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telamentofo...
Na última aula fizemos uma revisão rápida da mecânica quântica.
Vimos que não podemos mais falar em trajetória de uma partícula, mas sim da função de onda da partícula,
que está associada à probabilidade de encontrar a partícula em determinada região. Assim, quando formos
tratar de átomos, não falaremos em sua trajetória, mas sim das regiões de maior probabilidade de encontrá-lo,
Iremos tratar do átomo de Schrodinger, pois o átomo de Bohr é incompleto (é semi-clássico) - possui uma
parte quântica, que prevê corretamente os níveis de energia, no entanto é clássico, diz que os elétrons possuem
orbitas, o que está errado. Além disso, precisamos do spins do elétron para poder prever corretamente sua
distribuição eletrônica.
De forma resumida, para tratar um problema de física quântica, é preciso resolver a equação de
Schrodinger, que no nosso caso, é independente do tempo. Isso porque para o átomo, o potencial independe do
tempo, ou seja, dizemos que é uma função estacionária - a parte temporal não influencia na probabilidade. Assim,
a parte espacial é dada por: operador energia ou operador Hamiltoniano, aplicada na função, retorna os
possíveis valores de energia do sistema e a função de onda correspondente. (No caso da partícula livre a
energia pode ser qualquer, mas quando ela é aprisionada, como uma onda na corda de violão, as frequências
Operador energia
Lembrando que um operador é algo que se aplica em uma função, mudando ela. Como é o caso da derivada,
que deve ser aplicada à esquerda de uma função, no caso a função de onda.
(1) Devemos encontrar as funções de onda possíveis {ψn}. Por se tratar de uma EDO, podemos ter
mais de uma solução e, portanto, podemos ter um conjunto de soluções, onde n é o número quântico
(solução 1, solução 2, solução 3,…). Por ser uma equação de autovalores, ψn são as autofunções de H;
fundamental, depois o primeiro estado excitado, segundo estado e assim por diante, cada um com uma energia.
O que vai diferenciar um sistema de outro (partícula livre, partícula no poço infinito, partícula sobre o
oscilador harmônico), precisamos analisar a energia total, que é descrito pelo operador Hamiltoniano:
>energia cinética
i =
k x
+
·energia potencial
Portanto:
2m
site
I
5 Vix
a
c hd
=
como
=
O correto é
:as “derivada
100
segunda” e não
Operador momento “derivada ao
quadrado”
i h 2d
=
+
VIx
2m dx ~
Lembrando que o operador energia potencial (V(x,t)) pode ser escrito
simplesmente como V(x,t) porque o x=x, ou seja, o operador x é a própria
1
Operador energia função x. Assim, todo mundo que é função de x, deixa de ser operador.
A diferença entre um sistema ou outro dependerá do que colocaremos no potencial V(x). Para a partícula
livre, V(X) 1 .
=
hidrogênio, teremos o potencial elétrico, VIX1=91.92.K p2 (carga do núcleo, multiplicado pela carga do
Em um gás monoatômico, cada molécula pode armazenar energia de 3 formas: translação, rotação e vibração.
Se queremos descrever a translação do centro de massa de uma molécula/átomo, temos o caso de uma partícula
resolvê-la. Assim encontramos as energia possíveis da partícula livre e as funções de onda possíveis.
>autovalores
>autofuniões
S
Partindo da equaças
de Schrodingus A. Y(x) E.T(x)
=
(equacar
de autovalores)
-
Dadoque:At
-h21
substituindo
Vix, na de
Schroding
=
eq.
e
h2.d.
Nex) E. P(x)
=
EDO de2:ordem e
Solução da EDO:
0
E
0 Filme e
ex su
GmE
ikx ik X
N(X)
-
m. e + ez. E tal K =
que:
>constantes 42
.: E -
1(espectro continuo, não quantizadol
Para saber se a solução da EDO é válida, basta substituir o valor de ψ(x) encontrado na equação da EDO de
2ª ordem.
Note que essa solução é uma combinação linear, é uma superposição de função de onda - como o caso do
gato vivo e morto ao mesmo tempo. Para o caso da partícula livre (na verdade seria melhor não chamar mais de
partícula, pois tem características de partícula e onda), essa superposição é formada por uma onda que se
propaga para a direita - pois o k tem haver com o momento da partícula -, e uma onda que se propaga para a
esquerda. Ou seja, a onda está se propagando para a direita e para a esquerda ao mesmo tempo - é uma onda
estacionária. E o peso de cada uma pode variar, ou seja, os parâmetros c1 e c2 podem variar. Se c2 for 0, por
Além disso, para o caso da partícula livre, a energia é contínua, ou seja, ela pode ser qualquer.
Veremos adiante que quando confinamos a partícula, como o caso do poço infinito, restringimos as frequência
possíveis e, consequentemente, as energias possíveis. E é a partir de certas condições, como por exemplo, o fato
da frequência zerar na parede, que nos dará os valores quantizados de energia possíveis.
1.4foffixfofte tratarif
Como falamos anteriormente, a molécula pode armazenar energia na forma de vibração. No caso de uma
molécula diatômica (formada por dois átomos), a ligação química pode ser modelada como se houvesse uma
mola entre elas. Aumentando mais a temperatura, seria como esticar e contrair com mais intensidade a mola.
As energias e funções de onda possíveis de vibração podem ser calculadas resolvendo a equação de
Schrodinger. Como não podemos mais falar na trajetória da partícula na mola, precisamos imaginar que a
mola tem uma energia potencial ( V(x) 4X 2 , onde k é a constante da mola) e substitui na equação de
=
Schrodinger. Mas antes disso, vejamos o funcionamento de um sistema massa-mola como vimos na física
clássica.
>Força restauradora
KE L
no -
-constante da mola
p -
A X A
-
mola. Na fórmula da força, k é a constante da mola e x é a posição da partícula em um instante qualquer. O sinal
Força restauradora: A força sempre tende a voltar para o centro. Pensando em vetor, o sentido da flecha
fica sempre invertendo, apontando para o centro (da direita para esquerda ←). Ou seja, no momento em que
a mola está se esticando, ela está sofrendo uma força contrária, apontando para o centro, de forma que irá
fazê-la parar (na posição A). Uma vez que ela passa a posição 0, a mola passa a se contrair. Nesse momento,
a direção da força se inverte novamente, também apontando para o centro (da esquerda para direita →). O
sinal de menos na fórmula modela essa situação, isso porque quando x é positivo, a força aponta para o
sentido negativo (←). E quando o x é negativo, a força aponta para o sentido positivo (→). Lembrando que o
Essa fórmula da força pode ser aplicada a qualquer sistema onde a força é proporcional a x (deslocamento)
-
dV(x) “Força é igual a menos o gradiente do potencial” e, portanto,
relação a x.
V(x) kx
Energia potencial sistema mola
=
no massa
Perceba que se temos o potencial, podemos obter a força e vice-versa. Nas leis de Newton, utilizamos a força
para calcular a posição da partícula. Para o caso da equação de Schrodinger, precisamos do potencial, porém
elas são equivalentes. Quando especificamos um potencial, estamos especificando uma força que está atuando no
sistema.
/Entre
A amplitude do movimento pode
dentro de um poço ou um
ele pêndulo oscilando. O
amplitudmovimento
De forma clássica, a energia total do sistema será: E kA2 . A energia total é dada pela soma da energia cinética
=
com a potencial. Nesse sistema, a energia cinética é máxima em x=0, até se tornar 0 em x= I A. De forma concomitante,
a energia potencial é máxima nas extremidades e nula em x=0. Assim, no momento em que x=+A, a energia total é dada
somente pela energia potencial. Como a energia potencial é dado por: E kx=
a energia depende da amplitude de oscilação (A). Na quântica veremos que ela depende unicamente da frequência.
exemplo
Vamos primeiro resolver este exercício classicamente, ou seja, precisamos encontrar a função horária das
posições x(t). Assim como na quântica partimos da equação de Schrodinger, na clássica partimos da equação de
Newton:
>aceleração
éa derivada da
=
2
Solucão
clássica: posição
F m.a =
- > kx M. dX
w
= dt
dt
if Gπ
=
W =
I linear (f) para a angular (w) é
au
T
if 1T
= m que, respectivamente, uma está
em ângulos e a outra, em
x(t) x(t)
AIt
Na esquerda temos que ø (fase - phi) é igual a zero (esquerdo) e na direita, ele é diferente de 0. A diferença
é que a função é deslocada. Seria, no instante t=0, o valor de x, ou seja, a amplitude no momento inicial.
Note que na física clássica a trajetória é bem definida. Assim, se temos a posição, podemos derivar uma vez
em função do tempo e encontrar a velocidade. Derivando uma segunda vez, achamos a aceleração. Ela dá toda
a informação necessária.
Notação:
instante de tempo -, e sua energia é contínua, variando em função da amplitude. Não há princípio da incerteza -
Solução quântica:
Pantindo da
eq. de Schrodinge:it. YIx) E.PxL
=
Mas temos F K c
V, onde k
c hd
=
que
+
= =
2m idX
Rx w=b-k
wm
E o sistema mana molarVIXI
para como
=
h2d +
mw" x Veremos adiante que encontraremos as energias em função
2m dx 2 da frequência. O valor de k está associado mais com a força.
aplicando na
equaças de
Schrodingen
-4 d2Y(x) mw? x? Y(x) E.Y(x) EDO coeficiente
=
com
+
2m dx 2 constante
não
Hermitte
Solução
EDO:
y(x)2
Polinômio de
e 2.
Hy(x1) massa-mola, mas sim para qualquer sistema oscilador, como o
autofunções pêndulo e moléculas diatômicas vibrando.
O módulo quadrado dessa função enorme, fornece a probabilidade de encontrar a partícula em determinada
posição.
·
n 0, 1,2,3,
=
. . .
· n
=
de a
·
y(x) x
=
⑳ t2 114
2 =
me -
pode ser escrito em termos de w
·
H(y(x)): polinômio de Hermitte
2
An(y) (-1).e.d". e
=
dxn
Obs:# F H (F:operada Hamiltoniano)
autovalores de H:En (n
=
xz)t.w;
=
n 0,1,2,3,...
=
energia quantizadal
. A é
Quando existe uma força qualquer aprisionando a partícula, a energia se torna quantizada, ou seja, ela deixa
de
frequência
Da energia do estado fundamental, concluímos que a energia no estado fundamental, ou seja, a energia
mínima (ou ainda chamado de energia de ponto zero) do oscilado não pode ser zero. Caso contrário, significaria
que o sistema está parado, assim poderíamos saber a posição, energia e momento da partícula ao mesmo tempo.
Isso está associado com o princípio de incerteza. Na partícula livre, E0 pode ser 0. Já quando está
confinada, a energia mínima não pode ser zero, precisa haver uma energia mínima.
gráfico do potencial
Fazendo uma comparação, no caso da física clássica, poderíamos colocar uma bolinha em qualquer altura do
poço. Já para a quântica, isso não é possível, a bolinha deve ser jogada a partir de alturas específicas.
Na física clássica, poderíamos colocar uma bolinha no vale do poço e ela poderia ficar ali parada. Já um
átomo vibrando em uma rede cristalina nunca vai poder estar parado. Por isso é impossível chegarmos na
temperatura do zero absoluto - temperatura está relacionada com o grau de agitação da partícula).
-(
-
A +
A
estwire"nain
>X
Eo tw,Yo(x)
=
·
funças
de anda associada
enugia
à do estado fundamental
2
En (1 =X)t.w,Y(x)
=
Ec (2 =42) hw;Y2(x)
=
Os diferentes níveis de excitação podem ser vistos como diferentes estados de vibração. Para irmos de um
estado excitado para o outro, precisamos fornecer energia, mas não é qualquer valor de energia, é preciso doar
Além disso, assim como o elétron é capaz de decair de um estado mais excitado, para um de menor energia,
aqui também é possível. Se o elétron perde energia, deve ocorrer a emissão de um fóton (luz). De forma geral, a
o do
=
->
E hc
=
Difuença de
energia ente das
nivers de excitacar
X
E assim como ocorre a liberação de fótons para ir a um estado menos excitado, é possível incidir fótons no
Quando o sistema emite luz, chamamos de espectro de emissão. No caso da espectroscopia, por exemplo, se
temos um gás excitado que começa a decair a energia, emitindo luz. A luz emitida pelo gás não é qualquer,
através da frequência do fóton detectado é possível estimar qual a molécula que contém no gás (ela é específica
para cada material - identidade da substância). Da mesma forma, podemos incidir luz. As luzes que são
Regra de seleção: além da energia se conservar, o momento também deve se conserva para o
sistema massa-mola (ou osciladores no geral). O fóton tem momento angular e para que ele se
conserve, não é qualquer energia que pode ser aplicada no sistema. Isto é, só é possível transitar em
linhas adjacentes no sistema. Isso significa que não é possível passarmos do nível E0 para o nível
E4, caso contrário o momento não se conservaria. Para chegar de E0 para E4 é necessário
percorrermos o caminho: E0 → E1 → E2 → E3 → E4
Lembrando, isso é apenas para o caso de osciladores! As vezes isso pode ser ignorado pelo
exercício.
/↑
A Teoria clássica
n0
=
* Teoria
quântica
>tende a no infinito
-X
-
A +
A
Para a física clássica, a partícula pode estar entre -A e +A. Nas extremidades a probabilidade é maior porque
a energia cinética e menor e, portanto, a velocidade é menor, ficando mais tempo nas pontas. Enquanto no
centro, é o momento de maior velocidade, e por isso ela passa menos tempo no centro. Assim, podemos pensar
da velocidade
Pc(X)<1 probabilidade propacional
-> A clássica e as inverso
Quanto maior a velocidade da partícula em determinado ponto, menor a probabilidade de encontrarmos ela
nessa região.
Já para a quântica, apesar de delimitarmos a oscilação entre -A e +A, a probabilidade se extende para além
disso. Isso significa que é possível encontrarmos a partícula no infinito, mesmo que a probabilidade seja baixa -
Além disso, pela função de onda, é possível encontrarmos a posição média e o momento médio:
*
=
(*.X.Y ps
=
(i4*..4
médio
Momento
Posicao
média
Lembrando que sempre falamos em estatística quântica. Não sabemos a posição, mas sim a média da posição
ou a média do momento.
(ii) primeiro estado excitado (Enl Assim como uma onda estacionária, quanto
↑ ↑
e
número de picos.
Note que agora o centro é a região de menor probabilidade. Ainda podendo ocorrer o tunelamento da
partícula. E não falamos para o estado fundamental, mas para n=0 → 0 nós (nenhum nó)
Tr
↑
1
↑
n 2
=
⑧ >X
-
A ↳no nó A
+
Sill para n
grande
~Tr
rinitionaranaens"
Aummm). Para n muito grandes, deixa de ser possível de
clássico.
,o
Pelo princípio de correspondência, para n muito grande, o sistema quântico vira o sistema clássico e,
Es Ez
> mola relaxada:
K
me
mosse M2
ser
b b
lo
W =?
XX
X1 X2
Em uma molécula diatômica, temos 2 átomos que sofrem uma interação entre si. Nós iremos modelar esse
sistema como dois corpos oscilando entre si, presos por uma mola de constante k. Além disso temos uma força
Neste exercício veremos como é possível utilizar as informações que desenvolvemos para um sistema
oscilador de um único corpo, para um sistema de 2 corpos. É possível transformar as 2 massas em um único
corpo.
Vimos que para um único corpo, w é calculado por: w km . Precisamos achar esse valor para 2 corpos.
=
Para o corpo 2 temos que: O quanto a mola está relaxada ou esticada depende de x1 e x2.
FC K.X,mas
=
xn
agora depende
dexx, patanto: Fc = -
k(xz -
k(xdd
mola relaxada não émais em x x
=
.. Fz = -
A força será 0 (mola relaxada) quando ∆x - lo = 0. A mola não fica relaxada em x=0, mas sim quando a
diferença de distância dá lo . Isso porque x1 e x2 é o tanto que a mola está comprimida ou esticada, em
relaxada, dada por lo . É meio confuso, mas o importante é entender que para a mola estar relaxada, a força
K(Xz-x- 10)
FC
Colocando em termos de um único X:
Uma vez que temos quanto vale a
Fz M2.d2X2
=
kX
=
=> dX =
-
KX
força no sistema, podemos
dt dt
2
me
substituir na Lei de Newton
Fr m.dX1
=
= KX
+
= dX1 +
=>
KX
2
(F=m.a), assim como fazemos
dt dt2 M1
para a quântica - substituímos o
= -
k
M2
1 +
M1
X
>massa reduzida
dX kx m. M
=
iu
=
2
dt e Me
m1+
o termo entre
parentes por X.
Note que o resultado final se assemelha muito com o caso clássico, pois temos uma única massa µ, cuja
k
w = e
O m e
Em qualquer caso onda temos moléculas diatômicas, precisamos achar a massa reduzida, que é transformar