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Flórida
Um giro pela Flórida Central + as
melhores paradas entre Orlando e Miami
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ORLANDO

WINTER HAVEN
LAKELAND

MIAMI

Flórida
Central
O sossego além do parques
Repleta de natureza e cultura,
a região de Lakeland e Winter
Haven é perfeita para descansar
Foto: shutterstock

depois do agito de Orlando


Por Paulo Mancha D’Amaro e Tarcila Ferro
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A BOK TOW ER É
UM DO S CARTÕ E S-
POSTAIS DA
F LÓR IDA CENT RAL

Orlando e Miami já são velhos conhecidos: não


são poucos os brasileiros que colecionam viagens
regadas a parques e outlets. Apesar de esses serem
os dois superdestinos da Flórida, o estado reserva
em seu miolo um pedaço com muito verde, sossego
e cultura, digno de ser conhecido. Estamos falan-
do da Flórida Central, onde cidades como Lake-
land e Winter Haven puxam a fila de atrações com
boas doses de tranquilidade. Programe-se para ex-
plorar com tempo e calma, pois elas valem muito
Foto: Tarcila Ferro

mais do que um bate-volta de Orlando.

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PRE PA RE SUA V IAGE M


MOEDA Dólar (US$)
FUSO HORÁRIO -1h em relação a Brasília
NA REDE visitflorida.com | visitcentralflorida.org
DOCUMENTOS É preciso apresentar compro-
vante de vacinação completa contra covid-19 para
entrar nos EUA. Visto também é necessário.
COMO CHEGAR Orlando recebe voos dire-
tos do Brasil pela Latam e Azul. Outras compa-
nhias, como Gol, Copa, American, United, Delta
e Aeromexico, operam com conexão.
COMO SE LOCOMOVER Os destinos propostos
nesta matéria ficam a menos de duas horas de car-
ro de Orlando e podem ser visitados de forma se-
parada, sem necessariamente compor um roteiro
fechado. A melhor maneira de explorar é alugan-
do um carro em Orlando. A Carteira Nacional de
Habilitação do Brasil é aceita nos Estados Unidos.
Foto: Tarcila Ferro

JUNTO À BOK TOWER, EL RETIRO É UM DOS ATRATIVOS QUE MISTURAM CULTURA E NATUREZA NA FLÓRIDA

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Lakeland
COLEÇÃO DE LAGOS

LAKELAND TEM 38 LAGOS EM SUA PAISAGEM URBANA, COMO O MIRROR

Menos de 40 minutos de carro levam você de Or-


lando até a agradável Lakeland, a maior cidade des-
te pedaço privilegiado da Flórida. Com 100 mil ha-
bitantes, ela é o ponto de partida para as atrações da
região e faz jus ao seu nome: são nada menos que
38 lagos compondo a paisagem urbana, todos cer-
cados de verde e vida animal. Neles você encontra
a primeira peculiaridade da cidade: centenas de cis-
nes. E não são aves quaisquer: são descendentes de
uma linhagem pertencente à família real britânica.
Isso porque, em 1954, um morador decidiu escrever
para a Rainha Elizabeth contando sobre a sua tris-
teza com a extinção dos cisnes que outrora embele-
zavam o local – devorados por aligátores ou cães. A
equipe da monarca, sensibilizada, enviou espécimes
da coleção real para repopular os lagos da cidadezi-
nha americana. E deu certo: Lakeland, hoje em dia,
é conhecida como “a cidade dos cisnes”.

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AINDA NA TEMÁTICA NATUREZA, O SAFARI WILDERNESS RANCH


(ACIMA) DIVERTE A CRIANÇADA

Você pode vê-los ao lado de gansos, patos e ou-


tras aves em muitos dos lagos. Um deles, o Mirror,
é famoso também por ter em suas margens o Hollis
Garden, um jardim com nada menos que 10 mil
flores, além de fontes, pequenas trilhas em meio ao
verde e uma escadaria em estilo neoclássico que
parece saída da Hollywood dos anos 1940.
Ao redor do lago, há uma miríde de bons restau-
rantes. São lugares como o Harry’s Seafood Bar and
Grille, que trouxe da Louisiana os temperos creole
e cajun típicos do sul dos Estados Unidos, adap-
tando-os aos peixes e frutos do mar do Atlânti-
co. Ou, ainda, o moderno Black ‘n Brew, repleto
de gente jovem e comida saudável, como sopas,
saladas e sanduíches inventivos. Vide o suculento
Turkey & Brie, feito com peito de peru defumado,
noz-pecã, maçã assada, queijo brie e pão ciabatta,
acrescido de mostarda de mel e framboesa.
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O CAMPUS DA FLORIDA SOUTHERN COLLEGE É


CONSIDERADO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DOS EUA

O Lago Miror também revela em seus arredores


o simpático parque Barnett Family, que esbanja
marcos históricos, como o The Terrace Hotel Lake-
land, um dos primeiros hotéis a incorporar sistema
de ar-condicionado, em 1924. Ele era tão chique
que boa parte de sua decoração veio da Europa: os
construtores importaram enormes lustres de cris-
tal de um palácio na Itália. A suntuosidade pode ser
apreciada ainda nos dias de hoje – o hotel continua
na ativa e é um dos melhores das redondezas, bem
no meio do bairro histórico (diárias a partir de
US$ 150, hilton.com).
Outro exemplo de programa cultural é o belíssi-
mo campus da Florida Southern College. É um dos
mais importantes atrativos de Lakeland, graças ao
design arrojado de seus prédios, em parte assina-
dos pelo célebre arquiteto Frank Lloyd Wright, “o
Oscar Niemeyer dos Estados Unidos”. Nos anos
1940, Wright se estabeleceu em Lakeland e ajudou
a criar essa nova universidade, com seus desenhos
revolucionários para os padrões da época. Trata-
-se, até hoje, da maior reunião de obras de sua au-
Foto: shutterstock

toria em todo o mundo. Vale muito a pena passe-


ar por ali e dar uma parada na Danforth Chapel,
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uma igrejinha em que as paredes de vidros colori-
dos foram meticulosamente desenhadas para criar
um mosaico de reflexos e fachos de luz nos finais
de tarde. Declarado patrimônio histórico dos Es-
tados Unidos em 2012, o campus da Florida Sou-
thern College ainda dispõe de museus, galerias de
artes e auditórios para shows diversos.
O roteiro cultural em Lakeland passa também
por Bonnet Springs Park, que, com cheirinho de
novo, foi aberto em um antigo pátio ferroviário.
Gratuito, tem entre seus atrativos jardins, trilhas
e atividades no lago, além de instalações, como a
Kiwanis Cares for Kids Treehouse, uma grande
casa na árvore cheia de equipamentos para fazer a
alegria do público infantil, além do Hollis Family
Welcome Center, com exposições que prestam ho-
menagem ao legado ferroviário e à herança ligada
ao cultivo de laranjas, motivo pelo qual a Flórida é
conhecida até hoje como “Orange State”. O desta-
que do parque fica por conta do caprichado Explo-
rations V Children’s Museum, que já fazia sucesso
em Lakeland e que agora passa a funcionar dentro
do Bonnet Park. O espaço é repleto de instalações
interativas para ensinar e entreter as crianças.

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Mas é na natureza ao redor de Lakeland que as
maiores surpresas despontam. A apenas 25 minu-
tos do centro da cidade, fica um recanto imper-
dível, sobretudo para quem viaja com crianças:
o Safari Wilderness Ranch. Em uma área de 1,5
milhão m² (maior que o Parque do Ibirapuera,
em São Paulo), foram reproduzidos biomas di-
versos – das savanas aos pântanos –, nos quais
você dá de cara com dezenas de espécies de ani-
mais, de zebras a camelos, de hipopótamos a lha-
mas, de lêmures a avestruzes.
Todos os bichos vivem soltos em um ambiente
que simula o natural. Existem cercas bem longín-
quas apenas para impedir que predadores entrem
ou que espécies naturalmente hostis umas às outras
se encontrem. Os passeios são feitos em veículos
especiais, mas há opções de trilhar o território em
bicicletas, cavalos e até mesmo em caiaques, já que
vários rios e áreas alagadas cruzam o parque. As
crianças ainda podem se divertir alimentando
lêmures, pássaros exóticos e porquinhos-da-índia.
OS CISNES QU E VI VE M NO S LAG OS DE
LAK ELAND DESCENDEM DA C OLE ÇÃO
DA FAMÍLIA R EAL BRITÂNI CA
Fotos: shutterstock

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Bok Tower e
El Retiro
OS JARDINS DA FLÓRIDA
Um dos pontos que merecem atenção em uma
viagem à Flórida Central é a visita aos jardins da
Bok Tower. Essa é a região mais elevada do esta-
do, ainda que esteja a apenas 90 metros acima do
nível do mar. Em outros tempos, no entanto, isso
fez dela um lugar preservado e, de certa forma,
até mesmo recluso, com uma natureza bem me-
nos pantanosa e muito mais cravada de bosques
que as áreas vizinhas.
Foi a paz desse santuário natural que atraiu,
em 1924, o jornalista Edward W. Bok. Vencedor
do Prêmio Pulitzer, ele era um dos mais renoma-
dos membros da imprensa na época. Ao viajar da
fria Filadélfia para curtir um inverno menos rigo-
roso na Flórida, apaixonou-se pela região de coli-
nas próxima à cidadezinha de Lake Wales. Assim,
decidiu transformá-la em um grande jardim e tam-
bém em um santuário com mais de 120 espécies de
pássaros. Mais de mil árvores foram plantadas, as-
sim como cerca de 15 mil mudas de plantas orna-
mentais, incluindo exemplares extintos em outras
partes do mundo.
Bok também mandou construir aquilo que se-
ria o símbolo do lugar: a Singing Tower ou sim-
plesmente Bok Tower. Trata-se de uma torre de
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62 metros de altura, em estilo misto neogótico e
art déco, com uma gigantesca porta dourada e um
carrilhão com 60 sinos no topo. Ela fica em meio
a um lago e tem detalhes e entalhes feitos em vá-
rios tipos de mármores trazidos da Europa.
No interior da “Torre Cantante”, está a maior bi-
blioteca de partituras para carrilhões do mundo,
além de aposentos e um escritório. Ali acontecem
festivais de música, saraus e oficinas de arte. Existe
também uma área toda dedicada às crianças, com
inúmeras atividades ligadas à natureza e totalmen-
te desligadas da tecnologia.
A visita à Bok Tower pode ser combinada à vizi-
nha El Retiro, uma mansão de 20 quartos constru-
ída em estilo mediterrâneo como residência de in-
verno para o executivo americano Charles Austin
Buck, que era um amante da natureza e também
horticultor. Os jardins foram projetados em estilo
mediterrâneo, antes da casa, pela mesma empresa
que desenhou os da Bok Tower.
Agora como casa-museu, El Retiro transporta
os visitantes às primeiras décadas do século 20,
com mobiliário e decoração da época. A fonte de
sapo na parte externa, as varandas com vista para
a torre e o trabalho de ferro forjado e madeira nas
portas são alguns pontos destacados pelos guias.
O curioso é que muitas das pessoas que trabalham
ali são voluntárias há décadas, falando sobre El Re-
tiro cheios de orgulho e paixão.

BOK TOWER

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Winter HavenLEGO E PEPPA


Não tem jeito: estamos na Flórida! Então, sim,
sempre há um parque de diversões por perto. E, no
caso da região central do estado, é a dupla Legoland
e Peppa Pig que faz sucesso, na cidade de Winter Ha-
ven. Um ao lado do outro, os parques formam uma
combinação e tanto para quem viaja com crianças
pequenas. Considerando ainda a possibilidade de
se hospedar no hotel da Lego, a passada por Winter
Haven tem tudo para ser animadíssima.
O Peppa Pig Theme Park é a novidade quente
do pedaço, aberta no começo de 2022. Focado no
universo da porquinha mais famosa da televisão, o
parque é pequeno e conta com 16 atrações dedica-
das às crianças na fase da pré-escola, de até 7 anos.
Diferentemente dos parques de Orlando, que são
gigantescos, no da Peppa tudo é compacto, e um
brinquedo fica ao lado do outro.

O LEGOLAND FLORIDA RESORT É UM COMPLEXO COM TRÊS HOTÉIS E


DOIS PARQUES, SENDO UM AQUÁTICO.

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A MONTANHA-RUSSA É O DESTAQUE DO PARQUE TEMÁTICO
DA PEPPA PIG

A atração principal é a montanha-russa do Pa-


pai Pig, coroada pela casa dos porquinhos. Carri-
nhos vermelhos iguais aos do desenho fazem um
trajeto circular, com direito a descida suave e duas
curvas – emoção mais do que suficiente para os
menorzinhos. O passeio de balão com a Dona Co-
elho, o barco do Vovô Pig, os jardins da Vovó Pig e
o dinossauro do George estão todos ali representa-
dos. Tem também a escola da Peppa, que é um play
aquático com chafariz, miniescorredores, túneis e
baldão que joga água para todos os lados. Não es-
queça o maiô da criançada! Na hora de comer, um
restaurante estilo lanchonete atende com ham-
búrgueres e clássicos como ma-
carrão com queijo.
A 200 metros de distân-
cia, fica o Legoland Flori-
da Resort, conjunto que
reúne três hotéis e dois
parques temáticos da
Lego, sendo um aquáti-

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A ATRAÇÃO DE
NINJAGO AO LADO
FAZ SUCESSO NA
LEGOLAND, ASSIM
COMO OS QUARTOS
TEMÁTICOS DO
PIRATE ISLAND
HOTEL ABAIXO

co. Todos os cená-


rios e brinquedos
são inspirados nas
pecinhas colori-
das mais famosas
do mundo. Por fa-
lar em mundo, há
um pavilhão intei-
rinho com miniaturas dos monumentos mais co-
nhecidos do planeta – da Estátua da Liberdade à
Muralha da China –, montados com centenas de
milhares de Lego. O parque conta ainda com qua-
se 60 atrações, entre montanhas-russas, shows e
simuladores, em sua maioria com nível de emoção
leve, ideal para o público-alvo de até 12 anos.
Espere um pouco mais de adrenalina no brinque-
do Flying School, montanha-russa light em que os
pés ficam soltos, e no Great Lego Race, com des-
cidas que arrancam alguns gritos. Brinquedos que
molham também têm vez, especialmente o Battle
of Bricksburg, uma disputa entre barquinhos em
que um atira água no outro. Também será na água
o Pirate River Quest, a novidade prevista para 2023,
com barcas que navegam por um rio em busca do

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O PARQUE DA PEPPA PIG TEM ENCONTRO COM PERSONAGENS

tesouro pirata. Não vá embora sem parar na Gran-


ny’s Apple Fries e experimentar as tiras de maçãs
verdes fritas e polvilhadas de açúcar e canela. Com
chantili ficam ainda mais deliciosas!
Vale reservar mais um dia em Winter Haven
para curtir o parque aquático da Lego, que funcio-
na nesse mesmo miolo. Ali estão todos os clássicos
molhados, como rio lento, toboáguas, brinquedão
e diversas piscinas que ajudam a se refrescar do
calor forte que faz na Flórida.
Por sinal, comprar o ingresso casado para os
três parques (os dois da Lego e o da Peppa) é a
forma mais certeira de economizar. Nos sites de
cada um, o combo custa a partir de US$ 129, e
também há boas ofertas para quem se hospedar
no Legoland Hotel ou no Pirate Island Hotel –
Fotos: Visit Central Florida e Shutterstock

uma experiência superbacana.


Mesmo quem não é fã de Lego fica impressiona-
do com a riqueza de detalhes desses dois hotéis. As
pecinhas coloridas decoram o balcão da recepção, as

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O RESTAURANTE
HARBORSIDE É
PERFEITO PARA O
FIM DE TARDE

mesas dos restau-


rantes, as camas, os
móveis, enfim, tudo.
Os apartamentos têm
quatro temas diferentes e
todos contam com área separada para adultos e
crianças. Além disso, a monitoria infantil entretém
os mini-hóspedes até de noite. As diárias custam
a partir de US$ 168 por pessoa, incluindo café da
manhã (algo raro nos hotéis dos Estados Unidos)
e o estacionamento.
Há ainda um terceiro hotel da Lego, o Beach Re-
treat, que conta com a mesma facilidade do café da
manhã e do estacionamento, mas traz uma propos-
ta diferente ao reproduzir uma vila de praia com
83 bangalôs, à beira do Lago Dexter. Como é um
pouco mais afastado, os hóspedes têm garantidos
os traslados diários até o Legoland.
Fora do fervo dos parques, os viajantes po-
dem esticar mais um pouco em Winter Haven
para ir até o restaurante Harborside. Especiali-
zado em frutos do mar e famoso por suas prata-
das de camarão, o espaço conta com um aprazí-
vel deque que avança sobre o lago. Lugar perfeito
para curtir o pôr do sol, a calmaria e a natureza da
Flórida Central.

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RESORT PARA MOTORHOME
Dica para quem quiser se aventurar
pelas estradas da Flórida a bordo
de uma “casa sobre rodas”: o
Camp Margaritaville RV Resort and
Cabins, em Auburndale, arredores
de Lakeland, é um camping criado para
motorhomes, que ali podem passar a noite
estacionados. A estrutura conta com piscinas adulto
e infantil, brinquedoteca, restaurante, espaço para
fogueira e até pet place com lugar para banho. Para
hóspedes que não estão motorizados, há a opção
de reservar cabanas de madeira e aproveitar toda a
infraestrutura do espaço. margaritavilleresorts.com

ONDE FICAR
Uma casa para chamar de sua

Grudadinha a Davenport, Haines City é um lugar


estratégico para se hospedar na região, já que atende
tanto aos destinos da Flórida Central como Orlando,
distante 50 minutos. A cidade acabou virando uma opção e
tanto para quem busca o conforto das casas de temporada,
mas com diárias mais em conta do que as dos condomínios
próximos aos parques.
No Balmoral Resort Florida, por exemplo, uma casa de
quatro suítes, com cozinha enorme toda equipada (toda
mesmo!), sala de televisão, Wi-Fi, lavanderia, piscina e
jardim, pode acomodar até oito pessoas e, na garagem,
cabem dois carros. Há também outros formatos de casa, de
dois a seis quartos, com tamanhos que variam entre
176 m² e 353 m².
De quebra, o Balmoral é um condomínio que ganha a
chancela de resort por ter uma área de lazer com piscina
e parque aquático, além de restaurante e bar com
programação animada na alta temporada, academia, sala
de cinema, lago e espaço para eventos, onde dá até para
fazer casamentos. Campo de futebol americano, que
recebe escolas de treinamento, completa a estrutura do
condomínio. Diárias a partir de US$ 140, feltrimresorts.com/
balmoral-resort

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CAIAQUE EM MUNYON ISLAND KENNEDY SPACE CENTER

Que tal reinventar a viagem de Orlando a Miami? Em


vez de seguir direto por mais de 400 quilômetros,
aposte em uma road trip repleta de praias gostosas,
centrinhos charmosos e belas reservas naturais
Por Marina Vidigal (@ideiasnamala)

ESPECIALISTAS LOCALIZAM NINHOS DE TARTARUGA


NO JOHN D. MACARTHUR BEACH STATE PARK

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RESTAURANTE RENATO’S EM WEST PALM BEACH

Orlando e Miami. Uma dobradinha imbatível,


que muita gente faz quando vai à Flórida. Mas a
dupla, por mais tradicional que seja, pode se des-
dobrar em uma oportunidade de sair do óbvio. E
não, não precisa abrir mão dos parques em uma e
das compras na outra. Por que não combinar, em
um mesmo roteiro, todos esses clássicos e ainda
Fotos: Marina Vidigal, Shutterstock, Crawford Entertainment for VISIT FLORIDA

desbravar as belezas da Costa Leste da Flórida?


Em vez de se contentar com um batidão de puro
asfalto ao longo de 440 quilômetros, você pode
transformar o trecho entre Miami e Orlando em
uma baita road trip, com desvios que revelam pai-
sagens lindas, reservas naturais bem preservadas,
praias caprichadas, centrinhos divertidos, bons
restaurantes e até um centro espacial da Nasa!
E o melhor: a estrada é bem tranquila para quem
dirige. Assim, ela acaba virando, de fato, uma parte
das férias e não apenas um trecho de deslocamento.

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P RE PARE SUA VIAGE M

COMO CHEGAR Miami e Orlando recebem


voos diretos de várias cidades brasileiras,
operados por companhias como American,
Delta, Azul, United, Latam e Gol.

COMO SE LOCOMOVER Alugar um


carro é a melhor maneira de fazer o roteiro
proposto nesta reportagem. A Carteira
Nacional de Habilitação brasileira é válida
nos EUA.

QUANDO IR Esta viagem pode ser feita o


ano todo, com a ressalva de que, nos meses
mais frios do ano (dezembro a fevereiro),
pode não dar praia. No auge do verão
(julho e agosto), prepare-se para pegar
dias bem quentes, com eventuais pancadas
de chuva forte, porém rápida. Abril, maio,
setembro, outubro e o início de novembro
são ótimos meses.

QUANTO TEMPO FICAR Pelo menos três


dias, idealmente cinco. Saindo de Miami,
o roteiro proposto a seguir se divide entre
West Palm Beach (duas noites), Vero Beach
(uma noite) e Cocoa Beach (uma noite),
antes de chegar a Orlando.

PÍER EM JUNO BEACH

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DIA 1 - WEST PALM BEACH
Vamos começar por West Palm Beach, base certeira
para explorar o condado de Palm Beach, que é um
destino completo com praias lindas, estrutura ho-
teleira de primeira e excelente gastronomia, a ape-
nas uma hora e meia de Miami. Depois de deixar as
malas no hotel, você pode seguir por mais 30 minu-
tos até o John D. MacArthur Beach State Park, on-
de será recebido por um corredor de árvores verdes
e vistosas, um cenário tão lindo que dá vontade de
parar no meio da estrada para fotografar. O parque

Fotos: Marina Vidigal, Shutterstock


em si é ainda mais bonito que sua entrada e combi-
na dois ecossistemas bem especiais: uma praia lin-
díssima, completamente virgem e recheada de ve-
getação tropical, e um estuário que abriga diversas
espécies de pássaros e peixes.

O centro de visitantes que fica ao lado do estacio-


namento é o ponto de início do passeio e uma pa-
rada interessante para quem quer aprender sobre
os animais que habitam a região. Há aquários que
contêm exemplares da fauna marinha, incluindo

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uma tartaruga-de-pente. As exposições visam
educar os visitantes e conscientizar sobre a impor-
tância de se preservar a natureza local. Guardas
florestais bem-humorados estão a postos para res-
ponder a perguntas e contar curiosidades.
Ao lado do centro de visitantes, há uma lojinha que
vende lanches, refrescos e protetor solar, sua última
chance de se abastecer antes de cair na natureza. Por lá
ainda é possível alugar caiaques (US$ 12 por hora ou
US$ 50 o dia todo) para explorar o estuário e a Munyon
Island. O melhor horário para fazer esse passeio é du-
rante a maré alta, quando não há risco de encalhar.
Por outro lado, conforme a maré vai baixando, fi-
ca mais fácil visualizar a vida aquática e os pássaros
que aproveitam o momento para se alimentar: gar-
ças brancas e azuis são muito comuns por lá. Fiz o
passeio na maré cheia e ainda assim fiquei encanta-
da com a quantidade de pássaros grandes e salmo-
netes pulantes que vi por lá. Com sorte também se
avistam tartarugas, golfinhos e peixes-bois. O pas-
seio de ida e volta até a ilha leva cerca de 45 minutos.
Quem quiser dar o giro completo e ainda explorar a
lagoa que fica dentro da ilha e é considerada um dos
melhores lugares da Flórida para observar pássaros,
levará cerca de duas horas. Seja qual for a sua esco-
lha, alugar um caiaque vale muito a pena.
De volta ao centro de visitantes, é hora de

MUNYON ISLAND

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percorrer a passarela de madeira que conecta o
parque à praia, um percurso de 500 metros com
direito a túnel de árvores, vistas do estuário e um
panorama triunfal do mar que se abre entre as fo-
lhagens. As dunas branquinhas parcialmente co-
bertas de vegetação trazem um aspecto selvagem
ao cenário. Segundo Susan Kamp, coordenadora
de marketing do parque, a equipe local não faz ne-
nhuma intervenção na praia, a fim de mantê-la da
forma mais natural possível. O visual é realmente
especial – para mim, uma das praias mais lindas
da Flórida, e olha que a competição é boa, viu?!
Saindo do parque, tenho duas sugestões de pas-
seios na região de Riviera Beach (e que ficam bem
no seu caminho de volta a West Palm Beach). A
primeira, se você curte snorkel, é o Phil Foster
Park, com uma trilha aquática que permite ob-
servar a vida marinha nos recifes artificiais e pe-
quenos naufrágios, em profundidades que variam
entre um e sete metros. Há quem diga que esse par-
que marinho é um dos melhores lugares dos Es-
tados Unidos para mergulhar, sendo fácil avistar
até polvos e lulas. Mas esteja atento à tábua de ma-
rés, já que o passeio só vale a pena na maré baixa.

RIVIERA BEACH
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A segunda sugestão, especial-
mente se for um dia mais frio,
é a Manatee Lagoon, um cen-
tro educativo sobre os peixes-
-bois que habitam as águas
salobras do lago Forth Wor-
th. Aquecidas por uma usina
de energia vizinha, elas servem
de refúgio para esses animais quan-
do as temperaturas baixam. A entrada ao cen-
tro de visitantes é grátis e ver esses delicados gi-
gantes de pertinho é sempre um espetáculo.
De volta a West Palm Beach, a dica para o final da
tarde é dar um giro pelo centro, começando pela
Rosemary Square. O ponto focal da região é a
chamada Wishing Tree, uma instalação que mis-
tura tecnologia e natureza. Quem curte compras
vai aproveitar lojas como Anthropologie, Ur-
ban Outfitters, Lululemon, H&M, entre outras.

A ROSEMARY SQUARE REÚNE LOJAS E RESTAURANTES NO CENTRO DE


WEST PALM BEACH

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E, para comer, há opções deliciosas, como o Plan-
ta (um vegano superdescolado, com destaque pa-
ra os sushis e os drinques não-alcoólicos), o Pura
Vida (um café-restaurante natureba, muito fofo)
e a loja de doçuras e sorvetes Le Macaron. Tam-
bém tem shows e concertos gratuitos na praci-
nha, além de food trucks. Topa esticar a caminha-
da? A pedida, então, é continuar pela Clematis
Street, recheada de bares bacanas, cafés e mu-
rais coloridos. Há inclusive dois grafites do bra-
sileiro Eduardo Kobra que merecem ser vistos.
Um deles, Einstein’s Theory of Love, fica em fren-
te ao Subculture, que serve ótimos cafés. A ou-
tra obra, Shakespeare Skull, está um pouco mais
adiante, nas paredes do antigo cinema da cidade.
Assim, você chega à Flagler Square, uma pra-
ça em formato triangular cuja fonte se trans-
forma em parquinho molhado para a criança-
da nos dias quentes. O local também recebe
feirinhas e festivais ao longo do ano, como o
Holiday In Paradise, que celebra o Natal com mui-
tas luzes piscantes, roda-gigante com vistas para
o mar e uma árvore imensa feita de areia. Daqui,
você pode voltar para o seu hotel caminhando ou
então com o ônibus grátis que circula pela cidade.

MURAL "EINSTEIN'S
THEORY OF LOVE", DE
EDUARDO KOBRA

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DIA 2 - PALM BEACH
Hoje é dia de explorar Palm Beach, um dos destinos
de luxo mais exclusivos da Flórida. Trata-se de uma
ilha que abriga mansões extravagantes (incluin-
do Mar-a-Lago, o resort do ex-presidente Donald
Trump), hotéis sofisticados e lojas de grife. A boa
notícia é que, ainda que você não pertença ao clube
dos milionários, é possível desfrutar de Palm Beach
sem gastar rios de dinheiro e mesmo assim se encan-
tar pelo lugar. Recomendo começar visitando o The
Breakers Palm Beach, o primeiro hotel de luxo da
região e um dos mais exclusivos: já vale a pena só
passear pelo lobby, conhecer os jardins e tirar fotos
lindas. Depois, alugue uma bicicleta em empresas
como a Palm Beach Bicycle Trail e a Top Cycle para
rodar pela Palm Beach Lake Trail, ciclovia de qua-
se nove quilômetros que percorre as margens do la-
go Worth e passa por vários casarões imponentes,
construções históricas, marinas com barcos gigan-
tes e uma natureza linda. Pelo caminho, há até uma
imensa sumaúma, árvore trazida da Amazônia.

O HOTEL THE BREAKERS É UM ÍCONE NA ORLA DE PALM BEACH

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A trilha conecta os dois museus de Palm Beach,
começando pelo Henry Morrison Flagler Mu-
seum, em um casarão branco inspirado nos pa-
lácios europeus. O proprietário, que dá nome ao
museu, foi responsável pela construção da ferrovia
Florida East Coast Railway e pelo desenvolvimen-
to de boa parte do estado. O outro museu é o The
Society of Four Arts, que combina um jardim bo-
tânico incrível e gratuito, um jardim de esculturas,
uma galeria de arte com exibições itinerantes e du-
as bibliotecas. Após o passeio de bicicleta, a dica é
curtir algumas horinhas de sol e mar na Munici-
pal Beach, a praia pública local. A entrada princi-
pal é adornada com a torre do relógio, que rende
fotos bem legais e que também sinaliza o início da
Worth Avenue, ladeada por palmeiras altas e edi-
fícios com jeitão europeu, construídos na década
de 1920 e agora ocupados por grifes famosas, joa-
lherias e galerias de arte. Entre os casarões, há um
emaranhado de vielas como a Via Amore e a Via
Parigi, com fachadas estampadas com azaleias flo-
ridas. Para jantar no clima local, recomendo reser-
var com antecedência uma mesa no Renato’s, que
tem um risotto ai funghi divino. A conta, com en-
tradinha e sem bebidas alcoólicas, saiu a US$ 40 por
pessoa. Depois, hora de voltar para o hotel em West
Palm Beach.
SOCIETY OF THE FOUR ARTS

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DIA 3 - JUNO E JUPITER BEACH

A TORRE DO RELÓGIO DE PALM BEACH MARCA A ENTRADA DA


MUNICIPAL BEACH

Check-out feito, hoje é dia de continuar a viagem


rumo a Vero Beach, cidade a 130 quilômetros de
West Palm Beach, com algumas paradas bem legais
no caminho. A primeira é o Loggerhead Marineli-
fe Center, ONG que cuida da preservação da fauna
marinha local e atua como um hospital veterinário
para tratar de tartarugas marinhas feridas. Como
há mais ninhos de tartaruga em Palm Beach do que
em qualquer outro lugar dos Estados Unidos, o tra-
balho de monitoramento das praias e conscientiza-
ção desenvolvido pelo instituto é essencial.
O passeio ali pode ser feito por conta própria ou em
tours guiados, que são bem disputados e se esgotam
com antecedência. Eles proporcionam uma visita
mais intimista do hospital, com direito a detalhes
de cada um dos “pacientes” (assim são chamadas as
tartarugas por lá – como não amar?). Se fizer o pas-
seio por conta própria, não há cobrança de ingresso,

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mas espera-se uma pequena contribuição. Dá para
observar as tartarugas em tratamento e tirar dúvi-
das com os docentes e voluntários superatenciosos
que trabalham por lá. Fiz milhões de perguntas e fi-
quei emocionada com o entusiasmo deles, que me
explicaram sobre os tipos de tratamento e como as
tartarugas são cuidadas para serem reintroduzidas
na natureza.
Coladinha ao centro marinho, está Juno Beach, uma
praia de areias bem brancas e águas azuis – sem dúvida,
uma das melhores da região. A estrutura conta com
estacionamento amplo e vestiários, além de um píer
de pescadores que proporciona vistas lindas do mar.
A praia é grátis, mas a entrada no píer custa US$ 2 por
pessoa e toda a renda é revertida para o Loggerhead
Marinelife Center. Para almoçar por ali, a dica é o
Juno Beach Fish House, que serve pratos de peixes
e frutos do mar a partir de US$ 16.
A próxima parada combina um tiquinho de história
com vistas lindas da região. O farol fotogênico de Ju-
piter serviu como base militar secreta durante a Se-
gunda Guerra Mundial e teve um papel importan-
te na identificação e interceptação de submarinos

JUNO BEACH

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alemães que entravam na baía. A visita inclui um
jardim lindo, a subida ao farol com vistas espetacu-
lares do Rio Loxahatchee e da costa (mas prepare-
-se para muitos degraus) e um pequeno museu de
guerra recheado de informações.
Recomendo, ainda, uma parada no Blowing Rocks
Preserve, reserva natural conhecida pelos jatos de
água que se formam a partir do encontro entre as
ondas e as rochas calcárias, chegando a cinco me-
tros de altura. O fenômeno, porém, só ocorre na
maré alta. Durante a baixa, a praia é uma delícia pa-
ra nadar e fica bem bonita, mas não necessariamen-
te vale entrar no roteiro.
Termine o dia com um passeio despretensioso pelo
centro de Vero Beach, base
do nosso pernoite de hoje.
Para jantar de frente para o
mar, o Ocean Grill Restau-
rant é um estabelecimen-
to histórico, construído to-
dinho de madeira na areia
da praia. O interior ganha
uma nova decoração extra-
vagante a cada estação do
ano, e o menu conta com
peixes locais, carnes orgâ-
nicas e frutos do mar. Ou-
tras opções com vista para
o mar são o Waldo’s (boa
pedida para quem quer co-
mer sanduíches sem mui-
ta frescura) e o Citrus Grill
(com menu bem casual de
saladas caprichadas, riso-
tos e grelhados).
FAROL DE JUPITER BEACH
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DIA 4 - KENNEDY SPACE CENTER
Nosso último dia de viagem é também um dos
meus preferidos. Voltando 30 quilômetros em di-
reção a Orlando, o Kennedy Space Center é um
complexo da Nasa, com atrações dignas dos famo-
sos parques temáticos da região. Mas não é só para
turista ver: dali, mais de 150 missões espaciais já
foram lançadas. Interessante notar, também, que o
campus é rodeado pela reserva natural Merritt Is-
land National Refuge. Então, durante os trajetos,
com olhos atentos e um pouco de sorte, você verá
cabecinhas de jacarés nos pântanos e águias no an-
tigo ninho que tem o tamanho de uma cama king
size. Um vídeo explicativo diz que os animais fi-
cam bem assustados quando a terra treme com o
lançamento dos foguetes, mas que em pouco tem-
po tudo retorna ao normal.
GATEWAY, ÁREA INAUGURADA EM 2022

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COMPLEXO KENNEDY SPACE CENTER

Comece o passeio pelo foguete Apollo – Saturno V,


experiência que está incluída no ingresso, mas que
precisa ser reservada com antecedência pelo aplica-
tivo ou agendada em um dos quiosques, assim que
você chegar ao Kennedy Space Center. Como o nú-
mero de participantes é limitado, quanto mais ce-
do, melhor. O trajeto entre o centro de visitantes e
o edifício que abriga a nave é feito de ônibus e, no
caminho, você passará por alguns pontos de traba-
lho importantes da Nasa, como o VAB, edifício on-
de são montados os veículos espaciais, e a máqui-
na gigante (e lenta) que transporta os foguetes até o
ponto de lançamento.
Chegando ao pavilhão, é impossível não se impres-
sionar com o tamanho do Saturno V. Ele ocupa to-
do o teto do pavilhão e está montado em segmentos,
para que os visitantes consigam visualizar as turbi-
nas de cada uma das partes. O lugar também conta

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com algumas cápsulas de foguetes que foram ao es-
paço e retornaram (impressionante ver as cicatrizes
deixadas na lataria) e a cabine de comando original
do Apollo XI, acompanhada de áudios de Neil Ar-
mstrong ao aterrissar na Lua. Quem entende bem
inglês ficará arrepiado!
Outra visita imperdível é o ônibus espacial Atlantis,
um passeio interativo que mostra detalhes do pro-
jeto por meio de um filme muito bem feito. Na se-
quência você verá o Atlantis de perto, e poderá par-
ticipar de uma simulação de voo similar ao que os
astronautas fazem em seus treinamentos. Vale des-
tacar que e a atração está comemorando dez anos
agora, em 2023.
E não deixe de visitar o emocionante memorial em
homenagem aos tripulantes de dois ônibus espaciais
que se acidentaram. Inclua ainda na sua visita a nova
área Gateway – The Deep Space Launch Complex,

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aberta há um ano. Sem custo adicional, o novo pavi-
lhão apresenta o futuro das viagens espaciais. Efeitos
atmosféricos e um cinema 4-D com quatro experi-
ências imersivas diferentes, além da exposição de di-
versos artefatos espaciais, como a cápsula Orion da
missão EFT-1 e o Boeing CST-100 Starliner Crew
Vehicle, estão entre os destaques.
Com crianças, vale dedicar um bom tempo ao Pla-
net Play, um parquinho temático com planetas colo-
ridos, escorregadores divertidos, plataformas de su-
bir e muitos cantinhos brincantes. Complete a visita
com os filmes 3-D (confira os  horários e programe-
-se), com um giro pelo pátio dos foguetes e pelo hall
da fama dos astronautas. Para quem puder gastar
um valor adicional, é bacana almoçar com um as-
tronauta, que conta histórias das expedições, expli-
ca sobre os treinamentos e tira dúvidas.
E já pensou que surreal ver um foguete subindo?
Pois é possível ver o lançamento de dentro do com-
plexo da Nasa – os ingressos cobrados à parte se es-
gotam com antecedência – ou, então, observar da
praia que fique nos arredores. Nesse caso, chegue ce-
do para estacionar e garantir um bom lugar. Outros
lugares para a observação são a Exploration Tower
(reserve com antecedência) em Cape Canaveral e o
Space View Park, em Titusville. No site do Kennedy
Space Center, é possível conferir as datas dos even-
tos. Para se ter uma ideia, só para este ano há a ex-
pectativa de 80 lançamentos!
E, assim, chegamos ao final da nossa road trip entre
Miami e Orlando, que fica a 85 quilômetros do com-
plexo da Nasa. Uma viagem diferentona por um pe-
dacinho da Flórida que todo mundo acha que co-
nhece bem, mas quase ninguém já parou de fato para
explorar suas possibilidades. E que possibilidades!
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ONDE DORMIR

West Palm Beach O Hilton tem quartos


confortáveis e área de lazer completa com várias
piscinas, além de ficar pertinho da Clematis Street
(a partir de US$ 236, hilton.com). O The Ben, parte
da Autograph Collection, capricha na decoração
moderna dos quartos, na vista para o lago Worth
e na piscina da cobertura (a partir de US$ 291,
thebenwestpalm.com).

Cocoa Beach Colado à praia, o Courtyard Cocoa


Beach Cape Canaveral tem quartos espaçosos,
com varandinha que dá vista para o mar, e área
de lazer com piscina e hidromassagem (a partir
de US$ 167, marriott.com). Ideal para famílias, o
Beach Side Hotel também está perto da praia e
se destaca pelo complexo de piscinas com área
molhada para as crianças. O café da manhã, ainda
que simples, está incluído na diária (a partir de US$
179, beachsidehotelcocoabeach.com).

Vero Beach O Kimpton Vero Beach tem quartos


amplos de frente para a praia e área de lazer
com piscina e spa completo, além de restaurante
muito bem avaliado (a partir de US$ 347,
verobeachhotelandspa.com). No Costa d’Este
Beach, os quartos reformados com vistas para o
mar ganham reforço com piscina e academia na
área comum
(a partir de US$ 297, costadeste.com).

PASSEIO DE CAIAQUE É
DESTAQUE EM COCA BEACH

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