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APRESENTAÇÃO

A Bíblia também pode ser percebida como o relato das


experiências de homens e mulheres que escreveram através de sua
fé e confiança inabalável em Deus algumas das mais belas histórias
das Sagradas Escrituras.
A Bíblia Contada em Verso e Prosa relata experiências
inspiradoras de 70 personagens da história do povo de Deus que
foram deixadas para nós como um importante legado.
Permita-se mergulhar nas páginas desta obra e extrair delas
valiosas lições para seu crescimento espiritual.

Cresçam em força espiritual e conheçam melhor o nosso


Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora
como eternamente! Amém.
(II Pedro 3:18)

Copyright 2020 por Alessandro Erivelton


Os textos de referências bíblicas que aparecem ao longo da presente obra foram
extraídos de Nova Bíblia Viva.
É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer
meios, sem autorização prévia do autor.
ÍNDICE
Quando tudo começou
1. Adão
Caminhando com Deus
2. Enoque
Uma fé à prova d’água
3. Noé
A paciência dos santos
4. Jó
Amigo de Deus
5. Abraão
Luz nas trevas
6. Ló
O filho da promessa
7. Isaque
Lutando pela bênção
8. Jacó
Os sonhos de Deus
9. José
Libertador
10. Moisés
Conquistando pela fé
11. Josué
Fé e ousadia
12. Calebe
Um homem de olhos abertos
13. Balaão
Uma juíza em Israel
14. Débora
O guerreiro escondido
15. Gideão
Brincando com o pecado
16. Sansão
O poder da oração
17. Jabez
Caminho da esperança
18. Rute
A bênção da entrega
19. Ana
Consagrado ao Senhor
20. Samuel
Uma grande amizade
21. Jônatas
Saindo de trás das malhadas
22. Davi
Uma sábia mulher
23. Abigail
Contador de histórias
24. Natã
Preserve a comunhão
25. Salomão
Vencendo pela oração
26. Asa
Um profeta verdadeiro
27. Micaías
Ensinando a obedecer
28. Josafá
Um profeta no deserto
29. Elias
Um santo profeta
30. Eliseu
Um capitão no trono
31. Jeú
Menino rei
32. Joás
Bendita promessa
33. Joel
Fugindo da missão
34. Jonas
Um profeta do campo
35. Amós
Profeta do Senhor
36. Miquéias
Profetizando às nações
37. Isaías
O poder de um clamor
38. Ezequias
Rei menino
39. Josias
Nos dias do cerco de Jerusalém
40. Jeremias
Estrangeiros
41. Jetro e Ebede-Meleque
Profetizando no cativeiro
42. Ezequiel
Prosperando no cativeiro
43. Daniel
Nos dias do cativeiro
44. Ageu e Zacarias
A rainha dos judeus
45. Ester
Tempo de edificar
46. Neemias e Esdras
Mensageiros de Deus
47. Obadias – Naum – Habacuque – Sofonias
Profetas do Senhor
48. Oséias e Malaquias
Santidade ao Senhor
49. Macabeus
Criando o Salvador
50. Maria
Uma voz clamando no deserto
51. João Batista
O Príncipe da Vida
52. Senhor Jesus Cristo
O Salvador estava passando
53. Bartimeu
Vencendo a multidão
54. Zaqueu
Pescador de homens
55. Pedro
Discípulo amado
56. João
O primeiro mártir
57. Estêvão
A primícia entre os gentios
58. Cornélio
Colaboradores de Deus
59. Barnabé – Silas – Timóteo – Apolo
Apóstolo dos gentios
60. Paulo
QUANDO TUDO COMEÇOU
A Terra e tudo que nela existe Deus criou
Linda criação que nas mãos do homem entregou
Finalizando Sua obra, no sétimo dia Deus descansou
Agora o homem daria nome a tudo o que o Senhor formou

Apesar de toda a obra da criação ser boa


Logo percebeu que faltava nela uma ajudadora
Foi pensando nisso que Deus criou uma auxiliadora
Alguém que caminhasse junto ao homem: era ela a varoa

A ingênua Eva acabou sendo enganada pela serpente


Lá mesmo o Eterno disse que a mulher geraria a semente
Falando do Messias, que viria para restaurar todo ser vivente
Abrindo através da cruz as portas do paraíso perdido novamente

A desobediência do casal trouxe problemas a toda criação


Longe do Éden, agora deveriam suar o rosto pelo pão
Fôlego de vida o Criador soprou nas narinas do varão
Assim tudo começou quando Deus formou a Adão.

“As Escrituras nos dizem que o primeiro homem, Adão, recebeu um


corpo humano natural, mas Cristo é mais do que isso, pois Ele era o Espírito
vivificante.” (I Coríntios 15:45)

1. ADÃO
A história de Adão e sua família deixa algumas lições
importantes para aqueles que desejam servir a Deus com
sinceridade.
A ordem divina dada a Adão era clara: de todas as árvores que
estavam no Éden poderiam comer, com exceção da árvore da
ciência do bem e do mal. Você já parou para pensar que todas as
espécies de árvores frutíferas estavam naquele Jardim? Todas as
espécies de frutos que você já comeu, aquelas de que já ouviu falar
e tantas outras que sequer sabemos que existem estavam lá. E só
havia uma delas que não lhes era permitido comer.
O convite da serpente para a desobediência do casal foi
apresentado com dois atrativos: a garantia de que a Palavra do
Eterno não se cumpriria (“certamente não morrereis”) e a promessa
de que estariam em condição de igualdade para com o Criador
(“sereis como Deus”).
O casal creu na voz da mentira e comeu daquela árvore. Agora
o pecado entrava na história da humanidade.
“Mal acabaram de comer, ficaram conscientes da nudez em que
estavam, e se encheram de vergonha. Então juntaram folhas de figueira e
fizeram aventais para se cobrir. Na tarde desse mesmo dia, ouviram o som
produzido pelo Senhor Deus que passeava no jardim no frescor do dia. Os
dois ficaram escondidos entre as árvores. O Senhor Deus chamou Adão: "Por
que você se escondeu?” (Gênesis 3: 7-9)
Apesar do pecado e da tentativa do casal de se esconder do
Senhor, vemos o cuidado do Eterno com sua criatura. Deus realiza o
primeiro sacrifício de animais para vestir o casal, já apontando para
o próprio sacrifício de Jesus Cristo.
A primeira família da Terra cresceu com o nascimento de Caim
e Abel. Os irmãos cresceram e cada um apresentou a Deus uma
oferta ao Criador. Segundo a tradição judaica, o agricultor Caim não
ofereceu ao Eterno os melhores frutos da terra, ao passo que o
pastor Abel apresentou ao Senhor os melhores animais de seu
rebanho.
“Foi pela fé que Abel obedeceu a Deus e trouxe uma oferta que agradou
a Ele mais do que a oferta de Caim. Deus aceitou Abel e deu prova disso
aceitando a sua dádiva; e embora Abel esteja morto há muito tempo, nós
ainda podemos aprender lições dele sobre a confiança em Deus.” (Hebreus
11:4)
Caim fica furioso por não ter sua oferta aceita e mata seu
próprio irmão. A primeira família do mundo experimentava as
trágicas consequências do pecado que se espalharia pelos quatro
cantos da Terra.
CAMINHANDO COM DEUS

Depois do pecado, o mundo parecia perdido


Criado para reinar em vida, o homem havia caído
Bendito este que foi o sétimo homem depois de Adão
Alguém que andou com o Deus Vivo de todo o coração

Apesar de viver em dias de profunda corrupção


Brilhava como o sol em meio à densa escuridão
Caminhou com Deus. Já parou pra pensar?
Difícil até mesmo para o homem imaginar

Deus o amou tanto que decidiu então arrebatar


Com o Criador do Universo no céu foi morar
Basta nós olharmos a galeria dos heróis da fé
Ali aparece seu nome pouco antes de Noé

A carta de Judas também suas palavras registrou


Bradando sobre a volta de Cristo este profetizou
Caminhe com o Eterno. Receba o Seu toque
Dedique sua vida a Deus como fez Enoque.

“Também Enoque confiou em Deus e foi por isso que Deus o levou para
o céu sem ele morrer; subitamente ele desapareceu, porque Deus o levou.
Porque antes que isso acontecesse Deus tinha dito como Ele se havia
agradado de Enoque.” (Hebreus 11:5)
2. ENOQUE
Apesar de pouco conhecida pela maioria dos cristãos, a história
de Enoque pode ser uma fonte de inspiração para todos os que
buscam uma vida marcada pela intimidade com Deus.
Segundo a tradição judaica, Enoque – cujo nome significa
“instrutor” – dedicou boa parte de seus anos a ensinar aos seus
contemporâneos os caminhos do Senhor, sendo o primeiro profeta
sobre a face da Terra.
“Enoque, que viveu há muito tempo, e pouco depois de Adão, sabia a
respeito desses homens e sobre eles disse o seguinte: Eis que o Senhor virá,
acompanhado de milhões dos seus santos. Ele trará a juízo diante dele todas
as pessoas do mundo, para receberem o justo castigo, e provará as coisas
terríveis que fizeram em rebelião contra Deus, e revelará tudo o que eles
disseram contra Ele”. (Judas 14,15)
Embora vivesse em uma época marcada pela contínua
depravação da raça humana, Enoque andou com Deus. Significa
que a instrução do Senhor a e constante presença do Eterno
representavam seu maior prazer.
É interessante lembrar que, mesmo após o pecado original,
Deus sempre esteve disposto a manter um relacionamento com a
humanidade. Mas o homem se afastou do Criador, entregando-se
aos desejos maus de seu próprio coração.
O Eterno amava tanto a Enoque e tinha tanto prazer nele que o
arrebatou. De acordo com a tradição judaica, ele teria sido
arrebatado ao céu acompanhado de cavalos e carruagens de fogo.
“Também Enoque confiou em Deus e foi por isso que Deus o levou para
o céu sem ele morrer; subitamente ele desapareceu, porque Deus o levou.
Porque antes que isso acontecesse Deus tinha dito como Ele se havia
agradado de Enoque.” (Hebreus 11:5)
Que possamos andar com Deus até que um dia vivamos para
sempre em Sua presença.
UMA FÉ À PROVA D’ÁGUA

Dias difíceis eram aqueles. A humanidade se corrompeu


E de haver criado o homem o Eterno se arrependeu
Uma sentença foi decretada: completa destruição
Somente um varão alcançou graça para salvação

Havia um projeto divino. Uma grande construção


O sucesso dependia de obedecer cada orientação
Jamais se viu algo igual: era obra extraordinária
Então foi construída a arca. Ela não é lendária!

Entrando com sua família naquela arca, o mundo condenou


Sacudida por meses pelas águas do dilúvio, não afundou
Trancado por mais de um ano na arca que construiu
Árdua era sua missão, mas não recuou ou desistiu

Ao sair da arca, o Criador fez com ele uma eterna aliança


Quando vemos o arco nas nuvens isso vem a lembrança
Uma nova chance a criação receberia por sua fé
Inabalável em sua fidelidade ao Senhor foi Noé.

“Noé foi outro que confiou em Deus. Quando ouviu o aviso de Deus
acerca do futuro, Noé creu nele, muito embora não houvesse então nenhum
sinal de dilúvio, e sem perda de tempo construiu a arca e salvou a família. A
crença de Noé em Deus estava em contraste direto com o pecado e a
incredulidade do resto do mundo - que se recusava a obedecer - e por causa
da sua fé ele tornou-se um daqueles que Deus aceitou.” (Hebreus 11:7)

3. NOÉ
O pecado se espalhou rapidamente sobre a Terra, a tal ponto
que o Eterno declara ter se arrependido de Sua criação. A
humanidade seria completamente destruída, porém Noé achou
graças aos olhos do Senhor.
Pense bem: por que o Eterno não arrebatou a Noé (como fizera
com Enoque) e destruiu toda a criação de uma vez? Porque em Noé
toda a humanidade estava recebendo uma segunda chance, uma
nova oportunidade de viver segundo o propósito de Deus.
Mas o plano da salvação divina incluía a participação humana.
Segundo a tradição judaica, Noé e Matusalém – filho de Enoque –
exortaram durante 120 anos os homens a se arrependerem de seus
pecados. A humanidade não creu na mensagem.
Após a morte de Matusalém, Noé foi encarregado de construir
uma Arca com aproximadamente 150 metros de cumprimento para
conservar em vida a criação. Após cinco anos de trabalho
incessante, a Arca da Salvação estava pronta e as chuvas
torrenciais enviadas pelo Todo-Poderoso varreram toda a vida de
sobre a face da Terra.
“Noé foi outro que confiou em Deus. Quando ouviu o aviso de Deus acerca do
futuro, Noé creu nele, muito embora não houvesse então nenhum sinal de
dilúvio, e sem perda de tempo construiu a arca e salvou a família. A crença de
Noé em Deus estava em contraste direto com o pecado e a incredulidade do
resto do mundo - que se recusava a obedecer - e por causa da sua fé ele
tornou-se um daqueles que Deus aceitou.” (Hebreus 11:7)
Além da fé, a grande obediência de Noé chama a atenção. O
processo de construção da Arca seguiu instruções minuciosas
dadas pelo próprio Deus. Tudo foi feito exatamente como havia sido
ordenado. Quando as obras de nossas mãos são dirigidas pelas
orientações divinas, certamente resistem às maiores adversidades
impostas pela vida.
As águas minguaram, o dilúvio que exterminou aqueles que se
entregaram a uma vida de pecado agora era passado e Noé foi
constituído pelo Eterno Deus como o herdeiro de toda Terra. E a
humanidade recebia através de Noé a oportunidade de reescrever
sua história de um jeito diferente.
A PACIÊNCIA DOS SANTOS

Vivia com sua família em tranquilidade


Era homem rico e de grande prosperidade
Jamais se ouviu um testemunho tão especial
A boca do Senhor que disse. Era algo sem igual

Homem sincero, reto e temente ao Senhor


O desviar-se do mal não o livraria da dor
Junto com sua riqueza, a família perdeu
E tudo num só dia. Quem isso sofreu?

Dias difíceis viveu, mas não blasfemou


Entregou sua causa a Deus e perseverou
Uma terrível doença sobre ele foi lançada
Seus amigos então não ajudavam em nada

A fidelidade dele mudaria sua realidade


Gemia de dor, mas mantinha a lealdade
Inimigos te afrontam? Põe o joelho no pó
Receba a bênção do Deus Vivo como Jó.

“Para exemplos de resignação no sofrimento, olhem para os profetas do


Senhor. Sabemos como eles estão felizes agora porque permaneceram leais
a Ele, no tempo da sua vida, mesmo quando sofreram grandemente por isso.
Jó é um exemplo dum homem que continuou a confiar no Senhor no
sofrimento, e das experiências dele podemos ver como o plano do Senhor
finalmente terminou em bem, e que o Senhor é cheio de ternura e de
misericórdia.” (Tiago 5:10,11)

4. JÓ
Na mesma terra em que nasceu Abraão, viveu o piedoso Jó.
Era patriarca de uma grande família e homem de grande
prosperidade, sendo o mais rico de todo o Oriente em seus dias.
Segundo as tradições judaicas, o relato de sua história – ou seja, o
“livro de Jó” – foi escrito por Moisés.
Acerca de sua integridade, o próprio Senhor do Universo deu
testemunho, declarando que “não há homem igual a ele em toda a
terra, tão sincero e justo, obediente a Deus e cuidadoso para não
cometer pecado” (Jó 1:8). Apesar disso, o Criador permitiu que
satanás afligisse a Jó.
Mesmo após perder toda sua riqueza e receber a notícia da
morte de seus dez filhos em um único dia, o servo de Deus
permaneceu fiel e temente ao Eterno. Sendo afligido por uma
doença terrível que fez com que seu corpo fosse coberto com
chagas desde a planta do pé até a cabeça, ainda assim Jó reteve
sua fidelidade ao Senhor.
Em seu sofrimento, Jó amaldiçoou o dia em que nasceu (Jó
3:3) e o Senhor o ouviu, pois até hoje nada se sabe sobre sua
origem. Sabendo de seu estado, três amigos o foram visitar para
confortá-lo.
“Quando os três viram Jó, de longe, não reconheceram seu amigo, de
tão mudado que estava. Cheios de tristeza, rasgaram suas roupas e,
chorando bem alto, jogaram poeira para cima. Durante os sete dias seguintes,
os três se sentaram junto com Jó, sobre a cinza, sem dizer uma única palavra,
porque viram que a dor de Jó era grande demais e falar não ajudaria em
nada.” (Jó 2:12,13)
Mesmo quando as riquezas se foram, três amigos ainda
estavam dispostos a permanecer a seu lado. Apesar disso, estes
homens não compreendiam os planos de Deus e pensavam que os
sofrimentos pelos quais Jó passava fossem consequência do
castigo divino por algum pecado.
O temente Jó, que no passado “ensinou pessoas que estavam
sofrendo a confiar em Deus” (Jó 4:3), desiste de se justificar diante
do Criador e de seus próprios amigos. Assim como orava por seus
filhos quando ainda viviam, agora intercede diante do Senhor pelos
seus amigos.
“Assim que Jó orou por seus amigos, o Senhor começou a devolver a ele
sua antiga riqueza. Na verdade, Deus deu a Jó duas vezes mais do que ele
tinha antes!” (Jó 42:10)
Há coisas difíceis de entender e para as quais nunca teremos
respostas. Jó nunca recebeu do Senhor uma justificativa pelas
aflições que o assolaram, mas a história de sua vida será sempre
lembrada pela sua perseverança em caminhar em justiça e
santidade diante do Criador dos Céus e Terra (Ezequiel 14:20).
AMIGO DE DEUS

Servindo ao Único Deus em terra de idolatria


Atende ao chamado de sair. Pela fé obedecia
Resolveu levar o sobrinho. Alguém mandou?
A caminhada junto a ele pouco tempo durou

Indo para uma terra que não conhecia


Seguia as ordens que do Santo Deus recebia
Apesar da idade, o Eterno um filho lhe prometeu
Creu na promessa divina, mas um erro cometeu

Sara lhe dá uma escrava para dela um filho gerar


Algum tempo depois nascia Ismael, filho de Agar
Riu sua mulher ao ouvir que na sua velhice iria conceber
Aos 90 anos, ela contemplou o filho da promessa nascer

Isaque: a promessa do Senhor estava cumprida


Semente bendita que herdou a terra prometida
Ao grande patriarca foi dado o pacto da circuncisão
Confiando no Eterno Deus, viveu o grande Abraão.

“E assim aconteceu tal como as Escrituras dizem, que Abraão confiou


em Deus, e o Senhor o declarou justo aos olhos de Deus, e ele até foi
chamado o amigo de Deus.” (Tiago 2:23)

5. ABRAÃO
Segundo a tradição judaica, embora fosse filho de Terah – um
dos príncipes mais honrados do rei Ninrode – Abrão passou os
primeiros anos de sua vida na casa de Noé, onde foi instruído sobre
os ensinamentos do Eterno.
Ainda de acordo com a tradição judaica, ao completar 50 anos
de idade, Abrão se despede de Noé e volta para a casa de seu pai
Terah. Chegando lá, percebeu que sua casa estava completamente
entregue à idolatria. Abrão destrói os ídolos de seu pai e, por essa
causa, é entregue ao rei que o condena a ser morto queimado em
uma grande fornalha.
Conta a tradição judaica que Abrão, após ser lançado na
fornalha, não sofreu dano algum. Espantados com o livramento de
Abrão, o rei e seus príncipes pediram que ele saísse da fornalha e o
deixam ir em paz. Antes de ir, recebeu presentes de ouro e prata e
um servo chamado Eliézer.
Alguns anos mais tarde, o Eterno aparece a Abrão e lhe ordena
que deixe a casa de seu pai Terah. Abrão se vai rumo a Canaã aos
75 anos, mas leva consigo seu sobrinho Ló, o que não havia sido
ordenado por Deus.
Passado algum tempo, a terra de Canaã estava assolada pela
fome, de tal forma que Abrão e sua família foram peregrinar no
Egito. Pensando ser irmã de Abrão, o rei do Egito ordena que Sarai
lhe seja tomada como mulher. Um anjo do Senhor aparece a faraó
e, ao saber que Sarai era, na verdade, mulher de Abrão,
prontamente a restitui a seu marido, dando-lhe uma escrava egípcia
chamada Hagar como presente.
Voltando a Canaã, Abrão e Ló finalmente se separam. Quando
seu sobrinho é levado de Sodoma cativo por um grande exército,
Abrão reúne os homens que tinha em sua casa e vence em batalha
aos exércitos de quatro reis, resgatando a Ló. Retornando da
guerra, é abençoado pelo rei de Salém e sacerdote Melquisedeque
(uma figura que representava o sacerdócio eterno de Cristo).
Após estarem em Canaã a dez anos, Sarai decide entregar sua
serva Hagar a Abrão para que tivesse filho por meio dela. Após o
nascimento do filho da escrava (Ismael), Sarai atormenta sua
escrava, que decide fugir de sua senhora, mas, por ordem de Deus,
regressa a casa de Abrão.
Quando o menino Ismael já tinha 13 anos, o Eterno anuncia a
Abrão que sua esposa Sarai lhe dará um filho. O Senhor muda-lhes
então os nomes para Abraão e Sara e, um ano depois, nasce
Isaque, o filho da promessa divina.
Assim como lhe havia sido dito pelo Altíssimo, Abraão não só
foi o patriarca de uma grande nação, como, pela fé, nele foram
benditas – em todas as gerações vindouras – todas as famílias da
Terra.
“Abraão teve a mesma experiência. Deus o declarou digno do céu, só
porque ele creu nas promessas divinas. Daí se pode ver que os verdadeiros
filhos de Abraão são todos os homens de fé que realmente confiam em Deus.
E ainda mais: as Escrituras previram este tempo quando Deus salvaria
também os gentios mediante a sua fé. Deus falou a esse respeito há Abraão
muito tempo atrás quando disse: Eu abençoarei aqueles que, em todas as
nações, confiarem em mim como você. E assim acontece: todos aqueles que
confiam em Cristo participam da mesma bênção que Abraão recebeu.”
(Gálatas 3:6-9)
LUZ NAS TREVAS

Ele era sobrinho do abençoado patriarca Abraão


Peregrinavam juntos, mas contendas provocaram separação
Assim foi habitar com sua família na bem regada campina do Jordão
Mas entre os moradores de Sodoma e Gomorra só se via maldade e
perversão

Ao ser por quatro reis cativo levado


Mui corajosamente por seu tio foi resgatado
Estando a porta da cidade, anjos havia recepcionado
Persuadiu-os para que repousassem a sombra do seu telhado

Mas antes de deitarem, os moradores da cidade sua casa cercaram


Após os anjos ferirem os ímpios de cegueira, a sentença anunciaram
Para a cidade de Zoar, lentamente este homem com sua família escapou
Enxofre e fogo desceram dos céus. Os pecadores dali o Senhor
sentenciou

Para trás olhando, sua mulher se converteu em estátua de sal


E suas filhas se corromperam, praticando na terra um grande mal
Mesmo sendo misericordioso, dos perversos o Deus Vivo não teve dó
Aquelas cidades foram totalmente destruídas, mas o Senhor preservou a
Ló.

“Mais tarde, Ele transformou as cidades de Sodoma e Gomorra em


montões de cinzas e as fez desaparecer da terra, pondo-as como exemplo
para que todos os ímpios no futuro recordem e temam. Mas ao mesmo tempo
o Senhor resgatou Ló de Sodoma, porque ele era um homem bom, aflito com
a tremenda maldade que via por toda parte ao redor dele, dia a dia.” (II Pedro
2:6-8)

6. LÓ
Sobrinho de Abraão, Ló deixa a terra em que vivia e parte
juntamente com seu tio para Canaã. Após peregrinarem no Egito
por causa da fome que assolava os cananeus, regressam para
Canaã. Como possuíam muitos gados e ovelhas, houve forte
discussão entre os pastores de Abraão e Ló, pois a terra em que
viviam não era grande o bastante para os animais que possuíam.
Desta forma, decidem se separar. Abraão permanece em
Canaã, enquanto Ló vai para fértil planície do rio Jordão, na cidade
de Sodoma.
Passado algum tempo em que vivia em Sodoma, houve uma
intensa guerra na qual as cidades de Sodoma e Gomorra caíram
nas mãos de um poderoso exército de 800 mil homens. Sendo Ló e
sua família levados cativos, Abraão deixa Hebrom com apenas 318
homens e resgata seu sobrinho Ló e tudo o que tinha.
Segundo a tradição judaica, a crueldade dos habitantes de
Sodoma e Gomorra era tanta que Deus decidiu destruir
completamente a estas cidades. O Eterno envia dois anjos à noite e
anuncia a Ló que destruiria aquelas cidades e o ordena que saia
imediatamente. Ló ainda anunciou o plano de Deus aos noivos de
suas filhas, mas eles não creram que o Altíssimo destruiria a cidade.
Pela manhã, os anjos ordenam a Ló que se apresse para sair
da cidade para que não fosse exterminado com os ímpios. Mas Ló
não se apressou e, pela misericórdia divina, foi retirado à força da
cidade pelos próprios anjos.
“Quando já estavam fora da cidade, um dos anjos disse: "Fujam! Corram
sem parar, e sem olhar para trás. Não fiquem no vale. Vão para as montanhas
e só parem quando chegarem lá. Só assim escaparão com vida!” (Gênesis
19:17)
Ló retrucou. Pediu aos anjos que lhe deixasse ir para a cidade
vizinha chamada Zoar, que foi poupada da destruição por causa de
Ló e sua família. Assim, foi-se para esta pequena cidade.
Quando entraram em Zoar, Deus fez chover fogo e enxofre dos
céus e destruiu completamente a Sodoma e Gomorra. A mulher de
Ló, contudo, olhou para trás e ficou convertida em uma estátua de
sal.
Quantas lições a vida de Ló nos deixou. Assim como em seus
tempos, vivemos em um mundo dominado pela maldade. Como os
futuros genros de Ló, muitos não creem no castigo divino. Cabe a
nós deixar a vida de pecado apressadamente e nunca olhar para
trás.
Ló e suas filhas deixaram a cidade de Zoar – com medo da
impiedade de seus habitantes – e foram habitar nas montanhas,
como o Senhor havia ordenado. Lá, suas filhas embriagaram o
próprio pai e se relacionaram com ele. Dos filhos que Ló teve com
as próprias filhas descenderam os moabitas e amonitas, grandes
inimigos do povo de Israel ao longo da história.
O FILHO DA PROMESSA

Em Seu tempo, o Eterno a Sara visitou


E a promessa feita mais uma vez confirmou
Ao completar oito dias, o menino foi circuncidado
Assim ao velho Abraão o Senhor Deus havia ordenado

Em sacrifício de holocausto sua vida foi pedida


E a ordem divina seria por seu pai e ele obedecida
Mas dos altos céus o Anjo do Senhor bradou a Abraão
Moriá: lugar onde o patriarca mostrou fé em meio à provação

Em Canaã ele viveu durante todo o tempo


E foi ali que recebeu Rebeca em casamento
A terra prometida foi o lugar onde a seus filhos gerou
Assim o Deus Altíssimo outra vez a estéril abençoou

Esaú e Jacó cresceram. E com eles crescia grande rivalidade


Enganado ele foi, abençoando ao filho de menor idade
Muitos anos viveu, evitando com os cananeus ataque
Mesmo nas dificuldades, fiel permaneceu Isaque.

“Nesse mesmo ano lsaque teve colheitas abundantes. Cada semente


rendeu cem vezes mais! Porque foi abençoado pelo Senhor.” (Gênesis 26:12)
7. ISAQUE
Filho da promessa do Eterno Abraão, Isaque nasce quando seu
pai tinha já 100 anos. Uma das passagens mais marcantes da vida
de Isaque é quando sobe com seu pai ao monte Moriá, onde seria
entregue como sacrifício ao próprio Deus.
“Enquanto Deus o estava experimentando, Abraão ainda confiou em
Deus e em suas promessas, e portanto ofereceu seu filho Isaque, e estava
pronto para mata-lo no altar do sacrifício; sim, matar o próprio Isaque, por
meio de quem Deus havia prometido dar a Abraão uma nação inteira de
descendentes! Ele creu que se Isaque morresse Deus o traria de volta à vida;
e foi isso que quase sucedeu pois, no que toca, a Abraão, Isaque foi
sentenciado à morte, porém voltou vivo!” (Hebreus 11: 17-19)
Embora a obediência incondicional de Abraão a ordem divina
seja sempre lembrada neste episódio, não se deve esquecer que
Isaque já era um homem quando o Senhor pede ao velho Abraão
que lhe entregue seu próprio filho.
Desta forma, vemos o grande amor e obediência do próprio
Isaque à voz de Deus, pois estava realmente disposto a entregar a
vida para que se cumprisse o mandamento divino. Era um
verdadeiro arquétipo do plano da salvação, pois assim como Abraão
entregaria a Isaque, Deus Pai entregou ao seu Unigênito Jesus
Cristo em sacrifício pelos nossos pecados.
O anjo do Senhor foi enviado a Abraão e a vida de Isaque foi
poupada. Segundo a tradição judaica, após esse episódio, Abraão
envia Isaque a casa de Sem (filho de Noé) para que lhe fosse
ensinado os mandamentos de Deus.
Pouco tempo depois, Abraão envia seu servo Eliezer para a sua
terra natal de onde deveria trazer uma esposa para seu filho Isaque.
O Eterno ouviu a oração do servo Eliezer e o encaminhou a Rebeca,
que foi trazida para Canaã para ser dada como esposa a Isaque
quando este tinha 40 anos.
Do ventre de Rebeca – que assim como Sara, também era
estéril – nasceram Esaú e Jacó. A família do patriarca teve sérios
problemas. Isaque se afeiçoou a seu primogênito e o amava mais
do que a Jacó, que era o preferido de Rebeca. Surge então uma
disputa entre os descendentes de Isaque que culminaria com Jacó
enganando a seu próprio pai para receber a bênção da
primogenitura.
Isaque foi o único dos grandes patriarcas que viveu durante
toda sua vida na terra prometida por Deus a Abraão, morrendo aos
180 anos na terra de Canaã.
LUTANDO PELA BÊNÇÃO

Agarrado ao calcanhar de seu irmão nasceu


Brigaram pela primogenitura, mas Esaú prevaleceu
Cresceu almejando a bênção que no ventre havia perdido
Depois de anos, por um prato de lentilhas tinha ela adquirido

Encorajado por Rebeca, a seu pai enganou


Ficou com a bênção que seu irmão desprezou
Ganhou a primogenitura e com ela um inimigo
Havia ele decidido sair de casa para fugir do perigo

Isaque para a terra de Harã o tinha enviado


Jamais pensou que seria pelo tio enganado
Longos anos passaram... agora com riquezas voltaria
Mas sabia que o ódio de Esaú o tempo não apagaria

Naquele que prometia ser um encontro sangrento


O Deus de Abraão interviu, dando um livramento
Príncipe de Deus, contemplou o Altíssimo em Peniel
Quando o Eterno muda seu nome de Jacó para Israel.

“Quando Jacó nasceu, lutou com seu irmão. Quando já era homem feito,
chegou a lutar com Deus. Sim, lutou com o Anjo e levou vantagem. Chorou e
implorou uma bênção para si. Ele se encontrou com Deus, frente a frente, em
Betel. Lá Deus falou a Jacó, nosso Pai.” (Oséias 12:3,4)

8. JACÓ
Após uma juventude marcada pelas incessantes disputas com
seu irmão Esaú, os planos de Deus começam a se cumprir na vida
de Jacó. Após enganar a Isaque e ao irmão Esaú, recebendo a
bênção destinada ao primogênito, foi aconselhado por seu pai a
deixar a terra de Canaã e peregrinar em Haran, fugindo da ira de
seu irmão Esaú.
Durante 20 anos serviu a seu sogro Labão em Haran, casando-
se com Leia e Raquel (a quem amava). Após formar uma grande
família e enriquecer na terra de suas peregrinações, Jacó obedece a
ordem divina e decide regressar a casa de sua pai Isaque.
Ao perceber que Jacó havia ido rumo a Canaã, Labão reúne
uma multidão e persegue a Jacó. Quando o grupo de Labão se
aproximava de Jacó, o Eterno aparece a Labão e o adverte a não
atacar a Jacó e sua família.
Segundo a tradição judaica, Labão envia alguns homens a
Esaú e lhe informa de que seu irmão Jacó está regressando a
Canaã. Esaú forma um pequeno exército de 400 homens armados e
sai das montanhas de Seir para destruir a Jacó. A notícia chega a
Canaã e Rebeca envia mensageiros a Jacó, avisando-lhe das
intenções de seu irmão.
Ainda conforme a tradição judaica, o Eterno enviou anjos que
foram ao encontro de Esaú e dos homens que com ele estavam.
Apresentaram-se como servos de Jacó e a aparência deles era
como de um poderoso exército. Esaú e seus homens ficaram
atemorizados e, pensando que realmente havia um poderoso
exército a serviço de Jacó, desistiram de enfrentá-lo.
Antes de encontrar-se com seu irmão Esaú, Jacó se vê sozinho
no vale de Jaboque e enfrenta em batalha um Anjo do Senhor,
lutando durante toda a noite. Nessa ocasião, tem seu nome mudado
para ISRAEL.
“Quando Jacó nasceu, lutou com seu irmão. Quando já era homem feito,
chegou a lutar com Deus. Sim, lutou com o Anjo e levou vantagem. Chorou e
implorou uma bênção para si. Ele se encontrou com Deus, frente a frente, em
Betel. Lá Deus falou a Jacó, nosso pai.” (Oseias 12:3,4)
Após rever seu irmão, regressa finalmente para Canaã,
enquanto Esaú volta com os seus homens para as montanhas de
Seir. De acordo com a tradição judaica, desde o incidente em que a
filha de Jacó foi violentada por Siquém, os filhos de Jacó estiveram
constantemente em conflitos contra os cananeus, derrotando vários
de seus reis em batalha.
Já em sua velhice, Jacó deixa a terra de Canaã que mais uma
vez havia sido assolada por uma grave fome e se muda para o
Egito, onde passa os últimos dias de sua vida junto a seu amado
filho José, governador do Egito.
OS SONHOS DE DEUS

Já era o primogênito dos filhos de Raquel


O mais amado dentre os herdeiros de Israel
Sendo por vinte moedas de prata vendido aos ismaelitas
É feito escravo, mas tinha de Deus promessas benditas

Levado ao Egito, foi por Potifar comprado


Entretanto o Senhor dele não tinha se afastado
Viam que tudo o que este jovem fazia prosperava
Incrível como a mão do Deus Eterno o abençoava

Jamais abandonou a honra e honestidade


Uma mulher leviana o acusava com falsidade
Diante da calúnia, acabou indo parar na prisão
Árida terra egípcia! A dor não lhe roubou a unção

Governou o Egito quando os sonhos de faraó ele interpretou


As promessas se cumpriram sobre sua vida; nenhuma falhou!
Deus deseja ver em cada um de nós aquela mesma fé
Encontre inspiração no testemunho e caráter de José.

“Estes homens tiveram muita inveja de José, vendendo o irmão como


escravo para o Egito. Porém Deus estava com ele, livrando o rapaz de todas
as suas angústias, e fazendo com que caísse na simpatia de Faraó, rei do
Egito. Deus também deu a José sabedoria fora do comum, de modo que foi
nomeado por Faraó para governador do Egito todo, como também foi
encarregado de todos os assuntos do palácio”. (Atos 7:9,10)

9. JOSÉ
Sendo filho da velhice do patriarca Jacó, o moço José era mais
amado por seu pai do que seus irmãos. Ainda jovem, contou um
sonho a seu pai e irmãos no qual era possível entender que José
reinaria sobre toda sua casa.
Enviado pelo pai aos irmãos no deserto, foi vítima de uma
grande emboscada armada pelos próprios irmãos e vendido como
escravo para uma caravana de mercadores ismaelitas – isto é,
descendentes de Ismael, irmão de Isaque.
Chegando ao Egito, foi vendido a um oficial de faraó chamado
Potifar, comandante da guarda real. Desde a chegada de José
àquele lugar, Deus abençoou a casa do egípcio por amor a José, de
sorte que em pouco tempo seu senhor o fez administrador de tudo o
que possuía.
A mulher de Potifar se apaixonou por José, mas ele a rechaçou.
Segundo a tradição judaica, aproveitando-se que todos os
moradores da casa estavam fora por conta das festividades da
cheia do rio Nilo, a mulher tentou forçar José a se relacionar com
ela, mas o moço correu, ficando parte de sua capa em poder da
mulher de Potifar.
Acusado pela mulher diante de seu marido de tentar forçá-la a
um relacionamento, foi preso injustamente pelo comandante da
guarda. Mas, assim como na casa de seu senhor, o Eterno também
abençoou a José na prisão e em pouco tempo ele foi incumbido pelo
chefe dos carcereiros de cuidar dos demais prisioneiros. Apesar
disso, parecia que a vida de José seria uma sucessão de
fracassos...
Enquanto estava na prisão, o jovem sonhador interpretou o
sonho de dois servidores de faraó que estavam presos. Dois anos
mais tarde, o rei do Egito tem um sonho perturbador e nenhum de
seus sábios é capaz de lhe dar a interpretação. O copeiro de faraó –
que era um dos presos que teve seu sonho interpretado por José –
fala ao rei de José. A história do sonhador está para mudar...
José é trazido a presença de faraó, ouve seus sonhos e –
orientado por Deus – revela seus significados ao rei do Egito. Diante
do cenário de fome que lhe havia sido revelado, faraó faz de José
senhor sobre todo o Egito com a missão de governar a nação e
preparar o país para os anos de fome que estavam por vir.
Com a chegada dos anos de fome, não só os egípcios como
também homens de todos os lugares vinham ao Egito comprar
alimento. Assim vieram de Canaã os irmãos de José, que não
apenas os perdoou por todo o sofrimento que lhe causaram, como
trouxe a seu pai Jacó e toda sua família para viverem com fartura de
pão no Egito.
José deu todo apoio ao pai e aos irmãos para se estabelecerem no
Egito. E como Faraó tinha mandado, deu a eles escritura de posse da melhor
parte da região de Gósen - também chamada Terra de Ramessés. José
garantiu o sustento de Jacó e de toda a família dele. Não descuidou de
nenhum dos filhos e netos de Israel. (Gênesis 47:11,12)
Pouco antes de morrer, José anuncia aos irmãos que o Senhor
os visitaria no Egito e os levaria de volta a Canaã, fazendo-os
prometer que levariam seus ossos para a terra prometida pelo
Senhor a Abraão, Isaque e Jacó.
LIBERTADOR

Após a morte de José, muita coisa mudaria


A semente de Jacó nas mãos dos egípcios sofria
Agora faraó decretaria uma dura sentença de morte
Aos meninos hebreus estava reservada esta triste sorte

Muitas crianças morreram, mas não o escolhido


Mesmo deixado à deriva no rio, estava protegido
Milagre! Salvo pela filha de quem o mandou matar
Mandou matar? Agora faraó terá que o menino criar

Alguns anos mais tarde, o palácio abandonaria


Agora mais maduro, uma difícil missão receberia
Através de suas mãos, o Eterno ao Egito castigaria
Atravessou o Mar Vermelho, onde seu inimigo cairia

Recebeu do próprio Santo de Israel as tábuas da aliança


Realizou milagres no deserto. Tempo de esperança
Recomeçou sua história quando descalçou os pés
Resplandeça a glória do Senhor como Moisés.

“Nunca mais apareceu nenhum profeta como Moisés - pois o Senhor


falava com ele face a face. E obedecendo às ordens do Senhor, Moisés fez
espantosos milagres, que mais ninguém fez iguais! Ele fez milagres grandes e
terríveis na presença de Faraó, dos oficiais e de todo o povo do Egito; como
também diante do povo de Israel, no deserto.” (Deuteronômio 34:10,12)

10. MOISÉS
Alguns anos após a morte de José, surge um novo rei no Egito
que decide perseguir os descendentes de Jacó. Os israelitas são
então forçados a trabalhar como escravos para faraó. O Deus
Eterno vê a aflição da semente de Abraão e levanta dentre os
hebreus um libertador.
Salvo da morte iminente a que estava condenado pelo decreto
do rei do Egito, o menino Moisés foi criado justamente no palácio
real pela filha de faraó. Vendo um egípcio maltratando um hebreu,
Moisés ataca o oficial egípcio e o mata, fugindo em seguida.
Foi-se então para a terra dos midianitas, e cuidava dos
rebanhos de seu sogro Jetro (Reuel). Em uma das vezes que
apascentava o rebanho, próximo ao monte Horebe, recebe o
chamado de Deus para liderar a libertação dos filhos de Israel do
Egito. Mais uma vez, o plano da salvação divina contava com a
participação do homem. O Eterno envia Moisés de volta ao Egito e,
ali mesmo, conta-lhe detalhes de como será sua jornada.
“Bem sei que o rei do Egito não deixará que saiam, a não ser que, sofra
uma pressão muito forte. Eu mesmo farei essa pressão! Vou destruir o Egito
com meus milagres, e só depois o rei acabará cedendo. Quando acontecer
isso, vou fazer com que os egípcios fiquem gostando dos israelitas e lhes
deem muitos presentes. Assim vocês não sairão de mãos vazias.” (Êxodo
3:19-21)
E como Deus havia predito, assim aconteceu. O coração de
faraó se mostrou endurecido, o Egito foi assolado pelas pragas
enviadas pelo Senhor e, por fim, o exército egípcio pereceu no mar
Vermelho, enquanto os filhos de Israel o atravessaram em seco.
Assim começava uma longa jornada de 40 anos pelo deserto...
Poucos dias após atravessarem o mar Vermelho, o povo já
estava murmurando contra Deus e seu profeta Moisés. Após se
queixarem das águas amargas, Moisés orou ao Senhor, que
converteu as águas amargas em doce. Poucos dias depois, novas
murmurações: “Ali também os membros da assembleia de Israel fizeram
amargas queixas a Moisés e Arão. Que bom se estivéssemos no Egito!
‘choramingaram’. Era melhor que o Senhor nos tivesse matado lá! Pelo
menos tínhamos carne e pão com fartura. Mas vocês nos trouxeram a este
deserto para matar toda esta gente de fome!” (Êxodo 16:2,3)
O Eterno ouviu as murmurações dos hebreus e lhes fez chover
maná, o pão do céu. Moisés é chamado por Deus ao monte Sinai e
ali permanece por 40 dias até receber as tábuas com a Lei, escritas
pelo próprio dedo de Deus. Antes de descer do Sinai, o profeta
ainda intercede ao Senhor, pedindo ao Altíssimo que perdoe a
idolatria do povo pela fundição do bezerro de ouro.
Moisés rogou e o Santo de Israel lhe mostrou Sua glória. A
intimidade do profeta com Deus era tanta que até a pele de seu
rosto resplandecia pela presença da glória do Senhor. Durante a
longa jornada, Deus fez com que toda aquela geração murmuradora
caísse no deserto, preservando em vida apenas a Josué e Calebe.
Antes se sua morte, o velho Moisés abençoou a cada uma das
tribos de Israel. Em seguida subiu ao monte para avistar a terra
prometida pelo Todo-Poderoso a Abraão, Isaque e Jacó, morrendo
ali.
“Nunca mais apareceu nenhum profeta como Moisés - pois o
Senhor falava com ele face a face.” (Deuteronômio 34:10)
CONQUISTANDO PELA FÉ

Durante a caminhada no deserto


Esteve seguindo a Moisés de perto
Um dos espias que foi a terra prometida
Sabia que um dia a promessa seria cumprida

Vê chegar a sua hora de comandar Israel


Indo rumo a Canaã em tudo permanecia fiel
Venceu batalhas antes de atravessar o rio Jordão
Estava se cumprindo a promessa divina feita a Abraão

Depois do rio secar para o povo passar


Estavam rodeando Jericó sem vacilar
Um a um, dezenas de reinos foram arrasados
Servindo a Deus, os hebreus não seriam derrotados

Vida de milagres. Até sol e lua tiveram que parar


Invencível foi porque nunca deixou de confiar
Valente guerreiro que herdou a terra pela fé
Exemplo de obediência nos deixou Josué.

“Foi um dia marcante para Josué! O Senhor Deus fez com que o povo
reconhecesse o valor de Josué. E o povo passou a respeitar Josué como
tinha respeitado Moisés, e não só naquele dia, mas durante toda a vida dele!”
(Josué 4:14)

11. JOSUÉ
Após a morte de Moisés, Josué é escolhido pelo próprio Deus
para liderar o povo a fim de que os filhos de Israel tomassem posse
da terra que o Senhor havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó.
“Depois da morte de Moisés, homem que servia ao Senhor, Deus falou
ao assistente de Moisés chamado Josué, filho de Num: Agora que o meu
servo Moisés está morto, você passa a funcionar como o novo chefe do povo
de Israel. Prepare-se e guie este povo, atravessando com ele o rio Jordão e
indo à frente dele à terra prometida.” (Josué 1:1,2)
Para chegar a Canaã era necessário atravessar o rio Jordão.
Sob as ordens de Josué, os sacerdotes do Senhor levaram a Arca
da Aliança – que representava a presença do próprio Deus – à
frente do povo e o Todo-Poderoso abriu um caminho para o Seu
povo em meio às águas.
O próximo desafio seria conquistar a até então considerada
intransponível cidade de Jericó. Tratava-se de uma cidade-fortaleza
que, segundo os estudos arqueológicos do doutor John Garstang –
diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém – possuía
duas grandes muralhas de 10 metros de altura e que, juntas,
chegavam a incríveis 6 metros de largura.
O Eterno lançou por terra as muralhas daquela poderosa
cidade, dando vitória a Josué. Mas havia uma ordem a ser
cumprida: nesta primeira cidade – primícias de Canaã – todos os
objetos valiosos deveriam ser consagrados a Deus, sendo
guardados nos tesouros do Senhor.
Um israelita descumpriu a ordem divina e tomou para si o que
pertencia ao Eterno. Após essa estrondosa vitória sobre a poderosa
Jericó, os israelitas são vencidos em batalha por uma pequena
cidade adiante. Josué orou ao Senhor e o pecado foi revelado. Os
tesouros do Senhor estavam na tenda de Acã! Não há nada o
homem faça que não seja visto por Deus. E um dia, cedo ou tarde,
isso será trazido a juízo. O ímpio Acã e toda sua família morreram
naquele mesmo dia.
Uma das histórias mais marcantes das batalhas de Josué pela
conquista da terra prometida foi quando precisou guerrear contra
cinco reis cananeus e seus exércitos de uma só vez, pedindo ao
Eterno que parasse o tempo para que Israel vencesse seus
inimigos.
E o sol e a lua ficaram parados, até o exército de Israel terminar a
destruição dos inimigos. O Livro dos Justos faz descrição mais detalhada
deste fato. Assim o sol parou nos céus e não saiu durante quase vinte e
quatro horas. Nunca antes e nunca depois houve um dia como esse! Pois o
Senhor fez parar o sol e a lua, atendendo ao pedido de um homem! É que o
Senhor estava pelejando por Israel. (Josué 10: 13,14)
Ao longo de toda a sua jornada a frente dos filhos de Israel,
Josué venceu a mais de trinta reis cananeus, repartindo entre as 12
tribos de Israel a terra que o Eterno lhes havia dado por herança.
Pouco antes de sua morte, Josué traz a memória dos israelitas as
bênçãos recebidas de Deus e conduz toda a nação a um grande
pacto de fidelidade ao Senhor.
FÉ E OUSADIA

Da tribo de Judá, este homem era maioral


Eleito por Moisés para uma missão especial
Um dos 12 espias enviado à terra prometida
Servo fiel que soube honrar a ordem recebida

Voltando da missão, o grupo estava de fato apavorado


Esquecendo que o Eterno em tudo os tinha guiado
Levantando a voz, este fez a multidão calar
Animado estava para Canaã conquistar

Povo murmurador: faltou fé e ousadia


E no deserto a congregação rebelde morreria
Liderados por Moisés, se levanta uma nova geração
Os herdeiros da promessa divina atravessaram o Jordão

Fortalecido em Deus, derrotou gigantes temidos


Incansável, viu exércitos inteiros caírem vencidos
E nunca esqueça: quem espera no Senhor recebe
Lembre-se do exemplo de fé deixado por Calebe.

“Mas o meu servo Calebe é um tipo diferente de homem - ele Me


obedeceu totalmente. Ele entrará na terra que espiou, e seus descendentes
possuirão essa terra.” (Números 14:24)
12. CALEBE
Os hebreus haviam deixado o Egito e agora chegavam a terra
prometida pelo Senhor Deus. Moisés envia doze espias para fazer
um reconhecimento prévio de Canaã. É neste contexto que surge
Calebe, representante da tribo de Judá enviado por Moisés para
espiar a terra.
Passaram-se 40 dias desde que os espias foram enviados por
Moisés e, ao regressarem, o medo havia se apoderado de quase
todos eles. Apresentaram seu relatório a Moisés e a toda a
congregação, informando que a terra era realmente muito boa, mas
aterrorizados por causa dos moradores que habitavam nela. Diante
do pavor que tomou conta dos filhos de Israel, o corajoso Calebe
levanta a sua voz no meio da congregação: “Mas Calebe pediu ao povo
que estava ali na frente de Moisés que ficasse quieto, e disse: Vamos partir e
tomar a terra, porque é certo que vamos conquistá-la.” (Números 13:30)
O Eterno se irou contra os filhos de Israel e intentou exterminar
a todo aquele povo murmurador naquele momento. Moisés
intercedeu pelo povo e Deus ouviu o pedido do profeta. Apesar
disso, o Senhor sentenciou àquela geração – os que tinham a partir
de 20 anos de idade – condenando-os a morrer no deserto sem
entrar na terra prometida.
Os únicos que adentrariam a Canaã seriam Calebe e Josué,
pois confiaram no Senhor. É claro que eles também se assustaram
ao se deparar com os gigantes que habitavam em Canaã, mas a
confiança destes homens estava alicerçada em Deus e não em suas
próprias forças. Quando os olhos do homem estão firmados no
Senhor, nenhuma adversidade será grande demais.
Para cada dia em que espiaram a terra deveriam passar um
ano no deserto: 40 anos! Ao final desta longa jornada, centenas de
milhares de judeus morreram no deserto.
Entrando finalmente em Canaã, chegou o tempo de tomar
posse da terra prometida. Calebe, agora em idade avançada,
chega-se a Josué e pede para si as montanhas de Hebrom onde
habitavam os gigantes que haviam avistado quando foram espiar a
terra por ordem de Moisés.
“O Senhor deu ordem a Josué para que desse parte do território de Judá
a Calebe, filho de Jefoné. Por isso ele recebeu a cidade de Arba, também
chamada Hebrom.” (Josué 15:13)
E, já aos 85 anos de idade, o corajoso Calebe derrotou em
batalha os três gigantes que habitavam em Hebrom e todos os
moradores daquelas montanhas e tomou posse da promessa que o
Senhor lhe havia feito por intermédio de Moisés.
UM HOMEM DE OLHOS ABERTOS

O povo de Israel pelo deserto havia peregrinado


Liderados por Moisés, a reis já tinham derrotado
Haviam os hebreus se aproximado mais da terra prometida
E isso preocupava os cananeus, pois temiam perder a vida

Homens que caminhavam segundo o chamado divino


O rei de Moabe estava preocupado com o seu destino
Já sabia o que fazer. Mensageiros Balaque enviou
E creu que voltariam com o homem que chamou

Pediria ao encantador que amaldiçoasse aos hebreus


Aquele povo que fora resgatado do Egito por Deus
Recusou o primeiro convite, mas o segundo não
As riquezas prometidas lhe enchiam o coração

Deus o teria matado, mas a jumenta o salvou


Estava cego pela ganância, mas agora enxergou
Uma palavra de bênção proferiu e não de maldição
Servindo assim ao propósito divino, profetizou Balaão.

“Balaão tinha percebido então que o Senhor queria abençoar Israel, por
isso não foi ao encontro do Senhor como das vezes anteriores, mas olhou
para o deserto. E quando ele viu Israel acampado de acordo com a divisão
das tribos, o Espírito de Deus veio sobre ele.” (Números 24:1,2)

13. BALAÃO
Durante a jornada de Israel pelo deserto, muitos foram os
inimigos que se levantaram contra a semente de Abraão. Uma
destas figuras foi Balaão. Segundo uma antiga tradição judaica, este
Balaão – juntamente com seus filhos Janes e Jambres – era um dos
principais magos que serviram a faraó e um dos responsáveis por
fazer encantamentos diante do rei do Egito para desacreditar os
sinais realizados por Moisés.
Diante de tantos sinais e maravilhas que o Deus Todo-Poderoso
fez por toda a terra do Egito, é possível que o feiticeiro Balaão
realmente tenha se convertido ao Único e Verdadeiro Deus.
“Agora vejam! Os mágicos do Egito fizeram o que puderam com as artes
secretas deles, mas não conseguiram produzir piolhos! ‘Isto é o dedo de
Deus!’, disseram eles a Faraó. Mas o coração de Faraó continuou endurecido.
Ele teimou em não dar ouvidos a Moisés e a Arão. O Senhor tinha prevenido
que seria assim mesmo.” (Êxodo 8:18,19)
Quando os hebreus finalmente se aproximam dos termos de
Canaã, o rei Balaque fica atemorizado e manda chamar a Balaão
em uma cidade próxima ao rio Eufrates para amaldiçoar o povo de
Deus, livrando assim os moabitas das mãos de Israel.
Os primeiros mensageiros foram a Balaão com muito dinheiro
para que ele amaldiçoasse a Israel, mas o Eterno avisou ao profeta
que ele não poderia fazer isso, visto que aquele povo que saiu do
Egito e estava caminhando rumo a Canaã era abençoado pelo
próprio Deus.
Diante da primeira recusa, o rei dos moabitas envia príncipes
ainda mais honrados e maiores riquezas para que Balaão
amaldiçoasse o povo. O vidente não despediu a estes homens, mas
disse que consultaria ao Senhor. Deus já havia sido claro, mas o
amor ao dinheiro seduzia Balaão.
O Eterno permitiu que Balaão fosse com os príncipes enviados
por Balaque, mas, a caminho de Moabe, o Anjo do Senhor se
dispõe em batalha contra Balaão. Não fosse por sua jumenta – que
avistou o Anjo que se dispunha contra ele com uma espada –
Balaão não teria terminado a viagem. O Deus Eterno abre a boca da
jumenta e os olhos de Balaão...
“Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, que viu o Anjo do Senhor na
estrada, segurando uma espada na mão, pelo que se abaixou até o chão. O
Anjo do Senhor perguntou: Por que você espancou a jumenta três vezes? Eu
vim para detê-lo porque você está caminhando para a destruição. A jumenta
me viu três vezes e se desviou de mim. Se não fosse isso eu teria certamente
matado você e deixado a jumenta com vida.” (Números 24:31-33)
Balaão chega finalmente a Moabe, mas o Senhor não permite
que qualquer maldição seja lançada sobre os filhos de Israel. Ao
invés disso, o Espírito do Senhor lhe pôs palavras em sua boca para
abençoar aos herdeiros da promessa feita aos patriarcas.
Embora tenha usado esse episódio para converter a maldição
em bênção, o Senhor claramente não aprovou a conduta deste
ganancioso “profeta”. Ao advertir a uma das sete igrejas da Ásia, o
Eterno revela a maldade do coração de Balaão com a seguinte
exortação: “Todavia eu tenho umas poucas coisas contra você. Você tolera
no seu meio alguns que procedem como fez Balaão quando ensinou Balaque
a destruir o povo de Israel envolvendo-o em pecados sexuais e estimulando-o
a ir às festas de ídolos. Sim, existem alguns desses mesmos seguidores de
Balaão entre vocês!” (Apocalipse 2:14,15)
UMA JUÍZA EM ISRAEL

Josué morreu e logo o povo se corrompeu


Agora sofria as consequências do pecado seu
Inimigos se levantaram para destruir Israel
Rebelde nação. Porque não permaneceu fiel?

Em momentos de crise, os juízes se levantavam


Únicos que pareciam que no Eterno confiavam
Das montanhas de Efraim surge uma mulher
Era ela profetisa e juíza. Deus faz como quer

Enviou mensagem ao temeroso Baraque


Logo estariam congregados para o ataque
Ordenaram a batalha contra os cananeus
Mais uma vez Deus livrou os filhos seus

Tenda de Jael. Para lá fugiu o capitão inimigo


Outra mulher que não temeu diante do perigo
Linda a história desta varoa. Preciosa como uma pérola
Assim por muitos anos julgou entre os hebreus Débora.

“Nesse tempo, quem exercia as funções de juiz era a profetisa Débora,


mulher de Lapitote. Ela fazia funcionar o tribunal no lugar que veio a ter o
nome de ‘Palmeira de Débora’, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de
Efraim. Ali os israelitas procuravam Débora para resolver as demandas.”
(Juízes 4:4,5)

14. DÉBORA
“Pouco tempo depois, os israelitas deixaram de servir ao Senhor e não
deram atenção aos milagres feitos por Ele a favor de Israel. Abandonaram o
Senhor que tinha tirado o povo de Israel do Egito! Puseram-se a servir e
adorar os ídolos dos povos que viviam ali por perto.” (Juízes 2:12)
Após a morte de Josué e toda aquela geração que foi
conduzida pelo Senhor a Canaã, surge uma nova geração de
hebreus que deixa os mandamentos e estatutos do Santo. Desta
forma, Deus permitiu que os cananeus que ainda habitavam em
Canaã afligissem aos filhos de Israel.
Vendo-se em grandes aflições durante 20 anos por causa do
jugo de opressão do rei de Canaã, a nação clamou ao Senhor por
libertação. Neste tempo, a profetisa Débora era juíza em Israel. A
juíza ordena a Baraque que reúna o povo e saia em combate ao
poderoso exército do general Sísera.
Embora tivesse medo do exército dos cananeus, o comandante
Baraque aceita o chamado e vai a batalha com a profetisa Débora.
Sob a liderança militar e espiritual de Débora, o Senhor dos
Exércitos destruiu os inimigos de Israel, conforme havia sido predito
pela profetisa.
“Disse, pois, Débora a Baraque: ‘Chegou a hora de entrar em ação! O
Senhor vai na frente! Ele já entregou Sísera a você!’ Então Baraque e os dez
mil soldados de Israel desceram do monte Tabor para a batalha. O Senhor
derrotou totalmente as forças chefiadas por Sísera, pondo em confusão os
soldados e os carros, diante de Baraque. Vendo isso, Sísera saltou do carro e
fugiu a pé.” (Juízes 4:14,15)
Fugindo de diante dos soldados de Israel, o general Sísera se
esconde na tenda de Héber (da descendência de Hobabe, cunhado
de Moisés) e Jael, mulher de Héber, usa de astúcia para matar o
temido comandante do exército dos cananeus, trazendo fim a duas
décadas de opressão do rei cananeu Jabim contra os israelitas.
Assim liderou a profetisa e juíza Débora em batalha os homens
de Israel ao triunfo contra seus opressores, marcando para sempre
seu nome na história do povo de Deus.
Então Débora e Baraque cantaram esta canção de louvor, celebrando a
grande vitória: Os chefes de Israel foram na frente; e o povo foi atrás
alegremente! Bendigam o Senhor! Ouçam, príncipes e reis, eu cantarei ao
Senhor, ao Senhor, Deus de Israel.” (Juízes 5:1-3)
O GUERREIRO ESCONDIDO

A sonhada Canaã havia sido dada por herança


Agora os hebreus se esqueciam da divina aliança
Abandonaram o Deus Eterno. Viveram na idolatria
As consequências dessa atitude o povo rebelde sofreria

Bem escondido, alguém malhava o trigo


Bravo guerreiro, mas com medo do inimigo
Bondoso foi o Senhor, que um anjo lhe enviou
Bastante vacilante, ele por um momento até hesitou

Contudo creu, depois do Senhor provar


Cumpriu a ordem e derrubou de Baal o altar
Convocou os homens hebreus para irem à guerra
Confiou que o Deus Eterno daria livramento a terra

Disse o Senhor que os medrosos fossem embora


Daquela multidão, só 300 homens ficaram agora
Derrotado, o exército inimigo fugiu em confusão
Deus deu vitória pela fé e obediência de Gideão.

“Quando Gideão ouviu o sonho e a interpretação, adorou a Deus. Depois


voltou ao acampamento israelita, e bradou: Todos de pé! Porque Deus vai
usar vocês para dominar e destruir o acampamento dos midianitas!” (Juízes
7:15)

15. GIDEÃO
Antes de sua morte, Josué havia dado instruções às tribos de
Israel sobre a importância de perseverarem em sua fidelidade ao
Senhor. Apesar disso, os hebreus se contaminaram com as práticas
pagãs dos cananeus que ainda habitavam na terra.
Como consequência do pecado, Deus permitiu que os
cananeus afligissem aos filhos de Israel. A opressão dos midianitas
era tanta, que os hebreus passaram a se esconder em cavernas
com medo dos inimigos. Diante do clamor da nação, o Senhor
atentou a aflição de Seu povo.
“Pedindo Israel socorro ao Senhor, Ele respondeu por meio de um
profeta, que disse: Assim diz o Senhor Deus de Israel: 'Fui eu que libertei
vocês da escravidão do Egito. Fui eu que trouxe vocês para estas terras.
Livrei vocês não só do Egito, mas de todos os povos que oprimiam vocês -
expulsei todos estes povos, e dei a vocês as terras deles. Então eu disse: Eu
sou o Senhor, o Deus de vocês. Não sirvam aos deuses dos amorreus que
estão ao redor de vocês. Mas vocês não deram ouvidos!” (Juízes 6:7-10)
Naquele cenário em que o medo tomava conta dos israelitas, o
Senhor chamou a Gideão. Como era de se esperar, ele temeu a
missão. E tinha motivos para isso. Gideão não era a pessoa mais
preparada para liderar Israel na batalha contra os inimigos, mas o
Senhor dos Exércitos era com ele.
Depois de destruir o altar que seu pai tinha dedicado a Baal,
Gideão provou ao Senhor e foi respondido em suas petições. Os
midianitas se juntaram a outros povos e formaram um poderoso
exército para atacar os filhos de Israel.
Gideão obedeceu ao chamado e convocou o povo para o
combate. Deus disse a Gideão que fosse a batalha contra aquela
multidão de dezenas de milhares de cananeus com apenas 300
homens. Quando o Senhor está conosco, não há motivos para nos
preocuparmos com a força do inimigo.
“Gideão dividiu os trezentos homens em três batalhões, e deu a cada
soldado uma corneta, um vaso de barro e uma tocha dentro do vaso. Depois
explicou o plano: Fiquem olhando para mim, e façam o que eu fizer. Quando
estivermos chegando perto do acampamento, façam exatamente o que eu
fizer.” (Juízes 7:16,17)
Perto da meia-noite, ao ouvirem as trombetas dos hebreus, o
Eterno fez com que uma grande confusão se instalasse no
acampamento dos exércitos cananeus e eles se destruíram
mutuamente. Certamente a escuridão da noite fez com que
pensassem estar atacando os homens de Israel. Quando já estavam
arruinados, os valentes de Gideão arrasaram o que restou do
numeroso exército cananeu.
Voltando de perseguir e aniquilar os reis que escaparam do
arraial dos midianitas, os homens de Israel foram ter com Gideão
para o fazerem rei sobre toda a nação, mas ele recusou, dizendo a
eles que o SENHOR deveria ser o Rei sobre a nação.
Apesar disso, com uma parte do ouro que tomou dos inimigos
midianitas que morreram em combate fez para si uma faixa
sacerdotal que foi levada para sua cidade natal e acabou servindo
de tropeço aos hebreus, pois o povo passou a prestar culto à faixa
de ouro que Gideão havia feito.
BRINCANDO COM O PECADO

Sua mãe a visita de um anjo recebeu


Era estéril, mas um menino concebeu
Já desde o ventre foi Nazireu de Deus
A sua força se voltaria contra os filisteus

Pureza e santidade era o que Deus esperava


Unido ao Senhor, nada e ninguém o parava
Realizou proezas. Com o Senhor, ele era invencível
Os inimigos não resistiam. Tinha uma força terrível

Seria indestrutível, mas foi brincar com o pecado


E pagaria caro por não ter mais Deus ao seu lado
Já não era o mesmo. Vencido por sua imprudência
A força nunca esteve no cabelo, mas na obediência

Prisioneiro do inimigo, do Eterno se lembrou


Uma última vez aquela imensa força recobrou
Reconheceu o Senhor, sem soberba ou pretensão
O templo e milhares de filisteus destruiu Sansão.

“Mas escute o que [o anjo] disse: ‘Você vai ter um menino!’ E disse que
eu não devo beber vinho e nenhuma bebida alcoólica, e que não devo comer
nada do que a Lei declara impuro, pois o menino será nazireu - será dedicado
a Deus desde o momento em que nascer até o momento em que morrer.”
(Juízes 13:6,7)

16. SANSÃO
Afastando-se dos preceitos divinos, mais uma vez os filhos de
Israel são entregues nas mãos de seus inimigos. Durante longos 40
anos, os filisteus oprimiram aos hebreus. Mais uma vez, Deus teve
misericórdia da semente de Abraão e levantou um libertador.
O anjo do Senhor anuncia a uma mulher estéril que ela daria a
luz a um menino e que este seria consagrado ou separado para o
serviço de Deus. A mulher então vai a seu marido e lhe conta tudo o
que lhe foi anunciado. Por causa da oração de Manoá, o anjo volta
àquele lugar e reafirma as instruções que haviam sido dadas a sua
esposa referentes à criação do menino.
O menino nazireu cresceu e se apaixonou por uma jovem
filisteia. Mesmo repreendido pelos pais, Sansão decide se casar
com a mulher cananeia. Indo à casa da moça, encontrou um leão
que o atacou, mas Sansão o matou usando apenas as mãos.
Regressando algum tempo depois a casa da jovem para casar-se
com ela, encontra no corpo do leão morto na estrada um enxame de
abelhas com mel, decidindo comer um pouco deste mel.
Sansão encontrou doçura em meio à podridão! O mundo em
que vivemos está dominado pelo mal, mas ainda hoje há pessoas
que se consomem o pecado e sentem prazer nisso. Sansão faz um
enigma com esta situação e o propõe aos filisteus durante a festa de
casamento. Como eles não foram capazes de descobrir, ameaçam a
mulher de Sansão até que ela revela o enigma, enfurecendo seu
marido ainda nos dias de núpcias. Era o início da inimizade entre
Sansão e os filisteus.
Após atear fogo em uma enorme plantação dos filisteus, foi
atacado por eles. Usando apenas a queixada de um jumento, o
valente Sansão matou mil dos filisteus que foram atacá-lo. Os
inimigos ficaram aterrorizados, mas não desistiram da vingança...
Algum tempo depois, Sansão vai a uma cidade dos filisteus
para se relacionar com uma prostituta. Mais tarde, estava
novamente apaixonado por uma mulher filisteia. Depois de muito
importuná-lo, fez com que o insensato Sansão lhe revelasse o
segredo de sua força. Quando dormiu, teve o cabelo cortado por
Dalila, foi capturado e teve seus olhos vazados pelos filisteus.
Sansão foi feito prisioneiro e, durante as comemorações pela
sua captura, foi levado ao templo de Dagom para “brincarem” com
ele. Pela primeira vez Sansão faz uma oração ao Senhor: “Em certo
momento, Sansão orou a Deus e suplicou: Ó Senhor, Deus de Israel! Rogo
que se lembre de mim - e que só mais esta vez me dê força para que eu
possa fazer os filisteus pagarem pela perda de pelo menos um dos meus
olhos!” (Juízes 16:28)
O Senhor ouviu a oração de Sansão e, novamente revestido
pelo Espírito de Deus, lançou abaixo o templo, matando de uma só
vez a milhares de filisteus. Era o fim de uma triste história de um
homem que, embora tenha sido escolhido por Deus antes de ser
formado no ventre de sua mãe, passou a vida a brincar com o
pecado.
O PODER DA ORAÇÃO

Dentro de uma longa lista de genealogia


Está destacado o seu nome na família
Um nome que o fazia lembrar dor
Sua virtude foi orar ao Senhor

Foi de fato uma poderosa oração


Algo capaz de trazer transformação
Realmente ele queria a bênção receber
Árvore seca? Deus então lhe fará florescer

Terrível destino já o esperava


Uma sincera oração tudo mudava
Deus lhe concedeu o que tinha pedido
Ore também quando tudo parecer perdido

Não importa o lugar de sua conceição


O importante é crer no poder da oração
Veja que através dela Deus tudo novo fez
Oração. Essa seria a marca da vida de Jabez.

“Foi ele quem orou ao Deus de Israel, dizendo: ‘Oh, quanto eu desejo
que o Senhor me abençoe maravilhosamente e me ajude em meu trabalho;
por favor, fique comigo em tudo quanto eu fizer, e guarde-me de todo mal e
sofrimento!’ E Deus concedeu a ele o que havia pedido.” (I Crônicas 4:10)
17. JABEZ
A breve história de Jabez surge em meio a uma extensa lista de
nomes que aparecem no primeiro livro das Crônicas. Uma história
breve – descrita em apenas dois versículos – que demonstra o
poder da oração na vida do homem.
Por circunstâncias desconhecidas, recebeu em seu nascimento
um nome cujo significado em hebraico é “aquele que causa
sofrimento”. Era costume na época que o nome dado a criança
tivesse relação com as circunstâncias de seu nascimento. Apenas
para ilustrar, vale a pena lembrar que o patriarca Jacó (“enganador”)
foi assim chamado pelo fato de ter nascido agarrado ao calcanhar
de seu irmão, como que se lutando pela primogenitura.
Desta forma, é bastante provável que o parto da mãe de Jabez
tenha lhe causado um grande sofrimento. E isso ficou marcado no
nome de seu filho, trazendo talvez problemas de relacionamentos a
ele durante toda sua vida. Afinal de contas, quem gostaria de estar
junto, de se relacionar com “aquele que causa sofrimento”?
Jabez poderia ter se entregado à autopiedade, mas preferiu não
se conformar com o “rótulo” recebido e clamou ao Senhor Deus de
Israel: “Foi ele quem orou ao Deus de Israel, dizendo: ‘Oh, quanto eu desejo
que o Senhor me abençoe maravilhosamente e me ajude em meu trabalho;
por favor, fique comigo em tudo quanto eu fizer, e guarde-me de todo mal e
sofrimento!’ E Deus concedeu a ele o que havia pedido.” (I Crônicas 4:10)
A oração de Jabez pode ser dividida em quatro partes, como
veremos a seguir: I. “desejo que o Senhor me abençoe
maravilhosamente”: Como derramada extraordinariamente em
outros tempos (Gênesis 26:12), Jabez pede ao Senhor que a
bênção celestial repouse sobre ele.
II. “e me ajude em meu trabalho”: Assim como o salmista
(Salmos 127:1), ele reconhece que somente o Eterno pode fazer
prosperar a obra de suas mãos.
III. “fique comigo em tudo o que eu fizer”: Ele não se contenta
apenas em ser próspero, mas clama – como Moisés (Êxodo 33:15)
– pela presença divina em todos os momentos.
IV. “e guarde-me de todo mal e sofrimento”: A oração de Jabez
termina como ensinado pelo Senhor Jesus (Mateus 6:13),
reconhecendo a soberania divina sobre toda força do mal.
O Senhor atendeu a súplica de Jabez, um homem que teve seu
destino completamente transformado pelo poder da oração.
CAMINHO DA ESPERANÇA

Elimeleque deixa Belém para peregrinar


Entre o povo moabita até a fome passar
Ele e os seus filhos morreram. Quanto desespero!
Então Noemi decidiu voltar ao seu lar verdadeiro

Enquanto voltava, suas noras a acompanhavam


Estas três mulheres sós para Judá caminhavam
Embora uma tenha desistido daquela jornada
Em pouco tempo terminariam a caminhada

Agora estavam em Belém. A história delas ia mudar


A jovem moabita sai então para por ali trabalhar
Aquele era o tempo de cevada no campo colher
Assim ela ao poderoso Boaz iria conhecer

Após algum tempo, ele tomou a moabita por mulher


Agindo o Senhor, quem impedirá o que Ele quer?
Ainda que tudo pareça perdido na vida, lute
Assim como esta moça chamada Rute.

“Mas Rute respondeu: Não insista para que eu a abandone, pois quero ir
aonde a senhora for, e viver onde a senhora viver. Seu povo será o meu povo
e o seu Deus será o meu Deus.” (Rute 1:16)
18. RUTE
No tempo em juízes governavam a Israel, os termos de Belém –
que significa “casa do pão”) foram assolados por uma grave fome,
levando a Elimeleque a abandonar suas terras e partir com sua
esposa Noemi e seus dois filhos para peregrinar em Moabe.
Durante o tempo em que permaneceram em Moabe, os filhos
de Noemi se casaram com mulheres moabitas. Alguns anos mais
tarde, tanto Elimeleque como seus filhos morreram, deixando
desamparadas a Noemi e suas duas noras. Noemi decidiu regressar
para Belém e suas noras moabitas decidiram que não a deixariam.
“Porém, quando já estavam caminhando de volta a Israel, Noemi disse
às suas noras: Por que vocês não voltam para as casas de seus pais, em vez
de irem embora comigo? Eu desejo sinceramente que Deus recompense
vocês duas por terem sido fiéis a seus maridos e a mim.” (Rute 1:8)
Uma de suas noras decide seguir o conselho de Noemi e
regressa para a casa de seu pai, mas outra decide ir com ela até o
fim. O nome dela era Rute. A moça estava decidida a não
abandonar sua sogra, regressando assim Noemi e Rute para os
termos de Israel.
Como Noemi já era uma mulher de idade avançada, Rute sai
sozinha para trabalhar. Colhendo espigas no campo, conhece o
proprietário das terras em que trabalhava: Boaz. Orientada por
Noemi, a jovem Rute vai ao encontro de Boaz e pede que ele se
case com ela. O Eterno usa de misericórdia para com Rute e Noemi
e o casamento entre a jovem e Boaz acontece.
“As mulheres de Belém disseram a Noemi: Louvado seja Deus, pois Ele
deu um netinho a você. Desejamos que ele seja famoso em Israel, que
devolva a você a juventude e que cuide de você quando chegar à sua velhice:
ele é o filho de sua nora, que a ama muito, que foi melhor para você do que
sete filhos!” (Rute 4:14,15)
A união entre a piedosa Rute e seu esposo Boaz foi abençoada
pelo Santo de Israel, resultando no nascimento de um menino. O
filho de Rute viria a ser avô do rei Davi, fazendo desta virtuosa
moabita parte da linhagem do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A BÊNÇÃO DA ENTREGA

Desejava ter um filho de todo o seu coração


Era estéril, mas se achegou a Deus em oração
Uma mulher amargurada, pois Penina a provocava
Sofria em silêncio, mas Deus via o quanto chorava

Ouviu o Altíssimo a sua sincera petição


Um voto fez. Chegaria ao fim sua aflição
Vendo nesta mulher tamanha fé e confiança
Este Deus maravilhoso lhe deu uma criança

Vendo que o menino já estava crescido


O entregou a Deus como havia prometido
Cumpriu o seu voto e o Senhor lhe honrou
Ênfase nisso! A sua grande bênção ela entregou

O Santo de Israel, a esta mulher filhos e filhas deu


Reconheceu a fé de quem cumpriu o que prometeu
Assim viveu a mãe de Samuel, esposa de Elcana
Receba a bênção em sua vida como a estéril Ana.

“Esta foi a oração que Ana fez: Quanto me regozijo no Senhor! Quanta
força e bênção Ele me tem dado! Agora tenho uma resposta para os meus
inimigos. Porque o Senhor me salvou do meu problema. Quanto me regozijo!”
(I Samuel 2:1)
19. ANA
Embora amada por seu marido, a estéril Ana sofria por não
poder ter filhos. Além do sofrimento natural por não conceber, havia
outro agravante: as provocações de Penina.
Era algo muito comum na época que um homem se casasse
com mais de uma mulher. Elcana era marido de Ana e também de
Penina. Surge então certa rivalidade entre estas mulheres, pois Ana,
embora fosse estéril, era mais amada por seu marido do que
Penina.
Tantas vezes afrontada por Penina pelo fato de ser estéril, Ana
faz um voto ao Deus de Israel: “Ana fez este voto: Senhor dos céus, se
olhar para o meu sofrimento e responder à minha oração dando-me um filho,
então eu darei esse filho de volta ao Senhor; ele será seu por todos os dias da
sua vida, e os seus cabelos nunca serão cortados.” (I Samuel 1:11)
Após esta oração, o semblante de Ana já não era o mesmo. No
plano terreno, nada havia mudado, mas ela estava confiante na
resposta de Deus. O Senhor atentou para a aflição e a fé desta
mulher e lhe concedeu o desejo de seu coração.
Um menino nasceu e, assim como havia prometido ao Senhor,
ela o consagrou ao serviço do Eterno, entregando a criança ainda
muito pequena ao sacerdote Eli para que servisse ao Senhor por
todos os dias de sua vida.
Ser mãe era o maior desejo de Ana e, apesar disso, ela entrega
o que há de mais precioso em sua vida para Deus. O menino
Samuel cresceu no tabernáculo, servindo ao Santo de Israel desde
a mais tenra idade.
“Embora ainda fosse uma criança, Samuel era o auxiliar do Senhor, e
usava um pequeno manto de linho igual ao manto do sacerdote. Cada ano a
mãe de Samuel fazia para ele uma túnica e lhe dava quando vinha com o
marido para oferecer sacrifício. Antes de voltarem para casa, Eli abençoava a
Elcana e Ana, e pedia a Deus que desse a esse casal outros filhos que
tomassem o lugar deste que eles haviam dado ao Senhor. E o Senhor
concedeu a Ana três filhos e duas filhas. Enquanto isso, Samuel crescia,
prestando serviço ao Senhor.” (I Samuel 2:18-21)
Ana honrou a promessa que havia feito e o Eterno
recompensou a esta mulher por sua fidelidade, concedendo a ela e
a seu marido outros cinco filhos.
CONSAGRADO AO SENHOR

Ana orou e Deus atendeu o seu clamor


A criança então foi dedicada ao Senhor
Em meio a sonhos, pelo Eterno seria chamado
E o futuro de Eli e seus filhos lhe foi revelado

Perante o sacerdote permanecia submisso


Pois com o Santo Deus tinha compromisso
Com a morte de Eli, seu ministério começou
Caminhando com o Eterno, o profeta prosperou

Exortou a nação a um sincero arrependimento


E o povo deixou os ídolos com contentamento
Pedindo o povo um rei, se mostrou entristecido
Porém o Senhor ordenou que Saul fosse ungido

A nação dos amalequitas foi de todo destruída


Apesar de Saul ter poupado de Amaleque a vida
Com as bênçãos de Deus, ungiu a Davi rei de Israel
Como juiz, sacerdote e profeta da nação viveu Samuel.

“Porém Samuel ministrava perante o Senhor, e fazia-se agradável, assim


para com o Senhor como também para com os homens. O pequeno Samuel
ia crescendo em dois sentidos - estava ficando cada vez mais alto, e tornava-
se o predileto de toda gente – e do Senhor também!” (I Samuel 2:18,26)
20. SAMUEL
Fruto da oração de fé de sua mãe Ana, Samuel encerra a era
dos juízes que governaram sobre Israel, sendo o mais proeminente
dentre eles.
Considerado pela tradição judaica como o “mestre dos
profetas”, Samuel foi dedicado por sua mãe ao Eterno antes de seu
nascimento, crescendo desde os dois anos no templo e servindo ao
Senhor.
Durante uma sangrenta batalha contra os filisteus, 30.000
homens de Israel caíram mortos e a Arca da Aliança – que
representava a presença de Deus – foi levada pelos inimigos. O
Senhor castigou violentamente aos filisteus e eles fizeram regressar
a Arca aos termos de Israel.
Apesar disso, Israel permanecia sob o domínio dos filisteus. O
profeta Samuel exortou a nação a abandonar os falsos deuses que
guardavam consigo e servir apenas ao Senhor. Os israelitas
ouviram a voz do profeta e abandonaram os deuses cananeus,
servindo somente ao Deus Vivo.
Os filisteus saíram contra Israel como dantes, mas desta vez o
Todo-Poderoso pelejou pelos israelitas. Enquanto Samuel intercedia
pela nação, o Senhor dos Exércitos se voltou contra os inimigos dos
hebreus.
“Assim os filisteus foram dominados e não invadiram mais Israel durante
o tempo em que Samuel viveu, porque o Senhor estava contra eles.” (I
Samuel 7:13)
Samuel julgava a todo o Israel, viajando anualmente por toda a
nação não apenas para julgar o povo, como também para ensinar-
lhes os estatutos do Senhor Deus de Israel. Os israelitas se
voltaram para os caminhos do Senhor e foram protegidos de todos
os inimigos.
Ao envelhecer, o profeta, sacerdote e juiz Samuel decide
nomear seus dois filhos mais velhos para julgarem a nação em seu
lugar: “Porém não eram como seu pai, pois tinham muita cobiça por dinheiro.
Aceitavam dinheiro para favorecer a uns e prejudicar a outros, e eram muito
corruptos para fazer justiça.” (I Samuel 8:3)
Tal como sucedeu ao sacerdote Eli, também os filhos de
Samuel se mostraram negligentes na administração do serviço do
Senhor. Diante da perversão moral dos sucessores de Samuel, os
chefes da nação se reuniram com o profeta e pediram que ele
constituísse um rei sobre eles.
Contrariado com o pedido dos israelitas, o profeta consulta ao
Senhor. O Santo de Israel permite que se faça segundo o desejo do
povo, Samuel orienta aos israelitas acerca das obrigações que
teriam para com o rei, mas eles não lhes ouvem, dizendo: “porque
queremos ser iguais às nações ao nosso redor.” (I Samuel 8:20).
O Deus de Abraão escolheu sua descendência e fez dela uma
nação santa. O que os tornava especiais era justamente o fato de
serem diferente de todos os outros, mas eles queriam ser parecidos
com os demais.
Samuel unge a Saul como o primeiro rei da nação, dando início
a história da monarquia em Israel.
UMA GRANDE AMIZADE

Diversas guerras houve entre israelitas e filisteus


Era um período difícil da história do povo de Deus
Ungido rei, Saul preparou o exército de Israel para guerra
Seu filho atacou o inimigo; essa notícia se espalhou pela terra

Soldados filisteus se ajuntaram para batalha; era uma multidão


Um grande exército reunido para sua própria humilhação
Mesmo em desvantagem, esse jovem decidiu atacar
O Deus dos Exércitos o fez outra vez triunfar

Davi venceu o temido Golias e diante do rei foi levado


E depois de estar com Saul, com seu filho tinha falado
Uma história de amizade verdadeira ali nascia
Sabemos que uma aliança entre eles haveria

Saul se levantou para a vida de Davi tirar


Um propósito que Deus não fez prosperar
Morreu em combate. Era ousado como Jonas
Ousadia e fé marcaram a vida do príncipe Jônatas.

“Por fim, Jônatas disse a Davi: ‘Coragem, pois nós confiamos a nós
mesmos e a nossos filhos à proteção do Senhor para sempre’. Assim eles se
separaram; Davi tomou outro rumo, e Jônatas voltou à cidade.” (I Samuel
20:42)

21. JÔNATAS
O reinado de Saul se estabelecia em Israel e sucessivas
guerras entre os filisteus e os israelitas marcaram aquela época.
Como filho de Saul e sucessor natural do trono de Israel, Jônatas
demonstrava grande coragem à frente das tropas israelitas.
Na primeira de suas batalhas contra os filisteus, o príncipe
Jônatas comandou um ataque que culminou com a destruição de
uma guarnição inteira de filisteus. A notícia se espalhou e os filisteus
reuniram um numeroso e poderoso exército para atacar a Israel.
“Quando os homens de Israel viram aquela enorme quantidade de
soldados inimigos, perderam a coragem por completo e procuraram esconder-
se nas cavernas, nas moitas, nos esconderijos, entre as rochas, e mesmo nos
túmulos e nos poços.” (I Samuel 13:6)
Após a fuga em massa dos homens que formavam o exército
hebreu, restaram apenas 600 soldados israelitas – e, mesmo assim,
tremiam de medo – sob as ordens de Saul contra os incontáveis
combatentes filisteus. Além disso, os filhos de Israel não possuíam
armas para o combate.
Confiando que o Senhor dos Exércitos “pode dar a vitória por
meio de muitos ou de poucos” (I Samuel 14:6), o destemido Jônatas
parte contra uma guarnição inimiga acompanhado apenas de seu
escudeiro, causando grande matança entre eles. O Todo-Poderoso
fez com que a terra tremesse e causou um pavor e confusão tão
grande entre os filisteus que eles se atacaram mutuamente.
Os filisteus tornaram a reunir um numeroso exército para
enfrentar a Israel, mas viram o gigante Golias tombar diante de Davi
e, mais uma vez, voltaram para seus termos vencidos pelos
hebreus. Desde aquele dia nasceria uma bela amizade entre o
príncipe Jônatas e o futuro rei Davi.
Com a crescente popularidade de Davi entre o povo, o rei Saul
intente tirar-lhe a vida. Sabendo disso, o príncipe procura persuadir
seu pai a não se levantar contra o jovem filho de Jessé: “Você se
esqueceu de quando ele arriscou a vida para matar o gigante Golias, e como
o Senhor deu uma grande vitória a Israel como resultado? Certamente você
ficou feliz naquela ocasião. Por que deveria derramar o sangue de um
inocente, matando-o? Não há motivo algum para isso!” (I Samuel 19:5)
O rei não deu ouvidos aos conselhos de seu filho e procurava
uma ocasião oportuna para matar a Davi. Sabendo disso, Jônatas
se encontra com seu amigo Davi e o ajuda a fugir de seu pai,
mesmo sabendo que essa atitude poderia fazer com que Davi – e
não ele – fosse o sucessor do rei Saul.
Em mais uma das batalhas entre Israel e os filisteus, os
inimigos atacaram violentamente as tropas israelitas, provocando
não só a morte de muitos hebreus, como também a do próprio rei
Saul e de seu filho Jônatas.
SAINDO DE TRÁS DAS MALHADAS

Deus havia a Saul rejeitado


Apesar de permanecer no reinado
Vencendo o inimigo, tomou coisa proibida
Inconsequente! Perderia então a bênção recebida

Samuel foi ordenado a ungir outro rei


Alguém que amasse ao Eterno e Sua Lei
Um pastor de ovelhas tinha sido escolhido
Liderando a nação havia um menino ungido

Diante de Golias, o povo estava assustado


Apenas com uma pedrada seria derrotado
Venceria batalhas por onde quer que andasse
Inimigos temidos caíam por onde ele passasse

Salmos lindos, ao Deus Eterno entoou


Apesar de suas falhas, ao Santo agradou
Um homem como este nunca vi
Levantado pelo Senhor foi Davi.

“Agora Davi entendia por que o Senhor fez com que ele se tornasse rei e
deu a ele um reino tão grande; era por um motivo especial: dar alegria ao
povo de Deus!” (I Crônicas 14:2)
22. DAVI
O reinado de Saul foi rejeitado pelo Senhor, de tal forma que o
profeta Samuel é enviado por Deus a Belém com o propósito de
consagrar o novo rei de Israel. Embora fosse o mais novo dos filhos
de Jessé, o jovem Davi é ungido rei sobre toda a nação “e o Espírito
do Senhor veio sobre Davi e lhe concedeu grande poder, daquele
dia em diante.” (I Samuel 16:13) Algum tempo depois, os filisteus se
acamparam em batalha para enfrentar a Israel. O temido gigante
filisteu Golias – que media quase 3 metros de altura – se coloca a
frente do exército israelita e lhe propõe um desafio: uma luta homem
a homem. Caso o representante de Israel vencesse o combate, os
filisteus serviriam ao rei Saul, mas se Golias vencesse, Israel
serviria aos filisteus.
Durante 40 dias, o guerreiro Golias se punha à frente dos
soldados de Israel e os desafiava ao combate, mas não havia ali
quem se encorajasse a enfrentá-lo. Enviado por seu pai Jessé ao
acampamento de Israel para levar alimentos a seus irmãos, Davi
ouve as afrontas de Golias e aceita o desafio de enfrentar o
campeão dos filisteus.
Embora não acreditasse que Davi poderia vencer o gigante
filisteu, o rei Saul lhe permite enfrentar a Golias, oferecendo-lhe,
inclusive sua própria armadura, mas o menino Davi não a quis usar.
Há coisas que servem bem para algumas pessoas, mas nunca
servirão para outras. O menino levou consigo apenas o seu alforje
de pastor com cinco pedras e uma funda.
Golias via a sua frente apenas um rapaz incapaz de enfrentá-lo,
insultando ao destemido Davi.
“Davi gritou em resposta: Você vem a mim com uma espada e uma
lança, mas eu vou a você em nome do Senhor do universo, e Senhor do
exército de Israel – o verdadeiro Deus, a quem você dirigiu insultos.” (I
Samuel 17:45)
Enquanto o gigante – e seu escudeiro – caminhava em direção
ao corajoso menino, Davi correu em direção a Golias e arremessou
uma das pedras que levava, cravando-a na fronte do filisteu.
Israel venceu a batalha contra os filisteus pela mão de Davi e a
fama do jovem se espalhou por toda a nação, despertando a fúria
de Saul. Apesar de ser duramente perseguido pelo rei, Davi não se
levantou contra o ungido do Senhor. Embora também tivesse sido
ungido por Samuel, Davi soube esperar com paciência seu tempo
de reinar.
Com a morte de Saul e de seu filho Is-Bosete, o jovem rei Davi
unificou os reinos de Judá e Israel, conquistando pouco tempo
depois a fortificada cidade de Jerusalém – que até então
permanecia sob o domínio dos cananeus – e transformando-a na
capital do reino de Israel.
Davi amava ao Deus de Israel e por isso trouxe a Arca da
Aliança para Jerusalém. Como a Arca representava o próprio Deus,
essa atitude do rei revela o quanto ele almejava a presença do
Senhor. “E o Senhor ia concedendo vitórias a Davi por onde quer
que ele passasse.” (II Samuel 8:6) Embora tenha cometido alguns
erros graves em sua trajetória de vida, a história do reinado de Davi
será para sempre lembrada pela bondade e fidelidade do Senhor
sobre aquele que foi um homem segundo o coração de Deus.
UMA SÁBIA MULHER

Dez mensageiros foram enviados a Nabal


Este homem tolo quis pagar o bem com mal
Um detalhe: foi Davi que esses moços enviou
Sua resposta estúpida quase uma tragédia causou

Sabendo sua mulher do acontecido


Agora precisava reparar o erro cometido
Recebeu então Davi uma oferta de sua mão
Assim a sábia mulher livrou sua casa da perdição

Depois de alguns dias, o insensato Nabal morreu


Era a Mão do Eterno que contra ele se estendeu
Uma mulher prudente. Logo foi recompensada
Sendo ela como esposa para o rei Davi tomada

Sabedoria é uma virtude a se buscar


Assim poderemos neste mundo caminhar
Receba a bênção como aquela mulher gentil
Acredite em seu milagre e seja sábia como Abigail.

“A mulher sábia faz do seu lar um paraíso, mas a mulher tola, sozinha,
estraga a vida de sua família.” (Provérbios 14:1)
23. ABIGAIL
Uma mulher sábia que tinha como marido um homem
insensato. Esta pequena frase reflete a condição da bela Abigail,
esposa do tolo Nabal.
Por causa da implacável perseguição de Saul, Davi durante
muito tempo vagou como um fugitivo pelos termos de Israel. Certa
ocasião, Davi envia mensageiros a Nabal, pedindo-lhe que
oferecesse a ele e os que o acompanhavam (600 homens) alguma
provisão.
O insensato Nabal não só se negou a ofertar qualquer coisa ao
futuro rei de Israel como o insultou, comparando-o com um servo
fugitivo de seu senhor. Diante da afronta de Nabal, Davi parte
armado com 400 homens para exterminar toda a casa deste
insensato homem.
O fim trágico de Nabal e sua parentela era uma questão de
tempo. Sabedor da inteligência e prudência de Abigail, um dos
empregados de Nabal vai a ela e lhe conta o ocorrido: “Nesse meio
tempo, um dos homens de Nabal foi procurar Abigail, e disse a ela: Davi
enviou homens do deserto para falar com o nosso patrão, mas ele insultou os
homens e os expulsou daqui. Porém os homens de Davi foram muito bons
para nós, e nunca nos fizeram nenhum mal; para dizer a verdade, dia e noite
eles foram como um muro de proteção para nós e para as ovelhas, e nada foi
tirado de nós durante todo o tempo em que estiveram ao nosso lado.” (I
Samuel 25:14-16)
Não havia tempo a perder! Abigail vai ao encontro de Davi com
uma grande oferta e se inclina diante dele, desculpando-se diante
dele pela insensatez de seu esposo e suplicando o favor do futuro
rei de Israel.
A sabedoria e prudência de Abigail foram capazes de aplacar a
ira de Davi e livrar da morte iminente a toda sua casa.
“Davi respondeu a Abigail: Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje
enviou você ao meu encontro! Graças a Deus pelo bom juízo que você
demonstra! Bendita seja você, por me impedir de matar esse homem e de
vingar-me por minhas próprias mãos. Pois juro pelo Senhor, o Deus de Israel,
que me impediu de fazer mal a você, que se você não tivesse vindo ao meu
encontro, nenhum dos homens de Nabal estaria vivo amanhã pela manhã.” (I
Samuel 25:32-34)
Ao retornar a sua casa, Abigail encontra seu marido bêbado em
uma grande festa que ele havia dado. Dez dias depois desse
episódio, o próprio Deus provocou a morte de Nabal por sua
insensatez.
Sabendo da notícia, Davi se apressou e enviou ao Carmelo
mensageiros pedindo a prudente Abigail em casamento. A sábia
mulher aceita prontamente o convite e se torna esposa do futuro rei
de Israel.
CONTADOR DE HISTÓRIAS

Davi desejava construir uma casa para Deus


Declarando ao profeta do Senhor os desejos seus
Deus amava Davi, mas não aceitou aquela construção
Declarando ainda que o templo seria edificado por Salomão

Com a mulher do heteu Urias, o rei havia adulterado


Como se fosse pouco, ao marido dela tinha assassinado
Com uma parábola, o profeta anunciou seu grande pecado
Consequências dolorosas que seriam sentidas durante o reinado

Bom rei, mas mau pai. Davi sofreu duras derrotasem seu próprio lar
Brigas pelo trono, estupro e assassinato entre filhos. Difícil suportar
Buscou refúgio quando fugia de diante da face do filho Absalão
Bem sabemos que só a morte do príncipe deu fim à rebelião

A velhice de Davi chegou e seu filho Adonias tomou o trono de Israel


Acreditava que reinaria sobre a nação, mas não era um homem fiel
A intervenção do profeta mudou os rumos da história deste clã
Assim Salomão herdou o trono com a ajuda do profeta Natã.

“Com os levitas do templo ele formou um conjunto de orquestra com


címbalos, harpas e liras. Isto estava de acordo com as instruções de Davi e
dos profetas Gade e Natã - que haviam recebido essas instruções do Senhor.”
(II Crônicas 29:20,25)

24. NATÃ
Sucessor de Samuel no ministério profético, a voz de Natã foi
um poderoso instrumento do Senhor Deus de Israel para a instrução
e correção do rei Davi.
Quando o reino de Israel estava em paz – não havendo conflito
com as nações circunvizinhas – o rei Davi desejou construir uma
casa para o Deus Eterno, tendo em vista que a Arca da Aliança
permanecia em tendas desde os tempos em que Israel peregrinava
no deserto.
Consultando ao profeta Natã, ouviu do mensageiro do Senhor
de que deveria fazer aquilo que desejasse seu coração. Naquela
mesma noite, Deus orienta o profeta e ele é enviado ao rei para
dizer-lhe que não deveria construir uma casa para a habitação do
Altíssimo.
O profeta anuncia que da linhagem de Davi surgiria Aquele que
governará a terra “por todas as gerações que hão de vir” (II Samuel
7:11), predizendo ainda que seu filho e sucessor – Salomão – será o
responsável por edificar um templo ao Senhor.
Algum tempo depois, o profeta é enviado a Davi para
repreendê-lo através de uma parábola por dois graves pecados: o
adultério com Bate-Seba e a morte premeditada do marido desta
mulher. O rei se arrependeu de seus pecados e alcançou o perdão
divino, embora tenha sofrido com as consequências de seu próprio
pecado.
“Por isso, daqui para frente, a espada estará sempre sobre a sua família,
pois você me deixou triste ao tomar a esposa de Urias. Agora o meu aviso:
por causa do seu mau procedimento, farei com que a sua casa se revolte
contra você. Darei as suas esposas a outro homem que dormirá com elas em
plena luz do dia. Você fez isso em segredo, mas com você será feito
abertamente, à vista de todo o Israel.” (II Samuel 12:10-12)
Quando Davi já era muito idoso para reinar, Adonias decide
colocar a coroa real em sua própria cabeça, se autodeclarando rei
em lugar de seu pai Davi. Diante daquele cenário de conspiração de
um dos próprios filhos do rei para usurpar o trono de Israel, o profeta
Natã elabora um plano para que a coroa fosse dada por Davi a
Salomão, conforme o rei lhe havia prometido.
Por conta da intervenção do profeta Natã, o rei Davi é levado a
destituir ao usurpador Adonias, conduzindo ao trono de Israel o seu
sucessor e filho Salomão.
PRESERVE A COMUNHÃO

A história de Davi ainda não acabou


Bem velhinho, sua sucessão preparou
Conselhos deu a seu filho antes de morrer
Decidiu então o Eterno ao moço aparecer

Este rei pede ao Senhor só sabedoria


Fez bem. Sua petição a Deus agradaria
Guiou seu povo em dias de tranquilidade
Homem de muitas riquezas e prosperidade

Israel nunca tinha vivido uma época igual


Já não se falava de guerras. Cenário ideal
Lindos provérbios e cânticos escreveu
Mas na velhice, do Eterno se esqueceu

Não viu que as mulheres a cada dia


O faziam trilhar o caminho da idolatria
Perdeu em seus últimos anos a comunhão
Quebrando a aliança divina, morreu Salomão.

“Assim Deus indicou Salomão para sentar-se no trono de seu pai Davi: e
ele foi muito feliz, e todo o Israel obedecia a ele. Os chefes do povo, os
oficiais do exército, e seus irmãos, todos eles prometeram que seriam fiéis ao
rei Salomão. O Senhor fez que ele ficasse muito bem conhecido de todo o
povo de Israel, e ele teve maior riqueza e honra do que seu pai.” (I Crônicas
29:23-25)

25. SALOMÃO
Nos últimos dias de vida de Davi, o jovem Salomão recebe
conselhos de seu pai e é constituído como rei sobre toda a nação. O
reino de Israel se fortaleceu em seus dias, pois “Salomão amava ao
Senhor e seguia todas as instruções de seu pai Davi.” (I Reis 3:3) O
Eterno Deus concede a Salomão uma extraordinária sabedoria para
governar aos filhos de Israel. A fama de Salomão se espalhou por
várias nações, sendo grandemente admirado por sua sabedoria. Ao
longo de sua vida, escreveu a 3.000 provérbios e mais de mil
canções (I Reis 4:32) Havia paz em Israel e o rei Salomão se
dedicou na construção da Casa de Deus, como o Senhor havia dito
a Davi. O templo construído nos dias de Salomão era uma obra que
impressionava por seu esplendor. Para sua construção, Salomão
empregou simplesmente o que havia de melhor.
Apenas para que se tenha uma ideia da grandiosidade da obra,
foram utilizadas aproximadamente 3.800 toneladas de ouro.
Considerando que um mísero grama de ouro é cotado em pouco
mais de U$ 56 (janeiro/2020), chegamos a impressionante soma de
aproximadamente 214 bilhões de dólares americanos!
Após pouco mais de sete anos para sua edificação, o templo
finalmente estava acabado e Salomão preparou uma grande
celebração para a consagração da Casa do Senhor. O Altíssimo
aparece novamente a Salomão e conta a seu servo que santificou o
templo que ele havia construído.
O reino de Israel prosperava nos dias de Salomão. O rei
possuía grandes acordos comerciais com diversas nações que
geravam enormes riquezas. Além disso, o comércio marítimo
empreendido pelas frotas de Salomão era responsável pela
chegada de ouro e prata em abundância a Israel.
“Assim o rei Salomão ficou sendo mais rico e mais sábio do que
todos os reis da terra.” (I Reis 10:23). Apesar de toda glória de seu
reinado, os últimos dias de Salomão foram marcados por sua
apostasia. Embora o Eterno houvesse ordenado aos israelitas que
não se casassem com mulheres estrangeiras, Salomão se uniu a
muitas mulheres pagãs, entregando-se à idolatria.
“Ele teve setecentas esposas, e além dessas ainda teve outras trezentas
mulheres; sem dúvida, elas conseguiram que o rei desviasse o seu coração
do Senhor, especialmente quando ele ficou velho. Elas conseguiram que ele
adorasse os deuses delas em vez de se dedicar completamente ao Senhor,
conforme seu pai Davi se havia dedicado de todo o coração.” (I Reis 11:3,4)
O Senhor se irou contra Salomão e o avisou que, após sua
morte, o reino de Israel seria rasgado das mãos de seu sucessor.
Assim reinou Salomão durante 40 anos sobre toda nação,
encerrando de forma triste um reinado marcado pela paz e
prosperidade de Israel.
VENCENDO PELA ORAÇÃO

Fez diante de Deus o que era bom e reto


Pois destruiu os altares pagãos por completo
Mandou a nação que buscasse apenas o Senhor
Deus se agradou de Judá e foi então seu Protetor

Contra os judeus se levantaria um poderoso inimigo


Um milhão de soldados! Era bem grande o perigo
Apresentou ao Senhor dos Exércitos sua oração
E Judá recebeu naquela hora divina proteção

Naqueles dias, o povo renovou a aliança


Outra vez estava em Deus sua confiança
Apesar disso, pediu ajuda ao rei da Síria
Infeliz escolha! Faltou ao rei sabedoria

Não quis aceitar do profeta a repreensão


Mandando levar o mensageiro para prisão
Com uma ferida nos pés, morreria em casa
Assim termina o reinado do inconstante Asa.

“Asa pediu socorro ao Senhor seu Deus, e disse: Ó Senhor, ninguém


mais pode ajudar-nos! Aqui estamos nós, fracos, contra este exército
poderoso. Ajude-nos, Senhor nosso Deus! Pois confiamos só no Senhor para
livrar-nos, e em seu nome atacamos esta enorme multidão. Não permita que
simples homens derrotem o Senhor!” (II Crônicas 14:11)
26. ASA
Em um cenário de corrupção espiritual que atravessava a
nação, o rei Asa inicia seu reinado destruindo os altares de
adoração de deuses pagãos que haviam se espalhado sobre a terra
de Judá, exortando que toda a nação “obedecesse às leis e aos
mandamentos do Senhor Deus de seus pais” (II Crônicas 14:4).
O Eterno se agradou da conduta do rei e concedeu paz aos
judeus durante os dez primeiros anos do reinado de Asa.
Aproveitando o longo período sem guerras, o rei fortaleceu a todas
as cidades de Judá e formou um exército de homens preparados
para a guerra.
Após esse período de calmaria, se levantou um poderoso
exército etíope formado por um milhão de soldados e centenas de
carros de guerra. O rei Asa envia as forças de defesa de Judá
contra o inimigo e pede auxílio ao Senhor dos Exércitos naquela
batalha.
O próprio Deus feriu aos inimigos etíopes e eles fugiram de
diante dos judeus. Após esse grande livramento, o Espírito do
Senhor revestiu a Azarias para anunciar a mensagem divina aos
judeus.
“E ele saiu para encontrar-se com o rei Asa, que estava voltando da
guerra. ‘Ouça-me, Asa! Ouçam-me, exércitos de Judá e de Benjamim!’ disse
ele. O Senhor ficará com vocês, enquanto vocês ficarem com Ele! Sempre
que vocês procurarem o Senhor, vão encontrá-lo. Mas se vocês deixarem o
Senhor, Ele deixará vocês.” (II Crônicas 15:2)
Ouvindo as palavras do servo do Senhor, o rei Asa percorreu a
todos os termos de Judá e Benjamin destruindo as imagens dos
deuses cananeus que encontrava e congregou a toda nação para
firmarem uma aliança com o Deus de Israel. Aqueles que
profanassem o concerto que Judá havia feito com o Senhor
deveriam ser mortos.
Muitos anos depois, o reino de Israel declara guerra contra
Judá. Apesar de sua fidelidade ao Senhor, o rei Asa se propôs a
fazer uma aliança com o rei da Síria para enfrentar o perigo que o
rei Baasa e os israelitas passavam a representar.
Embora sua aliança com os sírios tenha afastado as tropas de
Israel dos domínios de Judá, Asa foi repreendido pelo profeta
Hanani por pedir socorro ao exército da Síria e não ao Senhor Deus.
O rei se enfureceu com a mensagem do profeta e mandou que o
levassem para prisão.
Alguns anos depois, Asa é atacado por uma grave doença que
lhe ataca os pés. E mais uma vez o rei não pediu ao Deus Vivo que
o ajudasse, mas buscou a cura apenas através dos médicos. Após
passar dois anos enfermo, o rei Asa acaba morrendo, sendo
sepultado na cidade de Davi.
UM PROFETA VERDADEIRO

Honrado profeta que pela vontade do rei Josafá foi chamado


Homem de Deus que profetizou apenas o que Deus havia falado
Guerra contra o rei da Síria? O rei Acabe foi advertido pelo Senhor
Gileade: onde os filhos de Israel seriam como ovelhas que não têm
pastor

Furioso estava Acabe com aquilo que ele profetizou


Fechou o coração para a Palavra de Deus e não a escutou
Embora sua mensagem fosse verdadeira, foi no queixo ferido
Esteve preso por ordem do rei, mas não se mostrava arrependido

Duvidando da mensagem do profeta, contra os sírios guerreou


Determinado estava o fim do rei. A sentença se cumpriu e não tardou
Com uma flechada certeira no peito, o perverso Acabe finalmente morreu
Como profetizado por Elias, por ordem de Jeú cada um de seus filhos
pereceu

Bem sabemos que o rei Josafá foi por Deus repreendido


Bastante humilde se mostrava, pois estava de fato arrependido
Anunciava corajosamente a palavra profética assim como Isaías
Apesar dos sofrimentos da jornada, perseverante foi o profeta Micaías.

“Porém Micaías respondeu: Tão certo como vive o Senhor, o que o meu
Deus disser, isso falarei.” (II Crônicas 18:13)

27. MICAÍAS
Era um período de certa tranquilidade para o reino de Israel,
pois já se passavam três anos sem conflitos com a Síria. O perverso
rei Acabe decide romper com aquele momento de paz e pede
auxílio ao rei Josafá para sair ao combate dos síros.
Josafá prontamente coloca a disposição as tropas de Judá para
combater ao lado do exército de Israel, mas ressalta que
“deveríamos primeiro perguntar ao Senhor, para termos certeza do
que Ele quer que façamos.” (I Reis 22:5) O rei Acabe chama então a
400 falsos profetas que, na presença dos reis de Israel e Judá,
profetizam que o Senhor os faria prosperar naquela campanha
militar. Josafá não se satisfez com aquelas palavras, pedindo a ao
rei de Israel que trouxesse algum profeta do Verdadeiro Deus para
que pudessem consultar a vontade divina através dele.
O rei Acabe disse a Josafá que ainda havia um profeta do
Senhor nos termos de Israel e enviou um de seus oficiais para que
fosse chamar ao profeta Micaías.
“O homem que foi buscar Micaías disse a ele o que estava acontecendo,
e o que todos os profetas diziam - que a guerra ia terminar com a vitória para
o rei. ‘Espero que você concorde com eles, e dê ao rei uma palavra favorável,’
foi o conselho que o homem deu. Porém Micaías respondeu: Tão certo como
vive o Senhor, o que o meu Deus disser, isso falarei.” (II Crônicas 18:12,13)
O homem de Deus se apresenta diante dos reis e destes falsos
profetas com uma mensagem impactante: Acabe morrerá naquela
batalha diante do exército da Síria e os homens de Israel voltarão
derrotados para suas casas.
Micaías foi golpeado no rosto por um daqueles profetas pagãos
que ali estavam e Acabe manda em seguida que o profeta do
Senhor seja levado preso ao prefeito da cidade, sendo mantido na
prisão com “pão e água apenas o suficiente para conservá-lo vivo.”
(I Reis 22:27) Saíram então reunidos os exércitos de Israel e Judá
para enfrentar as tropas sírias, se cumprindo no campo de batalha
as palavras do Senhor dos Exércitos.
“A batalha ia ficando cada vez mais terrível à medida que as horas
passavam. O rei Acabe voltou, tentando ficar apoiado no seu carro; o sangue
do seu ferimento escorria para o fundo do carro. Afinal, à tardinha, ele morreu.
Logo ao pôr-do-sol correu este aviso entre os seus soldados: ‘Tudo está
acabado - voltem para casa! O rei está morto!’ O seu corpo foi levado para,
Samaria e sepultado ali.” (I Reis 22:35-37)
ENSINANDO A OBEDECER

Deus era o centro de seu reinado


E por causa disso foi muito honrado
Um rei que buscou a Deus com sinceridade
Servindo ao Altíssimo, encontrou prosperidade

Reuniu os príncipes para ao povo ensinar


Ensinar a Lei para a nação não tropeçar
Tropeçar na idolatria, às imagens observando
Observando o erro e do Senhor se afastando

Depois de ajudar Acabe, foi de fato repreendido


Eliseu pouco depois também o tinha advertido
Unindo-se a pessoas erradas? Tenha cuidado
Saiba que Deus pode não estar ao seu lado

Reuniu o povo no dia da angústia e tribulação


Estes receberam vitória pelo poder da oração
Tenha um cântico de vitória. Por ti Deus lutará!
Obedeça aos mandamentos divinos como Josafá.

“Assim, depois disso, Josafá não fez mais viagens a Israel, mas
permaneceu sossegado em Jerusalém. Mais tarde ele saiu outra vez entre o
povo, viajando desde Berseba até à região das montanhas de Efraim para
animar todos a adorarem o Deus de seus pais.” (II Crônicas 19:4)

28. JOSAFÁ
Com a morte de seu pai Asa, Josafá assume o reino de Judá. O
começo de seu reinado foi marcado pelo esforço em fortalecer as
linhas militares de defesa dos judeus contra possíveis ataques de
Israel.
Além disso, se destacou dos seus antecessores pelo cuidado
em ensinar os mandamentos de Deus aos judeus. Para isso, foram
enviados príncipes, sacerdotes e levitas a todas as cidades de Judá
com cópias do livro da lei do Senhor para a instrução do povo.
Apesar de sua fidelidade ao Deus Eterno, foi repreendido pelo
profeta do Senhor por se aliar ao perverso Acabe e sair em batalha
contra os sírios para ajudar ao rei de Israel. Diferente de seu pai
Asa, o rei Josafá ouviu com temor a palavra profética que foi dada
ao profeta Jeú.
“Assim, depois disso, Josafá não fez mais viagens a Israel, mas
permaneceu sossegado em Jerusalém. Mais tarde ele saiu outra vez entre o
povo, viajando desde Berseba até à região das montanhas de Efraim para
animar todos a adorarem o Deus de seus pais.” (II Crônicas 19:4)
Alguns anos mais tarde, os exércitos dos reis de Moabe, Amom
e Edom se reuniram e partiram para batalha contra Judá. Ao saber
da ameaça que estes exércitos representavam, Josafá convoca a
todo povo a consagrar um jejum ao Senhor. De todas as partes da
nação, os judeus vieram a Jerusalém para se unirem ao rei em sua
oração para que Judá fosse salva dos inimigos.
“Enquanto todo o povo de todas as partes de Judá estava em
pé diante do Senhor, com suas crianças, suas esposas e seus
filhos” (II Crônicas 20:13), o Santo de Israel ordena que o exército
judeu avance contra os inimigos e anuncia a toda aquela
congregação que Ele mesmo iria a batalha contra os que se
levantavam contra Judá.
Josafá e seu exército saíram no dia seguinte pela manhã em
direção àquele poderoso exército. Quando se aproximavam, o rei
ordenou que cantores fossem enviados à frente do exército
entoando louvores ao Senhor dos Exércitos.
No momento em que os cânticos de louvor e adoração
começaram, Deus suscitou uma contenda entre os exércitos que
marchavam contra Judá, de tal forma que eles se destruíram
mutuamente.
Assim, quando os de Judá chegaram num local alto de onde se olha
para o deserto, até onde eles podiam ver, o chão estava coberto de corpos
mortos - não escapou nem um só dos soldados inimigos. (II Crônicas 20:24)
Os judeus encontraram tantas riquezas entre os inimigos que
levaram três dias para recolher todas as coisas valiosas que
levavam quando caíram mortos no deserto. Assim Josafá e seu
exército entraram em Jerusalém com cânticos de louvor e adoração
ao Senhor.
Quando se espalhou a notícia de que o Deus de Israel havia
pelejado contra os inimigos de Judá, as nações circunvizinhas
ficaram atemorizadas e temeram sair em batalha contra os judeus.
No fim de seus dias, Josafá novamente firma uma aliança com
o rei de Israel e é repreendido pelo Senhor. Durante 25 anos, o rei
Josafá reinou sobre Judá, servindo ele próprio como exemplo para a
nação de uma vida marcada pela fidelidade e confiança no Deus de
Abraão.
UM PROFETA NO DESERTO

Profetizou que não choveria


E por anos houve seca em Samaria
Experimentou a bênção divina da provisão
Porque corvos lhe traziam a cada dia carne e pão

Entrando em Sidom, a uma viúva procurou


Esta foi a palavra que o Senhor lhe ordenou
Providência divina! O sustento Deus enviou
Pois a farinha na panela da viúva não faltou

Estava na hora de regressar a Israel


Profetas de Baal enganavam a nação infiel
Precisou restaurar o altar. Fogo do céu desceu
E algum tempo depois ungiu como profeta a Eliseu

Por uma carruagem de fogo ao céu ele foi levado


Parece incrível? O profeta então foi arrebatado
Esteve diante de reis anunciando as profecias
Este homem de Deus era o profeta Elias.

“Elias era tão inteiramente humano quanto nós, e, entretanto, quando


orou fervorosamente que não caísse chuva, não caiu nada durante o três
anos e meio seguintes! Depois ele orou de novo, desta vez para que
chovesse, e a chuva desceu e o pasto ficou verde e as hortas começaram a
crescer novamente.” (Tiago 5:17,18)
29. ELIAS
O ministério profético de Elias ocorre em Israel (reino do Norte),
em um período onde o culto aos falsos deuses crescia rapidamente.
O Senhor se irou contra o rei Acabe e enviou o profeta Elias com
uma mensagem dura: uma seca devastadora iria arrasar os termos
de Israel.
O profeta então é enviado pelo próprio Deus a um córrego
próximo ao rio Jordão onde era sustentado por corvos que traziam o
alimento do profeta a cada dia. Secando o córrego, o Senhor envia
Elias a uma viúva em Sidom para ali se alimentar até o fim da seca
que assolava a terra.
A pobre mulher não tinha nada além do que um punhado de
farinha para que ela e seu filho fizessem uma última refeição antes
de morrer. Apesar disso, Elias lhe faz um pedido inesperado: “Mas
Elias disse a ela: Não tenha medo! Vá e cozinhe esta última refeição, mas
primeiro quero que me faça um pequeno pão; e depois ainda haverá alimento
suficiente para você e seu filho. Porque o Senhor Deus de Israel diz que
sempre haverá bastante farinha e bastante óleo em suas vasilhas, até á
ocasião em que o Senhor enviar chuva e as colheitas crescerem de novo!” (I
Reis 17:13,14)
A mulher fez com que ela cresse na palavra do profeta. O
Eterno recompensou a fé desta pobre viúva, “pois por mais que
comessem, sempre havia de sobra nas vasilhas.” (I Samuel 17:16).
Pouco tempo depois o filho desta mulher morreu e, pela oração de
Elias, Deus o ressuscitou dos mortos.
Três anos se passaram e o Deus de Israel manda Elias de volta
ao ímpio Acabe. O profeta se apresenta ao rei e pede que ele reúna
no monte Carmelo a todo Israel, além de centenas de profetas dos
deuses cananeus sustentados pela casa real.
O profeta Elias propõe um desafio aos 450 profetas de Baal:
eles invocariam o seu deus, enquanto ele invocaria o Santo de
Israel. Aquele que respondesse desde os céus com fogo sobre o
altar esse seria o verdadeiro Deus. Os profetas pagãos invocaram
ao seu deus desde a manhã até à tarde e, apesar de tanto gritarem
e se mutilarem, não houve qualquer resposta.
Elias então restaura o altar do sacrifício e invoca ao Senhor
com uma oração simples e poderosa. O Deus Vivo enviou fogo dos
céus e consumiu o sacrifício – e toda a água – oferecido pelo
profeta.
Assim como o profeta restaurou o altar, para que a resposta
que esperamos do Senhor venha sobre nós, muitas vezes é
necessário restaurarmos algumas coisas que estão desordenadas
em nossas vidas. Os filhos de Israel reconheceram ali que “só o
Senhor e Deus” e naquele mesmo dia todos os profetas de Baal
morreram por ordem de Elias.
Após essa estrondosa manifestação divina, a chuva voltou a
cair sobre as sedentas terras de Israel. Ao saber da mortandade dos
profetas de Baal provocada por Elias, a rainha Jezabel ameaçou
matá-lo. Elias se sente depressivo e foge para o monte Horebe para
salvar sua vida.
Deus trata com Elias e o encoraja a seguir a caminhada,
ungindo o jovem Eliseu como profeta do Senhor em seu lugar. O
ímpio rei Acazias – sucessor de Acabe – também foi repreendido
pelo profeta por não confiar no Deus de Israel, morrendo logo
depois. Quanto ao profeta Elias, não provou a morte, pois foi
arrebatado em uma carruagem de fogo pelo Senhor Deus até os
céus.
UM SANTO PROFETA

Desceu uma carruagem de fogo do céu


Elias foi arrebatado. Este era seu troféu
Um sucessor para ele já havia sido escolhido
Sendo por ordem do próprio Senhor ungido

Maior poder recebeu. Era muita unção


Ungido que recebeu a dobrada porção
Deus estava com ele em tudo que fazia
A palavra profética sempre se cumpria

Sedentos no deserto, reis a ele clamaram


E foram saciados porque em Deus confiaram
Um profeta do Senhor; o azeite da viúva aumentou
Saciou a muitos famintos quando poucos pães multiplicou

Da lepra, Naamã foi por sua palavra curado


Inimigos o cercaram, mas Deus os havia cegado
Até um morto caindo na sepultura do profeta reviveu
Servindo ao Senhor do Universo viveu o profeta Eliseu.

“Certa vez Eliseu passou por Suném, e uma mulher rica e de boa
posição na cidade o convidou para almoçar em sua casa. Depois disso, toda
vez que Eliseu passava por ali, parava para almoçar ou jantar. Um dia essa
mulher sunamita disse ao marido: Sabe de uma coisa? Estou certa de que
esse homem que vem aqui em casa de quando em quando é um santo
profeta.” (II Reis 4:8,9)
30. ELISEU
Ungido por Elias como seu sucessor no ministério profético,
Eliseu permaneceu até o último momento ao lado de Elias,
presenciando o arrebatamento de seu mestre em uma carruagem
de fogo que ascendia aos céus em um redemoinho diante de seus
olhos.
Regressando então para Jericó, o profeta Eliseu invoca ao
Deus de Elias e usa o manto de seu mestre para dividir as águas e
passar o rio Jordão em seco. Algum tempo depois, os reis de Israel,
Judá e Edom – descendentes de Jacó e Esaú – se uniram para
atacar o rei de Moabe. Diante da escassez de água, buscaram a
palavra do Senhor por meio de Eliseu e foram vitoriosos na batalha.
A bondade de uma mulher sunamita para com o profeta fez
com que ele a abençoasse, declarando que Deus lhe daria um filho.
A palavra profética se cumpriu e a mulher se tornou mãe, mesmo
sendo esposa de um marido já idoso. Alguns anos depois, o menino
que ela tanto amava morre em seus braços enquanto o pai
trabalhava no campo.
A mulher avisou ao marido que precisava se encontrar com o
homem de Deus, mas não lhe disse do que se tratava. Chegando ao
Carmelo, o assistente de Eliseu vai ao seu encontro, mas ela
também nada conta a ele. A sábia sunamita não perdeu tempo se
lamentando com pessoas que nada podiam fazer para ajudá-la;
contou o problema apenas àquele que poderia resolvê-lo. O profeta
vai a casa desta mulher e o filho dela ressuscita dos mortos pelo
poder de Deus.
Em outra ocasião, o chefe dos exércitos da Síria, ouvindo falar
de um profeta de Deus que vivia em Samaria, foi enviado por seu rei
às terras de Israel para que fosse curado de lepra. Embora se
sentisse um homem importante, Eliseu sequer o recebe, enviando
seu assistente com uma ordem clara: mergulhe sete vezes no rio
Jordão e será curado da lepra. O sírio fica indignado, mas é
convencido a fazer o que lhe foi ordenado pelo profeta e foi curado
de sua doença mortal.
Algum tempo depois, a Síria entrou em guerra contra Israel e
montava suas guarnições em locais estratégicos para atacar aos
israelitas. Os planos do exército sírio eram revelados por Deus ao
profeta Eliseu e este anunciava ao rei de Israel onde os
combatentes sírios esperavam atacar.
O rei da Síria soube que era Eliseu que frustrava seus planos,
revelando suas estratégias ao monarca de Israel. E assim foi
enviado à noite “um grande exército, com muitos carros e cavalos
para cercarem a cidade” e prender o profeta (II Reis 6:14). O
assistente de Eliseu estava apavorado com o exército sírio, até que
Eliseu pede ora para que a fé do moço fosse fortalecida: “Não tenha
medo, disse Eliseu. Nosso exército é muito maior, e muito mais forte do que o
do rei da Síria! Então Eliseu orou: ‘Ó Deus! Abre os olhos de o meu auxiliar
para que ele veja!’ E Deus abriu os olhos do moço, e ele viu a montanha
coberta de cavalos e carros de fogo!” (I Reis 6:16,17)
O Deus Vivo cegou aos sírios e estes foram conduzidos pelo
próprio Eliseu a capital de Israel. Em Samaria, o profeta ora ao
Senhor e estes homens recobram a visão, sendo alimentados pelo
rei de Israel antes de serem despedidos de volta para Síria.
Desde episódios como a multiplicação dos pães para alimentar
a uma multidão em Gilgal até o cumprimento da profecia de
livramento durante o cerco do exército sírio a Samaria, Deus sempre
esteve com Eliseu, operando milagres ao longo de sua vida e até
mesmo depois dela (II Reis 13:21)

UM CAPITÃO NO TRONO

Acabe multiplicou sobre a terra seu pecado


Anunciado por Deus foi o final daquele reinado
Mais do que isso, o Senhor exterminaria sua geração
Maldades e pecados praticados não encontrariam perdão

Eliseu ouviu a ordem divina e ao novo rei de Israel mandou ungir


Era um capitão do exército. Esta missão recebida ele iria cumprir
Pois com uma flecha o coração do rei Jorão atravessou
Perverso era o rei Acazias e o capitão também o matou

O novo rei partiu então para cidade de Jezreel


Ordenando a morte da idólatra rainha Jezabel
Assim como profetizado por Elias, seu corpo não foi sepultado
Ao invés disso, pelos cavalos seu cadáver teria sido atropelado

Com astúcia congregou e matou a todos os servos de Baal


Contudo, o coração do novo rei não se afastou do mal
Pecou sim, mas não desprezou a Deus como Esaú
Por mais de vinte anos reinaria o capitão Jeú.

“Pelo que disse o Senhor a Jeú: Porquanto bem obraste em fazer o que
é reto aos meus olhos e, conforme a tudo quanto eu tinha no meu coração,
fizeste a casa de Acabe.” (II Reis 10:30)

31. JEÚ
Os pecados da casa de Acabe se multiplicavam sobre a terra.
Desta forma, o Senhor ordenou a Eliseu que ungisse ao capitão Jeú
como novo rei sobre todo Israel.
“Então Jeú deixou os outros companheiros e entrou na casa, e o moço
despejou o óleo sobre a sua cabeça, dizendo: O Senhor Deus de Israel diz:
Com este ato você agora é rei de Israel, o povo do Senhor. Você deve destruir
a família de Acabe; vingará o assassinato dos meus profetas e de todos os
meus servos que Jezabel matou. Toda a família de Acabe deve ser liquidada -
todos os do sexo masculino, seja lá quem for.” (II Reis 9:6-9)
O capitão Jeú parte junto com outros comandantes do exército
para cumprir as palavras que o Senhor lhe tinha dito. Encontrou-se
com o rei Jorão no campo de Nabote e, com uma flechada certeira,
atravessou o coração do rei de Israel. O ímpio Acazias, que reinava
sobre Judá, também acompanhava a Jorão e foi morto naquela
ocasião por Jeú. Naquele mesmo dia, adentrou ao palácio real e
ordenou a morte da perversa Jezabel.
Após matar em um mesmo dia aos reis de Israel e Judá, Jeú
agora se volta contra toda casa a descendência de Acabe,
ordenando a morte de seus 70 filhos e de todos os seus parentes,
além de parentes do rei Acazias que saíram de Judá para visitar aos
filhos de Jorão. (II Crônicas 22:8) Partindo o rei Jeú encontra-se
com o piedoso Jonadabe, do qual o próprio Deus Eterno daria
testemunho séculos mais tarde (Jeremias 35). Jeú chega a Samaria
com um plano para exterminar a todos os adoradores de Baal,
ordenando que todos se reunissem no templo dedicado ao deus
pagão para um grande culto.
“Então Jeú e Jonadabe, filho de Recabe, entraram no templo de Baal
para falar ao povo que ali estava: ‘Examinem bem para ter certeza de que
estejam aqui somente aqueles que adoram a Baal; não deixem entrar
ninguém dos que adoram ao Senhor!’ Quando os sacerdotes de Baal
começaram a oferecer sacrifícios e a queimar as ofertas, Jeú cercou o templo
com oitenta dos seus homens, e disse a eles: Se algum de vocês deixar
escapar alguém, pode estar certo de que vai pagar com a própria vida por
isso.” (II Reis 10:23,24)
Naquele dia, o rei Jeú exterminou a todos os adoradores de
Baal dos termos de Israel, destruindo em seguida o próprio templo
onde se cultuava ao deus cananeu.
Embora não tenha preparado o seu coração inteiramente para
servir ao Deus Vivo, o rei Jeú será lembrado como um homem que
cumpriu com fidelidade às ordens do Senhor, exterminando não só a
descendência de Acabe como também os adoradores de Baal que
viviam em Israel.
MENINO REI

Após a morte de Acazias, sua própria mãe aos netos exterminou


Antes daquela matança, a uma dessas crianças Jeoseba salvou
A rainha Atália assumiu desde então o reinado da nação
A perversidade desta mulher seria punida sem perdão

Alguns anos se passaram e o menino permanecia escondido


Até que Joiada decide pôr em prática o plano estabelecido
A liderança de Judá em Jerusalém foi então congregada
Aquele dia, na Casa de Deus uma aliança foi firmada

Aos sete anos, o menino foi ungido rei


Ainda moço, firmou seus passos na Lei
Abominável era o templo de Baal e foi por ele derrubado
A Casa do Senhor foi renovada. O templo foi reformado

Aos 130 anos, o sacerdote Joiada morreria


Aquele bom rei então se entregaria a idolatria
Apedrejou o profeta que falava de suas ações más
Assim chegou a um triste fim os dias do reinado de Joás.

“Joás estava com sete anos de idade quando se tornou rei, e reinou
quarenta anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zibia, de Berseba.
Joás fez o que pôde para agradar ao Senhor durante o tempo do sacerdote
Joiada.” (II Crônicas 24:1,2)

32. JOÁS
Sabendo da morte de seu filho Acazias em Israel pelas mãos
de Jeú, a perversa Atalia ordena a morte de toda a descendência
real e assume o trono de Judá. Apesar do massacre empreendido
pela rainha, o menino Joás foi salvo por sua tia Jeoseba, sendo
criado no templo do Senhor.
O sacerdote Joiada conversou com alguns dos oficiais do
exército e estes percorreram os termos de Judá, convocando os
líderes da nação a se reunir em Jerusalém com o sacerdote do
Senhor.
“Ao chegarem, eles juraram que seriam fiéis ao jovem rei, que ainda
estava escondido no templo. ‘Por fim chegou a vez do filho do rei governar! ’ -
exclamou Joiada. A promessa do Senhor - de que um filho do rei Davi seria
nosso rei - vai ser uma realidade.” (II Crônicas 23:3)
O prudente Joiada havia arquitetado um plano para fazer com
que o menino Joás herdasse o trono de seu pai. O menino foi
proclamado então rei de Judá com apenas sete anos de idade e a
rainha Atalia morreu naquele mesmo dia. O templo de Baal foi
derrubado logo depois e o sacerdote do deus cananeu foi morto.
Durante todos os anos de vida do sacerdote Joiada, o rei Joás
conduziu seus caminhos no temos do Senhor Deus de Israel,
ordenando, inclusive, que fosse realizada uma grande oferta em
toda a terra de Judá para que fossem feitas obras de restauração do
templo do Senhor.
Joiada prolongou seus dias de vida sobre a terra, morrendo – e
sendo sepultado entre os reis da nação – aos 130 anos de idade.
Após sua morte, o rei Joás e toda a nação se afastaram do Santo de
Israel e se entregaram à idolatria.
Embora Deus tenha enviado profetas para alertar aos filhos de
Judá, estes não ouviram a repreensão divina. O Espírito do Senhor
revestiu então ao profeta Zacarias – filho do sacerdote Joiada – com
uma mensagem que exortava a nação a se voltar para o Eterno.
Confrontado pela mensagem divina, o rei Joás ordena o assassinato
do profeta ali mesmo no pátio do templo.
O Senhor castigou a Judá, permitindo que um pequeno
destacamento do exército da Síria arrasasse a Jerusalém, ferindo
ao rei e matando a todos os seus príncipes.
“Foi uma grande vitória para o pequeno exército sírio, porém o Senhor
deixou que o grande exército de Judá fosse conquistado pelos sírios, porque
eles haviam abandonado ao Senhor Deus de seus pais. Desse modo Deus
executou o seu juízo sobre Joás. Quando os sírios se foram embora -
deixando Joás muito ferido - seus próprios oficiais decidiram matá-lo por
causa do assassinato do filho do sacerdote Joiada. Eles mataram Joás
quando este estava deitado na cama, e o enterraram na cidade de Davi, mas
não no cemitério dos reis.” (II Crônicas 24:24,25)
BENDITA PROMESSA

A Palavra do Senhor foi a ele dirigida


A terra seria pelos gafanhotos consumida
Anunciado foi para a nação um dia de proibição
Assim os judeus se lembrariam do Deus de Abraão

Era um cenário de terrível destruição que havia anunciado


E em breve a humanidade verá o castigo divino ser executado
Aquele remanescente que regressou do cativeiro seria consolado
Anos difíceis passaram... Judá não seria para sempre envergonhado

Ele profetizou que os homens o Espírito Santo receberiam


Enquanto velhos teriam sonhos, jovens visões contemplariam
E esta Bendita Promessa alcança a todos chamados pelo Senhor
Embora a natureza caída faça do ser humano um indigno pecador

Antes dele, a Promessa já havia sido registrada por Isaías e Salomão


A mesma se cumpriria mais tarde, como foi anunciado por João
E em Pentecostes se cumpriram as palavras do filho de Penuel
Em sua pregação, Pedro se lembraria das palavras de Joel.

“O que vocês estão vendo nesta manhã foi profetizado há séculos pelo
profeta Joel – Nos últimos dias, disse Deus, Eu derramarei o Meu Espírito
Santo sobre toda a humanidade; os filhos e as filhas de vocês profetizarão, os
jovens terão visões, e os velhos terão sonhos. Sim, o Espírito Santo virá sobre
todos os meus servos, homens e mulheres, e eles profetizarão.” (Atos 2:16-
18)
33. JOEL
Vivendo em um contexto histórico turbulento marcado pela
grave fome e seca que assolavam os termos de Judá, o profeta Joel
revela que o estado de miséria da cidade de Jerusalém é reflexo da
sentença divina sobre a terra.
Os elementos da natureza muitas vezes são instrumentos de
juízo do Senhor do Universo sobre os povos. Já nos primórdios da
raça humana, as águas do dilúvio foram usadas para sentenciar a
corrupção da humanidade. Séculos mais tarde, aqueles que se
rebelaram contra Moisés durante a peregrinação de Israel rumo à
Canaã foram “engolidos” pela terra, que tragou vivos aos rebeldes
com tudo que possuíam. (Números 16:31-33).
Nos dias do perverso rei Acabe a terra estava entregue à
idolatria e a sentença divina sobre os pecados da nação resultou em
um período de seca que se arrastaria por longos três anos. Por
ocasião da crucificação e morte do Senhor Jesus Cristo até mesmo
o sol escureceu e houve densas trevas – a partir do meio-dia –
sobre toda terra durante três horas sucedidas por um grande
terremoto.
Os numerosos gafanhotos que encheram a nação de Judá e
arrasaram suas plantações simbolizavam ainda um poderoso
exército que assolaria a terra. Os judeus são exortados a se
voltarem para Deus e seu “arrependimento deve rasgar seus
corações e não apenas as suas roupas” (Joel 2:13). A genuína
conversão da nação de seus pecados resultaria nas bênçãos
divinas.
“Eu devolverei a vocês as colheitas que os gafanhotos devoraram, o
grande exército dos cortadores, migradores, saltadores e devoradores que Eu
enviei contra vocês. Mais uma vez vocês terão toda a comida que desejarem.
Louvem ao Senhor que faz esses milagres em favor de vocês. Então o meu
povo jamais sofrerá outra vergonha semelhante. Assim vocês saberão que Eu
estou aqui, entre o meu povo Israel e que apenas Eu sou o Senhor seu Deus.
Não existe outro Deus. O meu povo nunca mais sofrerá uma vergonha como
esta.” (Joel 2:25-27)
Anunciou ainda que as nações que se levantaram contra Judá
seriam castigadas pelo Deus de Israel e o Espírito Santo será
derramado sobre todas as pessoas – não apenas os judeus – de
forma poderosa. A gloriosa promessa alcançou seu cumprimento a
partir do dia de Pentecostes e as palavras do profeta Joel foram
lembradas pelo apóstolo Pedro (Atos 2:16) na poderosa pregação
que resultou na conversão de 3.000 almas ao Senhor Jesus Cristo.
FUGINDO DA MISSÃO

Deus mesmo tinha lhe dado mandamento


Ele deveria obedecer com contentamento
Um profeta enviado com dura mensagem
Seria necessário que tivesse muita coragem

Aquele profeta no navio estava dormente


Mas apesar de fugir, a Deus era temente
O vento parou quando o lançaram ao mar
Um grande peixe o engoliu; iria se salvar

Em sua grande angústia clamou ao Senhor


Sua oração foi atendida em tempos de dor
Testemunhou contra Nínive. Cruel cidade!
Escutando a profecia, deixaram a maldade

Povo que se converteu de todo o coração


O castigo anunciado não ocorreria então
Viveu no anonimato e sem tantas honras
Ordenado para uma dura missão foi Jonas.

“Os homens de Nínive; também se levantarão para condenar esta nação,


porque eles se arrependeram com a pregação de Jonas; e aqui está alguém
muito mais importante do que Jonas – porém esta nação não quer ouvir”.
(Lucas 11:32)
34. JONAS
“O Senhor enviou esta mensagem a Jonas, filho de um homem chamado
Amitai: Vá à grande cidade de Nínive e anuncie a seus habitantes esta
mensagem do Senhor: Vou destruir vocês por causa de sua grande maldade:
seus pecados são tão horríveis que chegam até a cheirar mal. Daqui do céu
eu vejo tudo o que acontece!” (Jonas 1:1,2)
Desta forma o profeta Jonas foi enviado pelo Senhor para a
sanguinária cidade de Nínive, a grande capital da Assíria. A missão
dada ao profeta era das mais perigosas. A capital do império assírio
se tornou conhecida no mundo antigo pela extrema crueldade com
que tratava aos prisioneiros de guerra. Práticas como mutilar os
membros, furar os olhos ou mesmo a decapitar eram comuns ali.
Seria razoável que Jonas temesse por sua vida. Afinal de
contas, os profetas do Senhor muitas vezes eram assassinados em
sua própria pátria por seus irmãos judeus (Lucas 13:34). Sendo
assim, não se poderia esperar misericórdia de uma gente como a
que vivia na capital do império assírio.
O profeta não estava disposto a acatar o chamado missionário
que acabava de receber. Desde então, suas escolhas são marcadas
por descidas constantes: primeiro desceu a cidade de Jope, depois
desceu para o porão do navio e por fim desceu no ventre do peixe
ao coração dos mares.
No ventre do grande peixe, Jonas exprime seu arrependimento
e oferece ao Santo de Israel a sua mais sincera oração. O seu
clamor foi ouvido e o Senhor ordenou ao grande peixe que
“vomitasse” o profeta na praia.
O profeta novamente é mandado à sanguinária cidade de
Nínive para proclamar a sentença divina sobre a capital do poderoso
império assírio. Jonas gritava: a cidade será destruída dentro de 40
dias. O profeta era o portador da sentença divina. Os ninivitas não
foram chamados ao arrependimento. Apesar disso, uma mensagem
clara e concisa como esta pregada em um único dia por Jonas
converteu o coração de uma das maiores cidades do seu tempo –
com 120.000 habitantes.
“Isso porque quando o rei de Nínive ouviu o que Jonas estava falando,
desceu do trono, trocou suas roupas reais por pano de saco e se assentou
sobre cinza. O rei e seus ministros mandaram a seguinte mensagem para
toda a cidade: Ninguém, nem mesmo os animais, poderá se alimentar ou
beber água. Todos devem estar cobertos de pano de saco e gritar de
arrependimento diante de Deus e deixar seus maus caminhos, suas violências
e seus roubos. Assim, quem sabe Deus permita que continuemos a viver e
não ficará tão furioso a ponto de querer nos destruir.” (Jonas 3:6-9)
O Senhor do Universo se compadeceu dos moradores daquela
cidade e não mais a destruiu como havia anunciado. Embora Jonas
tenha se mostrado muito contrariado com a salvação do império
assírio – que meio século depois invadiria a Israel e a levaria em
cativeiro – o arrependimento genuíno dos ninivitas ficou marcado
como um exemplo para as gerações vindouras. (Mateus 12:41)

UM PROFETA DO CAMPO

Dois anos antes do terremoto profetizou


Eram palavras duras que o Senhor enviou
Uma sentença às nações foi anunciada
Sofreriam elas pela violência praticada

Quantas vezes o Eterno os quis restaurar


Unir-se ao Seu povo e o fazer prosperar?
Era pra ser assim, mas Israel o desprezou
Rejeitou a Graça e um alto preço pagou

Ameaçado foi pelo sacerdote de Betel


Longe do Deus de Abraão estava Israel
Gafanhotos destruíam a plantação em visão
Orando o profeta, Deus ouviu sua intercessão

Muitas profecias ele proclamou


Apesar das ameaças, não se calou
Idolatria é pecado! Ela nos deixa sós
Sigamos a fidelidade do profeta Amós.

“Amós respondeu: Eu não sou um profeta mesmo. Nem nasci em uma


família de profetas. Sou apenas um boiadeiro e colhedor de frutos. Mas o
Senhor me tirou de junto dos rebanhos e me ordenou: Vá e profetize para o
meu povo, Israel.” (Amós 7:14,15)

35. AMÓS
O chamado para o ministério profético de Amós acontece
quando este estava no campo em seu ofício de pastor. Ainda que as
primeiras revelações divinas que tenha recebido apontassem para
os pecados das nações que estavam ao redor de Jerusalém, o
profeta Amós é chamado pelo Senhor na terra de Judá para
anunciar a ruína da casa de Israel.
A mensagem do profeta era clara: o Santo de Israel era
testemunha dos graves pecados da nação e a sentença divina não
tardaria a ser decretada. A corrupção e a opressão contra o pobre
seriam duramente castigadas pelo Justo Juiz.
“Vocês pisam o pobre e roubam sua última migalha com todos os seus
impostos e multas, com a ganância que têm. Por isso, vocês jamais morarão
nas belas casas que estão construindo, nem beberão dos belos vinhedos que
estão plantando.” (Amós 5:11)
O Senhor dos Exércitos cumpriu as palavras do profeta Jonas
(II Reis 14:25) e fez com que o rei Jeroboão II fosse bem sucedido
em suas campanhas militares, reconquistando diversos territórios
que haviam sido tomados de Israel pelas nações circunvizinhas.
A nação experimentava um período de relativa paz e
prosperidade, mas permanecia mergulhada na idolatria. A vida de
luxo com que viviam contrastava com a miséria espiritual em que se
encontravam diante do Santo de Israel.
“O Senhor Deus do Universo jurou pelo seu próprio nome: Detesto o
orgulho e a glória falsa de Israel. Odeio suas belas mansões. Entregarei esta
cidade e tudo o que nela existe aos seus inimigos.” (Amós 6:8)
O profeta Amós continuava a denunciar o pecado da nação
conforme as palavras do Senhor, profetizando ainda a completa
destruição da família real de Jeroboão II e o período do cativeiro
assírio.
Quando o sacerdote de Betel escutou a sentença divina sobre a
nação, se dirigiu ao rei de Israel e acusou o profeta de ser um
conspirador, intentando levantar uma revolta popular contra o rei.
Apesar das graves acusações do sacerdote Amazias, o rei parece
não ter dado importância ao fato.
“Em seguida Amazias mandou uma ordem a Amós: Vá embora daqui,
seu profeta idiota! Fuja para a terra de Judá e profetize por lá. Não venha nos
incomodar aqui com as suas visões. Aqui, em nossa capital, onde fica a sede
do rei!” (Amós 7:12,13)
Apesar da sentença divina que estava sobre a nação, o Senhor
promete que restaurará Israel e que este povo que será levado em
cativeiro pelos seus pecados um dia será novamente “plantado” pelo
Senhor na terra que foi prometida em herança a Abraão, Isaque e
Jacó.
PROFETA DO SENHOR

Jotão reinava no início de seu ministério


O povo se corrompeu e isso foi algo sério
Estava a liderança de Israel contaminada
Longe do Santo andava. Estava afastada

Anunciou o nascimento do Salvador


Messias aguardado, o nosso Redentor
Órfãos e viúvas precisavam de proteção
Sofreriam em tempos de tanta corrupção

Nação que esqueceu o Deus Verdadeiro


Até os profetas profetizavam por dinheiro
Uma reforma espiritual ocorria naqueles dias
Mas só entre os judeus no reinado de Ezequias

A Assíria devastaria o reino de Israel


Guerra levantaria contra a nação infiel
Era contemporâneo do profeta Oséias
Um instrumento divino foi Miquéias.

“O Senhor terá compaixão de nós mais uma vez. O Senhor pisará e


esmagará nossos pecados; jogará todos eles ao fundo do mar! O Senhor nos
abençoará como prometeu a Jacó há muito tempo. O Senhor estenderá o seu
amor sobre nós, conforme prometeu a nosso pai Abraão!” (Miquéias 7:19,20)

36. MIQUÉIAS
Nascido em uma pequena cidade de Judá, Miquéias exerceu
seu ministério profético no interior do país. Os pecados de Israel –
também chamado “reino do Norte” – se multiplicavam sobre a terra
e apressavam a sentença divina sobre a nação. O profeta Miquéias
viveu nos dias em que as tropas do exército assírio invadiram a
Samaria, dando início ao cativeiro de Israel.
Embora vissem o castigo divino sobre as dez tribos de Israel, o
reino de Judá permanecia imerso em violência e maldade. A
corrupção cresce na sociedade a tal ponto que há “sacerdotes e
profetas que não pregam ou profetizam, se não receberem um bom
dinheiro.” (Miquéias 3:11) Revestido pelo Espírito do Senhor,
Miquéias proclama os juízos divinos sobre os falsos profetas que
estavam entre o povo e os governantes corruptos da nação que
aceitavam subornos para favorecerem o homem ímpio e condenar o
justo.
Ainda que muitas vezes fosse desprezada, a mensagem do
Senhor anunciada pelo ministério profético de Miquéias impactaria
não só a sociedade de sua época como seriam lembradas pelas
gerações futuras de Judá.
“No passado, quando Ezequias era o rei de Judá, o profeta Miquéias, da
cidade de Moresete, disse o seguinte ao povo de Judá: Esta é a mensagem
do Senhor do Universo: Este monte Sião ficará limpo como um campo
preparado para o plantio; Jerusalém vai se transformar num monte de casas
destruídas, e o lugar do templo ficará coberto de mato! Por acaso o rei
Ezequias e o povo mataram Miquéias? Muito pelo contrário; eles respeitaram
ao Senhor, se arrependeram e deixaram seus pecados! Pediram perdão ao
Senhor, e Ele não castigou a Judá como tinha ameaçado. Se matarmos
Jeremias porque ele anunciou o que o Senhor disse, vamos chamar o castigo
de Deus sobre nós.” (Jeremias 26:18,19)
O Senhor do Universo proclamaria ainda pelo ministério
profético deste homem simples do campo a cidade em que se daria
o nascimento do prometido Messias e o mistério da salvação dos
gentios. (Gênesis 12:3) Apesar da forte repreensão feita aos judeus
por seus terríveis pecados, o profeta encerra suas profecias
declarando que o Santo de Israel promete se compadecer da nação
e perdoar aos herdeiros das promessas do Senhor.
“Onde haverá outro Deus como o Senhor, que perdoa os pecados dos
sobreviventes de seu povo? O Senhor não pode ficar zangado para sempre,
porque tem alegria em amar e perdoar. O Senhor terá compaixão de nós mais
uma vez. O Senhor pisará e esmagará nossos pecados; jogará todos eles ao
fundo do mar! O Senhor nos abençoará como prometeu a Jacó há muito
tempo. O Senhor estenderá o seu amor sobre nós, conforme prometeu a
nosso pai Abraão!” (Miquéias 7:18-20)
PROFETIZANDO ÀS NAÇÕES

Habitou em Judá nos dias do rei Uzias


Homem usado por Deus em profecias
Grandes visões recebeu do Senhor
Glórias ao Rei! Nasceria o Salvador

Fruto de uma virgem: era o Messias


Falou do reino de Cristo naqueles dias
Efraim e Samaria foram por ele advertidos
Egito e Moabe também seriam de fato punidos

Depois que o exército da Assíria cercou Judá


Deus entrou na batalha. Quem O impedirá?
Confie no Senhor e sempre te livrará do mal
Crendo o rei, seria curado de doença mortal

Babilônia invadiria Judá. Estava profetizado


Buscaram ídolos e pagariam pelo pecado
Ajudou em muito ao reino de Ezequias
Ao Eterno serviu o profeta Isaías.

“Assim, antes que Isaías saísse do pátio, o Senhor falou a ele outra vez.
Volte à presença de Ezequias, o dirigente do meu povo, e diga a ele que o
Senhor Deus de seu pai Davi ouviu a sua oração e viu as suas lágrimas. Vou
curá-lo, e de hoje a três dias ele sairá da cama e irá à Casa do Senhor!” (II
Reis 20:4,5)

37. ISAÍAS
O ministério de Isaías transcorreu em Judá em um período
difícil da história da nação. O reino de Israel – que compreendia dez
tribos – estava sendo castigado pelos seus pecados e seus
moradores foram levados em cativeiro pelo rei da Assíria.
O chamado de Isaías para o ministério profético se deu após
uma visão celestial na qual presenciou os serafins que adoram ao
Senhor dos Exércitos. O coro celestial fez com que ele se
reconhecesse como um homem de lábios impuros, mas um dos
serafins tocou-lhe com uma brasa viva retirada do altar e seus
pecados foram perdoados.
Isaías atendeu ao chamado divino e desde então foi enviado
como profeta do Deus Vivo. Revestido pelo Espírito do Senhor,
proclamou ao longo de seu ministério profético que o Salvador seria
enviado ao povo de Deus, anunciando detalhes do ministério terreno
do Messias.
“Apesar disso, o plano perfeito do Senhor exigia sua morte e seu
sofrimento. Mas depois de dar a sua vida como oferta pelo pecado, Ele vai
ressuscitar, verá os muitos filhos que ganhou através da fé. Ele cumprirá com
sucesso a vontade do Senhor. E, quando Ele puder ver o resultado do seu
terrível sofrimento, ficará muito satisfeito. Através de tudo o que passou, o
meu Servo, o Justo, fará muitas pessoas se tornarem justas diante de Mim,
porque Ele mesmo levará sobre Si os pecados delas.” (Isaías 53:10,11)
As sentenças divinas sobre várias nações da terra também
foram proclamadas pelo ministério do profeta Isaías. Babilônia,
Moabe e Egito foram algumas que receberam a sentença divina.
Alguns anos após a conquista do reino de Israel, o rei da
Assíria se volta contra Judá. O rei Ezequias era um homem piedoso
e apresentou ao Senhor dos Exércitos a sua sincera oração para
que Judá fosse alcançada pela graça divina e o poderoso exército
assírio não os destruísse.
“Senhor, é verdade que os reis da Assíria destruíram todas aquelas
nações, e queimaram suas imagens. Mas essas imagens não eram deuses de
forma alguma. Foram destruídas porque esses deuses eram apenas coisas
que os homens fizeram de madeira e de pedra. Ó Senhor nosso Deus,
rogamos que nos salve do poder desse rei; então todos os reinos da terra vão
saber que só o Senhor é Deus.” (II Reis 19:17-19)
O profeta Isaías conforta ao rei de Judá, assegurando a
Ezequias que o próprio Deus de Israel castigaria a Senaqueribe e
seu numeroso exército. Naquela mesma noite, o Senhor dos
Exércitos enviou um anjo e exterminou a 185.000 soldados assírios
que estavam acampados contra Jerusalém. O rei da Assíria retorna
humilhado para sua terra e é assassinado pelos próprios filhos.
Além do livramento que os judeus receberam contra o exército
assírio, o Santo de Israel proclama ainda pelo ministério de Isaías a
glória que está reservada para a cidade de Jerusalém nos últimos
dias.
O PODER DE UM CLAMOR

Havia naqueles dias um clima de tensão


Grande exército assírio trazia destruição
Foi arrasado Israel e levado em cativeiro
Estavam afastados do Deus Verdadeiro

Depois disso, a Assíria cercou Judá


Confiando que também a iria arrasar
Blasfemaram até contra o Deus do Céu
Aquele que foi abandonado por Israel

Angustiado, o rei de Judá orou ao Senhor


Buscou ao Deus Vivo em sincero clamor
Creu na palavra de Isaías. Era só esperar
Deus enviou o anjo para Seu povo livrar

E que livramento! Deus é mesmo sensacional!


Fazendo oração, foi curado de doença mortal
Grande valor ele dava a todas as profecias
Honrado pelo Senhor foi o rei Ezequias.

“Ezequias tinha uma grande confiança no Senhor Deus de Israel. Na


verdade, nenhum dos reis antes ou depois dele andou tão perto de Deus
como ele andou. Porque ele seguia ao Senhor em tudo, e obedecia
cuidadosamente aos mandamentos que Deus tinha dado a Moisés.” (II Reis
18:5,6)
38. EZEQUIAS
A nação de Judá – ou Reino do Sul – estava completamente
entregue à idolatria. Diante deste cenário de perversão espiritual em
que se encontrava à nação, o rei Ezequias começa seu reinado com
uma proposta clara: erradicar o culto aos deuses cananeus e
reestabelecer o culto ao Senhor.
“Ezequias tinha uma grande confiança no Senhor Deus de Israel. Na
verdade, nenhum dos reis antes ou depois dele andou tão perto de Deus
como ele andou. Porque ele seguia ao Senhor em tudo, e obedecia
cuidadosamente aos mandamentos que Deus tinha dado a Moisés. Por isso o
Senhor estava com ele, e o rei alcançava bons resultados em tudo quanto
fazia.” (II Reis 18:5-7)
Ainda nos primeiros anos de seu reinado, o poderoso rei da
Assíria cercou a cidade de Samaria (capital do Reino do Norte) e,
após três anos em que a capital de Israel estava cercada, a cidade
veio a sucumbir diante dos assírios e os israelitas foram levados em
cativeiro.
Sete anos depois do início do cerco assírio a Samaria e a
completa ruína de Israel, o rei Senaqueribe envia mensageiros a
Judá e afronta não só ao rei Ezequias e os habitantes de Jerusalém
como também o próprio Senhor Deus.
“O rei Senaqueribe também mandou cartas zombando do Senhor Deus
de Israel. ‘Os deuses de todas as outras nações não conseguiram salvar os
seus povos da minha mão, e o Deus de Ezequias vai fracassar da mesma
maneira’, escreveu.” (II Crônicas 32:17)
Reconhecendo a gravidade das ameaças do rei da Assíria, o rei
Ezequias se apresenta diante do Senhor dos Exércitos no templo e
apresentou a Ele uma sincera oração na qual suplicava o favor de
Deus em um momento conturbado. O profeta Isaías é enviado a
Ezequias com uma mensagem do Senhor: sua súplica foi ouvida
pelo Altíssimo e os judeus receberiam livramento.
Naquela mesma noite, Deus enviou UM anjo ao arraial dos
assírios e exterminou a 185.000 daqueles que se acampavam
contra Jerusalém, destruindo assim “o exército assírio com todos os
seus soldados, oficiais e generais”. (II Crônicas 32:21) Algum tempo
depois, Ezequias adoece e o profeta Isaías é enviado a ele com
uma palavra de Deus: ordene sua casa, pois você morrerá desta
doença. Saindo o profeta da presença do rei, mais uma vez
Ezequias derrama seu coração em oração diante do Senhor (Isaías
38:3). O Santo de Israel ouviu a humilde súplica de seu servo e lhe
cura de sua enfermidade mortal, acrescentando-lhe ainda outros 15
anos de vida.
Sabendo da cura de Ezequias, o rei de Babilônia envia
embaixadores a Jerusalém com um presente para o rei de Judá. O
orgulho se apoderou do coração do rei e este decide mostrar todas
as riquezas do reino de Judá aos embaixadores de Babilônia.
O profeta Isaías é então enviado ao rei Ezequias e lhe declara
que o Eterno Deus reprovava sua conduta diante dos embaixadores
que lhe foram enviados e que, por sua imprudência, chegaria um dia
em que todas as riquezas de Judá e até seus príncipes seriam
levados para Babilônia.
Apesar disso, o reinado de Ezequias foi marcado pelo
reestabelecimento da adoração ao Deus Vivo e a prosperidade da
nação de Judá durante todos os seus dias.
MENINO REI

Começou a reinar com apenas oito anos de idade


Baseou o seu reinado na obediência da Verdade
Com ordens dele, o templo foi restaurado
Buscou a Deus com coração quebrantado

O livro da lei estava no templo perdido


O sumo sacerdote o achou e ao rei foi lido
Percebeu que a nação precisava de restauração
Para alcançar perdão, buscaram a Deus em oração

A profetisa Hulda lhe deu uma palavra de esperança


E o rei convocou a Judá para fazer com o Senhor aliança
Até os altos edificados pelos reis Salomão e Jeroboão derrubou
E em seus dias uma grande festa da Páscoa todo o povo celebrou

Levou suas tropas para combater o rei do Egito


Mas o Deus de Israel nada sobre isso lhe havia dito
Muitos lamentaram sua morte, como o profeta Jeremias
Lembrado então por sua fidelidade ao Senhor será o rei Josias.

“Josias estava com oito anos de idade quando se tornou rei. Ele reinou
trinta e um anos em Jerusalém. Seu reinado foi bom, visto ter seguido com
muito cuidado o bom exemplo de seu pai Davi.” (II Crônicas 34:1,2)
39. JOSIAS
Com apenas oito anos de idade, o menino Josias começa a
reinar e se empenha no propósito de erradicar dos termos de Judá a
persistente adoração aos falsos deuses.
“Derrubou os altares dos deuses falsos, reduziu a pó as imagens de
Aserá, e derrubou as colunas. Fez isto em toda parte da terra de Israel, antes
de voltar para Jerusalém.” (II Crônicas 34:7)
Após combater com firmeza as práticas idólatras que se
praticavam em Judá, o jovem rei ordena que sejam realizadas obras
de restauração do templo do Senhor. Durante a realização do
serviço, o sumo sacerdote encontra um livro perdido no templo: as
leis de Deus dadas ao profeta Moisés.
O livro foi levado ao rei Josias que, ouvindo a leitura de suas
palavras, ficou desesperado. A calamidade na qual Judá estava
imersa era consequência de terem sido rebeldes aos mandamentos
do Deus Eterno. Josias enviou homens piedosos ao templo para
que estes intercedessem pela vida do rei e por toda a nação, pois a
justa ira do Senhor estava sobre Judá.
A profetisa Hulda envia ao rei uma palavra vinda da parte de
Deus: o castigo divino sem dúvida viria sobre Judá, mas a sentença
divina não se cumpriria nos dias de vida de Josias. O rei convocou
todo o povo a comparecer ao templo do Senhor e leu as palavras do
Senhor para os judeus.
Naquele mesmo dia, Josias convoca a todos a celebrarem um
pacto com o Deus de Israel, comprometendo-se a observar os
preceitos divinos que se encontravam naquele livro.
“Assim Josias retirou todas as imagens das áreas ocupadas pelos
judeus, e exigiu que todos adorassem ao Senhor seu Deus. E por todo o
restante da vida do rei, eles continuaram servindo ao Senhor, o Deus de seus
pais.” (II Crônicas 34:33)
O rei então convoca toda nação para a celebração da Páscoa
do Senhor. O cuidado de Josias foi tanto que desde os tempos do
profeta Samuel não havia se realizado uma celebração de Páscoa
como aquela que se deu durante o seu reinado.
Algum tempo depois, Josias declara guerra ao rei do Egito que
se aproximava dos termos de Judá com numeroso exército. Embora
faraó tenha enviado mensageiros a Josias explicando-lhe que saía a
guerra contra os assírios e que não avançaria sobre o território dos
judeus, o rei de Judá não quis ouvi-lo e saiu para combater aos
egípcios, sendo ferido na batalha e morrendo em Jerusalém.
O piedoso rei Josias foi então sepultado entre os reis de Judá
que o antecederam, recebendo homenagens póstumas – incluindo
uma lamentação escrita pelo profeta Jeremias – de todos os
habitantes de Judá.
NOS DIAS DO CERCO DE JERUSALÉM

Antes que saísse do ventre foi santificado


Às nações, como profeta havia sido dado
Ainda criança, foi então ao povo enviado
Avisando a nação que deixasse o pecado

Bastante ofendido foi pelos judeus


Bem tentou avisá-los do juízo de Deus
Como o oleiro, o Eterno os queria moldar
Contudo não quiseram. O preço iriam pagar

Decretada estava a sentença: seria o cativeiro


De Babilônia enviada, ao povo prisioneiro
Depois uma carta aos judeus ele escreveu
Deveriam crer, mas isso não aconteceu

Entrou o exército de Babilônia em Jerusalém


Estes arrasaram a Judá, levando seu rei refém
Feliz é o homem que crê nas profecias
Fiel ao chamado de Deus foi Jeremias.

“Depois, Jeremias falou para se defender: O Senhor me mandou


profetizar essas ameaças sobre o templo e Jerusalém. Ele mesmo me disse
cada palavra que vocês ouviram! Por isso, deixem seus caminhos errados,
corrijam as suas ações e obedeçam ao Senhor, o seu Deus. Assim Ele não
dará o castigo que ameaçou dar a todo o povo de Judá.” (Jeremias 26:12,13)
40. JEREMIAS
Nos dias em que Josias reinava sobre Judá, o jovem Jeremias
é comissionado e encorajado pelo próprio Senhor para o ministério
profético. A repreensão divina sobre a nação deveria ser anunciada
corajosamente, pois as palavras do Senhor eram duras contra os
judeus.
“Israel é como um ladrão; só se envergonha de seu crime quando é
apanhado em flagrante. Reis, príncipes, sacerdotes e profetas - todos eles
são iguais. Chamam de pai a um poste de madeira; para ser sua mãe
escolhem um ídolo feito de pedra. Mas quando chega a hora da aflição, é
para Mim que eles correm, pedindo socorro! Por que vocês não pedem ajuda
aos deuses que fizeram com as próprias mãos? Vamos ver se eles se
levantam e tiram vocês dos problemas! Vocês têm muitos deuses, tantos
quanto as cidades de Judá.”(Jeremias 2:26-28)
Jeremias prosseguiu a anunciar corajosamente as mensagens
do Deus de Israel, porém o coração daquele povo estava
endurecido, de forma tal que os judeus não aceitaram a correção do
Senhor.
A sentença do Senhor sobre Jerusalém fez com que a fúria da
nação estivesse sobre Jeremias. O servo de Deus foi espancado e
esteve a ponto de morrer diversas vezes pelas mãos dos judeus,
mas o Santo de Israel não permitiu que tirassem a vida do profeta.
“Quando os príncipes de Judá ouviram o que estava acontecendo,
correram do palácio para o templo. Lá chegando, sentaram junto à Porta Nova
do templo e formaram o tribunal. Então os sacerdotes e profetas acusaram
Jeremias, diante dos líderes e da multidão, dizendo: Este homem tem de ser
condenado à morte! É um traidor! Os senhores ouviram muito bem que ele
profetizou a destruição de nossa cidade.” (Jeremias 26:10,11)
Conforme anunciado pelo profeta Jeremias, o rei de Babilônia
invadiu a cidade de Jerusalém e deixou um rastro de sangue por
toda a nação. Muitos judeus foram mortos durante a invasão e
outros milhares foram levados como escravos para o cativeiro
babilônico.
Os judeus que restaram em Jerusalém sob o domínio do rei
Joaquim mais uma vez não ouviram as palavras de Jeremias e se
rebelaram contra os caldeus, sendo arrasados pelo exército de
Babilônia.
Após essa incursão militar, Nabucodonosor estabelece ao judeu
Zedequias como rei de Judá. Jeremias o aconselhava a não se
rebelar contra o rei de Babilônia, mas ele e os líderes de Judá não o
quiseram ouvir, acusando-o de traição e ordenando que o profeta
fosse espancado e preso.
“Seu reinado, também, foi mau com relação ao Senhor, porque ele não
quis aceitar o conselho do profeta Jeremias, que lhe dava mensagens vindas
do Senhor. Ele se revoltou contra o rei Nabucodonosor, muito embora tivesse
feito juramento de lealdade. Zedequias foi um homem duro e teimoso no que
se refere a obedecer ao Senhor, Deus de Israel, pois não quis saber de seguir
a Deus.” (II Crônicas 36:12,13)
As tropas de Babilônia cercam a Jerusalém e a invadem como
anunciado por Jeremias. O rei Zedequias é aprisionado e forçado a
testemunhar a morte de seus filhos e os príncipes de Judá antes de
ter seus olhos arrancados.
O capitão do exército babilônico liberta o profeta da prisão e lhe
permite escolher o seu destino: poderia ser levado para Babilônia
sob seus cuidados ou permanecer em Jerusalém junto ao novo
governador. Jeremias permanece nos termos de Judá até ser feito
prisioneiro por judeus rebeldes que abandonaram a Jerusalém,
morrendo algum tempo depois no Egito.
ESTRANGEIROS

Seu rebanho por Moisés foi apascentado


Por 40 anos ao profeta tinha hospedado
Sabendo então das maravilhas que no Egito havia operado
Parte ao encontro de seu genro com a família deste ao lado

Por conselho do sogro, dividiu tarefas no deserto


Assim fazendo, o profeta Moisés estava correto
Para a terra de Midiã, Reuel regressou decerto
Abençoado foi Israel pelo conselho de Jetro.

Sabendo que Jeremias estava aprisionado


Prontamente ao rei havia se apresentado
Sentença de morte? O plano estava frustrado
Pois do calabouço o profeta seria resgatado

Promessa preciosa do Deus Eterno este eunuco recebe


Ainda que o inimigo ataque, o cristão nunca cede
Por isso, persevere a cada dia. Você consegue!
Alcance a bênção como Ebede-Meleque.

“Então Pedro respondeu: Vejo bem claramente que os judeus não são os únicos
preferidos de Deus. Em cada nação Ele tem aqueles que O adoram, praticam boas obras,
e são aceitáveis a Ele.” (Atos 10:34,35)
41. JETRO e EBEDE-MELEQUE
O menino Moisés nasce durante o período que marca os anos
de escravidão dos descendentes de Jacó na terra do Egito.
Conforme o propósito divino, foi criado pela filha de faraó no palácio.
Moisés vivia no palácio real, mas quando tinha 40 anos
assassinou a um homem egípcio e se viu obrigado a fugir de diante
da face de faraó, passando a viver desde então na terra dos
midianitas. Conheceu a Jetro – também chamado Reuel – e recebeu
uma de suas filhas como esposa.
Durante 40 anos viveu junto aos midianitas – povo que era da
linhagem de Abraão – apascentando os rebanhos de seu sogro
Jetro, até que o Senhor o comissionou para regressar ao Egito e
libertar aos filhos de Israel da opressão egípcia.
O Senhor do Universo devastou ao Egito com grandes sinais e
maravilhas que eram feitos pelas mãos do profeta Moisés. Assim os
hebreus deixaram a terra da escravidão e partiram para uma longa
jornada de 40 anos no deserto sob a liderança de Moisés.
Sabendo de como o Deus de Israel libertou aos hebreus do
Egito, o sacerdote midianita Jetro reuniu a mulher e os filhos de
Moisés e foi ao encontro de seu genro no deserto. O profeta
recebeu a seu sogro com grande alegria, contando-lhe com mais
detalhes como o Senhor os tinha libertado.
“Jetro ficou contente com todos os benefícios que Deus tinha feito a
Israel, chegando a fazer aquele grande livramento. Disse ele: Bendito seja o
Senhor que libertou vocês das mãos dos egípcios e de Faraó! Agora sei que o
Senhor é maior do que todos os deuses. Sim, pois libertou este povo da mão
dos orgulhosos e cruéis egípcios!” (Êxodo 18:9-11)
No dia seguinte, Jetro presenciou o pesado trabalho de Moisés.
Como juiz de um povo com centenas de milhares de pessoas, ele se
assentava pela manhã e passava o dia inteiro julgando as
demandas dos israelitas. Vendo isso, o sábio Jetro aconselhou seu
genro a “escolher homens que ajudem como juízes e advogados de
causas menores.” (Êxodo 18:21) O profeta Moisés ouviu as palavras
de Jetro, sendo assim abençoado por seu prudente conselho.
*
[Jeremias] “anunciava as mensagens do Senhor: ‘Quem ficar em
Jerusalém será morto na guerra, pela fome ou de doença. Mas, quem se
render aos caldeus escapara com vida, mesmo perdendo tudo o que tem.
Sem a menor sombra de dúvida, Jerusalém será conquistada pelo exército do
rei da Babilônia. Nabucodonosor tomará posse desta cidade!’ Então os quatro
oficiais procuraram o rei e disseram: Por favor, deixe-nos matar Jeremias!
Com as palavras dele vai deixar todos os nossos soldados e cidadãos
completamente desanimados! Ninguém mais vai querer lutar para defender a
cidade. Jeremias não tem boas intenções, ele é um traidor!” (Jeremias 38:2-4)
Com a permissão do rei, lançaram a Jeremias em uma cisterna
na qual havia apenas lama para que morresse de fome naquele
lugar. Ouvindo isto, um oficial etíope chamado Ebede-Meleque que
servia no palácio real correu ao encontro do rei intercedendo pela
vida do profeta de Deus.
Sendo autorizado pelo rei, o etíope partiu com 30 homens até a
cisterna e resgatou Jeremias da morte iminente. O Senhor do
Universo recompensou a bondade deste homem que corajosamente
arriscou a própria vida para salvar o profeta, concedendo-lhe a
proteção divina quando as tropas de Babilônia destruíram a
Jerusalém. (Jeremias 39:15-18)

PROFETIZANDO NO CATIVEIRO

Os céus se abriram e teve visões de Deus


Sombrio período. Era o cativeiro dos judeus
Sobre o castigo de Moabe e Edom profetizou
Os filisteus e egípcios Deus também sentenciou

Sentenças proclamava contra Jerusalém


Entregue a Babilônia. A nação era refém
Castigados por sua grande rebeldia
O seu maior pecado era a idolatria

Testemunhou, mas Judá ali não se arrependeu


Era um povo rebelde que não se converteu
Realmente foi levado a um vale de ossos
Área repleta destes. Eram numerosos
Veja que quando este homem profetizou
Imediatamente um exército se levantou
Deus assim falou da restauração de Israel
Através deste profeta chamado Ezequiel.

“Por isso, Ezequiel, anuncie aos israelitas a mensagem do Senhor Deus:


Abrirei as sepulturas do exílio, povo de Israel! Farei os israelitas se
levantarem, e levarei o meu povo de volta à terra de Israel.” (Ezequiel 37:12)
42. EZEQUIEL
Estando entre os judeus que foram levados cativos para terra
de Babilônia, os céus se abriram e o sacerdote Ezequiel contempla
a glória do Senhor e se prostra com o rosto em terra. Naquele
momento, ouvi a voz celestial que lhe ordena a se colocar de pé
para ouvir as palavras de Deus.
Mesmo no cativeiro babilônico, o Santo de Israel não se
esqueceu da semente de Abraão e comissiona aquele homem a ser
o portador da palavra profética sobre os judeus exilados. O profeta
Ezequiel abre sua boca e come o rolo celestial “cheio de ameaças,
desgraças e condenações” (Ezequiel 2:10) que estavam por vir
sobre a nação rebelde.
“Você será meu mensageiro ao povo de Israel – a um povo onde todos
são rebeldes e teimosos. Eles não darão importância ao que você falar,
porque nunca se importaram sequer com as minhas palavras!” (Ezequiel 3:7)
A missão do profeta era clara: anunciar as palavras do Senhor
aos judeus que viviam no cativeiro. Ainda que eles não dessem
importância à mensagem divina, Ezequiel deveria profetizar a
nação.
A justa ira do Senhor do Universo se acendeu contra Judá!
Estando o profeta em sua casa no exílio babilônico, foi levado em
visões de Deus até a cidade de Jerusalém – um trajeto que
naturalmente levaria cerca de cinco meses (Esdras 7:9) – para que
testemunhasse as abominações ali praticadas.
Ezequiel foi levado pelo Espírito do Senhor ao templo e lá
presenciou como os judeus haviam se entregado à idolatria. Junto à
porta do altar já se encontrava a imagem de um deus pagão.
Adentrando ao templo, encontrou uma sala secreta onde setenta
autoridades da nação adoravam a ídolos abomináveis.
Mais a frente, avistou no portão do templo a algumas mulheres
que choravam assentadas por uma divindade babilônica chamada
Tamuz. Por fim, chegando ao pátio interno do templo, encontrou 25
homens que se colocaram de costas para o templo e adoravam ao
sol (possível referência ao deus persa Mitra). O castigo divino não
tardaria sobre a nação rebelde.
“Mesmo que Noé, Daniel e Jó vivessem naquela terra, com toda a justiça
deles, só conseguiriam salvar suas próprias vidas, diz o Senhor Deus.”
(Ezequiel 14:14)
Apesar dos pecados dos filhos de Israel e da sequidão
espiritual na qual se encontravam, ainda havia esperança para
Judá. O Eterno revela que quando os judeus verdadeiramente
derem ouvidos a palavra de Deus e forem cheios do Espírito do
Senhor, então a nação tornará a se levantar como um poderoso
exército. (Ezequiel 37:1-10) Quando este dia chegar, o Santo de
Israel restaurará para sempre a cidade de Jerusalém e a glória do
templo do Senhor.
PROSPERANDO NO CATIVEIRO

De Judá havia sido transportado


Em cativeiro para Babilônia levado
Um jovem que não mudou de costumes
Servia no palácio comendo apenas legumes

Foi por ele o sonho do rei interpretado


Ilustre se tornou, sendo por isso honrado
Eram seus três amigos tementes ao Senhor
Lançados foram na grande fornalha sem temor

Depois desse livramento, puderam prosperar


Estavam as mãos de Deus ali para abençoar
Uma época marcada por muitas provações
Seria o profeta lançado na cova dos leões

Fechou Deus as bocas dos leões. Ele pode livrar


Inteligência não basta se no Eterno não confiar
Em toda sua vida, ao Senhor permaneceu fiel
Lindo é o testemunho deixado por Daniel.

“Há um homem no seu reino que tem em si o espírito dos deuses santos.
Na época de seu pai, esse homem era cheio de inteligência e sabedoria. Ele
parecia até ser um deus! [...] Chame esse homem, Daniel, porque ele está
cheio da sabedoria e da inteligência divinas. Ele pode interpretar sonhos ou
resolver problemas muito difíceis e solucionar qualquer caso. Ele poderá dizer
ao rei o que significam as palavras escritas na parede.” (Daniel 5:11,12)
43. DANIEL
Com a invasão de Judá pelo exército babilônico, muitos judeus
foram levados cativos para o império. O rei de Babilônia ordena que
o chefe dos oficiais de sua corte selecione entre os jovens judeus
exilados alguns que passassem por um período de treinamento para
servirem no palácio real.
Os jovens eleitos foram Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O
período de preparação era rigoroso e até mesmo a alimentação
destes jovens era determinada pelo rei. Daniel e seus amigos
propuseram em seu coração a não se alimentar com as iguarias do
palácio real, pois muitas delas feriam princípios divinos. Desta
forma, se alimentaram apenas com legumes e águas durante os três
anos em que foram preparados para servirem na presença do rei.
“Deus deu aos quatro rapazes uma capacidade de aprender fora do
comum, e logo eles conheciam muito bem toda a literatura e a ciência de sua
época. Além disso, Deus deu a Daniel uma capacidade especial para
compreender os significados dos sonhos e visões.” (Daniel 1:17)
O rei Nabucodonosor teve um sonho que o deixou muito
perturbado, porém não se lembrava do sonho que teve. Ordenou
que alguns sábios magos do reino fossem ao palácio. Ali chegando,
souberam que a ordem do rei era para que eles contassem o sonho
do rei e sua interpretação. Como não foram capazes de cumprir a
missão dada, o imperador sentenciou a todos os magos e sábios de
Babilônia – e isso incluía a Daniel e seus amigos – a pena de morte.
Ao saber da situação, Daniel e seus amigos suplicaram que o
Senhor lhes revelasse o sonho do rei e sua interpretação. Deus
atendeu as suas súplicas e revelou o sonho e o mistério que estava
envolto nele. O jovem Daniel se apresenta diante do rei e lhe conta
o sonho e revela que a estátua vista representava o surgimento dos
quatro impérios mundiais: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
“É verdade, Daniel, disse o rei. O seu Deus é o Deus dos deuses, o
Senhor dos reis, o Revelador de mistérios, porque Ele revelou a você este
segredo. Depois disso, o rei fez com que Daniel se tornasse famoso e
respeitado. Deu a ele muitos presentes valiosos e escolheu Daniel para ser
governador da província de Babilônia. Além disso, Daniel foi escolhido para
chefe de todos os sábios.” (Daniel 2:47,48)
Tempos depois, o coração de Nabucodonosor foi tomado pela
soberba e ele ordenou que fosse construída uma estátua de ouro
com cerca de 30 metros de altura, diante da qual todas as
autoridades do império deveriam se ajoelhar. Os amigos de Daniel
não se prostraram e foram condenados a serem lançados em uma
grande fornalha para serem queimados até a morte. Deus os livrou
da morte iminente, pois pela fé “apagaram a força do fogo” (Hebreus
11:34).
Deus puniu a prepotência do rei Nabucodonosor, humilhando-o
como um animal. A arrogância de seu sucessor também foi
castigada e a sentença celestial gravada em uma parede diante de
seus olhos. Babilônia sucumbiu diante do poderoso império medo-
persa.
O Senhor amava a Daniel e também o fez prosperar diante dos
reis da Pérsia (Daniel 6:3). Apesar disso, sofreu com ciladas de
seus inimigos, sendo condenado à morte e lançado na cova dos
leões por sua fidelidade a Deus. Como seus amigos, recebeu o
socorro divino e foi preservado da morte.
Os últimos capítulos da história da humanidade lhe foram
mostrados por revelação celestial e se cumprirão no fim dos tempos.
NOS DIAS DO CATIVEIRO

Dias do cativeiro babilônico. Triste realidade


Era preciso reedificar os muros da santa cidade
Uma palavra profética foi liberada para toda nação
Seria necessário continuar do templo a reconstrução

Zombavam os inimigos, mas o povo não desanimou


Esdras e Neemias ali estavam. Essa obra então prosperou
Levantaram os muros da cidade e também o templo de Deus
Agora estes profetas do Senhor falavam ao coração dos judeus

Profetizaram sobre a necessidade de conversão


Estes precisavam buscar a Deus de todo o coração
Lindas promessas divinas havia. Era preciso obediência
Os dias do exílio ensinou à nação do pecado a consequência

Pregaram aos remanescentes com ousadia


O povo depois do cativeiro aboliu a idolatria
Vasos de honra usados por Deus em profecias
O Deus Vivo falou pela boca de Ageu e Zacarias.

“Mas havia em Jerusalém e Judá naquele tempo - Ageu, e Zacarias, filho


de Ido - os quais trouxeram mensagens de Deus.” (Esdras 5:1)
44. AGEU e ZACARIAS
A corrupção e malícia dos judeus se espalhava por toda a terra
de Judá. Os profetas foram enviados da parte do Senhor Deus de
Israel com mensagens que enfatizavam o juízo divino sobre a nação
(Sofonias 1:3-5), mas o povo não se arrependeu dos pecados
praticados.
A sentença divina se cumpriu sobre e, assim como havia
acontecido com as dez tribos de Israel, o reino de Judá foi invadido
pelas tropas inimigas e o povo levado em cativeiro para Babilônia.
Setenta anos se passaram até que o Senhor tornou se apiedar da
semente de Abraão.
“Dessa maneira se cumpriu à palavra do Senhor por intermédio de
Jeremias, de que a terra devia descansar durante setenta anos, para
compensar os anos quando o povo se recusou a guardar o Dia de Descanso.
Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, o Senhor despertou o espírito
de Ciro para fazer este aviso em todo o seu reino, fazendo-o também por
escrito: ‘O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra, e Ele me
mandou construir um templo para Ele em Jerusalém, na terra de Judá. Todos
dentre vocês que são povo do Senhor, voltem a Israel para este trabalho, e o
Senhor será com vocês’. Também isto cumpriu o que o profeta Jeremias tinha
falado.” (II Crônicas 36: 21-23)
Milhares de judeus regressaram para Jerusalém sob a liderança
do governador Zorobabel e do sumo sacerdote Josué (Zacarias 3:6-
9) com a missão de reconstruir o templo e a história da nação. Os
inimigos de Judá estavam enfurecidos com a situação e
aproveitaram-se da morte de Ciro para convencer seu sucessor no
reino da Pérsia a proibir a reedificação do templo.
Os anos se passaram e as obras para a reconstrução do templo
permaneciam interrompidas. O Senhor de Israel enviou os profetas
Ageu e Zacarias para encorajarem os líderes da nação a retomarem
as obras do templo de Jerusalém.
“Assim os chefes judeus continuaram em seu trabalho e foram
grandemente estimulados pela pregação dos profetas Ageu e Zacarias, filho
de Ido. Finalmente o templo foi terminado, conforme havia sido ordenado por
Deus e decretado por Ciro, Dario e Artaxerxes, reis da Pérsia.” (Esdras 6:14)
O Deus Eterno manifestou através da palavra profética que
havia se agradado dos judeus pelo empenho na obra de
reconstrução, declarando ainda que “a glória futura deste templo
será maior que a glória do primeiro.” (Ageu 2:8) Anos mais tarde, o
próprio Senhor enviaria da capital do império persa homens como o
sacerdote Esdras e o governador Neemias para darem continuidade
ao trabalho iniciado naqueles dias, cooperando não só na
reconstrução das muralhas de Jerusalém, mas também no próprio
ressurgimento da nação de Judá.
A RAINHA DOS JUDEUS

Desde a Índia até a Etiópia aquele rei dominou


Em seu orgulho, um grande banquete organizou
Um convite fez, mas sua rainha não compareceu
Sabendo Assuero da recusa, muito se enfureceu

Jamais pensou que isso aconteceria


Uma nova rainha agora ele escolheria
Irado estava ele contra quem o rejeitou
Zombando do rei, um alto preço pagou

Dias passaram e a nova rainha foi escolhida


E para salvar seu povo daria a própria vida
Uma sentença de morte estava decretada
Seria a semente de Abraão exterminada?

Junto a seu primo Mardoqueu um plano organizou


Um grande livramento o Senhor Eterno operou
Israel foi salvo pelo Deus que faz o que quer
Zelosa por sua nação foi a rainha Ester.

“Três dias depois, Ester vestiu seus vestidos reais e entrou no pátio
interior do palácio do rei, que ficava bem em frente do salão real. O rei estava
sentado no trono real. Quando ele viu a rainha Ester parada ali no pátio, ficou
muito contente, fez sinal com o cetro e mandou que ela se aproximasse. Ester
se aproximou e com a mão tocou a ponta do cetro.” (Ester 5:1,2)
45. ESTER
Após a conquista de Babilônia, o império medo-persa passou a
dominar uma vasta extensão do mundo até então conhecido. Com
mais de 4.000 quilômetros de extensão, Assuero reinava sobre 127
províncias que se estendiam desde a Índia até à Etiópia.
Durante o terceiro ano de seu reinado, o imperador decidiu
realizar uma grande festa para a qual foram convidados os homens
mais importantes de cada uma das províncias de seu império. As
comemorações de Assuero se estenderam por seis meses. Após
essa grande festividade, o rei promoveu outra festa para os
servidores e oficiais do palácio real.
No último dia de comemorações o rei já estava embriagado e
ordenou que a rainha Vasti comparecesse diante de seus
convidados, porém ela se recusou. Diante da inesperada recusa da
rainha as suas ordens, Assuero destitui a Vasti e ordena que se
busque em todo seu reino por moças virgens que participem de uma
espécie de concurso de beleza para a escolha da nova rainha.
Havia na fortaleza do império um judeu da linhagem de Saul
chamado Mardoqueu que havia sido levado em cativeiro para
Babilônia por ocasião do exílio imposto pelo rei Nabucodonosor. Ele
criava sua sobrinha, uma jovem muito bela chamada Hadassa (e
passou a ser chamada Ester).
A jovem foi levada por um dos oficiais do rei para participar do
concurso de beleza, sendo escolhida pelo rei Assuero para reinar
em lugar de Vasti. Algum tempo depois, Mardoqueu estava de
serviço no palácio real quando descobriu que dois oficiais
conspiravam para tirar a vida de Assuero. O caso foi denunciado à
rainha Ester e os conspiradores foram enforcados pelo rei.
Pouco tempo depois, o rei Assuero decide exaltar a Hamã,
fazendo deste homem o oficial mais importante de todo seu império.
Em reverência, todos os que vivem no reino deveriam se curvar
diante dele, mas o judeu Mardoqueu ignorava o fato e se recusava a
reverenciar outro homem.
Ao saber disso, o oficial Hamã elaborou um plano para destruir
não apenas a Mardoqueu, mas a todos os judeus que viviam no
vasto império medo-persa. O ódio de Hamã se justifica, pois este
era da linhagem do rei amalequita Agague, nação que foi dizimada
pelos hebreus nos dias de Saul.
Desta forma, Hamã convence o imperador a publicar um edito
real permitindo que todos os judeus fossem mortos em um dia
determinado, não sabendo ele que a própria rainha era judia.
Quando soube da notícia, Mardoqueu enviou um mensageiro a sua
prima Ester para que ela intercedesse pelos judeus. A moça temeu,
pois caso se apresentasse ao rei sem ser chamada poderia ser
morta.
Coordenados por Mardoqueu (também chamado ‘Mordecai’), os
judeus jejuam por três dias e noites, a rainha decide arriscar a vida
diante do rei, anuncia pertencer ao povo judeu e confronta a
maldade do perverso Hamã. O rei Assuero fica furioso contra Hamã
e o sentencia a morte: “Então Harbona, um dos homens de confiança do
rei, disse: ‘Majestade, Hamã deu ordens para construir uma forca de mais de
vinte metros de altura, para enforcar Mordecai, o homem que salvou o rei de
ser assassinado! A forca está no quintal de Hamã.’ Então o rei deu esta
ordem: Enforquem Hamã nela’. (Ester 7:9)
Assuero publica um edito real em favor dos judeus, mudando a
sorte do povo de Deus. Assim o Senhor concedeu grande
livramento aos judeus através da rainha Ester e seu primo
Mardoqueu.
TEMPO DE EDIFICAR

As notícias sobre Jerusalém que chegavam


Apontavam a dor que os judeus passavam
Bem diferente de sua situação no cativeiro
Buscou ali em oração ao Deus Verdadeiro

Copeiro do rei da Pérsia. Ao Eterno clamou


Creu no Senhor e com esse monarca falou
Deixaria o palácio real com nobre missão
Devia fazer de Jerusalém a reconstrução

Edificar uma cidade em ruínas começou


Ensinava o sacerdote a Lei; a obra prosperou
Fé renovada e muros levantados. Nada os fazia parar
Fortalecidas estavam a confiança e as mãos para trabalhar

Grande reforma espiritual essa dupla empreendeu


Governador e sacerdote que amavam o povo seu
Havia profetizado naqueles dias Ageu e Zacarias
Honrados pelo Senhor foram Esdras e Neemias.

“Esses eram os homens ativos no tempo de Joiaquim, filho de Jesua [...]


quando eu era governador, e quando Esdras era o sacerdote e professor de
religião.” (Neemias 12:26)
46. NEEMIAS e ESDRAS
O Senhor havia anunciado pelo ministério do profeta Isaías (II
Reis 20:16-18) que os judeus e suas riquezas seriam levados em
cativeiro pelo rei de Babilônia. Anos mais tarde, a cidade de
Jerusalém foi sitiada pelo exército babilônico e conquistada pelo rei
Nabucodonosor.
O cativeiro babilônico se estendeu por 70 anos (Daniel 9:2),
pois o rei da Pérsia conquistou a Babilônia e publicou um edito no
qual permitia que os judeus regressassem a cidade de Jerusalém.
“No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, o Senhor cumpriu a
profecia de Jeremias, despertando no rei Ciro o desejo de mandar esta
proclamação por todo o seu império [...]: Ciro, rei da Pérsia, por meio desta,
anuncia que o Senhor, o Deus do céu, que me deu este vasto império, agora
me encarregou de construir para ele um templo em Jerusalém, na terra de
Judá. Todos os judeus residentes neste reino podem agora voltar a Jerusalém
para reconstruir este templo do Senhor, que é o Deus de Israel e de
Jerusalém. Faço votos de que as bênçãos de Deus estejam com vocês.”
(Esdras 1:1-3)
Cumprindo-se então a sentença divina (Isaías 44:28), muitos
judeus regressaram para a reconstrução do templo do Senhor. Os
povos que habitaram em Jerusalém após a deportação dos judeus
ficaram enfurecidos com isso e tentavam desencorajar os judeus.
Como não tiveram sucesso, aproveitaram-se da morte de Ciro e
persuadiram o novo rei da Pérsia a proibir a reconstrução do templo
de Jerusalém.
Mais de dez anos se passaram desde então, quando os
profetas Ageu e Zacarias profetizaram a nação para que
retomassem as obras do templo (Esdras 5:1). Apesar da forte
oposição de seus inimigos, o rei Dario permite que os judeus
terminem a reconstrução do templo de Jerusalém.
Com a morte de Dario, o rei Artaxerxes envia o sacerdote e
escriba Esdras para Jerusalém para que ele nomeasse juízes e
oficiais para governarem a nação. Além disso, o próprio rei decide
incumbir a Esdras da missão de ensinar a Lei de Deus aos judeus
que estavam em Jerusalém.
Alguns anos mais tarde, o copeiro do rei chamado Neemias
recebe a visita de alguns judeus que relatam como Jerusalém se
encontrava ainda com suas muralhas destruídas. Neemias então
relata ao rei o estado de Jerusalém e pede permissão para viajar a
Judá e reedificar as muralhas da cidade.
O rei permite a Neemias ir a sua cidade na função de
governador e, apesar de sofrer grande oposição dos povos que
moravam nos arredores de Jerusalém, consegue levantar as
muralhas da cidade em pouco mais de 50 dias. Além de reerguer as
muralhas, Neemias estabeleceu normas para a administração da
cidade e cooperou com Esdras para que a Lei de Deus fosse
ensinada a nação.
“Todas as pessoas começaram a chorar quando ouviram os
mandamentos da Lei. Então Esdras, o sacerdote, e eu como governador, e os
levitas que estavam me ajudando, dissemos a eles: Não chorem num dia
como este! Pois hoje é um dia sagrado diante do Senhor, o nosso Deus.”
(Neemias 8:9)
Após governar em Jerusalém por 12 anos, Neemias retorna ao
palácio do rei da Pérsia. Algum tempo depois, regressa aos termos
de Judá e encontra o povo transgredindo os mandamentos de Deus.
O governador Neemias os repreende com dureza (Neemias 13:25),
exortando a nação a conduzir seus caminhos na presença do
Senhor Deus de Israel.
MENSAGEIROS DE DEUS

A maldade de Edom a Deus tinha irritado


Bastante irado estava por tamanho pecado
Bradou contra a semente de Esaú profecias
A restauração de Israel anunciou Obadias.

Contra a cidade de Nínive falou


Declarou o que o Eterno lhe ordenou
Deste modo, se tornou alguém incomum
Confiando no Deus Eterno profetizou Naum.

Estando perto o castigo de Judá, fez oração


Fortalecido no Senhor estava o seu coração
Falava as palavras divinas como Baruque
Este santo profeta chamado Habacuque.

Grande castigo sobre Jerusalém ele proclamou


Habitava em meio ao povo que a Deus irritou
Homem que profetizou nos dias do rei Josias
Guiava o Santo de Israel ao varão Sofonias.

“O Senhor, Deus de seus pais, mandou profetas uma porção de vezes


para avisá-los por que Ele tinha compaixão do seu povo e do seu templo. Mas
o povo zombava desses mensageiros de Deus, e desprezava as palavras
deles, caçoando dos profetas até que a ira do Senhor não pôde mais ser
dominada, e não havia mais remédio.” (II Crônicas 36:15,16)

47. OBADIAS – NAUM – HABACUQUE – SOFONIAS


Os irmãos Esaú e Jacó nasceram e cresceram em clima de
profunda inimizade. A histórica rivalidade entre os irmãos
atravessou séculos, alcançando suas descendências. Quando os
filhos de Jacó saíram do Egito e atravessavam o deserto rumo à
terra prometida, o reino de Edom (descendentes de Esaú) não
permitiu que seus irmãos passassem por sua terra. (Números 20:14-
21) Com a invasão das terras de Judá pelas tropas do rei de
Babilônia, os moradores de Edom não só se recusaram a auxiliar os
judeus como se aproveitaram da tragédia dos filhos de Israel.
“Vocês chegaram a invadir Israel em época de calamidade pública para
matar e roubar. Ficaram satisfeitos com o sofrimento do meu povo. Vocês
enriqueceram as custas de seus irmãos. Vocês pararam nas encruzilhadas e
mataram os fugitivos desorientados. Quando os refugiados judeus estavam
em completo desespero, vocês os entregaram na mão dos inimigos.”
(Obadias 13,14)
O profeta Obadias é levantado pelo Senhor para proclamar que
a sentença de Edom não tardaria.
*

A Assíria se consolidava como uma das maiores potências


militares de seus dias. O profeta Jonas já havia sido enviado a
capital do império assírio com uma sentença dura da parte do
Senhor do Universo. Os ninivitas se arrependeram e o Deus Eterno
decidiu poupar a cidade sanguinária.
O reino de Israel foi arrasado pelas tropas assírias e os
israelitas amargaram o cativeiro. A maldade da Assíria se
multiplicava e a sentença divina era irrevogável: “Já é tarde demais!
As comportas do rio foram abertas! O inimigo entrou na cidade! O
palácio entrou em pânico!” (Naum 2:6) Conforme profetizado pelo
profeta Naum, uma repentina inundação destroçou parte das
muralhas de Nínive e o exército do rei de Babilônia invadiu e
conquistou a capital do império assírio.
*

“Será que eu tenho de assistir todo esse pecado e toda essa tristeza à
minha volta para sempre? Para qualquer lugar que eu olhe, existe violência e
chantagem. Homens que dão a vida por uma discussão e uma briga. A lei não
é cumprida [...], pois os perversos são muito mais numerosos que os justos.”
(Habacuque 1:3,4)
O cenário no qual se situa o ministério profético de Habacuque
revela com clareza que a nação estava imersa em seus próprios
pecados. O profeta questiona abertamente ao Senhor sobre os
pecados do povo e ouve que o castigo divino sobre Judá viria pelas
mãos do rei de Babilônia.
Mesmo diante dos conflitos sociais que marcam sua geração, o
profeta Habacuque declara sua confiança incondicional e inabalável
no Senhor Deus de Israel. (Habacuque 3:17-19) *

Judá estava de tal forma corrompida que o castigo divino sobre


a nação era uma questão de tempo.
“Supliquem ao Senhor que os salve, todos que são humildes, todos que
tentaram obedecer. Vivam humildemente e façam o que é certo. Talvez assim
o Senhor os proteja de sua ira naquele dia de julgamento.” (Sofonias 2:3)
A sentença do Senhor seria executada sobre a nação, mas
Judá resplandecerá outra vez quando Deus lhe der “um nome
respeitado e honrado por todos os povos da terra”. (Sofonias 3:20)

PROFETAS DO SENHOR

A vida do profeta ilustrava a relação entre o Senhor e Israel


Apesar do grande amor divino, a nação rebelde era infiel
As palavras do profeta então denunciavam a idolatria
Ainda que não escutassem suas palavras e sabedoria

Buscando prazer nos falsos deuses, a nação eleita se corrompeu


Bem que os profetas avisaram, mas o povo não se arrependeu
Brilhava em meio a sua geração este homem de boas ideias
Buscando cumprir o chamado viveu o profeta Oséias.

Com a maldade de seus atos, Judá atraiu para si a condenação


Cativeiro babilônico: um tempo de lágrimas e humilhação
Com a permissão do rei Ciro, os judeus regressaram
Com muitos sonhos, eles a Jerusalém chegaram

Deus mandou o profeta exortar o povo contra certos casamentos


Da união com as mulheres pagãs surgiriam maus pensamentos
Derramaram, entre o santuário e o altar, o sangue de Zacarias
Dízimos e ofertas: a falta da nação foi lembrada por Malaquias.
“Ó Jerusalém, Jerusalém! A cidade que mata os profetas. A cidade que
apedreja aqueles que são enviados para socorrê-la. Quantas vezes Eu quis
ajuntar os seus filhos como uma galinha protege a sua ninhada debaixo das
asas, mas não Me quiseram deixar.” (Lucas 13:34)

48. OSÉIAS e MALAQUIAS


Ouçam a palavra do Senhor, israelitas. O Senhor tem uma acusação
contra vocês. Ele os acusa dos seguintes crimes: não há fidelidade, nem
amor, nem conhecimento de Deus em seu país. Vocês todos juram
falsamente, mentem, matam, roubam e cometem adultério. Em toda parte há
violência, com um assassinato atrás do outro. (Oséias 4:1,2)
Os pecados de Israel se multiplicaram e o castigo divino se
aproximava da nação rebelde. O profeta Oséias foi testemunha dos
anos que antecederam a destruição de Samaria pelo exército da
Assíria e a deportação do povo para o cativeiro.
A família do profeta era o retrato da relação do Senhor com
Israel. Tendo se casado com uma mulher que antes vivia como
prostituta, ela “ficou grávida e deu um filho a Oséias” (Oséias 1:3).
Essa mulher ainda engravidaria outras duas vezes, mas estas
crianças eram frutos do adultério dela.
Como se não bastasse, a mulher ainda decide sair de casa e
viver com seus amantes. Apesar de seu vergonhoso adultério, o
profeta recebe ordem do próprio Deus para ir buscar sua esposa e
regressar com ela para casa.
Assim, o relacionamento entre o profeta e sua mulher era uma
grande alegoria da relação entre Deus e Israel. Embora a nação
tenha se prostituído na adoração de falsos deuses e abandonado o
Senhor, os israelitas seriam resgatados de sua condição miserável
pelo grande amor divino.
“Depois disso os israelitas voltarão ao Senhor seu Deus e ao Messias,
seu Rei. Eles se aproximarão, tremendo, muito humildes, do Senhor e de
suas bênçãos. Isso vai acontecer nos últimos dias.” (Oséias 3:5)
*

O período do cativeiro dos judeus em Babilônia se arrastou por


setenta anos (II Crônicas 36:21), até que o Senhor se compadeceu
da semente de Abraão e permitiu que o povo regressasse para a
cidade de Jerusalém.
É neste momento marcado pelo ressurgimento da nação de
Judá que se levanta o profeta Malaquias. O Santo de Israel
contende com os sacerdotes judeus com uma sentença clara e
direta: “se vocês não mudarem seu modo de viver e não derem
glória ao meu nome vou castigá-los terrivelmente”. (Malaquias 2:2)
Assim como o sacerdote Esdras e o governador Neemias, o profeta
Malaquias também proclama o juízo divino sobre a nação por causa
do casamento dos judeus com mulheres de outras nações que
adoravam aos falsos deuses, corrompendo desta forma a semente
santa.
“Nessa época os meus castigos serão rápidos e certos: Eu Me
movimentarei com rapidez para castigar os que praticam bruxaria, os
adúlteros, os mentirosos, os que roubam o salário de seus empregados, os
que exploram as viúvas e os órfãos, enfim todos os que não Me respeitam.”
(Malaquias 3:5)
O profeta ainda exortou àqueles que roubavam ao Senhor do
Universo retendo os dízimos e ofertas a se arrependerem do mal
que estavam praticando.
O nascimento do Sol da Justiça surgiria em Judá, mas adiante
dele seria enviado um profeta no poder e virtude de Elias o qual
prepararia o caminho para o ministério do Senhor Jesus Cristo.
SANTIDADE AO SENHOR
Matatias foi exemplo em sua geração
Alguém que amou a Deus e sua nação
Como escravos, viviam em sua terra os judeus
Antes de sua morte, encorajou os filhos seus

Batalhavam contra os que exigiam a profanação


Estavam dispostos a morrer por sua religião
Unidos, cinco irmãos mudaram a história
Servindo ao Eterno, Ele lhes deu vitória

Muitos exércitos contra eles se levantaram


Aqueles que o enfrentavam não prosperaram
Como profetizou Daniel, o templo foi profanado
Agora o povo judeu novamente o tinham consagrado

Bastante corajosos, inumeráveis batalhas venceram


Era Judá outra vez respeitada. Os inimigos temeram
Unidos ao Eterno, venceram a macedônios e idumeus
Sempre lembrada será a história dos irmãos Macabeus.

[...] Furioso por ter sido obrigado a fugir da batalha, o rei da Síria atacará
Jerusalém mais uma vez e vai desrespeitar o templo, obrigando os judeus a
parar com os sacrifícios diários e adorando ídolos dentro do templo. Quando
partir, deixará no governo de Israel judeus que não amam a Deus – homens
que abandonaram a fé de seus pais. Ele prometerá muitas vantagens aos que
não dão importância às coisas de Deus, e assim eles passarão a colaborar
com a Síria. Apesar disso, as pessoas que conhecem o seu Deus serão
corajosas e farão grandes coisas!” (Daniel 11:30-32)
49. MACABEUS
Ao regressarem do cativeiro babilônico, os judeus viveram em
Jerusalém sob o domínio do império medo-persa por muitos anos.
Conforme anunciado pelo profeta Daniel, o império medo-persa
sucumbiu ante o poderio bélico da Grécia e, após a morte do rei
grego Alexandre Magno, seu vasto império foi dividido entre seus
quatro generais (Daniel 11:2-4).
O general Antíoco Epífanes consolida seu governo sobre a Síria
e o Egito e ordena que todos os povos que vivem sob o domínio de
seu império abandonem seus costumes religiosos e prestem culto
às divindades gregas. Os judeus receberam ordens para não mais
circuncidarem os meninos que nascessem. Além disso, deveriam
destruir os escritos sagrados e profanar o sábado e o templo do
Senhor com sacrifícios impuros. Os que se recusavam a cumprir as
ordens reais eram mortos.
“Lutou, contra o povo de Deus e derrotou alguns, dos líderes judeus.
Chegou a desafiar o Comandante do exército dó Céu, interrompendo os
sacrifícios que eram oferecidos diariamente a Deus e manchando a pureza do
seu templo.” (Daniel 8:10,11)
O sacerdote Matatias se rebelou contra as ordens do rei e fugiu
para as montanhas no deserto acompanhado de seus filhos.
Aqueles que eram tementes ao Deus Vivo se juntaram a família do
sacerdote. Aproximando-se os dias de sua morte, Matatias fez larga
exposição sobre a fidelidade divina desde Abraão até os dias de
Daniel, exortando seus filhos a permanecerem fiéis ao Senhor.
Judas Macabeu assume a liderança após a morte de seu pai,
vencendo as batalhas contra os exércitos enviados pelo rei. Apesar
de serem poucos quando comparados às tropas reais que saíam
para combatê-los, os judeus eram vitoriosos porque confiavam no
Deus de Israel (Levíticos 26:7-9).
Jerusalém e o templo do Senhor estavam abandonados. Sob a
liderança de Judas, os judeus decidiram regressar a cidade. O
templo foi então restaurado e purificado pelos sacerdotes, sendo
novamente consagrado ao Deus Vivo. Durante oito dias celebraram
a dedicação do altar, oferecendo sacrifícios com alegria e ações de
graças ao Senhor.
Judas Macabeu e a assembleia de judeus declaram que os dias
de dedicação do altar seriam celebrados anualmente e esta tradição
– chamada “festa das luzes” – celebrada nos dias de Jesus (João
10:22) permanece até hoje. O perverso rei sofreu a sentença divina,
morrendo de uma enfermidade que fazia com que vermes saíssem
de seu próprio corpo e comessem sua carne.
O filho do cruel monarca assume o poder e inicia sua
campanha militar avançando contra Jerusalém. Marchava com um
poderoso exército formado por 100.000 soldados, milhares de
cavaleiros, centenas de carros militares e algumas dezenas de
elefantes adestrados para guerra. Os judeus clamaram ao Senhor
dos Exércitos e os inimigos foram vencidos pelas tropas de Judas.
“Um só de vocês basta para pôr em fuga mil inimigos, pois o Senhor
nosso Deus luta por nós, como prometeu. Portanto esforcem-se para
continuar amando ao Senhor nosso Deus! Este amor vai guardar suas almas.”
(Josué 23:10,11)
Os judeus realizam uma aliança de paz e cooperação com os
romanos e, mesmo após a morte do valoroso Judas Macabeu, seus
irmãos assumem a liderança militar da nação de Judá, servindo
ainda hoje como exemplos de coragem e confiança inabalável no
Senhor Deus.
CRIANDO O SALVADOR

Deus mandou um anjo a cidade de Nazaré


Enviado ali para falar com a noiva de José
Uma virgem foi então escolhida para gerar
Seu Salvador, que do céu veio nos resgatar

Depois disso, foi visitar sua prima Isabel


Avisada foi da gravidez desta por Gabriel
Receberam ordem de ir a Belém se alistar
Árdua viagem que precisariam ali realizar

Naqueles dias, de uma virgem iria nascer


O Messias prometido que aqui veio viver
Vieram do Oriente para o bebê conhecer
Ao Egito, esta família foi para se esconder

Viu o seu menino Jesus com doutores falando


Ia o tempo passando e ela O acompanhando
Dedicou a sua vida naquela missão que recebia
Até o fim do ministério de Jesus esteve Maria.

“Maria disse: ‘Eu sou a serva do Senhor, e estou pronta a fazer tudo
quanto for necessário. Que aconteça tudo o que o Senhor me disse’. Então o
anjo desapareceu.” (Lucas 1:38)
50. MARIA
No ventre desta virtuosa mulher foi gerado um menino que
transformaria para sempre a história da humanidade. A jovem Maria
– que teria cerca de 12 anos – estava prometida em casamento a
um homem chamado José, quando o Senhor do Universo envia um
anjo a esta moça com uma revelação surpreendente: ela estaria
grávida de um menino que deveria se chamar JESUS.
Diante de uma mensagem impactante como esta, a jovem
Maria pede ao anjo Gabriel que lhe explique como poderia ser isso,
pois ainda era virgem.
“O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você e o poder de Deus a
cobrirá com a sua sombra; por isso a criança que vai nascer de você será
completamente santa - o Filho de Deus.” (Mateus 1:35)
A moça aceitou prontamente a missão divina recebida, embora
sua vida estivesse seriamente ameaçada. Conforme a tradição
judaica, uma moça que surgisse grávida antes do casamento
deveria ser apedrejada até morrer. Maria realiza uma pequena
viagem rumo às terras montanhosas da Judéia para visitar sua
prima Isabel, pois o anjo do Senhor lhe havia contado que esta
mulher em idade avançada havia engravidado e sua gestação já
completava seis meses.
A jovem permaneceu na casa de sua prima por três meses.
Regressando para sua cidade, José toma conhecimento de que sua
noiva está grávida e planeja deixa-la secretamente. Supondo ter
sido traído pela moça, a fuga de José representaria para sociedade
uma espécie de confissão pública de que ele se relacionou com sua
noiva, inocentando assim a Maria por seu aparente adultério.
O anjo do Senhor aparece em sonho a José para que ele não
deixasse a Maria, revelando ainda que a criança que estava sendo
gerada no ventre de sua futura esposa havia sendo concebida pelo
Espírito Santo. José atende a ordem divina, levando a jovem para
morar consigo. Apesar de estarem juntos desde então, a moça
“permaneceu virgem até seu Filho nascer.” (Mateus 1:25) Como
José era membro da antiga família real, ele e sua esposa viajaram
para Belém – cidade natal do rei Davi – para atender ao
recenseamento ordenado pelo imperador romano. Naquela cidade
nasceria o menino Jesus. Alguns dias depois, o casal levou o
menino Jesus para ser circuncidado e apresentado no templo de
Jerusalém.
Quando completou 12 anos, o menino Jesus acompanhou seus
pais na viagem para Jerusalém por ocasião da festa da Páscoa.
Quando regressavam, perceberam que Jesus não estava com os
demais familiares e voltaram a Jerusalém para procurar o menino.
Chegando ao templo, o encontraram assentado conversando com
os mestres da lei. O menino obedece aos seus pais e retorna para
casa.
Muitos anos depois, Maria foi convidada – a ausência de José
sugere que ele já havia morrido – para uma festa de casamento,
assim com Jesus e seus primeiros discípulos. Durante as
celebrações do casamento, o vinho acabou! Maria apresenta o
problema dos recém-casados a Jesus, dando uma ordem aos
criados: "Façam tudo o que Ele disser a vocês" (João 2:5). O
Senhor operou ali seu primeiro milagre, transformando seis talhas
de água (cerca de 500-600 litros) em excelente vinho.
Durante a crucificação do Senhor Jesus, quando muitos de
seus discípulos se esconderam com medo da morte, ali estava sua
amorosa mãe. Vendo-a Jesus, ordena ao apóstolo João que cuide
dela daquele dia em diante (João 19:25-27), demonstrando mesmo
na cruz Seu amor por Maria.
UMA VOZ CLAMANDO NO DESERTO

Disse ser a voz do que clama no deserto


Ele anunciava que o Ungido estava perto
Ungido para pregar tal como o profeta Elias
Soube então preparar o caminho do Messias

Humildemente no rio Jordão ele batizava


O homem que perdão de Deus buscava
Jesus testemunhou dele quando o viu
Entre os homens foi o maior que existiu

Gente se amontoava para ouvir sua pregação


Uma palavra de arrependimento e conversão
Impactados foram, mas não conseguiam entender
Aquela mensagem não os fez em Cristo Jesus crer

Viveu muitos dias preso antes de ser degolado


O seu crime? Denunciar de Herodes o pecado
Continue a caminhada. Nunca desista!
Êxito terá como o varão João Batista.

“E desde o tempo em que João Batista começou a pregar e batizar, até


agora, multidões ansiosas vão abrindo caminho em direção do Reino dos
Céus.” (Mateus 11:12)

51. JOÃO BATISTA


Filho do sacerdote Zacarias e Isabel, o nascimento de João
Batista foi anunciado pelo anjo Gabriel. Como eram idosos e sua
mulher era estéril, o sacerdote duvidou do mensageiro do Senhor,
sendo repreendido e ficando mudo até o dia em que o menino foi
circuncidado e batizado como João.
“A admiração dominou toda a vizinhança, e a notícia do que havia
acontecido espalhou-se pelos montes da Judéia. Cada um que ouvia isso
ficava pensando demoradamente e perguntava: Que será que esse menino
vai ser? Porque a mão do Senhor está de fato sobre ele de uma maneira
especial”. (Lucas 1:65,66)
João morava no deserto da Judéia e ali começou seu
ministério, exortando os judeus a se arrependerem de seus pecados
e se voltarem para Deus, pois o Reino dos Céus estava próximo. A
mensagem de João atraía multidões ao deserto e os homens,
confessando publicamente seus pecados, eram por ele batizados no
rio Jordão.
A pregação de João era impactante! Mais do que serem
batizados, os judeus eram confrontados: “vão e provem, pela
maneira de viver, que vocês realmente se arrependeram” (Lucas
3:8). A mensagem de João Batista deveria preparar o caminho para
o ministério do Senhor Jesus Cristo.
“[...] Isaías tinha falado sobre o ministério de João séculos antes! Ele
tinha escrito: Eu ouço um clamor que vem do deserto dizendo: Preparem uma
estrada para o Senhor - endireitem o caminho por onde Ele andará.” (Mateus
3:3)
Os fariseus e saduceus que foram ter com ele no deserto foram
chamados de “raças de víboras” pela hipocrisia. Exortou os judeus a
amarem verdadeiramente o próximo, repartindo o que tinham com
os necessitados. Cobradores de impostos e soldados a serviço do
império romano foram advertidos a serem honestos, deixando de
lado a corrupção e se contentando com seus salários.
O próprio Jesus foi ao deserto da Judéia para ser batizado. E é
neste momento do ministério de João Batista que vemos a
manifestação de Deus Pai, Filho e Espírito Santo (Marcos 1:9-11).
Jesus iniciaria Seu ministério com uma mensagem semelhante a de
João Batista: “Deixem o pecado e voltem-se para Deus, porque o
Reino dos Céus está perto”. (Mateus 3:2/4:17) Com passar do
tempo, o ministério de Jesus cresceu e rapidamente se tornou maior
do que o de João. Quando o profeta foi indagado por alguns
discípulos acerca da multidão que seguia a Cristo, foi enfático em
dizer que era necessário que o ministério do Messias crescesse e o
dele diminuísse.
A mensagem de João Batista de combate ao pecado se voltou
até mesmo contra o poderoso rei Herodes. O monarca se tornou
desobediente aos mandamentos divinos ao se “casar” com a própria
cunhada (Levítico 18:16) e foi repreendido publicamente pelo
profeta do Senhor.
Apesar de ordenar a prisão do profeta, “Herodes respeitava
João, sabendo que ele era um homem bom e santo, e assim o
mantinha debaixo da sua proteção”. (Marcos 6:20). Mas certo dia, o
rei prometeu dar a filha de Herodias (sua esposa-cunhada) o que
ela desejasse e a jovem pediu a cabeça do profeta em uma
bandeja. Mesmo contrariado, Herodes ordenou a morte de João.
O ministério profético de João alcançou tamanha projeção que
muitos judeus e até o próprio rei acreditavam que Jesus era, na
verdade, o profeta João Batista que havia ressuscitado dos mortos.
O Senhor Jesus Cristo também reconheceu a grandeza do
ministério de João ao declarar que “de todos os homens que já
nasceram, nenhum foi tão grande como João Batista”. (Mateus
11:11)

O PRÍNCIPE DA VIDA

Foi gerado no ventre de uma virgem judia


Filho do Deus Vivo que entre nós habitaria
Sua Mensagem de Graça a todos seria ensinada
Falou através de parábolas durante Sua jornada

São muitos milagres para em versos descrever


Somente alguns aqui estarão para você crer
Faltando vinho, ao casamento restaurou
Saiba ainda que os pães multiplicou

Pedro o negou, mas receberia graça e perdão


Mesmo a mulher adúltera encontrou salvação
Por Suas Mãos, os enfermos eram curados
Perdoados eram de todos os seus pecados

Muitos viram a ressurreição de Lázaro. Ele é Deus Forte


Pois demonstrou que venceria o império da morte
Meus pecados foram com Ele cravados na cruz
Maravilhoso sacrifício por nós fez o Rei Jesus.

“Os discípulos de Jesus O viram fazer muitos outros milagres além dos
que são mencionados neste livro, mas estes estão registrados para que vocês
creiam que Ele é o Messias, o Filho de Deus, e crendo nEle tenham a Vida.”
(João 20:30,31)
52. SENHOR JESUS CRISTO
Compreendendo ser impossível descrever todos os
ensinamentos e milagres que marcaram o ministério do Senhor
Jesus Cristo (João 20:30,31), passamos então a um breve olhar
sobre eles.
Logo após ser batizado por João Batista, o Senhor Jesus foi
levado pelo Espírito Santo para o deserto. O propósito era claro: um
período de consagração em jejum e oração. Durante 40 dias foi
tentado pelo diabo, mas suportou as investidas malignas e estava
pronto para o ministério.
Após o milagre da transformação da água em vinho na
celebração de um casamento, Jesus parte para Jerusalém.
Chegando ao templo, o Senhor encontrou pessoas vendendo
animais que eram comprados para os sacrifícios. “Jesus fez um
chicote com umas cordas e expulsou todos, pondo para fora as
ovelhas e os bois, espalhando no chão as moedas deles!” (João
2:15).
O Senhor se caracterizava por procurar aqueles que eram
rejeitados pela sociedade. Quando esteve em Samaria, conversou
com uma mulher e lhe ensinou acerca do Reino de Deus. Voltando
para aldeia, ela convida todos a conhecer Jesus. O Senhor ensinou
por apenas dois dias e os samaritanos disseram à mulher: “Agora
nós cremos porque ouvimos Jesus por nós mesmos, e não somente
por causa do que você nos contou. Ele é na verdade o Salvador do
mundo” (João 4:42).
Algum tempo depois, Jesus e os apóstolos atravessaram o mar
da Galiléia (onde o Senhor acalmou a tempestade) e foram à cidade
de Gadara. Chegando naquela região, Jesus encontrou um homem
endemoniado que “sem casa e sem roupa, vivia no cemitério, entre
os túmulos” (Lucas 8:27). Possuído por uma legião de demônios, o
homem foi liberto pelo poder da palavra do Senhor.
O Senhor buscava aos humilhados. Assim curou o paralítico
que há 38 anos padecia, perdoou a mulher adúltera que estava
prestes a morrer apedrejada e ressuscitou o filho da viúva de Naim.
Ainda que o milagre seja fruto da ação divina através de seres
humanos, a tradição judaica identifica que existem três milagres
messiânicos, ou seja, aqueles que apenas o Messias poderia
realizar.
A cura de um leproso era um deles. E depois de pregar o
sermão da montanha, Jesus vê um homem leproso que se ajoelha e
suplica pela cura. “Jesus toca no homem” (Mateus 8:3) e o cura.
O segundo milagre messiânico seria a cura de uma pessoa
possuída por um demônio que a deixasse surda. O Mestre
regressou a região de Decápolis – onde estava situada a cidade de
Gadara – e ali lhe foi apresentado um endemoniado surdo e, após
retirá-lo dentre a multidão, o curou. “Naquele mesmo instante o
homem pôde ouvir perfeitamente e falar claramente.” (Marcos 7:35)
Jesus também curou um cego de nascença – terceiro milagre
messiânico. “Jesus cuspiu no chão, fez barro com a saliva, esfregou
nos olhos do cego” (João 9:6) e ordenou que fosse se lavar em um
tanque ao lado do templo. O homem obedeceu, foi curado e assim
declarou diante dos fariseus: “Desde o princípio do mundo nunca
houve ninguém que pudesse abrir os olhos de uma pessoa que
nasceu cega. Se este homem não fosse de Deus, não poderia fazer
isto.” (João 9:32,33) Os judeus reconheceram os sinais
messiânicos, mas não confessaram que Jesus Cristo era de fato o
Messias. O apóstolo João conclui declarando “que se todos os
outros acontecimentos da vida de Jesus também fossem escritos,
os livros não poderiam caber no mundo inteiro!” (João 21:25)

O SALVADOR ESTAVA PASSANDO

Deus a este mundo Seu Filho havia mandado


Era Cristo Jesus, o Messias esperado
Ungido enviado para o perdido resgatar
Seria necessário o pecador acreditar

Crer que Jesus era o Cordeiro de Deus


Uma coisa simples? Não para os judeus
Realmente esse homem testemunhou
Aquilo que o povo cego não enxergou

Depois de ouvir que o Mestre passaria


Este logo se pôs a gritar e não pararia
Uma multidão o mandava se calar
Somente Jesus Cristo o queria escutar

Chamaram o cego e ele a capa abandonou


Uma chance única que ele não desperdiçou
Recebeu o seu milagre o filho de Timeu
Agora seguindo a Jesus viveria Bartimeu.

“Eu, o Senhor, o chamei para demonstrar a minha justiça. Eu o


protegerei e sustentarei. Você vai ser a prova do novo trato que Eu farei com
o meu povo. E uma luz para guiar os outros povos até Mim. Você dará vista
aos cegos, dará liberdade aos que vivem prisioneiros na escuridão e no
desespero.” (Isaías 42:6,7)
53. BARTIMEU
Na cidade de Jericó, havia um homem que sobrevivia à custa
da compaixão dos outros. Conhecido apenas como Bartimeu – cujo
significado era “filho de Timeu” – era um cego que mendigava na
beira da estrada.
O Senhor passava pela cidade de Jericó acompanhado de uma
verdadeira multidão. Ouvindo o barulho que marcava a aproximação
de tantas pessoas, o cego Bartimeu pergunta do que se tratava e
ouve de alguém que Jesus de Nazaré estava passando.
Bartimeu sabia que aquele poderia ser o dia em que Deus
mudaria a história de sua vida. Percebendo que o ruído ao seu redor
aumentava, começou a clamar: “Jesus, Filho de Davi, tem
misericórdia de mim!” (Lucas 18:38).
Nesta pequena frase, havia uma grande declaração de fé:
aquele homem cria que Jesus era de fato o prometido Messias, da
linhagem do rei Davi. Perceba que, embora fosse cego, ele
reconhecia que em Jesus se cumpriam as profecias que apontavam
para o Messias como descendente de Davi.
A multidão queria calar a sua voz, mandando que ele parasse
de gritar. Apesar de sofrer forte oposição dos seguidores de Cristo,
Bartimeu não cessava de clamar. Mais do que seu pedido insistente,
a declaração de fé deste homem fez com que o Senhor parasse e
mandasse chamá-lo.
Jesus interrompeu sua caminhada para atender um mendigo
que estava assentado à beira da estrada. Para receber o milagre, o
homem precisava tomar uma atitude. Embora o homem fosse cego,
o Senhor não foi ao encontro de Bartimeu, mas ordenou que ele
saísse de onde estava e caminhasse em direção a Cristo.
Deus sente prazer em nos fazer coparticipantes do milagre. Em
outra ocasião, ao curar um cego de nascença, ordenou que o
homem fosse desde a entrada do templo (chamada “porta formosa”)
até o tanque de Siloé e ali lavasse os olhos para receber o milagre.
Mesmo sendo cego, o Senhor ordenou que o homem percorresse
um trajeto de cerca de 700 metros antes de ser curado.
Imediatamente, “Bartimeu arrancou a capa e a atirou para o
lado, de um salto ficou em pé e foi a Jesus” (Marcos 10:50). É
importante lembrar que a capa abandonada por Bartimeu era
duplamente importante, pois, além de dormir sobre ela, era
necessária para recolher os alimentos e esmolas que recebia. Desta
maneira, deixar a capa simbolizava a fé que tinha de que seria
curado pelo Senhor.
Bartimeu se aproxima de Jesus e ouve a seguinte pergunta: o
que você quer? O homem precisava verbalizar o desejo de seu
coração e ele assim o fez, suplicando que queria ver. O Mestre
ordenou que ele voltasse a enxergar, pois pela fé havia recebido o
milagre. Aquele que era cego voltou a ver!
“Imediatamente o homem pôde enxergar, e seguia a Jesus, louvando a
Deus. E todos os que viram isto acontecer, também louvaram a Deus.” (Lucas
18:43)
Mais do que uma bela lição de perseverança e fé, o desfecho
da história de Bartimeu nos mostra um homem seguindo ao Senhor
Jesus Cristo e louvando ao Deus Eterno pelo milagre recebido.
VENCENDO A MULTIDÃO

Imagine aí a história de um rico baixinho


Procurando avistar a Cristo naquele caminho
Tentava olhar o Salvador entrando na multidão
Uma investida frustrada. Tudo de fato parecia vão

Impossível? Ele certamente não iria disso desistir


Correu adiante de todos para na árvore subir
Minutos depois, Jesus por ali passava
Somente agora ele O enxergava

Improvável convite acabava de receber


Prontamente atendeu a ordem de descer
Vendo então o Mestre em sua casa repousar
Anuncia profunda mudança de vida sem vacilar

Inegável é que este gesto marcou sua conversão


Realmente àquele lar chegou a bendita salvação
Persevere como o homem que a multidão venceu
Faça também sua parte como o publicano Zaqueu.

“Jesus lhe disse: Isso mostra que hoje a salvação chegou a esta casa.
Este homem era um dos filhos perdidos de Abraão.” (Lucas 19:9)
54. ZAQUEU
Depois de um período de pouco mais de um século de
autonomia política sob a liderança dos irmãos Macabeus, a cidade
de Jerusalém é dominada pelo general romano Pompeu no ano 63
a.C.
Como ocorria em todas as regiões sob domínio do império
romano, os judeus eram obrigados a pagar impostos a Roma. Os
responsáveis pela cobrança dos impostos eram os publicanos. Eram
detestados pela nação, não só por serem cooperadores do império
opressor, como também pelo fato de muitas vezes cobrarem mais
do que deveriam, enriquecendo à custa da exploração do povo.
“Até os cobradores de impostos - famosos pela sua desonestidade -
vieram para ser batizados e perguntaram: Como provaremos a você que já
abandonamos os nossos pecados? Pela sua honestidade, respondeu ele.
Vejam que não cobrem mais impostos do que o governo romano exige de
vocês”. (Lucas 3:12,13)
Embora os publicanos não fossem bem vistos pela sociedade
judaica, Jesus não os discriminava. A escolha do publicano Mateus
– também chamado “Levi” – como um dos doze apóstolos de Cristo
comprova o caráter acolhedor do ministério do Senhor. O Mestre,
inclusive, foi censurado pelos fariseus por se assentar a mesa com
publicanos.
“Mas quando alguns dos líderes religiosos judaicos viram Jesus
comendo com esses homens de má reputação, disseram aos seus discípulos:
Como é que Ele aguenta isso, e come com essa gente baixa?” (Marcos 2:16)
As mensagens pregadas por Jesus despertavam o interesse de
muitos publicanos (Lucas 15:1) e com o baixinho Zaqueu não era
diferente. Homem de grandes riquezas e considerado como um dos
chefes dos publicanos, ele deseja realmente conhecer ao Senhor. O
Mestre passava pela cidade de Jericó cercado por uma multidão de
seguidores. Além de sua pequena estatura ser um grande
obstáculo, Zaqueu sabia que os judeus não lhe facilitariam a
passagem para se aproximar de Jesus.
O baixinho publicano não desistiu e correu para onde o Senhor
passaria, subindo em uma figueira para dali avistar a Jesus. Era
uma estratégia arriscada, pois poderia ser motivo de chacota entre
os judeus que o vissem ali. Mas ele não estava preocupado com
sua reputação; queria conhecer a Jesus. Quando o Mestre chegou
ao local onde Zaqueu estava, olhou para cima e disse ao publicano
que descesse, pois se hospedaria em sua casa naquele dia.
Como era de se esperar, a multidão murmurava pelo fato de
Jesus entrar na casa de um cobrador de impostos. Sem se
incomodar com isso, o baixinho Zaqueu desceu mais do que
depressa daquela árvore e recebeu com grande alegria o Mestre.
“Nisso, Zaqueu levantou-se diante do Senhor e disse: Senhor, de agora
em diante eu darei metade da minha riqueza aos pobres e se descobrir que
cobrei demais os impostos de alguém eu pagarei uma multa devolvendo-lhe
quatro vezes mais!” (Lucas 19:8)
A presença de Jesus no lar daquele publicano impactou
profundamente sua vida. Zaqueu decide voluntariamente dar
metade de seus bens aos pobres e promete restituir ainda quatro
vezes mais (o que faz pressupor que não era corrupto) caso tenha
cobrado imposto excessivo de algum judeu.
Conhecer a Jesus mudou para sempre a vida deste homem,
provocando nele uma conversão genuína. O Senhor declara diante
de todos que “hoje a salvação chegou a esta casa” (Lucas 19:9),
restituindo ao reino de Deus mais uma ovelha perdida dentre os
filhos de Abraão.
PESCADOR DE HOMENS

Seria a vida inteira só um pescador


Então em seu barco entrou o Salvador
Jesus lhe mostrou uma fagulha de Sua glória
Agora mudaria por completo toda sua história

Com o Mestre andou por cima do mar


O vento soprou e o medo o fez afundar
Muitos milagres de Jesus ele testemunhou
O episódio da transfiguração lhe marcou

Disse não conhecer o Mestre por temer


E o galo cantou. Chorou por se arrepender
Um líder surgiria. E logo na primeira pregação
Seriam levadas milhares de alma para a salvação

Quem diria o que Deus por meio dele iria fazer?


Um coxo iria andar e até um morto faria reviver
Este apóstolo crucificado morreria sem medo
Realizando milagres, aqui viveu Simão Pedro.

“Quando Simão Pedro percebeu o que havia acontecido, caiu de joelhos


diante de Jesus e disse: ‘Ó Senhor, deixe-nos, por favor - eu sou pecador
demais para andar ao seu lado’. Pois ele assustou-se com o tamanho da
pescaria, como também os outros que estavam com ele, inclusive seus sócios
- Tiago e João, filhos de Zebedeu. Jesus respondeu: Não se preocupe! De
agora em diante você estará pescando as almas dos homens!” (Lucas 5:8-
10)
55. PEDRO
A vida do apóstolo Pedro revela importantes ensinos para os
cristãos do presente século. João Batista estava com dois de seus
discípulos quando avistou a Jesus e disse: “Vejam! Aí está o
Cordeiro de Deus!” (João 1:36). Ouvindo isto, André não só vai ao
encontro do Senhor, mas leva a seu irmão Simão Pedro – também
chamado “Cefas” – para conhecer o Messias.
O ministério de Jesus começava a arrastar multidões. O Senhor
entra no barco de Pedro para pregar àqueles que se ajuntavam na
praia. Concluída a pregação, o Mestre sugere que o pescador lance
as redes para pesca. Embora tenha feito isso durante toda a noite
sem pescar um peixe sequer (Lucas 5:5), Pedro segue o conselho e
lança as redes mais uma vez. Pesca maravilhosa! Foram tantos
peixes que precisaram de dois barcos para levá-los. Eles estavam
assombrados e Jesus ali os comissionou: serão pescadores de
homens. Deixaram os peixes na praia e seguiram o Senhor.
A mensagem de Cristo se espalhava por toda nação, mas nem
sempre agradava aos ouvintes. Abandonado por muitos discípulos
que acharam a pregação dura, Jesus indaga os apóstolos.
“Então Jesus voltou-se para os doze e perguntou: Vocês também vão
embora? Simão Pedro respondeu: Mestre para quem iremos nós? Só o
Senhor tem as palavras que dão a vida eterna, e nós cremos nessas palavras
e sabemos que o Senhor é o santo Filho de Deus.” (João 6:67-69)
Assim que soube da morte de João Batista, o Senhor se retirou
com os apóstolos em um barquinho e foram para uma região
distante. Muitos o seguiram por terra e o acharam no deserto.
Depois de curar os enfermos, realizou o primeiro milagre da
multiplicação dos pães para alimentar a multidão.
“Jesus mandou os seus discípulos que entrassem no barco e
atravessassem para o outro lado” (Mateus 14:22) enquanto Ele
despedia a multidão. Aproveitou que estava só e subiu a montanha
para orar. Vendo os apóstolos em dificuldades por causa do forte
vento sobre o barco, Jesus foi até eles andando sobre as águas.
Como pensavam ser um fantasma, o Mestre se revela aos
discípulos.
“Então Pedro gritou: Senhor, se realmente é o Senhor, diga-me
que eu vá caminhando por cima da água até onde o Senhor está”
(Mateus 14:28). Pedro vai ao encontro do Senhor caminhando sobre
as águas, mas se assusta com as ondas e começa a afundar, sendo
salvo e levado ao barco por Jesus.
Conforme já havia anunciado (Marcos 8:29-31), Jesus foi
entregue nas mãos dos judeus que o levariam a morte. O apóstolo
Pedro acompanhou tudo à distância, pois temia também ser morto.
O resultado de seguir a Cristo de longe foi três vezes negar ao
Mestre e um choro arrependido.
Após a ressurreição, o Senhor restaura o chamado de Pedro:
se três vezes negou, três vezes agora confessou amá-lo (João
21:15-17). Chegado o dia de Pentecostes, a promessa divina se
cumpriu e Pedro e os demais discípulos foram cheios do Espírito
Santo para cumprir o chamado. O homem que até poucos dias
estava escondido com medo dos judeus, agora pregava para
multidões (Atos 4:4) e testemunhava com ousadia acerca de Cristo
diante das autoridades judaicas.
A pregação do Evangelho era confirmada com muitos sinais e
maravilhas, como a cura de Enéias e a ressurreição de Tábita.
Embora fosse uma das colunas da igreja, foi repreendido
publicamente por Paulo (Gálatas 2:14). Reconhece as diferenças no
ministério apostólico com tanta maturidade que relembra a
sabedoria divina nas cartas de “nosso amado irmão Paulo.” (II Pedro
3:15)

DISCÍPULO AMADO

De Cristo ouviu o chamado


Em aceitar não tinha demorado
Um apóstolo de Jesus muito amado
Seriam muitos milagres por ele relatado

A mulher samaritana foi ensinada


Mesmo a adúltera seria perdoada
Os pães foram todos multiplicados
Ricos ou pobres seriam ali saciados

De perto seguiu a Cristo em sua condenação


Entrando com o Mestre na sala de acusação
Unido permaneceu a Jesus na crucificação
Saindo ao sepulcro após a ressurreição

Após o Pentecostes, tudo ia mudar


Mais maduro, iria o evangelho pregar
O fim dos tempos foi visto por revelação
Registrado em Patmos pelo evangelista João.

“Sou eu, João, irmão de vocês, e companheiro no sofrimento por causa


do Senhor, quem lhes está escrevendo esta carta. Eu também tenho
participado da perseverança que Jesus concede, e nós participaremos do
reino dele!” (Apocalipse 1:9)

56. JOÃO
Como anunciado pelos profetas séculos antes, o Senhor
enviaria um profeta para preparar o caminho para a chegada do
Messias. O ministério de João Batista representou o cumprimento
destas profecias. Certa vez João Batista estava acompanhado de
dois de seus discípulos, quando avistou a Jesus e declarou que ali
estava o Cordeiro de Deus. João e André – até então discípulos de
João Batista – a partir daquele dia se tornaram os primeiros
seguidores do Senhor Jesus Cristo.
Quando escolhido por Jesus para o ministério apostólico, João
– e seu irmão Tiago – foi chamado pelo Senhor de “filho do trovão”.
Essa expressão usada pelo próprio Jesus para se referir aos recém-
eleitos apóstolos já nos diz muito sobre a personalidade destes
irmãos. Apesar dos seus defeitos, Cristo os escolhe como
protagonistas da história que mudaria o mundo para sempre.
Para cumprir a missão que lhe seria confiada, João – assim
como Pedro e Tiago – foi preparado de forma especial não só para
o ministério apostólico, como também para se levantar como
verdadeira coluna da igreja primitiva (Gálatas 2:7). Não por acaso,
esses apóstolos foram chamados a participar com exclusividade de
momentos marcantes do ministério de Jesus como a ressurreição
da filha de Jairo, a transfiguração no monte e a oração aflita do
Senhor no Jardim do Getsêmani.
Apesar de sua caminhada com Cristo, o apóstolo João
precisava de maturidade e amor fraternal para prosseguir nesta
jornada. Quando em uma aldeia de samaritanos se recusaram a
oferecer hospedagem ao Senhor, “Tiago e João disseram a Jesus:
Mestre, podemos pedir que caia fogo do céu para queimar todos
eles?” (Lucas 9:54). Os irmãos foram repreendidos pelo Senhor
nessa ocasião e o seriam mais adiante também quando a mãe deles
pede a Jesus que seus filhos assumam posição de destaque – em
detrimento dos demais apóstolos – no possível reino terreno do
Messias.
Chamado de “discípulo amado”, ele se manteve sempre
próximo ao Senhor. Mesmo durante a crucificação, no momento
mais doloroso do ministério de Jesus, ali estava João. Quando todos
os discípulos abandonaram o Senhor e se esconderam por medo de
morrer, ele permaneceu corajosamente junto à cruz do Salvador.
(João 19:26) O Senhor Jesus ressurgiu dentre os mortos e
comissionou os apóstolos a espalhar por todo o mundo a
mensagem da salvação. Cheios do Espírito Santo, João e Pedro
foram ao templo para participar da reunião de oração e foram
abordados por um coxo de nascença que mendigava. O homem
lhes pediu dinheiro, mas recebeu uma palavra de cura: em nome de
Jesus, levanta e anda!
“Com isto Pedro tomou o coxo pela mão e pôs o homem em pé. Ao fazer
isso, os pés do homem foram curados e ficaram tão fortes que ele pôde se
levantar de um pulo, ficou ali um momento e começou a caminhar! Então,
caminhando, pulando, e louvando a Deus, entrou no templo com eles.” (Atos
3:7,8)
Uma verdadeira multidão correu ao encontro dos apóstolos e
ouviu uma mensagem poderosa sobre a ressurreição do Senhor
Jesus Cristo. Pedro e João foram presos por ordem dos sacerdotes,
“porém muitos que ouviram a mensagem deles creram nela, de
modo que o número de crentes agora já atingia cerca de 5.000
homens!” (Atos 4:4) João permaneceria por muitos anos levando a
mensagem da salvação aos homens de seu tempo, anunciando
ainda os acontecimentos que marcarão os últimos dias da história
da humanidade.
O PRIMEIRO MÁRTIR

Vivia o Cristianismo um tempo de expansão


Igreja de Cristo: sofreria grande perseguição
Vendo os apóstolos que a obra do Senhor crescia
A um grupo de discípulos para cooperar escolheria

Homens de boa reputação escolhidos para servir


Os primeiros diáconos da igreja passaram a existir
Justo diante do Deus Vivo foi um desses eleitos
Era cheio do Espírito Santo: grandes seus feitos

Pregava o Evangelho de Cristo Jesus com ousadia


A mensagem era confirmada pelos sinais que fazia
Resolveram os seus inimigos então subornar
Algumas pessoas perversas para testemunhar

Disseram falsamente que o ouviram blasfemar


Então os sacerdotes decidiram que iam apedrejar
Unido ao Senhor, de joelhos morreu em intercessão
Servindo inteiramente ao Deus Eterno viveu Estevão.

“Estevão, o homem tão cheio de fé e do poder do Espírito Santo, fazia


milagres espantosos entre o povo.” (Atos 6:8)

57. ESTEVÃO
O número de discípulos crescia no seio da igreja primitiva e
com isso começavam a surgir problemas de relacionamento entre
os novos cristãos. A fim de encerrar as contendas entre os irmãos
por causa da distribuição de alimentos às viúvas, os apóstolos
decidiram pela instituição dos diáconos para que estes homens
eleitos pela comunidade cristã se dedicassem à assistência social,
repartindo com justiça os mantimentos entre as viúvas da igreja.
Entre os sete eleitos para o ministério diaconal estava Estêvão,
um “homem tão cheio de fé e do poder do Espírito Santo [que] fazia
milagres espantosos entre o povo” (Atos 6:8). Certa vez, se
levantaram vários judeus que iniciaram uma discussão com o
diácono Estêvão.
Como nenhum destes homens era capaz de resistir à sabedoria
deste fiel discípulo de Jesus, decidiram subornar algumas pessoas
para que dissessem que ouviram Estêvão blasfemando, acusando-o
de proferir palavras de maldição contra o profeta Moisés e o próprio
Deus.
Por conta do falso testemunho destes homens, Estêvão foi
preso e levado diante do Sinédrio para que se defendesse das
acusações. Chegando à sala onde seria julgado, os membros do
conselho viram o “o rosto de Estêvão tornar-se radiante como o
rosto de um anjo!” (Atos 6:15) Ao receber a palavra para apresentar
sua defesa, apresentou uma sucinta exposição da história da nação
de Israel, começando no chamado divino do patriarca Abraão e
passando pouco depois pelo período de escravidão dos filhos de
Israel na terra do Egito até sua libertação pelas mãos do profeta
Moisés.
Cheio do Espírito Santo, o corajoso Estêvão prosseguiu em sua
defesa falando com ousadia sobre a jornada dos hebreus pelo
deserto, passando pelos dias em que a nação foi liderada por Josué
na conquista da terra de Canaã até alcançar o ministério do Senhor
Jesus Cristo.
Por um momento os protagonistas se viram com os papéis
trocados, pois agora era o destemido Estêvão que acusava os
membros do Sinédrio ao declarar que os judeus “mataram aqueles
que profetizaram sobre a vinda do Justo - o Messias, que vocês
traíram e assassinaram”. (Atos 7:52) Confrontados pelas palavras
contundentes do diácono Estêvão, os chefes religiosos da nação
judaica se enfureceram tanto que chegavam a ranger os dentes de
raiva.
“Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, olhou bem firme para o céu e viu
a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita do Pai. Então disse a eles: olhem,
eu estou vendo os céus abertos e Jesus, o Messias, em pé ao lado direito de
Deus!” (Atos 7:55,56)
Para que não ouvissem o relato de Estêvão, os judeus
presentes na audiência taparam os ouvidos e com gritos o
arrastaram para fora da cidade para apedrejá-lo. Chegando ao local
onde haviam de matá-lo, depuseram suas capas aos pés de um
jovem chamado Saulo de Tarso.
Durante os ataques furiosos dos judeus que o apedrejariam até
a morte, o primeiro mártir do Cristianismo faz sua última oração
pedindo ao Senhor Jesus que recebesse seu espírito e perdoasse
àqueles que cruelmente o assassinavam.
AS PRIMÍCIAS ENTRE OS GENTIOS

Depois do Pentecostes, a igreja primitiva crescia


Enfrentando dura perseguição, fiel permanecia
Um Evangelho trazido para toda a humanidade
Simão Pedro precisava entender essa verdade

O anjo de Deus a um oficial romano foi enviado


Levando então o centurião a ficar amedrontado
Homem piedoso e de fato mui temente a Deus
Alguém de bom testemunho entre os judeus

Suas esmolas e orações agradaram ao Senhor


Era preciso ouvir a Palavra que salva o pecador
Uns mensageiros seus foram enviados a Simão
Somente através do Evangelho temos salvação

Ao ouvir a pregação de Pedro, seria tocado


Tendo pelo Espírito Santo sido ali batizado
Os gentios agora receberiam esse privilégio
Servindo ao Senhor Eterno viveu Cornélio.

“Cornélio respondeu: Há quatro dias eu estava orando como de costume,


a esta hora da tarde, quando de repente um homem estava em minha frente
vestido com um manto brilhante! Ele me disse: Cornélio, as suas orações
foram ouvidas e as suas obras de caridade foram observadas por Deus!”
(Atos 10:31,32)

58. CORNÉLIO
Os filhos de Israel foram separados dentre as outras nações
para formarem um povo santo ao Senhor Deus (Deuteronômio 7:6-
8). Sendo assim, foram orientados ainda durante sua jornada no
deserto a não se corromperem com as tradições religiosas dos
habitantes da terra de Canaã.
Embora fossem capazes de conviver de forma pacífica com os
gentios – isto é, aqueles que não eram judeus – havia uma clara
separação entre a comunidade de Israel e as outras nações. O
sacrifício redentor de Jesus e o surgimento da igreja representavam
o cumprimento da promessa divina a Abraão de que por meio de
sua descendência seriam benditas todas as famílias da Terra.
Os apóstolos de Cristo, no entanto, se limitaram a anunciar as
boas novas de salvação apenas ao povo judeu. É neste momento
da história que o Senhor resolve mudar os rumos da igreja primitiva.
“Morava em Cesaréia um oficial do exército romano, chamado Cornélio,
comandante de um regimento italiano. Ele era um homem religioso que tinha
fé em Deus como também toda sua família. Praticava a caridade com boa
vontade e era um homem de oração.” (Atos 10:1,2)
O Senhor se agradou tanto da conduta de Cornélio que enviou
um anjo a este homem com uma mensagem clara na qual lhe era
dito para enviar mensageiros a cidade de Jope, pedindo a Pedro
que fosse visitá-lo em sua casa.
Quando os mensageiros enviados pelo centurião se
aproximavam da casa, o apóstolo recebeu uma visão na qual via o
céu aberto e algo semelhante a um lençol que descia ao chão e no
qual estavam animais considerados impuros para alimentação
(Levíticos 11). Uma voz desceu do céu por três vezes ordenando
que Pedro matasse e comesse daqueles animais, porém o apóstolo
se recusou.
Enquanto Pedro ainda procurava entender o que poderia
significar aquela visão, os homens enviados por Cornélio chegaram
a casa onde o apóstolo estava hospedado. O Espírito Santo disse a
Pedro que acompanhasse os mensageiros e, no dia seguinte, foram
juntos para Cesaréia.
Chegando a casa do oficial romano, Cornélio não só o estava
aguardando como reuniu também aos seus parentes e amigos mais
próximos para ouvir a mensagem divina. Percebendo quantas
pessoas haviam se ajuntado ali, “Pedro falou: Vocês sabem que é
contra as leis judaicas que eu entre na casa de um estrangeiro. Mas
Deus me mostrou numa visão que eu nunca devo pensar que
alguém é indigno de minha companhia.” (Atos 10:28) O apóstolo
Pedro começa seu discurso reconhecendo que Deus não faz
distinção entre judeus e gentios, passando a narrar o ministério do
Senhor Jesus e como a mensagem da salvação vinha se
“espalhado por toda a Judéia, começando com João Batista na
Galiléia.” (Atos 10:37) “Quando Pedro ainda estava falando estas coisas, o
Espírito Santo caiu sobre todos aqueles que estavam ouvindo a Palavra de
Deus! Os judeus que tinham ido com Pedro ficaram admirados de que a
dádiva do Espírito Santo fosse destinada também aos não-judeus.” (Atos
10:44,45)
Os gentios que ali estavam foram batizados em nome do Jesus.
Apesar da resistência inicial de alguns irmãos, todos reconheceram
no fim do relato de Pedro que “Deus concedeu também aos que não
são judeus o privilégio de se voltarem para Ele e receberem a vida
eterna!” (Atos 11:18)

COLABORADORES DE DEUS

Quando estava na igreja, foi pelo Senhor separado


Pregando com Paulo, quase terminou apedrejado
O Evangelho de Cristo, este anunciava com fé
Na Palavra da Verdade perseverou Barnabé.

Mensageiro de Jesus que na praça seria açoitado


Louvores ao Eterno cantava, mesmo aprisionado
Junto a Pedro, os enfermos formavam longas filas
Incríveis milagres foram ali testemunhados por Silas.

Homem que bom testemunho na igreja alcançou


Grandes viagens missionárias com Paulo realizou
Foi perseguido, mas no coração não guardou ódio
Enfrentando os desafios da jornada viveu Timóteo.

Discípulo eloquente e poderoso nas Escrituras de Deus


Certamente em Éfeso e Corinto este pregava aos judeus
Bem-aventurada esta terra que de milagres se tornou polo
A Palavra do Senhor foi com ousadia pregada por Apolo.

“Uma pessoa que planta ou rega não é muito importante; Deus é que é
importante, porquanto é Ele quem faz as coisas crescerem. Eu e Apolo
trabalhamos em equipe, com o mesmo alvo, ainda que seremos
recompensados pelo trabalho árduo que cada um de nós fizer. Nós dois
somos apenas colaboradores. Vocês são lavoura de Deus, não nossa; vocês
são edifício de Deus, não nosso.” (I Coríntios 3:7-9)
É Ó
59. BARNABÉ – SILAS – TIMÓTEO – APOLO
O Evangelho se espalhava rapidamente entre judeus e gentios.
Além dos apóstolos de Cristo, muitos outros homens foram usados
como instrumentos divinos para a pregação das boas novas.
Nos primórdios da igreja cristã, Barnabé já se destacava por
sua preocupação com os cristãos mais pobres (Atos 4:34-37).
Quando o temido Saulo – que viria a se tornar o apóstolo Paulo –
regressou de Damasco, foi Barnabé o responsável por testemunhar
sua conversão junto aos irmãos. Com a fé nascente entre os gentios
de Antioquia, a igreja de Jerusalém decide enviar Barnabé àquela
cidade.
“Ao chegar e ver as maravilhosas coisas que Deus estava fazendo, ele
ficou cheio de entusiasmo e de alegria, e animava os crentes a continuar
firmes no Senhor. Barnabé era uma pessoa bem agradável, cheia do Espírito
Santo, e muito forte na fé. Como resultado, grande número de pessoas uniu-
se ao Senhor.” (Atos 11:23,24)
Acompanhou ao apóstolo Paulo em sua primeira viagem
missionária, estabelecendo diversas igrejas cristãs entre os gentios.
“Paulo e Barnabé também nomearam líderes em cada igreja e
oraram por eles com jejum, entregando todos ao cuidado do Senhor,
em quem confiavam.” (Atos 14:23) *

Depois de Paulo e Barnabé se separarem, o apóstolo escolhe a


Silas – também chamado Silvano – para acompanhá-lo em sua
segunda viagem missionária. Durante sua estadia na cidade dos
filipenses, Paulo e Silas foram espancados publicamente e presos
pelas autoridades locais.
Perto da meia-noite, “Paulo e Silas estavam orando e cantando
hinos ao Senhor” (Atos 16:25) quando um terremoto sacudiu a
prisão, abrindo as portas da carceragem e soltando as correntes.
A jornada missionária destes homens prosperou a ponto dos
próprios judeus que habitavam entre os tessalonicenses declararem
que “Paulo e Silas viraram o resto do mundo de cabeça para baixa,
e agora estão aqui perturbando a nossa cidade.” (Atos 17:6) *

Paulo e Silas encontraram ao jovem Timóteo durante a segunda


viagem missionária do apóstolo. O jovem foi um grande cooperador
na pregação das boas novas, sendo um “irmão e companheiro de
trabalho, ministro de Deus” (I Tessalonicenses 3:2). Foi enviado por
Paulo a diversas igrejas.
“[...] Ele é um daqueles que ganhei para Cristo, um filho querido no
Senhor, e digno de toda confiança. Ele recordará a vocês o que eu ensino em
todas as igrejas, em qualquer lugar aonde eu vou.” (I Coríntios 4:17)
Embora tenha sido preso (Hebreus 13:23), libertou a muitos
pela pregação do Evangelho de Jesus.
*

Vindo da cidade de Alexandria, Apolo pregou em Éfeso e


daquela cidade partiu então para Grécia.
“[...] Foi grandemente usado por Deus para fortalecer a igreja, porque
rejeitava com coragem em discussão pública todos os argumentos dos
judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus é o verdadeiro Messias.” (Atos
18:27,28)
Escrevendo aos cristãos de Corinto, Paulo relembra àquela
igreja que se ele plantou e Apolo regou a semente no coração deles,
foi Deus que fez com que a lavoura desse frutos (I Coríntios 3:4-8),
demonstrando a relevância da pregação de Apolo para a
consolidação da igreja entre os gentios.
APÓSTOLO DOS GENTIOS

Por terra cairia a caminho de Damasco


Para muitos não passava de cruel carrasco
Perseguidor da Igreja. Agora era transformado
Estêvão foi apedrejado e ele tinha testemunhado

Para servir a Cristo deixou o homem velho


Pregaria com ousadia o Santo Evangelho
Era um vaso pelo próprio Deus escolhido
Precisaria demonstrar que era convertido

Partiria de Jerusalém para ao mundo anunciar


Esta mensagem que pode a vida transformar
Potentes sinais fez o varão por onde passou
Para os de Roma e Atenas também pregou

Encarcerado? Nem mesmo a prisão o parou


Poderosas cartas às igrejas então ali preparou
Para fazê-lo apóstolo, o Santo derrubou Saulo
Proclamando as Boas Novas morreu Paulo.
“Já fomos espancados, fomos postos em prisão, enfrentamos multidões
furiosas, trabalhamos até a exaustão, ficamos acordados em noites insones
de vigília, e estivemos sem ter o que comer [...]. Temos sido bondosos,
verdadeiramente amorosos e cheios do Espírito Santo. Temos sido
verdadeiros, com o poder de Deus ajudando-nos em tudo quanto fazemos.
Todo o arsenal de um homem de Deus - armas de defesa e armas de ataque -
nós temos possuído.” (II Coríntios 6:5-7)
60. PAULO
Com a morte de Estêvão, teve início uma grande perseguição
aos cristãos. “Paulo andava como que furioso, e ia a todos os
lugares para destruir os crentes, entrando até nas casas
particulares, arrastando para fora tanto homens como mulheres,
metendo todos na cadeia”. (Atos 8:3) Com a dispersão dos cristãos
que residiam em Jerusalém, as boas novas de salvação se
espalharam rapidamente para a região da Judéia e Samaria. Ainda
não satisfeito com todo o mal que havia feito aos cristãos em
Jerusalém, Paulo parte para Damasco para prender os cristãos que
encontrasse.
Quando se aproximava de Damasco, Paulo foi subitamente
cercado por uma luz resplandecente vinda do céu e se depara com
o Senhor Jesus, a quem ele estava perseguindo. A história de Paulo
– e do próprio Cristianismo – sofreria uma grande mudança de rumo
a partir daquele dia. Após recobrar a visão pelas mãos de Ananias e
ser batizado, começou a pregar “e os judeus de Damasco não
podiam resistir às suas provas de que Jesus era verdadeiramente o
Cristo.” (Atos 9:22) Os judeus resolveram matar a Paulo, mas ele
deixou a cidade com ajuda dos discípulos e regressou a Jerusalém.
Como os cristãos temiam se aproximar de Paulo, coube a Barnabé
testemunhar aos irmãos sobre sua conversão em Damasco. Seria o
próprio Barnabé que levaria o amigo e apóstolo Paulo para ajudá-lo
na pregação do Evangelho do Senhor na cidade de Antioquia. (Atos
11:25,26) Permaneceram em Antioquia por muitos dias. “Um dia,
enquanto estes homens estavam em adoração e jejum, o Espírito
Santo disse: Separem Barnabé e Paulo para um trabalho especial
que Eu tenho para eles” (Atos 13:2). Assim tinha início a primeira
viagem missionária de Paulo.
Chegaram a uma sinagoga, onde anunciaram ousadamente as
boas novas de salvação, proclamando que Jesus era o prometido
Messias. Muitos judeus e prosélitos religiosos creram na mensagem
de Paulo e “na semana seguinte quase toda a cidade compareceu
para ouvir a pregação da Palavra de Deus” (Atos 13:44).
Continuando a jornada, Paulo segue anunciando o Evangelho e,
pouco depois de curar um coxo de nascença, viu como alguns
judeus “transformaram o povo numa multidão assassina, que
apedrejou Paulo e o arrastou para fora da cidade, parecendo morto!”
(Atos 14:19) Na companhia de Silas, o apóstolo parte para sua
segunda viagem missionária, fortalecendo a fé dos cristãos e
expandindo a pregação do Evangelho para cidades como Atenas. A
mensagem era confirmada com sinais e maravilhas, pois “Deus
fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo” (Atos 19:11).
Durante sua terceira viagem, o apóstolo permaneceu visitando as
igrejas que havia estabelecido, exortando os cristãos a
permanecerem firmes na fé em Cristo. Apesar de ser chamado pelo
próprio Jesus (Gálatas 1:1), o ministério de Paulo é marcado por
duras perseguições.
“Em cinco ocasiões diferentes os judeus aplicaram-me seu terrível
castigo de trinta e nove chibatadas. Apanhei de vara três vezes. Fui
apedrejado uma vez. Três vezes sofri naufrágio. Numa ocasião fiquei em alto
mar a noite inteira. [...] Enfrentei grandes perigos de multidões nas cidades, e
de morte nos desertos, e de mares tempestuosos [...] Tenho suportado a
canseira, a dor e noites sem dormir. Muitas vezes tenho sofrido fome, sede e
ficado sem o que comer; muitas vezes tenho tremido de frio, sem roupa
suficiente para me agasalhar.” (II Coríntios 11:24-27)
O apóstolo Paulo encerra sua terceira viagem missionária em
Jerusalém, onde seria preso pelos judeus e, posteriormente,
enviado para ser julgado em Roma. Segundo a tradição cristã, o
apóstolo Paulo teria morrido decapitado anos mais tarde por ordem
do imperador Nero (II Timóteo 4:6-8).

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