A maternidade é um misto de emoções e junto com essas emoções vem
vários fatores entre eles a culpa, nos culpamos por tudo que fazemos e não fazemos, nada nunca é suficiente, pelo menos não aos nossos olhos. A sociedade cria parâmetros relacionados a criação no qual nunca nos encaixamos por completo, vivemos em busca da perfeição, de ser melhor e isso nos frustra como mulher, esposa e mãe! A sobrecarga é constante para uma mãe que trabalha, estuda e é casada, são tarefas e mais tarefas e nunca damos conta de tudo e o pior é que na nossa cabeça é obrigação da mãe dar conta de tudo e ser perfeita, mas não são, tudo não passa de uma cultura muita das vezes machista onde a maternidade vem com o fardo da perfeição, fardo da solidão, conheço mães com a casa cheia de filhos e que se sentem sozinhas! Não é uma solidão de pessoas, é uma solidão de frustração, de não poder fazer coisas só para ela, porque perante a sociedade uma mãe sempre carrega seu filho para onde vai, porém nós precisamos de um tempo nosso, nem que seja para deitar-se e dormir sem se preocupar com o jantar por exemplo. A culpa é um sentimento que aparece quando nossas ações ou pensamentos não correspondem às expectativas que temos de nós mesmos. Por trás dela está a autocobrança excessiva, muitas vezes ligada à crença de que “não sou boa o suficiente”. Somos julgadas assim que recebemos o tão sonhado “positivo”, julgadas por ter engravidado cedo demais, ou tarde demais, por ser mãe solteira ou também por não ter escolhido um pai melhor, sempre acham motivos para nos julgarem por algo que não está no nosso alcance e quando o tempo vai passando isso não muda, julgam nossa criação, as roupas que vestimos e até os alimentos que damos aos nossos filhos. E é aí que mora o perigo, quando uma mãe se cala, entra no quarto e chora só porque o seu filho fez uma pirraça e ela se sentiu incapaz de educá-lo ou contê-lo naquela situação, nesse momento essa mãe desconta nela mesmo as frustrações que ela acha anormal e algumas entram na dependência de medicamentos, calmantes e antidepressivos para tentar amenizar essa culpa, essa ansiedade em ser melhor ou aquele pensamento de incapacidade que é o que sentimos na maior parte do tempo! É maravilhoso você poder amamentar seu filho, independente se é com leite materno ou fórmula. Precisamos aceitar e normalizar a ideia de que não somos perfeitas, somos sim mãe em tempo integral, porém também existe uma mulher dentro de nós em tempo integral que se não estiver bom consigo mesma não vai conseguir transmitir nada positivo nas coisas que faz. Devemos sim, dar espaço a uma babá para nos ajudar quando a sobrecarga for excessiva, devemos sim terminar aquele curso ou faculdade e mesmo assim seremos mães!
Não precisamos nos responsabilizar por tudo e nem devemos.
Mães entendam que vocês são perfeitas do jeito de vocês e com as imperfeições de vocês. A sociedade visa tanto respeitar as diferenças e acaba esquecendo do respeito na maternidade, das diferenças na maternidade. Uma mãe que trabalha tem o mesmo valor de uma mãe do lar, estudar, trabalhar, se cuidar, fazer as unhas, sair com as amigas e se divertir, não te torna menos mãe, pelo contrário, uma mãe emocionalmente bem transmite isso para os filhos e isso facilita essa comunicação. Precisamos aceitar que não existe mãe perfeita, criação perfeita, perfeito é você ser a melhor mãe que você pode ser. Não existe modelo de mãe, seu modelo é você e você é imperfeita e incrível assim. Essa culpa que sentimos alivia um pouco quando nós como mães amamos há si mesmas também, poque não precisamos deixar de nos amar para amar um filho, filhos são parte de nós e quando a gente se ama isso reflete neles como uma forma de amor também, assim como nossas frustrações e tristezas. Hoje, quero convidar as mães, assim como eu para se amarem, se cuidarem e ser apenas elas, do jeito delas, quando isso acontecer seremos mais fortes e podemos começar a mudar pensamentos e julgamentos que a sociedade padronizou para a maternidade e que acabamos cometendo com nós mesmos e isso prejudica a criação, o emocional e nossa vida como um todo em todos os sentidos.
Educar, amar e dar limites: os princípios para criar filhos vitoriosos: Tudo que você precisa saber para promover a melhor educação emocional para seus filhos na 1ª infância e sempre