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LEIS E PRINCÍPIOS

ECOLÓGICOS
Prof. Sérgio Luís de Carvalho
Depto. Bio Zoo/UNESP/Ilha
Solteira
FATOR ECOLÓGICO

Qualquer elemento do ambiente


capaz de atuar diretamente
sobre os seres vivos.
FATOR ECOLÓGICO
Influência dos Fatores Ecológicos

Lei do Mínimo desenvolvida por


Liebig em 1840 Quando
muitos fatores estão presentes em
condições favoráveis (ótimas) e um
deles atue em condições abaixo de
um mínimo exigido, este fator limitará
a sobrevivência (será limitante)
FATOR ECOLÓGICO

Em outras palavras, em
condições de “estado constante”,
o material essencial disponível
em quantidades que mais se
aproximem do mínimo crítico
necessário tenderá a ser o fator
limitante
FATOR ECOLÓGICO
FATOR ECOLÓGICO
‹ Pode ser atribuído aos Materiais
Químicos (N,P,K,B, etc.)

‹ Ex: Boro: é indispensável mas


sempre raro no solo; quando
esgotado pelas plantas
cultivadas o crescimento para,
mesmo se lhe forem
fornecidos abundantemente os
outros elementos
indispensáveis.
FATOR ECOLÓGICO

‹ Um fator ecológico desempenha


o papel de fator limitante quanto
está ausente ou reduzido, abaixo
de um mínimo crítico ou se
excede o nível máximo tolerável.
FATOR ECOLÓGICO
‹ Ex: Em lagos o Ca++ é um fator
limitante

‹ Nomar o PO4 (s) é um fator


limitante que regula a
abundância do plâncton assim
como a produtividade do meio.
FATOR ECOLÓGICO
‹ Lei
de Tolerância de Shelford
(1913)

‹ Os organismos apresentam
limites mínimo e máximo dentro
dos quais o animal ou vegetal se
desenvolve. Representam estas
leis os “limites de tolerância”.
FATOR ECOLÓGICO
‹ Limites de Tolerância

‹ Ex: Elementos Químicos


(N,P,K,B, etc.,)
temperatura, luz, água,
sol ou outros fatores.
PRINCIPIOS SUBSIDIÁRIOS DA
LEI DE TOLERÂNCIA
‹ 1. Margem ampla de tolerância
para um fator pode ser
estreita para outros.

‹ 2. Organismos com amplas


margens de tolerância para
todos os fatores são os
melhor distribuídos.
PRINCIPIOS SUBSIDIÁRIOS DA
LEI DE TOLERÂNCIA
‹ 3. A escassez de um fator
ecológico pode reduzir os
limites de tolerância dos
outros fatores;

‹ Ex: resistência de algumas


plantas à seca se reduz
com níveis baixos de
nitrogênio.
PRINCIPIOS SUBSIDIÁRIOS DA
LEI DE TOLERÂNCIA
‹ 4. Osorganismos não vivem
na natureza em
condições ótimas
(influência de outros
fatores, freqüentemente
biológicos, como
presença de
competidores e
predadores).
PRINCIPIOS SUBSIDIÁRIOS DA
LEI DE TOLERÂNCIA
‹ 5. O período de reprodução
pode ser um período
crítico (Indivíduos
reprodutivos e em
estágios imaturos
apresentam, em geral,
amplitudes de tolerância
mais estreitas).
GRAU DE TOLERÂNCIA
AMPLITUDES DE TOLERÂNCIA

‹(Modificado de Cox et. al. 1976)


AMPLITUDES DE TOLERÂNCIA
‹ Esteno- = estreito
Euri- = amplo

‹ estenotérmico/euritérmico
estenohídrico/eurihídrico
estenohalino/eurihalino
estenoécio/euriécio
(estenotópica/euritópica)
AMPLITUDES DE TOLERÂNCIA
‹ Largos limites de tolerância para
um fator não significa largos
limites para todos os fatores.

‹ Ex. Uma planta pode ser


euritérmica e ao mesmo tempo
estenohídrica.
AMPLITUDES DE TOLERÂNCIA

(Odum, 1985)
VALÊNCIA ECOLÓGICA

‹É a possibilidade de uma espécie


viver em meios diferentes sob a
ação de fatores ecológicos
diversos.

‹ Está relacionada com a


distribuição dos organismos
VALÊNCIA ECOLÓGICA
valência ecológica
‹ Fraca
estenoécias

‹ Adaptam-se a ambientes
restritos

sincáridos (crustáceos) que


‹ Ex:
sobrevivem no máximo até 13º C.
VALÊNCIA ECOLÓGICA
‹ Forte valência ecológica
euriécias

‹ Podem povoar ambientes muito


diferentes

‹ Ex: Espécies de águas salobras


DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES
‹ Espécies Euritópicas ampla
distribuição. São geralmente
euriécias.

‹ EspéciesEstenotópicas
pouca distribuição. São
geralmente estenoécias.
DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES
‹ Podem ser euritópica e
estenoécia
‹ Ex: Crustáceo Artemia salina
em charcos de água super
salgada no litoral

‹ Euritópicae Euriécia (Ubíquas)


‹ Ex: mosca doméstica, plantas
daninhas
RAÇAS ECOLÓGICAS OU
ECÓTIPOS
Adaptação fisiológica nas
formas locais.

‹ Ex: Poliqueto Nereis diversicolor


‹ Adaptadas a 62%o em lagunas
no mar Romeno. Quando
transportadas para o Mar Negro
morrem e vice-versa.
RAÇAS ECOLÓGICAS OU
ECÓTIPOS
Indicadores Ecológicos
‹ Espécies que indicam as condições
ambientais de um local

‹ Espécies Esteno – são os melhores


indicadores.

‹ Ex:trutas em relação à temperatura e


oxigenação da água;
‹ Libélulas (Odonata) em água não
poluída.
ALGUMAS ESPÉCIES
ESTENOTÉRMICAS QUENTES
‹ Crustáceo
das fontes termais
Thermosbaena mirabilis – vivem
em águas entre 45 e 48oC

‹ Muitos protozoários tintinidos

‹ Insetos
ectoparasitos de
mamíferos e aves
ALGUMAS ESPÉCIES
ESTENOTÉRMICAS FRIAS

‹ Colêmbolos, o díptero chiona sp.


que vive entre o a 5º C, muitos
ortópteros
ALGUMAS ESPÉCIES
EURITÉRMICAS
‹ O puma que ocorre no Canada, E.U.A,
Patagônia.
‹ O Tigre – da Índia (Florestas
Tropicais) à Sibéria e no Himalaia a
4.000 metros.
‹ O sapo Bufo bufo do Norte da Áfríca
aos Alpes
‹ Ácaros Oribáteos sobre rochas nuas
ou nos líquens a 60ºC (dia) à 0oC
(noite)
‹ LIMITES DE
‹ TOLERÂNCIA

‹ EM PEIXES
ADAPTAÇÕES ÀS CONDIÇÕES
LIMITANTES: ECÓTIPOS
‹

(Odum, 1985)

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