Quando uma mulher descobre que está grávida,

ela pode passar os 9 meses apenas reproduzindo

o que ouviu do senso comum: da mãe, da avó, da
vizinha, da amiga, conhecimentos sobre como
viver sua gravidez, como trazer seu filho ao
mundo, como cuidar, como ser mãe.

Mães, avós, amigas, sogras, vizinhas e outras

presenças constantes em têm dicas ótimas e
preciosas, que podem ajudar muito, mas são
orientações geradas de experiências individuais e
não deveriam ser generalizadas ou tomadas
como universais.

Sabemos que no processo gestacional, assim

como muitas fases da vida, diversos são os
obstáculos e dificuldades que a futura mãe
enfrenta e enfrentará.

A maternidade é cansativa e exige grande
responsabilidade que vai muito além do cuidar,
alimentar, colocar para dormir; mas, envolve
uma preparação por inteiro, uma
reorganização, afinal a criança ocupa espaço na
vida dos pais e algumas necessidades pessoais
acabam não sendo mais prioridades.
O pós parto, por exemplo, é uma época de
vulnerabilidades para o surgimento de sofrimentos
psíquicos.
As mulheres sentem que as expectativas sociais são de
que elas estejam felizes e por completo e, portanto, ao
experimentar sentimentos prazerosos acabam se
sentindo culpadas. É normal e totalmente aceitável que
a mãe vá recuperando seus interesses próprios à
medida que a criança lhe permite fazê-lo.
Ter filhos não está associado a melhora do relacionamento
do casal, bem como num aumento da felicidade. O que é
importante entendermos com tudo isso é que com a
chegada dos filhos há inúmeras realizações como amor e
felicidade. Porém há também períodos de estresses, e
medos que precisam ser ditos.

Cuidar dos filhos é uma das atividades

mais desgastantes para a mulher. Das 19 atividades
descritas da melhor para a pior, cuidar dos filhos ficou em
16º lugar, ficando atrás de cozinhar, fazer compras e
praticar exercícios, por exemplo.

E, todo este desgaste, precisa ser acolhido e não

culpabilizado.
Gerar, parir, criar, maternar. Ser mãe pode ser lindo,
solitário, intenso, difícil e é para sempre. É viver entre
o tal instinto materno, o amor incondicional, a
responsabilidade vivida sozinha e compartilhada
também.

Entre vontades, desejos, anseios, inseguranças,

angústias, realizações, alegrias e um amor infinito,
estão as mães.
Mães de um, de dois, de três, mães-solo, mães que
podem contar com alguém, mães modernas, mães
corujas, mães jovens, mães bravas, mães liberais
ou tudo isso em uma só.

Dizem que “mãe é tudo igual, só muda o endereço”.

Mas entre tantas semelhanças e diferenças, cada
uma sabe as dores e as delícias de colocar e educar
uma criança nesse mundo.
“a mulher que não tem filho é uma Curiosamente, nunca ouvimos essa fala
mulher incompleta" direcionado a um homem:
 MATERNIDADE NOS TEMPOS ATUAIS

A demora para a tomada de decisão da mulher

hoje em dia, é reflexo de uma mudança
comportamental das últimas gerações. Com tanto
acesso à informação, muitas dão um novo sentido
para a maternidade e acabam priorizando seus
projetos pessoais, principalmente, os profissionais.
Esta conjuntura mostra como para ser mãe
atualmente envolve um conjunto de perspectivas
que atinge diretamente à elas.

Ser mãe é uma explosão de feminilidade e um

despertar para limites antes nunca imaginado. Não
há nada mais potente do que a dedicação de uma
mãe em construir um mundo melhor para que seu
filho possa ser feliz.
 “já encomendaram o bebê?”
Tais atitudes podem fazer com que muitas mulheres
tenham filhos mesmo sem desejar.
"estão juntos há tanto tempo, só
Assim, ser ou não uma mulher completa não passa falta um filho”
pela maternidade, e sim por ser dona da sua vontade,
das suas decisões e ter seus desejos respeitados
"quando vão dar um netinho para a
vovó?”... entre outras
 A MULHER PARA ALÉM DE MÃE

Para as mães, sua imagem como mulher se esconde por trás do título na maioria das vezes.
Onde quer que esteja sempre vão perguntar pelo seu filho, onde está, com quem está, ou por
que não está junto...
Não podemos esquecer que junto da figura materna, existe uma mãe que pode curtir,
aproveitar momentos em sua própria companhia fazendo o que te dá prazer sem culpas.
Escapar um pouco do peso e responsabilidade de todas as tarefas do dia, além do trabalho,
pode auxiliar na saúde mental e bem-estar dessas mulheres ☺

Conheça agora duas mães e depoimentos sobre a

maternidade:

@ Já quis engravidar. Desisti.
@Marcelatiboni
Mãe, lésbica, escritora e ativista
“Não teve um dia em que acordei e pensei
‘puxa, quero
Ser mãe’. Ser mãe foi um desejo que nasceu
com o meu corpo. Nunca poderei dizer se por
vontade própria ou se por vontade imposta pela
sociedade ao copo feminino. Mas fato que a
maternidade era uma das poucas certezas que
sempre tive.
Já quis adotar. Desisti.
Já quis ter filho com um grande amigo gay.
Desisti.
Já pensei em ser mãe solo. Desisti.
Eu e a Mel tínhamos desejos de maternar
parecidos. Não foi decisão difícil, foi papo
simples direto e curto. Tinha chegado a hora.
Cada foto de nós 4, vejo e tenho certeza de que
maternar sempre foi meu, e dela.”
“Ter só um filho nunca foi uma opção pra mim, eu
desejava uma família enorme.
Mas quando vem o segundo filho, é um novo soco na
cara, por mais que a gente saiba o rolê, a demanda é
intensa e qualquer fragmento do pensamento ‘será
que eu teria mais um?’ foi aniquilado.
Hoje sou a mãe que posso ser e ofereço o que tenho
pra entregar no dia, mas eu sinto falta da mãe que
tinha apenas um, da paciência, do colo sempre
disponível, habilidade em acolher choros, a escuta
sempre atenta.
A mãe que sou com dois, parece que está sempre em
falta, nem sempre tenho paciência, e na maioria das
vezes sou eu quem estou implorando por colo.”

@Prijosefick
Ajuda mulheres a se enxergarem além da
maternidade
 TKS ☺
Time D&I