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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO (UNIGRANRIO)

PEDAGOGIA: PSICOLOGIA SOCIAL

PAULA DA CRUZ MARQUESIN - 3112528

PROFESSOR TUTOR: MS LUCAS GONZAGA DO NASCIMENTO

OPÇÃO 1: A MATERNIDADE

RIO CLARO, 28 DE SETEMBRO DE 2022


A MATERNIDADE

A maternidade é um misto de emoções e junto com essas emoções vem


vários fatores entre eles a culpa, nos culpamos por tudo que fazemos e não
fazemos, nada nunca é suficiente, pelo menos não aos nossos olhos.
A sociedade cria parâmetros relacionados a criação no qual nunca nos
encaixamos por completo, vivemos em busca da perfeição, de ser melhor e
isso nos frustra como mulher, esposa e mãe!
A sobrecarga é constante para uma mãe que trabalha, estuda e é casada,
são tarefas e mais tarefas e nunca damos conta de tudo e o pior é que na
nossa cabeça é obrigação da mãe dar conta de tudo e ser perfeita, mas não
são, tudo não passa de uma cultura muita das vezes machista onde a
maternidade vem com o fardo da perfeição, fardo da solidão, conheço mães
com a casa cheia de filhos e que se sentem sozinhas!
Não é uma solidão de pessoas, é uma solidão de frustração, de não poder
fazer coisas só para ela, porque perante a sociedade uma mãe sempre
carrega seu filho para onde vai, porém nós precisamos de um tempo nosso,
nem que seja para deitar-se e dormir sem se preocupar com o jantar por
exemplo.
A culpa é um sentimento que aparece quando nossas ações ou
pensamentos não correspondem às expectativas que temos de nós
mesmos. Por trás dela está a autocobrança excessiva, muitas vezes ligada
à crença de que “não sou boa o suficiente”.
Somos julgadas assim que recebemos o tão sonhado “positivo”,
julgadas por ter engravidado cedo demais, ou tarde demais, por ser
mãe solteira ou também por não ter escolhido um pai melhor, sempre
acham motivos para nos julgarem por algo que não está no nosso
alcance e quando o tempo vai passando isso não muda, julgam nossa
criação, as roupas que vestimos e até os alimentos que damos aos
nossos filhos.
E é aí que mora o perigo, quando uma mãe se cala, entra no quarto e
chora só porque o seu filho fez uma pirraça e ela se sentiu incapaz de
educá-lo ou contê-lo naquela situação, nesse momento essa mãe
desconta nela mesmo as frustrações que ela acha anormal e algumas
entram na dependência de medicamentos, calmantes e antidepressivos
para tentar amenizar essa culpa, essa ansiedade em ser melhor ou
aquele pensamento de incapacidade que é o que sentimos na maior
parte do tempo!
É maravilhoso você poder amamentar seu filho, independente se é com
leite materno ou fórmula.
Precisamos aceitar e normalizar a ideia de que não somos perfeitas,
somos sim mãe em tempo integral, porém também existe uma mulher
dentro de nós em tempo integral que se não estiver bom consigo
mesma não vai conseguir transmitir nada positivo nas coisas que faz.
Devemos sim, dar espaço a uma babá para nos ajudar quando a
sobrecarga for excessiva, devemos sim terminar aquele curso ou
faculdade e mesmo assim seremos mães!

Não precisamos nos responsabilizar por tudo e nem devemos.


Mães entendam que vocês são perfeitas do jeito de vocês e com as
imperfeições de vocês.
A sociedade visa tanto respeitar as diferenças e acaba esquecendo do
respeito na maternidade, das diferenças na maternidade.
Uma mãe que trabalha tem o mesmo valor de uma mãe do lar, estudar,
trabalhar, se cuidar, fazer as unhas, sair com as amigas e se divertir,
não te torna menos mãe, pelo contrário, uma mãe emocionalmente
bem transmite isso para os filhos e isso facilita essa comunicação.
Precisamos aceitar que não existe mãe perfeita, criação perfeita, perfeito
é você ser a melhor mãe que você pode ser.
Não existe modelo de mãe, seu modelo é você e você é imperfeita e
incrível assim.
Essa culpa que sentimos alivia um pouco quando nós como mães amamos
há si mesmas também, poque não precisamos deixar de nos amar para amar
um
filho, filhos são parte de nós e quando a gente se ama isso reflete neles
como uma forma de amor também, assim como nossas frustrações e
tristezas.
Hoje, quero convidar as mães, assim como eu para se amarem, se
cuidarem e ser apenas elas, do jeito delas, quando isso acontecer
seremos mais fortes e podemos começar a mudar pensamentos e
julgamentos que a sociedade padronizou para a maternidade e que
acabamos cometendo com nós mesmos e isso prejudica a criação, o
emocional e nossa vida como um todo em todos os sentidos.

Maternidade não significa sacrifício!

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