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Existem já muito poucas economias como esta. Por exemplo, a China, o epítome de um
regime centralmente planificado, já começa a abandonar o papel de gestor central e tem
começado a adotar o papel de facilitador – a província de Guizhou é um exemplo da
proatividade da Administração de Turismo da província no desenvolvimento do turismo
rural da região. O turismo na europa de leste, em que o desenvolvimento do turismo e
as suas infraestruturas eram geridos pelos governos – com um péssimo desenvolvimento
entre os anos 50 e 80 -, encontra-se agora com muita dificuldade em encontrar um
mercado de nicho, para além de que os residentes locais já têm capacidade para viajarem
para destinos de férias o que torna destinos já consolidados, como Mamaia na Roménia,
terem tido a necessidade de uma reestruturação profunda para acompanhar as
expectativas de mercado.
Os destinos com este tipo de características estão a abandonar a gestão direta; são as
Administrações Distritais e Locais que passam a liderar o planeamento turístico das suas
regiões com linhas orientadoras e representantes da Administração Central.
É também importante ressaltar que tem havido uma maior abertura ao desenvolvimento
turístico através da captação de empresas externas (e privadas) com as qualificações
necessárias para o desenvolvimento e marketing dos seus destinos. No caso dos destinos
de gestão central em que a economia está a crescer rapidamente, os interesses
imobiliários conseguem desenvolver ainda mais estes locais para além das expectativas.
No entanto, o perigo da especulação imobiliária fez com que muitos destinos
repensassem a sua forma de agir para conseguirem crescer com vista a um turismo mais
sustentável e de acordo com as tendências de escolha do turista pós-moderno.
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privados são aqueles que vão ajudar no desenvolvimento do local, quer seja através do
interesse imobiliário ou na compra de terras.
A maioria das diretrizes foi aplicada e trouxe benefícios para a região tais como o alívio
da pobreza nos locais mais remotos da China e um crescimento anual de 20% no setor
turístico com lucros que chegam aos 30%.
Principais Diretrizes
O estudo termina com as principais diretrizes para este tipo de economias planeadas
centralmente, sugerindo: um ministério do turismo que tenha uma boa linha de
comunicação com as várias regiões; programas educativos sobre o mercado turístico que
permitam uma maior qualificação das autoridades turísticas; mais estudos sobre a
procura turística de forma a melhorar a oferta apresentada; um planeamento cuidado e
de acordo com as novas tendências mundiais, o que se traduz em planos flexíveis e a
cinco anos; que o Governo deve cingir-se a um papel de facilitador de empresas externas
com possibilidade de injeção de capitais no mercado turístico e não como operador
direto já que, como se viu em casos anteriores, falhou nesse campo; por último, essas
mesmas empresas externas devem ter a capacidade de sugerir diferentes propostas já
que oferecem uma resposta mais qualificada.
Conclusões
Este foi um bom exemplo de como as Economias Centralmente Planeadas precisam de
um cuidado acrescido no planeamento estratégico de desenvolvimento do turismo nas
regiões, dando maior liberdade de movimento às administrações regionais - pois estas
são as que melhor conseguem observar as falhas e criar oportunidades para as suas
províncias - bem como a necessidade de uma abertura ao mercado internacional de
forma a capacitar o planeamento por quem já tem experiência noutros locais e consegue
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ter uma visão mais abrangente das necessidades da região. O mercado internacional, ou
seja, os privados, vão também fornecer injeção de capital, necessário para a criação de
infraestruturas, de desenvolvimento de produtos, serviços qualificados e recursos.
Apesar disso, se forem bem estruturados, estas economias podem abrir as portas ao
turismo com qualidade e que consiga consolidar o destino como um ponto turístico de
referência pelas suas particularidades que, por si só, serão ser um fator de atração.
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