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São Paulo
2017
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Sandra Regina Escridelli da Silveira
Orientadora:
Prof.ª Dra. Eunice Helena Sguizzardi Abascal
São Paulo
2017
S587c Silveira, Sandra Regina Escridelli da.
As cozinhas dos apartamentos urbanos da cidade de São Paulo de 2000
a 2015. Espaços mínimos e integrados / Sandra Regina Escridelli da
Silveira - 2017.
201 fl. : il. ; 30 cm
Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade
Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2017.
Bibliografia: f. 189 – 193.
À Thais Escridelli da Silveira, sempre a meu lado, que auxiliou na organização deste
trabalho.
RESUMO
Tabela 1 - Evolução das áreas úteis médias dos apartamentos por número de
dormitórios _______________________________________________________ 124
Tabela 2 - Tipos e áreas das cozinhas comparadas às normas de desempenho
aplicadas nas plantas apresentadas ___________________________________ 152
Tabela 3 - Número de moradores por apartamento ________________________ 164
Tabela 4 - Participação das respostas dos questionários por número de dormitórios
dos apartamentos envolvidos na pesquisa ______________________________ 164
Tabela 5 - Relação de ocupação profissional dos participantes_______________ 165
Tabela 6 - Número de pessoas que trabalham fora por unidade pesquisada ____ 166
Tabela 7 - Refeições realizadas fora de casa ____________________________ 166
Tabela 8 - Número de refeições feitas em casa por apartamento _____________ 167
Tabela 9 – Tipo de cozinha por zona de São Paulo _______________________ 168
Tabela 10 - Outros aspectos quanto a desvantagens de uso da cozinha integrada
________________________________________________________________ 172
Tabela 11 - Outras vantagens da cozinha fechada ________________________ 174
Tabela 12 - Tabela de proporção quanto a ruídos espalhados pela casa em relação
ao uso da cozinha integrada ou fechada ________________________________ 176
Tabela 13 - Tabela de proporção quanto a odores espalhados pela casa no uso de
cozinha integrada ou fechada ________________________________________ 176
Tabela 14 - Tabela de proporção de acidentes domésticos no uso de cozinha
integrada ou fechada _______________________________________________ 177
Tabela 15 - Tabela de proporção em relação à integração familiar no uso de cozinha
integrada ou fechada _______________________________________________ 177
LISTA DE GRÁFICOS
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 19
MATERIAIS E MÉTODOS DE ANÁLISE ............................................................................ 21
CAPÍTULO I - A COZINHA MODERNA E CONTEMPORÃNEA ......................................... 26
1.1 A ideia da cozinha racional...................................................................................... 29
INTRODUÇÃO
1
EMBRAESP – Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio S/C Ltda.
2
SECOVI – Sindicato de Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais de São Paulo.
21
Para tanto, foi elaborado um questionário (Anexo 3) com o apoio da Prof.ª Ms.
Raquel Cymrot, estatística e docente da EEM, Escola de Engenharia Mackenzie. O
mesmo foi cadastrado na Plataforma Brasil e submetido ao Comitê de ética da UPM,
por se tratar de pesquisa que tem o envolvimento de seres humanos, e aplicado a
moradores de apartamentos já habitados e que contêm cozinhas com espacialidade
integradas e com espaços reduzidos.
A amostragem foi feita por meio de visita direta a condomínios selecionados; logo,
de natureza não probabilística, uma vez que, em geral, foi possível aplicar os
questionários a moradores de edifícios por meio de contato prévio com síndico ou
morador do edifício.
Dessa maneira, foram disponibilizados 414 questionários e obtidos 201 retornos com
respostas para tabulação e consolidação de dados. Vale ressaltar que o fato de
cada morador poder se recusar a participar da pesquisa tornou a amostragem
probabilística inviável, e assim foi prevista, primeiramente, a realização de uma
análise descritiva de dados, seguida de construção de intervalos de 95% de
confiança para proporções e médias e da realização de testes de hipótese para
diferença de proporções em dois grupos de interesse, teste de independência
Quiquadrado ou Exato de Fisher para pares de varáveis, entre outros.
Esta análise foi realizada com o auxílio do programa estatístico Minitab, disponível
na Escola de Engenharia da UPM.
CAPÍTULO I
Figura 2 - A imagem da esquerda mostra uma cozinha tradicional com todos os movimentos necessários
para a tarefa doméstica, na imagem da direita a simplificação dos movimentos através de um estudo de
eficiência
Fonte: FREDERICK, 1921, p. 22-23; https://histarq.files.wordpress.com.jpg Acessado em: 16/01/2016.
janela para receber luz e outros dispositivos, como gavetas para temperos à frente
do fogão, para facilitar o processo de preparo dos alimentos (ver Figuras 3, 4, 5).
É importante ressaltar que a mecanização não era privilégio de todos. Até que a
indústria de produção de equipamentos alcançasse o público em geral, a cozinha
racional se caracterizou como um fenômeno urbano e que afetou as classes mais
favorecidas, em que a dona de casa tinha a ajuda da empregada doméstica, um
remanescente de uma sociedade escravagista e de costumes patriarcais.
Após o desenvolvimento de hidrelétricas, das indústrias do aço e de bens duráveis,
no pós-guerra a produção do equipamento doméstico ocorre em larga escala e se
vulgariza, segundo Naclério Homem (2015): os liquidificadores e batedeiras
eletrificados vieram poupar a mão de obra da dona de casa e de sua cozinheira, que
frequentavam escolas de culinária a fim de compreender o uso desses
equipamentos na casa das patroas (OLIVEIRA, 2013).
Analisando a proposta do espaço para uma cozinha racional brasileira, suas
dimensões generosas atestam o quanto seu projeto deve a uma concepção cultural
do morar pautada na moradia unifamiliar de espaços avantajados, um
remanescente, pode-se dizer, dos sobrados urbanos brasileiros e de residências
unifamiliares, casarões e palacetes paulistanos (NACLÉRIO HOMEM, 2015).
36
1 – Geladeira
2 – Despensa
3 – Mesa de serviço com armário inferior
4 - Pia
5 - Despejo
6 – Fogão
7 – Armários para louça de uso diário
8 – Armários e depósito
9 e 10 – Banco e mesa para refeições rápidas e de empregados.
37
No período dos anos 1930, São Paulo é o maior parque industrial da América Latina,
palco de grandes transformações sociais marcadas por greves do operariado e
revoluções como as de 1930. Em 1934, a Constituição dá direito de voto às
mulheres e também direito de frequentar a universidade e escolas feministas, para o
aprendizado das artes de cozinhar, lavar e passar, possibilitando a elas ampliação
de seu espaço no mundo moderno.
Na década de 1940, o grupo Brasmotor, uma indústria mecânica paulista, já se
aventurava no mercado de eletrodomésticos utilizando tecnologia importada e
fabricava aqui os gabinetes de eletrodomésticos inspirados no design norte-
americano. Com a conhecida marca Brastemp, estabelece parceria com o grupo
americano Whirlpool para fornecer tecnologia das unidades de refrigeração e, em
1954, lança sua primeira geladeira elétrica – a Brastemp Super Luxo – que deu
sequência aos refrigeradores Príncipe, Conquistador e Imperador, este indicado na
Figura 7.
39
Refrigeradores Clímax em
exposição na loja Isnard, em
1952. Nota-se o desenho da
maçaneta idêntico aos
refrigeradores norte-americanos
da marca Coldspot.
No caso dos fogões, destacamos uma das primeiras empresas nacionais a produzir
fogões domésticos a carvão, a Dako, fundada em 1935, como indicado na Figura 14.
Outras empresas nacionais também se destacam na fabricação de fogões, como a
Walig, Semer e a Fundição Brasil, que iniciaram a fabricação de fogões domésticos
após a Segunda Guerra Mundial, como é possível observar na Figura 15.
Com a produção do gás GLP pela Petrobrás, na década de 1950, o fogão a gás
alcança os lares brasileiros em substituição aos fogões a lenha e a carvão. A
energia elétrica se espalhava também rapidamente pelos lares urbanos e um dos
maiores confortos oferecidos pela eletricidade era a refrigeração de alimentos.
Ancorada pelo desenvolvimento industrial brasileiro, a modernização despertou o
desejo e possibilitou o acesso a uma variedade de bens de consumo. Durante o
governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), a criação do Plano de Metas, que
tinha como lema “50 anos em 5”, favoreceu o desdobramento de vários setores
46
A entrada dos eletroportáteis na casa brasileira já ocorria nos anos 1940 através da
Hanover, empresa norte-americana, mas alguns fabricantes nacionais, como Walita,
Arno e a empresa Real, iniciam a produção de muitos eletroportáteis que têm
aceitação no mercado doméstico.
As formas aerodinâmicas são presentes em muitos desses produtos e há elementos
formais derivados do Art Déco, exemplificados em tampas e bases de
liquidificadores, como é possível observar nas Figuras 16 e 17:
47
Segundo Naclério Homem (2015, p. 114), é “importante frisar que a feira também
mostrava as últimas novidades mesmo antes de ser lançada a venda ao
consumidor”. Em 1963, o lançamento de lava-louças, fogões com mais de quatro
bocas, materiais de revestimentos para armários de caráter mais fácil na limpeza,
como a fórmica, formas refratárias e grills que podiam ser apresentados diretamente
à mesa, mostravam o caráter da cozinha funcional para designar a cozinha
compacta, completa e fácil de ser utilizada pela dona de casa. O equipamento
integrou-se à cozinha racional, constituindo a cozinha moderna que revela vínculos
com a ciência, além de se encontrar totalmente apoiada na tecnologia e no projeto,
realizado tanto na indústria quanto no particular. “Ao mesmo tempo, contida em um
espaço menor, ela pôde atender aos interesses da indústria da construção civil”
(NACLÉRIO HOMEM, 2015, p. 111).
italiana, licenciada pela BOFFI CUCINE, com a colaboração do designer Ugo Boffi,
conforme Figura 21, totalmente de madeira e laminada, seguindo essa mesma linha
de trabalho até hoje.
Outros arquitetos, como Ana Maria Vieira Santos, Roberto Migotto e Brunete
Fraccaroli, adeptos da cozinha tipo “laboratório”, insistem que a limpeza do espaço é
fundamental, portanto o uso de armários com portas de vidro, revestimentos claros e
aparelhos embutidos é importante e orientam na escolha de materiais e sobre como
deve ser um projeto de uma cozinha funcional, conforme texto de Isabel Ignaccarini,
na Revista Casa e Jardim de abril de 1997, p.122:
Figura 34 - Fogão com forno duplo Brastemp Figura 35 - Cooktop, linha Gourmand
Fonte: www.Brastemp.com.br/ linha Gourmand / Acessado em: 29/03/2016
CAPÍTULO II
A consulta a várias fontes sobre a habitação vertical na cidade de São Paulo, seu
início e transformações ao longo do século XX até a contemporaneidade, dá
embasamento à compreensão e definição de características sobre a evolução das
áreas das cozinhas nos apartamentos urbanos dessa cidade, objetivo deste
segundo capítulo. Trata-se de compreender essa evolução, no âmbito do tema da
verticalização, em meio à produção dos edifícios vinculada ao processo de
incorporação imobiliária. Pesquisas publicadas em artigos pelo Nomads - Núcleo de
Estudos sobre Habitação e Modos de Vida, da Universidade de São Paulo, são
destaque para leituras, análises sobre a verticalização em São Paulo e o surgimento
da incorporação imobiliária como processo de produção e comercialização que
alterou a forma de produção de edifícios residenciais para a classe média,
consumidora de apartamentos de aluguel, situação de rentismo que perdurou até o
ano de 1942, quando da chamada Lei do Inquilinato.
Segundo Tramontano e Villa (2000, p. 4), "o aluguel deixa de ser uma atividade
rentável aos investidores e inicia-se um período de produção para venda alterando a
forma de fabricar edifícios” no período de 1947 a 1964, e esse tipo de
empreendimento ganha força com o apoio do Banco Nacional Imobiliário e da
Companhia Nacional de Investimentos, que realizam em São Paulo vários tipos de
condomínios, encomendados a arquitetos conhecidos, como, por exemplo, o Edifício
Copan, no início dos anos 1950, por Oscar Niemeyer.
Para suprir a carência de habitação, o apartamento veio solucionar o problema de
moradia da classe média e atender suas necessidades programáticas, aportando
dois ou três quartos, sala cozinha e banheiro. Pouco depois, as classes mais ricas
da cidade se interessariam também por esse tipo de moradia, que foi então
reproduzida em bairros próximos da área central, em loteamentos no bairro de
Higienópolis, por exemplo.
Até a metade do século XX, o programa arquitetônico dos apartamentos desenha a
cozinha nas áreas de serviço, sem contato algum com a área social, mas nos
apartamentos tipo quitinete ela torna-se compacta, despojada e símbolo de uma
produção de eletrodomésticos especialmente criados para esse tipo de moradia.
O espaço da cozinha caminha com a indústria de eletrodomésticos que se expandia
no país e a arquitetura moderna encontra nela o espaço necessário para a proposta
77
Figura 41 - Plantas de casas geminadas em lotes estreitos, 1896. Projeto dos arquitetos Milanese e Marzo,
esquina da Rua Abranches com a Rua Fortunato, cidade de São Paulo
Fonte: LEMOS, 1978, p. 144.
O grande alvo das autoridades foi a péssima condição das cidades: epidemias,
como a de febre amarela em 1893, levaram o poder público a medicalizar sua
atuação.
Ao contrário dos Estados Unidos e da Europa, onde os engenheiros e arquitetos
estavam no primeiro plano nas discussões acerca da arquitetura, no caso brasileiro,
as autoridades médicas tiveram um papel de destaque, apoiadas pelas autoridades
públicas. Num contexto de epidemias e necessidade de limpeza e organização da
cidade, as antigas moradias – e o espaço da cozinha em particular – despertaram a
atenção, e as autoridades médicas e o governo interviram no espaço doméstico por
meio de leis. A Lei Municipal nº 375, de 1898, em seu artigo 28, definia que as
habitações operárias “com mais de um repartimento, cozinha, esgoto, deveriam
observar as prescrições de higiene e asseio, dos regulamentos sanitários”. A Lei
Municipal nº 498, de 14 de dezembro de 1900, estabeleceu prescrições para a
construção de casas de habitação operária, pois deveria ser estabelecido o mínimo
de higiene.
Nas moradias mais simples o que imperava era a precariedade do espaço da
cozinha, exíguo, mal iluminado e mal equipado, segregado nos fundos do espaço da
casa.
Apenas nos palacetes eram respeitadas todas as exigências dos códigos de
posturas e sanitário (superfície ladrilhada, impermeabilização das paredes, etc.).
“Entretanto, muitas vezes o fogão a gás estava localizado na copa e servia apenas
para aquecer as refeições vindas da cozinha em direção à sala de jantar” (ROLNIK,
1999, p. 133).
Com a colaboração de arquitetos e empreiteiros italianos e de outras
nacionalidades, fazendeiros abastados construíam seus palacetes e estabeleciam
grande contraste com as casas de tradição regional advindas da tradicional casa
portuguesa (BRUNO, 1991).
Em seu projeto, esses palacetes contam com uma divisão de três setores: repouso,
estar e serviços, separados entre si por um hall ou vestíbulo, aos moldes dos
apartamentos parisienses, divisão denominada tripartite e utilizada até os dias de
hoje em nossa moradia. Na Figura 42, as plantas de implantação do palacete da
condessa de Parnaíba, de 1891, de autoria do arquiteto Ramos de Azevedo,
demonstram exatamente essa divisão.
82
Logo após o período de euforia que esse tipo de ajuda financeira governamental
ocasionou, seguiram-se investimentos voltados para as raízes de natureza
imobiliária, vistos com bons olhos pelos investidores rentistas.
Neste crescimento pautado pela construção imobiliária, surgem as fábricas de
cimento. Em 1926 é instalada a indústria de cimento em Perus, que se tornou de
fato um distrito do município de São Paulo em 1934, e a indústria de aço,
favorecendo a produção de edificações na cidade. Nesse momento, a locação de
habitações é a saída para suprir a demanda do crescimento da população da
cidade, o que acaba se revelando um negócio bastante rentável.
De acordo com Souza (1994, p. 87), “o imóvel era um negócio certo e o aluguel do
imóvel era a forma corrente de obtenção de renda”, e que era reinvestido, ou seja,
compravam-se novos lotes e construíam-se novas casas de aluguel.
Com essa forma de renda muitos imigrantes viram a solução para suas pequenas
poupanças, assim como a classe média, que confiava no setor imobiliário como a
forma de poupar, já que não tinha a possibilidade de participar do mercado
agroexportador e industrial. Essa mesma classe média se organizava na produção e
financiamento da construção de habitações, como vilas e casas, desde a compra do
terreno até a encomenda da construção a uma empreiteira, ocasionando um negócio
seguro com remuneração certa, gerando uma produção rentista até a década de
1940.
3
O encilhamento foi uma medida tomada no Brasil no final da Monarquia e início da República, com a intenção
de promover a industrialização e as atividades econômicas, facilitando créditos a industriais e emissão de
moeda. As consequências ao longo de sua atuação foram um mercado altamente inflacionário e especulação
desenfreada.
85
Figura 45 – Pavimento-tipo do Edifício João Alfredo, projetado com lavanderia coletiva no térreo
Fonte: Revista Acrópole, set. 1942, p. 174
89
Outro exemplo, o Edifício Esther, projetado pelo arquiteto Vital Brasil em 1936 e
finalizado em 1938, situado na Praça da República, número 60, onde foram
projetadas unidades habitacionais com programa familiar completas ou para
solteiros, com 1 ou 2 dormitórios no mesmo andar, e unidades comerciais de
aluguel em outros andares. Esse edifício possui sete tipologias de moradia e 11
andares, sendo três deles destinados a comércio e serviços, com espaço projetado
para um restaurante e garagem em seu subsolo, como é possível observar no corte
esquemático, na Figura 46.
Figura 46 - Corte esquemático Edifício Esther com a disposição de seus tipos de apartamentos
Fonte: Revista Projeto nº 31/ julho de 1981 - arquiteto Luiz Carlos Dahier
4
3 2 2 4
3 v
1
4
2 3
4 2 2
3 3
1 1 1
1 1
2
3
2
3
2
Figura 53 - Detalhe entrada serviço do 9º andar, Edifício Esther
Fonte: A autora.
Figura 57 - Planta da cozinha do Edifício Prudência, após reforma de 2002, pelo escritório Andrade
2
Moretin, com uma área total de 35,05 m
Fonte: Desenho produzido pela autora com base em detalhes do site do escritório Andrade Moretin.
97
O mercado imobiliário era, desde o início do século XX, um dos principais vetores de
investimento econômico de São Paulo, mas sua reestruturação foi efetiva a partir da
década de 1940.
Do ponto de vista do setor residencial, a promulgação da Lei do Inquilinato em 1942
e a criação de um sistema de crédito possibilitaram o surgimento de um mercado de
compra e venda de imóveis que suplantou o mercado rentista, até então
preponderante, com consequências diversas para cada uma das camadas da
sociedade. Para as classes de menor poder aquisitivo, cujas possibilidades de
participação nos programas de financiamento eram quase nulas, as mudanças
foram fatais. Pressionados pelos proprietários, constrangidos pelo aumento do
aluguel e premidos pela insegurança da condição de inquilinos, os trabalhadores
deixaram seus imóveis de locação por cortiços e favelas na região central ou
moradias autoconstruídas nas periferias, que se expandiram consideravelmente.
Para a elite seus efeitos foram mínimos, mas para as classes médias os edifícios
verticais se tornariam ao longo dos anos a principal alternativa de moradia, com
tipologias variadas em função da maior ou menor capacidade de endividamento.
Se para aqueles com maior poder aquisitivo a área não se configurava como uma
variável tão decisiva quanto a localização do empreendimento (escolhida em função
da exclusividade do uso residencial), ao menos do ponto de vista econômico, para
os remediados ela era um fator essencial.
Devido ao desejo de permanecer nas áreas centrais da cidade, seja pela inserção
social e simbólica que ela possibilitava, seja pela proximidade dos espaços de
trabalho, serviço, comércio e lazer e daqueles providos de infraestrutura urbana, a
camada da sociedade de menor poder aquisitivo passou a morar em apartamentos
com áreas cada vez mais reduzidas. Daí a preponderância entre os investimentos
dos anos 1940 aos anos 1950 nos apartamentos quitinetes, espaços multifuncionais
com áreas que variavam entre 25 m² e 40 m², segundo Silva (2013).
A origem da nova tipologia estava vinculada aos processos de metropolização e
modernização e também ao surgimento de novos atores em uma nova sociedade
urbana. Evidenciando a intenção de um Modernismo, o cenário urbano da cidade de
São Paulo a partir dos anos 1940 traz um conceito utilitário da casa que absorve o
estilo americano de modernidade e costumes.
98
Na casa, vai se afirmando uma vivência igualmente mais simples e integrada que
possibilitava a agregação da sala de jantar à de estar, a eliminação de ambientes
como os salões de visita, as salas de fumar, de jogos, de brinquedos, de costura, o
gabinete, o quarto de empregada e a lavanderia, e a diminuição da cozinha e áreas
de serviço.
Consolidando a verticalização das áreas centrais da cidade, o apartamento do tipo
quitinete é um dos vetores de crescimento da cidade, sendo resultado de uma
operação aritmética cujo objetivo principal era estabelecer a melhor equação entre
preço da terra, tecnologia, legislação urbanística e desenho arquitetônico, com vistas
ao aproveitamento do solo urbano por meio da multiplicação de unidades
habitacionais.
99
A reportagem mostra uma solução projetual, elaborada pelo arquiteto Franz Heep,
para solucionar o espaço reduzido para implantação da pia, fogão elétrico e
geladeira de “4 pés” em apartamento quitinete.
As prateleiras de granilite completavam o espaço para guardar objetos da cozinha e
embaixo da bancada, uma geladeira, acompanhada de um compressor para seu
funcionamento, era acondicionada com fechamento de portas venezianas.
O conjunto de equipamentos, bancada com pia, fogão elétrico de duas chamas e
geladeira, formava o conjunto que recebe o nome de “kitchinette”. Situado na
entrada do apartamento, era ventilado por caixilho basculante em cima da porta de
entrada (Revista Acrópole, jan.1957).
104
Projeto de David
Libesking, 1961
1 – Hall de entrada;
2 – Hall de serviço;
3 – Vestíbulo;
4 – Living;
5 – Sala de jantar;
6 – Varanda;
7 – Dormitórios;
8 – Banheiros;
9 – Hall íntimo;
10 – Copa/cozinha, em
destaque;
11 – Dormitório de
empregada;
12 – Área de serviço.
O espaço da cozinha, que continua a ser definido como copa/cozinha com local para
refeições diárias da família, próxima à área de trabalho da mesma, é alvo de
investimentos pelas empresas de projetos de cozinhas planejadas com toda a gama
de produtos oferecidos pelo mercado da decoração e pela propaganda que difundia
as possibilidades de uma cozinha organizada como referenciado no capítulo I.
As áreas de serviço e dormitório de empregada constituem uma área de dimensões
parecidas com a área de um apartamento popular.
A mudança significativa na distribuição interna dos apartamentos de padrão médio e
popular desse período se deu com a introdução do aparelho de TV, que se torna o
móvel mais importante das salas de visitas, antes isoladas, passando a ser o centro
de lazer e convivência doméstico.
Na ação programática da arquitetura, na maioria desses apartamentos, a sala torna-
se o centro distribuidor das circulações internas, unindo-se à sala de jantar,
garantindo a privacidade dos ambientes íntimos.
A cozinha torna-se mais próxima da sala, desaparece a copa, mas ainda mantém
vínculo direto com o setor de serviços, dormitório e banheiro de empregada. Sua
entrada ainda é separada da entrada social dos apartamentos (ver destaque na
Figura 64).
Segundo Tramontano (2006), a utilização de áreas reduzidas a partir da década de
1960 em apartamentos de dois e três dormitórios propõe que muitas atividades
domésticas sejam realizadas em cômodos de apenas uma função. As cozinhas
ficaram muito menores e, muitas vezes, foram limitadas a apenas uma parede
equipada estruturalmente para receber o fogão, a geladeira e a bancada de pia,
transformando-se em um corredor que liga o hall de entrada do apartamento à área
de serviço do mesmo.
107
Figura 64 - Projeto de Eduardo Knesse de Mello, de 1961, Rua Iguatemi, São Paulo
Fonte: Banco de dados Nomads - USP, apud Anitelli, 2010,p. 159.
108
2
Figura 65 - Apartamento de 74 m , de 1979, situado à R. Pedralia, 93, São Paulo (SP)
Fonte: Catálogo de Condomínios do 123i, www.123i.com.br/ Acessado em: 11/11/2016
110
Figura
. 66 - Anúncio Publicitário - Edifício Maison de Clermond Ferrand - Veplan
Incorporadora, bairro Ibirapuera - São Paulo
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, 3 de agosto de 1975, p. 30.
111
Figura 67 - Anúncio publicitário Edifício Cap D’antibes, PBK Empreendimentos Imobiliários, Brooklin,
São Paulo
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 3 de abril de 1975, p. 11
112
Figura 68 - Destaque da planta do apartamento no anúncio publicitário Edifício Cap D’antibes, PBK
Empreendimentos Imobiliários, Brooklin, São Paulo
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 3 de abril de 1975, p. 11
113
Figura 69 - Anúncio publicitário. Planta assinada pelo arquiteto Israel Rewin, Edifício Maison D’amandy
Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, 26 de outubro de 1986, p. 6.
Figura 71 - Anúncio das duas tipologias, para alto padrão e médio padrão
Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, 26 de outubro de 1986, p. 1
Figura 72 - Destaque de apartamento alto padrão década de 1980, com cozinha e copa definidas
espacialmente em planta
Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, 26 de outubro de 1986, p. 1
117
Figura 73 - Destaque de apartamento menor padrão da década de 1980, com cozinha definida em espaço
reduzido e espaço para uma pequena mesa para refeições rápidas
Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, 26 de outubro de 1986, pag. 1
118
Tabela 1 - Evolução das áreas úteis médias dos apartamentos por número de dormitórios
Fonte: Tabela realizada a partir de dados da Embraesp. Relatórios Anuais. São Paulo, 2011. Apud Villa, 2008 e
Moraes, 2013.
Figura 77- Planta baixa com proposta formal e proposta de cozinha integrada e a sala de estar ampliada
Fonte: Incorporadora “A”, banco de dados.
2
Figura 78 - Planta com áreas dos ambientes total 66 m , condomínio Vergê, projeto de 2007
Fonte: Incorporadora ”A”, banco de dados.
.
128
Figura 79 - Plantas-tipo do Edifício The Year Edition, Alto da Lapa, São Paulo (SP)
Fonte: Incorpporadora “A”, banco de dados, 2016.
129
Figura 80 – Planta-tipo do Edifício Thera Faria Lima, Pinheiros, São Paulo (SP)
Fonte:Incorporadora “A”, banco de dados, 2016.
130
Figura 86 - Opções de planejamento nas elevações de parede das cozinhas tipo corredor ou integrada
Fonte: Arquiteta Pauline Duailibe (fevereiro de 2016)
Atributos como a água quente na pia e o ponto de exaustão para coifa, que é um
eletrodoméstico imprescindível na cozinha integrada, não são fornecidos na maior
parte dos empreendimentos oferecidos, mesmo sendo a única opção de cozinha a
integrada. Os melhores depuradores não resolvem o problema dos cheiros e odores
espalhados pela casa.
A arquiteta observa também a questão dos pontos de elétrica, pois hoje, com a
gama de eletrodomésticos a preços acessíveis de compra, o consumidor prefere os
fogões de embutir ou cooktop. O forno de embutir de parede, em geral, possui
alimentação elétrica de 220 volts, sendo necessário um ponto específico no quadro
para sua instalação. Porém, atualmente os projetos das cozinhas não possuem essa
estrutura elétrica. A lava-louça também é polêmica, pois hoje há empresas que
entregam projetos com o ponto de lava-louças e outras não, e o cliente precisa fazer
reforma para adequar a arquitetura a todo tipo de eletrodoméstico necessário para a
cozinha ser funcional à sua família.
Em uma avaliação de pós-ocupação feita pela Incorporadora “A” em um de seus
empreendimentos, no ano de 2015, 42 usuários responderam a uma pesquisa sobre
139
De acordo com a arquiteta de interiores Juliana Faria, que atua com projetos de
interiores para estandes de vendas na Incorporadora “A”, na cidade de São Paulo, a
facilidade de compra de eletrodomésticos, como um kit cozinha, simplifica para o
consumidor montar esse espaço, suprindo assim uma ordem hierárquica de
necessidades onde esse ambiente deve ser o primeiro a ser executado para a
família ocupar a casa.
A quantidade de eletrodomésticos e utensílios, de desenho e material cada vez mais
tecnológicos, convida à sua exposição quase como objetos de decoração. Se a
cozinha não vai para a sala, a sala vai para a cozinha, com prateleiras e exposição
de peças e utensílios.
As cozinhas planejadas são produzidas em grande escala e necessitam de um
espaço arquitetônico capaz de atender a essa demanda do morador
contemporâneo, determinando a multiplicidade de profissionais envolvidos e sua
adequação ao consumidor do século XXI.
Os espaços reduzidos impõem aos planejadores de cozinhas um grande desafio:
dispor os eletrodomésticos principais de forma funcional para a atividade-fim e
prever espaços para todos os itens desejados pelo usuário em armários, embutidos
ou não, de forma estética e funcional.
CAPÍTULO III
ANÁLISES DE AMOSTRAGEM
E
ANÁLISE DE QUESTIONÁRIOS APLICADOS
143
Este capítulo se divide em duas partes: a primeira traz uma análise de amostragem
de plantas de apartamentos onde serão estudadas as cozinhas lineares, do tipo
corredor, fechadas ou integradas, presentes nos apartamentos urbanos lançados
pelo mercado imobiliário no período de 2000 a 2015 na cidade de São Paulo, nas
tipologias de dois e três dormitórios, quanto ao Código de Obras e Edificações do
Município de São Paulo e às Normas de Desempenho, segundo a ABNT, a NBR
15575.
Ressalta-se que não é objetivo desta análise propor soluções projetuais para
apartamentos de dois e três dormitórios. Visa-se apenas verificar as características
arquitetônicas e a organização do espaço da cozinha residencial em apartamentos
contemporâneos, a partir do desenho da planta com espaços integrados à área de
estar, e o desenho da cozinha com áreas reduzidas, observando-se como essa
realidade é equacionada pelos produtores imobiliários da cidade de São Paulo em
relação à exigência da legislação e a espacialidade oferecida ao usuário final. Cabe
mencionar que apenas uma Incorporadora foi coadjuvante na análise de plantas
dos projetos arquitetônicos de apartamentos de dois e três dormitórios no período
estudado, e é mencionada como Incorporadora “A”. Outras incorporadoras foram
contatadas, mas não tiveram interesse na disponibilidade de material para a análise.
A segunda parte apresenta a análise dos resultados de um questionário aplicado a
moradores de apartamentos paulistanos lançados no período de 2000 a 2015, na
cidade de São Paulo, por meio do qual foram coletados dados sobre as razões da
escolha do tipo de cozinha, vantagens e desvantagens da tipologia cozinha aberta
ou fechada, além de hábitos, usos e costumes na utilização desse espaço
doméstico. Busca-se compreender como se dá a adesão ou não do usuário a esse
espaço, em termos de comportamento, e como a especificidade dessas cozinhas
demanda a aquisição de eletrodomésticos e eletroportáteis, que possibilitam o uso
de forma a atender o apelo de modernidade implícito, o que leva a uma inter-relação
entre arquitetura e design.
144
Figura 89 - Edifício Perdizes Project - entregue em maio de 2000. Tipologia dois dormitórios. Localização: R. Coronel Melo de Oliveira, 427, Perdizes - São Paulo (SP)
Área total: 87 m²; Área da cozinha : 8,20 m2; Circulação: 0,91 m; Mobiliário: bancada de pia com armários, fogão e geladeira e pequena bancada para refeições
Figura 90 - Edifício Reserva Villa Lobos - entregue em setembro de 2002. Tipologia dois dormitórios. Localização: Av. Diógenes Ribeiro de Lima, 299, Alto da Lapa - São Paulo (SP)
Área total: 92 m2; Área da cozinha: 7,73 m2; Circulação: 0,62 m a 0,80 m; Mobiliário: bancada de pia com armários, fogão e geladeira e pequena bancada para refeições
146
Figura 91 - Imóvel Ventana Morumbi 2004 - entregue em julho de 2004. Tipologia três dormitórios. Localização: R. Helena Pereira de Moraes, 415, Morumbi - São Paulo (SP)
Área total: 113 m²; Área da cozinha: 10,00 m2; Circulação: 1,09 m; Mobiliário: bancada de pia, com armários, fogão e geladeira e pequena bancada para refeições 4 lugares
Figura 92 - Imóvel Higienópolis - entregue em dezembro de 2005. Tipologia três dormitórios. Localização: R. Emílio de Menezes, 55, Higienópolis - São Paulo (SP)
Área total: 198 m²; Área da cozinha: 14,32 m2; Circulação: 1,38 m; Mobiliário: bancada de pia com armários, fogão e geladeira, mesa para 4 lugares e despensa
147
Figura 93 - Condomínio Varanda Pompéia 2007 - entregue em novembro de 2007. Tipologia dois dormitórios. Localização: R. Joaquim Ferreira, 55, São Paulo (SP)
Área total: 67 m²; Área da cozinha: 4,27 m2; Circulação: 0,83 m a 0,97 m; Mobiliário: bancada de pia, com armários, fogão e geladeira
Figura 94 - Condomínio Varanda Pompéia 2007 - entregue em novembro de 2007. Tipologia três dormitórios. Localização: R. Joaquim Ferreira, 55, São Paulo (SP)
Área total: 81 m2; Área da cozinha: 5,95 m2; Circulação: 0,72 m. Mobiliário: bancada de pia de 2,00 m, com armários, fogão e geladeira
148
Figura 95 - Imóvel Varanda Expressions - entregue em dezembro de 2007, Tipologia dois dormitórios com opção de cozinha fechada. Localização: R. Galvão Bueno, 143, Barra Funda, São Paulo
(SP). Área total: 67 m2; Área da cozinha: 4,24 m²; Circulação: 0,90 m; Mobiliário mínimo na opção fechada: fogão, geladeira, bancada de pia; na opção aberta há possibilidade de balcão para refeições
integrando a sala de estar
Figura 96 - Imóvel Varanda Expressions - entregue em dezembro de 2007. Tipologia dois dormitórios com opção de cozinha aberta. Localização: R. Galvão Bueno, 143, Barra Funda, São Paulo
(SP). Área total: 67 m2; Área da cozinha: 4,24 m²; Circulação: 0,90 m; Mobiliário mínimo na opção fechada: fogão, geladeira, bancada de pia; na opção aberta há possibilidade de balcão para refeições
integrando a sala de estar
149
Figura 97 - Imóvel Domna Pompéia - entregue em junho de 2008. Tipologia dois dormitórios e cozinha fechada. Localização: R. Dr. Augusto de Miranda, 1303, São Paulo (SP)
Área total: 88 m2; Área da cozinha: 5,69 m2; Circulação : 0,72 m; Mobiliário mínimo: fogão, geladeira, bancada de pia; na parede oposta à bancada espaço para geladeira e pequeno armário
Figura 98 - Imóvel Edifício Minara - entregue em agosto de 2009. Tipologia dois dormitórios e cozinha aberta. Localização: Av. Padre Lebret, 2009, Morumbi, São Paulo (SP)
Área total: 59 m2; Área da cozinha: 6 m²; Circulação: de 0,82 m a 0,90 m; Mobiliário mínimo: fogão, geladeira, bancada de pia; há possibilidade de balcão para refeições integrando a sala de estar
150
Figura 99 - Imóvel Liber Park Campo Limpo - entregue em dezembro de 2010. Tipologia três dormitórios e cozinha integrada. Localização: Estrada do Campo Limpo, 5785, São Paulo (SP)
Área total: 57 m2; Área da cozinha: 6 m2; Circulação: de 0,89 m a 0,96 m; Mobiliário mínimo: fogão, geladeira, bancada de pia com armário, bancada para refeições integrada à sala de estar
Figura 100 - Imóvel Thera Faria Lima Residence - entregue em dezembro de 2011. Tipologia dois dormitórios com cozinha integrada. Localização: R. Paes Leme, 215, São Paulo (SP)
Área total: 65m2; Área da cozinha: 4,69 m2; Circulação: 1,04 m. Mobiliário mínimo; fogão, bancada com pia, geladeira, bancada para refeições integrada à sala de estar
151
Figura 101 - Imóvel Varanda Ipiranga - entregue em 2013. Tipologia dois dormitórios sendo opção de cozinha integrada. Localização: Rua Clemente Pereira, 732, Ipiranga, São Paulo (SP)
Área total: 68 m2; Área da cozinha: 4,40 m2; Circulação: 0,81 m. Mobiliário mínimo: fogão, geladeira, bancada com pia e bancada para refeições integrada com sala de estar
Figura 102 - Imóvel Gran Cypriani - projeto de 2015 e entrega prevista para 2018. Tipologia duas suítes e cozinha integrada com a sala. Localização: R. Cipriano Barata, 1124, Ipiranga, São Paulo
(SP)
Área total: 115 m2; Área da cozinha 5,03 m2; Circulação: 0,92 m. Mobiliário mínimo: fogão, geladeira, bancada com pia e bancada para refeições integrada à sala de estar
152
Tabela 2 - Tipos e áreas das cozinhas comparadas às normas de desempenho aplicadas nas plantas apresentadas
Ano / Imóvel Nº dorm. Área total Área da cozinha Circulação da Tipo de cozinha Normas de desempenho Observações
cozinha
Fechada com entrada de serviço e Apenas uma parede com espaço para Apartamento com entrada
2 2 circulação para área de serviço e sala fogão/geladeira e bancada com pia e social e de serviço separadas
2000 Edifício Perdizes Project 2 87,00 m 8,20 m 0,91 m estar armários
Fechada com entrada de serviço e Uma parede com espaço para fogão e Apartamento com entrada
2 2 circulação para área de serviço e sala bancada com pia e na parede oposta social e de serviço separadas
2002 Edifício Reserva Villa Lobos 2 92,00 m 7,73 m 0,62 / 0,80 m estar espaço para geladeira e pequena
bancada
Fechada e com passagem para área de Fechada com bancada em L contendo No hall do elevador está a
2 2 serviços fogão, pia e armários, geladeira com entrada única do
2004 Edifício Ventana Morumbi 3 113,00 m 10,00 m 1,09 m espaço para mesa e quatro cadeiras apartamento
Fechada e com passagem para área de Fechada com bancada em I contendo No hall do elevador está a
2 2 serviços fogão, geladeira e bancada com armários entrada única do
2005 Edifício Vert 3 198,00 m 14,32 m 1,38 m e espaço para mesa e quatro cadeiras apartamento
Higienópolis
Fechada e com circulação para área de Fechada e com uma parede única para No hall do elevador está a
2 2 serviços bancada com pia, fogão e geladeira entrada única do
2007 Edifício Varanda Pompéia 2 67,00 m 4,27 m 0,83 a 0,97 m apartamento
Fechada e com circulação para área de Fechada com uma parede para bancada No hall do elevador está a
2 2 serviços com pia e fogão e parede oposta para entrada única do
3 81,00 m 5,95 m 0,72 m armário, geladeira/freezer apartamento
2007 Varanda Fechada e aberta com circulação para Opção fechada e aberta possuem única No hall do elevador está a
Expressions 2 2 área de serviço e parede para bancada com pia, fogão e entrada única do
2 67,00 m 4,24 m 0,90 m geladeira apartamento
Aberta para sala de estar
Fechada e com circulação para área de Fechada com uma parede para bancada No hall do elevador está a
2 2 serviços com pia e fogão e parede oposta para entrada única do
2008 Domna Pompéia 2 88,00 m 5,69 m 0,72 m armario, geladeira/freezer apartamento
2009 Edifício Menara Aberta e com circulação para área de Aberta com parede única para bancada, No hall do elevador está a
2 2 serviços fogão, geladeira e armários entrada única do
2 58,00 m 6,00 m 0,82/ 0,90 m apartamento
2010 Edifício Liber Park Aberta e com circulação para área de Aberta com parede única para bancada, No hall do elevador está a
2 2 serviços fogão, geladeira e armários entrada única do
3 57,00 m 6,00 m 0,89 a 0,96 m apartamento
2011 Edifício Thera Faria Lima Aberta com circulação para área de Aberta com parede única para bancada, No hall do elevador está a
2 2 serviços que é ligada à varanda fogão, geladeira e armários, integrada à entrada única do
2 66,00 m 4,69 m 1,04 m sala de estar apartamento
2013 Varanda Ipiranga Aberta com circulação para área de Aberta com parede única para bancada, No hall do elevador está a
2 2 serviços fogão, geladeira e armários, integrada à entrada única do
2 68,00 m 4,40 m 0,81 m sala de estar apartamento
2015 Gran Cypriani Aberta com circulação para área de Aberta com parede única para bancada, No hall do elevador está a
2 2 serviços fogão, geladeira e armários, integrada à entrada única do
2 115,00 m 5,00 m 0,92 m sala de estar apartamento
Fonte: A autora.
153
A Tabela 2 possibilita a leitura sobre as áreas totais e áreas de cozinhas das plantas
desenhadas nas Figuras 89 a 102, distinguindo-se as áreas de circulação e o
mobiliário possível nas áreas das cozinhas detalhadas.
Até 2005 as áreas das cozinhas variam entre 14 m2 e 7 m2, mas sua área de
circulação é bastante comprometida por possuírem porta de entrada e porta de
acesso à área de serviço, que também dá acesso a dormitório de empregada com
banheiro. A partir dessa data, esses ambientes são suprimidos e as cozinhas ficam
ligadas diretamente às áreas de serviço, com formato linear e fechadas. As cozinhas
aparecem com espaço para mesa com quatro cadeiras nas áreas de 14 m2 ou para
bancadas para refeições rápidas nas áreas de
7 m2.
A partir de 2007, as áreas totais dos apartamentos são muito menores e as áreas
das cozinhas variam entre 4 m2 e 6 m2 (respeitando-se o mínimo exigido pela
legislação, de 4 m2 como área mínima), em forma linear e contendo em uma única
parede todo o mobiliário exigido pela norma de desempenho: o fogão, a geladeira e
a bancada com pia.
Nos projetos a partir de 2009, esses espaços já são apresentados com mais
integração às áreas sociais das unidades. As cozinhas se transformam em paredes
unidas à área de serviço, que por sua vez também tem um espaço mínimo para
máquina de lavar e secar e um pequeno tanque. Não importa a área total do
154
As varandas são projetadas com espaço para bancada com pia e churrasqueira e, a
partir de 2011, tomam proporções importantes e áreas dos apartamentos, unidas à
área social.
Em sua maioria, essas cozinhas conseguem abrigar o mobiliário mínimo exigido pela
norma, mas dentro das medidas mínimas. Se o usuário quiser atender o apelo de
modernidade que a indústria dos eletrodomésticos faz ao consumidor, é necessário
uma reforma considerável, pois na maioria das cozinhas, com uma bancada de 1,20
m, só é possível a instalação de um fogão de 0,55 m de largura e uma geladeira de
0,70 m a 0,90 m, que seria uma geladeira duplex.
Caso a opção for por uma geladeira side by side, com 0,90 m de largura e
0,75 m de profundidade, por exemplo, como as geladeiras citadas no capítulo I desta
pesquisa, a reforma tem de ser total, com diminuição de bancada ou da bancada
inteira com cooktop simples, pois um cooktop de vidro cerâmico que possui no
mínimo 0,70 m de largura não viabiliza a bancada para a cozinha funcionar.
Em relação à exaustão, nenhuma das plantas estudada tem estrutura para coifas,
apenas pontos de elétrica para um exaustor ou depurador com filtro.
Assim foi possível deixar uma bancada, com armário embaixo e em cima, para
guardar louça, mantimentos e alguns eletros, e ainda uma área para o trabalho, pois
na bancada da pia não há muito espaço para fazer uma massa, preparar comida ou
apoiar panelas. De acordo com a arquiteta:
Podemos ter algumas gavetas menores e outras um pouco mais altas para guardar
espremedor de batatas ou outro utensílio maior. As divisões para outros utensílios
também seguem projetos de divisões de armários para atender as necessidades dos
clientes e seus costumes culinários.
Figura 103 - Planta apartamento decorado, Living Magic de 83 m² com living ampliado
Fonte: Arquiteta Tatiana Moreira, Fórum de Cozinhas.
158
Figura 104 - Detalhe da planta do espaço da cozinha com o projeto decorado para venda
Fonte: Arquiteta Tatiana Moreira, Fórum de Cozinhas.
Figura 105 - Planta do espaço da cozinha com o projeto modificado para cliente final
Fonte: Arquiteta Tatiana Moreira, Fórum de Cozinhas.
159
Em relação ao gênero das pessoas consultadas, 134 pessoas (ou 66,67%) são do
sexo feminino, e 67 pessoas (ou 33,33%) são do sexo masculino.
No que toca à escolaridade dos participantes, considerado o total, a proporção de
escolaridade de pessoas de nível superior é de 54,50%.
Nas respostas obtidas em relação ao número de moradores por apartamento,
observou-se que a maior incidência está entre 2 e 4 moradores por apartamento,
conforme Tabela 3, e a maior quantidade de questionários respondidos foi de
apartamentos com 2 e 3 dormitórios (Tabela 4), o que vem ao encontro do objeto de
estudo desta pesquisa, cujo recorte é de apartamentos de 2 e 3 dormitórios,
lançados pela indústria imobiliária na cidade de São Paulo no período de 2000 a
2015.
Número de
Nº moradores Percentual (%)
apartamentos
1 13 6,47
2 57 28,36
3 50 24,88
4 64 31,84
5 16 7,96
6 1 0,50
Fonte: A autora, através de tabulação de questionários.
Tabela 4 - Participação das respostas dos questionários por número de dormitórios dos
apartamentos envolvidos na pesquisa
Apartamentos por
Nº dorm. Percentual (%)
dormitório
0 1 0,50
1 4 1,99
2 88 43,78
3 108 53,73
Fonte: A autora, através de tabulação de questionários aplicados.
165
ADMINISTRADOR 13 ENGENHEIRA 2
ADVOGADO 8 ESTETICISTA 4
AERONAUTA 1 ESTUDANTE 11
ANALISTA 1 GERENTE ATENDIMENTO 1
APOSENTADA 11 GERENTE OPERACIONAL 2
ARQUITETO 22 GERENTE VENDAS 3
AUXILIAR ESCRITÓRIO 1 GESTOR 1
BANCÁRIA 4 JORNALISTA 2
COMERCIANTE MANICURE
6 2
/COMERCIÁRIA
CONFERENTE 1 MARCENEIRO 1
CONSULTOR COMERCIAL 1 MOTORISTA 1
COORDENADOR TÉCNICO 1 NUTRICIONISTA 1
COORDENADOR PEDAGOGA
3 3
PEDAGÓGICO
CORRETORA 2 PROFESSOR 28
DESENHISTA INDUSTRIAL 2 PSICÓLOGA 3
DESIGNER 9 RECEPCIONISTA 2
DIRETOR COMERCIAL 1 SECRETÁRIA 6
DIRETOR DE TECNOLOGIA 1 SUPERVISOR VENDAS 9
DO LAR 9 TEC. EDIFICAÇÕES 3
ECONOMISTA 1 TEC.TRANSPORTE 1
ED. FÍSICO 1 VENDEDOR 4
NÃO INFORMARAM
EMPRESÁRIA 5 8
OCUPAÇÃO
TOTAL 201
Fonte: A autora, a partir de tabulação de questionários.
166
Tipo
centro leste norte oeste sul Todos
cozinha
Integrada 4 7 13 10 21 55
Fechada 23 16 54 38 15 146
Todos 27 23 67 48 36 201
Fonte: A autora, através de tabulação de questionários.
A opção pela tipologia por gostar de conversar com a família enquanto prepara os
alimentos obteve 85,5% das respostas, enquanto o motivo de ampliar o espaço da
moradia obteve 83,6% das respostas.
85,5% 83,6%
eletrod. moderno
43,6% 43,6%
56,4% 56,4%
67,3%
87,3%
acidentes privacidade
1,8%
98,2% 100,0%
65,5%
98,2%
facilidade manutençao
34,5%
65,5%
46,9%
53,1%
80,8%
22,9%
46,6%
53,4%
77,1%
43,2%
56,8%
95,9%
24,1%
45,9%
54,1%
75,9%
Pequena: não tem espaço para mesa e cadeiras, sequer para utensílios 1
Pode-se dizer que é possível que estes dois últimos itens não indicam
necessariamente uma vantagem significativa, relativamente a outras vantagens
sinalizadas, para se ter uma cozinha fechada.
48,6%
51,4%
65,1%
24,7%
32,2%
67,8%
75,3%
Não há vantagem 1
O restante da casa não fica sujo porque não é contaminado pela
1
gordura da cozinha
Total 4
Fonte: A autora, através de tabulação de questionários.
Quanto aos proprietários das cozinhas fechadas, 6659% ou 114 estão satisfeitos ou
totalmente satisfeitos com seu arranjo espacial da cozinha e os outros 33,41% ou 32
participantes estão insatisfeitos ou indiferentes quanto ao mobiliário que possuem.
Tabela 12 - Tabela de proporção quanto a ruídos espalhados pela casa em relação ao uso
da cozinha integrada ou fechada
Integrada 18 37 55 6,72%
Tabela 13 - Tabela de proporção quanto a odores espalhados pela casa no uso de cozinha
integrada ou fechada
Integrada 7 48 55 87,27 %
O almoço é a refeição que mais é feita fora de casa, com 164 respostas positivas,
enquanto a maior quantidade de refeições feitas em casa se refere ao jantar, com
177 respostas positivas no total de 201 dados.
Ressalta-se que as três principais refeições, café, almoço e jantar, são preparadas
diariamente em 62% dos apartamentos pesquisados.
Sobre gostar de cozinhar, 67,16% dos respondentes afirmam que alguém em sua
casa gosta de cozinhar, o que não implica que cozinhem necessariamente, e o
hábito de receber amigos está ficando cada vez mais raro entre esses moradores.
Sobre a opção de escolha pelo tipo de cozinha integrada, quando ela existe, as
relações de ampliação de espaço e integração familiar são os motivos mais
recorrentes, enquanto as desvantagens de uso desse tipo de cozinha são os ruídos
e os odores que se espalham pela casa enquanto ela está sendo usada. Nas
cozinhas fechadas, a facilidade de manutenção do espaço é o item mais
mencionado sobre opção de escolha, mas também quase metade das respostas
mostra que não houve escolha sobre o tipo de cozinha existente na compra do
imóvel.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O diagnóstico final obtido de forma inédita e traçado por vários caminhos se inicia
considerando que, a partir de 1930, a espacialidade da cozinha nos projetos
residenciais urbanos tornou-se objeto de discussão com base nos princípios da
engenharia norte-americana quanto à racionalidade e compactação, disposição e
automação de seus equipamentos, aliados ao trabalho simplificado .
Até a década de 1950, as cozinhas, com seus espaços ainda configurados na zona
de serviços dos apartamentos de aluguel, ou em apartamentos de alto padrão,
possuíam espaços generosos atendendo ao limite imposto pelo código de Obras
184
Nos detalhes das cozinhas, dentro da análise das plantas do período de 2000 a
2015, é possível perceber a obediência da legislação pelo mínimo exigido, mas fica
claro que a utilização dessas cozinhas exige uma reforma considerável quando de
sua aquisição, pois na maioria possuem uma bancada de 1,20 m e só é possível a
instalação de um fogão de 0,55 m de largura e uma geladeira de 0,70 m ou 0,90 m
de largura, e não há espaços para armários além dos armários embaixo da bancada
de pia.
A opção pela cozinha integrada em alguns projetos abordados parece ser resultado
de projetos sem qualidade ou singularidade em seu estudo, que se apresentam
apenas como uma repetição de plantas ao longo do período estudado, pois fica
186
demonstrado que, com a largura de 1,50 m (mínimo exigido pela legislação), não é
possível projetar uma cozinha fechada. Assim, a situação parece forçá-la a ser
aberta, porque de outro modo não é possível a abertura de portas, sequer da própria
cozinha e da geladeira, ao mesmo tempo. A circulação fica prejudicada quando
instalados todos os equipamentos, sendo então possível apenas um armário com
duas portas embaixo da pia, duas portas acima e a coifa ou depurador, acoplada ao
armário superior.
O usuário precisa fazer uma reforma para adequar a arquitetura a todo tipo de
eletrodoméstico necessário para a cozinha se tornar funcional e atender ao apelo de
contemporaneidade, automação e dinamismo que essa indústria dispõe no mercado
para a sua família. Porém, mesmo assim essa reforma fica contida em uma
possibilidade muito aquém da ideal, como no exemplo citado nesta dissertação,
apresentado no Fórum de Cozinhas.
O Espaço exíguo das cozinhas dos apartamentos apresentados nesta pesquisa está
abaixo do razoável e a inadequação de seu uso, aqui assumida pelos arquitetos
entrevistados deixa claro que este espaço não consegue expressar os hábitos
culturais de cozinhar brasileiro. Pode-se questionar como se dá o manuseio e
preparo de alimentos em uma cozinha exígua onde, em sua maioria, são mantidas
e operacionalizadas pelas mulheres em um espaço exíguo e cercadas de
equipamentos sem importância e não necessários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Revistas
Jornais
Sites
www.nomads.usp.br
www.vitruvius.com.br
www.123i.com.br
www.revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Galeria-de-fotos/fotos/ (Acessado
em: 26/03/2016)
www.kitchenaid.com.br/produto/stand-mixer-metalizada/ (Acessado em: 26/03/2016)
www.whirpool.com.br/casesdeinovacao/ (Acessado em: 28/03/2016)
www.sinduscon.com.br
www.secovi.com.br
www.embraesp.com.br
www.cyrela.com.br
www.gafisa.com.br
www.even.som.br
www.rossi.com.br
Anuários/Anais
ANEXOS
ANEXO 2 - Venda de imóveis novos entre nov/ de 2014 e nov/ de 2015 na cidade de
São Paulo, segmentado por quantidade de dormitórios.
Fonte: Embraesp/elaboração GeoSecovi /www.secovi.com.br/ Acessado em:
03/03/2016
196
Ocupação:
2 - Há moradores que realizam HomeOffice em sua casa, alguma vez por semana?
( ) não ( ) sim
( ) 1 ( ) 2 ( )3 ( )4 ( )5 ( ) acima de 5
4 - Qual refeição é feita fora de casa, diariamente, por algum morador?(assinale uma ou
mais respostas)
7- Tem empregada:
( ) Não ( ) 1 a 2 vezes por semana ( ) 3 a 4 vezes por semana ( ) 5 a 7 vezes por semana
( ) não ( ) sim
C ( ) Outros – comente:_________________________________________________
3-Se possui COZINHA INTEGRADA, a opção por este modelo foi por... (assinale uma ou mais
respostas)
E ( ) Outros – mencione:
4 - Quanto a desvantagens de uso, você pode mencionar que em sua COZINHA INTEGRADA:
(assinale uma ou mais respostas)
5– Quanto a vantagens de uso, você pode mencionar que em sua COZINHA INTEGRADA:
(assinale uma ou mais respostas)
6 – Se possui COZINHA FECHADA, optou por este modelo por: (assinale uma ou mais
respostas)
A( ) Há facilidade de manutenção
7-Quanto à desvantagens de uso, você pode mencionar que em sua COZINHA FECHADA: (
assinale uma ou mais respostas)
8 - Quanto a vantagens de uso, você pode mencionar que em sua COZINHA FECHADA:
(assinale uma ou mais respostas)
E ( ) Outros – mencione_____________________________________________________
11- Qual seu grau de satisfação quanto ao uso do mobiliário (armários e bancadas/mesa)e
eletrodomésticos de sua cozinha?
Declaro que li e entendi os objetivos deste estudo, e que as dúvidas que tive foram
esclarecidas pelo Pesquisador Responsável. Estou ciente que a participação é voluntária, e
que, a qualquer momento, tenho o direito de obter outros esclarecimentos sobre a pesquisa
e de retirar-me da mesma, sem qualquer penalidade ou prejuízo.
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - térreo.
(11) 2114-8452; email: pos.fau@mackenzie.br