RELATÓRIO AULA ASSÍNCRONA 02

A palestra foi ministrada pelo Prof. Dr. Roberto Freitas Filho e tratou sobre
o Movimento de Estudos Jurídicos Críticos ou Critical Legal Studies. Tal
movimento ocorre nos Estados Unidos no final da década de 60 e na década de
70. Segundo o professor uma das características fundamentais do Movimento é
ser crítico do status da doutrina jurídica americana. Se apresentam, também,
como críticos dos valores que fundamentam o próprio sistema jurídico como.

Para os membros desse movimento, nenhuma intepretação do sistema

jurídico é apenas lógico formal. Criticam a visão de que o Direito seria apenas
uma tecnologia e o veem como um instrumento político. Propõe o que se
denomina uma “vigilância crítica” do judiciário. Buscam revelar a estrutura e os
mecanismos de poder que estão por trás da concepção do sistema jurídico. São
criticados, porém, por não proporem nenhuma solução para aquilo que
desconstroem. Quatro conceitos são tidos como conceitos constitutivos do
direito: a indeterminação, o anti-formalismo, a ideia de contradição e a de
marginalidade.

O direito seria, para esses pensadores, incapaz de se auto emancipar por

conta das características de sua própria estrutura. Criticam assim o modelo
hegemônico de conhecimento do direito que “seleciona e interdita modelos
alternativos”. Propõe uma doutrina que possa emancipar os indivíduos de tal
doutrina dominante a partir da assunção de que o direito faz parte do processo
de construção política sendo um instrumento de poder.

RELATÓRIO AULA ASSÍNCRONA 04

Palestra ministrada pelo Prof. Dr. Antônio Henrique Suxberger, acerca do

direito nas políticas públicas, ainda na temática do funcionalismo político.
Segundo o professor, muitas vezes incorremos no erro de confundir direitos com
garantias e dá um exemplo acerca do direito ao voto e à falta de implementação
total da lei orgânica do DF na eleição dos administradores regionais. A discussão
acerca do caráter do voto como direito ou garantia continua. O que garantiria o
voto? Segundo o Dr. O voto figura também como uma garantia de participação
na elaboração da sociedade.

O que seria um tribunal do juri? Garantia ou direito? Seria a garantia de

ser julgado pelos iguais? Em diversos exemplos e questionamentos, o
palestrante sempre faz questão de lembrar que as garantias jurídicas geralmente
são respaldadas pelas garantias políticas. Trata-se inclusive da questão histórica
da implementação de direitos sociais em outros países. Como resultado o
professor elenca alguns países em que a cultura do “garantismo jurídico” não se
faz presente por uma questão histórico-social e de tradição jurídica. Passa-se,
no final da apresentação para uma análise mais objetiva acerca das
características científicas de nosso direito a partir da comparação de sua
dogmática e legística.

RELATÓRIO AULA ASSÍNCRONA 05

Palestra ministrada pelo Prof. Dr. Roberto Freitas Filho, a respeito das
questões da judicialização da política e das políticas públicas. O professor
começa com um exemplo acerca da atuação do judiciário em meio à pandemia.
Descreve uma atual descrença de métodos racionais/científicos que acabam por
ter impacto na própria atuação do judiciário.

Faz uma distinção entre a política pública, fundamenta em nossa carta

maior e com todo o seu ritual, da política exercida por aqueles que detêm o
poder, no caso o executivo e o legislativo. O judiciário seria legitimado para o
lugar de poder para operar o poder de forma regimental, e não democrática como
acontece com os outros dois poderes. O exercício do poder nesse poder também
advém de uma característica normativa, além disso, não possui alternância de
poder.

A partir disso, discute-se até que ponto a presença do judiciário no jogo

político afeta a democracia de nossa sociedade. Até que ponto o guardião pode
interferir de forma política sem ultrapassar os limites democráticos. É em torno
dessa temática de invasão ou não de competências que boa parte da discussão
gira, sempre com exemplos novos acerca da atuação do próprio judiciário e sua
possível quebra de algum pressuposto democrático.