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SURFE NA POROROCA

LUZINETE SILVEIRA E JOSÉ WILLIAM


O QUE
 Um É AumaPOROROCA?
rio, um mar, onda. Essa energia gerada pelo encontro das duas
águas chama-se Pororoca. Foi batizada pelos índios assim no passado e há
tempos pode ser chamada também de “paraíso” para surfistas de todo o
planeta. Existem poucas no mundo. Tem na França, na Índia, na China, Na
Inglaterra e, claro, no Brasil. Por aqui ela se popularizou na Amazônia. Lá,
tem fama de devastadora. É forte e por vezes perigosa.
 "Pororoca é um fenômeno natural caracterizado por grandes e violentas
ondas que são formadas a partir do encontro das águas do mar com as
águas do rio. Existem várias explicações para este fenômeno, mas a
principal diz que sua causa deve-se à mudança das fases da lua,
principalmente nos equinócios que aumenta a propensão da massa líquida
dos oceanos proporcionando grande barulho.
Não só de surfistas “forasteiros” vive as ondas do Mearim. Os
locais de Arari fazem a diferença. Estão sempre lá. Surfam
sempre, quando ninguém os vê. A diferença é que eles não têm
nenhum apoio e nenhuma estrutura. Não tem lanchas, nem bóias
e, muitos, sequer têm pranchas.
Mas o desejo de surfar nas ondas do rio é tão forte que eles
improvisam. Muitos arrancaram portas de geladeiras e as
transformam em pranchas. Amarram barbantes aos pés e à
“prancha” e remam até a onda.
“São verdadeiros guerreiros. E muitos motivados para o surfe. É
nessas horas que entendemos, de fato, o que é ter dificuldade”,
LOCAIS

 No mundo, existem poucos locais para esta


prática. Existem pororocas na Indonésia, França,
na Índia, na China, na Inglaterra e, claro, no Brasil.
Por aqui, a onda é encontrada no norte do Brasil,
Pará e Amapá, e no Maranhão, em especial na
cidade de Arari.
 A Pororoca do Mearim sempre existiu. E é velha conhecida dos ribeirinhos da
região. Começa num local apelidado de Paredão da Morte, ponto em que ela
acumula mais energia. Dura aproximadamente 40 minutos entre a cabeceira
até chegar, já sem força, ao leito do rio que circunda a cidade. Em algumas
épocas, até invade casas à margem do rio.
 A exploração para o surfe, porém, começou em 2001 após viagem de três
maranhenses e um paraense. E se profissionalizou anos depois, com direito a
competição e um festival de música que levou até o arariense Zeca Baleiro a
fazer show por lá, ao lado da banda Tribo de Jah. Foi o ponto alto
da Pororoca do Mearim.
 Em Arari nasce uma das Pororocas mais perfeitas, acessíveis e constantes do
mundo. Da cabeceira do Rio Mearim, ela surge toda lua nova ou lua cheia,
principalmente no primeiro semestre. Vem com força. Uma parede de onda
com aproximadamente 1,5 metro assusta quem não está acostumado com o
fenômeno. Surfistas atentos e preparados se posicionam em cima de bananas
boats puxados por jet sky ou em lanchas. Aguardam a hora certa e pulam na
frente da ondulação. Dali em diante fazem no rio o que o mar jamais poderia
lhes proporcionar: uma onda quase sem fim, perfeita e estável.
AGENCIAS DE TURISMOS ESPECIALIZADAS
EM SURF NA POROROCA

 A Maracá Turismo, agência de receptivo do Maranhão, anunciou a criação de


um novo roteiro de surf na Pororoca de Arari, no rio Mearim. Fruto de
parceria com a Associação de Surf da Pororoca do estado do Maranhão
(ASPM), o produto conta com orientação do Sebrae Maranhão e agência de
Santa Inês.

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