1.

Introdução

Durante as nossas interações de aulas, abordamos conteúdos relacionados com nutrição das
plantas. Falamos que dezesseis elementos químicos são chamados essencais para o
crescimento das pantas. Eles são divididos em dois grupos principas: os não-minerais e os
minerais. Os nutrientes não-minerais são o carbono (C), o hidrogênio (H) e o oxigênio (O).
Estes nutrientes são encontrados na atmosfera e na água e participam da fotossíntese.

Os produtos da fotossíntese são responsáveis pela maior parte do crescimento das plantas.
Quantidades insufcientes de dióxdo de carbono, água ou luz reduzem o crescimento. A
quantidade de água usada na fotossíntese é tão pequena que as plantas mostrarão deficência
hídrica antes do teor de humidade ser suficientemente baixo para afectar a velocidade da
fotossíntese. Os treze nutrientes minerais, que são fornecidos pelo solo, estão divididos em
dois grupos: macronutrientes e micronutrientes. É desses nutrientes que são absorvidos no
solo pelas raízes das plantas que irei abordar nesse presente trabalho, olhando como eles
ocorrem e se disponibilizam pelas plantas.

1.1 Objectivo geral

 Saber a ocorrência e a disponibilidade de nutrientes no solo

1.2 Objectivos específicos

 Saber como ocorre os nutrientes e como se disponibilizam;

 Saber a solução do solo;

 Relacionar o pH com a disponibilidade de nutrientes;

 Relacionar as reações entre a solução do solo e a fase sólida;

 Conhecer a matéria orgânica e a sua influência com os nutrientes no solo.

1.3 Metodologia

O presente trabalho baseou-se na pesquisa bibliográfica que abrangem alguns autores da área
da fertilidade do Solo; pesquisa na internet e outras fontes que mereceram consultas que
contribuíram para a efectivação do presente trabalho.

Ocorrência de nutrientes no solo

As plantas obtêm os nutrientes que necessitam através da absorção, pelas raízes, dos
elementos existentes na solução do solo. “E são três os processos de absorção: interceptação
radicular, fluxo de massa e difusão. Antes de qualquer coisa, porém, esta absorção
dependerá da existência ou de sua disponibilidade na solução do solo como um dos principais
factores” (POTAFOS, 1988)

Para Malavolta, (1980) o teor disponível de um nutriente em uma determinada condição

depende, além das formas químicas que se encontram no solo, da capacidade de absorção da
cultura, do desenvolvimento do sistema radicular, do tempo de crescimento e, ainda, de
condições climáticas e da disponibilidade dos outros nutrientes. Aquela parte do nutriente que
se encontra na solução do solo podeser considerada como disponível, juntamente com uma
outra parte que se encontra na fase sólida, mas em condições de transferência para a fase
líquida.

Todo solo utilizado para produção agrícola necessita de nutrientes para que a plantação se
desenvolva de maneira saudável e produtiva. Para que isso aconteça, é preciso que o solo
disponibilize nutrientes que vão garantir o correto desenvolvimento das plantas. Nesse
cenário, a ciclagem de nutrientes pode ser uma grande aliada do agricultor.

O plantio sucessivo de espécies com alta capacidade de extração de nutrientes pode gerar um
grande impacto sobre a disponibilidade e reservas de nutrientes nos solos. Isso traz como
consequência a queda da qualidade das áreas de produção, quando não é feito o manejo
correcto. 

A ciclagem de nutrientes nada mais é do que a contínua transferência de substâncias entre o

solo e as plantas e vice-versa. Trata-se de um processo biológico e natural que envolve a
troca de nutrientes essenciais para a vida do mundo vegetal, incluindo florestas, ecossistemas
e também a agricultura.

Os nutrientes em sua forma inorgânica são absorvidos pela planta, e a partir desse momento
irá desempenhar funções orgânicas nas células. Esses nutrientes são translocados para o
interior das plantas e, posteriormente, os nutrientes retornam ao solo acumulados na massa
vegetal, reiniciando o ciclo.

Disponibilidade de nutrientes no solo

Segundo POTAFOS, (1988) a disponibilidade de nutrientes é a capacidade de um solo em

fornecer nutrientes essencais para as plantas de forma acessível e em quantidades adequadas.
Esses nutrentes são fundamentais para o crescimento, desenvovimento e produção das
plantas. Os nutrientes mas importantes para as plantas são divididos em dois grupos:

 macronutrientes e

 micronutrientes.
Os macronutrientes são nutrientes necessários em quantidades relativamente grandes, e
incuem o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cácio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S).
Já os micronutrentes são nutrientes necessários em quantidades menores, mas ainda assim
essenciais, e ncluem o ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B),
molbdênio (Mo) e cloro (Cl).

Factores que influenciam a disponibilidade de nutrientes

A dsponibiidade de nutrientes é inuencada por uma variedade de factores, incuindo:

 pH do solo,

 teor de matéria orgânica,

 textura do solo,

 temperatura,

 umidade e

 atividade bioógica do solo.

Cada nutriente tem uma faixa de pH do solo em que está mais disponível para as pantas.

A disponibiidade de nutrientes pode ser afetada por prátcas inadequadas de manejo do solo,
como a remoção excessva de nutrientes do soo através da coheta ou a fata de reposição de
nutrientes através da prática de adubação. O manejo adequado dos nutrentes do solo é
essencia para garantir a disponibilidade adequada de nutrientes para as plantas e,
consequentemente, para aumentar a produtividade e quaidade das culturas.

Assim, a disponibilidade de nutrientes é uma medida importante para avaliar a fertilidade do

solo e a capacidade de um solo em fornecer nutrientes para as plantas. A disponbilidade de
nutrientes é um factor chave a ser considerado no manejo de nutrientes e na escolha das
cuturas agrícolas a serem pantadas em um determnado solo. A manutenção adequada da
disponibildade de nutrientes pode ser alcançada através de práticas adequadas de manejo do
solo, como adubação, rotação de culturas e práticas de conservação do solo.

Para nunca se ter dúvdas sobre a real situação do solo quantos aos seus teores de macro e
micronutrientes, a melhor ferramenta de manejo é a análise de solo! Só a partir dela é
possível entender a real situação do solo, para a partir daí se definir os manejos de adubação e
correção necessários (POTAFOS, 1988).
Solução do Solo

A solução solo contém materiais dissolvidos provenientes dos processos químicos e

bioquímicos do solo e provenientes da troca com a hidrosfera e biosfera. Este meio transporta
espécies químicas para as partículas do solo, mantendo um contacto íntimo entre os solutos e
as partículas do solo. Além de fornecer água para crescimento de planta, é um meio essencial
para atroca de nutrientes da planta entre as raízes e terra sólida.

A solução do solo constitui a fase aquosa do solo. Quase todas as reações químicas que
ocorrem no solo são mediadas ou ocorrem na solução do solo, dentre as quais pode-se citar
hidratação-hidrólise, ácido-base, oxidação-redução e complexação. Devido a essa
característica, a solução do solo actua como mediadora de reacções que controlam a retenção
de substâncias pela fase sólida do solo, como precipitação-dissolução, adsorção- desorção e
troca iônica. São essas reações que determinam o comportamento das diversas substâncias no
solo.

O estudo da solução do solo envolve a sua amostragem no campo ou em laboratório. O

método mais difundido éaquele baseado na utilização de centrífugas. Contudo, esse método,
bem como os demais, não fornecem garantias de que a "real" solução do solo foi extraída.
Isso ocorre devido a grande heterogeneidade da solução do solo, mesmo entre poros vizinhos,
bem como pelo seu caráter dinâmico.

Qualquer alteração na umidade, temperatura, pressão, entre outros factores, alteram a

composição solução do solo. Actualmente, a aferição da solução do solo é por muitas vezes
considerado uma das etapas mais importantes para estudo da fertilidade de solos. A
explicação mais importante para essa afirmação é que, a maioria dos nutrientes essenciais
ou elementos que possam causar toxidez às plantas estão acessíveis aos vegetais na parte
liquida do solo, enquanto os elementos que estão complexados pela matéria orgânica ou na
parte sólida dos solos não estão disponíveis de forma assimilável pelo vegetal.

O material mineral dissolvido no solo está presente na forma de iões. Proeminentes entre os
catiões estão H+, Ca2+, Mg2+, K+, Na+, e normalmente quantidades menores de Fe2+, Mn2+, e
Al3+. Os últimos três catiões podem estar presentes parcialmente hidrolisados como FeOH +,
ou complexados através de substâncias ligantes de húmicos orgânicos. Os ânions que podem
estar presentes são HCO3-, CO32-, HSO4-, SO42-, Cl- e F-. Além de ser ligado a H+ em espécies
como bicarbonatos (ajuste de acidez), os ânions podem ser complexados com íons de metal,
como em AlF2+. Cátions e ânions de multivalência formam íons emparelhados entre si, por
exemplo, CaSO4 e FeSO4 (POTAFOS, 1988).

Relação entre pH e disponibilidade de nutrientes

Segundo POTAFOS, (1988) o pH do solo serve para avaliar as condições de um solo: ácido,
neutro ou alcalino. A escala de pH vai do 1 ao 14, sendo 7 a neutralidade, abaixo de 7 a
acidez e a cima de 7 a alcalinidade. A faixa ideal de pH para o desenvolvimento das plantas é
de 6,0 a 6,5. Os solos ácidos apresentam problemas para a agricultura porque as plantas não
desenvolvem bem nestas condições de acidez. A disponibilidade de nutrientes é muito
pequena para as plantas. A produtividade das lavouras é muito baixa.

A disponibilidade de nutrientes é um dos principais determinantes da fertilidade do solo,

sendo o pH do solo uma das varáveis que afetam essa disponibilidade. O pH do solo pode
afectar tanto a disponbilidade de macronutrentes quanto de micronutrientes, tendo impacto
directo sobre a produtividade dos cultivos.

O pH do solo afecta a dsponiblidade de nutrientes no solo devido ao seu efeito na solubiidade

dos nutrientes. Alguns nutrientes são mais dsponíveis em solos ácidos, enquanto outros são
mais dsponíveis em solos alcalinos. Quando o pH do solo está fora da faixa ideal, a
disponiblidade de nutrientes pode ser comprometida, o que pode afectar o crescimento e
desenvovimento das lavouras.

Para fns práticos, considera-se a faixa de pH entre 6,0 e 6,5 adequada para a maioria das
plantas cultivar. Dentre os vários efeitos da calagem em solos ácidos, destaca-se o aumento
da disponibiidade da maioria dos nutrientes essenciais para as plantas.

Relações e reações entre a solução do solo e a fase sólida

Segundo ANDA (1988), a fase sólida do solo é composta principalmente por partículas
minerais e materiais orgânicos em diversos estágios de decomposição. As partículas minerais
consistem em rochas, areia, silte e argila, bem como seus produtos químicos de
decomposição. As partículas são classificadas de acordo com seu tamanho, geralmente em
areia (maior que 0,05 mm de diâmetro), silte (0,002 a 0,05 mm) e argila (menor que 0,002
mm).

Além das partículas minerais, a fase sólida do solo inclui matéria orgânica em forma de restos
de plantas e animais, microrganismos e excrementos de animais. A matéria orgânica do solo é
importante para a fertilidade do solo, uma vez que fornece nutrientes aos microrganismos do
solo e às plantas.

Outros componentes da fase sólida do solo são ar e água. O ar se encontra nos espaços entre
as partículas do solo, e é importante para a respiração das raízes das plantas e dos
microrganismos do solo. A água é encontrada aderida às partículas do solo e aos vazios entre
elas, e é importante para o fornecimento de nutrientes às raízes das plantas e para as reações
químicas que ocorrem no solo.

A composição da fase sólida do solo pode variar de acordo com a região geográfica, o tipo de
solo e as práticas de manejo utilizadas na área, mas em geral, é composta pelos componentes
mencionados acima.

A solução do solo é composta por água, nutrientes, sais, gases e organismos vivos que estão
dissolvidos ou em suspensão no líquido que preenche os espaços vazios na fase sólida do
solo. A solução do solo é importante para o crescimento das plantas e para a saúde geral do
ecossistema.

Para (POTAFOS, 1988), a relação entre a solução do solo e a fase sólida é essencial para o
correto funcionamento do solo, bem como a sua fertilidade.

A solução do solo desempenha um papel importante no transporte de nutrientes e sais

minerais para as raízes das plantas, que os absorvem por meio dos sistemas radiculares. A
água, presente na solução do solo, é fundamental para o crescimento das plantas. O teor de
água e os nutrientes presentes na solução do solo também afetam o comportamento físico e
químico da fase sólida do solo.

A relação entre a solução do solo e a fase sólida também envolve processos químicos, como a
adsorção e a troca iônica, que ocorrem na interface entre as partículas do solo e a solução.

 A adsorção ocorre quando os nutrientes e sais minerais presentes na solução do solo

são atraídos para as superfícies das partículas do solo.

 A troca iônica ocorre quando íons da solução são trocados por outros íons absorvidos
nas partículas do solo.

Em resumo, a solução do solo e a fase sólida estão intimamente ligadas e interagem de

maneira complexa e dinâmica. A compreensão dessas interações é fundamental para a gestão
adequada dos recursos do solo e para o aumento da produtividade agrícola.

Matéria Orgânica

Matéria orgânica é uma classe de compostos químicos que contêm carbono e, em geral,
hidrogênio e oxigênio. Ela é encontrada em organismos vivos, como plantas, animais e
microrganismos, e em detritos orgânicos, como folhas caídas, restos de plantas e animais
mortos (Malavolta, 1968).
No solo, a matéria orgânica é essencial para a fertilidade e saúde do solo, pois serve como
fonte de nutrientes para as plantas e melhora as propriedades físicas do solo, como sua
estrutura e capacidade de retenção de água.

A decomposição da matéria orgânica é realizada por microrganismos do solo, como bactérias

e fungos, que a consomem como fonte de energia. Durante esse processo, os nutrientes
presentes na matéria orgânica são liberados no solo e ficam disponíveis para as plantas,
enquanto a estrutura do solo é melhorada.

Factores que influenciam a quantidade de matéria orgânica

A quantidade de matéria orgânica presente no solo pode ser influenciada por diversos fatores,
como:

 práticas agrícolas,

 clima,

 topografia e

 cobertura vegetal.

A manutenção de altos níveis de matéria orgânica no solo é importante para a

sustentabilidade e produtividade agrícola a longo prazo (Malavolta, 1968).

Importância da matéria orgânica

A matéria orgânca do solo consiste em resíduos de plantas e de animais em fases de

decomposição. Os níveis adequados são benéficos ao solo de várias formas:

 melhoram as condições físicas;

 melhora a estrutura do solo;

 aumentam a infiltração de água;

 mehoram o solo para o preparo;

 diminuem as perdas por erosão;

 fornecem nutrientes para as plantas;

 solubiliza nutrientes nos solos minerais;

  reduz a toxidez de pesticidas e outras substâncias;

 favorece controle biológico pela maior população microbiana;

 exerce efeitos promotores de crescimento;

 melhora a capacidade tampão do solo;

 aumentam a CTC.

A maioria dos benefícios ocorre em função dos produtos liberados à medida que os resíduos
orgânicos são decompostos no solo (Malavolta, 1968).

Conclusão

Os nutrientes que são essenciais para as plantas são encontrados no solo em diferentes formas
e quantidades. Alguns nutrientes estão amplamente disponíveis no solo, enquanto outros são
mais limitados em termos de sua ocorrência e disponibilidade.

Os três macronutrientes mais necessitadas para as plantas são nitrogênio (N), fósforo (P) e
potássio (K). O nitrogênio é geralmente o mais abundante deles, mas pode ser limitado em
solos arenosos ou em solos com baixo teor de matéria orgânica. Os micronutrientes também
são importantes para o crescimento das plantas, também podem ser limitados em termos de
disponibilidade no solo.

A disponibilidade de nutrientes no solo para as plantas depende principalmente dos processos

de liberação, fixação, imobilização e volatilização. Além disso, a presença de matéria
orgânica no solo pode ajudar a aumentar a disponibilidade de nutrientes e a melhorar a
estrutura do solo, permitindo que as raízes das plantas acessem mais facilmente os nutrientes
disponíveis.

Referências bibliográficas

ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos e Corretivos Agrícoas., (1988).

Acidez do Solo e Calagem. 2.ed. São Paulo, . 16p. (Boetim Técnico nº 1)

POTAFOS – Insttuto da Potassa & Fosfato,. (1998). Manual internacional de fertilidade do

solo / Tradução e adaptação de Alfredo Sched Lopes. - - 2 ed., rev. e ampl. - - Piraccaba : .
177 p. : il.

Malavolta, E., (1980) Elementos de Nutrição Mineral de Plantas. São Paulo: Editora
Agronômca Ceres,. 251p.

Malavolta, E, (1968). Manual de Química Agrícola; nutrição de plantas e fertilidade do solo.

São Paulo: Edtora Agronômica Ceres, . 640p.