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MEMORIAL DESCRITIVO

PROTEÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO

OBRA: PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO DA C.M.R. (COMPANHIA DE


MINEIRAÇÃO DE RONDÔNIA).
ENDEREÇO: ESTRADA DO CALCÁRIO Nº 56 ZONA RURAL - ESPIGÃO D’OESTE- RONDÔNIA
PROPRIETÁRIO: GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA.
RESPONSÁVEL TÉCNICO: ARQ. E URB. GILMAR COELHO RAMOS.

2015
1.0 - OBJETIVOS GERAIS

Este memorial tem por objetivo descrever projeto especificando Normas e Legislações
vigentes quanto ao Sistema de Proteção por extintores – NBR 12693 e, ao Sistema por
Hidrante – NBR 13714, o projeto de Sistemas de Prevenção Contra Incêndio para edificação
destinada a MINERAÇÃO, que compreende a lavagem e britamento de minério a flor da pele.
obedecendo às exigências da Lei nº 853, de 30 novembro de 1999, da Lei nº 858 de 16 de
dezembro de 1999 e do Decreto nº 8987 de 08 de fevereiro de 2000, contido no Código de
Segurança e Proteção Contra Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia.

2.0 - CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO

A usina da C.M.R.(Companhia de mineração de Rondônia), compreende 3


galpões em blocos estruturados para a produção e armazenamento de calcário, 1 bloco
administrativo com balança, um alojamento e um refeitório. Todas as edificações estão
distantes umas das outras. Será demolido um barracão de madeira e construído novo galpão
em estrutura de concreto. Será demolido também um alojamento e construído novo.
.

Área construída existente: 2.548,72 m²


Área demolição:3672,73m²

2.1 Classificação dos riscos

Lista de ocupações segundo tarifa Seguro Incêndio do Brasil do Instituto de Resseguros


do Brasil (I.R.B.), variando de 01 a 13.

4 GALPÕES 2254,01m²

RUBRICA: 375
OCUPAÇÃO: MINERAÇÃO
CÓDIGO DO RISCO: 10
OCUPAÇÃO DO RISCO: LAVAGEM E BRITAMENTO DE MINÉRIO A FLOR DA PELE.
CLASSE DE RISCO: 02

I. Risco de classe “A” – cuja classe de ocupação seja de 01 a 02;


II. Risco de classe “B” – cuja classe de ocupação seja de 03 a 06;
III. Risco de classe “C” – cuja classe de ocupação seja de 07 a 13;

ESCRITÓRIO 82,00m²

RUBRICA: 197
OCUPAÇÃO: ESCRITÓRIOS
CÓDIGO DO RISCO: 10
OCUPAÇÃO DO RISCO: ESCRITÓRIO ADMINISTRATIVO.
CLASSE DE RISCO: 01

I. Risco de classe “A” – cuja classe de ocupação seja de 01 a 02;


II. Risco de classe “B” – cuja classe de ocupação seja de 03 a 06;
III. Risco de classe “C” – cuja classe de ocupação seja de 07 a 13;

2
ALOJAMENTO 308,50m²

RUBRICA: 379
OCUPAÇÃO: MORADIAS
CÓDIGO DO RISCO: 10
OCUPAÇÃO DO RISCO: ALOJAMENTOS.
CLASSE DE RISCO: 01

I. Risco de classe “A” – cuja classe de ocupação seja de 01 a 02;


II. Risco de classe “B” – cuja classe de ocupação seja de 03 a 06;
III. Risco de classe “C” – cuja classe de ocupação seja de 07 a 13;

Art. 7º Item 1 COSCIBRO: Risco Classe “A” - incêndio em materiais combustíveis


comuns de fácil combustão (madeira, papel, fibras e similares), onde o efeito do
“resfriamento” pela água ou por soluções contendo grande percentagem de água é de
primordial importância;

2.2 Classificação quanto a área e altura.

Art. 82 item 1 COSCIBRO: Edificações com área de construção inferior a 750 m2


(setecentos e cinquenta metros quadrados) e altura inferior a 12 m (doze metros).
Todos os blocos possuem área menor a 750m².

2.2 Classificação quanto a ocupação

Art. 77° item 6. COSCIBRO: Edificações destinadas ao uso industrial. Obs. Os


galpões possuem materiais incombustíveis.

Quanto à população da edificação, foi classificado de acordo com a norma NBR 9077.

J-1 – Depósito sem risco de incêndio expressivo.


N – Edificações medianamente altas; 6,00 m < H - 30,00 m
Q – de grande pavimento (Sp≥750 m2)
R – Com pequeno subsolo (Ss≥500 m2)
V – Edificações pequenas (1500 m2 £ St < 5000 m2)
Z – Prédios com concreto armado calculado para resistir ao fogo, com divisórias
incombustíveis, sem divisórias leves, com parapeitos de alvenaria sob as janelas ou com abas
prolongando os entrepisos e outros.

3.0 –SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Seguindo as características da edificação são exigidos os seguintes critérios:

Sistema de iluminação de emergência;


Sinalização;
Extintores portáteis;

3
3.3.1 Saída de Emergência.

Baseado nas normas 9077 e 9050 estabeleceram as saídas da edificação para fins de
que a população abandone o prédio com segurança em defesa de sua integridade física, além
de possibilitar o fácil acesso externo pelo Corpo de Bombeiros no combate ao fogo e a retirada
em tempo hábil da população ocupante da edificação. A classificação da edificação conforme
tabelas da Norma 9077:

Dimensionamento das saídas:

ESCRITÓRIOS

Grupo D-01 (tabela 05) – 1 pessoa/7,00 m² de área;

Área útil para calculo de população


82,00m²

População calculada = 12 pessoas

Número de saídas – 2
Distância máxima percorrida – 40 m (mais de uma saída)

Cálculo das larguras das saídas


Saídas – tabela 5 da NBR 9077

Portas

N = população/capacidade da unidade de passagem


Portas/acesso e descargas = 100 u
N= P/C = 12/100 = 0,12 = 1 unidades de passagem
1 x 0,55 = 0,55 m – largura da saída de emergência

A saída principal possui 0,80m.

GALPÕES

Grupo J (tabela 05) – 1 pessoa/30,00 m² de área;

Área útil para calculo de população do maior galpão


945,50m²

População calculada = 32 pessoas

Os galpões possuem circulação aberta, sem paredes ou barreiras.

3.4 Sistema de iluminação de emergência

O projeto foi elaborado conforme as especificações contidas na NBR 10898/99. O


sistema de iluminação de emergência será composto de blocos autônomos (luminárias
isoladas) e com a disposição de forma a orientar o escoamento em direção às saídas da
edificação, bem como nos pontos especificados em projeto, de forma que cada luminária cubra
uma área de aproximadamente 15m de raio. O circuito elétrico de corrente contínua para
alimentação das luminárias se fará interligado ao circuito de iluminação da edificação na

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tensão de 110 V, com tomada convencional de tensão de 110 V, que serão conectadas as
luminárias.
Os blocos autônomos serão compactos, compostos de lâmpada fluorescente de 2x8W,
bateria interna recarregável de 6 V, com carregador/inversor, alimentado por um circuito com
tensão de 110 V, sendo acionada no momento em que a rede elétrica for desativada ou
desligada, devendo então o sistema de iluminação de emergência estar constantemente ligado
à rede elétrica, mantendo carregada assim a bateria interna de cada luminária.
Esse sistema de iluminação de emergência deverá ter autonomia mínima de uma hora,
sem interrupção da iluminação.
A edificação contará com blocos de luminárias compactas fixadas no teto, respeitando a
indicação em planta, ligada a tomada do circuito conforme descrição acima.
Os blocos autônomos terão a base em polietileno de alto impacto na cor
branca, difusor prismático aclaramento ou branco leitoso. Suas dimensões terão o
comprimento de 220 mm (duzentos e vinte milímetros), largura de 115 mm (cento e quinze
milímetros), altura 85 mm (oitenta e cinco milímetros) e peso 1,6 kg (um vírgula seis
quilogramas).
As especificações técnicas de manuseios e consumo compreendem: tecla de pressão
para controle de desativar e testar/reativar, bateria selada de 6 V x 4 Ah, livre de manutenção,
tempo de recarga de 24:00 h (vinte e quatro horas), tensão de entrada de 110 V até 220 V
com chave de seleção interna, freqüência de 50 Hz, consumo máximo de 4 W com a bateria
carregada, constituída de duas lâmpadas fluorescente compacta de 2 x 8 W – 600 lumens de
fluxo luminoso, equivalente a uma lâmpada incandescente de 60 W.

3.5 Sinalização

O sistema de sinalização de segurança contra incêndio e pânico, seguiu as exigências


das normas técnicas NBR's 13.434, 13.434-1, 13.434-2 e os Artigos 28º a 31º do Código de
Segurança e Proteção Contra incêndio e Pânico, que seguem discriminados abaixo:
1) Sinalização básica prescrita:
P- proteção / A- alerta / S- salvamento / E- equipamentos

2) Sinalizações utilizadas
A9 – Cuidado risco de choque
S11 – Saída de emergência pela escada à direita
S12 – Saída de emergência pela escada à esquerda
S13 – Saída de emergência à direita
S14 – Saída de emergência à esquerda
S17 – Saída de emergência
A20 – Alarme sonoro
A21 – Bateria de alarme sonoro
E23 – Extintor de incêndio
E25 – Abrigo de mangueira e hidrante.

3) Características básicas da sinalização:


TIPO PROIBIÇÃ ALERTA SALVAMENT EQUIPAMENTO
O O
Quadrada ou Quadrada ou
Forma Circular Triangular
Retangular Retangular
Branca,
Cor de Fundo Vermelha Amarela Verde Vermelha
Amarela
Coroa barrada Vermelha - - -
Branca ou Branca ou
Cor do Símbolo Preta Preta
Amarela Amarela
Margem Branca ou Branca ou Branca ou Branca ou

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Amarela Amarela Amarela Amarela
Proporcionalida
Paramétrica Paramétrica Paramétrica Paramétrica
de
Moldura - Preta - -
4) Quantidades de Sinalização utilizada:

Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

Símbolo: triangular
Cuidado, Próximo a
Fundo: amarelo
risco de instalações
A9 choque Pictograma: raio, elétricas que
elétrico em preto oferecem risco
Faixa triangular: de choque.
Preto

Indicação de
Símbolo: retangular uma saída de
Saída de emergência a
emergência Fundo: verde
S13 ser afixada
Pictograma: acima da porta
fotoluminecente. para indicar o
seu acesso.

Indicação de
Símbolo: retangular uma saída de
Saída de emergência a
emergência Fundo: verde
S14 ser afixada
Pictograma: acima da porta
fotoluminecente. para indicar o
seu acesso.

Indicação de
Símbolo: retangular uma saída de
Saída de emergência a
emergência Fundo: verde
S17 ser afixada
Pictograma: acima da porta
fotoluminecente. para indicar o
seu acesso.

Símbolo: Quadrado

Extintor de Fundo: vermelho Indicação de


incêndio Pictograma: perfil localização dos
E23
de um extintor de extintores de
incêndio, incêndio
fotoluminescente

3.5.1 - Simbologia

Para a elaboração do projeto de prevenção de prevenção contra incêndio e pânico


utilizou-se a simbologia especifica das normas NBR 13.714, detalhadas em tabela constante do
projeto.

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3.6 – Extintores pórtáteis

Tratando-se de uma Edificação de Riscos de Classe A cada unidade extintora,


protegerá uma área de 500,00 m2 equidistantes e distribuídos tanto quanto possível de tal
forma que o operador não percorra mais do que 25,00m.
Utilizou-se mais de duas unidades extintoras de acordo com orientação do
Código de Segurança contra Incêndio e Pânico.
Como na edificação possui instalações com corrente elétrica para atender os
equipamentos elétricos, apresenta a possibilidade de ocorrência de incêndio da classe “C”,
portanto serão previstos unidades extintoras de AP e PQS, a fim de proteger e combater com
eficiência as necessidades.
Os extintores deverão ser instalados de tal forma que sua parte superior não ultrapasse
de 1,60 m (um metro e sessenta centímetros) em relação ao piso acabado, e parte inferior
fique acima de 20 cm (vinte centímetros). Os extintores podem ser instalados sobre suporte
metálico ao piso acabado.
Todas as unidades extintoras colocadas deverão possuir selo ou marca de conformidade
com o órgão competente ou credenciado.
Os extintores deverão ser distribuídos de modo a serem adequados à extinção do tipo
de incêndio, dentro de sua área de proteção.
Serão usados três tipos de extintores:
Água pressurizada: unidade extintora definida por 01 extintor de 10L. Combate
incêndios de Categoria I (Materiais combustíveis como madeira, papel, fibras, etc.).
Pó Químico Seco: unidade extintora definida por 01 extintor de 6 kg. Cada unidade
portátil localizada próxima a equipamentos elétricos energizados.

TOTAL DE EXTINTORES NA EDIFICAÇÃO.


Gás carbônico CO2........02 unidades.
Pó químico....................07 unidades.
Pó químico sobre rodas.02 unidades.

7
Conclusão

O presente projeto tem como objetivo dotar a edificação das condições de segurança
contra incêndio e pânico, adotando as normas prescritas no Código de Segurança e Proteção
contra Incêndio e Pânico do Estado de Rondônia e Normas Brasileiras adotadas atualmente.
Desta forma apresentamos o Projeto e demais documento em Duas vias, assinadas pelo
responsável técnico e proprietário, juntamente com as devidas ARTs dos responsáveis
envolvidos. Fica informado o proprietário se houver mudanças na edificação fica responsável
pelas as referidas.

Porto Velho-RO, 30 de Março de 2015.

Gilmar Coelho Ramos


Arquiteto e Urbanista
CAU A73135-8

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