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DARLENSANDRO NUNES DE OLIVEIRA

ATIVISMO JUDICIAL

Ativismo judicial é um fenômeno que envolve a atuação do Poder


Judiciário em questões políticas, sociais e econômicas que normalmente
caberiam aos outros poderes. O termo surgiu nos Estados Unidos, em um
contexto de tensão entre o governo e a Suprema Corte, e hoje é usado para
descrever situações em que os juízes assumem um papel mais proativo e
expansivo na interpretação e aplicação da Constituição.

    O ativismo judicial pode ser visto como uma forma de garantir os direitos
fundamentais e a efetividade da Constituição, especialmente quando os
poderes Legislativo e Executivo se omitem ou agem de forma contrária aos
princípios constitucionais. Por outro lado, o ativismo judicial também pode ser
criticado como uma forma de interferência indevida do Judiciário na esfera
dos outros poderes, violando a separação e o equilíbrio entre eles. Além disso,
o ativismo judicial pode gerar uma politização da justiça e uma perda de
legitimidade democrática dos juízes, que não são eleitos pelo povo.

    No Brasil, o ativismo judicial ganhou destaque após a promulgação da


Constituição de 1988, que ampliou o acesso à justiça e o rol de direitos
individuais e sociais. Alguns exemplos de casos em que o Supremo Tribunal
Federal (STF) adotou uma postura ativista foram: 

 a legalização do aborto de fetos anencéfalos;


 a união estável entre pessoas do mesmo sexo;
 a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais;
 a liberação do uso de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa
e terapia;
 a execução da pena após condenação em segunda instância;
 a equiparação do crime de injúria racial ao crime de racismo;
 o veto à reforma eleitoral de 2018 que previa o voto impresso.

DARLENSANDRO NUNES DE OLIVEIRA


DARLENSANDRO NUNES DE OLIVEIRA

    O ativismo judicial é um tema controverso e complexo, que envolve


aspectos jurídicos, políticos e sociais. Não há uma definição única ou
consensual sobre o que é ou não ativismo judicial, nem sobre seus limites e
consequências. Cabe aos operadores do direito e aos cidadãos acompanhar e
avaliar criticamente as decisões judiciais que afetam a vida em sociedade.

DARLENSANDRO NUNES DE OLIVEIRA

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