marcelo! mento, estou aposentado, mas conti-
Bom dia, Tânia! Bom dia, Laryssa! Bom nuo implicado, de diferentes maneiras,
dia ao público que está participando. em diversos projetos da universidade,
— Uma palavra de reconhecimento e quando os colegas brasileiros se lem-
e agradecimento ao Marcelo e à Tânia bram de mim, aceito com muito agrado
pelo convite a participar neste even- os desafios feitos neste âmbito.
to. Eu sou um dos antigos participantes O tema que tratamos nesta mesa é
do FIPED, já desde o primeiro, de 2008. candente e urgentemente atual: A For-
Logo a seguir, organizamos em Portu- mação Inicial de Professores.
gal, em 2009, o primeiro FIPED fora do O meu grande investimento durante
Brasil. Em Portugal, dissemos que fomos toda a minha vida profissional tem sido
evoluindo e organizamos na sequência na formação de professores. Nesta linha
do FIPED, um evento mais abrangente, queria focar a minha intervenção em três
quanto ao público participante, ao qual grandes aspetos. Três grandes pergun-
denominamos JOvens INvestigadores, tas, não sei se chego a responder, mas
JOIN, que teve seguimento no Brasil e aproveitamos o momento para questio-
espero que continue. É, de alguma ma- narmos e refletirmos em conjunto:
neira, um filho brasileiro, ou um retorno — Os professores formados na univer-
às origens desta proposta de iniciação à sidade marcam a diferença nas escolas?
investigação. — O aproveitamento dos alunos me-
— Nos últimos 20 anos, fui docente lhorou com a chegada de professores
na Universidade dos Açores. Neste mo- formados nas universidades?
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DEBATES E CONTRIBUIÇÕES
Este
caderno reúne discus-
sões realizadas no XII Fórum Interna-
cional de Pedagogia – XII FIPED que trouxe como
tema “A educação como fronteira à resistência demo-
crática”. É o registro de conferências e palestras, realizadas na
modalidade online, por professoras, professores e estudantes brasi-
leiros, portugueses, mexicanos e espanhóis. As conferências e palestras
que o compõem trazem em comum a historicidade em torno da educação
e da democracia sob ameaças neofascistas, em especial, do contexto bra-
sileiro. Os textos trazem reflexões sobre uma diversidade de subtemas que
tomam a educação, a pedagogia, a pesquisa e a democracia como campo de
tensões socioeducacionais. Aqui, encontramos relatos de estudantes gra-
duandas e graduandos, a compartilharem suas primeiras experiências
científicas e falas de experientes e/ou jovens professoras e professores,
pesquisadoras e pesquisadores nas quais elaboram análises contex-
tuais e propõem alternativas de resistências e lutas no campo da
pesquisa e da educação.
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