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INTRODUÇÃO

O objetivo deste caderno de exercícios é que você possa dar um passo


importante no seu processo de se conhecer, para que você possa começar a
compreender a origem das dificuldades que enfrenta hoje na sua vida,
principalmente na questão emocional com você mesma e na sua vida amorosa.

Não conseguimos mudar aquilo que não conhecemos e verdadeiramente


compreendemos. E talvez seja por isso que você ainda não tenha consigo mudar
alguns comportamentos ou viver uma realidade diferente nos seus
relacionamentos: porque você está agindo no lugar errado!

Neste Caderno de Exercícios você vai começar a entender quando e onde


começaram os problemas que você enfrenta hoje, porque somente assim você vai
conseguir saber em qual direção precisa seguir a partir de agora para conseguir viver
uma relação mais tranquila com você mesma e poder ter um relacionamento saudável
e gostoso.

Antes da gente começar, eu quero me apresentar para você!

SOBRE MIM
Meu nome é Mariana Maciel, sou psicoterapeuta na abordagem sistêmica,
especialista em autoconhecimento e em relacionamentos.

O objetivo principal dos meus atendimentos individuais e dos meus cursos é


entregar um caminho de compreensão e de ação para as pessoas não serem mais
reféns das suas dores e poderem viver suas vidas e relações mais plenas e
equilibradas.

Já conduzi mais de 200 pessoas nos processos terapêuticos individuais e mais de


600 pessoas nos cursos, palestras e treinamentos ministrados ao longo de 8 anos
atuando com o Desenvolvimento Humano.

Além de terapeuta, sou professora da Pós-graduação em Hipnose Clínica e


Terapêutica, da Faculdade JK, em Brasília, e já atuei também como professora de
inteligência emocional e instrutora de meditação.
O QUE É A CRIANÇA FERIDA E DE ONDE VÊM
OS COMPORTAMENTOS QUE VOCÊ TEM HOJE?
A sua personalidade foi formada lá na sua infância, especificamente até os
seus 7 anos de idade.

É nesse período que as crianças estão aprendendo a “ser gente”, elas


precisam aprender um idioma, as normas de conduta, os valores morais, as
regras da sociedade em que nasceram.

Tudo o que a criança vê, sente, presencia, os acontecimentos que ocorrem


têm um peso muito grande e impactam as crianças de forma profunda,
porque ela está completamente aberta para os aprendizados necessários e
porque a criança tem uma vulnerabilidade muito grande. A criança ainda
não tem recursos emocionais maduros para lidar com as situações externas
nem com as suas próprias emoções.

A criança precisa se sentir segura, amada, conectada emocionalmente, e ela


vai buscar nos pais isso.

Mas, os pais são seres humanos, falhos. E, mesmo com todo o esforço
deles, é impossível atender integralmente todas as necessidades da
criança. Eles não tiveram todas as suas atendidas também.

E tem uma coisa muito importante que você precisa ter em mente aqui: a
PERCEPÇÃO da criança é igual à REALIDADE para ela. O que isso significa na
prática? Que você pode hoje compreender e elaborar muitas situações
difíceis que você passou, que aconteceram na sua família, mas lá atrás
quando você era criança, você não tinha essa capacidade para compreender
e elaborar, você tinha uma percepção limitada (como todas as crianças têm),
e você interpretou a sua realidade a partir dessa percepção infantil.

As situações difíceis, ruins, traumáticas, as faltas que você sofreu,


dependendo da intensidade e da frequência que foram vividas, deixaram
marcas profundas em você. E não importa se essas coisas difíceis
aconteceram de fato, ou se aconteceram somente na sua percepção
infantil.

E como uma resposta a essas faltas, dores, feridas, traumas e vazios, você
quando criança começou a moldar todos os seus comportamentos de
forma a tentar atender às suas necessidades que não foram plenamente
atendidas (mesmo que na sua visão infantil e limitada naquela época).
Se você não buscou se conhecer de verdade e amadurecer, você cresceu,
levou para a sua vida adulta as suas dores infantis e levou essa motivação
dentro de você: preencher os vazios que você carrega desde a sua infância.

E essa motivação infantil, até você se tornar consciente disso tudo, guia os
seus comportamentos e impacta negativamente a sua vida emocional e
amorosa.

E quanto mais dificuldades você vivenciou na sua infância, mais as suas


necessidades infantis virão à tona na sua vida adulta, e mais esse lado
infantil que ainda existe em você controla as suas ações e as suas
emoções.

Quanto mais faltas você sentiu que teve na sua infância, mais você tentará
preencher esses vazios de formas disfuncionais (prejudiciais para você
mesma). Pode ser também que você sempre esteja em busca de alguém
para preencher e suprir as suas necessidades infantis, se tornando uma
mulher ciumenta, carente, dependente, submissa, controladora com os
outros e refém das suas emoções intensas.

EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO E IDENTIFICAÇÃO


A partir de agora, eu quero que você leia as perguntas abaixo e realmente
escreva as respostas, você pode imprimir esse caderno de exercícios ou
apenas responder em uma folha separada.

Mas é importante que você separe um tempinho para fazer esses exercícios,
vai te trazer muita clareza e compreensão sobre você mesma e sobre os
comportamentos e dificuldades que você tem hoje.

PERGUNTA 1 - Como foi a sua infância? Como era a relação dos seus pais
com você?
PERGUNTA 2 - Como os seus pais te tratavam? Quais eram as palavras e o
tom de voz que eles usavam ao falar com você? E como eles falavam sobre
você para as outras pessoas?

PERGUNTA 3 -Como era o seu ambiente familiar? Era um ambiente que


te trazia segurança emocional? Era um ambiente caótico, sem regras? Era
um ambiente rígido, com mais cobranças do que conexão emocional?

PERGUNTA 4 -E como você se sentia nesse ambiente familiar que você


cresceu? Se você tiver dificuldade em responder a essa pergunta, faça o
seguinte: conte em voz alta para você mesma a história da sua infância e
traga as informações das perguntas anteriores nessa história. Agora
imagine como uma criança se sentiria nesse ambiente familiar, vivendo as
coisas que você viveu, ouvindo as coisas que você ouviu, vendo as coisas
que você viu. Se você já for mãe, imagine o seu filho vivenciando tudo o
que você vivenciou, como você acha que ele seria impactado?
PERGUNTA 5 -Quais eram as críticas e cobranças que você recebia na
sua infância?

PERGUNTA 6 - O que você gostaria de ter recebido e não recebeu?


PERGUNTA 7 - E hoje, como você se trata? Como é o seu diálogo
interno, ou seja, como você fala com você mesma?

PERGUNTA 8 - O que você exige dos outros nos seus relacionamentos


se parece com o que era exigido de você na sua infância pelos seus pais?

PERGUNTA 9 -Quais os maiores defeitos que você enxerga em você


hoje? De que forma se relacionam com as críticas que seus pais faziam a
você?
PERGUNTA 10 -Se você já é mãe, como você trata os seus filhos no dia a
dia? E nos momentos de estresse e tensão? Você já se pegou agindo com
os seus filhos de uma forma parecida com que seus pais agiam com você?

PERGUNTA 11 - Pensando no que você sente que não recebeu na sua


infância e que gostaria de ter recebido, como você acha que hoje tenta
receber isso? O que você cobra ou espera das pessoas com quem se
relaciona hoje?

PERGUNTA 12 -Como era a relação entre os seus pais? Eles eram


casados? Eles tinham uma vida amorosa feliz, plena e saudável?
PERGUNTA 13 - Como os seus pais se comunicavam e se tratavam?
Com amor, carinho e respeito? Ou com agressões, desdém, indiferença?

PERGUNTA 14 -Como os seus pais lidavam com os problemas que eles


tinham? (financeiros, amorosos)

PERGUNTA 15 - Como os seus pais lidavam com as emoções difíceis e


intensas que eles tinham?
PERGUNTA 16 -Como é a sua vida amorosa hoje? As dificuldades que
você vive nessa área se parecem de alguma forma com o que você viu os
seus pais (e especialmente a sua mãe) passando lá na sua infância?

PERGUNTA 17 - Como você trata o seu companheiro e se comporta


com ele se parece de alguma forma com como os seus pais se tratavam e
agiam um com o outro?

PERGUNTA 18 - Como era a relação da sua mãe com os pais dela? O


que ela teve de bom dos pais dela? E o que você sabe ou acha que faltou
na infância da sua mãe, que os seus avós não puderam dar a ela?
PERGUNTA 19 - Como era a relação do seu pai com os pais dele? O que
ele teve de bom dos pais dele? E o que você sabe ou acha que faltou na
infância do seu pai, que os seus avós não puderam dar a ele?

PERGUNTA 20 - Quais conexões você conseguiu enxergar em relação


ao que você vivenciou e sentiu no seu passado com as dificuldades e
comportamentos que você tem e vive hoje?
O QUE FAZER COM TUDO ISSO?
Tomar consciência sobre tudo isso é um grande e importante passo
nessa caminhada para você se tornar uma mulher madura
emocionalmente e ter uma vida amorosa plena e feliz.

E muitas vezes esse passo é um dos mais difíceis, porque envolve encarar,
reconhecer e aceitar dores e feridas que estavam há muito tempo
guardadas e suprimidas aí dentro de você.

O próximo passo é um compromisso que você precisa firmar. E não é


comigo, é com você mesma! Se comprometer diariamente com:

● Se observar e se pegar no flagra quando perceber esses padrões de


comportamento infantis;
● Se aprofundar em você mesma, ser curiosa e estar sempre se
questionando sobre as suas ações e motivações;
● Não se contentar em viver uma vida cheia de ansiedade e angústia; Não se
contentar em ter uma vida amorosa que mais te traz sofrimento do que
felicidade e plenitude;
● Se perguntar diariamente como você pode ser melhor pra você mesma e
para as pessoas que você ama;
● E o mais importante! Perseverar nessa jornada, mesmo diante das
dificuldades que você encontrará fora, mas principalmente em você mesma
ao longo desse processo!

E para você que já tomou a decisão de ser a sua melhor versão, de se


tornar uma mulher madura emocionalmente, feliz e realizada, eu tenho
um convite!

Me acompanhe nas redes sociais e aproveite todo o conteúdo gratuito que


eu posto. E se você quiser aprofundar seu autoconhecimento e quer as
melhores ferramentas para amadurecer, entre na lista de espera dos meus
atendimentos de terapia e matricule-se nos meus cursos e workshops!

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