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VALLE
Artigos 2013 2014
Artigo 1
A Atividade de Inteligência Militar, os Governos Civis
e o Cenário Atual - I
A AI não tem uma data clara e definida de inicio, sendo uma atividade
que se perde na noite dos tempos. De fato muito antiga quanto a
essência, não tanto quanto a forma. No formato mais familiar aos
procedimentos atuais podemos citar o ano de 1559 quando William
Cécil, primeiro-secretário da Coroa e conselheiro de Elizabeth I, cria o
"State Defense”, centralizando todas as atividades de inteligência. Em
1573, Sir Francis Walsingham, ministro do Exterior de Elizabeth I, cria o
"Serviço Secreto da Coroa da Inglaterra", com os primeiros prontuários
individuais de agentes, relatórios sistemáticos, verbas secretas e
contabilidade especial. Walsingham organizou, na verdade, o primeiro
serviço de inteligência profissional do mundo, pelo menos da forma
como o entendemos hoje.
Artigo 2
A Atividade de Inteligência Militar, os Governos Civis
e o Cenário Atual - II
Não fosse o bastante até o arcabouço jurídico é deficiente; uma vez que
o Projeto de Lei 728/2011 não foi ainda aprovado, logo não temos uma
legislação que tipifique o crime de terrorismo. Adicionalmente, vaidades
e a cultura organizacional de uma série de órgãos de inteligência,
prejudica decididamente qualquer tentativa verdadeira e sincera de
integração. São feitos lindos discursos, politicamente corretos, mas
vazios. Não existe um banco de dados único e muitas vezes, para obter
um elenco mais completo de informações, é necessário digitar 13 senhas
diferentes em ambientes cibernéticos distintos. Para um trabalho mais
completo tem de se chegar a 33!
Artigo 3
A Atividade de Inteligência Militar, os Governos Civis
e o Cenário Atual - III
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Antonio P. Valle
Neste último artigo desta série desejo fazer uma breve reflexão sobre a
abordagem do problema, realizada no transcorrer deste processo de
“desmonte” do Poder Nacional, notadamente na sua expressão militar.
A História cobrará seu preço, pois quando meu filho chega em casa
contando as barbaridades que os professores da escola falam dos
militares, eu percebo claramente que toda a trajetória desta expressão
do Poder Nacional esta por virar pó. Que cada oficial general lembre-se
do legado que deixará e como será lembrado.
Artigo 4
Quem decide o resultado das urnas no Brasil?
Existe livro sobre o tema escrito pelo engenheiro Amílcar Brunazo Filho
(especialista em segurança de dados em computador) e a advogada
Maria Aparecida Cortiz (procuradora de partidos políticos) com o título
de "Fraudes e Defesas no Voto Eletrônico". O fato é que, mesmo diante
de fato gravíssimo, ninguém faz nada.
Aqueles que gostam de pesquisar podem também ir atrás de nomes
como Marcelo Branco, Richard Stallman e Kevin Mitnick.
Por fim preocupa-me saber que, ainda que aconteça um milagre e haja
um grande movimento popular para mudar os rumos deste país, isto
ainda não garante a mudança pelas urnas. O resultado sempre
dependerá de outras injunções. É incrível que o destino de um país
esteja ligado a um sistema de informática que um aprendiz de hacker
pode violar e que foi recusado por tantos países na forma como operado
no Brasil. Aparentemente pelas urnas a possibilidade de mudança é
mínima, exceto se quem comanda as urnas quiser.
Artigo 5
Movimentos estratégicos para 2014
Artigo 6
Limitações de visão estratégica
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Antonio P. Valle
O grande jogo mundial foi feito para se jogar. Este é seu proposito e
razão de existir. Mesmo quem não o compreende, quem não sabe jogar,
acaba jogando ainda que de forma inconsciente. A omissão é uma ação
ou decisão em si, devidamente respaldada pelo livre arbítrio.
China, Rússia e Índia tem hoje uma economia forte, mas o mais
importante, capacidade bélica de dissuasão às pretensões contrárias,
capazes de defender seus interesses estratégicos e ter sua opinião
ouvida e respeitada nos fóruns internacionais. Não estão de joelhos,
submissos. E o Brasil, como está?
Ainda que com tecnologia e recursos adequados se possa rapidamente
obter alguma capacidade nuclear, e alterando certos dispositivos de uma
rede obter armas escalares, este não parece ser o caminho disponível
para a nação brasileira de imediato, ainda que tecnicamente possível. O
que aconteceu, ou melhor, o que não aconteceu?
A defesa dos interesses nacionais passa por uma expansão de visão, por
uma compreensão mais acurada da atualidade, por fazer alianças, por
ouvir mais e gabar-se menos, por ceder agora para conquistar depois.
Aquilo que alguns chamam de Mal, sob outro ponto de vista, pode ser o
Bem.
Artigo 7
Por uma Estratégia de Estado
Nos sete artigos que escrevi aqui, incluindo este, tenho procurado
passar uma mensagem das razões e instrumentos que conduzem a este
servilismo contumaz que aleija esta nação. Mais claro seria ultrapassar
os limites geográficos. Infelizmente a perspectiva não tem se mostrado
alvissareira.
Artigo 8
Passos Estratégicos Globais e a carta Brasil
“O grande jogo mundial foi feito para se jogar”. Com esta frase iniciei
um artigo intitulado “Limitações de visão estratégica” publicado aqui em
06 de março de 2014. E com esta frase: “Jogando ou não o jogo
continua”, conclui o artigo. Nada mudou. Se os “estrategistas”
brasileiros entenderam ou não o recado, não alterou os passos do jogo.
A julgar pelas sucessivas derrotas que sofreram, não entenderam nada.
Todos têm lido sobre os vários ataques cibernéticos que a China tem
empreendido em relação às instalações estratégicas ocidentais. Entende-
se hoje que o ataque cibernético precede o ataque com armas nucleares
ou convencionais. A capacidade militar chinesa é complementada e
aprimorada pela excelência da tecnologia russa nestas áreas, seja no
campo nuclear, químico, biológico, espacial, psíquico ou escalar. O
resultado é uma combinação de forças e recursos que não podem ser
ignorados. Se somarmos a isso o ódio que parte do mundo alimenta em
relação aos EUA, em particular alguns países árabes, teremos um
cenário explosivo.
Neste trabalho de projetar cenários nos defrontamos com as
surpreendentes previsões, sobre vários países, da página Deagel.com,
que é uma página respeitada por oferecer dados da aviação civil e
militar, armamento e exércitos, mísseis e munição, tecnologia militar e
aeroespacial e outros dados estratégicos e econômicos. Queremos crer
que foi um exercício robusto de imaginação, mas que deve ser citado
para reflexão, uma vez que o cenário traçado é bastante específico e
repleto de dados minuciosos.
Cada dia haverá mais pobres, e sempre haverá a quem culpar pela
pobreza deles. O aparelhamento do Estado caminha para a hegemonia
sonhada pelo PT. O Executivo e o legislativo são apêndices do partido e
o Judiciário segue o mesmo rumo (em 2018 dez dos onze ministros
serão petistas). Os movimentos sociais serão cada dia mais partidários e
a mídia estará completamente controlada e dependente das verbas
governamentais.
Existe uma máxima que diz que a árvore se conhece pelos seus frutos.
Os frutos estão aí. Não reconhecer isso é demonstração de grave miopia.
Usaram com as FFAA a estratégia de cozinhar o sapo, aumentando a
temperatura devagar até que ele não percebesse sua morte se
aproximando. A continuar chegarão a um ponto de onde não há volta, se
é que não chegaram ainda.
Artigo 9
Momento Estratégico Global Crítico e a Carta Brasil
Vários foram os artigos aqui escritos que alertaram para o rumo que
nosso país estava, e ainda está, se encaminhando. Tanto o editor Jorge
Serrão como seus articulistas escreveram inúmeros textos. Não faltaram
avisos e exortações. Aqueles que acompanham e tem boa memória
sabem disto. Ninguém em sã consciência, exceto o desinformado, pode
alegar que há surpresa no que está ocorrendo em nossa pátria. E porque
nada se fez?
Comecei a escrever neste espaço virtual há treze meses atrás com uma
série de três artigos intitulados “A Atividade de Inteligência Militar, os
Governos Civis e o Cenário Atual”. Na primeira parte discorri sobre a
gênese da Atividade de Inteligência e o estado da arte no Brasil,
mostrando a importância vital desta atividade, a enorme distância que
nos separa das melhores práticas do setor, a defasagem tecnológica e
metodológica e as surpresas que aguardariam os militares. Na segunda
parte discorri sobre o Sisbin, suas fragilidades, as ameaças reais
existentes, e a necessidade de reformulação urgente de suas práticas.
Na terceira e última parte desta série escrevi sobre o “desmonte” do
poder nacional, dos avisos dados a um general atuante na AI (Atividade
de Inteligência) sobre o perigo dos planos de Lula (e a visão distorcida
do general onde subestimava o potencial destrutivo deles), e da
responsabilidade intrínseca das FFAA pela situação atual devido sua
omissão em agir adequadamente.
Uma pista da futura resposta russa poderá ser sentida num discurso de
Vladimir Putin, na reunião plenária final da sessão da XI Valdai
International Discussion Club em Sochi, em 24 de outubro de 2014,
onde muitos analistas interpretaram uma parte de seu discurso da
seguinte forma: “A Rússia não deseja que o caos se espalhe, não quer a
guerra, e não tem nenhuma intenção de começar uma. No entanto, hoje
a Rússia vê o início de uma guerra global como quase inevitável, está
preparada para isso, e continua a se preparar para o confronto. A Rússia
não quer a guerra, mas também não a teme.”. Ao falar desta forma,
abertamente, é porque ele já tomou as precauções necessárias. Como
se sabe Putin é um homem egresso da KGB, logo discreto e precavido.
Nem sequer fazer cumprir a lei as FFAA conseguem mais, tendo ficado
emblemático a questão da não aposentadoria dos comandantes aos 70
anos, e da não cassação da medalha do José Genoino. A situação está
moralmente, eticamente e psicologicamente insustentável. Os
equipamentos antiquados já dão sinal de falência, como foi o caso do
acidente com um Hércules C-130 na Antártica que fez uma aterrisagem
de emergência com risco de explosão, e o vazamento de óleo no navio
da marinha brasileira que foi socorrer, e tinha risco de incêndio.
Quem insiste em dizer que a imagem das FFAA continua intacta não
deve ter lido a VEJA do inicio deste mês, onde um gerente do tráfico no
Complexo da Maré, mesmo lugar onde haviam matado cinco dias antes o
cabo Mikami do EB, orgulhosamente declarou: “Se a gente quisesse,
matava um soldado por dia”. Pelo jeito o EB não põe mais medo nem na
pequena criminalidade. Falar em confronto ou contenção dos grandes
predadores militares internacionais é até risível, as FFAA estão incapazes
hoje de enfrentarem exércitos bem menores, e pelo jeito, até
organizações criminosas.
Este é o nono artigo que publico aqui neste espaço virtual, escrito 400
dias após o primeiro, e como o nove não soma nem subtrai, mas conduz
a uma nova dezena, a uma oitava superior, pelos costumes e regras
escrevi este nono artigo enfeixando os anteriores.
Artigo 10
Terrorismo nas Olimpíadas de 2016
Logo, não parece crível alegar que o fato de não ter havido nenhum
atentado na última Copa do Mundo realizada no Brasil seja um forte
indicativo a ensejar relativa tranquilidade no quesito segurança. Não só
o evento tem características distintas, assim como o cenário mundial
mudou significativamente.
Cabe aqui notar, que mesmo países como os EUA e França, não foram
capazes de evitar atos terroristas em seus territórios. Se países como
Estados Unidos e França, com um aparato de inteligência anos à frente
do Brasil (como já demonstrei em vários outros artigos neste espaço),
foram vitimas do terror, como o Brasil pode considerar o risco de
ocorrência de um ato terrorista baixo, como alegam algumas
autoridades brasileiras? Como podem dar declarações dizendo que o
Brasil está bem preparado? Só podemos imaginar que esta seja uma
estratégia para acalmar as pessoas, pois não corresponde nem de perto
à realidade atual. Vejamos alguns aspectos a considerar.
Série de 2019
Artigo 1
O xeque-mate se aproxima
célere
22 de julho de 2019 13:46
Eu já escrevi que o grande jogo mundial foi feito para se jogar. Este é seu
propósito e razão de existir. Não é para amadores. Mesmo quem não o
compreende, quem não sabe jogar, acaba jogando ainda que de forma
inconsciente, conduzido. A omissão é uma ação ou decisão em si,
devidamente respaldada pelo livre arbítrio. O mesmo raciocínio se aplica as
―famílias‖, nações e blocos.
Nosso foco neste artigo será a economia, por isso será tratada por último. Os
dois outros eixos receberão apenas uma apreciação sucinta, tendo sido mais
extensamente abordados em outros artigos por mim já escritos.
Para deixar mais clara a frágil situação, que contrária a estratégia dos demais
países que mostrei, a participação do ouro nas reservas brasileiras é de
insignificantes US$ 3,05 bilhões, ou seja, 0,79% do total. A valorização do
ouro, que foi de 35,40% nos dois últimos anos (cotação até maio), não tem
sido algo desprezível se comparado ao que recebemos pelos títulos, mas o
mais importante agora é a segurança, como todos os países em tempo
instáveis tem buscado. Teríamos rentabilidade e segurança. Fica
absolutamente cristalino que, quando vier a crise, o Brasil terá que rezar muito
para a credibilidade e confiança dos emissores dos títulos, principalmente os
Estados Unidos, estarem em alta, do contrário nossas reservas lastreadas
majoritariamente em títulos serão transformadas em mico. Neste cenário a
situação será de caos total. Toda a nossa segurança econômica está calcada
numa percepção de confiança que gere credibilidade a aquele que nos deve, e
não em ativos reais com liquidez garantida como o ouro! É uma aposta alta e
muito arriscada para quem administra ativos e tem nas mãos a segurança
econômica de um país.
Aqui, já são 33 (trinta e três) anos que vemos o Brasil num processo lento e
angustiante de deterioração, como gado sendo levado para o abate.
Este ano foi a vez, como já comentado em outro artigo da série ―xeque-mate‖,
do Deutsche Bank, um gigante da Europa. Há indícios que o banco pode estar
envolvido no vultoso escândalo do fundo de desenvolvimento 1MDB
(1Malaysia Development Berhad) da Malásia, tendo violado as leis de
corrupção estrangeira e/ou lavagem de dinheiro, informou o Wall Street
Journal. Isso surgiu quando o The New York Times noticiou que os gerentes
do Deutsche Bank negligenciaram as advertências do pessoal de Compliance
em suas negociações com Jeffrey Epstein. A situação do banco tornou-se tão
aguda que ele anunciou a demissão de 18.000 funcionários e a venda de € 150
bilhões (US$ 168 bilhões) de saldos mantidos em carteira para o francês BNP
Paribas.
Os analistas bem informados percebem que algo está vindo, os sinais já são
visíveis para olhos treinados. Desde o comportamento dos fundos de
investimento, citado em outro artigo, como o RenTec de James Simons, aos
―avisos‖ do próprio analista do Deutsche Bank, Robin Winkler, quando
diz: ―a tensão cíclica nos desequilíbrios financeiros globais atingiu níveis
vistos pela última vez na véspera da crise financeira‖, tudo leva a crer que a
luz vermelha acendeu-se. Robin Winkler demonstrou isso graficamente:
Outro analista, Michael Cembalest, do J.P.Morgan, prevendo a possibilidade
do dólar não resistir a próxima crise, mostrou de uma forma gráfica que as
moedas de reserva não duram para sempre e o dólar também perderá o seu
status.
Segundo Peter Koenig, o PIB dos estadunidenses será de US$ 21,1 trilhões em
2019 (estimativa do Banco Mundial), com uma dívida atual de US$ 22
trilhões, ou seja, 105% do PIB. O PIB mundial está projetado para 2019 em
US$ 88,1 trilhões (Banco Mundial). De acordo com a Forbes, existem cerca
de US$ 210 trilhões de ―passivos não financiados‖ (valor presente líquido de
obrigações futuras projetadas, mas não financiadas, principalmente
previdência social, Medicaid e juros acumulados sobre dívidas), um número
cerca de 10 vezes o PIB dos EUA, ou duas vezes e meia a produção
econômica mundial. Além disso, há cerca de um a dois quatrilhões de dólares
(ninguém sabe a quantia exata) dos chamados derivativos flutuando em todo o
mundo. Esta dívida monstruosa é parcialmente detida na forma de títulos do
Tesouro como reservas cambiais por países em todo o mundo –
https://www.globalresearch.ca.
―Quando olho para a economia hoje, vejo muito com o que me preocupar
novamente. Eu vejo uma recessão no setor manufatureiro. Eu vejo uma
economia precária que é construída sobre a dívida – tanto a dívida das
famílias quanto a dívida corporativa – e isso é vulnerável a choques. E vejo
uma série de choques sérios no horizonte que podem fazer com que os
alicerces instáveis de nossa economia desmoronem‖.
A torre quer ―rocar‖ com o rei antes do xeque para proteger também a rainha.
Todo jogo acaba ou muda de fase. Crie a situação, espere a reação e ofereça a
solução. O xeque-mate se aproxima.
Artigo 3
O xeque-mate antecipa o
contra-ataque
5 de agosto de 2019 14:43
Luiz Antonio P. Valle
Luizapvalle@gmail.com
https://www.whitehouse.gov/presidential-actions/executive-order-blocking-
property-persons-involved-serious-human-rights-abuse-corruption/
https://www.whitehouse.gov/briefings-statements/text-letter-president-
congress-united-states-6/
Montou-se um arcabouço legal para dar suporte às ações necessárias para lidar
com questões que ponham em risco a segurança nacional dos EUA. Este
arcabouço conta ainda com outras estruturas jurídicas, tais como a Lei de
autorização de Defesa Nacional (NDAA – National Defense Authorization
Act), assinado em 31 de dezembro de 2011 pelo presidente Obama e a Lei
McCarran, conhecida como Lei de Segurança Interna de 1950, ainda em
vigor. A Seção 1021 da NDAA, inciso c, possui em sua redação uma
permissão: (1) ―A detenção em virtude da lei de guerra sem julgamento até o
final das hostilidades autorizadas pela Autorização do Uso da Força Militar‖ –
https://mococivilrights.wordpress.com/campaigns/ndaa/mccrc-ndaaaumf-
resolution/sections-1021-1022-of-ndaa/. Alguns juristas entendem que, numa
interpretação extensiva, esta redação pode autorizar a detenção forçada de
cidadãos em caso de distúrbios generalizados, após a decretação de uma
emergência nacional ou de um colapso econômico total. Já a Lei
McCarran permite a detenção de pessoas perigosas, desleais ou subversivas
em tempos de guerra ou ―emergência de segurança interna‖ –
https://en.wikipedia.org/wiki/McCarran_Internal_Security_Act. Ademais,
como citei no último artigo da série xeque-mate, o Congresso dos EUA
aprovou uma lei (H.R. 6566) que obriga a FEMA (Federal Emergency
Management Agency) a preparar-se para um ―planejamento de morte em
massa‖ enquanto os cemitérios e funerárias estiverem lotados pela
consequência de um ―atentado terrorista‖, ―desastres naturais‖ ou ―outro tipo
de crise‖. Desta forma vemos que os EUA construíram uma legislação que dá
amparo ao Presidente para tomar atitudes enérgicas e rápidas em caso de
grave crise e ameaça à segurança nacional, ou mesmo a eclosão de uma guerra
civil, se for o caso.
Mas antes que as ações de superfície comecem é necessário estar pronto para
imobilizar eventuais reações adversas. Verificando o sistema Public Access to
Court Electronic Records (PACER – https://www.pacer.gov/) ficou
evidenciado um aumento atípico de processos selados nas cortes
estadunidenses. No período de 30/10/17 a 22/11/17 foram detectados 4.289
processos selados (segredo de justiça) em andamento na justiça americana, ou
seja, em apenas 3 semanas chegou-se a este montante em todos os 94 distritos
federais estadunidenses, quando a média histórica para 12 meses (um ano) não
passa de mil. Estes processos atualmente já ultrapassam a casa de 30 mil.
Alguns futuros ―réus‖ possivelmente nem sabem ainda que o são. A reação
com maior potencial ofensivo será anulada antes de começar, e GITMO vai
ajudar neste quesito. A Câmara dos EUA autorizou no mês passado, numa
decisão inusitada, a transmissão ao vivo de julgamentos em tribunais militares
estadunidenses.
Assim, como pode ser visto ao se juntar as peças, as autoridades dos EUA não
estão inertes. Já há algum tempo, vem se preparando para uma provável crise,
investindo milhões, talvez bilhões de dólares nesta preparação. Criaram
organizações federais, reformaram estruturas físicas, puseram em vigor a base
jurídica necessária para dar legalidade aos atos, anteciparam-se investigando e
processando em sigilo elementos que possam vir a prejudicar o seu
planejamento, mobilizam e exercitam os recursos de força indispensáveis para
fazer valer e cumprir o que está planejado.
Artigo 4
O xeque-mate só surpreende o
incauto
12 de agosto de 2019 12:53
Luiz Antonio P. Valle
Luizapvalle@gmail.com
Cada peça tem o seu papel no jogo, e nenhuma pode ser subestimada. O Bispo
(sistema de crenças) adota estratégias interessantes que vão da distração ao
blefe. Simulação e dissimulação são suas especialidades. Faz movimentos
rápidos e chamativos no tabuleiro para desviar a atenção das peças-chaves,
atraindo a atenção do adversário para situações sem importância ou
induzindo-o a acreditar em algo que não atende ao seu mais elevado interesse.
O bispo sabe que a realidade é moldada pelas concepções e crenças que são
altamente influenciáveis. Quem controla a narrativa cria a ―realidade‖. Por
isso sua estratégia é conquistar corações e mentes. Já discorri aqui em artigo
anterior sobre o conceito de Túnel de Realidade, explicando que ―os
indivíduos possuem um filtro mental com o qual percepcionam a realidade.
Ao estudar este conceito foi verificado que as pessoas só ouvem, enxergam ou
entendem o que se encaixa perfeitamente dentro do seu sistema de crenças,
abdicando do discernimento‖. Quando estes filtros são muito espessos,
deixando pouca ―abertura mental‖ a resultante é a chamada ―Imunização
Cognitiva‖.
Segundo uma definição que está na Revista Sociedade Militar, ―a imunização
cognitiva é o processo de proteção do pensar diferente, é o processo de
padronização dos pensamentos de forma direta e subliminar que objetiva
extinguir toda a capacidade dos desavisados de se contrapor às maiores
obviedades‖.
Para ter certeza que nada vai falhar, quando for necessário colocar em
andamento os planos de emergência que parcialmente descrevi no artigo
anterior, os estadunidenses fizeram na semana passada os primeiros testes
significativos no sistema de Alerta de Emergência Nacional.
Depreende-se que POTUS pode, com base na seção 606 (c), assumir o
controle de todo o establishment de mídia do país, segundo a seguinte
condição: ―Após a proclamação do presidente de que existe guerra ou ameaça
de guerra, ou estado de perigo público ou desastre ou outra emergência
nacional, ou para preservar a neutralidade dos Estados Unidos‖.
Todos os preparativos estão sendo feitos com o maior cuidado para não violar
a lei federal que, em sua Seção (f), determina a Proibição de Ações Secretas
destinadas a influenciar Processos Políticos dos Estados Unidos. Ninguém
quer ser acusado de interferir na eleição de 2020. Nela consta que ―nenhuma
ação secreta pode ser conduzida com a intenção de influenciar os processos
políticos, a opinião pública, políticas ou mídia dos Estados Unidos‖.
Artigo 5
Até mesmo a ―grande‖ mídia brasileira agora já reflete este entendimento, que
está se tornando evidente –
vide https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/18/como-a-alta-no-
preco-do-ouro-alimenta-os-temores-de-uma-recessao-global.ghtml.
Na reportagem do Globo é citado: ―‖O mercado está se preparando para uma
mudança de ciclo e isso tem feito (o preço do) ouro disparar‖, diz Javier
Molina, porta-voz da plataforma de negociação de moedas eToro. Como
acontece em todas as crises, o precioso metal segue sendo uma das pistas a
serem analisadas com cuidado quando o cenário econômico global se
deteriora – que parece ser o caso agora.‖ E segue dizendo vários fatores que já
salientamos em nossos artigos.
Quanto a compra de ouro como estratégia para se proteger da crise por parte
dos países, além de meus artigos anteriores, você pode olhar a
matéria https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/exportacao-de-ouro-
bate-recorde-no-brasil-com-temor-de-recessao-
global.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=c
ompwa. Na reportagem mostra que o Brasil exporta praticamente todo o ouro
que produz ―oficialmente‖. Sua produção é estimada em 97,1 toneladas e ele
exportou em 2018 algo em torno de 95 toneladas. Claro que estes números
não contabilizam a produção e envio ao exterior de forma ―irregular‖, que
certamente é um montante considerável.
O analista Mike Adams escreveu: ―que a luta pelo poder, está chegando a
limites, que se ultrapassados, desencadearão uma grave crise global com
provável ruptura do tecido social em muitos países e um crash mundial sem
precedentes.‖ A grande maioria dos analistas bem posicionados entendem que
a disputa entre China e EUA, as duas maiores economias do mundo, chegou a
um ponto sem retorno, notadamente após a explosão de protestos em Hong
Kong, que a China atribuiu à inteligência dos EUA. Para dar fundamento a
sua alegação a China usou uma foto de uma funcionária do Departamento de
Estado – Julie Eadeh, reunida com os ―líderes‖ dos protestos. O que importa é
que as ―diferenças‖ entre as duas maiores potencias econômicas do planeta
chegaram a um ponto de difícil, praticamente impossível, reversão.
Como frisei a imensa maioria dos movimentos das peças no tabuleiro pode ser
prevista. No meu artigo ―A Atividade de Inteligência Militar, os Governos
Civis e o Cenário Atual – I‖ em 13/10/13, eu escrevi que havia ―portas dos
fundos‖ por onde eram roubadas informações. Em 2018 uma executiva
chinesa foi presa e os EUA não esconderam sua preocupação de estarem
sendo ―espionados‖ pelos chineses –
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/12/06/huawei-por-
que-a-gigante-chinesa-virou-alvo-de-varios-paises-e-teve-executiva-presa-no-
canada.ghtml.
O tempo está passando e não vai esperar os incautos. Existe um antigo adágio:
―casa que falta o pão todo mundo grita e ninguém tem razão‖.
O xeque-mate em finalização
dos preparativos
Todo jogo acaba ou muda de fase. O xeque-mate se aproxima
26 de agosto de 2019 12:04
São eles que puxam os fios que controlam a mente do público, que aproveitam
as velhas forças sociais e criam novas maneiras de ligar e guiar o mundo‖. É a
chamada engenharia do consentimento.
Eles não têm preconceito e trabalham com quem possa ajudar no atingimento
de seus objetivos. No início de 1993, na Universidade de Princeton, Lula e
Fernando Henrique Cardoso firmaram um acordo, na verdade um ―pacto‖.
Lula representava o Foro de São Paulo fundado em 1990 e FHC respondia
pelo Diálogo Interamericano, fundado em 1982 e que tinha a família Clinton
como mola propulsora.
Sem pão e circo o povo se rebela. Lembre-se da frase famosa dita por James
Carville, na campanha presidencial vencedora de Bill Clinton: ―É a economia,
estúpido!‖. Questões ambientais, ideológicas, sociais e tantas outras são úteis
para os xeques. O xeque-mate começa pela torre, pela economia. As ideias são
necessárias e ―fabricadas‖ para dar uma justificativa palatável ao movimento
econômico e militar.
Um sistema tão importante como este pode ser manipulado? Ele é vulnerável?
Ocorre que como todo sistema de informática ele também é vulnerável a um
ataque. Em 24 de maio de 2018 um banco do Chile sofreu um ataque onde
―permitiu que hachers completassem quatro transações fraudulentas no
sistema SWIFT antes que o ataque fosse descoberto‖.
Em outra parte, ficou o registro: ―Bangladesh não concorda que o Fed não seja
culpado. ―Mantivemos dinheiro com o Federal Reserve Bank e as
irregularidades devem estar com as pessoas que lidam com os recursos‖, disse
na quarta-feira o ministro das Finanças, Abul Maal Abdul Muhith. ―Não pode
ser que eles não tenham qualquer responsabilidade‖, disse ele, incrédulo‖.
Até mesmo o New York Times em junho de 2006 foi obrigado a reconhecer
que o sistema é vulnerável a ―interferências‖ noticiando que a CIA, bem como
o braço-de inteligência financeira do Departamento do Tesouro dos EUA
acessaram a rede SWIFT – Bank Data Is Sifted by U.S. in Secret to Block
Terror.
O que eles, EUA, China e tantos outros países, estão vendo que o Brasil não
vê? Esta percepção de segurança que motiva a inércia brasileira advém de
que? Um simples ataque especulativo contra a nossa moeda, a suspensão dos
bancos brasileiros do Swift, o bloqueio das reservas cambiais ou um ataque
cibernético a nossa infraestrutura elétrica, retirando-a de funcionamento por
36 horas, seria suficiente para levar o Brasil ao caos. Todavia, tais fatos
seriam apenas um xeque, não o xeque-mate.
Artigo 7
Claro como a luz do dia, não cabem interpretações. Estas declarações foram
feitas a sete anos atrás, em agosto de 2012, antes dos contingenciamentos que
se seguiram. Fácil imaginar como está a situação hoje. Na semana passada o
Comandante do Exército determinou o fechamento dos quarteis nas segundas-
feiras de setembro de 2019 para economizar água, luz e comida, no momento
que se discute as ameaças estrangeiras à nossa soberania sobre a Amazônia.
Que ―sinal‖ estamos passando ao mundo? Antes não tínhamos equipamento e
munição, agora também não há comida para nossos soldados.
Escrevo isso com tristeza e sei que os ―vibradores‖ poderão ficar magoados.
Frequento unidades militares rotineiramente e vejo pessoalmente. Minha
família tem gerações de militares em duas das forças. Mas fingir que não
acontece não vai resolver. Enterrar a cabeça na areia não vai evitar que a onda
venha.
Vejam que ele foca na Torre e no Cavalo, ou seja, sanções econômicas para
dobrar ou derrubar o governo, e se necessário, o uso da força. Enfim, ele deixa
claro que o Brasil é presa fácil. Com os demais países poluidores, que tem
armas e Forças Armadas fortes, não se deve mexer.
Aqui também não se trata da Dialética Negativa usada pelos Globalistas como
arma comportamental. Estou oferecendo fatos, evidências e números para
chamar a atenção de algo que já chegou, está aí. Peguem as datas e conteúdo
dos meus artigos da série Xeque-mate e confrontem com os acontecimentos.
Toda causa tem efeito. A série de artigos que escrevi em 2013 e 2014 visava
mostrar as causas para que não chegássemos neste momento, o dos efeitos ou
consequências, nesta situação.
É claro que todo jogo tem dois lados e muitas peças. Umas mais relevantes
outras menos, mas todas tem sua função. Entender o funcionamento do jogo,
as características e intenções dos jogadores, seu ―modus operandi‖ e conhecer
sua real posição nele é o primeiro passo para virar o jogo. Os líderes
brasileiros têm uma enorme dificuldade nesses quesitos. Pelo fruto se conhece
a árvore. Como está a resultante destes 500 anos de nossa história? Somos um
país soberano capaz de proteger os Objetivos Nacionais Permanentes contra
quaisquer ameaças?
Artigo 8
O xeque-mate tem seu próprio
ritmo independente
9 de setembro de 2019 12:27
No jogo a Torre, o Cavalo e o Bispo são muito importantes, assim como são
vitais a Rainha e o Rei. Mas a dança dos peões no tabuleiro também tem sua
utilidade prática. Todos os movimentos no tabuleiro, de todas as peças,
revelam ou dissimulam a intenção do jogador. Mas o jogador preparado não
se baseia somente em seus ―instintos‖. Cada movimento alimenta de dados um
simulador de cenários, que por sua vez com base em softwares próprios para
este tipo de operação, redesenha o cenário futuro provável com incrível nível
de acerto e oferece novas ―linhas de ação‖.
Estas simulações são feitas em computadores quânticos muito sofisticados
com desempenho de milhares de qubits (os chamados bits quânticos)
localizados em compartimentos blindados com temperaturas baixíssimas e
projetados para impedir que a energia eletromagnética entre ou saia, alguns
semelhantes às conhecidas como gaiolas de Faraday. Sua tecnologia é tão
avançada que o padrão RSA de criptografia pode ser ―desembaralhado‖,
quebra de encriptação, em milionésimos de segundos, mesmo sendo uma
chave de 2.048 bits ou mais. A execução adequada do algoritmo de Shor
dependia, no passado, basicamente da construção de um computador com
qubits suficientes, fato já superado a tempo. Computadores quânticos tem
várias aplicações, como pode ser visto nesta antiga matéria do Washington
Post de janeiro de 2014 – vide
link: http://apps.washingtonpost.com/g/page/world/a-description-of-the-
penetrating-hard-targets-project/691/#document/p1/a138758. Neste caso o
computador estava sendo desenvolvido a cinco anos atrás para o Project
Penetrating Hard Targets (Projeto de penetração em alvos difíceis).
A Torre não pode ser subestimada, então vamos um pouco a ela. Esta é uma
análise interessante sobre algumas vulnerabilidades que Bancos Centrais
enfrentam – https://www.zerohedge.com/news/2019-08-26/will-central-banks-
survive. Bancos Centrais também sofrem perdas. ―Geralmente, as perdas
resultam de obrigações de juros, pagamentos de subsídios, práticas cambiais
múltiplas, esquemas de ―garantia‖ e alterações desfavoráveis nas avaliações
de ativos líquidos‖, conforme relata a matéria.Fonte: GnS Economics, BoJ,
BCE, Fed, PBoC
Este gráfico mostra os balanços do Banco do Japão, Banco Central Europeu,
Federal Reserve e Banco Popular da China, em bilhões de dólares.
Artigo 9
O xeque-mate faz rápidas
aproximações sucessivas
16 de setembro de 2019 13:49
Numa análise mais cuidadosa percebe-se que este índice não está relacionado
somente ao montante da dívida, mas muito ligado a taxa de juros. Ao fim da
década de noventa a taxa de juros era superior a 7% (sete por cento),
comparada com os 2% (dois por cento) atual. Somente neste parâmetro o
serviço da dívida mais que triplicaria se as taxas de juros fossem iguais. Por
isso o esforço do FED em manter as taxas de juros baixas. O próprio CBO
(Escritório de Administração e Orçamento do Congresso – EUA) estima que
as taxas para títulos de dez anos, invertendo a tendência atual, devem dobrar
entre agora e 2020.
Grande parte do motivo pelo qual as pessoas leigas têm dificuldade em
compreender o tamanho da dívida é porque frequentemente ela é apresentada
como um percentual do PIB, quando na verdade dívida se paga com receitas.
Fica mais fácil visualizar a realidade do problema quando comparamos o
tamanho total da dívida com a receita de impostos do governo estadunidense.
Vide gráfico abaixo:
Em 2018 a dívida de US$ 21,4 trilhões era 10,9 vezes maior que o volume das
receitas anuais de impostos, que eram de US$ 1,9 trilhão. É a pior relação de
dívidas versus receitas em todos os tempos. Isso significa que os EUA
necessitam basicamente de dois fatores para ―rolar‖ sua dívida: juros baixos e
―imprimir‖ muitos dólares.
Estes dois fatores associados não poderão ser mantidos por muito tempo, pois
vão comprometer o rendimento dos fundos de pensão e gerarão inflação.
Vejam mais detalhes em https://mises.org/power-market/national-debt-now-
more-ten-times-annual-tax-receipts.
Este tem sido o meu papel para que no futuro as autoridades competentes não
virem a público dizer que era ―imprevisível‖, que ―não havia nenhum indício
que apontasse que tal coisa aconteceria‖ ou outra desculpa do gênero. Caso o
façam os artigos estarão aí para contradita-los.
―Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão,
vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa.‖ Mateus 24:43
Artigo 10
O xeque-mate rompe as
barreiras
23 de setembro de 2019 14:21
A vantagem do processo para a Rainha é que ele passa a não perguntar mais
nada, não pesquisa nada, porque em tese já sabe tudo. Seus filtros do Túnel de
Realidade tornam-se quase impermeáveis, robustecendo sua Imunização
Cognitiva. Sempre lhe será reforçada a percepção de que ele sabe tudo e que
ele é ―especial‖. Todavia, a tecnologia que lhe foi mostrada não é de ponta, as
―realidades‖ que lhe são expostas foram manipuladas, as informações que
recebeu estão longe de serem as da classificação de segurança mais elevada e
ele é um ativo mediano, e não top como pensa. Sempre haverá um Plano B se
a sua ―curiosidade‖ voltar.
A Torre se move na dinâmica imposta pela Rainha, caminhando para o
Xeque-mate. Na semana passada foi feito mais um check point. Como já
comentei no artigo anterior o FED (Federal Reserve – Banco Central dos
EUA) precisa desesperadamente manter os juros baixos. Isso tem sido feito de
forma artificial, através de manipulações do mercado, que não refletem a
dinâmica real da economia. Na economia americana consumidores, Governo e
empresas estão altamente alavancados por anos de empréstimos a juros
baixos, sem contrapartida em garantias de ativos reais. As receitas geradas
estão abaixo da capacidade de saldar as dívidas (vide artigo anterior). Ao
permitir este cenário o FED está criando uma bolha maior que a de 2008,
cujos primeiros traços de rompimento apareceram na semana passada
(vide https://schiffgold.com/videos/peter-schiff-the-next-crash-could-bring-
down-the-fiat-money-system/).
Esta foi considerada uma intervenção que mostra rupturas no dique. ―É sem
precedentes, pelo menos na era pós-crise‖, disse Mark Cabana, estrategista de
taxas do Merrill Lynch do Bank of America –
vide https://edition.cnn.com/2019/09/17/business/overnight-lending-rate-
spike-ny-fed/index.html.
A pergunta é: até quando o FED vai suportar fazer intervenções cada vez
maiores para manter as taxas de juros artificialmente baixas? Até quando ele
consegue segurar a bolha? Será que ele vai querer segurar a bolha ou está
esperando o momento certo para estoura-la?
Como dito no início a Rainha planeja, e a execução fica para as outras peças,
notadamente os peões. As vezes o peão segue numa direção e, ao olhar ligeiro,
parece ter sido ―empurrado‖ de um determinado ponto, mas muitas vezes foi
de outro. É necessário ir mais fundo nas análises. Recentemente foram
divulgados documentos da CIA onde ficou claro que o bilionário George
Soros estava financiando e direcionando Mikhail Gorbatchov durante seu
movimento para extinguir a União Soviética, através de uma ONG (de
fachada da CIA), conhecida como Instituto de Estados de Segurança Leste-
Oeste (IEWSS, sigla em inglês) –
vide http://razonesdecuba.cubadebate.cu/articulos/gorbachov-se-confiesa-el-
objetivo-de-mi-vida-fue-la-aniquilacion-del-
comunismo/?fbclid=IwAR0bki9tOiX2hKfzyiKu839481yC6EA97k3962Md77
I5itFqFZw0kxvuWcM#.W0aSAWFvB22.facebook. A ―esquerda‖ sempre
trabalhará pensando estar servindo aos seus objetivos doutrinários, mas a
―mão‖ que a conduz tem outra agenda. Sem dinheiro não há ―revolução‖.
Uma grave crise econômica, provocada pelo cenário que venho mostrando
(fim do dólar como ancora, crise da dívida nos EUA, criação de uma nova
moeda internacional que reflita um mundo multipolar, etc….) pegará o Brasil
bastante vulnerável, e está sendo desenhada sobre medida, no caso brasileiro,
para provocar desabastecimento e convulsão social. Em seguida virão as
agitações, para as quais a ―esquerda‖ é peça-chave, sendo financiada pelas
organizações de sempre, e deverão estar sincronizadas com o Xeque-mate. A
questão social correrá no estilo de ―primavera árabe‖.
Após a crise implantada o Brasil não terá reservas internacionais com liquidez
para comercializar produtos, uma vez que os Títulos do Tesouro
Estadunidense serão seriamente afetados. Neste cenário sobrará ao Brasil
alienar seus ativos (estatais, reservas minerais etc.) pelo preço de ocasião para
receber pagamentos na nova moeda a ser implantada, e assim voltar a poder
comprar no mercado internacional. Os ativos se desvalorizarão
tremendamente e as Estatais serão compradas por um preço baixo. O débito
será feito na conta do Presidente Bolsonaro. Que Brasil emergirá depois?
Bem, depende do que for feito agora.
Artigo 11
O xeque-mate começa a se
tornar evidente
30 de setembro de 2019 12:26
Por exemplo, temos o JP Morgan que terá que dar explicações sobre
operações com metais, vide. No escândalo Cum-Ex, que se estima desviou
incríveis € 60 bilhões (sessenta bilhões de euros) através de fraude fiscal, uma
ponta do iceberg começa a aparecer. Os autores estão sendo chamados ―Os
homens que saquearam a Europa‖ – vide. O Barclay, dentre outros, também
precisará esclarecer sua participação no Cum-Ex, vide.
No final do seu artigo ele cita: ―Ao propor um novo sistema monetário
internacional vinculado de alguma forma ao ouro, os Estados Unidos têm a
oportunidade de garantir destaque contínuo nos assuntos monetários globais,
além de promover o livre comércio genuíno, com base em uma sólida base
monetária. O ouro historicamente forneceu um denominador comum para
medir o valor; amplamente aceito em todos os níveis de renda da sociedade, é
universalmente reconhecido como um substituto monetário com valor
intrínseco.
Mais claro impossível. É o que venho mostrando em meus artigos que irá
acontecer. A indicação de Shelton por Trump para o FED pode significar que
o Presidente já está convencido da inexorabilidade da mudança do Sistema
Financeiro Internacional.
A reunião foi dirigida por Benoit Coeure (do Banco Central Europeu) e
organizada pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais). O BIS é um
grupo ampliado com os maiores bancos centrais do mundo. O Financial Times
informou que os representantes do Facebook devem se reunir com autoridades
de 26 bancos centrais, incluindo o Federal Reserve dos EUA e o Banco da
Inglaterra. Nem o BIS nem o BCE confirmaram quais bancos centrais estavam
presentes na reunião – vide.
Entretanto, pode ser pior que isso, porque os Bancos Centrais já empurraram
artificialmente as taxas de juros para o piso e, na última década, inundaram a
economia mundial com dinheiro novo, aumentando a liquidez, e ainda assim,
a tendência de desaquecimento continua.
Artigo 13
É dito na diretiva 550/19 que ela visa ―…. ativação de fuzileiros navais do
componente de reserva (RC) sob §12304a, título 10, código dos EUA, após
uma solicitação de assistência federal em resposta a um grande desastre ou
emergência nos Estados Unidos. Os pedidos de assistência federal virão com
pouco aviso. Conforme necessário, o Corpo de Fuzileiros Navais deve
mobilizar rapidamente as unidades e o pessoal de RC da IAW neste
MARADMIN para responder às ameaças na Pátria.‖. Cabe salientar três
passagens elucidativas, a saber: ―emergência nos Estados Unidos‖, ―virão com
pouco aviso‖ e ―responder às ameaças na Pátria‖, o que denota algo que
acontecerá de forma rápida e dentro dos EUA. Importa dedicar especial
atenção aos itens 2.B.2, 4.C.3 e 4.C.6 da diretiva militar. Cabe enfatizar que a
diretiva também faz alusão aos reservistas das demais forças, Marinha,
Exército e Força Aérea – vide.
Os efeitos práticos desta perspectiva que se consolida foi a queda das bolsas
de valores no dia 02/10/19, que foi noticiada com o seguinte título por um
jornal de grande circulação: ―Temores de recessão global derrubam bolsas
pelo mundo nesta quarta-feira‖ – vide. Esta possibilidade concreta de recessão
tem se tornado amplamente discutida, com a BBC inclusive associando isso a
subida do preço do ouro – vide.
Segundo a citada matéria acima a China não está sozinha neste movimento. A
Bloomberg informa: ―Juntamente com a China, a Rússia também vem
adicionando quantidades substanciais de ouro. Nos primeiros seis meses, os
bancos centrais em todo o mundo captaram 374,1 toneladas, ajudando a elevar
a demanda total de ouro para uma alta de três anos, afirmou o Conselho
Mundial do Ouro.‖. Este movimento fez o ouro acumular uma alta de preço
no ano de cerca de 17%.
Artigo 14
O xeque-mate é anunciado
21 de outubro de 2019 11:39
Mas não para aí, pois um pouco mais a frente, sem rodeios manda o recado:
―Se todo o sistema entrar em colapso, o estoque de ouro fornece uma garantia
para começar de novo‖. Obviamente há neste comunicado a admissão
implícita de que o sistema pode entrar em colapso e avisa que o DNB está
preparado para a crise – vide. Todos entenderam a sinalização.
No gráfico abaixo é possível visualizar que na maioria das crises o ouro teve
seu valor preservado:
Mesmo grandes empresas de comunicação vem destacando a disparada de
compra de ouro pelos Bancos Centrais, como nesta matéria do Financial
Times – vide.
Por outro lado, os movimentos militares tornam a cada dia o jogo no Oriente
Médio mais delicado. Na Síria alianças antes julgadas impossíveis se realizam
abruptamente. A antiga Constantinopla, dia após dia, se antagoniza com
vários jogadores expondo-se a sérios riscos.
Na América o jogo segue para momentos de clímax. Nos EUA os sinais de
confronto aberto se robustecem na proporção da radicalização política. O
temperamento de Trump não encoraja pensar que haverá água fria neste
processo, pelo contrário. Todos os preparativos para um confronto de grandes
proporções estão em fase adiantada de preparação, como já mostrei em artigos
anteriores. Nos países latinos a convulsão social se inicia. A insípida onda de
violência que assola países do continente faz parte do jogo secundário. Peru
(30/09), Equador (08/10), Honduras (10/10), México (18/10) e Chile (20/10)
tem experimentado agitações populares significativas. Paraguai, Argentina e
Brasil estão na fila. Nisso não há nada de espontâneo. Um movimento mais
intenso, profundo e vasto está à espera de um potente ―detonador‖, que será
oferecido por uma crise econômica em gestação. A mídia, sindicatos, ONGs,
movimentos sociais e estudantis etc…. estão apenas aguardando o start.
Agentes infiltrados repassam o know-how necessário e instrumentalizam o
processo. A esquerda se reinventa, se reagrupa, num novo organismo
chamado Grupo de Puebla –
vide https://progresivamente.org/ e https://www.institutolula.org/lula-e-dilma-
se-unem-ao-grupo-de-lideres-progressistas. São apenas peões do jogo maior,
mas tem seu papel a cumprir.
Artigo 15
O xeque-mate avança conforme
estimativa
28 de outubro de 2019 14:14
Há uma forte disputa por definir quem vai capitanear a nova moeda. Em 11 de
outubro a BBC divulgou que gigantes como a Mastercard, Visa, eBay e a
empresa de pagamentos Stripe retiraram-se do projeto de criptomoeda do
Facebook, a Libra, seguindo o exemplo da PayPal. Até mesmo o Mercado
Pago desistiu – vide.
Marc Carney, Governador do Banco da Inglaterra, já citado anteriormente em
nossos artigos, agora está à procura de um ―motivo‖ para justificar o colapso
financeiro iminente. Como o colapso é dado como certo, e reconhecer como
ele foi produzido geraria constrangimentos, ele agora atribui o mesmo a
questões climáticas. Muito criativo este senhor, vide.
Como já prevíamos nos EUA a situação política se agrava a cada dia, com
manobras e complôs sendo expostos a cada dia, revelando que a situação não
terá um desfecho suave – vide. Cabe salientar que Paul Craig Roberts foi
subsecretário do Tesouro no governo Ronald Reagan e trabalhou no congresso
estadunidense.
Para fazer frente a situação o Presidente Trump tem se apoiado fortemente nas
Forças Armadas para enfrentar os desafios com os quais tem de lidar, tendo
demonstrado este ―apoio‖ em várias ocasiões, como demonstrado abaixo.
O jogador não tem ideologia, tem objetivos. O que passa disso é para
iniciantes e ingênuos. Não há latino-americanos jogando, eles são jogados.
Assim, os recentes movimentos na América Latina, e em outras partes do
mundo, tem na ideologia apenas uma bandeira para juvenis, os verdadeiros
jogadores não tem estes ímpetos universitários, eles têm objetivos estratégicos
globais, e só. Com estas análises precárias jamais os governos locais
conseguiram mudar o rumo dos acontecimentos, exceto se o jogador o fizer, o
que somente fará por interesse.
Qualquer analista de inteligência, ainda que use a melhor TAD, não poderá ter
assertivo na estimativa se não conhecer as ―regras‖ do jogo, as estratégias
envolvidas, o ―modus operandi‖ tradicional de cada jogador com suas crenças
e idiossincrasias, e por fim os objetivos reais que estão sendo buscados. Para
isso, além de conhecimentos específicos normalmente classificados e não
ensinados nas escolas de inteligência, ele precisará dominar em bom nível de
profundidade algumas áreas de conhecimento públicas, tais como: economia,
auditoria financeira, contabilidade, geopolítica, relações internacionais,
inteligência estratégica, psicologia, sociologia, história e geografia. Do
contrário, suas chances de êxito diminuirão sensivelmente.
Artigo 16
Logo, não faltam fontes confiáveis citadas onde tudo pode ser checado e o
leitor chegar à sua própria conclusão.
Aqueles que quiserem aprofundar seus estudos podem também ler as obras de
James Rickards, notadamente o livro ―A Grande Queda‖. Ele é autor de vários
best-sellers e consultor da Comunidade de Inteligência dos EUA e do
Departamento de Defesa.
Ray Dalio, fundador e co-chief investment officer da Bridgewater Associates
— o maior Fundo de Hedge do mundo, recentemente fez ponderações muito
interessantes sobre a questão da liquidez no sistema e a incapacidade dos
fundos de previdência honrarem as pensões e assistência médica, tendo dito
que: ―O mundo enlouqueceu e o sistema está quebrado‖ – vide.
Clientes formam filas para sacar seus depósitos no Banco Henan Yichuan –
foto WSJ
Portanto, a reformulação do Sistema Econômico e Financeiro mundial não é
algo que depende da ação de brasileiros. Nenhuma política governamental ou
iniciativa privada de brasileiros tem qualquer influência neste tema.
Artigo 17
Esta equação significa que o mesmo jogador que criou o problema agora
aguarda a reação ―prevista‖, que deverá ser de desespero, fazendo com que as
pessoas abram mão de suas garantias individuais (várias pesquisas após
eventos-teste mostraram que as pessoas abrem mão de garantias individuais
para restaurar a sensação de segurança e previsibilidade), para depois oferecer
a solução já previamente definida e que lhe convêm.
Observem os últimos anos e vejam se o roteiro percorrido não foi esse. Basta
agora o movimento final, o Xeque-mate. Ao longo dos artigos tenho mostrado
que ele já está maduro para ser implementado, o que agora é apenas uma
questão de ―time‖. O Xeque-mate não depende da ―esquerda‖, ela é apenas
um instrumento, mas será implementado pela elite econômico-financeira
internacional para completar o jogo nesta fase.
Na América Latina a ―joia de coroa‖ para eles é o Brasil. Tem trabalhado para
que o golpe seja rápido e letal. O ―silêncio‖ atual prenuncia a tempestade.
Observem o ―estado da arte‖ e verão que, da forma atual, o atual Governo
Brasileiro terá imensas dificuldades para lidar com este evento. Vários dos
países vizinhos podem fornecer ―bases‖ informais para uma força de guerrilha
e nossa fronteira é uma ―peneira‖ desguarnecida.
Percebam que o Governo Colombiano, com todo apoio dos EUA, num
território bem menor que o Brasil, foi incapaz de debelar as FARC, mesmo
depois de décadas de luta sangrenta com milhares de vítimas. Imaginem no
Brasil, com imensos vazios demográficos, lutando uma Guerra Assimétrica.
Ademais, lembrem-se que os EUA estarão travando a sua própria ―guerra‖ e
possivelmente, não poderá dar um suporte decisivo ao Brasil.