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PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA

UM EMPREENDIMENTO INDUSTRIAL

Resumo: Com o desenvolvimento do setor industrial nas cidades, é cada vez maior a
preocupação com os impactos ambientais que podem vir a ser causados por esses
empreendimentos. Neste prisma, destaca-se a problemática dos resíduos sólidos que, caso
sejam gerenciados de maneira inadequada, podem causar diversos transtornos, como a
poluição de corpos hídricos e solo. Sendo assim, este estudo tem por objetivo elaborar uma
proposta de gerenciamento de resíduos sólidos para um empreendimento industrial na
cidade de Maringá, Paraná. Para tanto, realizou-se o diagnóstico do gerenciamento de
resíduos sólidos de uma indústria gráfica deste município, possibilitando-se a identificação
de eventuais inadequações ou espaço para implementação de eventuais melhorias no
processo. Prontamente, foram realizadas propostas pertinentes aos procedimentos já
adotados, destacando-se a possibilidade de reciclagem de um volume maior de resíduos,
bem como intervenções pontuais visando a melhoria das etapas de armazenamento e
transporte de resíduos. O gerenciamento de resíduos possibilita melhorar o desempenho
ambiental dos empreendimentos, além de concorrer favoravelmente à visão externa do
público para com as organizações mais adequadas ambientalmente.

Palavras-chave: Gestão Ambiental, Ecologia industrial, Indústria gráfica, Planejamento.

PROPOSAL FOR SOLID WASTE MANAGEMENT FOR AN


INDUSTRIAL ENTERPRISE

Abstract: With the development of the industrial sector in cities is a growing concern about
the environmental impacts of these developments. In this light, there is the problem of
industrial solid waste that, if improperly managed, can cause various disorders, such as
pollution of rivers and soil. Thus, this study aims to develop a proposal for solid waste
management for an industrial enterprise in Maringá, Paraná, Brazil. Therefore, there was the
diagnosis of solid waste management in a printing industry in this city, making it possible to
identify any inadequacies or space to implement any improvements in the process. Promptly,
proposals were made pertinent to the procedures already adopted, highlighting the possibility
of recycling a larger volume of waste, as well as specific interventions aimed at improving the
storage and transportation stages of waste. The waste management makes it possible to
improve the environmental performance of enterprises, and contribute favorably to the
external view of the public towards the most environmentally appropriate organizations.

Keywords: Environmental Management, Industrial ecology, Graphic industry, Planning.

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1 INTRODUÇÃO

O manejo inadequado dos resíduos sólidos é, em muitos casos, um dos


responsáveis pela poluição ambiental e redução da qualidade de vida nas cidades.
Exemplos desta gestão ineficiente são os inúmeros episódios em que a ausência de
tratamento e a disposição inadvertida dos resíduos provocam a contaminação do meio
(MASSUKADO, 2004).
Para Polaz e Teixeira (2009), é óbvio que o problema em questão se agrava com a
expansão e o adensamento dos aglomerados urbanos já que a infraestrutura sanitária da
maioria das cidades brasileiras não acompanha o ritmo acelerado desse crescimento.
Conforme Ramos e Campani (2012), é comum associar processos produtivos à
geração de resíduos. A falta e ineficiência do gerenciamento de resíduos são fatores
ampliadores dos danos ambientais gerados pelas mais diversas atividades humanas. A
questão é particularmente importante quanto a geração de resíduos sólidos industriais (RSI),
como ocorre em indústrias gráficas, demandando complexos e onerosos procedimentos
para sua destinação e disposição finais. Misra e Pandey (2005) apontam a disposição
inadequada advinda de um gerenciamento ineficiente, ou inexistente, dos RSI pode vir a
causar a contaminação do ar, da água superficial e subterrânea, do solo, dos sedimentos e
da biota.
De acordo com Fausto e Chasin (2003), com o aumento qualitativo e quantitativo do
número de substâncias e consequentemente aumento da produção, armazenamento,
manipulação, transporte, uso e disposição das substâncias químicas, o potencial de
exposição humana e contaminação do ambiente pelos acidentes e incidentes é crescente.
Para Guimarães et al. (2015), apesar da geração de resíduos sólidos potencialmente
danosa ao meio, a atividade industrial gráfica pode ser desempenhada de modo
ambientalmente correto, desde que seus aspectos sejam devidamente identificados,
avaliados e controlados.
Neste contexto, Grubhofer (2006) reporta que a implementação de ações efetivas
para a redução da poluição e de danos ambientais é de fundamental importância. Práticas
como a implantação de sistemas de gestão ambiental, produção mais limpa, minimização de
resíduos, reciclagem, entre outras, tornam-se alternativas para a solução o problema da
poluição.
A elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é
exigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (BRASIL, 2010), conforme Lei

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Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. O PGRS se dá pelo reconhecimento preliminar das
variáveis que influenciam na geração local de resíduos com a posterior indicação de
medidas controladoras, desde a geração, até a destinação final destes resíduos,
possibilitando a minimização dos impactos negativos ambientais, sociais e econômicos.
Realizar uma gestão adequada de resíduos propicia uma melhoria da imagem da
organização. Ter uma responsabilidade socioambiental e desenvolver ações mais
sustentáveis são fatores que influenciam na escolha dos produtos e serviços oferecidos por
um empreendimento, gerando confiança por parte da sociedade civil. Desta maneira, esta
pesquisa teve por objetivo elaborar uma proposta de gerenciamento de resíduos sólidos
para um empreendimento industrial na cidade de Maringá, Paraná.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O objeto deste estudo é uma indústria gráfica instalada em Maringá (Figura 1),
cidade localizada na mesorregião do Norte Paranaense e sede de sua microrregião,
conforme Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES (2012).
A cidade possui área territorial de 487,930 km² e uma população de 357.077 habitantes
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010).

Figura 1. Região de localização do empreendimento na cidade de Maringá, Paraná

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Inicialmente foram levantadas informações gerais do empreendimento e as
atividades por ele desempenhadas, desde as administrativas, até aquelas relacionadas à
produção. Tais informações são necessárias de modo a auxiliar na identificação dos
resíduos gerados.
2.2 DIAGNÓSTICO E PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

Para identificação de problemas no gerenciamento de resíduos sólidos da indústria e


posterior proposição das medidas para seu controle, é necessário o conhecimento prévio
acerca das características dos resíduos gerados. Assim pode-se sugerir meios de
acondicionamento, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequados.
Com o auxílio de colaboradores, realizou-se um levantamento dos setores existentes
na empresa, sendo possível verificar os resíduos gerados conforme atividades
desempenhadas. Com base nos tipos de resíduos encontrados, realizou-se um
mapeamento dos locais de geração. Foram realizadas pesagens diárias dos resíduos que
não eram encaminhados a empresas coletoras terceirizadas, ou seja, aqueles gerados na

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administração, refeitório e sanitários. Os resíduos enviados às empresas contratadas não
tiveram massa aferida, tendo em vista que, por meio da consulta aos registros de destinação
existentes na empresa, foi possível estabelecer a média de geração mensal.
Os trabalhos de pesagens de resíduos foram realizados com o auxílio dos
trabalhadores responsáveis pelo serviço de limpeza da gráfica. Para isso, sempre se fez uso
de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s), como luvas e máscara, de modo a
garantir a saúde e segurança durante a manipulação dos resíduos. Para aferição da massa
dos resíduos, foi utilizada uma balança digital de piso, já existente na própria empresa, a
qual possui precisão de uma casa decimal.
As pesagens dos resíduos enviados à coleta pública foram realizadas do dia 08 até
12 de agosto de 2016, sempre ao fim da jornada de trabalho, de modo a contemplar os
resíduos gerados durante todo o dia. Com a monta semanal dos resíduos, foi possível
estimar as quantidades mensais geradas. A semana de pesagens foi estabelecida
aleatoriamente, haja vista que a geração de resíduos não é constante, variando conforme os
pedidos realizados.
Foram obtidas informações junto à administração da empresa acerca da geração de
resíduos e respectiva periodicidade de coleta por meio de comprovantes, certificados,
recibos, ou outros meios de registro, utilizados para controle interno.
Por meio de levantamento de informações junto aos colaboradores responsáveis
pela limpeza do ambiente, foi possível verificar as formas de acondicionamento, transporte,
tratamento e destinação final que os resíduos recebem.
As sugestões realizadas foram baseadas no que concerne a legislação específica e
normatização vigentes, tendo destaque a Lei Federal Nº 12.305 de 2 de agosto de 2010
(BRASIL, 2010), Resolução Nº 275 de 25 de abril de 2001 (CONAMA, 2001), ABNT NBRs
7.501:2011 (ABNT, 2011), 10.004:2004 (ABNT, 2004), 11.174:1990 (ABNT, 1990),
12.235:1992 (ABNT, 1992), Lei Estadual Nº 12.493 de 1999 (PARANÁ, 1999) e Decreto
Municipal Nº 2.000 de 2011 (MARINGÁ, 2011).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO

A indústria em estudo atua na impressão de listas, cadastros e outros produtos


gráficos, e, mais diretamente, no comércio e industrialização de produtos personalizados,
como brindes, etiquetas e materiais em plástico flexível. Possui capacidade produtiva de 2

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milhões unid.mês-1. As matérias primas utilizadas são plástico laminado, papel/papelão,
papel autoadesivo, tintas e solventes. A organização conta com 45 colaboradores e possui
horário de funcionamento de segunda a sexta-feira das 7h45min às 17h48min.
Tratando-se do processo produtivo, inicialmente há a solicitação de fabricação do
produto, a qual varia de acordo com a ordem de venda, sendo expressas a quantidade e
demais especificidades. Desenvolvido o layout do produto, encaminha-se a matéria prima a
ser utilizada na produção da peça para o setor de corte (laminado PVC e/ou papelão).
A produção se dá pelo processo de solda eletrônica e a personalização pelos processos de
serigrafia, de flexografia ou digital. Para a produção de etiquetas, faz-se o corte do papel
autoadesivo e a impressão por meio do processo de flexografia. A serigrafia é usada para
impressões planas ou rotativas em diversos materiais, como papéis e tecidos. A impressão
digital é utilizada principalmente na confecção de banners. A finalização dos produtos é
realizada manualmente. Então, o produto é encaminhado à expedição final. A Figura 2
Figura 2 apresenta o fluxograma do processo produtivo da organização.

Figura 2. Fluxograma do processo produtivo do empreendimento em estudo

3.2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

3.2.1 Setorização de geração de resíduos

Com base nos tipos de resíduos realizou-se uma setorização da empresa (Quadro
1).
Quadro 1. Setores de geração de resíduos no empreendimento em estudo
Setor Administrativo Setor Produtivo Outros Setores
Corte
Administração Geral
Impressão Digital/Arte
Recepção Refeitório
Solda eletrônica
Financeiro Sanitários
Serigrafia/Flexografia
Recursos Humanos
Lavador de telas

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Produção de etiquetas

O Setor Administrativo possui alguns subsetores, entretanto, constatou-se que os


resíduos gerados nesses locais são iguais, haja vista o tipo de atividade exercida no dia a
dia, como por exemplo, pagamentos, compras e emissão de notas e outros documentos,
havendo a geração de resíduos de papéis e plásticos, bem como de cartuchos de
impressoras utilizadas no setor. Desta forma optou-se por reunir os subsetores para aferição
das massas.
No setor produtivo ocorrem os trabalhos de impressão propriamente ditos, sendo
que, de acordo com o tipo de impressão (Figura 3) e de acabamento no corte de plásticos
ou papel, observou-se diferenças quanto a tipologia dos resíduos gerados.

Figura 3 - Impressoras utilizadas no processo produtivo: Serigráfica (A), Digital (B) e Flexográfica (C)

Na serigrafia é feito uso de telas preparadas colocadas sobre molduras no qual a


tinta é vazada por meio de uma tela de nylon. Já a flexografia constitui um sistema de
impressão relevográfico com uso de tinta de secagem rápida. Por fim, há a impressão
digital, no qual os dados são enviados diretamente às impressoras, dispensando o uso de
moldes.

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Assim, as diferentes matérias primas utilizadas, bem como as demandas de limpezas
diferenciadas dos equipamentos, incorrem na geração de resíduos diferentes. Nas áreas de
impressão destaca-se a existência de resíduos contaminados por tinta e no local de
acabamento têm-se a geração de aparas de plástico e papel.
A empresa possui local destinado à realização de refeições dos colaboradores,
contudo não são realizados manipulação e preparo de alimentos. No local é basicamente
realizado o aquecimento de alimentos prontos com posterior consumo. Desta forma não há
a geração de óleo comestível pós-consumo. Nos sanitários é realizada a higienização dos
colaboradores e do público externo que visita a empresa. Há, ainda, disponibilização de
vestiário para os colaboradores.

3.2.2 Levantamento da geração de resíduos sólidos

Por meio dos trabalhos de pesagem dos resíduos do setor administrativo, refeitório e
sanitários, e levantamento de comprovantes de destinação de resíduos determinou-se a
geração dados acerca da geração, com dados apresentados na Erro! Fonte de referência
não encontrada., a qual fornece informações acerca do setor gerador, descrição do
resíduo, classe e tipo dos resíduos, de acordo com a ABNT NBR 10.004:2004 (ABNT,
2004), média da quantidade gerada, forma de acondicionamento e responsabilidade pela
destinação final do resíduo.

Tabela 1. Levantamento dos resíduos gerados pela indústria gráfica


S Descrição C Tipo Quantidade Acondicionamento Destinação final
Papel e -1
II A R 19,6 kg.mês Lixeira 5 L Aterro Municipal
Administr.

papelão
Cartuchos de -1
I P 2 unid.mês Caixa de papelão Logística Reversa
impressora
-1
Plástico II B R 8,8 kg.mês Lixeira 5 L Aterro Municipal
Resíduos de -1
II A O 68,8 kg.mês Saco Plástico 50 L Aterro Municipal
Refeitório

alimentos
Embalagens -1
II B R 18,8 kg.mês Saco Plástico 50 L Aterro Municipal
plásticas
Papel e -1
II A R 160 kg.mês Saco Plástico 100 L Reciclagem
Corte

papelão
-1
Plástico II B R 40 kg.mês Saco Plástico 100 L Reciclagem
Eletrôn.
Solda

-1
Plástico II B R 1000 kg.mês Saco Plástico 100 L Reciclagem

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Embalagens -1
I P 10 unid.mês Tambor 200 L Aterro Industrial
de tinta
Digital e Arte
Impressão

Restos de -1
I P 3 kg.mês Galão 5 L Aterro Industrial
tinta
Têxtil
-1
contaminado I P 15 kg.mês Tambor 200 L Aterro Industrial
(estopas)
Lavador
de telas

-1 Caixa separação
Borra de tinta I P 12 kg.mês Aterro Industrial
Água e Óleo

Embalagens -1
I P 6 unid.mês Tambor 200 L Aterro Industrial
Impressão serigráfica e

de tinta
Restos de -1
I P 4 kg.mês Galão 5 L Aterro Industrial
flexográfica

tinta
Têxtil
-1
contaminado I P 30 kg.mês Tambor 200 L Aterro Industrial
(estopas)
Bombona A granel em piso
-1
com resíduo I P 1 unid.quad. impermeável, área Logística Reversa
de solvente coberta
Restos de -1
I P 3 kg.mês Galão 5 L Aterro Industrial
tinta
Produção de
Etiquetas

Têxtil
-1
contaminado I P 20 kg.mês Tambor 200 L Aterro Industrial
(estopas)
Papel -1
I P 300 kg.mês Tambor 200 L Aterro Industrial
autoadesivo
Sanitários

-1
Rejeitos II A-B Re 72,8 kg.mês Saco Plástico 50 L Aterro Municipal

Lâmpadas Conforme há
I P Caixa de papelão Aterro Industrial
Setores

fluorescentes necessidade
Todos

-1
Varrição II A-B Re 2 kg.mês - Saco Plástico 50 L Aterro Municipal
Em que: S=Setor; C=Classe; Tipo: O=Orgânico, P=Perigoso, R=Reciclável, Re=Rejeito.

Tem-se que a fração mais significativa é a de recicláveis, perfazendo um total de


1247,2 kg.mês-1, contemplando resíduos de plásticos, papel e papelão. A parcela de
resíduos Classe I – Perigosos corresponde à uma monta de 387 kg.mês-1, desconsiderando
os resíduos enviados por unidades, como bombonas de solventes e embalagens de tintas. A
parcela de orgânicos é igual a 68,8 kg.mês-1 e a de rejeitos equivale a 74,8 kg.mês-1.

3.2.3 Procedimentos adotados

- Segregação

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Resíduos enviados à coleta pública são separados dos demais, bem como os
resíduos que possuem algum tipo de contaminante dos resíduos sem essa característica,
para os quais há o envio a coletores licenciados para encaminhamento às suas destinações
finais. Essa separação de resíduos perigosos (Classe I) busca a não contaminação dos
resíduos não perigosos (Classe II) gerados na empresa, caso contrário seria necessário
empregar uma destinação mais onerosa e menos desejável a resíduos com potencial de
reciclagem.

- Acondicionamento

O Armazenamento dos resíduos Classe II - Não perigosos gerados na administração


são enviados à coleta pública, permanecendo em lixeiras com capacidade para 5 litros.
Resíduos gerados no refeitório e sanitários são acondicionados em sacos plásticos de 50 L.
Os resíduos que recebem a reciclagem como destinação final são armazenados em
sacos plásticos, próximos à saída lateral da empresa para a via local, havendo a
etiquetagem dos contentores conforme o tipo de plástico, papel ou papelão, facilitando o
trabalho de reciclagem posteriormente A ABNT NBR 12.235:1992 (ABNT, 1992), tratando de
procedimentos para de resíduos perigosos, define que o armazenamento deve ser realizado
em área coberta, impermeável, elevada, até acumulo de quantidade que justifique a
disposição final em aterro industrial. Com isso os resíduos não ficam expostos à chuva e
não há uma indesejável infiltração no solo de compostos perigosos solubilizados em água.
Na empresa o local de acondicionamento desses resíduos é adequado, sendo
utilizados tambores de 200 litros em área próxima à saída lateral da edificação. A exceção
se dá para as lâmpadas e cartuchos de impressoras que são depositados em caixas de
papelão aguardando coleta. A Figura 4Erro! Fonte de referência não encontrada.
demonstra formas de acondicionamento de resíduos nos setores produtivo e administrativo.

Figura 4. Acondicionamento na produção para resíduos Classe I (A) e recicláveis (B) e no setor
administrativo para todos resíduos (C)

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- Transporte/transbordo

O transporte interno dos resíduos enviados à coleta pública é realizado por


colaboradores responsáveis pela limpeza nos dias em que há coleta. Tais resíduos são
dispostos na calçada aguardando a chegada do serviço municipal. O serviço de coleta é
realizado três vezes na semana.
Os resíduos coletados por empresas terceirizadas têm seu transporte realizado, com
auxílio de funcionários dessas empresas, do local de acondicionamento temporário, para o
veículo transportador e posteriormente para o local de tratamento e/ou disposição final.

- Destinação final

Conforme disposto na Tabela 1, os resíduos gerados pelo setor administrativo,


refeitório e sanitários (Classe II A ou II B – não perigosos), devido à baixa geração, são
enviados semanalmente à coleta pública, tendo sua disposição final em aterro sanitário
licenciado, localizado em Maringá.
Resíduos gerados na produção categorizados na Classe I: estopas, resíduos de
tinta, borra de tinta e embalagens de tintas, devido às suas características, bem como
lâmpadas, são enviados ao aterro industrial licenciado da cidade, juntamente com resíduo
de papel adesivo. Os resíduos Classe II A advindos da produção: papel, papelão e aparas
de plástico são enviados para reciclagem mensalmente. As bombonas de solvente e

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cartuchos vazios retornam ao fornecedor, havendo logística reversa, conforme há
necessidade.

3.3 PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS

De acordo com os pontos críticos identificados na fase de diagnóstico, são realizadas


propostas de melhorias, com objetivo de diminuir a geração de resíduos e minimizar
impactos ambientais negativos.

3.3.1 Procedimentos a serem implantados

- Geração de resíduos perigosos

De modo a promover a redução da geração de resíduos perigosos contaminados


com tintas e solventes, como suas embalagens e resíduos têxteis utilizados na limpeza do
maquinário, sugere-se a implantação de medidas de produção mais limpa (P+L), visando
boas práticas na gestão de resíduos.
De acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB e
o Sindicato das Indústrias Gráficas – SINDIGRAF (2009) do Estado de São Paulo, para a
redução de resíduos de tintas, pode-se realizar o reaproveitamento interno, por meio da
mistura dos diversos restos de tinta para obtenção de uma tinta preta que, embora de
qualidade inferior, pode ser utilizada para a impressão de materiais que não demandem alta
qualidade, ou mesmo, para pinturas internas, como as de pisos.
Outra medida de P+L seria a avaliação da substituição das tintas utilizadas
atualmente por tintas sem solvente, à base d’água. De forma a possibilitar a reciclagem das
suas embalagens e demais materiais que tiveram contato com este tipo de tinta.
A implantação desta ação, além de reduzir a geração de resíduos perigosos,
proporciona à empresa benefícios ambientais e ocupacionais, como a redução da toxicidade
de sua matéria-prima, e benefícios econômicos, como a redução nos custos com a
disposição final de resíduos em aterro industrial e possível redução nos custos de produção.
Os pigmentos de algumas tintas podem conter metais, como chumbo, cromo, cádmio
ou mercúrio, portanto, deve-se buscar alternativas de tintas sem estes metais. As tintas à
base d’água são mais adequadas, pois reduzem as emissões de compostos orgânicos

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voláteis (COVs), costumam depender menos de derivados de petróleo para sua fabricação e
reduzem o consumo de energia para sua secagem (CETESB; SINDIGRAF, 2009).
Todavia, para a implantação desta medida, deverão ser avaliadas as alternativas
junto aos fornecedores, realização de testes de produção, treinamento e capacitação dos
empregados envolvidos, bem como avaliar se não haverá outras demandas, como a maior
necessidade de limpeza de equipamentos com água e não mais com solventes,
necessitando realizar o tratamento do efluente de lavagem (CETESB; SINDIGRAF, 2009) ou
envio deste à rede coletora de efluentes local.

- Segregação

A empresa segrega seus resíduos corretamente, havendo o entendimento quanto a


importância desta etapa para a gestão. Todavia, visando desonerar o envio de resíduos
sólidos à coleta municipal, os resíduos gerados pela administração passiveis de reciclagem
(plástico, papel e papelão) devem ser enviados juntamente com os resíduos da produção já
encaminhados à reciclagem. Para isso, faz-se interessante a realização de treinamentos
com os trabalhadores sobre a adequada separação de forma continuada.
Ainda, sugere-se a substituição dos copos descartáveis de plástico utilizados na
empresa por outros de material resistente, passíveis de reutilização, como vidro. Essa
medida visa a não geração de um resíduo presente no setor administrativo.
Haveria a possibilidade do envio dos resíduos orgânicos à compostagem como forma
de tratamento. Entretanto, a baixa geração não justifica tal procedimento, havendo mais
viabilidade do encaminhamento à coleta pública para posterior disposição em aterro
sanitário, tal como é realizado para os rejeitos gerados nos sanitários.

- Acondicionamento

Atualmente há a identificação dos coletores de resíduos de acordo com seu tipo,


sendo esta ação importante que visa garantir a organização do ambiente e facilitar o envio
dos resíduos às suas corretas destinações. A quantidade dos coletores é adequada à
demanda.
Sugere-se que a utilização de lixeiras mais adequadas do ponto de vista ergonômico
para acondicionamento dos papéis e aparas de plástico. Devido às rodas, a locomoção
pelas instalações do setor de produção é realizada de forma facilitada.

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Os contentores devem estar identificados com cores e rótulos conforme definidos
pela Resolução CONAMA Nº 275/2001 (CONAMA, 2001), que estabelece o código de cores
para diferentes tipos de resíduos, não alterando sua classificação de forma que sejam
minimizados os riscos ambientais e de contaminação.
De acordo com a ABNT NBR 11.174:1990 (ABNT, 1990), na execução e operação
de um local de armazenamento de resíduos sólidos não inertes e inertes, devem ser
considerados aspectos relativos ao isolamento, sinalização, acesso à área, medidas de
controle de poluição ambiental, treinamento de pessoal e segurança da instalação. O
armazenamento de resíduos Classe I gerados na produção deve respeitar as exigências da
ABNT NBR 12.235:1992 (ABNT, 1992).
Na empresa há um local específico de armazenamento dos resíduos, estando este
próximo à saída lateral com acesso à via local. Todavia não há sinalização específica, no
piso ou paredes, dos resíduos que devem ser depositados no local. O padrão de
armazenamento é respeitado devido à rotina dos colaboradores. Para novos colaboradores,
há a orientação de se seguir a rotina.
De modo a melhorar a gestão do espaço e o entendimento da gestão de resíduos
dos novos colaboradores, se faz necessário a demarcação do piso com o tipo de resíduo a
ser armazenado ou, ainda, a confecção de baias identificadas, em material resistente, que
facilite a correta separação dos resíduos.

- Transporte/transbordo

Os resíduos armazenados e acumulados deverão ser transportados conforme sua


Classe, para que não sofram contaminação passiva, em dia e horário pré-determinados.
Recomenda-se o acúmulo de quantidades que justifique o transporte dos resíduos que não
apresentem risco a saúde do trabalhador ou risco ambiental.
Necessita-se de treinamento específico sobre a importância da atuação destes na
implantação e manutenção dos procedimentos de Gerenciamento. Fundamental se faz a
realização de treinamentos para o engajamento desses funcionários. É dever da
organização fornecer o EPI adequado aos colaboradores que manuseiam os resíduos,
principalmente para os Classe I – Perigosos, além de exigir de seus parceiros a mesma
conduta na segurança e a apresentação das licenças ambientais necessárias ao transporte
dos resíduos.

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O transporte do resíduo ao local de coleta deverá ser programado de forma a
minimizar o tempo de permanência do resíduo no local. O melhor horário prevê a coleta
após horários de maior atividade, ou em horário de parada programada para a limpeza, de
modo a não prejudicar a rotina dos setores. Devem ser preconizadas as indicações da
ABNT NBR 7.501:2011 (ABNT, 2011), no que diz respeito ao transporte de resíduos
perigosos.

- Destinação final

A etapa de destinação final é assaz importante para todo o processo de


gerenciamento, afinal é neste último procedimento que se garante a melhoria do
desempenho ambiental da organização. Com isso, têm-se a minimização dos impactos
adversos tanto para o meio quanto para a sociedade no geral.
Propõe-se que todos os resíduos com potencial de reciclagem sejam enviados a este
tratamento. Ainda, sugere-se que as lâmpadas passem a integrar o sistema de logística
reversa da empresa, já que atualmente esses resíduos são dispostos em aterro industrial.
Os efluentes líquidos gerados na lavagem das telas devem obrigatoriamente passar
pelo sistema separador de água e óleo, garantindo a retenção de resíduos de tinta que
deverão ser encaminhados a aterro industrial, bem como reaproveitamento, caso exequível.
Para que os mecanismos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos promovam os
resultados planejados, é essencial que a implantação dos procedimentos seja realizada de
forma eficiente. Isso inclui, também, a exigência das licenças ambientais das empresas
responsáveis pelas destinações dos resíduos, visando a melhoria contínua do sistema.
Em caso de alteração no processo produtivo que provoquem a geração de novos
resíduos, deve-se verificar junto ao responsável técnico competente, quais as orientações
necessárias à adequada gestão dos resíduos.

- Educação Ambiental

Sugere-se a aplicação de métodos de educação ambiental na organização visando a


melhoraria do seu gerenciamento de resíduos e, concomitantemente, melhorar seu
desempenho ambiental.

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Segundo Rodrigues (2002), a consciência ambiental promove o alcance de um
estágio de formação moral e comportamento social que implique na adoção de um novo
comportamento ético do ser humano em relação a questões ambientais.
Podem ser utilizadas diversas ferramentas nas atividades, como palestras, mesas
redondas, vídeos, dinâmicas de grupo, contudo é imprescindível que haja condução dos
trabalhos por profissional especializado. Deve-se incluir todos colaboradores da empresa,
incluindo a alta administração, garantindo que as propostas alcancem todos os níveis
hierárquicos.

4 CONCLUSÃO

Com a pesquisa desenvolvida foi possível o atendimento ao objetivo proposto, sendo


possível, após diagnóstico das características gerais da indústria gráfica, propor medidas
com objetivo de melhorar o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados.
Destaca-se a possibilidade de envio de mais resíduos à reciclagem, diferentemente
do que é realizado atualmente ao se enviar resíduos como plástico e papel, Classe II, para
disposição em aterro sanitário. Ainda, foram propostas melhorias no processo de
armazenamento de resíduos por meio da utilização de contentores mais adequados
ergonomicamente e da implantação de sinalização horizontal e vertical, bem como a
inclusão de práticas relacionadas à educação ambiental. Tais sugestões auxiliam na
melhoria do desempenho ambiental, bem como da imagem da empresa.

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