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TQV 01 (Demais Vest.

) / PORT - FÍS - BIO - QUÍM / 2023

PORTUGUÊS/FÍSICA/BIOLOGIA/QUÍMICA
LINGUAGENS
QUESTÕES OBJETIVAS
UERJ/2019 2º EXAME DE QUALIFICAÇÃO
O DNA do racismo (texto para 2 próximas questões)
Proponho ao leitor um simples experimento. Dirija-se a um local bastante movimentado e observe cuidadosa-
mente as pessoas ao redor. Deverá logo saltar aos olhos que somos todos muito parecidos e, ao mesmo tempo,
muito diferentes.
Realmente, podemos ver grandes similaridades no plano corporal, na postura ereta, na pele fina e na falta relativa
de pelos, características da espécie humana que nos distinguem dos outros primatas. Por outro lado, serão evi-
dentes as extraordinárias variações morfológicas entre as diferentes pessoas: sexo, idade, altura, peso, massa
muscular, cor e textura dos cabelos, cor e formato dos olhos, cor da pele etc. A priori, não existe absolutamente
nenhuma razão para valorizar mais uma ou outra dessas características no exercício de investigação.
Nem todos esses traços têm a mesma relevância. Há características que podem nos fornecer informações sobre
a origem geográfica ancestral das pessoas: uma pele negra pode nos levar a inferir que a pessoa tem ancestrais
africanos, olhos puxados evocam ancestralidade oriental etc. E isso é tudo: não há absolutamente mais nada que
possamos captar à flor da pele. Pense bem. O que têm a pigmentação da pele, o formato e a cor dos olhos ou a
textura do cabelo a ver com as qualidades humanas singulares que definam uma individualidade existencial?
Em nítido contraste com as conclusões do experimento de observação empírica acima, está a rigidez da classifi-
cação da humanidade feita pelo naturalista sueco Carl Linnaeus, em 1767. Ele apresentou, pela primeira vez na
esfera científica, uma categorização da espécie humana, distinguindo quatro raças principais e qualificando-as de
acordo com o que ele considerava suas características principais:
 Homo sapiens europaeus: branco, sério, forte;
 Homo sapiens asiaticus: amarelo, melancólico, avaro;
 Homo sapiens afer: negro, impassível, preguiçoso;
 Homo sapiens americanus: vermelho, mal-humorado, violento.

Observe o leitor que as raças de Linnaeus continham traços peculiares fixos, ou seja, havia a expectativa de todos
os europeus serem “brancos, sérios e fortes”. Assim, teríamos de esperar que as pessoas negras ao redor de nós
tivessem tendências “impassíveis e preguiçosas”, e que as de olhos puxados fossem predispostas a “melancolia
e avareza”.
Esse é um exemplo do absurdo da perspectiva essencialista ou tipológica de raças humanas. Nesse paradigma,
o indivíduo não pode simplesmente ter a pele mais ou menos pigmentada, ou o cabelo mais ou menos crespo –
ele tem de ser definido como “negro” ou “branco”, rótulo determinante de sua identidade.
Esse tipo de associação fixa de características físicas e psicológicas, que incrivelmente ainda persiste na atuali-
dade, não faz absolutamente nenhum sentido do ponto de vista genético e biológico! O genoma humano tem
cerca de 20 mil genes e sabemos que poucas dúzias deles controlam a pigmentação da pele e a aparência física
dos humanos. Está 100% estabelecido que esses genes não têm nenhuma influência sobre qualquer traço com-
portamental ou intelectual.
SÉRGIO DANILO PENA.Adaptado de cienciahoje.org.br, 11/07/2008.

1. O terceiro parágrafo contém uma conclusão acerca dos resultados do experimento descrito nos dois parágrafos
anteriores. Essa conclusão se baseia no seguinte posicionamento do autor:
a) afirmação de crenças excêntricas.
b) valorização da racionalidade ocidental.
c) desconsideração de opiniões polêmicas.
d) contestação do determinismo biológico.

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2. Comparando as quatro categorias apresentadas pelo naturalista sueco Carl Linnaeus (em negrito no texto), a
perspectiva adotada em sua classificação pode ser definida como:
a) neutra.
b) parcial.
c) universal.
d) homogênea.

Violência e psiquiatria (texto para 2 próximas questões)


O tipo de violência que aqui considerarei pouco tem a ver com pessoas que utilizam martelos para golpear a
cabeça de outras, nem se aproximará muito do que se supõe façam os doentes mentais. Se se quer falar de
violência em psiquiatria, a violência que brada, que se proclama em tão alta voz que raramente é ouvida, é a sutil,
tortuosa violência perpetrada pelos outros, pelos “sadios”, contra os rotulados de “loucos”. Na medida em que a
psiquiatria representa os interesses ou pretensos interesses dos sadios, podemos descobrir que, de fato, a vio-
lência em psiquiatria é sobretudo a violência da psiquiatria.
Quem são porém as pessoas sadias? Como se definem a si próprias? As definições de saúde mental propostas
pelos especialistas ou estabelecem a necessidade do conformismo a um conjunto de normas sociais arbitraria-
mente pressupostas, ou são tão convenientemente gerais – como, por exemplo, “a capacidade de tolerar conflitos”
– que deixam de fazer sentido. Fica-se com a lamentável reflexão de que os sadios serão, talvez, todos aqueles
que não seriam admitidos na enfermaria de observação psiquiátrica. Ou seja, eles se definem pela ausência de
certa experiência.
Sabe-se, porém, que os nazistas asfixiaram com gás dezenas de milhares de doentes mentais, assim como de-
zenas de milhares de outros tiveram seus cérebros mutilados ou danificados por sucessivas séries de choques
elétricos: suas personalidades foram deformadas, de modo sistemático, pela institucionalização psiquiátrica.
Como podem fatos tão concretos emergir na base de uma ausência, de uma negatividade – a compulsiva não
loucura dos sadios? De fato, toda a área de definição de sanidade mental e loucura é tão confusa, e os que se
arriscam dentro dela são tão aterrorizados pela ideia do que possam encontrar, não só nos “outros” como também
em si mesmos, que se deve considerar seriamente a renúncia ao projeto. DAVID COOPER
Adaptado de Psiquiatria e antipsiquiatria. São Paulo: Perspectiva, 1967.

3. (...) a violência em psiquiatria é sobretudo a violência da psiquiatria. (l. 6-7)


A relação entre “violência” e “psiquiatria” é destacada pelos dois termos sublinhados, que expressam, respectiva-
mente, as noções de:
a) substância e causa.
b) posse e matéria.
c) foco e assunto.
d) área e agente.

4. David Cooper dirige uma crítica à psiquiatria quando esta define saúde como ausência de doença e, desse modo,
acaba por não definir adequadamente a própria doença mental.
Essa forma de definição incorre em um sofisma conhecido como:
a) círculo vicioso.
b) falsa autoridade.
c) argumento contra a pessoa.
d) confusão entre causa e efeito.

5. (FUVEST/2021) Eusipo perguntou o que eu tinha ido fazer na aldeia. Preferi achar que o tom era amistoso e, no
meu paternalismo ingênuo, comecei a lhe explicar o que era um romance. Eu tentava convencê-lo de que não
havia motivo para preocupação. Tudo o que eu queria saber já era conhecido. E ele me perguntava: “Então, por
que você quer saber, se já sabe?” Tentei lhe explicar que pretendia escrever um livro e mais uma vez o que era
um romance, o que era um livro de ficção (e mostrava o que tinha nas mãos), que seria tudo historinha, sem
nenhuma consequência na realidade. Ele seguia incrédulo. Fazia-se de desentendido, mas na verdade só queria
me intimidar. As minhas explicações sobre o romance eram inúteis. Eu tentava dizer que, para os brancos que
não acreditam em deuses, a ficção servia de mitologia, era o equivalente dos mitos dos índios, e antes mesmo
de terminar a frase, já não sabia se o idiota era ele ou eu. Ele não dizia nada a não ser: “O que você quer com o
passado?”. Repetia. E, diante da sua insistência bovina, tive de me render à evidência de que eu não sabia
responder à sua pergunta.
Bernardo Carvalho, Nove Noites. Adaptado.

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Sem prejuízo de sentido e fazendo as adaptações necessárias, é possível substituir as expressões em destaque
no texto, respectivamente, por
a) incompreensão; armação; inofensivo; irredutível.
b) altivez; brincadeira; ofendido; mansa.
c) ignorância; mentira; prejudicado; alienada.
d) complacência; invenção; bobo; cega.
e) arrogância; entretenimento; incapaz; animalesca.

(FUVEST/2022) Referencial para duas próximas questões


No modelo hegemônico, quase todo o treinamento é reservado para o desenvolvimento muscular, sobrando muito
pouco tempo para a mobilidade, a flexibilidade, o treino restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascu-
lar. Na teoria, seria algo em torno de 70% para o fortalecimento, 20% para o cárdio e 10% para a flexibilidade e
outros. Na prática, muitos alunos direcionam 100% do tempo para o fortalecimento.
Como a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica
como um todo, podendo ser considerada o “coração” de um treinamento consciente e saudável, essa ordem
deveria ser revista.
Nuno Cobra Jr. “Fitness não é saúde”. Uol. 06/05/2021. Adaptado

6. Sem alteração de sentido, o segundo parágrafo do texto poderia ser reescrito da seguinte maneira:
a) Ainda que a prática cardiovascular seja infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde
orgânica como um todo, essa ordem deveria ser revista, podendo ser considerada o “coração” de um treina-
mento consciente e saudável.
b) Para evitar que a prática cardiovascular se torne infinitamente mais significativa e determinante para a nossa
saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o “coração” de um treinamento consciente e saudá-
vel, essa ordem deveria ser revista.
c) Quando a prática cardiovascular for infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgâ-
nica como um todo, essa ordem deveria ser revista, podendo ser considerada o “coração” de um treinamento
consciente e saudável.
d) Quanto mais a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde
orgânica como um todo, podendo ser considerada o “coração” de um treinamento consciente e saudável, essa
ordem deveria ser revista.
e) Essa ordem deveria ser revista: a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para
a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o “coração” de um treinamento consciente e
saudável.

7. Dentre as expressões destacadas, a que exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em “o treino
restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascular” é:
a) um atleta de seleção precisa de treinamento intenso.
b) o amor ao esporte é fundamental para o atleta.
c) a população incorpora radicalmente atitudes saudáveis.
d) muitas pessoas se beneficiam de alimentos verdes.
e) todo tipo de atividade física faz bem à saúde mental.

(UNICAMP/2023) - Quebrando o silêncio dos hospícios – texto para 2 próximas questões


Stella do Patrocínio, apesar de ser reconhecida postumamente como poeta, nunca se definiu assim e não escre-
veu nenhuma das linhas que estão no livro Reino dos bichos e dos animais é o meu nome, pelo qual ficou conhe-
cida. A potência de suas palavras se encontra no seu falatório (como chamava suas falas), que foi preservado em
fitas de áudio pela artista plástica Carla Guagliardi. As conversas entre as duas foram gravadas durante oficinas
de arte para pacientes psiquiátricos, entre 1986 e 1988, e o livro, publicado muitos anos depois da morte de
Patrocínio, é um recorte de frases dela, transcritas desses diálogos.
As falas de Patrocínio são de uma mulher negra e pobre que foi levada à força pela polícia e internada, no Centro
Pedro 2º e depois na Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde ficou por trinta anos; quando morreu, foi
enterrada como indigente.
A história de Patrocínio é a história de milhares de vítimas que foram encarceradas nos hospícios brasileiros por
serem consideradas “desajustadas”. Em sua maioria negras. Ali, elas sofreram abusos, violências e torturas, além
de serem abandonadas pelo Estado.
(Adaptado de: Quebrando o silêncio dos hospícios. Quatro cinco um, 05/2022, p. 27.)

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8. Examinando a relação do título com o corpo do excerto da reportagem de revista, o que representa a quebra do
“silêncio dos hospícios”?
a) A morte esquecida de Stella do Patrocínio em uma instituição para reclusão de pessoas com transtornos men-
tais (ou assim consideradas).
b) As oficinas de arte que permitiram a Stella do Patrocínio tornar pública a sua voz e as histórias de mulheres
encarceradas em instituições manicomiais.
c) O livro de Stella do Patrocínio que narra as histórias de mulheres vítimas de violência manicomial, abandona-
das pelo Estado.
d) As falas gravadas de Stella do Patrocínio que expressam tanto o seu percurso individual quanto a história de
outras mulheres.

9. Com base ainda no texto, “falatório” pode ser considerado como


a) a modalidade declamada dos poemas de Stella do Patrocínio.
b) uma prática discursiva oral nomeada por Stella do Patrocínio.
c) a denominação, usada no manicômio, para conversas terapêuticas.
d) um gênero de poesia transcrita produzida por Stella do Patrocínio.

QUESTÕES DISCURSIVAS
10. (UNESP/2019) Examine a pintura do artista holandês Pieter Claesz (1597-1661) e a tradução da expressão latina
Memento mori.

Memento mori: Lembra-te de que morrerás.


(Renzo Tosi (org.). Dicionário de sentenças latinas e gregas, 2010.)

a) Além da caveira, que outro elemento retratado na pintura de Pieter Claesz alude à expressão Memento mori?
Justifique sua resposta.

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b) Tendo em vista o contexto de sua produção, a temática explorada pela pintura remete mais diretamente a qual
escola literária? Justifique sua resposta.

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11. (FUVEST/2022—2ª fase)


Texto 1

Disponível em: https: //www.publicitarioscriativos.com/21-propagandas-surpreendentemente-criativas/. Traduzido e adaptado.

Texto 2
Por respeito à natureza, artista Tikuna levou 16 anos para criar um cocar
As primeiras penas de gavião real que conseguiu chegaram em 2005. Um amigo o encontrou na aldeia certa vez
e ofereceu algumas penas do animal que tinha encontrado morto no meio do mato tempos antes. "Depois, em
2011, um cacique me disse que tinha algumas também, perguntou se eu queria, eram umas oito. Juntando com
as que eu tinha, já dava para fazer um pedaço do cocar", conta José Tikuna.
Para completar a peça, ele precisou contar com mais doações de amigos e conhecidos. José mesmo chegou a
rodar pela floresta atrás das penas do bicho, mas não encontrava nada. Os anos passavam, e ele seguia procu-
rando e esperando.
Só em 2014 encontrou novas penas. Dessa vez, um colega o procurou para que ele usasse seus dotes artísticos
para criar um amarrador de cabelo com pena. José topou fazer e ainda conseguiu ficar com algumas para colocar
em seu cocar.
José lembra das conversas com amigos tocadores de tambor que sempre falam que se um animal ou uma árvore
sofreu ou morreu para que conseguissem produzir o instrumento musical, o mínimo que eles deveriam ter é res-
peito.
Paula Rodrigues. Disponível em https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/09/08/
por-respeito-a-natureza-artista-tikuna-levou-16-anos-para-criar-um-cocar.htm. 08/09/2021. Adaptado.

a) Explique o sentido da expressão "mais assustador" no contexto do anúncio, comparando-a com o processo de
produção do cocar mencionado na notícia.

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b) Aponte a função sintática de "por respeito à natureza" e explique como a expressão contribui para o sentido
do título e do texto.

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12. (UNICAMP/202—2ª FASE) Leia a definição abaixo e a transcrição de parte do vídeo feito por Regina Casé e a
filha Benedita no dia do surdo.
Essa aqui é a Benedita, minha filha. Ela tem uma perda auditiva
severa. Ela teve essa perda quando era muito bebezinha. Desde
então, eu vi que as pessoas têm muita dificuldade de se comunicar
com ela. Ficam agoniadas quando percebem que ela não escuta ou
que ela usa aparelho. Então, nós duas resolvemos ajudar um pou-
quinho, com nossa experiência, nessa comunicação com situações
do dia a dia. Por exemplo: não dá para falar de costas para a pes-
soa, porque muitas vezes ela depende da leitura labial para enten-
der. Outro exemplo: não precisa gritar porque volume (alto-baixo) é
uma coisa completamente diferente de frequência (agudograve).
Outra coisa que acontece direto: em vez de falarem com a pessoa
surda, perguntam para a pessoa que está do lado. E para terminar,
é uma loucura quando alguém fala: `Nossa, mas ela é tão linda!
Ninguém diz que ela é surda´. Procure saber o que é capacitismo e
daqui para frente seja anticapacitista! Ela é linda. E é surda!
(Adaptado de Regina Casé. Disponível em https://www.instagram.com/ tv/CFmrE-
qylXpI/?utm_source=ig_embed.)

a) Considerando as noções de capacitismo e anticapacitismo, explique o uso de “mas” e de “e” nas frases “Nossa,
mas ela é tão linda!” “Ela é linda. E é surda!”.

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b) Apontando as dificuldades de comunicação com uma pessoa surda, Regina Casé observa que uma situação
frequente é o interlocutor dirigir-se a quem está ao lado da pessoa. Nesse caso, trata-se de uma atitude capa-
citista ou anticapacitista? Explique.

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FÍSICA 2
ASSUNTO: CALORIMETRIA PARTE l
Equação fundamental da calorimetria – Calor sensível ou calor específico
 Denomina-se calor sensível ou calor específico (c) o calor que provoca uma variação na temperatura de
um corpo, sem que ele mude de estado físico.
Verifica-se experimentalmente que a quantidade de calor (Q) recebida ou cedida por um corpo é diretamente
proporcional à sua massa e á sua variação de temperatura.
Matematicamente:

Onde c é o calor especifico (constante de proporcionalidade que é característica de cada corpo).


 Características do calor específico:
 Substituindo m=1g e Δt=1 oC na expressão Q=m.c.Δt — Q=1.c.1 — Q=c — ou seja, o calor específico de uma
substância é a quantidade de calor necessária para fazer a temperatura da massa de 1g dessa substância
sofrer uma variação de temperatura de 1 oC.
 Quando se afirma que o calor específico do mercúrio é 0,033cal/goC, quer-se dizer que, para uma massa de
1g de mercúrio sofrer uma variação de temperatura de 1 oC, ela deve receber ou ceder, 0,033cal.
 Substâncias diferentes apresentam diferentes calores específicos — a água é uma das substâncias que pos-
sui maior calor específico (cágua=1 cal/goC).
 Quanto maior for o calor específico de uma substância, maior será a quantidade de calor necessária para
variar sua temperatura de um mesmo valor, ou seja, quanto maior o calor específico de um corpo maior será
sua dificuldade em ser aquecido ou resfriado.
 Gráfico da quantidade de calor (Q) recebida por um corpo em função da temperatura θ – como a função
Q=m.c.Δθ é uma função do primeiro grau seu gráfico corresponde a uma reta ascendente (se o corpo ganha
calor) e descendente (se o corpo perde calor).

A capacidade térmica do corpo é C = Q /Δθ — no triângulo retângulo das figuras a tg α é representada pela razão
Q/Δθ — então tgα = declividade da reta = Q/Δθ = C — observe que, se o corpo recebe calor, Q > 0 e, se cede
calor, Q < 0.
Capacidade térmica (C)
 Define-se capacidade térmica (C) ou capacidade calorífica de um corpo como sendo o produto da massa
desse corpo pelo calor específico da substância de que ele é constituído, ou seja, — C=m.c — como
Q=m.c.Δt — Q=C.Δt — ou Q=C/(t – to)

Se, por exemplo, a capacidade térmica de um corpo é C=40cal/oC, isto significa que, quando esse corpo receber
ou ceder 40 calorias, sua temperatura aumentará ou diminuirá de 1 oC.
Princípio das trocas de calor
 Colocando vários corpos a diferentes temperaturas no interior de um recipiente adiabático, haverá trocas de
calor entre eles, até atingirem o equilíbrio térmico. Assim, como o recipiente é adiabático, a quantidade de
calor cedida pelos corpos mais quentes é igual à quantidade de calor recebida pelos mais frios: Princípio da
Conservação da energia.
Como a quantidade de calor recebida é positiva e a recebida é negativa, tem-se que —
Q1 + Q2 + Q3 + ....+ QN = 0 ou m1.c1.(t – to1) + m2.c2.(t – to2) + m3.c3.(t – to3) + … + mN.cN.(t – toN) = 0
 Princípio das trocas de calor
A soma algébrica m das quantidades de calor trocadas, até ser atingido o equilíbrio térmico, por vários corpos
termicamente isolado é nula
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 Calorímetros - são recipientes adiabáticos onde se estuda as trocas de calor entre corpos que são colocados
em seu interior.

Normalmente utiliza-se o calorímetro para se medir o calor específico de um corpo de massa (mc), mergulhando-
o no interior do calorímetro, onde se tem água de massa (ma), um termômetro e um agitador de líquido. Aquece-
se o corpo cujo calor específico você deseja determinar e o introduz na água do calorímetro. Agita-se o sistema,
espera ser atingido o equilíbrio térmico (te) que é medida. Conhecendo as temperaturas iniciais da água e do
corpo e o calor específico da água, determina-se o calor específico (cc) do corpo pela expressão ---
mc.cc.(te – toc) + ma.ca.(te – toa) = 0.
O que você deve saber
 Calor – energia térmica em trânsito, devido à temperaturas diferentes.

 Quanto maior for o calor específico de uma substância, maior será a quantidade de calor necessária para
variar sua temperatura de um mesmo valor, ou seja, quanto maior o calor específico de um corpo maior será
sua dificuldade em ser aquecido ou resfriado.

 Nas regiões desérticas a amplitude térmica (diferença entre a máxima e mínima temperaturas) é bastante
elevada e nas regiões litorâneas ela é bem menor devido ao alto calor específico da água em relação a outras
substâncias, é que ela pode absorver ou

ceder grandes quantidades de calor com pequena alteração de temperatura. Isto ocorre devido às pontes de
hidrogênio que mantêm as moléculas unidas. A ausência de água faz um ambiente possuir um baixo calor espe-
cífico, e desta forma o ambiente se aquece facilmente e se arrefece facilmente.
 Capacidade térmica ( C )

 Capacidade térmica é grandeza característica de corpo (intervém sua massa); calor específico é grandeza
característica de substância.

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EXERCÍCIOS:
1. (Fuvest) Uma experiência é realizada para estimar o calor específico de um bloco de material desconhecido, de
massa m=5,4kg. Em recipiente de isopor, uma quantidade de água é aquecida por uma resistência elétrica
R=40Ω, ligada a uma fonte de 120V, conforme a figura. Nessas condições, e com os devidos cuidados experi-
mentais é medida a variação da temperatura T da água, em função do tempo t, obtendo-se a reta A do gráfico. A
seguir, repete-se a experiência desde o início, desta vez colocando o bloco imerso dentro d'água, obtendo-se a
reta B do gráfico.
Dado: c = 4 J/g°C, para a água

a) Estime a massa M, em kg, da água colocada no recipiente.

b) Estime o calor específico do bloco, explicitando claramente as unidades utilizadas.

2. (Ufrn - ADAPTADA) Atualmente se fala muito em economizar energia elétrica. Uma das alternativas é aproveitar
a energia do sol para o aquecimento de água em residências, através de coletor solar. O princípio de funciona-
mento do coletor baseia-se no fato de que todo corpo exposto à radiação do sol tende a se aquecer pela absorção
dessa energia.
A figura a seguir é uma representação esquemática de um tipo de coletor solar composto basicamente por:
 uma caixa fechada, contendo canos de cobre na forma de serpentina (onde circula a água a ser aquecida);
 uma placa pintada de preto fosco (para melhorar o processo de aquecimento da água);
 uma tampa de vidro transparente (por onde passa a radiação solar e que ajuda a reduzir perdas por convec-
ção).

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Considere:
 a intensidade da radiação solar I=60cal/cm2.h;
 a área de absorção de energia do coletor A =5×104cm2;
 o calor específico da água c = 103 cal/kg.°C;
 a quantidade de água aquecida de 30°C para 70°C, em uma hora, como sendo m = 36 kg;
 o rendimento, como sendo a razão entre a energia absorvida pela água no processo de aquecimento e a
energia fornecida pelo sol ao coletor.
 a energia absorvida pela água Q é dada por Q = m.c. ; onde  é a variação de temperatura da água
Considerando os dados acima, calcule:
a) a quantidade de energia, por hora, que é absorvida pela água.
b) o rendimento, desse coletor.

3. A figura (a) esquematiza uma repetição das famosas experiências de Joule (1818 - 1889). Um corpo de 2kg de
massa, conectado a um calorímetro contendo 400g de água à uma temperatura inicial de 298K, cai de uma altura
de 5m. Este procedimento foi repetido n vezes, até que a temperatura do conjunto água mais calorímetro atingisse
298,4K, conforme mostra a figura (b). Considere que apenas 60% da energia mecânica total liberada nas n quedas
do corpo é utilizada para aquecer o conjunto (calorímetro mais água) e adote g = 10m/s2.
a) Calcule a capacidade térmica do calorímetro, em J/oC.
b) Determine n.

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4. (Unesp 2014) Para testar os conhecimentos de termofísica de seus alunos, o professor propõe um exercício de
calorimetria no qual são misturados 100 g de água líquida a 20 °C com 200 g de uma liga metálica a 75 °C. O
professor informa que o calor específico da água líquida é 1 cal /  g  C  e o da liga é 0,1 cal /  g   X  , onde X é
uma escala arbitrária de temperatura, cuja relação com a escala Celsius está representada no gráfico.

Obtenha uma equação de conversão entre as escalas X e Celsius e, considerando que a mistura seja feita dentro
de um calorímetro ideal, calcule a temperatura final da mistura, na escala Celsius, depois de atingido o equilíbrio
térmico.



Caros alunos favor fazer as questões do blog sobre calorimetria.
Saudações e Bom trabalho!!!

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BIOLOGIA 4 E 5
OBJETIVAS
1. Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em Microbiologia. Para tornar estéril um meio de cultura, o qual
poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur mergulhava o recipiente que o continha
em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicionava cloreto de sódio.
Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da água pura, era
______. O aquecimento do meio de cultura provocava _______.
As lacunas podem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) maior; desnaturação das proteínas das bactérias presentes.
b) menor; rompimento da membrana celular das bactérias presentes.
c) a mesma; desnaturação das proteínas das bactérias.
d) maior; rompimento da membrana celular dos vírus.
e) menor; alterações no DNA dos vírus e das bactérias.

2. O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (PMA-ONU) foi agraciado com o prêmio
Nobel da Paz em 2020. No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, quatro em cada 10 famílias
não tiveram acesso diário, regular, e permanente à quantidade suficiente de comida em 2017 e 2018. A fome é
declarada quando a desnutrição é generalizada e quando as pessoas começam a morrer por falta de alimentos
nutritivos e suficientes. A diversidade dos alimentos ingeridos garante nutrientes para o desempenho ideal das
funções do organismo.
(Fonte: UNITED NATIONS [UN]. World Food Program. What is famine? Disponível em https://www.wfp.org/stories/what-is-famine. Acessado em 08/06/ 2021.)

Assinale a alternativa correta sobre os nutrientes e sua importância para a saúde humana.
a) A hidrólise dos carboidratos essenciais fornece aminoácidos para a formação das proteínas, as quais têm
função construtora de diferentes tecidos.
b) Os lipídios contêm desoxirriboses e ácidos graxos, constituem as membranas plasmáticas e participam da
síntese de colesterol no organismo.
c) Os sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para diversas funções do organismo, como a síntese
de glicogênio, de proteínas e de vitaminas.
d) As vitaminas atuam como antioxidantes e são substâncias energéticas cuja composição fornece ao organismo
glicídios utilizados na respiração celular.

3. A figura mostra duas propriedades da molécula de água, fundamentadas


na polaridade da molécula e na ocorrência de pontes de hidrogênio.
Essas duas propriedades da molécula de água são essenciais para o fluxo
de
a) seiva bruta no interior dos vasos xilemáticos em plantas.
b) sangue nos vasos do sistema circulatório fechado em animais.
c) água no interior do intestino delgado de animais.
d) urina no interior da uretra durante a micção dos animais.
e) seiva elaborada no interior dos vasos floemáticos em plantas.

4. Alguns metais são imprescindíveis para o bom funcionamento do organismo humano. Os denominados oligo-
elementos, normalmente são encontrados em pequenas quantidades e, quando presentes em excesso, podem
ser prejudiciais à saúde.
A Doença de Wilson, por exemplo, é caracterizada pelo acúmulo de um metal não prateado, que, se liberado na
corrente sanguínea, pode resultar na formação de um anel de coloração escura no olho do indivíduo.
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, o metal e o órgão do portador da Doença de Wilson onde ele
se acumula antes de ser liberado para a corrente sanguínea.
a) Bronze e rim.
b) Cobre e fígado.
c) Ferro e baço.
d) Ouro e baço.
e) Zinco e fígado.

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5. As laranjas sanguíneas são um cultivar de Citrus encontrado em algumas regiões na Itália. Essas laranjas preci-
sam passar por um período de frio para desenvolver a desejada cor avermelhada.
Atualmente, sabemos que o fator de transcrição Ruby é o responsável pela regulação da expressão dos genes
associados à produção de antocianinas, que dão a cor avermelhada às laranjas. Ruby forma um complexo que
se liga diretamente aos promotores desses genes, ativando-os. Em laranjas sanguíneas, o gene que codifica a
Ruby se encontra perto de um retrotransposon, que fica mais ativo durante o estresse causado pelo frio, também
aumentando os níveis de transcrição de Ruby. Assim, é correto afirmar que Ruby regula a síntese de antocianinas
em um nível
a) epigenético.
b) transcricional.
c) pós-transcricional.
d) traducional.
e) pós-traducional.

DISCURSIVAS
6. Em abril de 2007, astrônomos suíços, portugueses e franceses descobriram um planeta semelhante à Terra fora
do sistema solar, o Gliese 581c. A descoberta desse planeta representa um salto da ciência na busca pela vida
extraterrestre, visto que os cientistas acreditam que há água líquida em sua superfície, onde as temperaturas
variam entre 0 °C e 40 °C. Tais condições são muito propícias à existência de vida. Por que a água na forma
líquida e temperaturas entre 0 °C e 40 °C são propícias para a existência da vida tal como a conhecemos?

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7. Os médicos de uma cidade do interior do Estado de São Paulo, ao avaliarem a situação da saúde de seus habi-
tantes, detectaram altos índices de anemia, de bócio, de cárie dentária, de osteoporose e de hemorragias cons-
tantes através de sangramentos nasais. Verificaram a ocorrência de carência de alguns íons minerais e, para
suprir tais deficiências, apresentaram as propostas seguintes.
Proposta I - distribuição de leite e derivados.
Proposta II - adicionar flúor à água que abastece a cidade.
Proposta III - adicionar iodo ao sal consumido na cidade, nos termos da legislação vigente.
Proposta IV - incentivar os habitantes a utilizar panelas de ferro na preparação dos alimentos.
Proposta V - incrementar o consumo de frutas e verduras.

Diante destas propostas, responda.


a) Qual delas traria maior benefício à população, no combate à anemia? Justifique.

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b) Qual proposta que, pelo seu principal componente iônico, poderia reduzir, também, os altos índices de cáries
dentárias, de osteoporose e de hemorragias? Por quê?

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8. A hemocromatose juvenil é uma doença rara que pode ser causada por uma mutação no gene HJV, a qual resulta
em proteína hemojuvelina com função comprometida. Nessa condição, o indivíduo acumula muito ferro proveni-
ente da alimentação em seu organismo, o que pode levar à falência de órgãos como o fígado, pâncreas e coração.
Diversas mutações já foram associadas a esta forma de hemocromatose juvenil, dentre elas a substituição do
aminoácido glicina na posição 320 pelos aminoácidos valina ou alanina (G320V ou G320A) e a formação de códon
de parada prematuro. O heredograma a seguir representa uma família na qual há uma pessoa afetada.

a) Cite uma complicação para a saúde humana decorrente da insuficiência de atividade do pâncreas.

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b) Pela análise do heredograma, qual é o padrão mais provável de herança genética da hemocromatose juvenil?
Justifique sua resposta.

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c) Considere a sequência parcial do RNAm da hemojuvelina selvagem (os números acima das trincas de nucle-
otídeos indicam a correspondência dos aminoácidos):
318 319 320 321 322
RNAm  5' GUU GGG GGA  UGC UUC 3'
Considerando apenas um evento de mutação em cada caso, que alteração na trinca 320 do RNAm leva à
substituição do aminoácido glicina por: 1) valina; 2) alanina; 3) códon de parada? O que acontece com a estru-
tura primária da proteína no caso de haver um códon de parada prematuro no RNAm?

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QUÍMICA 4
DISCURSIVAS
1. Os flavonoides são compostos bioativos encontrados em hortaliças, frutas, cereais, chás, café, cacau, vinho e
suco de frutas e são responsáveis pelas pigmentações amarela, vermelha e violeta de diversas flores. Um dos
benefícios do consumo de frutas e outros vegetais é geralmente atribuído aos flavonoides, uma vez que esta
classe de substâncias apresenta diversos efeitos biológicos que incluem, entre outros: ação anti-inflamatória,
anticâncer e antioxidante. Dentre os flavonoides, pode-se citar a flavona e flavonol, cujas estruturas estão repre-
sentadas a seguir.

Com base nas estruturas dos compostos, responda:


a) Qual é a função orgânica oxigenada que está presente EXCLUSIVAMENTE na estrutura da flavona e do fla-
vonol, respectivamente?
Flavona Flavonol

b) Qual é a hibridização dos átomos de carbono numerados de 1 a 4 na molécula do FLAVONOL?


C-1 C-2 C-3 C-4

c) Classifique os átomos de carbono numerados de 1 a 4 em primário, secundário, terciário ou quaternário na


molécula da FLAVONA.
C-1 C-2 C-3 C-4

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d) Escreva a fórmula molecular do FLAVONOL.

2. Analise a tabela a seguir para responder à(s) questão(ões).

Substância Fórmula estrutural Exemplo de aplicação

Solvente para gomas, corantes, gorduras, ceras e


1
borrachas.

Solvente orgânico, usado por muito tempo como


2
anestésico por inalação.

3 Germicida para uso externo.

4 Intermediário em síntese de fármacos.

5 Síntese de polímeros condutores.

Considerando as substâncias relacionadas na tabela,


a) escreva a fórmula molecular e indique a função orgânica característica das substâncias que apresentam cadeia
carbônica heterogênea.

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b) separe as substâncias em dois grupos: Grupo I, alifáticas; e Grupo II, aromáticas. Para apresentar a sua res-
posta, use as fórmulas estruturais completas das substâncias.

3. Na transesterificação representada a seguir, 1 mol da substância I reage com 1 mol de etanol, na presença de
um catalisador (cat), gerando 1 mol do produto III e 1 mol do produto IV.

Considerando-se os reagentes, o produto III e o produto IV (que pertence à função orgânica álcool) responda ao
que se pede.
a) Represente a estrutura do produto III utilizando notação em bastão.

b) Dê o nome do produto IV, segundo as regras de nomenclatura da IUPAC.

c) Escreva a fórmula molecular da substância I.

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4. Um produto natural encontrado em algumas plantas leguminosas apresenta a seguinte estrutura:

a) Quais são os grupos funcionais presentes nesse produto?

b) Que tipo de hibridização apresenta cada um dos átomos de carbono desta estrutura?

c) Quantas são as ligações sigma e pi presentes nesta substância?

OBJETIVAS
1. (FUNDEP) A molécula 2- buteno (C4H8) pode sofrer certa variação chamada isomerização cis-trans. Sobre a mo-
lécula 2- buteno foram feitas as seguintes afirmações:
I) os carbonos da ligação dupla da molécula 2- buteno têm cada um, um orbital p não hibridizado.
II) as ligações duplas entre carbonos são de difícil rotação devido as ligações sigma que se superpões lateral-
mente.
III) a densidade eletrônica na ligação π está acima e abaixo dos eixos de ligação, enquanto nas ligações σ a
densidade eletrônica localiza-se ao longo do eixo de ligação.
A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS as afirmativas
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.

2. (FUNDEP) Uma vez que os compostos de carbono são muito numerosos, é conveniente organizá-los em famílias
que exibem similaridades estruturais. A classe de compostos orgânicos mais simples são os hidrocarbonetos, que
são constituídos apenas por carbono e hidrogênio. Sobre os hidrocarbonetos, os grupos a seguir que podem ter
carbono com orbital do tipo sp são
a) alcanos e alcenos.
b) alcenos e alcinos.
c) alcadienos e alcinos.
d) alcanos e alcadienos.

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3. (FUNDEP) Barbitúrico é o nome atribuído a um composto orgânico químico sintético. Basicamente, os barbitúricos
são utilizados como sedativos e calmantes. O composto a seguir mostra a fórmula estrutural do barbitúrico.

Sobre a estrutura química do barbitúrico, a sua cadeia carbônica pode ser classificada em:
a) cíclica, homogênea, saturada e normal.
b) cíclica, heterogênea, insaturada e ramificada.
c) mista, homogênea, saturada e normal.
d) mista, heterogênea, insaturada e ramificada.

4. O estudo de compostos orgânicos permite aos analistas definir propriedades físicas e químicas responsáveis
pelas características de cada substância descoberta. Um laboratório investiga moléculas quirais cuja cadeia car-
bônica seja insaturada, heterogênea e ramificada.
A fórmula que se enquadra nas características da molécula investigada é
a) CH3  (CH)2  CH(OH)  CO  NH  CH3 .
b) CH3  (CH)2  CH(CH3 )  CO  NH  CH3.
c) CH3  (CH)2  CH(CH3 )  CO  NH2.
d) CH3  CH2  CH(CH3 )  CO  NH  CH3 .
e) C6H5  CH2  CO  NH  CH3 .

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