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PADRÕES DE CONTAMINAÇÃO/POLUIÇÃO DO

SOLO

O gerenciamento da qualidade dos solos


e das águas subterrâneas deve utilizar,
preliminarmente, valores orientadores
que foram estabelecidos sempre que
possível, com base em dados nacionais e
em avaliação de risco à saúde humana.

PADRÕES DE CONTAMINAÇÃO/POLUIÇÃO DO
SOLO
Os valores orientadores foram estabelecidos
para serem utilizados como um instrumento ágil
e de fácil aplicação no suporte as decisões para
as ações de prevenção e controle da poluição
dos solos e das águas subterrâneas, pelos
diferentes usuários, incluindo as várias áreas da
CETESB, de maneira padronizada.

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Valores de Referência de Qualidade - VRQ
‘ Como os métodos analíticos não detectam o
zero absoluto em termos de concentração,
foram adotados como Valores de Referência de
Qualidade - VRQ, os limites de detecção dos
métodos analíticos padronizados na CETESB,
tanto para solos como para águas subterrâneas.

‘ Ressalta-se que estes valores devem ser


alterados sempre que houver novas
padronizações da metodologia analítica com
diminuição do limite de detecção.

Valores de Referência de Qualidade - VRQ


‘ O valor de Referência de Qualidade - VRQ
indica a concentração natural de uma
substância em solos ou águas subterrâneas que
não tenham sido impactados
antropogenicamente. Este valor indica o nível
de qualidade para que um solo seja
considerado limpo.

‘ Este valor orientador tem como principais


funções, fornecer subsídio para avaliação de
qualidade de solos e águas subterrâneas e
auxiliar no estabelecimento de valores máximos
permitidos.

‘ As anomalias, ou seja, as concentrações


naturalmente elevadas, são avaliadas
localmente.

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Substâncias naturalmente ausentes no solo

‘ Considera-se substâncias naturalmente


ausentes no solo, aquelas geradas ou isoladas
antropogenicamente em processos industriais.

‘ A maior parte dos problemas ambientais


causados por estes compostos é originada pela
destinação inadequada no solo, de resíduos
industriais e domésticos e por práticas agrícolas
indiscriminadas.

Substâncias naturalmente presentes no solo


‘As concentrações naturais de metais em solos,
as quais serão utilizadas para obtenção dos
valores de Referência de Qualidade - VRQ, foram
obtidas pela análise de solos provenientes de
algumas áreas remotas, ou com o mínimo de
interferência antrópica, tais como áreas com
vegetação nativa (florestas) ou reflorestamento
antigo, para minimizar a possibilidade de escolha
de um solo que tenha sofrido efeito antropogênico
num passado recente de, no mínimo, vinte anos.

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Substâncias naturalmente presentes no solo
Obs.:
‘Na lista de valores de referência de qualidade,
não constam valores para alumínio, ferro e
manganês, pois segundo consenso, estes metais
encontram-se naturalmente nos solos tropicais em
altas concentrações.

‘Estes valores serão reavaliados no futuro,


considerando-se as concentrações naturais em
solo de uso agrícola e urbano

Substâncias naturalmente presentes no solo

‘ A expressão “metal pesado”, comumente


utilizada para designar metais classificados
como poluentes, na verdade aplica-se a
elementos que têm peso específico maior que 5
g/cm3 ou que possuem um número atômico
maior que 20.

‘ A expressão engloba metais, semi-metais e


mesmo não metais como o selênio (Se).

‘ Trata-se, portanto, de um conjunto muito


heterogêneo de elementos.

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Substâncias naturalmente presentes no solo

‘ Em termos de poluição os a expressão “metal


pesado” parece ter sido a mais usada para
designar metais classificados como poluentes
do ar, água, solo, alimentos e forragens.

‘ Na lista de metais pesados estão com maior


freqüência os seguintes elementos: Cu, Fe, Mn,
Mo, Zn, Co, Ni, V, Al, Ag, Cd, Cr, Hg e Pb
(Malavolta, 1994).

‘ No relatório da CETESB todos estes elemento


são denominados como metais.

Valores de Prevenção (VP)


‘ Os valores de Prevenção estabelecidos têm caráter
preventivo, evitando que o solo em estudo torne-se uma área
contaminada.

‘ O Valor de Prevenção - VP - indica o nível de concentração no


solo acima do qual deve ser iniciado o monitoramento da
qualidade das águas subterrâneas do sistema aqüífero freático,
para qualquer cenário de uso e ocupação do solo identificando e
controlando as possíveis fontes de contaminação, de modo a
cessar o aporte de poluentes no solo e nas águas subterrâneas.

‘ é a concentração de determinada substância, acima da qual


podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e
da água subterrânea.

‘ Em casos específicos, deve ser verificado se a concentração de metais representa uma


anomalia natural do solo.

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Na realidade o VP representa um limite
para adição de metais no solo, seja por
tratamento e/ou disposição de resíduos
sólidos, aplicação de lodo de estações
de tratamento, aplicação de efluentes
tratados, aplicação de insumos agrícolas
fabricados a partir de resíduos
industriais (micronutrientes), avaliação
de solos utilizados em terraplanagem e
avaliação de fonte de contaminação por
deposição atmosférica de material
particulado (ex.: chumbo secundário).

Valores de Prevenção (VP)


‘ Neste momento, optou-se pela definição do
cenário agrícola/área de proteção máxima para
a derivação de valores de Prevenção para
metais, considerando que nesse cenário existe
a adição controlada de poluentes.

‘ Os valores de Prevenção foram então derivados


com base em dados de fitotoxicidade para
metais.

‘ Considerando-se que os contaminantes quanto


disponíveis em solução, podem ser absorvidos
pelas plantas ou migrar para as águas
subterrâneas, optou-se, por derivar os valores
de Prevenção com base em fitotoxicidade.

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Valores de Intervenção(VI)
‘ Os valores de intervenção para solos e águas
subterrâneas, foram derivados com base em
avaliação de risco, apresentando-se como uma
importante ferramenta para o suporte à decisão,
no gerenciamento de áreas contaminadas,
agilizando as ações de controle.

‘ O valor de intervenção indica o limite de


contaminação acima do qual, existe risco
potencial à saúde humana, requerendo
alguma forma de intervenção na área
avaliada, de forma a interceptar as vias de
exposição. Quando excedido, requer uma
investigação detalhada da área.

Valores de Intervenção(VI)
‘ Em caso de existir mais de um tipo de uso e
ocupação do solo na área em estudo, deverá
ser utilizado os valores de intervenção do
cenário mais restritivo.

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Valores de Intervenção (VI)

‘ A premissa básica é que, uma contaminação de


solo ou água subterrânea, não é aceitável se o
risco para a saúde humana exceder o Risco
Máximo Tolerável (RMT).

‘ Para compostos não carcinogênicos, no modelo


C-Soil o RMT é dado por um quociente de risco
igual a 1, ou seja, o ingresso diário de um
contaminante no organismo exposto (no caso, o
ser humano) pode ser, no máximo, igual ao
ingresso diário tolerável ( torelable daily intake -
TDI).

Valores de Intervenção (VI)


‘ O TDI é definido como a quantidade de um
contaminante absorvida por um indivíduo
durante toda a sua vida (expectativa de vida),
expressa com base no peso corpóreo, sem
antecipar efeitos negativos sobre sua saúde, de
acordo com o conhecimento científico atual e foi
derivado pelo RIVM.

‘ Quando o TDI não é conhecido, o modelo utiliza


o ingresso diário aceitável (acceptable daily
intake- ADI) que foi determinada para
substâncias presentes em aditivos alimentares,
pela OMS ou a dose de referência ( reference
dose - RfD), utilizado pela EPA.

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Valores de Intervenção (VI)
‘ A concentração tolerável no ar ( toxicologically
tolerable concentration in air – TCL) tem sido
utilizada para algumas substâncias voláteis. O
modelo também compara a concentração do
contaminante estimada no ar de ambientes
fechados sobre locais contaminados, com os
limites para segurança ocupacional
(BERG,1994).

‘ Estes índices são determinados, em sua


maioria, com base em estudos toxicológicos
com animais em laboratórios. Na extrapolação
para seres humanos utilizam-se fatores de
segurança, dependendo das incertezas
existentes nestes estudos.

Valores de Intervenção (VI)


‘ Para compostos carcinogênicos, considerando
ser impossível estabelecer uma dose ou
concentração abaixo da qual não ocorra
nenhum risco de efeito adverso à saúde
humana, o RMT foi admitido como sendo a
possibilidade de ocorrer um caso adicional de
tumor letal em cada 10.000 pessoas, ou seja,
um risco de 10-4 (SWARTJES e BERG, 1993).

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