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Judiciário e Política
Dessa forma, a França e os Estados Unidos deram origem à dois modelos bem
distintos. Para os países que decidiram adotar o modelo estadunidense, o Judiciário
terá a função de controlar os poderes políticos. Sua principal dificuldade está
relacionada com as diversas tentativas de minar sua independência. Arantes, em
Judiciário: entre a Justiça e a Política (2015), explica que esse tipo de intervenção é
visto por muitos como um impedimento à vontade da maioria e uma ameaça à visão
democrática da legitimidade das decisões políticas tomadas pelos políticos eleitos pelo
povo. Para aqueles que adotaram o modelo francês, o Judiciário não será visto como
poder e se resignará a cuidar da justiça de conflitos particulares. As críticas dessa
visão afirmam que a falta de existência de um órgão independente da constituição é
problemática e que permite que a sociedade esteja sujeita às decisões da maioria que
governa.
REFERÊNCIAS
ARANTES, Rogério Bastos. Judiciário: entre a Justiça e a Política. In: Lucia Avelar; Antonio Octavio
Cintra. (Org.). Sistema Político Brasileiro: uma introdução. 2 ed. Rio de Janeiro; São Paulo: F
Konrad Adenauer; Editora UNESP, 2015.
LLANOS, Mariana; LEMOS, Leany Barreiro. Preferências presidenciais? As indicações para o
Supremo Tribunal Federal no Brasil democrático. In: MARONA, Marjorie Corrêa; DEL RÍO, Andrés.
Justiça no Brasil: às margens da democracia. Belo Horizonte: Arraes, 2018. cap. 11, p. 275-308.