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Lei de Liebig
A Lei do mínimo foi originalmente desenvolvida por Carl Sprengel e
posteriormente popularizada por Justus von Liebig. Esta lei estabelece que o
crescimento é regulado por um fator limitante, ou seja, o recurso mais escasso, e não
pelo total de recursos disponíveis. Em biologia e ecologia, isso significa que o
crescimento de uma população é restringido pelos fatores que são mais escassos e não
pelos fatores que são abundantes. Isto foi baseado na observação do crescimento da
cultura. Assim, a adição de nutrientes em abundância não resultou em aumento do
crescimento. Por outro lado, a adição de nutrientes escassos, que neste caso é o fator
limitante, levou ao aumento do crescimento das culturas. Isso significa que, mesmo que
alguns dos nutrientes no solo sejam abundantes, mas se os outros nutrientes forem
limitantes ou relativamente menores, o crescimento da cultura não aumentará.
Aqui estão alguns exemplos na natureza que ilustram a Lei de Liebig:
Fósforo em ecossistemas aquáticos: Em ecossistemas aquáticos, como lagos e
rios, o fósforo é frequentemente um nutriente limitante. A disponibilidade de fósforo
pode limitar a produção primária de algas e plantas aquáticas, uma vez que é um
componente essencial do DNA, RNA e ATP, que são necessários para o crescimento e
reprodução das plantas. Mesmo que outros nutrientes, como nitrogênio e potássio,
estejam disponíveis em quantidades adequadas, a falta de fósforo pode limitar o
crescimento desses organismos.
Nitrogênio em ecossistemas terrestres: Em muitos ecossistemas terrestres, o
nitrogênio é frequentemente um nutriente limitante. O nitrogênio é um componente
essencial de aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas, e é necessário
para o crescimento e desenvolvimento das plantas. A falta de nitrogênio pode limitar a
produção primária de plantas terrestres, mesmo que outros nutrientes, como fósforo e
potássio, estejam disponíveis em quantidades adequadas.
Um exemplo da Lei de Liebig pode ser observado na cultura do milho. O milho
precisa de uma variedade de nutrientes para crescer, incluindo nitrogênio, fósforo e
potássio. Se o solo não tiver uma quantidade adequada de um desses nutrientes, o
crescimento da planta será limitado. Por exemplo, se houver uma deficiência de
nitrogênio, as folhas do milho ficarão amarelas e a planta não crescerá tão rapidamente
quanto deveria, mesmo que haja quantidades suficientes de fósforo e potássio no solo.
Outro exemplo pode ser visto na agricultura de frutas cítricas. A árvore de
laranja precisa de uma variedade de nutrientes para crescer, incluindo nitrogênio,
fósforo, potássio, magnésio e cálcio. Se houver uma deficiência de magnésio no solo, as
folhas da árvore ficarão amareladas e a árvore não produzirá tantas laranjas quanto
deveria, mesmo que os outros nutrientes estejam disponíveis em quantidades
suficientes.
Lei de fator limitante de Blackman
A lei do fator limitante foi proposta em 1905 pelo fisiologista vegetal britânico
Frederick Frost Blackman. De acordo com esta lei, um processo que depende de
múltiplos fatores terá uma velocidade limitada pelo ritmo do fator mais lento.
A fotossíntese, por exemplo, é um processo biológico que depende de múltiplos
fatores. A reação química geral da fotossíntese é
6CO2+12H2O+energia=C6H12O6+6O2+6H2O. Com base nessa equação, CO2, H2O e
energia luminosa (luz solar) são os fatores limitantes dessa reação. Se algum deles se
tornar acessível em um ritmo mais lento ou inferior ao normal, espera-se que a taxa de
fotossíntese se torne lenta com base no ritmo do fator mais lento. Por exemplo, se a
concentração de CO2 se tornar escassa (por exemplo, devido ao fechamento das
aberturas estomáticas em resposta a temperaturas elevadas no ambiente), a taxa de
fotossíntese torna-se lenta mesmo se os níveis de H2O e energia luminosa estiverem
amplamente disponíveis.
O mesmo resultado ocorrerá se a energia luminosa se tornar menos disponível ou
menos intensa, a taxa de fotossíntese será mais lenta apesar da abundância de CO 2 e
H2O. A luz torna-se um fator limitante da fotossíntese quando a planta não consegue
captar luz, por exemplo, devido à sombra resultante da densa população de plantas.
Outro exemplo é o Dióxido de carbono (CO2) em plantas aquáticas: Em
ecossistemas aquáticos, como lagos e oceanos, o dióxido de carbono é muitas vezes um
fator limitante para a fotossíntese de plantas aquáticas, como algas e plantas submersas.
O CO2 é um dos principais substratos utilizados pelas plantas na fotossíntese, e a sua
disponibilidade pode ser limitada em águas com baixa concentração de CO2 dissolvido.
Mesmo que outros fatores, como a luz e os nutrientes, estejam presentes em quantidades
adequadas, a falta de CO2 pode limitar a taxa de fotossíntese das plantas aquáticas.
Considerações finais