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NBR 5738

PROCEDIMENTO DE MOLDAGEM

A dimensão básica do corpo de prova deve ser no mínimo três vezes maior que a
dimensão nominal máxima do agregado graúdo concreto. Antes da moldagem, os moldes e
suas bases devem ser convenientemente revestidos internamente com uma fina camada de
óleo mineral ou outro lubrificante. Para moldagem deve ser utilizado uma concha de seção U.

ADENSAMENTO DOS CORPOS DE PROVA

A escolha do método de adensamento deve ser feita em função do abatimento,


determinado de acordo com a ABNT NBR NM 67, seguindo as classes de consistência. Para
definição do número de camadas e golpes, devem ser atendidos os requisitos do número de
camadas para moldagem dos corpos de prova; para concreto autoadensável, deve ser
dispensada esta etapa.

ADENSAMENTO MANUAL

Introduzir o concreto no molde em camadas de volume aproximadamente igual e


adensar cada camada utilizando a haste, que deve penetrar no concreto com seu extremo em
forma de semiesfera, a primeira camada deve ser atravessada em toda a sua espessura quando
adensada com a haste, evitando-se golpear a base do molde. Os golpes devem ser distribuídos
uniformemente em toda a seção transversal do molde. Cada uma das camadas seguintes
também deve ser adensada em toda sua espessura, fazendo com que a haste penetre
aproximadamente 20 mm na camada anterior. Deve-se bater levemente na face externa do
molde, até o fechamento de eventuais vazios. A última camada deve ser moldada com
quantidade em excesso de concreto, de forma que, ao ser adensada, complete todo o volume
do molde e seja possível proceder ao seu rasamento, eliminando o material em excesso. Em
nenhum caso, é aceito completar o volume do molde com concreto após o adensamento da
última camada.

RASAMENTO

Após o adensamento da última camada, deve ser feito o rasamento da superfície com a
borda do molde, empregando para isso uma régua metálica ou uma colher de pedreiro
adequada.

MANUSEIO E TRANSPORTE
Os corpos de prova devem ser moldados de preferência no local em que serão
armazenados. O transporte dos mesmos deve ser evitado; quando não for possível a
moldagem no mesmo local de armazenamento, o ideal é transportá-los de imediato após o
rasamento, para que haja a cura inicial no local próprio. No transporte é preciso evitar
trepidações, golpes, inclinações e, de forma geral, qualquer movimento que possa perturbar o
concreto ou a superfície do mesmo. Após endurecimento do concreto, os corpos de prova
devem ser transportados dentro das respectivas fôrmas. Caso não seja possível, após a
desforma, os corpos de prova devem ser transportados em caixas rígidas contendo serragem
ou areia molhada ou similar.

CURA

Após a moldagem, colocar os moldes sobre uma superfície horizontal rígida, livre de
vibrações e de qualquer outra ação que possa perturbar o concreto. Durante pelo menos as
primeiras 24 h, para corpos de prova cilíndricos, e 48 h, para corpos de prova prismáticos,
todos os corpos de prova devem ser armazenados em local protegido de intempéries, sendo
devidamente cobertos com material não reativo e não absorvente, com a finalidade de evitar
perda de água do concreto. Os corpos de prova a serem ensaiados com a finalidade de
verificar a qualidade e a uniformidade do concreto utilizado na obra ou para decidir sobre sua
aceitação, de acordo com o estabelecido na ABNT NBR 12655, devem ser desmoldados após
o período de cura inicial. Antes de serem armazenados, os corpos de prova devem ser
identificados. Imediatamente após sua identificação, os corpos de prova devem ser
armazenados até o momento do ensaio em solução saturada de hidróxido de cálcio a (23 ±
2)°C ou em câmara úmida à temperatura de (23 ± 2)°C e umidade relativa do ar superior a 95
%. Os corpos de prova não podem ficar expostos ao gotejamento nem à ação de água em
movimento. Impedir a secagem das superfícies dos corpos de prova entre o momento em que
são retirados do local de cura e a realização do ensaio.
NBR 5739

EXECUÇÃO DO ENSAIO

Seguindo a NBR 5738, os corpos-de-prova precisam ser mantidos em processo de cura


úmida ou saturada para execução do ensaio. Os topos inferior e superior devem ser rematadas
de acordo com o prescrito em cada norma, sendo corpos-de-prova moldados e corpos-de-
prova extraídos. No ensaio, a distância entre o eixo da máquina e do corpo-de-prova deve ser
no máximo 1% do diâmetro nominal. Para calcular tal diâmetro é necessário utilizar mais ou
menos 1 milímetro, pela média de dois diâmetros, medidos ortogonalmente na metade da
altura do corpo-de-prova. Para o rompimento à compressão deve se especificar a idade de
cada corpo-de-prova. Todo material utilizado para o ensaio deve ser limpo e seco antes de
posicionar o corpo-de-prova de forma centralizada no prato inferior. A escala de força
escolhida para o ensaio deve ser tal que a ruptura do corpo-de-prova deva se dar com uma
carga compreendida no intervalo de 10% a 90% do fundo de escala. A carga deve ser aplicada
de maneira contínua e sem choques, com velocidade de carregamento de 0,3 Mpa/s a 0,8
Mpa/s. Ajustes não devem ser efetuados na máquina quando o corpo-de-prova estiver se
deformando rapidamente ao se aproximar de sua ruptura. O carregamento só deve cessar
quando o recuo do ponteiro de carga for em torno de 10% do valor da carga máxima
alcançada, que deve ser anotada como carga de ruptura do corpo-de-prova.

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