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ALTO ARAGUAIA
2023
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT
FACULDADE DE LETRAS, CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
ALTO ARAGUAIA
2023
THAMIRES RAMIRES BARBOSA TENÓRIO DE ALBUQUERQUE RODRIGUES
Examinado por:
___________________________________________________
Prof. Dr. Isaac Newton Almeida Ramos- (Orientador-Presidente)
(Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT)
___________________________________________________
Profª.M° Paulo Sérgio Borges David Mudeh (Membro)
(Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT)
___________________________________________________
Profª.M.a. Simoni Rodrigues dos Santos (Membro)
(Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT)
Aos meus filhos, por serem meu porto seguro e a razão
de tudo, por alegrarem e colorirem minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pela vida e saúde, por me sustentar nos dias
tempestuosos e por colocar todas essas pessoas em meu caminho.
Ao Prof. Dr. Isaac Newton Almeida Ramos, pela orientação, pela paciência, pela
autonomia, e por acreditar em mim, mais do que eu mesma. A minha admiração e
respeito! Gratidão!
À Universidade do Estado de Mato Grosso, pelas oportunidades que tantas vezes
hesitei.
A todos os professores, que direta ou indiretamente contribuíram para minha
formação.
Aos amigos e familiares, pelo incentivo e paciência devido à ausência.
Às pessoas com quem convivi ao longo desses anos de curso, que me incentivaram
e que certamente tiveram impacto na minha formação acadêmica.
RODRIGUES, Thamires Ramires Barbosa Tenório de Albuquerque. O social e o
lúdico na Literatura Infantojuvenil. Trabalho de Conclusão do Curso de
Licenciatura em Letras. ALTO ARAGUAIA: UNEMAT, 2023.
RESUMO
O presente trabalho busca analisar poemas da obra Apesar do Amor de Marli
Walker, e poemas do livro Kyvaverá de Ivens Cuiabano Scaff, com o seguinte
questionamento: “O social e o lúdico podem coabitar no poema infantojuvenil?”. De
modo geral, objetiva-se analisar a literatura infantojuvenil de Mato Grosso, com
destaque nos elementos sociais, lúdico, sons e imagem, com base na teoria da lírica
e nos estudos críticos. Especificamente, analisar o elemento social e o lúdico, a
sonoridade e as imagens dos poemas, comparar os dois poemas e as
características que definem o estilo de cada autor estudado. A presente pesquisa
justifica-se por abordar a Literatura brasileira infanto-juvenil produzida em Mato
Grosso, tão pouco estudada. O conteúdo escolhido abrange a importância do lúdico
e o social na poesia infantojuvenil. Entretanto tenta-se explicar a importância da de
tal poesia num contexto social e lúdico. Na questão social são questionados a
situação socioeconômica de uma sociedade explorada, onde a fome e a
desigualdade se tornam presente, famílias com situações fragilizadas. E o lúdico
demonstra a simplicidade e uma reflexão de ser criança, na qual se cria a imagem e
o som que se refere a imaginação pueril. Por fim, pretende-se por meio deste
trabalho trazer à luz que o social e o lúdico devem andar juntos, pois a junção dos
dois simplifica uma forma de ensino que devem ser exploradas nas escolas, onde
ajuda no processo de aprendizagem de nossas crianças e facilita o ensino de
valores. Contudo conseguindo promover um olhar crítico em nossa sociedade
através de nossas crianças.
INTRODUÇÃO
Apesar do Amor de Marli Walker e Kyvaverá de Ivens Cuiabano Scaff, com destaque
para os elementos social, lúdico, sons e imagem, com base na teoria da lírica e nos
estudos críticos sobre os autores. Quanto aos específicos, analisar o elemento
social e o lúdico, a sonoridade e as imagens dos poemas, comparar os dois poemas
e as características que definem o estilo de cada autor analisado.
A presente pesquisa se justifica por abordar a Literatura brasileira infanto-
juvenil produzida em Mato Grosso, tão pouco estudada. Acredito que está na hora
de investir em autores mato-grossenses, não apenas pela quantidade quanto pela
qualidade.
Percebo que poucas crianças têm acesso a livros de poesias nas escolas,
ficando apenas no livro didático, muitas vezes em recortes de poema infantil.
Analisaremos comparativamente o poema “Semente” de Marli Walker, e o poema
“Casa” de Ivens Cuiabano Scaff. Em muitos livros direcionados às crianças
encontramos um teor grande de imagens e sons, que dialogam com a questão
lúdica do poema.
Alfredo Bosi em O ser e o tempo da poesia afirma que a imagem é a
sensação visual que o ser humano tem a partir dos olhos, contudo a imagem pode
ser retida na realidade ou sonho. A imagem é afim à sensação visual. O ser vivo tem
a partir do olho as formas do sol, do mar, do céu. O perfil é a dimensão da cor. A
imagem é um modo da presença que tende a suprir o contato direto e a manter
juntos a realidade do objeto em si e a sua existência em nós. (BOSI, Alfredo, 1997,
p. 19).
Nos pressupostos teóricos, pretendemos utilizar autores que estudam a lírica
como Alfredo Bosi, Norma Goldstein, Antônio Cândido. O livro de Norma Goldstein
aborda que como toda obra de arte o poema tem uma unidade fruto característico.
Ao analisar um poema, é possível isolar alguns de seus aspectos num procedimento
didático, artificial e provisório. Nos textos não literários o autor seleciona e combina
as palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário ocorre
outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de
palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro.
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REFERENCIAL TEÓRICO
Cabe ao leitor ler, reler, analisar e interpretar. Ao analisar os mais simples
começar pelos aspectos mais palpáveis do poema, aqueles que saltam aos olhos ou
aos ouvidos. A seguir é preciso estabelecer relações entre diversos aspectos do
texto para tentar interpretá-lo. (BOSI, Alfredo, 1997, p. 1)
Antonio Candido em seu livro Na Sala de Aula apresenta análises de poemas
que sugerem ao professor maneiras de trabalhar o texto, cada poema requer uma
maneira de trabalhar o texto. As análises focalizam os aspectos relevantes do
poema. (CANDIDO, Antonio,1993, p.5).
Os livros Leitura de Literatura na escola de Maria Amélia Dalvi, Neide Luzia
de Resende, Rita Jover Faleiros e A Percepção do Mundo na sala de aula: Leitura e
Literatura de Robson Coelho Tinoco, abordam a questão da Leitura e Literatura e os
desafios educacionais pós-modernos que enfrentam a questão de cansaço,
desestímulo e desorientação:
Assim o tempo contemporâneo é, como já observavam Leopardi e Hegel –
ainda que como filosofia aposta – hostis à literatura, que só é tolerada como
atividade ilhada, abstraída da prática social corrente e daí retificada ou
monopolizada (BAKHTIN, 2003).
A função social da poesia não pode ser medida no âmbito escolar, ela é uma
experiência única, nela podemos ver o brilho no olhar na hora da leitura. Thomson
afirma que a poesia é um ato social que se pode fazer o uso tanto o poeta como o
povo.
O artista conduz os outros homens a um mundo de fantasia, onde seus
anseios se libertam, afirmando desse modo a recusa da consciência
humana em aceitar o condicionamento do meio mobiliza-se assim um
potencial de energias submersos que, por sua vez, regressam ao mundo
real para transformar a fantasia em realidade (THOMSON, 1997, p.118).
A dificuldade que muitas pessoas têm em ler em voz alta podem afastar as
pessoas da poesia, pois na poesia há uma riqueza expressiva como a descoberta de
ritmo, mas também há poemas que quando lidos em silêncio te transportam a ter mil
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sensações. O fato é que nem o livro de poesia é acessível e nem a maioria dos
alunos estão aptos para apreciar de forma proveitosa.
O interessante é que determinado tema conhecido por alunos tem chance de
gerar trabalhos agradáveis que aquecem a participação e o envolvimento dos
alunos. Poemas musicalizados tem a importância e a qualidade e a força da cultura
em massa, e tem um grau de aceitabilidade dos seus alunos. É possível trabalhar
com muros grafitados, varal, painéis.
É comum que muitos universitários de letras chegam no curso, sem ter lidos
de poemas. Num determinado período, conforme Pinheiro as universidades
organizavam seus vestibulares, indicavam livros de poemas e boa parte dos alunos
lia.
Por mais que sejam mudadas a forma dos procedimentos didáticos e
diversificadas as abordagens chegará um momento em que teremos que repetir. É
preciso debater o ponto de vista de cada um e ter em ponto de vista a discordância,
quando a aula se torna um espaço de aprendizagem os alunos perdem o medo de
ser rotulados.
Entre cinco métodos de abordagem textual estudos, chamam a atenção para
a importância do debate na efetivação do método recepcional. “O processo de
trabalho apoia-se no debate constante em todas as suas formas, oral ou escrito
consigo mesmo, com os colegas, com o professor e com os membros da
comunidade”.
Quando se fala de jogo dramático infantil, ele nasce com aspectos da
narração de um barulho de uma brincadeira e também pode ser maturado por textos
poéticos. Essa concepção do jogo dramático pode contribuir para a vivência corporal
do texto literário.
[...] o eu total é usado. Ele se caracteriza por movimento e caracterização, e
notamos a dança entrando e a experiência de ser coisas ou pessoas. No
drama pessoal, a criança perambula pelo local e toma sobre si a
responsabilidade de representar um papel. (SLADE, 1978:19).
1.1 Sementes
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sementes
1.2 Comunhão
comunhão
cegueira secular da igreja está posta. Afinal todos são filhos de Deus, ainda que
muitos estejam "cansados" de sofrer.
1.3 Fome
O poema “Fome” de Marli Walker nos traz à tona da memória, que anos se
passaram e a falta de comida e água não mudou nada. No entanto, cabe ressaltar
que essa condição da pobreza e desigualdade vem se aprofundando cada vez mais.
Há grande quantidade de pessoas que vivem e convivem com este problema, o
poema põe o dedo na ferida social, cuja dor aumenta conforme os anos passam.
fome
poesia soltando seu grito de alguém que "passava ao largo daquela fartura" e que,
muito provavelmente, era uma mãe solo pois trazia consigo "sua renca de filhos da
mãe".
A escritora Marli Walker teve sua obra selecionada pelo Ministério de
Educação para aplicação em todo o território nacional. Podemos afirmar que a
natureza, neste livro, não é protagonista. Salvo se estivermos nos referindo à
natureza humana. Aí, inclusive, o título Apesar do amor se encaixaria melhor. A
ironia está presente na capa de uma maneira geral. Pois nela consta a figura de um
coração de terra, de onde brotam flores e deixa cair sementes pelo espaço da capa
e contracapa. Trata-se de uma ironia ao romantismo costumeiro. A palavra "apesar"
já alerta para isso. Esse coração é a própria mata que caiu para erguer as cidades
que sustentam o agronegócio. É uma desilusão do imagético mato-grossense e do
crescimento desordenado e a desertificação do cerrado. Essa mulher que se
avizinha, às vezes como personagem principal, roteiriza a destruição da floresta
derrubada. Esse é o estilo marcante dos seus poemas e que mostra o papel e a
contradição social presente nos tantos versos desse livro.
que, sobretudo, tenham acesso aos livros e oportunidades várias para lê-los de
todas as formas possíveis.
Em Signos em Rotação (1972), Octavio Paz menciona que o ritmo não só é o
elemento mais antigo da linguagem. Assim, todas as expressões verbais são ritmo,
sem exclusão das formas mais abstratas ou didáticas da prosa. Ele aborda a
diferença entre prosa e poema, e enfatiza que o ritmo se dá em toda forma verbal
mas só no poema se manifesta plenamente. A linguagem tende a ser ritmo, e as
palavras recobram a poesia com grande espontaneidade.
Enquanto o poema se apresenta como uma ordem fechada, a prosa tende a
manifestar-se como uma construção aberta. Afirma que Valéry comparou a prosa
com a marcha e a poesia com a dança. E o poema como uma esfera que se fecha e
o fim também é o princípio que se volta, repete, e se recria. Observa que a poesia
de nossa língua é mais um exemplo das relações entre prosa e verso, ritmo e o
ritmo e imagem são inseparáveis. A imagem possui diversas significações. As
imagens são produtos imaginários e toda forma verbal de conjuntos de frases que
unidas compõem um poema.
Pontua que a palavra imagem tem diversas significações, por exemplo: vulto,
representação, figura real ou irreal que evocamos ou produzimos com a imaginação.
Neste sentido, o possui valor psicológico, as imagens são de aspectos imaginários,
a palavra imagem tem toda forma verbal, o poeta diz e que unidas compõem um
poema. Segundo Aristóteles:
O poema não diz o que é e sim o que poderia ser. Seu reino não é o do ser,
' mas o do "impossível verossímil" de Aristóteles (p.38)
Octavio Paz (1972) interpreta que todo poema qualquer que seja a sua índole
manifesta a realidade histórica e determina sua função na sociedade e o sentido
em relação a poesia é o social seu tema central é a liberdade, a poesia moderna
compõe, como romance, outra exceção pela primeira vez a poesia deixa de servir a
outros e quer refazer o mundo a sua imagem.
Todo poema, qualquer que seja a sua índole lírica, épica ou dramática,
manifesta um modo peculiar de ser histórico. Mas, para apreender
realmente está singularidade não basta enunciá-la na forma abstrata pela
qual o fizemos até agora, mas sim aproximarmo-nos do poema em sua
realidade histórica e ver de maneira mais concreta qual é a sua função
dentro de uma determinada sociedade. Assim os capítulos que se seguem
terão por tema a tragédia e a épica grega, o romance e a poesia lírica da
idade moderna. Não é casual essa eleição de épocas e gêneros, Nos heróis
do mito grego e, em outro sentido, nós do teatro espanhol e elisabetano, é
possível perceber as relações entre a palavra poética e a social, a história e
o homem. Em todos eles o tema central é a liberdade humana. (PAZ, 1996,
p p.59)
Shelley afirma que o poeta moderno ocupa o seu lugar que foi tomado pelo
sacerdote que por sua vez voltará a ser a voz de uma sociedade sem monarcas.
Novalis adverte que a religião é a poesia prática encarnada e vivida e o poeta
Coleridge afirma que a poesia é a religião original da humanidade.
Para Shelley o poeta moderno ocupará o seu antigo lugar, usurpado pelo
sacerdote, e voltará a ser a voz de uma sociedade sem monarcas. Heine
reclama para o seu túmulo a espada do guerreiro. Todos vêem na grande
rebelião do espírito crítico o prólogo de um acontecimento ainda mais
decisivo: o advento de uma sociedade fundada na palavra poética. Novalis
adverte que "a religião não é senão poesia prática", isto é, poesia
encarnada e vivida. Mais ousado que Coleridge, o poeta alemão afirma: "A
poesia é a religião original da humanidade". Restabelecer a palavra original,
missão do poeta, equivale a restabelecer a religião, anterior aos dogmas
das Igrejas e dos Estados. (PAZ, 1996, p.79)
Segundo Blake o poeta tem a missão de restabelecer o que foi desviado pelo
sacerdote, Blake canta a revolução americana e francesa retirando Deus das igrejas
a verdade não procede da razão e sim da percepção poética ambos são limitados na
verdade ao contrário dos desejos.
Blake limpa os erros dos livros sagrados e escreve inocência onde era
pecado o homem se torna livre com suas asas e o desejo está ao alcance de suas
mãos e por onde a sociedade se liberta aos poucos da religião e a poesia entra em
ação.
A poesia moderna não fala de "coisas reais" porque previamente se decidiu
abolir toda uma parte da realidade: precisamente aquela que, desde o nascimento
dos tempos, tem sido o manancial da poesia. "O admirável do fantástico- diz Breton -
é que não é fantástico e sim real. Ninguém se reconhece na poesia moderna porque
fomos mutilados e já nos esquecemos de como éramos antes desta operação
cirúrgica. Em um mundo de coxos, aquele que diz que há seres com duas pernas e
um visionário, um homem que se evade da realidade. Ao reduzir o mundo aos dados
da consciência e todas as obras ao valor trabalho-mercado, automaticamente
expulsou-se da esfera da realidade o poeta e suas obras.
imaginação. Nenhum dos poemas do livro termina com ponto final. E mínima
presença de vírgulas, como uma das marcas sintáticas dos poemas do livro.
1.1 Casa
Casa
Na minha casa
As crianças olham o céu
E pedem chuva
Correndo na calha
Caindo no pátio
já todo molhado
Terra azul
O céu me chega
em forma de silêncio pelos ouvidos
Em pesado calor
sobre meus ombros
A terra é multicor
embrulhada de azul
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Lajolo, Zilberman (2004) afirma que no Brasil a poesia lírica e lúdica tem
marcado a capacidade novas propostas de modernismo dialogando com formas
clássica e popular.
No Brasil, a poesia lírica e ou lúdica tem se marcado nas últimas décadas,
por sua capacidade de inventiva de absorver as novas propostas estética
advindas do modernismo dialogando tanto com as formas clássica quanto
com o repertório popular (LAJOLO, ZILBERMAN, 2004, p.146).
Ramos e Panozzo (2010, p.165) afirmam que nos últimos vinte anos de
valorização do lúdico esta fonte está na cultura popular, como brincadeira verbal
com parâmetro para a linguagem poética.
O lúdico está presente na elaboração do verbo, no desenvolvimento do
tema e na expressão de um estado de espírito, como também no
movimento que o leitor executa seja no deslocamento de seu olhar de uma
linha para outra, seja no processo desencadeado para apreender o texto,
pois cada verso anuncia o seguinte ou oculta-o reportando-se ao anterior
para confirmá-lo ou para rejeitá-lo. (RAMOS E PANOZZO, 2010, p.165)
Goldstein aborda que o verso livre permite que o tema se aproxime da forma
com o ritmo irregular com este recurso deixa evidente as rimas e o jogo verbal.
O verso livre permite que o prosaico do tema se aproxime do prosaico da
forma fazendo uso abundante do engajamento – “o verso livre modernista
tem um ritmo irregular cujo efeito dá uma espécie de vertigem”
(GOLDSTEIN, 1991, p.37).
Em meados do século XIX, segundo Borelli (1996, p.89), e neste período que
as transformações formam a imagem que passa de sociedade rural a urbana, e há a
ascensão da classe média quer escolaridade aos seus filhos. Acredita-se que o livro
ilustrado promove um olhar crítico pois questiona as certezas ao mostrar que não há
só uma verdade e pode produzir nas crianças o efeito de verdade ou falso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho pretendeu entender “O social e o lúdico na literatura
infantojuvenil” para analisar os poemas de Marli Walker, e Ivens Cuiabano Scaff com
o intuito é analisar poemas dos livros dos autores mencionados acima. A presente
pesquisa aborda a literatura brasileira infantojuvenil produzida em Mato Grosso tão
pouco estudada, o conteúdo abrange o lúdico e o social na poesia. O trabalho
contribui e descreve o procedimento poético nele explica a importância da poesia
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REFERÊNCIAS
AGUIAR; Vera Teixeira de/ CECCANTINI; João Luís (Org.) Poesia Infantil E Juvenil
Brasileira Uma Ciranda sem Fim/ São Paulo: Editora Cultura Acadêmica 2012.
BOSI; Alfredo. O Ser e o Tempo da Poesia. São Paulo: Cultrix, 1997.
CAMARGO; Goiandira Ortiz de. / DAVID, Nismária Alves (Org.) Leitura Literária
Critica e Ensino/ Campinas, SP: Pontes Editores,2019- 1° edição.
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DALVI; Maria Amélia/REZENDE; Neide Luzia de/ FALEIROS; Rita Jover. (Org.).
Leitura de Literatura na Escola/São Paulo SP: Parábola Editorial, Junho de 2013.
GOLDSTEIN; Norma. Versos, sons, ritmos. 14. ed. São Paulo: Ática,2006