O texto denominado museologia e pesquisa: perspectivas na atualidade, de Teresa Cristina scheiner, faz uma análise no tempo da criação de museus desde a antiga Grécia até os dias atuais, discutindo uma forma de estudar esse fenômeno museu e colocá-lo em um campo científico. Existe uma grande dificuldade por parte dos profissionais que trabalham com essa intenção, por verem ainda o museu como espaço físico, como a instituição e seus objetos, desconsiderando o fato social que está intrínseco a esse processo de museologia.
A partir do século XX quando a museologia se organizou no corpo de
conhecimento levando em conta para sua análise a realidade científica e filosófica contemporânea, levando em conta esses aspectos até a atualidade e o cruzamento de que deve ser levado em consideração nesse processo, trazendo para esse contexto também a filosofia, analisando todas as manifestações não tratando o museu como o objeto único mas como um processo nas relações com as diferenças e a complexidade, é preciso buscar então os próprios fundamentos do museu como uma base para o seu conhecimento teórico e do seu campo de conhecimento, tornando essa busca desde os tempos mais antigos até os atuais algo muito fascinante mais complexo e necessário, não devendo compreendê-lo apenas pelo que acontece na atualidade e sim buscando em sua história todas as relações que foram estabelecidas dentro desse campo, fazendo um estudo de dentro para fora trazendo um questionamento se é possível uma teoria museológica.
Os profissionais que trabalham no campo estão adaptando uma teoria
de objetos para uma teoria literária, as pessoas que estudam museologia numa teoria a partir da teoria do patrimônio que acreditam que quem acredita na construção a partir da prática museal, trazendo em questão, se não à prática não há conhecimento ou não há teoria, já outro grupo traz todas essas informações tentando criar uma identidade desse conhecimento como uma filosofia ou ciência, poder ter uma teoria seria a base para museologia e não partimos de objeto, talvez seja possível todas essas tendências como identidade própria da museologia, se afastando assim de outros campos do saber, além desses caminhos procura-se ainda um outro caminho que seria inserir a muselogia no sistema filosófico, onde a filosofia separa o homem de si mesmo vendo essas relações do museu com a percepção do homem, Teresa destaca o fato de não tornar conclusiva nenhuma dessas formas de pensar o museu, sendo que esse deveria ser o primeiro movimento, o de pensar o museu e a museologia tendo seus métodos, sendo exato e verificável, para isso teria que definir um objeto de estudo, criar métodos e criar um sistema de conhecimento, essas tentativas foram feitas por especialistas entre os anos 60 e 80.
Especialistas nessa época teriam causada desconforto aos filósofos e
antropólogos, pois deixariam de ter a função filosófica na nova ciência, foi necessário então problematizar para descobrir novas formas de estudo sobre esse campo, a criação então de duas perspectivas, que seria o museu na relação com o universo da filosofia, como uma criação da cultura ocidental ou o estudo então do termo, museu, pensado no ocidente, percebeu o museu então como um espaço físico, como um templo, lugar de coisas sagradas e ainda como uma experiência de como um agente da verdade, com essa ideia percebeu-se que não vinha da filosofia, mas do pensamento mítico, estaria ligado o templo das musas, entendendo então como um templo das musas no museu como a verdade real na verdade, o que seria uma fantasia da realidade, tirando então o foco da materialidade, tratando o museu como intangível, o museu como representação dos valores através da história, e nesse processo se destaca o objeto, onde o homem se projetaria através dele buscando a sua imortalidade,nessa tentativa de unificar o pensamento sobre o museu percebe- se que em cada sociedade tem o seu modelo de museu, tendo portanto que abordar o tema museu enquanto alguns arquivos tesouros outros arquivos bibliográficos
Também no século XVII se cria uma cronologia de conhecimentos
através do estudo da evolução, que foi entre os séculos XVIII e XIX que nasceu o museu com seus espaços construídos ou preparados, onde eram reunidos objetos ou coleções, que hoje é tratado como o museu tradicional, e a história de ciência e tecnologia, reúne todos os materiais com domínio do pensamento centrados no objeto, que eram coletados documentados pesquisados e tinha a função de comunicar, e ter um público que tivesse interesse em visitar. São os fatos sociais e a sociologia a personalizar a sociedade de forma diferente no século XIX, com o crescimento tecnológico há uma renovação da literatura e das artes, dando de volta o artista ao cotidiano, restaura a classe proletária se configura os museu a céu aberto, museu também sendo tratados como museu social, o que antes era voltada para o objeto, passa a ser voltado para a sociedade e no século XX são concebidos então o ambiente, a natureza e o real são concebidos, nessa época caiu o mito do museu universal, tendo o olhar voltado então para o valor de culturas diferentes, os interior, o território museu virtual, passando então a tentar entender o museu em seu contexto e não mais como universal, estruturando então a museologia no campo de pluralidades, no seminário do icofom passam a definir a museologia como uma ciência que estuda a relação entre o homem e o real, onde outros autores como stransky, tratam a muselogia como área específica do pensamento centrada no fenômeno museu, já se estuda a musealidade, realidade depois Valdisa Russio passou a tratar a musealidade como fato museal, perceber o museu e suas pluralidades podem existir em qualquer espaço, deixando de ter uma forma ideal de museu e percebendo que esse museu está sempre em processo.
Então nos anos 80, teóricos focam os estudos no fenômeno museu e no
real, sua integralidade, e tendo como método das relações entre esses dois universais humano e o real, e em 92 a comunidade de muselogia latino- americana segue também essa linha de pensamento, então passa a ter o museu como o nome genérico, mas que pode abranger e de se comunicar, de preservar, de estudar e divulgar, nos dias atuais foca seus estudos no fenômeno museu enquanto representação da sociedade humana nos diferentes espaços sociais, essa relação são estudadas e consideradas algumas interfaces como identidade no espelho, tudo como fantasia, compaixão e desvelamento de sentidos, a morte, o equilíbrio de magia do conhecimentoe do belo.
As pesquisas da museologia atuais desenvolvidos com Interface nos
campos do conhecimento olhando para o museu real e os seus componentes éticos físicos, museu e sociedade com seus componentes históricos e antropológicos da museologia, museu a informação fazendo as relações entre a museologia e semiologia e a ciência da informação, estudando a linguagem museu e criação, trazendo a diferença do museu enquanto espaço de elaboração do novo, da experimentação, museu e patrimônio, onde todas as relações do museu com o sentimento de posse do indivíduo museu e comunicação, traz as interfaces entre museu e as estruturas mediáticas para esse estudo, então a filosofia contribui ao longo do século XX trazendo desde estudos anteriores até as necessidades dos dias atuais, podendo fazer uso das novas tecnologias para encurtar as distâncias, trazendo novas formas de cidadania e os novos mitos, novos mecanismos de partida social, sendo importante para trazer o equilíbrio entre tantas mudanças que acontecem na atualidade, visando bem estar do ser humano no planeta.
BITTENCOURT, José Neves. Sobre Uma Política de Aquisição para o Futuro. in Cadernos Museológicos n.3, Secretaria de Cultura - IBPC, Out.,1990.29-37 PDF