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Chamado para os Grupos de Agroecologia do Brasil rumo ao:

X ENCONTRO NACIONAL DE GRUPOS DE AGROECOLOGIA


ENGA 2023
“Raíz”

Saudações Agroecológicas!

Convocamos a todos os Grupos de Agroecologia - GAs do Brasil para que se organizem e


se mobilizem para o X ENGA que ocorrerá entre os dias 17 a 23 de Julho, no Assentamento
Sepé Tiaraju, Serra Azul-SP, região metropolitana de Ribeirão Preto.

MISSÃO E VISÃO

O Encontro Nacional de Grupos Agroecológicos (ENGA), encontro de âmbito nacional, tem


como missão principal a aproximação de todos os Grupos de Agroecologia do Brasil. É
espaço, tempo e estímulo à retomada do compromisso com a natureza e com a causa
agroecológica coletiva.

Você, entidade, instituto, comunidade rural, movimento social e político, comunidade


indígena, quilombo, artista, universitário, professor, universidade, igreja, estudante,
interessado, sítio agroecológico, produtor familiar, militante, permacultor, ativista, assentado,
peregrino, escola, sociedade, poder público e seus membros, a REGA, a Rede, no ENGA,
todos, independentes e interdependentes, somos parte.

O encontro facilita espaço fértil e diversificado para a troca de sementes, experiências,


informações, e saberes tradicionais, técnicos, sustentáveis, regionais, alternativos e/ou
experimentais entre os participantes, nele temos a oportunidade de nos informar, mapear,
investigar verdadeiramente a realidade ambiental e social do campo, florestas e
comunidades brasileiras através de testemunhos. É a integração material da Rede
Nacional.

O ENGA visa também: a) dialogar ativamente com a comunidade local, visitando,


escutando, registrando, conhecendo, trabalhando, estando junto da Sabedoria Popular do
campo, assentamentos e sítios agroecológicos parceiros; b) capacitar os participantes
através de oficinas teóricas e vivenciais sobre agrofloresta e novas tecnologias sociais,
ecológicas e sustentáveis; c) levantar debates e rodas de conversa sobre a importância da
agroecologia em suas diferentes dimensões, um novo modelo de desenvolvimento rural e
social; d) facilitar a construção de estruturas no local (benfeitorias) e a propagação natural
do conhecimento.

Nosso sonho é que a união almejada ecoe no planejamento e execução de ações


inovadoras, organizadas, autogestionadas e coletivas eficazes para a preservação e
restauração da natureza, da saúde da terra, dos seres da terra e do mar, da água, na
humanidade.

“É o chamado da Mãe Natureza,


recordo que todos somos Meio-Ambiente,
toca o despertador: ERGA-SE!
Chamo a força latente nas nossas RAÍZES,
O Momento é urgente, por amor, MANIFESTA!”
(@wikavoid)

No Encontro praticamos o sistema da Autogestão:

“Acreditamos que são as organizações populares horizontais e auto-organizadas


que tem potencial para criativamente trilhar caminhos alternativos.

A Agroecologia se desenvolveu a partir da sabedoria dos mais variados povos


em conexão com a natureza.

Enquanto Rede, tecemos o compromisso de construir em nossos grupos e coletivos


um horizonte para a “transição agroecológica” em direção a uma mudança
sistêmica para uma nova sociedade com indivíduos e coletivos emancipados e
livres, baseada na Vida, na diversidade, na abundância e na justiça social para
autodeterminação de todos os povos.”

(*Trecho extraído da Carta Política do IX ENGA 2017 de Brasília, do qual participaram


mais de 5000 pessoas.)
Entendemos a autogestão como método para a prática da autonomia e da horizontalidade,
somos capazes de gerir coletivamente com respeito mútuo, sem hierarquia. O processo
criativo é a escola.

“Noites de lua minguante,


chama e fogueiras acesas,
embalo do côco e de roda,
berimbau e capoeira,
hip-hop, samba, poesia e pagode,
cantando a luta e a união,
alimentando as águas,

a terra, o amor no coração.”

(Canto)

A Comissão Organizadora do X ENGA existe para facilitar o processo daqueles que


chegarem.

Durante os dias de realização do X ENGA todas e todos somos igualmente responsáveis


pela manutenção do espaço, zelo e segurança, preparação e cuidado do alimento,
cumprimento dos horários propostos na programação, proposta de atividades para os
espaços abertos da programação, pensados para a livre, espontânea e autêntica
manifestação dos presentes.

“Todas as coisas estão ligadas, como o sangue, a família. Tudo o que


acontece com a Terra, acontece com os filhos e filhas da Terra. O homem
não tece a teia da vida, ele é apenas um fio. Tudo o que faz à teia, faz a si
mesmo.”

(*Ted Perry, inspirado no Chefe Seatle)

***Como você pode participar:

Frequentando as reuniões, online e presenciais, e mutirões, ofertando e trocando


saberes e serviços, através de registros audiovisuais, divulgando, reciclando,
articulando, patrocinando a causa, doando bens tangíveis úteis, tais como:
ferramentas, lonas, madeira, cordas, materiais para bioconstrução, canos, chuveiros,
alimentos agroecológicos, tampas de privada, baldes, e/ou dinheiro. Recordando que
o ideal do encontro é organizar coletivamente: plantio, cuidado e colheita,
planejamento, execução, e balanço, aprendizado, celebração, cultura, trabalho e a
cura do planeta e de nossas relações.

CONTRAPARTIDA

As entidades, pessoas, comunidades, grupos, sítios ou empresas que sintam e venham a


participar do X ENGA como parceiros, organizadores, patrocinadores, doadores, gestores,
colaboradores e/ou apoiadores, terão a contrapartida e garantia de menção e visibilidade de
seu nome, estabelecimento, logomarca e/ou identidade visual em todas as publicações
oficiais e principais do evento, publicidades, vídeos, fotos importantes, flyers, cards,
banners, cartas-convite, produtos exclusivos do e para o evento (camisetas e canecas, por
exemplo) que porventura venham a ser produzidos, comercializados ou distribuídos,
fanzines e periódicos e demais produções artísticas, documentos ou registros audiovisuais
derivados das atividades do X ENGA, mediante autorização, bem como o benefício de
isenção da taxa de inscrição.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES *ilustrativo baseado em encontros anteriores

Alimentação: Todos os alimentos consumidos durante o evento serão provenientes da


agricultura ecológica e familiar, com preferência aos produzidos pelas coletividades
agroecológicas próximas e parceiros.

Roda de abertura: Momento destinado à apresentação das pessoas e grupos, conversa


sobre funcionamento do evento e acordos de convivência.

Mesa redonda: Presença de representantes das organizações presentes no evento,


entidades nacionais que atuam na Agroecologia.

Feira de Sementes Crioulas: O espaço é a oportunidade de troca de sementes crioulas,


incentivando a solidariedade, a consciência, a diversidade genética e a preservação das
espécies nativas.

Espaço teórico: Espaço para palestrantes convidados. Temas relacionados: agricultura


ecológica, agronegócio e agrofloresta, planejamento, política, educação, comercialização,
saúde, bioconstrução, estratégias, entre outros.

Oficinas: Trabalho prático, técnicas em sistemas agroflorestais, bioconstrução, plantas


medicinais, continuação de temas abordados no espaço teórico.

Vivências: Aproximação com agricultores locais assentados e povos tradicionais, práticas


tradicionais, terapêuticas e experimentais.

Cultural: Momento de integração e celebração do coletivo. Intervenções artísticas, rodas de


poema, bandas, compositores locais, improvisação, microfone aberto, teatro, dança,
ciranda, maracatu, capoeira, palhaçaria, batalha de RAP, slam, poesia livre, cultura popular,
trazendo à tona a cultura regional das comunidades e o que mais espontaneamente se
manifestar.

Plenária final: Círculo de Visão. Espaço de organização do evento, consistindo na


deliberação das demandas e encaminhamentos para a articulação entre os grupos visando
à realização do próximo ENGA.

Apresentação dos resultados: Breve relatório e prestação aberta de contas.

Encerramento e despedida.

DA ORGANIZAÇÃO PROPONENTE
A REGA Brasil, é protagonizada por grupos de Agroecologia, Agricultores e Agricultoras,
Comunidades Tradicionais, Empreendimentos de Economia Solidária e Profissionais
Autônomos, o Grupo de Trabalho da Autogestão da REGA é formado por gerações de
Comissões Organizadoras do ENGA.

CARTA CONVITE

A REGA vem, via Carta Convite, convidar e notificar sobre os próximos e imediatos passos
confirmados para a efetiva execução do X Encontro Nacional de Grupos Agroecológicos -
ENGA 2023, Sepé Tiaraju:

1.ENGA MUTIRÃO Raíz: Pedra Fundamental. Será nossa primeira intervenção material
no território.

Data: 11 e 12 de março.

Local: Assentamento Sepé Tiaraju.

Missão: Reunir frente de trabalho e, enquanto houver tempo e energia, planejar e executar
conjuntamente a bioconstrução e a instalação de banheiros secos e chuveiros para os lotes
responsáveis por receber os acampamentos do evento.

Contrapartida: Troca de saberes e conhecimentos técnicos, teóricos e práticos sobre


planejamento, bioconstrução e instalação segura de banheiros secos, métodos de
tratamento para a compostagem dos respectivos resíduos.

O mutirão contará também com programação cultural na parte da noite, rodas de conversa
relacionadas ao ENGA, e pautas voltadas ao fortalecimento dos núcleos de agroecologia,
fogueira, música espontânea e roda de poemas do Hemes.

Trazer: Comida para partilhar, barraca, ferramentas para campo e carpintaria, se houver,
roupa de trabalho, força de vontade e materiais que possam somar ao objetivo do banheiro
seco, como tampas de privada, canos, baldes, tábuas de madeira, lonas, pregos e etc.
Sejamos criativ@s!

2. REUNIÃO ONLINE : Mesa-aberta com gestores e dirigentes da REGA BRASIL e C.O.


local responsável do X ENGA 2023.

Data: 14/03 às 19hs, o link será disponibilizado no Grupo da Rede.

Tema: Fortalecendo e co-criando a Rede Agroflorestal Nacional - Chamamento Público de


Parceiros e interessados para o X ENGA 2023.

“Basta de Agrotóxicos! Unidos pela consciência, saúde, paz, harmonia,


prosperidade, autonomia, respeito, liberdade, justiça, a cultura vive, vida
natural e soberania alimentar e popular são direitos humanos”.

“Importa reconhecer o valor dos saberes dos povos, comunidades e seus


territórios.”

*Sepé Tiaraju, guerreiro indígena brasileiro da etnia guarani, nascido em 1723, no sul do país, e morto dia 2 de fevereiro de
1756, foi considerado santo popular e declarado "herói guarani missioneiro rio-grandense" por lei. Chefe indígena dos Sete
Povos das Missões, território indígena Guarani, uma enorme área que abrangia o sul do Brasil e o norte da Argentina, próxima
à fronteira com o Paraguai. Os episódios de resistência liderados por Sepé Tiaraju se desencadearam em reação à tentativa
de desocupação do território, objetivo definido pelos espanhóis no Tratado de Madrid e apoiado pelos Jesuítas.

Gratidão.

REGA BRASIL (Representantes Locais)


Wika - Cel: (16) 997721988
Curió - Cel.: (16) 981304268

COLABORADORES
Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)

“Ribeirão Preto, terra natal, casa, nave mãe, mãezinha eu quero voltar pra casa, mãe d'água.
Dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, eu rezei o primeiro temazcal do Assentamento de Sepé Tiaraju.
medicina ancestral, purifica nossas águas, nossas emoções, meu rezo é de cura e união para o
Movimento.
Fértil, vulcânica, nascente do Aquífero Guaraní, nossas Raízes infiltradas na terra roxa, mata antiga,
hoje memória e resistência, terra vermelha, terra negra, território indígena, vermelha como o sangue
derramado dos nossos ancestrais, negra como o quilombo que aqui ocupamos.
Hoje, no plano monocultor ou diretor, figura a zona como pólo industrial.
Capital Brasileira do Agronegócio, veneno no ribeirão, na chuva, na água, no ar, na rua, no lar,
nenhuma fiscalização ou estudo crível.
Terra, o assunto é muito sério, não sobra tempo pra desperdiçar.”

@wikavoid

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