Você está na página 1de 9

Escola de Aperfeiçoamento de

Sargentos - EASA

ADMINISTRAÇÃO
MILITAR I

Esse material foi


desenvolvido pela Seção de
Ensino a Distância da EASA
(SEAD)

CAPÍTULO II DO RAE
ESTRUTURA
ADMINISTRATIVA DAS
ORGANIZAÇÕES MILITARES.

CAPÍTULO II – ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DAS


ORGANIZAÇÕES MILITARES.

Vamos falar do capítulo 2 do RAE. DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA


DAS ORGANIZAÇÕES MILITARES.

Então vamos trabalhar por partes.


Compreendido esse marco inicial, o artigo 9º do RAE
nos explica a definição de Organização Militar.

Ele diz que Organização Militar (OM) é toda estrutura do


Comando do Exército que possua denominação oficial, quadro
de organização (QO) e quadro de cargos previstos (QCP)
próprios, sendo que uma OM valor unidade é aquela cujo
comando, chefia ou direção é privativo de oficial superior, exceto
as subunidades independentes. Você, por exemplo, está servindo
numa OM.

Mas administrativamente nem todas as OM são


iguais. Vamos falar um pouco agora sobre
autonomia administrativa. Quando olhamos o
inciso X do artigo 2º do RAE vemos a definição de
autonomia administrativa. Ela é a competência
atribuída a uma organização militar (OM) para a
prática de atos e fatos contábeis e
administrativos decorrentes da gestão de bens e
valores da União e de terceiros. Por exemplo, nem
todas as OM podem realizar compras ou executar
processo completo de desfazimento de bens ou
gerenciar o processo de pagamento dos seus
militares. Isso se dá porque nem todas tem essa
autonomia que estamos falando.
Desta forma, existem 3 (três) possibilidades em relação à autonomia:
OM com autonomia plena, com autonomia parcial e sem autonomia
administrativa.
1. OM com autonomia administrativa plena: é a que, estando
cadastrada no Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal (SIAFI) com um Código de Unidade Gestora
(CODUG), tem competência para realizar atos e fatos de gestão
orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal, próprios ou sob
descentralização, bem como emitir parecer e julgar direitos, cujo
titular está sujeito à prestação de contas, em conformidade com o
disposto no parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal de
1988.
2. OM com autonomia administrativa parcial é a que, estando
cadastrada no SIAFI com CODUG, encontra-se vinculada a uma OM
com autonomia administrativa plena, para fins específicos, conforme
determinado em portaria de concessão ou cassação de autonomia
administrativa.
3. OM sem autonomia administrativa é a que, não sendo UG, não
executa qualquer ato de gestão, devendo estar vinculada a uma OM
com autonomia administrativa plena, para o exercício de sua vida
vegetativa.
Mas por que você deve entender essa questão da autonomia? Vou
pegar um exemplo de uma situação que a maioria dos militares já
vivenciaram: Uma movimentação de uma OM para outra, fora da
guarnição. Se você for de uma OM com autonomia plena, todo o
processo de indenização ocorrerá dentro da própria OM. Agora, se
você estiver numa Companhia de Comando de uma Região Militar, por
exemplo, o processamento do pagamento deverá ocorrer na seção
responsável por este tipo de evento, só que na RM.
Ao longo da sua carreira você já deve ter percebido a complexidade
que é a disposição da organização administrativa da Força Terrestre.
Se ainda não teve contato, na parte presencial do seu Curso de
Aperfeiçoamento de Sargentos, você terá uma noção melhor de como
funciona a gestão financeira, orçamentária e contábil do Exército.
Desta complexidade, você pode depreender que a criação, localização
de sede, subordinação, transformação e extinção de uma OM não é
uma tarefa simples. Desta forma, a seção II do capítulo 2 do RAE,
apresenta algumas diretrizes gerais sobre estes atos. São 5 artigos de
leitura rápida, faça-a para melhor compreensão.

Para melhor compreensão do


conteúdo, sugere-se estar com o
Regulamento de Administração do
Exército Ed. 2021 em mãos.
Retomando o assunto autonomia administrativa, a Seção III do Cap II,
vem falar sobre a Concessão e Cassação de Autonomia Administrativa.
Se lembra que falamos da OM com Autonomia Parcial? Falamos que
ela fica vinculada a uma OM com autonomia plena para fins
específicos e que isso ocorre mediante portaria específica. No Exército,
tudo está escrito em algum lugar! Pois bem, Existe no ordenamento
jurídico castrense uma Portaria que tem por objetivo Regular a
concessão e a cassação de autonomia ou semiautonomia
administrativa (Adm), bem como a vinculação e a desvinculação
administrativa de OM: a Portaria n° 015-SEF, de 19 de março de 2018.
Não é alvo nosso pormenorizá-la, mas é preciso que você saiba que ela
existe. É essa portaria que trata das condições de execução das
medidas que o artigo 19 do RAE cita.

PORTARIA N° 015-SEF, DE 19 DE MARÇO DE 2018


Aprova as Normas para a Concessão ou Cassação de Autonomia ou Semiautonomia
Administrativa e para a Vinculação ou Desvinculação Administrativa de Organização Militar
(EB90-N-03.002), 2ª Edição,2018.
(Semiautonomia= autonomia parcial)

Seguindo adiante, no capítulo anterior, falamos dos princípios da


administração pública federal e um dos princípios que podemos
encontrar no Decreto Lei 200/67 é o da Delegação de Competência.
A delegação de competência é utilizada como instrumento de
descentralização administrativa para assegurar maior rapidez e
objetividade às ações decisórias. Ela, no âmbito do Comando do Exército,
sempre será realizada para militar de menor precedência hierárquica que
o delegante, respeitando-se a segregação de funções (inciso XXIX, do art
2º RAE) e, para obtenção de maior efeito descentralizador, esse ato de
delegação poderá autorizar a subdelegação, à qual se aplicam todas as
disposições relativas à delegação.

Tenha em mente que o ato de delegação


poderá ser revogado a qualquer tempo
pela autoridade delegante.
Retomando a questão das Portarias, e já
finalizando o capítulo, há também uma
outra norma muito importante, que é a
Portaria nº 744, de 29 de julho de 2020,
que aprovou as Normas para Delegação
de Competência da Função de
Ordenador de Despesas no Âmbito do
Exército (EB10-N-08.006). É essa Portaria
que ilustra o mandamento do § 6º do
artigo 20 do RAE.
Como posso
ver isso
na minha pr
ova?
Item 1. Trecho da Situação Particular I:

"Chegou um recurso para a aquisição de mais 4 detectores de metal


portáteis, que deve ser empregado até o final do mês de setembro. O
próprio 12º BPE (CODUG 160999), irá confeccionar todo o processo de
aquisição e efetuar o pagamento do material ao fornecedor."

Diante do supracitado, julgue como verdadeiro ou falso a seguinte


afirmação:

a. ( ) 12º BPE é uma OM com autonomia administrativa.

Resposta: a. ( V ) 12º BPE é uma OM COM autonomia administrativa.

Item 2. Você, 2º Sgt Aperfeiçoado, foi designado para ministrar uma


instrução Militar, para os alunos da CFGS do 122º BC, em Joinville-SC.
Foi franqueado aos alunos um espaço para perguntas sendo que aquelas
que não fossem respondidas no momento, seriam respondidas por e-mail.
Nesta senda, você abriu o seu e-mail e constatou o seguinte
questionamento:

a. Aluno RODRIGUES CAIO: O Exercito Brasileiro faz parte da


Administração Direta ou Indireta?

Diante do supracitado, cite na linha abaixo, qual a resposta correta que


deve ser dada ao Aluno RODRIGUES CAIO:

Resposta: ADMINISTRAÇÃO DIRETA


Espero que tenham compreendido o que conversamos e até o próximo
texto. Bons estudos!

Não deixe de explorar o conteúdo


ofertado no nosso Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA)

Equipe SEAD

Você também pode gostar