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1ª RELITA – Reciclagem de RH em Ensaios Geotécnicos – ITA∕SERENG-5

MOLDAGEM E CURA DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS DE


CONCRETO

A determinação correta da resistência a compressão de um concreto depende, e


muito, da perfeição da moldagem dos corpos de prova a ensaiar. A aplicação da carga
deverá ser feita axialmente, isto é, segundo a direção do eixo do corpo de prova cilíndrico
sobre as superfícies que constituem as bases do cilindro.
Caso as superfícies em que se aplicam as cargas não forem paralelas entre si, bem
planas e normais `as geratrizes do cilindro, impossível será a aplicação da carga axial
uniformemente distribuída.
Não é raro que os corpos de prova não satisfaçam a essas condições, por defeitos
no acabamento das superfícies das bases, que chamamos de capeamento. O mau
socamento e adensamento do concreto no interior das formas trazem também, sérios
prejuízos, permitindo a formação de vazios no interior do corpo de prova, diminuindo sua
capacidade e, portanto, sua resistência.

1 – Objetivo do ensaio;

Este método fixa o modo pela qual devem ser moldados e curados os corpos de
prova cilíndricos de amostras de concreto plástico, empregado em obras de concreto
simples ou armado.

2 – Aparelhagem e moldagem;

A- Os moldes devem ser metálicos, de formato cilíndricos, com as dimensões de


300mm de altura por 150mm de diâmetro.

B- Os bordos, superior e inferior, da forma devem estar em planos normais `a sua


superfície lateral

C- Cada forma será acompanhada de uma base, constituída por uma base de chapa
plana, de aço ou ferro fundido, com dimensões suficientes para que, colocando o molde
sobre ele, ainda sobre espaço para a colocação do cordão de cera e de outra chapa
semelhante `a anterior ou de vidro, destinada `a cobertura do corpo de prova após a
moldagem.

D- Haste de socamento de aço teta, com 600mm de comprimento e 16mm de


diâmetro, com superfície lisa, seção circular e extremidade de socamento semi-esférica.
E- O corpo de prova normal é empregado para concreto cujo agregado tenha
diâmetro máximo até 50mm, e, para os agregados maiores, são empregados cilindros de
20cm de diâmetro ou mais.

F- Cada amostra de concreto destinada `a moldagem de corpos de prova, deve ser


retirada imediatamente após o seu lançamento, de um ponto da obra perfeitamente
identificável para referências futuras.

G- Ao retirar-se a amostra, coloca-se, por meio de uma pá ou utensílio semelhante, o


concreto em um balde ou outro recipiente estanque para ser, em seguida, transportado
para o local de moldagem. A quantidade de concreto a ser retirada deve ser suficiente
para a moldagem de, pelo menos, dois copos de prova para cada idade.

H- Antes de apertar-se o anel do molde, para melhor garantia de estanqueidade,


passa-se uma leve camada de cera preparada na superfície lateral externa da forma, em
toda a extensão da fenda vertical; aperta-se depois fortemente o parafuso do anel. A cera
preparada pode ser obtida, fundindo-se cera virgem com óleo mineral, de modo que
resulte uma mistura plástica a frio.

I- Em seguida, coloca-se a forma sobre a base e, entre esta e a superfície lateral


externa da forma, junto e ao longo de seu bordo inferior, dispõe-se um cordão de cera
preparada, de modo a garantir perfeita estanqueidade `a forma.

J- Terminada a operação anterior, juntam-se levemente a superfície lateral interna e


o fundo da forma com óleo mineral.

K- Cada corpo de prova será moldado, colocando-se o concreto na forma em quatro


camadas sucessivas, de modo que cada uma venha a ocupar, aproximadamente, a quarta
parte do volume do molde.

L- Cada camada deve ser adensada com 30 golpes da haste; esses golpes serão
distribuídos de modo uniforme pela seção do molde e dados de maneira que não atinjam
a camada anterior. Terminada essa operação na ultima camada, a superfície do topo do
corpo será alisada com a colher de pedreiro e, em seguida, coberta com a chapa destinada
a esse fim.

M- Na execução da ultima camada, é aconselhável que haja ligeira deficiência de


concreto com relação aos bordos da forma; essa precaução fará com que o remate fique
com uma espessura razoável, de 2 a 4mm.

N- Decorridas cerca de 2 horas do momento da moldagem, retira-se a chapa que


capeava a forma, passa-se, sobre a superfície do topo do corpo de prova uma escova
grossa e remata-se com uma camada de pasta de cimento. Esse remate deve ficar aderente
ao corpo de prova, e não trincar durante a aplicação da carga no ensaio de compressão.
O- O remate será terminado pela rasura do topo do corpo de prova por meio de uma
régua que o operador fará deslizar sobre os bordos do molde, em direção normal `a régua,
dando-lhe também um ligeiro movimento de vaivém na sua direção, de modo a remover
o excesso de pasta.

P- Quando o corpo de prova não tiver sido rematado no canteiro, poderá sê-lo no
laboratório, de modo que a superfície do topo fique plana e normal ao eixo do cilindro.

Q- Vinte e quatro horas após a moldagem, procede-se `a retirada do corpo de prova


do molde; para isso calça-se o CP, desaperta-se o anel e faz-se deslizar a forma para o
lado do seu topo inferior, com cuidado suficiente para que não sejam quebrados os
bordos dos topos.

R- Os CP, durante a sua permanência no canteiro, devem ser conservados em areia


úmida, serragem úmida de madeira, ou envolvidos em sacos molhados.

S- Os CP, imediatamente após o recebimento no laboratório, serão depositados em


câmara úmida, onde devem permanecer até o dia de ruptura, a uma temperatura próxima
de 21º C.

T- Os corpos de prova que se destinam ao controle nas condições de cura análogas


`as de estrurura, serão conservados na obra, tão próximo quanto possível do local de onde
foi retirada a amostra e submetidos a tratamento idêntico ao dado `a parte da estrutura
que representam.

U- Os corpos de prova só devem ser remetidos para o laboratório depois de terem


atingido ¾ da idade de ruptura.

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