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CONFORTO TÉRMICO

O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho de diferentes sistemas de construção na


redução da transferência de calor para o interior dos edifícios. Para isso, foram
realizadas medições de temperatura em três tipos de parede: painéis pré-moldados,
blocos de concreto e blocos cerâmicos.
Os resultados mostraram que o bloco cerâmico apresentou o melhor desempenho
térmico, com uma redução significativa na transferência de calor para o interior do
edifício. Os blocos de concreto apresentaram um desempenho intermediário,
enquanto os painéis pré-moldados apresentaram o pior desempenho térmico.
O autor conclui que a escolha do sistema de construção pode ter um impacto
significativo no conforto térmico dos edifícios. Além disso, o estudo destaca a
importância do isolamento térmico na redução do consumo de energia para
climatização de edifícios e na redução das emissões de gases de efeito estufa
associadas à geração de energia.

SACOS DE PERMACULTURA
Uma vez que as paredes são tão substanciais, fornecendo massa térmica ou
isolamento, elas resistem à temperaturas severas, são à prova de balas e também
resistentes a calamidades naturais, como terremotos e inundações. Essas construções
podem ser erguidas de forma simples e rápida com matéria prima de fácil acesso, e
com muito pouco dinheiro.

TETO VERDE
O teto verde, ou telhado verde, é uma tecnologia sustentável que consiste em cobrir a
superfície do telhado com vegetação, proporcionando diversos benefícios ambientais,
sociais e econômicos. Algumas das vantagens do uso de telhados verdes nas
edificações são:
Isolamento térmico: O teto verde reduz a transferência de calor entre a cobertura e o
interior do edifício, reduzindo a demanda por ar-condicionado e, consequentemente, o
consumo de energia elétrica. Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP),
o uso de telhados verdes pode reduzir a temperatura interna do edifício em até 6°C.
Redução do escoamento superficial: O teto verde absorve e retém parte da água da
chuva, reduzindo o escoamento superficial e contribuindo para a redução do risco de
enchentes. De acordo com um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), uma cobertura verde pode reter até 70% da água da chuva.
Melhoria da qualidade do ar: O teto verde atua como filtro do ar, retendo partículas
poluentes e reduzindo a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
Segundo um estudo da Universidade de Michigan, o uso de telhados verdes pode
reduzir a emissão de CO2 em até 0,2 toneladas por ano.
Aumento da biodiversidade urbana: O teto verde proporciona um habitat para a fauna
e flora urbana, contribuindo para a conservação da biodiversidade local. Segundo um
estudo da Universidade de Toronto, o uso de telhados verdes pode aumentar em até
30% a presença de aves na área urbana.
Além desses benefícios, o teto verde também pode contribuir para a melhoria estética
da edificação, redução do ruído externo, aumento da vida útil da cobertura e
valorização do imóvel. No entanto, é importante ressaltar que o uso de telhados verdes
requer planejamento adequado, com análise da estrutura do edifício, tipo de
vegetação e sistema de irrigação, entre outros fatores.

Alguns Exemplos para conforto térmico:


Poliestireno expandido (EPS): também conhecido como isopor, é um material leve e
resistente, com alta capacidade de isolamento térmico.
Poliuretano (PU): material aplicado na forma de espuma rígida, possui excelente
desempenho térmico e pode ser utilizado em lajes pré-moldadas ou aplicado in loco.
Lã de vidro: material composto por fibras de vidro, apresenta alta capacidade de
isolamento térmico e acústico.
Mantas 3TC: é uma solução completa em isolamento térmico que inova por lidar com
as três (3) formas de transferência (T) de calor (C). Ele utiliza a eficiência do poliestireno
expandido (EPS), material mundialmente difundido no isolamento de construções, para
atuar contra a condução térmica.
1. Temperatura ideal: A temperatura ideal para um ambiente de trabalho ou de
residência é de 20 a 23 graus Celsius, segundo a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).
2. Índice de Conforto Térmico (ICT): O ICT é um indicador que leva em conta a
temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento e radiação solar para avaliar
o conforto térmico em um ambiente. O valor do ICT deve estar entre 70 e 80 para que
o ambiente seja considerado confortável.
3. Uso de materiais adequados: O uso de materiais adequados na construção,
como isolantes térmicos e vidros com proteção solar, pode ajudar a manter a
temperatura interna do ambiente agradável.
4. Ventilação natural: A ventilação natural pode ser uma alternativa eficiente para
manter a temperatura confortável, reduzindo a necessidade de sistemas de ar-
condicionado.
5. Consumo de energia: A falta de conforto térmico pode levar ao aumento do
consumo de energia para climatização, o que pode gerar impactos ambientais e
financeiros.
6. Normas técnicas: No Brasil, a ABNT possui diversas normas técnicas que
abordam o tema do conforto térmico na construção civil, como a NBR 15220-3
(Desempenho térmico de edificações).
As principais normas que abordam conforto térmico são:
NBR 15220: Estabelece os requisitos mínimos para garantir o conforto térmico em
edificações, considerando as condições climáticas do local.
NBR 15575: Define os parâmetros técnicos que as edificações devem seguir para
garantir o conforto térmico e outras características de desempenho, como acústica,
segurança e durabilidade.
ISO 7730: Especifica as condições para garantir o conforto térmico em ambientes
fechados, considerando a interação entre o ser humano e o ambiente.

NBR 15220-3
Critérios de conforto térmico: a norma define critérios para garantir o conforto térmico
dos usuários, considerando fatores como temperatura, umidade relativa do ar,
velocidade do ar e radiação solar.
Zonas bioclimáticas: a NBR 15220-3 classifica o Brasil em diferentes zonas
bioclimáticas, levando em conta as condições climáticas de cada região. Essa
classificação é importante para definir os requisitos de desempenho térmico das
edificações em cada zona.
Isolamento térmico: a norma estabelece requisitos mínimos para o isolamento térmico
de paredes, coberturas e pisos, levando em conta as condições climáticas de cada
região.
Sistemas de condicionamento de ar: a norma define critérios para o dimensionamento
e a eficiência dos sistemas de condicionamento de ar, incluindo ar-condicionado,
ventilação mecânica e resfriamento evaporativo.
Avaliação do desempenho térmico: a NBR 15220-3 especifica métodos para avaliar e
medir o desempenho térmico das edificações, incluindo o uso de simulações
computacionais e testes em campo.
Em resumo, a NBR 15220-3 é uma norma técnica fundamental para garantir o conforto
térmico e a eficiência energética das edificações no Brasil, estabelecendo critérios e
parâmetros para o desempenho térmico e especificando métodos para avaliação e
medição desse desempenho.
NBR 15575
É uma norma técnica da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que
estabelece os requisitos mínimos de desempenho para os sistemas estruturais, de
pisos, vedações, coberturas e outros elementos que compõem as edificações
habitacionais. Essa norma foi criada com o objetivo de garantir a segurança, o conforto
e a qualidade das construções habitacionais, levando em consideração as condições
climáticas, as características geográficas e as necessidades dos usuários.
A NBR 15575 é dividida em seis partes, que estabelecem os requisitos mínimos de
desempenho para cada uma das seguintes categorias: estrutura, pisos, vedações
verticais internas e externas, coberturas e sistemas hidrossanitários. Cada parte da
norma estabelece critérios de desempenho específicos para cada categoria, como
resistência mecânica, isolamento térmico, isolamento acústico, estanqueidade,
durabilidade, segurança ao fogo, entre outros.
A norma NBR 15575 é obrigatória para todas as edificações habitacionais no Brasil,
sejam elas de interesse social, econômicas ou de alto padrão. Seu cumprimento é
fiscalizado pelos órgãos competentes e é fundamental para garantir a segurança e o
conforto dos usuários das edificações habitacionais.

De acordo com um estudo publicado na revista Building and Environment, a maioria


dos edifícios residenciais na Europa não oferecem conforto térmico adequado, com
temperaturas internas acima ou abaixo dos limites recomendados em até 70% do
tempo. (Fonte: FERRÃO, Paulo; FONSECA, João Pedro. Thermal comfort in European
residential buildings: An analysis of the EPC data. Building and Environment, v. 181, p.
107109, 2020. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0360132320306901)
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT)
apontou que a falta de conforto térmico em ambientes internos pode afetar
negativamente a produtividade e a qualidade do trabalho. Segundo a pesquisa, em
ambientes onde a temperatura ultrapassa os limites de conforto, os funcionários
tendem a ter um desempenho inferior e cometer mais erros. (Fonte: INSTITUTO DE
PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Conforto térmico em ambientes de trabalho: um estudo
de caso. São Paulo: IPT, 2006. Disponível em: https://www.ipt.br/publicacoes/271-
conforto_termico_em_ambientes_de_trabalho_um_estudo_de_caso.htm)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as temperaturas ideais para o


conforto térmico em ambientes internos variam entre 18°C e 24°C. Temperaturas
acima ou abaixo desses limites podem afetar a saúde e o bem-estar dos indivíduos,
causando sintomas como fadiga, desidratação, irritação nos olhos e nas vias
respiratórias, entre outros. (Fonte: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Guidelines for
indoor air quality: dampness and mould. Copenhagen: WHO Regional Office for
Europe, 2009. Disponível em:
https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0017/43325/E92645.pdf)

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontou que
a adoção de estratégias passivas de controle térmico, como a utilização de ventilação
natural e sombreamento, pode reduzir em até 50% o consumo de energia elétrica em
edificações residenciais no Brasil. (Fonte: DIAS, Eduardo Maurmann et al. Potencial de
estratégias passivas no desempenho energético de edifícios residenciais no Brasil.
Ambiente Construído, v. 18, n. 2, p. 231-248, 2018. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
86212018000200231&lng=en&nrm=iso&tlng=en)
Propriedades térmicas de materiais
Referências
NBR 15220: ABNT NBR 15220-3:2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 3:
Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações
unifamiliares de interesse social.
NBR 15220: ABNT NBR 15220-2 :Desempenho térmico de edificações – Parte 2:
Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso
térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações
NBR 15575: ABNT NBR 15575:2013 - Edificações habitacionais - Desempenho.
ISO 7730: ISO 7730:2005 - Ergonomics of the thermal environment - Analytical
determination and interpretation of thermal comfort using calculation of the PMV and
PPD indices and local thermal comfort criteria.
ASHRAE 55: ASHRAE Standard 55 - Thermal Environmental Conditions for Human
Occupancy.

FERRAZ, Iara Lima. Coberturas verdes: análise de desempenho térmico em ambiente


urbano tropical. 2013. 208 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) -
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-07062013-144209/. Acesso
em: 24 abril 2023
RANGEL, L. P. et al. Incentivos estatais como estímulo à adoção ao teto verde. Cadernos de
Engenharia Civil, v. 36, n. 3, p. 319-335, 2021. Disponível em:
https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/210504858.pdf. Acesso em: 24
abril 2023.
FABRÍCIO EVERTON, Yan Gabriel Pereira Magalhães; MIRANDA, Freitas. COMPARAÇÃO DO
CONFORTO TÉRMICO ENTRE UMA EDIFICAÇÃO EXECUTADA EM ALVENARIA CONVENCIONAL,
ALVENARIA ESTRUTURAL E PAINÉIS MONOLÍTICOS EM EPS. Conhecer, 2021. Disponível em:
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2021D/comparacao.pdf. Acesso em: 25 abr. 2023.

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