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CUPUNTURA
AURICULAR

Center Ao
Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa
1991
Direitos desta edição reservados a

Center Ao

Centro de Pesquisas e Estudo da Medicina Chinesa

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CEP.: 03114 ~ Telefone: 273-3933

SÃO PAULO
Aos Professores e Mestres
que contribuíram para a formação médica,
dedico este livro.

À [amilia,
um alento para as novas realizações

Às pessoas amigas,
um tesouro inestimável,
os meus agradecimentos.
ÍNDICE

refácio ................................................... 9

CAPíTULO I
rrodução à Auriculoterapia 11

CAPíTULO II
Anatomia da Orelha 15

CAPITULO rn
Técnica da Auriculoterapia 17
Conceito 17
Técnica 17
Estimulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ., 18
Sensação na Orelha 19
Sensação no Corpo 19
Efeitos Colaterais 19
Contra-Indicação da Auriculoterapia 21
Tempo de Permanência das Agulhas 21

CAPíTULO IV
Diagnóstico Auricular 23
Análise Visual da Orelha 24
Diagnóstico Visual da Orelha 25
Eletrodiagnóstico 28
Modelo Eletrodiagnóstico das Doenças 29

CAPíTULO V
Funções dos Pontos Auriculares 33
Pontos de Hélix 33
Pontos do Anti-Hélix e da Fossa Triangular 34
Pontos do Canal do Hélix 37
Pontos do Lóbulo 38
Pontos do Trago e Pontos do Antitrago . . . . . . . . . .. 40
Pontos da Concha 42
Pontos do Meato Auditivo '. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 47
Pontos da Zona Posterior da Orelha 47

CAPíTULO VI
Funções Semelhantes dos Pontos 49
Funções dos Pontos da Zona Anterior da Orelha 49

CAPlTULO VII
Tratamento das Doenças Através dos Pontos . . . .. 53
Auriculares 53

CAPÍTULO VIII
Anestesia por Pontos Auriculares 65
iécnica, da Anestesia 66
Técnica 66
Estimulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 66
Contra-Indicação 67
Medicação Suplementar 67
Pontos Auriculares e Cirurgia _. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 68

CAPlTULO IX
Uso de Anestesia por cupunrura uricular .
e/ou Sistêmica 71
Cirurgias nas Extremidades , 71
Cirurgias Toco-Ginecolóigcas 73
Cirurgias Oftalmológicas _. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 73
Cirurgias Abdominai 74

C PÍTULO X
Vantagens e Desvantagens da Anestesia pela Acupuntura 77
Bibliografia 79
l
PREFÁCIO

Acupuntura, arte oriental milenar de tratamento de doenças, te


pertado nos médicos, nestes últimos anos, uma curiosidade em relaçã ~-
princípios fisiológicos e, sobretudo, sobre a eficácia contra os males ~
afligem a população.
A Acupuntura Auricular ou a Auriculoterapia é uma técnica já relata-
da nos livros chineses mais antigos. É no Ocidente, entretanto, que hou e
a divulgação e a ampliação de seus recursos.
Fsta forma de terapia teve uma aceitação mais rápida, pois não requer
profundos conhecimentos da Filosofia Médica Chinesa.
A Auriculoterapia aplicada isoladamente, proporcionará os resultados
de certo valor. Entretanto, quando associada à Acupuntura sistêmica, as
perspectivas serão bem maiores.
A obtenção de melhores resultados dependerá unicamente de uma ava-
liação prévia das alterações energéticas do paciente. A correção destes dese-
quilíbrios é de fundamental importância quando se pretende obter pleno
êxito na Acupuntura Auricular, seja no tratamento de enfermidade, seja
para se processar uma anestesia.
O pavilhão auricular faz parte do corpo estando a ele ligado pelos
Canais de Energia, pelo sistema nervoso e pelo Sangue. Assim sendo, as
alterações sistêmicas irão provocar alterações energéticas, funcionais ou
orgânicas na orelha, que são utilizadas como meio de diagnóstico.
Esta interdependência permite fazer a harrnonização energética dos
Órgãos e das Vísceras (Zang Fu) pelo estímulo da orelha do corpo humano,
A orelha externa representa um dos microssistemas espalhados pelo corpo
(orelha, pés, mão, nariz, olho, crânio). O microssistema da orelha, pés, mão.
nariz, olho, crânio). O rnicrossistema da orelha é o mais utilizado pela sua
eficácia e facilidade de manipulação. Em se tratando de microssistema, rem
uma. ação muito mais preventiva do que curativa. Pode ser utilizada
fases iniciais do processo de adoecer enquanto as alterações restring se
10 PREFÁCIO

às energéticas e funcionais. este aspecto, está comprovada no tratamento


de fumantes, alcoólatras e de vícios em geral. os casos mais graves, nas
doenças orgânicas sempre deve ser associada a outras terapias.
A Auriculoterapia deve ser vista como uma forma alternativa de trata-
mento pela Acupuntura.
CAPÍTULO I
INTRODUCÃO
., À
AURICULOTERAPIA

Chen-Chiu ou Acupuntura, como é conhecido no Ocidente, é um anti-


go método terapêutico chinês que se baseia na estimulação de determina-
dos pontos da pele com agulhas (Chen) ou com o fogo (Chiu), a fim de se
obter e manter a Saúde.
A eficácia da Acupuntura como método terapêutico, praticada durante
milênios no Oriente e, mais recentemente a sua aplicação na anestesia ci-
rúrgica, trouxeram, indubitavelmente uma procura na explicação científica
de seu modo de ação.
Há basicamente duas teorias que explicam o seu mecanismo.
- A escola tradicional chinesa define que a estimulação adequada
dos pontos de Acupuntura situados nos Canais de Energia regula a corren-
te energética que circula nos mesmos e, conseqüentemente, nos Orgãos e
Vísceras, promovendo, com isto, a circulação energética por todo o corpo.
Quando determinado ponto sistêmico de Acupuntura sistêmico é estimu-
lado intensamente por longo tempo provoca o esvaziamento da Energia da
região ou do Orgão que é regido por este ponto, provocando, então, a
analgesia ou mesmo a anestesia daquela região.
- A escola científica procura dar uma explicação anátomo-fisioJógica
postulando que:
O estímulo dos pontos de Acupuntura sistêmica ou auricular transmi-
te-se por via nervosa, isto porque a maioria dos pontos estão situados sobre
ou nas proximidades dos nervos periféricos;
Comprova-se o fato pois não se obtém a anestesia desejada por Acu-
puntura injetando-se previamente um anestésico na região do ponto corres-
pondente. Igualmente acontece nas paralisias dos membros afetados pela
INTRODUÇÃO À AURICULOTERAPIA

polineurite. O efeito da Acupuntura é obtido por reflexo viscerocutâneo


ou cutâneo visceraJ. O acontecimento destes fatos deve-se, em parte, pela
via de condução de Energia nos Canais que tem por núcleo a bainha de
mielina;
. A estimulação acupuntural possivelmente transmite-se por via humo-
ral. Esperimentalmente, obteve-se analgesia nos animais com circulação cru-
zada aplicando-se Acupuntura em um deles. Outro fato que explica este
mecanismo é a alteração energética, funcional ou orgânica, provocada em
crianças no decurso da gravidez pelo distúrbio energético materno, seja
pelas Energias Mental ou Perversa e demais fatores etiopatogênicos ener-
géticos.
O estímulo provocado pela acupuntura bloqueia os impulsos nocivos
transmitidos por fibras finas ou substância gelatinosa no corno posterior da
medula espinhal, explicando a sua ação metamérica.
Na prática obtêm-se bons resultados na anestesia quer utilizada nos
conceitos tradicionais ou científicos. Assim, para anestesia nas tireoidecto-
.aias pode-se usar IG-18 (Futu), que é ponto metamérico (escola científica)
ou IG-4 (Hegu) e. CS-6 tNeigmani (escola tradicional) com iguais resul-
tados.
Estudos mais recentes têm enfatizado a liberação de substâncias como
as endomorfinas, encefalinas, betalipotropina, betaendorfina, gama-endor-
fina na explicação da analgesia, via Acupuntura. Outras substâncias, como
a ACTH, acetilcolina, íons Mg, cálcio e outras são responsáveis pelo efeito
analgésico.
De modo geral, pode-se equacionar o efeito analgésico, segundo conhe-
cimento atuais em:

Analgesia por
(endomorfina) (5HT) (ACH) (ACTH)
Acupunturá (NE) (DA) (CA + +)
(cortisol) (Mg+ +) (PGE)
.---_ .._----.
(PGF2)

Sendo:

HT Hidoxi Triptarnina
ACH AcetiJcolina
INTRODUÇÃO À AURICULOTERAPIA 13

ACTH Hormônio Adreno-Corticotrófico


PGE Prostaglandina E
NE - Norepinefrina
DA Dopamina
PGF2 Prostaglandina F2

É importante salientar que estas substâncias responsáveis pela anal-


gesia são liberadas pelo estímulo provocado nos pontos de Acupuntura,
cuja ação se faz ao nível cerebral.
Os mecanismos de ação da Acupuntura assim como da Auriculotera-
pia, ainda não foram suficientemente explicados. Estudos recentes, alian-
do-se ao conhecimento dos Chineses antigos, levam a crer que a ação da
inserção (Acupuntura) faz-se em três níveis, ora predominando um fator,
ora outro fator, mas sempre atuando de maneira sinérgica.
Assim, os efeitos combinados da ação da Energia nos Canais de Ener-
gia, que se faz de maneira primária, agem sobre o Sistema Nervoso Autô-
nomo e/sobre o Sistema Nervoso Central, assim como no Sangue, difundin-
do a Energia e os subtratos (hormônios, hormônios cerebrais, ... ) provo-
cando as reações (analgesia, anestesia, hiper ou hipofunção das estruturas
orgânicas, ... ) quando se estimulam os pontos de Acupuntura.
CAPÍTULO II
ANATOMIA DA ORELHA

A Medicina Chinesa Tradicional considera que em todo o corpo hu-


mano circula distribui-se a Energia pelos Canais de Energia que provém
da respiração e da Essência dos alimentos. Os Canais de Energia Yang
ligam-se diretamente à orelha; os Canais de Energia Yin, indiretamente,
através dos Yang, por intermédio dos Canais Distintos.
A Energia pode penetrar diretamente na orelha através dos pontos de
Shao Yang (Triplo Aquecedor e Vesículo Biliar), [ue Yin (Circulação
Sexo e Fígado). O Canal de Energia Yin que se relaciona intimamente com
a orelha é o dos Rins.
Quando um Orgão/Víscera ou uma parte do corpo humano apresen-
ta uma doença aparece uma reação ao nível da região específica corres-
pondente da orelha que são os pontos auriculares. Esta alteração pode
expressar-se por uma alteração de sensibilidade à dor, formação de pápu-
Ias, descamações, ou na impedância da pele. Estes dados servem para o
diagnóstico auricular das afecções.
Na orelha, principalmente na face anterior, nas suas saliências e reen-
trâncias, situam-se pontos ou áreas correspondentes à Anatomia e algumas
das funções do organismo.

RELAÇÃO DA ORELHA COM O CORPO

O pavilhão auricular é a parte externa da orelha constituída por uma


camada elástica recoberta pela pele. Apresenta várias saliências e depres-
sões, sendo a mais profunda denominada de concha, onde se situa o meato
auditivo externo. A borda da orelha é denominada de hélice ou hélix. Outra
saliência mais interna constitui o anti-hélix que, na porção superior, bifur-
ca-se Formando uma depressão chamada fossa triangular, e na parte infe-
16 ANATOMIA DA ORELHA

rio r, apresenta uma saliência denominada antitrago. Entre o hélix e o anti-


hélix forma-se um canal profundo, bordeando o hélix, constituindo o canal
do hélice. Este dilui-se na porção inferior num tecido fibroso e gorduroso
denominado lóbulo. A parte anterior ao meatro acústico é denominada
trago. (Fig. 2. 1)
anti hélix superior hélix

fossa triangular
canal do hélix
anti hélix inferior

raiz do helix concha

meato auditivo

incisura inferior

lóbulo
Fig. 2. I AIlUlulIÚU Externa da Orelha

A inervação sensitiva da orelha é dada pelos nervos auriculotemporal,


occipital menor e auricular menor, responsáveis pela sensação de tato,
dor, frio e calor.
O exame do pavilhão auricular pode transmitir informações impor-
tantes. Assim, quando a orelha tem uma consistência espessada e brilhante
significa que a Energia Yin Ancestral dos Rins está plena; se ela apresenta
um aspecto delgado e seco traduz uma insuficiência do Yin Ancestral dos
Rins.
A orelha com cor branca traduz acometimento pela Energia Perversa
,friQ; a cor azulada e ~ surge na medida em que aparecem as dores e
que, estas vão se tornando cada vez mais intensas. O hélix seco e ~
indica uma falta na função metabólica dos Rins.
Uma orelha espessa e grande significa bastante Energia; uma orelha
pequena e delgada, uma deficiência energética dos Rins.
Na região da concha estão situados os pontos correspondentes aos
Órgãos e Vísceras. A parte somática (tronco e membros) estão localizados
no anti-hélix e no Canal do hélix. No lóbulo, situam-se as estruturas faciais.
Os orifícios nasal, anditivo e bucal estão relacionados ao trágus, e no anti-
trágo localizam-se as glândulas de secreção interna e estruturas ligadas à
função destas.
-------------~-=--------------------------------------------------------=

CAPÍTULO III
TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA

CONCEITO

Para o tratamento adequado é indispensável conhecer a exata locali-


zação dos pontos auriculares e suas [unções. Estes pontos podem ser loca-
lizados por meio de aparelhos eletrônicos ou procurando-se os pontos dolo-
rosos e as alterações de pele da orelha, pá pulas, eczemas, ...
Para se obter um bom resultado clínico é necessário conhecer a rela-
ção de cada Energia do Orgão com outras estruturas do corpo. Assim, a
Energia do Coração influi no sistema circulatório, mas também relaciona-
se com a língua, intestino delgado e o psíquico. O Fígado, com os tendões,
nervos, olhos, vesícula biliar, sangue, atividade .nental, unhas, sistema 'hor-
monal, aparelho reprodutor feminino.
É importante lembrar que os pontos auriculares tão somente estimu-
lam o Orgão ou as regiões do corpo, fazendo a regulação energética através
dos princípios dos Cinco Movimentos, não realizando a circulação energé-
tica entre os Orgãos e as Vísceras.
Depreende-se deste conceito a necessidade de se fazer previamente à
uriculoterapia, uma harmonização energética sistêmica, equilibrando-se o
Yang e o Yin dos Orgãos e das Vísceras e fazendo-se a ligação entre os
mesmos através da Acupuntura sistêrnica.

TeCNICA

Uma vez determinados os pontos auriculares a serem estimulados, de-


vem ser considerados outros aspectos na técnica de Auriculoterapia:
-- Ângulo de inserção da agulha auricular;
18 TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA

- Rapidez na punção da agulha auricular;


- Profundidade.
Direção: é muito importante pela variação do tamanho da orelha ou
porque, através da mudança da direção da agulha, podem-se obter resul-
tados diferentes.
As agulhas são introduzidas com ângulo de 90.°, nos pontos auricula-
res da região da concha: coração, pulmão, baço, fígado, estômago, rim, in-
testino delgado, intestino grosso, duodeno, êsôfago, cárdia, olho novo, tra-
quéia, brônquios, ao passo que, na zona do braço, antebraço, punho, ciá-
tica, constipação, coluna cervical, dorsal, lombar, seios, pescoços, etc. de-
vem ser introduzidas com o ângulo de 45. a 60.°.
0

A estimulação do ponto occipital, se feita a 45.°, provoca efeito tran-


qüilizante, porém se realizada a 90. produz efeito euforizante.
0

Rapidez na punção: a orelha é bastante irrigada e muito sensível, por


isso as puncturas com agulhas são mais dolorosas. A fim de evitar a dor
é conveniente realizar rapidamente a introdução, e a manipulação deve
ser suave.
Profundidade: depende do estímulo que se deseja dar, quanto mais
profundo, mai~r o estímulo.
De modo geral, doenças mais graves ou mais agudas necessitam de estí-
mulo maior. Nos doentes de baixa resistência ou casos crônicos, convém
fazer um estímulo menor.
Na punção profunda, a agulha deve atravessar a cartilagem, sem ultra- .
passar a pele da região posterior da orelha, e as punções superficiais devem
atravessar a pele até chegar à cartilagem.
Quando se aplicam as agulhas corretamente quanto à posição, à mo-
vimentação e à profundidade provocam uma sensação quase que de ime-
diato na orelha: calor, dor,. esquentamento, frio ou de pressão, que são os
indícios de uma boa colocação de agulha.
Uma vez obtida uma dessas sensações, as agulhas devem ser giradas
entre os dedos em movimento da vaivém de 120 a 180 graus, estimulando-
se até que se obtenha o efeito esperado.
A intensidade de estímulo depende do paciente, da finalidade. De
modo geral, deixar 20 a 30 minutos após estimulação, e nas crianças é su-
ficiente estimular e retirar em seguida.
Quando se deseja colocar agulha semipermanente, deve-se colocá-Ia
após a estimulação com agulha auricular, senão o estímulo será insuficien-
TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA 19

te não se obtendo os resultados, uma vez que as agulhas sernipermanentes


atingem uma profundidade de alguns milímetros (Fig. 3.1)

ESTIMULAÇÃO

Fazendo-se a estimulação, obtêm-se reações que tanto podem ocorrer


na orelha como no corpo:

- SENSAÇÃO NA ORELHA
• Calor: sinal de boa punção, ocorre em 80% dos pacientes.
• Adormecimento: sinal de êxito de punção;
• Dor: quanto mais exata a punção, maior é a dor, cujas caracterís-
ticas são diferentes da dor normal; é uma sensação de calor abrasante de
dentro para fora em pontadas, cessando em poucos minutos, enquanto o
paciente começa a sentir-se cheio de energia e bem-estar geral.

- SENSAÇÃO NO CORPO
• Calor: observa-se em quase todos os pacientes com doenças crônicas;
• Pontadas: sensação que assegura o bom êxito nas doenças dos ner-
vos e que vai diminuindo à medida em que avança o tratamento;
• Adormecimento: sentido pela maioria dos doentes crônicos;
• Dor: na região dos órgãos e estruturas afetados, reagindo nos pri-
meiros minutos da punção;
• Formigamento: observado nas afecções da pele;
• Garganta seca: observada quando se estimula a secreção glandular;
• Peso: sensação que aparece nos membros;
• Frio: nas doenças reumáticas;
• Movimentos peristálticos: nas doenças do aparelho digestivo;
• Vazio total: sensação experimentada pelos hipertensos.
Estas sensações acima ocorrem quando as indicações e as técnicas estão
corretas.

EFEITOS COLATERAIS

Às vezes, os pacientes podem sentir tonturas, palidez, suor frio ou


lipotímia. A fim de evitar estes efeitos colaterais, é conveniente fazer as
20 TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA

aplicações com o paciente deitado. Na ocorrência da sintomatología dos


efeitos colaterais, para de manipular ou de estimular as agulhas ou ainda
retirar as agulhas.
Quando ocorrer o desmaio, as agulhas devem ser retiradas de ime-
diato, colocar a cabeça do paciente mais baixa que o corpo e puncionar os
pontos auriculares occipital, supra-renal, coração e córtex occipital ou os
pontos de Acupuntura sistêmicos: todos os pontos Ting, VG-26 (Renzhong),
VC-24 (Chengjiang).
Na punção profunda de rim, supra-renal e secreção glandular, o pa-
ciente pode sentir tonturas e náuseas, esfriamento dos membros e ador-
mecimentos. Na ocorrência destes sintomas, é suficiente retirar um pouco
a agulha, e/ou estimular E-36 (Zusanli).

CONTRA· INDICAÇÃO DA AURICULOTERAPIA

Em mulheres grávidas de menos de 5 meses, ou nas mulheres com


história de abortamentos espontâneos.

agulha auricular

derme

cartilagem

Fig. 3. J Colocação e Profundidade das Agulhas de


Acupuntura e das Semipermanentes

De 5.° ao 9..0 mês não Qodem ser estimulados os pontos auriculares:


ovário, útero, secreção glandular, abdômen e ~lv~ pois podem desenca-
dear contrações uterinas.
TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA 21

Para os pacientes desnutridos com baixa resistência física, os debili-


ados, os hipotensos, deve-se tomar cuidados para não usar muitos pontos
auriculares e nem fazer estímulos fortes, 'visto que podem condicionar os
efeitos colaterais ou a lipotímia.
A inflamação, a infecção da orelha contra-indicam as inserções auri-
culares.

TEMPO DE PERMANÊNCIA DAS ORELHAS AURICULARES


SEM I-PERMANENTES

As agulhas de estimulação podem ser mantidas de 10 a 20 minutos,


ou fazem-se manobras de estimulação e retiram-se as agulhas em seguida,
terminando a sessão, ou colocam-se as agulhas semipermanentes (Fig. 3. 1)
As agulhas semipermanentes ficam retidas por meio de uma minús-
cula bandagem. Podem ser mantidas o tempo suficiente para a obtenção
dos resultados. Nos casos mais simples pode-se usar somente uma orelha
por vez, cuja vantagem é o de se poder trocar as agulhas, uma vez que
freqüentemente, inflamam os locais onde estão inseridas as agulhas. Nor-
malmente, uma agulha semipermanente, bem colocada tecnicamente, man-
tém-se por duas a três semanas.
A colocação de agulhas semipermanentes e indicada quando há uma
necessidade de se manterem os estímulos, apesar de serem leves, de manei-
ra permanente, como acontece para obter uma analgesia de dores prove-
nientes de tumores, em estado de mal asmático, de ataques convulsivos
subentrantes. Está indicada também nos casos em que se queira obter a
serenidade acalmar a ansiedade e a angústia, como tratamento coadjuvante
da obesidade, dos vícios dos fumantes, alcóolatras, dos drogados.
O estímulo do ponto auricular pulmão promove o aumento da secre-
ção das endomorfinas; daí, o efeito analgésico, tranqüilizante, calmante
deste ponto.
'CAPÍTULO IV
DIAGNÓSTICO AURICULAR

As desarmonias energéticas dos Orgãos e das Vísceras podem mani-


festar-se no Exterior através de dores, inflamações, abcessos, paralisias,
etc. .. Estas mesmas desarmonias podem, ao nível da orelha, provocar
reações do tipo: pápulas, eczemas, edema, mudança de cor, nos pontos
correspondentes, tornando-os doloridos ou podem mudar a diferença de
potencial da pele.
A análise destas manifestações cutâneas da orelha pode levar a um
diagnóstico preciso das afecções do paciente. Esta análise pode ser feita
visualmente ou através de aparelhos eletrônicos.
Existem vários tipos e modelos desses aparelhos, que podem fazer a
localização dos pontos auriculares e provocar estímulos - simples ou com-
plexos - ou, ainda, estimular com diferentes tipos de ondas, tais como,
quadradas, espiculares, etc. A utilização dos aparelhos depende da função
a que se destina e dos propósitos do acupuntor.
A pele é regida pela Energia do Pulmão. Estando este bem nutrido
pelo Sangue e peja Energia, ela apresenta características normais quanto
à temperatura, cor, elasticidade e condições elétricas da pele.
I
Se cãda Canal de Energia Principal incorporar em si a Energia dos
Cinco Movimentos: Madeira (Fígado), Metal (Pulmão), Terra (Baço /Pân-
creas), Fogo (Coração) e Água (Rins) - é certo que a afecção dos Orgãos
irá manifestar-se nos Canais de Energia, e, por sua vez, ao mestre da
Energia, que é o Pulmão. E através dele, aparecerão as manifestações
cutâneas da orelha, na região correspondente às estruturas do corpo espa-
lhadas pela orelha.
Tais manifestações podem apresentar-se em nível energético, funcional
e orgânico. As alterações energéticas são reconhecidas através· de detecto-
24 DIAGNÓSTICO AURICULAR

res eletrônicos; as funcionais e orgânicas, pelas suas manifestações locais


e pela alteração de impedância da pele ".
As primeiras alterações ocorrem ao nível energético. Depois, elas apre-
sentam-se aó nível funcional e ao orgânico. As mudanças de impedância
da pele serão também proporcionais, e,
como conseqüência, serão aferidas
pelo detector eletrônico. (Fig. 4. 1)

ANÁLISE VIS AL DA ORELHA

o primeiro cuidado que se deve ter ao examinar a orelha é fazer a


sua inspiração antes de qualquer manipulação, tais como, lavar, esticar a
orelha ... , a fim de evitar que sejam retiradas as descamações e não mu-
dar a cor da pele. Deve-se também levar em conta as estações do ano, a
idade e o sexo do paciente.
Para o exame de orelha usa-se o dedo polegar e o indicador, a fim de
se poder examinar toda a extensão da orelha. A finalidade é estirar as
estruturas como o trágus, o hélix, a fim de examinar as reentrâncias, ana-
lisar a textura, o tamanho dos nódulos e também para verificar a sensibili-
dade à pressão de determinada área. O exame é feito por intermédio de
uma pequena ponta romba, como por exemplo, um palito de fósforo.
~ De modo geral, pode-se estabelecer que:
- Os pontos avermelhados ou avermelhados com escamas, pápulas
avermelhadas com secreção sebácea com cor brilhante traduzem processos
inflamatórios;
- Pontos brancos isolados ou com escamas, depressões, inchaço e pá-
pulas brancas sem secreção sebácea com cor brilhante traduzem uma en-
fermidade orgânica crônica;
- Os pontos com inchaço em forma de tubérculo, pontos com esca-
mas cinzentas de cor opaca são significativos de tumores;
- Os pontos com cicatriz linear, ou arredondada, ou em forma de
meia lua, de cor branca ou cinza opaca aparecem após uma cirurgia ou
agressão externa.
E importante lembrar que pessoas sadias podem apresentar algumas
alterações da pele da orelha. O modo de diferenciar é pressionando a re-
gião. Se for dolorosa é manifestação da doença orgânica; se não for, é
ainda uma manifestação da alteração ene:gética das estruturas em questão,
em estado inicial.
DIAGNÓSTICO AURICULAR 25

Fig. 4.1 Exemplo de Modelos de Aparelhos de Estimulação


e Localização de Pontos Auriculares.

DIAGNOSTICO VISUAL DA ORELHA

Através de exame macroscópico da orelha, podem ser detectadas alte-


rações da pele que, dependendo da área, poderr -er utilizadas para o dia-
gnóstico das afecções.
A seguir modelo de como fazer o diagnóstico auricular:

Lugar(ponto) Reações Cutâneas Doenças

Útero Pontos e zonas bran- Algomenorréia


cas opacas, zonas esca-
mosas.

Área do Ponto injetado (san- Apendicite


apêndice gue) ou pápula. aguda
_._---
Zona de corres- Pontos ou áreas Artrite crô-
pondência brancas. nica
---_._._-
Brônquios Pontos e erupções Bronquite
avermelhadas bri- aguda
lhantes.
26 DIAGNÓSTICO AURICULAR

Lugar(ponto) Reações Cutâneas Doenças


Brônquios Pontos e áreas esbran- Bronquite
quiçadas opacas com crônica
contorno mais claro.
Brônquios Pontos e áreas esbran- Bronquite
quiçadas, erupções bri- crônica
lhantes e com contor- agudizada
no avermelhado.
Cérebro, Pontos muito averme-
frontal, lhados ou brancos bri-
subcórtex lhantes com contorno Cefaléia
avermelhado forte.

Pulmão Área pequena e con- Congestão


junto de pontos com pulmonar
contorno avermelhado.
---------------------------------------------------------------
Intestino Áreas brancas ou áreas Constipação
grosso e escamosas opacas.
delgado

Área correspon- Inchaço furunculóide Deformação


dente ou protuberância. da coluna
vertebral
Pulmão I>escamação branca ou Enfisema
descamação formada por pulmonar
pontos densos sem
borda definida, bri-
lhante no início.
Intestino Descamação branca, pro- Enterite
grosso e tuberância sebácea.
intestino
delgado
------- --------
Baço Descamação branca com Esplenome-
borda avermelhada, às galia
vezes, inchada.
DIAGNÓSTICO AURICULAR 27

ponto) Reações Cutâneas Doenças

Ponto avermelhado bri- Gastrite


lhante ou descamação. aguda
Estômago Descamação branca sem Gastrite
borda definida com pele crônica
engrossada.
Fígado Pontos e áreas brancas, Hepatite
pequenas, brilhantes, com aguda
contorno avermelhado.
Fígado Protuberâncias esbran- Hepatome-
quiçadas bem delimita- galia
das. A orelha direita
corresponde ao lóbulo
D e a esquerda ao lóbu-
lo E.
Útero Áreas brancas ou aver- Hipomenor-
melhadas. ragia

Útero Pontos e protuberân-


cias com maior afluxo
de sangue.
Entre os Pontos ou erupções aver- Pneumonia
dois melhadas ou máculas aguda
Pulmão brancas, brilhantes, com
contorno avermelhado.
Coração Descamação branca, sem Sonhos ex-
borda definida. às vezes, cessivos,
brilhante. insônias,
arritmias,
(extra-sístoles)
Área corres- Pontos avermelhados. Torções
pondente
Pulmão Erupção brilhante com Tuberculose
maior afluência san- ativa-
guínea e pele muito
sensível.
28 DIAGNÓSTICO AURICULAR

Lugar(ponto) Reações Cutâneas Doenças

Pulmão Cavidades pequenas e Tuberculose


profundas. calcificada
-------. -- -------
Area corres- Abcesso debaixo da Tumor
pondente pele, móvel, com bor- Benigno
da definida, indolor
à pressão.
-----------------------------------
Área corres- Protuberância cartila- Tumor
pondente ginosa, com borda inde- - maligno
finida, imóvel.

Duodeno Pontos esbranquiçados Úlcera


zonas mais claras duodeno
o cinza opaco com
Estômago borda vermelha. Úlcera
gástrica

ELETRODIAG ÚSTICO

Quando o organismo está em bom estado de saúde, a pele da orelha


não acusa diferença de potencial, não reagindo ao detector eletrônico.
Na vigência de alguma afecção orgânica, funcional ou energética pro-
voca alterações na impedância da pele da orelha, poderá ser analisado pelo
detector eletrônico. A variação da impedância dos pontos auriculares de-
pende da idade, sexo, condições de trabalho, tipo e grau de doença, clima,
meio ambiente, temperatura e grau de umidade.
O eletrodiagnóstico baseia-se na capacidade de captação maior ou
menor da potência da corren_te pelo aparelho, traduzindo-a através de sons
agudos, e por uma sensação dolorosa ou a ausência de dor.
Desta maneira, quando o detector auricular toca um ponto de corres-
pondência com Orgão ou estrutura do corpo afetado, pode-se observar no
aparelho:
Um som agudo;
Um som agudo mais reação dolorosa;
Um som mais suave;
Somente sensação de uma leve dor.
DIAGNÓSTICO AURICULAR 29

As respostas do aparelho estão diretamente relacionadas à diferença


potencial da pele e com os pontos de Acupuntura. Quanto maior a
manifestação da resposta (som mais intenso, dor), denota um maior dese-
quilfbrio das estruturas, quer energéticas, funcionais ou orgânicas.
Para o exame eletrônico da orelha, deve-se fazer uma sistematização,
a qual seja de examinar os pontos dos Orgãos, das Vísceras, as estruturas
do corpo e depois os braços e as pernas isto, é, examinar primeiro a concha
e, em seguida, a fossa triangular, canal do hélix, antí-hélix, hélix, lóbulo.
Pelo tipo de reações obtidas ao exame eletrônico dos pontos: S =
som; SA = som agudo; D = dor; N = sem reação, pode-se fazer o ele-
trodiagnóstico das afecções somáticas que apresentam um mesmo modelo
de reação para cada tipo de doença.

MODELO ELETRODIAGNÕSTICO DAS DOENÇAS

Reação dos Pon- Reação dos pontos Diagnóstico


tos auriculares auriculares secundários
primários
Apendicite, apen- S.N.Y. Apendicite
dicite 2 e 3, intes-
tino grosso e in-
testino delgado

Asma, asma T, Occipital, S.N.V. Asma brônquica


brônquios córtex occipital

Brônquios, larin- Subcórtex Bronquite


ge, faringe

Ciática, quadril, Ciática


região lombar
----------- --------- -
Constipação, he- Reto Hemorróidas
morróidas

Constipação, Intestino Grosso Constipação


reto intestinal
------------ --- --- - ---
Coração, intestino Cardiopatias
delgado
-----------------------
30 DIAGNÓSTICO AURICULAR

Reação dos Pon- Reação dos pontos Diagnóstico


tos auriculares auriculares secundários
primários
Subcórtex, cora- Rim Ansiedade, alte-
ção, shen- men rações de com-
portamento e
do Shen
Duodeno, S.N.V. últera duodenal
shen-men, subcór-
tex, coluna lombar
Estômago, cora- Occipital Disfunção gas-
ção, S.N.V., sub- trointestinal
córtex, shen-men de origem
nervosa
Estômago, shen- Úlcera gástrica
men, coluna lom-
bar, subcórtex
Estômago, duode- Gastroenterite
no, cárdia, S.N.V.
Fígado, vesícula Calculose biliar
abdomen externo,
orelha, ombro
Fígado, zona he- S.N.V., tronco Hepatite
patite, fígado 1 cerebral
e 2
Intestino delgado, Shen-men Enterite
intestino grosso
Laringe, brônquí- Laringite.
os, amígdada 1 a 4 amigdalite
Olho 1 e 2, fígado Olha, frontal, Catarata
cérebro
Pâncreas, secreção S.N.V., estômago, Pancreatite
glandular, vesícula duodeno diabetes
biliar
DIAGNÓSTICO AURTCULAR 31

Reação dos Pon- Reação dos pontos Diagnóstico


tos auriculares auriculares secundários
primários
Pulmão, frontal, Sinusite
nariz rinite
Rim, abdômen ex- Quadrll e lombar Calculose
terno, bexiga renal
Rim, bexiga, se- tronco, coluna lom- Inflamação dos
creção glandular bar rins
Rim, bexiga, secre- Coluna lombar Cistite,
ção glandular, ure- uretrite.
tra, genitais exter-
nos
Útero, ovano, se- Abdômen Gravidez extra-
creção glandular uterina

A importância do eletrodiagnóstico prima pela sua facilidade e tam-


bém para efetuar o diagnóstico diferencial entre as afecções consideradas
clinicamente, por exemplo, um diferencial entre apendicite e crise renal.
Para tanto é necessário fazer um inventário das condições dos pontos
nuriculares, ou fazer uma inversão de técnica. Uma vez tendo a suspeita
diagnostica pela história clínica e exames complementares, pode-se con-
firmá-Ia se houver alterações nos pontos auriculares correspondentes às ma-
nifestações da doença. Por exempló, numa suspeita de apendicite, os pontos
ruriculares: apêndice, apendicite (2,3), intestino delgado e grosso devem
I' dolorosos ou acusar uma grande -alteração pelo aparelho.
CAPÍTULO V
FUNCÕES
~ DOS PONTOS
AURICULARES

oconhecimento correto e prévio das funções dos pontos auriculares


íacilita a sua aplicação ao tratamento das doenças. É do conhecimento de
que todos os Canais de Energia passam ou têm conexão com a orelha, seja
diretamente, como nos Canais Yang, ou indiretamente como acontece com
s Canais Yin.
Esta correlação Canal de Energia/orelha implica na continuidade ener-
gética entre estes. Só que o estímulo dos pontos auticulares ativa tão
s mente a sua função, os pontos auriculares não fazem a circulação de
Imergia dos "Zang Fu".
Abordados aqui os principais pontos auriculares mais freqüentemente
usados:

PONTOS DO HÉLIX (Fig. 5. 1)

DIAFRAGMA: é usado no tratamento de espasmo dos músculos do


liafragma, nas afecções do sangue e da pele. É efetivo para as vísceras
nngrantes, hemoptises, ponto para deixar de fu~
RETO: usa-se para tratar as hemorróidas internas e externas, prolapso
ti reto, incontinência fecal e doenças do reto, desinteria, prolapso e fissu-
I'lI anal.
GENITAIS EXTERNOS: utilizado para as disfunções sexuais, infla-
mação do esc roto e pênis, cervicite.
REM RR 1 AS: para hemorróidas e fissura anal.
flRI : I 11'/1 1\ ti nças de frio, resfriados, gripes, (sangrar).
34 FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

ÁPICE DA ORELHA: (ponto superior) pela sangria reduz a febre,


baixa a pressão arterial, controla a inflamação, melhora a coma hepática.
B também sedativo e analgésico. Obtém-se este ponto dobrando anterior-
mente o pavilhão auricular; o ponto situa-se no vértice superior.

AMIGDALA (1 a 4): para amigdalite, faringite e laringite.

FIGADO YANG (1 a 2): para tratar hepatite crônica, hepatite infec-


ciosa e para baixar a transaminase.

HBLIX (1 a 6): para eliminar as inflamações, reduzir a febre, dimi-


nuir a pressão arterial. Pela sangria, é usado no tratamento da amigdalite
aguda e da pressão alta.

ápice orelha amígdala 1


fígado yang 1
hélix 1
fígado yang 2
herr - -óidas

amígdala 2
hélix 3

amígdala 3

hélix 6

Fig. 5.1 Pontos Auriculares Situados 110 Hélix

PONTOS DA FOSSA TRIANGULAR (Fig. 5.2 e 5.3)

HIPOTENSOR: para abaixar a pressão arterial e cefaJéias hiperten-


sivas.
ASMA: é efetivo para regular o centro da respiração. Além disso,
controla também a hipersensibilidade e o prurido. Usado para o tratamen-
to da asma, da tosse, dispnéia e urticária.
ÚTERO: no tratamento da inflamação da pelve, inflamação do útero,
metrorragia, dismenorréia, leucorréia, distúrbios da função sexual, infl a-
FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES 35

mação dos testículos, indução ao trabalho de parto. Ponto proibido durante


2 gravidez. Disfunção sexual do homem.

HEPATITE: para o tratamento da hepatite aguda e crônica.

SHEN-MEN: este ponto tem por função acalmar o Coração e a mente,


e abolir a dor. Por isso, é utilizado para o tratamento das mais diversas
afecções, tais como insônia, ansiedade, desordens mentais, dores de toda a
atureza, doenças anafiláticas ... É um ponto importante para abolir a dor
e acalmar o paciente numa anestesia.
A estimulação deste ponto reduz a febre, neutraliza a intoxicação e
trata as doenças inflamatórias. Utilizado também para acalmar o nervosis-
mo, aliviar a tosse seca e asma brônquica. É efetivo para harmonizar o
fígado, para curar a epilepsia e 'pressão alta.

CAVIDADE PÉLVlCA: utilizado nas inflamações da pelve, disme-


norréias.

CONSTIPAÇÃO: para a prisão de ventre, hemorróidas sangrantes.

PONTOS DO ANTI-HÉLIX·

S.N.V. (SIMPÁTICO): localiza-se na face ',terna do anti-hélix, reco-


berto pelo hélix, utiliza-se este ponto no tratamento de doenças causadas pelo
desequilíbrio neurovegetativo. Possui uma forte ação analgésica e espasmo-
lítica dos órgãos intestinais (cólica intestinal biliar, renal, úlcera gás-
trica ... ).
Ainda possui a propriedade de relaxar os vasos sangüíneos. Por esta
razão, é utilizado no tratamento das enfermidades arteriais (arterites, angi-
na pectoris, vaso-espasmo arterial e venoso, vasoestenose, diminuição do
pulso). É utilizado também para tratar as arritmias e extra-sístoles, taquí-
cardias, suores noturnos e doenças dos olhos. É importante para a aneste-
sia nas cirurgias do tórax e de abdômen.

ClÁ TICA: para o tratamento da ciatalgia.


NÁDEGA: para as dores do quadril, do sacroilíaco e atrofia dos
glúteos.

TORNOZELO: para as dores ou fraqueza de tornozelo.

DEDOS DO PÉ: para tratar metatarsalgias, etc,


36 FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

tornozelo
asma dedos do pé
hipotensor quadril
hepatite .\oo""'n~~_-.: joelho
útero lombalgia
shen-men 'lombo-sacra
adbômen
v. lombar
snv
~--abdômen
constipação tórax

tireóide
Fig. 5.2
'I '-_o v. cervicais

útero
quadril
~~~.---- constipação
-:::~~~- ísquio

snv
'----- próstata
'---- int. grosso
"---- apêndice
int. delgado

Fig. 5.3

Fig. 5.2 e 5.3 Pontos de Auriculares da Fossa Triangular e do Anti-Hélix

QUADRIL: para o tratamento das dores e disfunções osteomuscula-


res do quadril. .
ARTICULAÇÃO DO JOELHO: para tratar gonalgia.
FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES 37

LOMBO-SACRO: para as lombosacralgias. .


LOMBALGIA: para as lombalgias agudas e crônicas.
ABDÔMEN: para o tratamento das dores abdominais do andar médio
'" inferior.

V. LOMBAR: para as lombalgias.

TORAX: para o tratamento da reuralgia intercostal, opressão de tórax.

SEIOS: para tratar as mastites, falta de leite ou glândula mamária


hipotrófica.

PESCOÇO: para o tratamento do hiper-hipotiroidismo, arteriosclerose


da carótida.

TIREOIDE: regula as funções da tireóide.

V. CERVICAL: para tratar da artrite, artrose cervical, rigidez da colu-


na cervical.

PONTOS DO CANAL DO HÊLIX (Fig. 5.4)

APÊNDICE 1: para as afecções de apêndice.

DEDOS DA MÃO: para o tratamento das dores da articulação dos


dedos da mão.

ÁREA DE URTICÁRIA: para o tratamento das doenças alérgicas.

PUNHO: dores na articulação do punho, artrite do punho.

COTOVELO: dor no cotovelo e braço dolorido.

OMBRO: igual à da articulação do ombro.

ABDÔMEN: utilizado para as dores abdominais, dores do hipocôndrio,


cólica renal.

ARTICULAÇÃO DO OMBRO: para tratamento do ombro doloroso,


dores pós-trauma.

CLAVÍCULA: para aliviar dores das fraturas da clavícula, ombro do-


loroso, estenose da artéria carótida.

APÊNDICE 2: para as afecções do apêndice.

NEFRITE: para o tratamento da nefrite, pielonefrite.


38 FUNÇÕES DOS PONTOS AURTCULARES

Apêndice I
dedos da mão

a. urticária
punho
cotovelo

ombro

-jI--ft-- parede abdômem

art. ombro

'1'--_ clavícula

apêndice 2

'----- nefrite

Fig . .5.4 POIltOS Auriculares ituados no Canal do Hélix

PONTOS AURICULARES DO LÓBULO (Fig. 5.5)

HIPOTENSOR: para abaixar a pressão arterial.


ANESTESIA DENTE (1 e 2): para anestesia dentária e para odon-
talgia.
NEURRASTENIA: para o tratamento da neurastenia.
PALATO SUPERIOR E INFERIOR: para dores de dente, artrite têm-
poro-mandibular, anestesia para extrair dentes, úlceras da boca.
LÍNGUA: para as glossites e dislalia por fraqueza da língua.
MAXILAR INFERIOR E SUPERIOR: para artrite têmpora-mandibu-
lar, para extração dentária, odontalgia.
OLHO: para tratar de conjuntivite aguda, ordéolo, acalázio, ceratite,
pterígio, enxaqueca oftálmica.
BOCHECHA: para tratar da neuralgia do trigêmeo, parotidite, tiques
faciais, paralisia facial, acne e furúnculos da bochecha, espasmos muscula-
res da face (trismo).
FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES 39

OUVIDO INTERNO: para tratar da surdez; zumbido, diminuição de


ição, otite média, tonturas.
ÁREA DE TUMOR: linha que une hélix 4 a hélix 6, efeito a anal-
.-ico para dores provenientes do tumor.

pálato superior
f
_f._. ----E~--I---,

língua~~--~
maxilar inferior
pálato inferior ~~=~==*.\-~r-"'>Lf.J
hipotensor maxilar superior

neurastenia --r •...


+-+--~....:.-.-I-I
anestesia dente 1
~-f--fr:--\j~é~
"
ouvido interno
bochecha
anestesia dente 2 amígdala 4

Fig. 5.5 Pontos Auriculares Situados no Lóbulo

PONTOS DO TRAGO (Fig. 5.6)

ORELHA EXTERNA: para tratar surdez, tinidos, zumbido, otite mé-


dia, furunculose no ouvido externo e tonturas, diminuição da audição.
PONTO CORAÇÃO: para o tratamento da taquicardias, arritmias,
doenças cardíacas.
PONTOS DA SEDE: acalma a sede, ajuda no tratamento da poliúria
e diabetes.
PONTOS DA FOME: como moderador de apetite, diabetes mellitus
e polifagia.
SUPRA-RENAL: tem a função de estimular os hormônios adrenocor-
ticais e a adrenalina. Usados para as doenças alérgicas, choque, reumatis-
mo, ação nos vasos sanguíneos (hiper ou hipertensão). Regula as funções
respiratórias. A estimulação deste ponto tem a propriedade de regular a
vasodilatação ou a vasoconstricção e de parar a hemorragia. Assim, é usa-
40 FU ÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

do para tratar doenças do tipo hipertensão, hipotensão, vasculites, hemorra-


gias capilares.
HIPERTENSÃO: para o tratamento da hipertensão arterial.
OLHO (1): para tratar glaucoma agudo e crônico e atrofia de nervo
óptico.
FARINGE: situa o na face interna do trago. Para a faringite aguda
e crônica. Faringítes. igdalites, inflamação da úvula.
ara o tratamento da obstrução nasal, rinites, ríníte
alérgica, anosmia, hípertrofia das coanas, polipose nasal.

orelha ~-:l2. ~

- ---e, .~ -

~~- sub-córtex

- frontal

Fig. j. 6 Pontos Auricu/ares do Trágus e Antitrago

PONTOS DO A TITRAGO (Fig. 5.6)

OLHO (2): para o tratamento de astigmatismo e doenças oculares.


FRONTAL: tem por função sedar e aliviar a dor, é utilizado para
o tratamento da cefaléia frontal, neurastenia, insônia, sonho excessivo, ri-
nite, sinusite frontal.
GLÃNDULA SALIVAR: para a parotidite, obstrução dos dutos da
parótida.
FUNÇÕES DOS PONTOS AURlCULARES 41

CÉREBRO: regula a excitação ou deficiência do córtex cerebral, usa-


para as doenças do sistema nervoso e endócrino, representa a glândula
itária usado no tratamento das várias formas de disfunção desta glân-
Ia (nanismo, diabetes insípidus, metrorragia, hípermenorragia, hípertro-
de extremidades, etc.). É usado também como tranqüilizante, antíasmá-
o e no tratamento da enurese e da inflamação dos vasos sangüíneos.
ASMA 1: regula o centro respiratório; usado para a tosse, dispnéia,
espirros.

VERTIGEM: para.o tratamento de tonturas, vertigens, doenças de


Iéniêre,
TRONCO CEREBRAL: 'para o tratamento de distúrbios de circula-
- s de sangue do cérebro e das meninges; usado para epilepsia, convul-
sões, A.V.C., imaturidade cerebral. Este ponto representa o bulbo e o
rronco cerebral. É usado no tratamento das síndromes neurológicas ocasio-
nadas pela excitação, tais como: espasmo, opistótonos, hipodesenvolvimen-
o cerebral, seqüela de trauma cerebral, seqüela de meningite. É também
utilizado no tratamento de emergência do choque, como hiposensibilizante,
analgésico e hemostátíco.
OCCIPIT AL: utilizado no tratamento das doenças do sistema nervo-
-o, psiquiátricas e das alterações circulatórias cerebrais, tais como: espas-
mo, opistótono, trismo, cervicalgia, dor da nuca ~ choque. A sua estimula-
ção trata e previne enjôos em terra e no mar. É ainda usado para a pres-
biopia e doenças da pele. como antíinflamatório, sedativo. analgésico, anti-
tussígeno e antiasmático.
VÉRTEX: para o tratamento da ceíaléia de vértex, vertigem.

PONTOS SITUADOS NA PAREDE INTERNA DO ANTITRAGO

ENDÕCRINAS: este ponto representa o sistema endócrino. É utiliza-


do no tratamento de doenças causadas pela secreção interna desordena-
da, bem como antialérgico e anti-reumático. É também utilizado no trata-
mento de doenças de pele, afecções do sistema uro-genital e reprodutor,
dos vasos sangüíneos, distúrbios de absorção do trato gastrointestinal e
urinárío.
SECREÇÃO GLANDULAR: regula o funcionamento das glândulas
exócrinas. Doenças da pele, hipos secreção das enzirnas digestivas.
ªI

42 FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

OVÁRIOS: situado na parede interna do antitrago, usa-se para o tra-


tamento da disfunção sexual, dismenorréia, ooforite, salpingite, infertili-
dade.
SUBCÓRTEX: este ponto representa o córtex externo do cérebro, sen-
do utilizado no tratamento das síndromes neurológicas causadas pela ex-
citação ou inibição do córtex cerebral. É usado também para as ptoses
viscerais, como edativo ou analgésico, no combate à inflamação, edema
traumático e como ao ichoque.
TESTÍCULO: ara as doenças disfuncionais sexuais, orquite, eczema
de escroto, infe .. e.
P. EXCITADOR: para o tratamento de narcolepsia, depressão.
P. ODO< -T -LGICO: para as odontalgías

at
ponto excitador

testiculo

sub-córtex

Fig. 5.7 Pontos Auriculures Situados na Face Interna do Antitrago

PONTOS ARICULARES DA CONCHA (Fig. 5.8)

PRÓSTAT A: para o tratamento da prostatite, infecção urinária, he-


matúria, disúria, ejaculação precoce, espermatorréia.
FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES 43

BEXIGA: a função da Bexiga é de armazenar a urina, estando inti-


amente relacionada com os Rins. Este ponto é utilizado no tratamento
cistites crônicas e agudas, pielites, glomerulonefrites, prostatites, enu-
polaciúria e incontinência urinária.

alcoólatra

bexiga +---
próstata -II!;-~
r--~- duodeno
mç.:.:;::1-~~olho novo
i. grosso
/\?'~~--=\- fígado

----lh,.:,;:.:;+-..::J.- estômago

baço
apêndice ••.
boca

nariz interno
tireóide
triplo aquecedor
abdômen superior

Fig. 5.8 Pontos Auriculares da Concha

URETRA: para o tratamento de cálculos renais, cólica renal.


RIM: este ponto tem por função fortalecer a Energia Essencial, refor-
çando o esperma, o ouvido, as vértebras lombares, cérebro, a micção, a
acuidade visual e auditiva. O ponto é usado, primariamente, no tratamento
das nefrites, pielonefrites, insuficiência renal, cistites, enfermidades do sis-
tema reprodutor (impotência, frigidez, espermatorréia, dores ginecológicas).
O orifício dos Rins é a orelha, e como os Rins controlam os ossos, a pupila,
os dentes e a medula, este ponto é utilizado no tratamento das doenças
ósseas, surdez, doenças oftalmológicas, doenças dos dentes, gengivas, doen-
ças mentais, doenças do sistema nervoso central, neurastenia e cefaJéia.
O Rim armazena a Energia Ancestral e é a origem de todas as Energias;
44 FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

por isso, este ponto pode ser utlizado na prevenção de doenças congênitas
ou de más formações congênitas, no hipodesenvolvimento físico e mental
e também para aumentar o vigor físico, mental e também para aumentar
o vigor físico, mental e sexual.
PONTO ALCOOLICO: usado no tratamento do alcoolismo.
PÂNCREAS: este ponto é usado no tratamento da pancreatite, indi-
gestão, diabetes mellitus, cefaléia e enxaqueca.
VESíCULA BIUAR: a Vesícula Biliar armazena a bile e está rela-
cionada com o Fígad . E te ponto é usado no tratamento dos processos in-
flamatórios da esícula biliar, calculose biliar, icterícias hepatogênicas. O
Canal de Energia q e . da Vesícula Biliar estende-se para o pescoço,
região fronto-paríetal, região posterior da orelha, penetra no ouvido médio
e sai pela região anterior da orelha. Deste modo, este é utilizado no trata-
mento da surdez, zumbido, faléias, enxaquecas, rigidez de pescoço, so-
nhos exces-sivos.
FíGADO: o I -o3do tem por função produzir bile, regular a circulação
sangüínea, melhorar a visão, fortalecer o Estômago, controlar os músculos,
tendões, fortalecer o Estômago, controlar os músculos, tendões e nervos.
Este ponto é usado para tratar a hepatite aguda e crônica, inflamação da
vesícula biliar, dos músculos e dos nervos; é utilizado no tratamento de
convulsões, paralisia, desmaios, astenia muscular, entorces e derrames ce-
rebrais. Pela sua influência no Sangue usa-se para tratar a hipertensão,
doenças do sangue (anemia, doenças hernorrágicas, etc.). O orifício da
saída do Fígado é o olho; assim, este ponto é usado para tratar as afecções
do olho. A Energia do Fígado controla a do Estômago, de modo que ele
pode ser usado nas doenças do digestivo. O Fígado controla também os
órgãos da pelve, de modo que é utilizado no tratamento das afecções
toco-ginecológicas.
BAÇO: o Baço governa a digestão e a assimilação, produz o Sangue,
nutre a carne e fortalece a vitalidade. Este ponto é usado primeiramente
no tratamento da indigestão, gastrite e úlcera gastro-ducdenal. O Baço
controla o Sangue, por isso pode ser usado nas doenças hemorrágicas e
anemia. O Baço controla a carne e lábios, por isso é utilizado para o tra-
tamento das distrofias musculares, astenia e atrofia muscular, aftas, úlceras
da boca, doenças dos lábios, e também é utilizado no tratamento do pro-
lapso de órgãos internos.
FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES 45

I TESTINO GROSSO: a função básica do Intestino Grosso é de


s rver a água e de eliminar os dejetos provenientes do intestino delgado.
ponto é utilizado para o tratamento das disenterias, enterites, diarréia,
tipação, incontinência fecal. O intestino grosso, assim como o delgado,
, conectado ao estômago e ao sistema digestivo, por isso é também efe-
·'0 no tratamento da indigestão. O Intestino Grosso e os Pulmões são
gãos acoplados, formando uma relação "Exterior-Interior", de modo que
ste ponto é também utilizado nas afecçães respiratórias.
APÊNDICE: para o tratamento de apendicite aguda e crônica.
INTESTINO DELGADO: este ponto controla a digestão, separando
parte nutritiva dos alimentos, e está ligado ao Estômago. Ê utilizado para
o tratamento da diarréia, indigestão, diminuição da função de absorção
do Estômago e dos Intestinos, distensão abdominal e enfermidades intes-
tinais. O Intestino Delgado e o Coração formam a relação "Exterior-Inte-
rior", comunicando-se entre si, de modo que este ponto também é utilizado
no tratamento das afecções cardíacas (taquicardia, dispnéia, etc.). Pelo tra-
jeto do Canal de Energia do Intestino Delgado - Coração, é utilizado
também nas hipogalatias, dor de garganta e dores cervicais.
DUODENO: para as afecções de duodeno, úlcera duodenal, espasmo
do pilara, hipocloridria gástrica.
ESTÔMAGO: o Estômago controla a recepção e a digestão do ali-
mento, está ligado intimamente com o Baço-Pân, as, assim como promove
a formação das energias Zhong, Yong e Wei. Este ponto é utilizado no
tratamento da úlcera gástrica, gastrite aguda e crônica, gastralgia psicosso-
mática, indigestão, perda de apetite, falta ou excesso de acidez gástrica.
Promove a descida da Energia do alto do corpo para baixo, por isso é
utilizado no tratamento de náuseas e vômitos. O Canal de Energia do
Estômago vai para os dentes e região frontal, por isso é utilizado nas afec-
ções gengivo-dentárias, cefaléia frontal, enfermidades do S.N. Central (epi-
lepsia, esquizofrenia, histeria, insônia).
OLHO NOVO: para a ametropia e afecções abaixo do olho (pálpe-
bra inferior, sinusite malar). Para tratar enxaqueca oftálmica, astigmatis-
mo, glaucoma.
PILORO: usado para o espasmo no pilara, regurgitação, arrotos.
ESÔFAGO: para as constricção funcional da laringe, dificuldade de
deglutir, arrotos.
46 FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

CÁRDIA: para as manifestações da hérnia do Hiato, espasmo do


esôfago.

BOCA: aftas da boca, dor da A.T.M ..


PULMÃO: os Pulmões controlam a respiração, oxigenando o sangue
e promovendo a circulação do Sangue e da Energia; ajudam a micção e
regulam a temperatura do corpo. Este ponto trata as enfermidades do siste-
ma respiratório (tosse, asma, edema pulmonar, etc.) causadas pelo bloqueio
da circulação energética. Os Pulmões controlam a pele e os pêlos, de modo
que é efetivo no tratamento das doenças da pele, sudorese noturna, trans-
piração excessiva. O Canal de Energia dos Pulmões estende-se até a gar-
ganta e está inrim te ligado ao Intestino Grosso, de modo que pode
ser utilizado no tratamento das afonias, laringites, enterites, diarréias, cons-
tipação, e tomarires, úl ras de lábios. Para a anestesia por acupuntura é
o ponto básico para an 'ar a pele.
CORAÇÃO' Coração tem por função armazenar a Energia Mental.
por isso este ponto tranqüiliza a mente, pacifica o Espírito e acalma a
ansiedade, além de controlar a circulação sangüínea. Controla também a
transpiração, e a sua via de aída é pela língua, passando antes pela gar-
ganta. Pelas suas funçõe . este ponto é utilizado no tratamento das enfer-
midades cardíacas (palpitações, dispnéia, dores de peito); nas enfermida-
des do sistema cárdio vascular (isquemia, arterites, flebites, trombo -
flebites, etc.); nas doenças mentais (ansiedade, distúrbio de conduta, neu-
rastenia, amnésia, insônia, sonhos excessivos); no tratamento da transpira-
ção (suores noturnos); e no tratamento das faringites, voz rouca, língua do,
lorosa, estomatites, etc ..
TRIPLO AQUECEDOR: relaciona-se com tórax, abdômen e pelve, e
com as funções dos Cinco Órgãos e das Seis Vísceras. Este ponto é utili-
zado no tratamento das afecções do aparelho circulatório, respiratório e
digestivo (coração, dores torácicas, dor axilar, dificuldade respiratória, in-
digestão, anemia, hepatite, distensão abdominal, síndrome da má absorção,
peritonite, etc.).
O Triplo Aquecedor promove a circulação de líquidos, por esta razão
é utilizado no tratamento dos edemas de várias origens.
O Canal de Energia do Triplo Aquecedor circula ao longo do braço,
sendo efetivo n.o alívio das dores de braço e de ombro, das enxaquecas,
vertigens e alterações auditivas.
TIREOIDE: regula as funções de tireóide.
FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES 47

PONTOS DO MEATO AUDITIVO (Fig. 5.9)

ABDÔMEN INFERIOR E SUPERIOR: doenças da cavidade abdo-


minal, do trato digestivo e doenças da pelve (urogenital).
FARINGE/LARINGE: doenças da garganta, amigdalite, faringite,
edema de glote, afasia.
NARIZ INTERNO: situado na parede do trago para tratar da rinite,
sinusites, úlcera naso-vertibular, furúnculos nasais, resfriado.

FUNÇÕES DOS PO TOS AURICULARES

abdômen inferior

faringe/laringe

=-'
meato auditivo --\L--f.---=- •••••

abdômen superior _--*_~J

Fig. 5.9 Pontos Auriculares Situados no Meato Auditivo Externo

FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES DA ZONA POSTERIOR


DA ORELHA (Fig. 5. 10)

HIPOTENSOR: são os três segmentos situados no sulco posterior da


orelha. Tem efeito de abaixar a pressão. Deve ser feita a sangria.
LOMBAR, DORSAL, CERVICAL: para o tratamento das algias ver-
tebrais.
RAIZ SUPERIOR E INFERIOR DA ORELHA: para o tratamento
da hemiplegia.
48 FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES

VAGO: para o tratamento das doenças disfuncionais dos órgãos e


vísceras.

MEDULA ESPI HAL: para as afecções musculares (atrofia) e pa-


ralisia.

medula espinhal

raiz da
S'~

sulco superior

r-r-r+-r-r- ombro médio

ombro inferior

cervical

inferior

Fig. 5.10 Pontos Auriculares da Região Posterior da Orelha


CAPÍTULO VI
FUNCÕES
~ SEMELHANTES
DOS PONTOS AURICULARES

Vários pontos auriculares apresentam funções semelhantes, de modo


que podem ser agrupados, conforme as suas propriedades, para potenciali-
zar os efeitos ou agir de maneira sinérgica.

FUNÇÕES DOS PONTOS DE AÇÃO SEMELHANTE DA ZONA


ANTERIOR DA ORELHA

Características Pontos auriculares Pontos auriculares


de ação secundária de ação primária

Analgésico Shen-men, subcórtex, Genitais externos


occipital, S.N .V.,
ponto de correspon-
dência, ápice da
orelha
Antiácido S.N.V., secreção Shen-rnen, subcórtex
glandular, fígado
Antialérgico Shen-men, secreção Asma T, pulmão,
glandular, suprare- intestino grosso
. nal subcórtex
Antiasmático Shen-men, supra- Rim, occipital
renal, pulmão,
asma T
50 FUNÇÕES SEMELHANTES DOS PONTOS AURICULARES

Características Pontos auriculares Pontos auriculares


de ação secundária de ação primária
Antídoto Estômago, intestino
grosso, intestino
delgado, supra-
renal, secreção
glandular, frontal,
abdômen

Antidiarréico en-men, intestino Baço, pulmão


elgado, S.N.V.,
rim

Antiemético Shen-men S.. V., Vertigem, occipital


estômago
--------------------------- --------
Antiespas- S.L T. ., shen-men, Asma T, supra-renal
módico ponto de
correspondência

Antifebril Subcórtex, Ápice da orelha


intestino grosso, (extrair sangue),
superior, supra- shen-men
renal, fígado

Antigripal Nasal interno, Coração, S.N.Y.


laringe, brônquios,
frontal

Anti-hemorrá- Baço, diafragma Coração, S.N.V.


gico supra-renal

Arritmia Coração, occipital, Shen-men, pulmão,


(regula), S.N.V., intestino secreção glandular
antitussí- delgado, shen-men,
geno pulmão, supra-renal,
laringe

Antivertigem, Vertigem, rim, shen- Fígado


Cefaléia men, occipital,
frontal, subcórtex
FUNÇÕES SEMELHANTES DOS PONTOS AURICULARES 51

Características Pontos auriculares Pontos auriculares


de ação secundária de ação primária
Dermatite Secreção glandular,
pulmão, ponto de
correspondência
Digestivo Estômago, baço, Rim
intestino delgado
Diurético Secreção glandular, Shen-rnen, subcórtex
rim, S.N.V.
Dismenorréia Ovário, secreção Fígado, baço
glandular, útero
Dor menstrual Útero, S.N.V.,
secreção glandular,
shen-men, subcórtex
Dor anginosa Pulmão, tórax,
coração, S.N.v.
Epilepsia Baço, estômago, Fígado, frontal,
shen-men, coração, subcórtex
occipital
Espasmo de Diafragma, fígado, Occipital, subcórtex
diafragma shen-men

Equilibrador de S.N.V., subcórtex, Rim, genitais


S.N. Central occipital, testículos, externos
ovários
Euforizante Coração, subcórtex, Fígado
supra-renal
Fortificante Coração, baço, Rim
estômago
Hipertensor Coração, subcórtex, Fígado, baço
pulmão, supra-renal
Hipertensor Shen-men, hipotensor,
coração, subcórtex,
ápice da orelha
52 FUNÇÕES SEMELHANTES DOS PONTOS AURICULARES

Características Pontos auriculares Pontos auriculares


de ação secundária de ação primária
Hipoglicemia S .V., supra-renal, Subcórtex
rim
Malária Secreção glandular,
supra-renal, subcórtex
Mudez Coração, subcórtex Shen-nren, rim,
occipitaI língua
Parto Útero, abdômen,
(acelera) subcórtex, coluna
lombar
Sedativo, Shen-men, rim, frontal, Coração, subcórtex
insônia occipital
Sudorese Coração, shen-men S.N.V., subcórtex
(sensação secreção glandular,
·de calor) pulmão, occipital
-------------------
Temor, ansie- Fígado, shen-men sub- V. Biliar, baço, rim,
dade, angústia côrtex, coração occipital
CAPÍTULO VII
TRATAMENTO DAS DOENCAS..
ATRAVÉS DOS PONTOS
AURICULARES

A escolha dos pontos auriculares para o tratamento das doenças deve-


se ater às funções dos pontos em relação à afecção, obedecendo também
critérios da etiopatogenia.
De maneira geral, os pontos auriculares que têm maior efeito sobre a
doença estarão alterados quer manifestando-se pela maior sensibilidade à
dor ou uma maior impedância da pele, quer apresentando pequenas lesões
na pele da orelha.
A seguir, exemplos de uso de pontos auriculares com as diferentes
afecções clínicas. Ao lado dos mesmos, obedecendo a correspondência:
(HE) = Hélix
(CHE). Canal da Hélix
(AHE) = Anti-Hélix
(FT) Fossa Triangular
(L) Lóbulo
(T) Trago
(AT) = Antitrago
{C) Concha
(lI) = Incisura Inferior
(MA) = Meato Auditivo
ABCESSO DA MAMA: seios (AHE), endócrinas (lI), occipital (AT),
supra-renal (T), fígado {C).
ACNE: pulmão (C), secreção glandular (lI), testículos (AT).
54 TRATAMENTO DAS DOENÇAS

AFONIA: laringe (MA), coração (C), pulmão (C), shen-men (FT).


AFONIA HISTÉRICA: hipófise (AT), occipital (AT), coração (C),
shen-men (FT), rim (C), subcórtex (AT).
AFTAS: boca ( ,estômago (C), baço (C), shen-men (FT), endócri-
nas (II), língua (L).

ALCOOLIS. O: 1) occipital (AT), frontal (AT), subcórtex (AT),


alcoólatra (C), shen-men (FT).
2 hen-men (FT), alcoólatra (C), estômago (C), pul-
mão (C), occipital (AT).
ALERG pe e : pulmão (C), secreção glandular (Il), occipital (AT),
supra-renal(T'. extrair sangue do ponto correspondente).
ALGO ORR1:I: útero FT), endócrinas (rI), shen-men (FT),
S.N.V. (AlIE.
ALOPfC ......, C), pulmão (C), endócrinas (T), occipital (AT).
AHE ORRtI. : útero (FT), secreção glandular (II), ovário (AT),
rim (C).

HGDALITE GUDA: amígdalas (HE), laringe (MA), (extrair san-


gue), hélix 1 a 6 (HE).
ANE IA: fígado (C), baço (C), secreção glandular (JI), diafragma
(HE), estômago O intestino delgado (C).
A GI . DO PEITO: S.N.V. (AHE), coração (C), tórax (AHE), pul-
mão (C), asma ( P.
ANSIEDADE: rim (C), shen-men (FT), occipital (AT), coração (C),
estômago (C).
ANúRIA: rim (C), shen-men (FT), S.N.V. (AHE), .genitais exter-
nos (HE).
APE DICITE: apêndice (C), intestino grosso (C), S.N.V. (AHE),
pulmão (C).
ARTRITE DE -O-PUNHO: punho (CHE), dedos (CHE), cotovelo
(CHE), shen-men (Ff), supra-renal (T).
ARTRITE ESCÁPULO-UMERAL: articulação do ombro (CHE), om-
bro (CHE), shen-men
(Fr), clavícula (CHE), supra-renal (T).
ASMA: S.N.V. (AHE), shen-men (FT), asma T (AT), supra-renal (T),
pulmão (C).
TRATAMENTO DAS DOENÇAS 55

ASTIGMATISMO: rim (C), fígado (C), supra-renal (T), pulmão (C).

BRONCOPNEUMONIA: brônquios (C), S.N.V. (AHE), asma T (AT),


supra-renal (T), occipital (AT).

BRONQUITE: brônquios (C), shen-men (FT), asma T (AT), supra-


renal (T).

BURSITE OMBRO: articulação do ombro (CHE), occipital (AT),


S.N.V. (AHE).

CARDITE: coração (C), S. .V. (AHE), shen-men (FT), intestino del-


gado (C), baço (C).

CÁRIE DENTAL: maxilar uperior e inferior (L), shen-men (FT),


pon tos odontológicos (AT).

CATARATA CRÔ ICA: rim (C), fígado (C), olho (L), olho 1 (T),
olho 2 (AT).

CEFALÊlA: occipital (AT), frontal (A T), cérebro (A T), occipital (AT),


shen-men (FT), S.N.V. (AHE).

CEGUEIRA NOTURNA (amaurose): fígado (C), olho 2 (AT), olho


(L), occipital (AT).

CIÁTICA: ciática (AHE), rim (C), shen-men (FT), supra-renal (T),


v. biliar (C), S.NV. (AHE).

CISTITE: bexiga (C), ureter (C), subcórtex (AT), baço (C), fígado (C).

COLECISTITE CRÔNICA: vesícula biliar (C), fígado (C), S.NV.


(AHE), pulmão (C), secreção glandular (lI).

COLICAS INTESTINAIS: intestino delgado (C), S.NV. (AHE), pul-


mão (C), secreção glandular (lI).
COLICA MENSTRUAL: útero (FT), S.NV. (AHE), she-men (FT),
endócrinas (lI).
COLITE: intestino grosso e delgado (C), S.N.V. (AHE), pulmão (C).

CONJUNTIVITE: olho (L), fígado (C), pulmão (C).

CONJUNTIVITE ALÉRGICA: olho (L), fígado (C), occipital (AT) ,


endócrinas (lI).

CONJUNTTVITE GRANULOSA: olho (L), fígado (C), supra-


renal (T).
56 TRATAMENTO DAS DOENÇAS

CONSTIPAÇÃO: intestino grosso (C), reto (HE), cérebro (AT), cons-


tipação (FT).
CONVULSÃO: shen-men (FT), occipital (AT), tronco cerebral (AT),
cerébro (AT).
COQUELUCHE: pulmão (CL brônquios (C), supra-renal (T), shen-
men (FT), pontos para asma.
DEM"ÊNCIA: rim ( ,shen-men (FT), occipital (AT), coração (C),
estômago (C).
DENTES FRO O: rim (C), maxilar superior e inferior (L), occi-
pitai (AT).
DERMATlTE AL:t.RGICA: pontos de correspondência, pulmão (C),
endócrinas (10, occipital ( T), supra-renal (T).
DERMATOSE ;ROGÊ ICA: pulmão (C), shen-men (FT), occi-
pital (AT), endócrinas (lI , supra-renal (T).
DESMAIOS: supra-renal (T), occipital (AT), coração (C), cérebro
(AT), occipital (AT).
DIABETES: pâncreas (C), vesícula biliar (C), rim (C), baço ~C),
endócrinas (11), cérebro (AT), shen-men (FI), sede (T).
DIARRÉIA: intestino grosso e delgado (C), S.N.Y. (AHE), baço (C).
DIPLOPIA: rim (C), fígado (C), olho (L), olho i (T), olho 2 (AT).
DISMENORRÉIA: útero (FT), secreção glandular (II), cérebro (AT),
nm (C), S.N.V. {AHE), shen-men (FT).
DISPNÉIA: shen-men (FT), coração (C), tórax (AHE), pulmão (C).
DISPEPSIA: intestino delgado (C), estômago (C), vesícula biliar (C),
pâncreas (C), baço (C), secreção glandular (lI).
DISRITMIA CARDIACA: coração (C), S.N.V. (AHE), intestino del-
gado (C), cérebro (AT), coração (C).
DOENÇA CORONARIANA: coração (C), S.N.Y. (AHE), endócrinas
(lI), supra-renal (T).
DOR DE CÂNCER: secreção glandular (11), supra-renal (T), cérebro
(AT), ponto de correspondência, área de tumor (L).
DOR DE DENTES: maxilar inferior e superior (L), shen-men (FT),
dor de dentes (L) e (AT) , faringe (AT), dente (AT).
TRATAMENTO DAS DOENÇAS 57

DOR DE FRATURA: ponto de correspondência, shen-men (FT), rim


(C), cérebro (AT), supra-renal (ARE), S.N.V. (ARE).
. .
DOR DOS NERVOS INTERCOSTAIS: tórax {ARE), occipital (AT) ,
cérebro (AT), baço (C).
ECZEMA ÚMIDO: pulmão (C), supra-renal (T), occipital (AT),
ponto de correspondência.
EDEMA IDIOPÁTICO: rim (C), bexiga (C), coração (C), fígado (C),
S.N.V. (ARE).
-
EJACULAÇÃO PRECOCE: útero (IT), genitais externos (RE) , testí-
culos (AT), secreção glandular- {I • s en-men (FT).
ENDOMETRITE: útero (FT). ovário (ATI, secreção glandular (Il),
pulmão (C), genitais: externos (ME).
ENFERMIDADES DE BASEDOW: tireóide (C), endócrinas (lI),
S.N-.V.(ARE), shen-men (FT) , rim (C), bexiga (C).
ENFISEMA PULMONAR: brônquios (C), S.N.V. (ARE), shen-men
(FT), asma T (AT), pulmão (C).
ENTERITE: intestino grosso e delgado (C), S.N.V. (ARE), pul-
mão (C).
ENTEROCOLITE: intestino grosso (C), reto (HE), S.N.V. (ARE),
shen-men (FT).
ENTORSE: pontos de correspondência, shen-men (FT), cérebro (AT).
ENXAQUECA: triplo aquecedor (C),shen-men (FT), v. biliar (C).
EPIDIDIMITE: testículos (AT), secreção glandular (lI), shen-
men (FT), supra-renal (T), genitais externos (HE).
EPILEPSIA: shen-men (FT), occipital (AT), coração (C), estômago
(C), cérebro (AT), tronco cerebral (AT).
EPIST AXE: nariz interno (MA), supra-renal (T), frontal (AT).
ERUPÇÃO DA PELE (rush): pulmão (C), supra-renal (T), occipi-
tal (AT), shen-men (FT).
ESCARAS: pulmão (C), endócrinas (lI), testículos (AT).
ESCLOREOSE LATERAL AMIOTROFICA: rim (C), endócrinas (lI),
cérebro (AT), occipital (AT), triplo aquecedor (C).
-

58 TRATAMENTO DAS DOENÇAS

ESPASMO DE DIAFRAGMA: diafragma (HE), shen-men (FT),


occipital (AT).

ESPASMO GÁSTRICO: estômago (C), S.N.V. (AHE).


ESQUIZOFRENIA: rim (C), shen-men (FT), occpital (AT), cora-
ção (C), estômago (C), cérebro (AT).
ESTOMATITES: boca (C), secreção glandular (II, shen-men (FT), pul-
mão (C), estômago (C). fígado (C).
FARINGITE: faringe A), laringe (MA), endócrinas (Il), supra-renal
(T), faringe (AT).
FEBRE: angrar ápice da orelha e do trago, hélix 1 a 6 (HE).
FISSURA TAL: reto HE), shen-men (FT), intestino grosso (C).
FLEBITES: S .. t • (ARE), rim (C), coração (C), supra-renal (T), fí-
gado (C), ponto de correspondência.
FOLICULlTE: pulmão (C, occipital (AT), secreção glandular (lI),
supra-renal (T).
GASTRITE: estômago (C), S .. V. (AHE), shen-men (FT), baço (C).
GASTROESPASMO: estômago (C), intestino delgado (C), S.N.Y.
(AHE), shen-men (FT).
GASTROPTOSE: estômago (C), S.N.V. (AHE), sub-córtex (AT).
GINECOMASTIA: endócrinas «(1), hipófise (AT), seios (ABE).
GLAUCOMA: fígado (C), estômago (C), rim (C), olho 1 (T), olho 2
(AT), olho novo (C).
GLOSSITE: boca (C), secreção glandular (lI), coração (C), pulmão
(C), língua (L).
GRIPE: nariz interno (MA), supra-renal (T), frontal (AT), laringe
(MA), pulmão (C), brônquios (C).
HEMERALOPIA: fígado (C), olho 2 (AT), olho (L).
HEMOPTISE: nariz interno (MA), supra-renal (T), frontal (AT), pul-
mão (C).
HEMORRÓIDA: reto (HE), intestino grosso (C), pulmão (C), baço
(C), occipital (AT), supra-renal (T), hemorróidas (HE).
HEPATITE: fígado (C), S.N.V. (ABE), baço (C), ponto de hepatite
(FT), fígado Yang 1 e 2 (HE).
TRA T AMENTO DAS DOENÇAS 59

HIPERTENSÃO: hipotensor (FT), S. .V. (AHE), shen-men (FT), co-


ração (C), hipertensão (T).
HIPERTIREOIDISMO: tireóide (C), endócrinas (lI), shen-men (FT).
HIPOTENSÃO: S .. V. (AlIE). coração (C), supra-renal (T), cére-
bro (AT).
HIPOTIREOIDISMO: tireói , endócrinas (Il), fígado (C).
HIPOTROFIA DO R O O CO: rim (C), fígado (C), olho (L).
HISTERIA: coração (C. rim C e -men (FT), cérebro (AT), occi-
pital (AT), estômago (C).
IMPOTÊ CIA: útero trri, genirai os (HE), testículos (AT),
secreção glandular (II), rim (C).
INCONTINÊNCIA URI ÁRIA: bexiga (C). rim (C), hen-men (FT), ure-
tra (C), occipital (AT).
INDIGESTÃO: estômago (C), intestino delgado (C), baço (C).
INSOLAÇÃO: occipital (AT), coração (C), cérebro (AT) , supra-re-
nal (T).

INSÔNIA: shen-men (FT), rim (C), occipital (AT), coração (C), fron-
tal (AT).
INTOXICAÇÃO ·ALCOOLICA: occipital (AT), frontal (AT), cére-
bro (AT), occipital 2 (AT).
LARINGITE CRÔNICA: laringe (MA), secreção glandular (lI), pul-
mão (C), supra-renal (T).

LEUCORRÉIA: útero (FT), secreção glandular (lI), ovário (AT).


LITtASE vesícula biliar (C), S.N.Y. (AHE), shen-men (FT), fí-
BILIAR:
gado (C), pâncreas (C).
LITÍASE RENAL: rim (C), ureter (C), shen-men (FT), subcórtex (AT).

LITfASE URETERAL: ureter (C).

MAL DO MAR: occipital (AT), estômago (C).


MALÁRIA: cérebro (AT), secreção glandular (lI), supra-renal (T),
baço (C), pâncreas (C).
MASTITÉ: seios (AHE), secreção glandular (lI), occipital (AT), su-
pra-renal (T).
60 TRATAMENTO DAS DOENÇAS

METRORRAGIA: útero (FT), cérebro (AT), secreção glandular (11),


fígado (C), rim (C), pulmão (C), baço (C).
MIOPIA: rim (C), fígado (C), olho (L), olho 2 (AT), occipital (AT),
olho novo (C).
MIXEDEMA: tireóide (C), endócrinas (11), hipófise (AT), shen-
men (FT).
NÁUSEAS E Ô :fITOS: estômago (C), S.N.Y. (AHE), shen-men (FT),
esôfago (C).
NEFRITE AGUD : rim (C), bexiga (C), S.N.V. (AHE), fígado (C),
secreção glandular (I _
NEFROSE: rim O. bexiga (C), shen-men (FT).
NEURALGIA DO TRIGÊ EO: bochecha (L), maxilar inferior e su-
perior (L), shen-men (Ff".
NEURALGIA I ITERCOSTAL: tórax (AT), occípital (AT), shen-
men (FT).
NEURASTE IA: shen-men (FI), neurastenia (L), frontal (A T), sub-
córtex (A T).
NEURITE CIÁTICA: ciática (AHE), rim (C), shen-men (FT), occipi-
tal (A T), supra-renal (T).

OBESIDADE: shen-men (FT), estômago (C), pulmão (C), ponto fo-


me (AT), S.N.V. (AHE).
ODONTALGIA: maxilar superior e inferior (L), shen-men (FT),
ponto odontálgico (AT).
OLICÚRIA: bexiga (C), rim (C), shen-men (FT).
ORQUITE: testículos (AT), éndócrinas (lI), supra-renal (T), shen-
men (FT).
ORQUIEPIDIDIMITE: igual à orquite.
OSTEOFITOSE: pontos de correspondência, rim (C), endócrinas (11),
occipital (A T), supra-renal (T).
OSTEOPATIAS METABÓLICAS: pontos de correspondência, endó-
crinas (11), supra-renal (T), subcórtex (AT), rim (C), shen-men (FT).
OTITE: rim. (C), ouvido interno (L) e orelha externa (T), secreção
glandular (11), occipital (AT).
TRATA~NTO DAS DOENÇAS 61

PANCREATITE CRONICA: secreção glandular (Il), shen-men (FT),


pâncreas (C).
PARALISIA FACIAL: bochecha (L. occipital (AT), olho (L),
boca (C), subcórtex (AT).
PARALISIA HISTÉRICA: subcórtex (AT), shen en (FI'), co-
ração (C).
PAROTIDITE: parótida (AT), -secreção glandular (Ií), bochecha (L),
cérebro (AT).
PNEUMONIA: pulmão (C), tórax (AT) , supra-renal (T), secreção
glandular (lI).
POLIFAGIA: pontos de fome (T), shen-men (FT), estômago (C),
pulmão (C).
POLIOMIELITE: ponto de correspondência, shen-men (FT), supra-
renal (T), 'secreção glandular (lI), occipital (AT).
POLIÚRIA: bexiga (C), rim (C), shen-men (FT), uretra (C).
PROLAPSO RETAL: reto (HE), intestino grosso (C), cérebro (AT),
baço (C).
PROLAPSO UTERINO: útero (FT), subcórtex (AT), S.N.v. (AHE) , ge-
nitais externos (HE).
PROSTATITE: próstata (C), bexiga (C), rim (C), supra-renal (T).
PRURIDO: zona de correspondência, pulmão (C), endócrinas (II),
occipital (AT), supra-renal (T).
PRURIDO VUL V AR: genital externo (HE), occipital (A T), supra-
renal (T), shen-men (FT), pulmão (C).
QUEIMADURAS DE SOL: shen-men (FT), pulmão (C), secreção
glandular (lI), supra-renal (T).
RETENÇÃO URINÁRJA: bexiga (C), rim (C), shen-men (FT).
RINITE: nariz interno (MA), supra-arenal (T), frontal (AT).
RINORRÉIA: igual à rinite.
SEBORRÉIA: pulmão (C), secreção glandular (Il), baço (C), occipi-
tal (AT), supra-renal (T), rim (C).
SEQÜELA DE MENINGITE: rim (C), occipital (AT), subcórtex (AT).
62 TRATAMENTO DAS DOENÇAS

SEQÜELA DE TRAUMATISMO CRANIANO: nm (C), fígado (C),


shen-men (FT), frontal (A T), cérebro (A T).

SINUSITE: nariz interno (MA), supra-renal (T), frontal (AT), pul-


mão (C).

SUDORESE EXCE S A: S.N.V. (AHE), pulmão (C), secreção glan-


dular (11), occipital (ATI. upra-renal (T).

SURDEZ: ouvi interno (C), orelha externa (T), subcórtex (FT).


TAQUICARDL: ração (C), S.N.V. (AHE), shen-men (FT), intes-
tino delgado (C). subcõnex (A T) .

TIQUES F : bochecha (L), shen-men (FT), cérebro (AT), fí-


gado (C).

TOSSE: as ( TI, supra-renal (T), laringe (MA), occipital (AT),


pulmão (C .

TOSSE CO 15 A: brônquios (C), supra-renal (T), asma T (AT),


S.N.v. (ARE _

TRACO L : olho (L), bexiga (C), baço (C).

TRIS. O: superior e inferior (L), boca (C), Iaringe (MA),


rim (C).

TUBERClilO E: pulmão (C), tórax (AHE), supra-renal (T), endó-


crinas (I .

ÚLCERA D. BOC : boca (C), endócrinas (lI), shen-men (FT),


língua (L).

ÚLCERA DE Dt:ODE O: duodeno (C), S.N.V. (AHE), shen-


men (FT), pulmão

ÚLCERA DE PELE: ponto de correspondência, shen-men (FT), occi-


pital (AT), supra-renal (1).

URTICÁRIA: shen-men (IT), occipital (AT), secreção glandular (lI), supra-


renal (T), pulmão (C área urticária (CHE).

VARICELA: pulmão (C), secreção glandular (Il), supra-renal (T),


occipital (AT), shen-men FT).

VERTIGE S, TO TURAS: occipital (AT), estômago (C), orelha ex-


terna (T), shen-men (FT), ertigens (A T), vértex (A T).
TRATAMENTO DAS DOENÇAS 63

VíCIO DE FUMAR: shen-men (FT), asma (FT~, diafragma (HE),


pulmão (C).
VITILICO: pulmão (C), secreção glandular (II), occipital (AT), su-
pra-renal (T), (extrair sangue nos pontos de correspondência).
ZUMBIDOS: rim (C), occipital (AT), orelha externa (T), ouvido in-
terno (L), supra-renal (T).
CAPÍT LO VIII
ANESTE I POR PONTOS
AURICULARES

Atualmente, a anestesia por Acupuntura e amplamente utilizada na


China pelas suas características de manter a consciência plena do paciente,
além de ser segura, simples e de fácil manejo. Permite que o paciente se
recupere mais rapidamente do pós-operatório. É indicada, principalmente,
naqueles casos em que não se pode aplicar a anestesia tradicional, casos de
pessoas alérgicas ao medicamento, pessoas debilitadas, que não podem
suportar dose de medicamento.
A anestesia por pontos auriculares processa-se em dois níveis:
_. Quando se punctura os pontos auriculares relacionados com o
Orgão em questão. Este estímulo produzido vai para o cérebro e, daí, atra-
vés da rede nervosa, chega à zona afetada. Comprova-se este fato pois, em
paciente com alterações nervosas (central), não se obtém uma anestesia
adequada.
- O organismo está recoberto na sua totalidade pelos Canais de Ener-
gia que se relacionam e mantêm comunicação com a orelha. Quando um
ponto de correspondência da orelha recebe um estímulo, este é captado pelo
Canal e assim atinge o Orgão correspondente. Havendo estímulo excessivo
do ponto através de manipulação ou de impulsos eletrônicos, levará à se-
dação deste Orgão e, conseqüentemente, das regiões por ele controladas,
levando à anestesia.
Para se processar uma anestesia pelos pontos auriculares - ou mes-
mo pelos pontos de Acupuntura sistêmica - é imprescindível o conheci-
mento da relação dos Orgãos com os tecidos somáticos:
• Pulmão rege a pele;
• Fígado rege tendões, músculos e nervos;
66 ANESTESIA POR PONTOS AURICULARES

• Baço rege a carne (massa muscular):


• Rim rege os ossos, articulações pequenas.
Assim, durante a incisão da pele, devem ser simultaneamente estimu-
lados:
• O ponto do pulmão e a área de correspondência onde está sendo
realizada a incisão cirúrgica; '.
• Em ato operatório, no qual estão sendo manipulados os músculos,
devem ser estimulado os pontos do fígado e baço, a fim de promoverem
analgesia e relaxamen o muscular;
• No ato operatório principal, por exemplo, do estômago, deve ser
estimulado este ponm de correspondência;
• o ato operatório principal, por exemplo, do estômago, deve ser
estimulado este po to de correspondência;
• Após o ato operatório principal, quando se realiza o fechamento
de parede, procede-se de modo inverso.
Os três pontos a uriculares: shen-men, subcórtex e S.N.V. sempre
devem ser estimulados pelo seu efeito sedante e analgésico.

TECNICA DE ANESTESIA

1) Localização dos pontos eleitos.


1 . 1) Pontos de correspondência, isto é, da região e dos Orgãos nos
quais será realizada a cirurgia;
1.2) Pontos secundários: pontos relacionados com Orgãos e tecidos
somáticos.
Exemplo: apendicectomia.
Pontos de correspondência: apendicite, abdômen externo.
Pontos secundários': pulmão (pele), fígado (músculo) e intestino
grosso.
Os pontos devem ser punctuados de forma consecutiva e não alter-
nada, e com direção e profundidade adequadas.

2) Estimulação
A estimulação pode ser manual ou eletrônica:
2.1) Estimulação manual: a estimulação é feita manualmente de for-
ma suave, girando-se a agulha. De 15 a 20 minutos antes da operação,
ANESTESIA POR PONTOS AURICULARES 67

cada ponto é estimulado durante 1 a 2 minutos, coI? uma freqüência de


120 a 140 rotações por minutos. Depois é aumentada para 140 a 160
rotações por minutos, 5 a 10 minutos antes do ato operatório.
A estimulação manual é muito cansativa, exigindo dois ou mais acupun-
tores.
2.2) Estimulação eletrônica: após a implantação das agulhas, conec-
tam-se os eletrodos, devendo ser utilizadas ondas espiculadas bifásicas ou
ondas quadradas bifásicas. A freqüência de impulsos elétricos pode variar
de dezenas por minuto a centenas por segundo. A intensidade (MA) deve-se
iniciar no mínimo e aumentar gradativamente até o nível suportável para
o paciente, situando-se em geral entre 1 a 3 MA. O nível de tensão deve
também iniciar baixo (l0V) e aumentar paulatinamente.
O período de indução anestésica é de 15 a 30 minutos.
OBS.: Consultar o manual de instrução do 'aparelho quanto à intensidade,
polaridade, tipo de onda, duração etc.

Exemplo: Cirurgia de estômago.


Pontos: shen-men, pulmão, estômago, S.N.V .. Estimulação prévia por
20 a 30 minutos, utilizando-se onda espiculada, polaridade negativa, inten-
sidade entre 1 a 3 MA. Ç;inco minutos antes da operação, pára-se o estí-
mulo dos pontos do estômago e S.N.V., continuando com o do pulmão e
.o do shen-men. Quando' se incisar a pele, estimular todos os pontos.
Quando se manipula o peritônio que recobre o estômago, o estímulo
deve ser para o estômago e S.N.V., cessando o do shen-men e o do pulmão.
Quando se inicia a sutura da parede, pára-se de estimular o estômago
e S.N.V., recomeçando com o pulmão e shen-rnen.
O estímulo deve ser aumentado ou diminuído conforme a necessida-
de, sempre, entretanto, de forma paulatina e nunca abruptamente.

3) Contra-indicação
Não deve ser usada a anestesia em mulheres grávidas entre 2 e 5 meses
de gestação. Do 5. ao 9. mês não devem ser utilizados os pontos: útero,
0 0

ovário, secreção glandular e abdômen.

4) Medicação suplementar.
Como em qualquer método de anestesia, é utilizada medicação suple-
mentar a fim de manter a função normal da circulação e dar espiração,
mantendo a calma do paciente.
68 ANESTESIA POR PONTOS AURICULARES

São usadas drogas antes e durante o ato operatório:


• Suplementação com medicação pré-operatória.
4.1) Para sedação e analgesía:
Dolantina, Fenergam, Luminal, Clorpromazina.

PONTOS AURICULARES E CIRURGIA

Para as determinadas regiões do corpo existem pontos auriculares que


devem ser sistematicamente estimulados:

Região Pontos
Cabeça -men, occipital, frontal, subcórtex, rim, ponto de
correspondência.
Região Laringe, coluna cervical, secreção glandular, subcórtex,
Cervi, ponto de correspondência.
Tórax Shen-men, pulmão, tórax, S. .V., dorsal, asma T, ponto
de correspondência.
Abdômen Shen-men, pulmão, tronco, S.N.V., abdômen, ponto de
correspondência.
Boca Boca, maxilar superior, maxilar inferior, shen-men, anes-
tesia dentária, ponto de correspondência.
Orgãos Genitais externos, abdômen, uretra, secreção glandular,
genitais subcórtex,ponto de correspondência.
Ossos Rim, intestino grosso, intestino delgado, ponto de corres-
pondência.

A anestesía realizada com os pontos auriculares é a mesma dos pontos


sistêmicos. É efetiva em quase todos os casos. Para as cirurgias abdominais
deve-se colocar de 3 a 4 agulhas no ponto de tronco para fazer desapare-
cer a dor abdominal.
O êxito depende, em grande parte, do fator humano - requerendo
uma excelente relação médico-paciente. Este último deve ser mentalmente
equilibrado e estar disposto a cooperar. O anestesista deve ser entendido
em Acupuntura e outras técnicas anestésicas para enfrentar qualquer com-
plicação.
ANESTESIA POR PONTOS AURICULARES 69

A experiência cirúrgica com anestesia por acupuntura tem mostrado


que se obtêm melhores resultados quando:
1) O paciente é informado pelo anestesista sobre o método, as van-
tagens, as desvantagens, bem como sobre o ato cirúrgico. _ ão havendo
receptividade, não deve ser tentada esta forma de anestesias Os pacientes
que suportam melhor a dor e aqueles em que se obtém facilmente a sensa-
ção da agulha são os que apresentam melhores resultados. Em velhos e
crianças é mais difícil lidar com as suas excitabilidades, requerendo muitas
vezes o uso de drogas sedativas pré-anestésicas.
2) Os pontos devem ser cuidadosamente escolhidos, reduzindo-se ao
máximo o número de pontos. A seleção baseia-se mais no critério topográ-
fica do que no diagnóstico ou técnica cirúrgica. Podem ser utilizados pontos
somáticos ou auriculares ou, ainda, associados, levando sempre em conta
as suas peculiaridades.
3) A estimulação, seja manual ou elétrica, deve ser adequada. Atual-
mente opta-se por este último método.
4) O preparo prévio do paciente deve anteceder no mínimo de um
mês para regular as desarmonias energéticas.
5) Deve ter uma equipe para a execução da anestesia por Acupun-
tura.
CAPÍTULO IX
USO DE A ESTESIA-POR
ACUPUNT RA AURICULAR
ASSOCIADA À SISTÊMICA

Esta forma de anestesia deve ser encarada como uma forma alterna-
tiva, e uma condição indispensável é que seja realizada por um médico
anestesista versado em acupuntura. As indicações dos pontos para aneste-
sia são uma coletânea dos livros específicos e da pequena experiência do
autor.

CIRURGIA NAS EXTREMIDADES

As operações nos membros com este tipo de anestesia apresentam a


vantagem de o paciente manter a consciência, obtendo-se, portanto, uma
cooperação ativa, pois as funções motoras e sensoriais permanecem normais.
O principal problema é um efeito anestésico insuficiente quando se
incisa a pele e na ruginagem do periósteo, fato que pode ser contornado
usando-se infiltração local ou bloqueio.
1) Redução fratura da clavícula.
Usar pontos sistêmicos e auriculares: P-6 (Neiguan), IG-18 (Futu),
(bilateral) .
2) Redução incruenta da luxação escápulo-umeral.
Pontos auriculares: transfixar com agulha do ponto do ombro para
ponto articulação do ombro, shen-men, S.N.Y., rim.
Pontos associados: IG-4 (Hegu), P-6 (Neiguan) e transfixar ombro -7

articulação do ombro, Shen-men -7 S.N.V., pulmão, rim.


72 USO DE ANESTESIA POR ACUPUNTURA

3) Redução incruenta da fratura do úmero.

Pontos auriculares: transfixar ombro ~ cotovelo, Shen-men, pulmão.


S.N.V., suprarenal, rim.
Pontos associados: pontos Chiehkou (vários pontos na região anterior
e posterior do ombro).
Pontos auriculares: ombro, braço, Shen-men, ápice da orelha.

4) Redução da fratura de antebraço incruenta e cruenta.

Pontos sistêmí : F-11 (Yinlian), TA-5 (WAIGUAN) P-10 (Yuji),


IG-4 (Hegu), P-2 (Yunmen).
Pontos associad :
Pontos sistêmicos: IG-4 (Hegu), F-ll (Yinlain), TA-13 (Naohui).
Pontos auriculares: tran fixar cotovelo ~ punho, pulmão, Shen-men.

5) Exérese de cabeça do rádio.

Pontos auriculares: coto elo, punho, shen-men, rim subcórtex.

6) Amputação de antebraço.

Pontos sistêmicos: P-5 (Chize), C-2 (Zingling)


Pontos associados:
Pontos sistêmicos: IG-4 (Hegu), TA-3 (ZHONGZHU)
Pontos auriculares: punho, shen-men (bilateral).

7) Redução e fixação da fratura de colo do fêmur.

Pontos sistêmicos: E-36 (Zusanli), B-54 (Weizshong), B-59 (Fuy-


ang) , VB-36 (Waigiu), VB-39 (Xuanzhong) BP-6 (Sanyinjiao), VB-40
(Giuxu), E-43 (Xiangu).
Pontos auriculares: transfixar nádega ~ tornozelo, shen-men, pul-
mão, S.N.V., rim, supra-renal.

8) Redução incruenta e cruenta da fratura de tíbia.


Pontos associados:
Pontos sistêmicos: F-3 (Taichong), BP-9 (Yinglingquan), BP-lO
. (Xuehai), B-53 (Weiyang), E-30 (Huantiao), E-31 (Biguan).
Pontos auriculares: transfixar joelhos ~ tornozelo, subcórtex.
USO DE ANESTESIA POR ACUPUNTURA 73

9) Alongamento de Aquiles
Pontos associados:
Pontos sistêmicos: B-54 (Weizhong), R-3 (Taixi) E-36 (Zusanli,
BP-6 (Sanyinjiao), E-27 (Shangjuxu) (bilateral).
Pontos auriculares: tornozelo, shen-men, pulmão, S__ T_ ••

CIRURGIAS TOCO-GINECOLÚGICAS

1) Ligadura das trompas


Pontos associados:
Pontos somáticos: E-36 (Zusanli), F-6 (Zhongdu), VB-26 (Daimaiy,
Pontos auriculares; pulmão, shen-men, ovário.

2) Cesáreas
Pontos somáticos: E-36 (Zusanli), BP-6 (Sanyinjiao), VB-26 (Dai-
mai).
Pontos auriculares: útero, abdômen, S.N.V., pulmão.

3) Histerectomia.
Pontos somáticos: VG-2 (Gugu), VB-26 (Daimai) VC-4 Guanyuan),
B-23 (Zhongliao), VB-26 (Sanyinjiao), B-32 tCiliao),

4) Espisiotomia
Pontos somáticos: BP-6 (Sanyinjiao), F-3 (Taichong).

5) Mastectomia simples. Extirpação de nódulos mamários.


Pontos somáticos: F-4 (Zhongjeng), C-26 (Neiguan).
Pontos auriculares: shen-men, S.N.Y., secreção interna, tórax, pul-
mão, seios.

CIRURGIAS OFTALMOLÚGICAS

1) Extração de catarata.
Pontos somáticos: IG-4 (Hegu) bilateral.
Pontos auriculares: shen-men, pulmão.
74 USO DE ANESTESIA POR ACUPUNTURA

2) Correção cirúrgica de estrabismo.

Pontos somáticos: IG-4 (Hegu), TA-6 (Zhigou) transfixar VB-14


(Yangbai) para Yuyao transfixar E-2 (Sibai) para E-I (Chenggi).

3) Correção de ectropia.

Pontos somáticos: IG-4 (Hegu), CS-6 (Neiguan) VB-37 (Guaing-


ming) , F-3 (Taichong).
Pontos auriculares: olho, olho 1-2, fígado, rim.

4) Dacriocistorinostomia.

Pontos somáticos: IG-4 (Hegu) (bilateral), B-2 (Zhonzhu), E-2


(Sibai).

CIRURGIAS AB O. AIS

As vantage a anestesia por Acupuntura é que os distúrbios fisioló-


gicos dos órgã internos são mais leves do que os produzidos pela aneste-
sia por drogas. complicações pós-operatórias, como perda de apetite,
paralisia do intestino, retenção de urina, são muito poucas, podendo o pa-
ciente precocemente alimentar-se, levantar-se e mover-se ativamente. Os
movimento peristálticos aparecem rapidamente nas cirurgias do trato gas-
tro- in testinal.
Porém, a an _ esia por Acupuntura produz analgesia incompleta, ma-
nifesta pelas reações dos Órgãos internos e pela tensão da parede abdomi-
nal. O peritônio é muito susceptível para reagir frente a um estímulo.
Durante a exploração ou mesmo para desfazer aderências peritoniais, é
freqüente o aparecimento de náuseas, vômitos, distensão da víscera, dor, etc ..
Estas reações ão mais freqüentes quanto mais profundo se localizar o
Órgão, ou quando as aderências são firmes e em áreas extensas. A anal-
gesia incompleta e as reações viscerais provocam espasmo muscular. Uma
forma de se evitar o espasmo muscular é a colocação de 3 - 4 agulhas
no ponto auricular tronco cerebral.
A anestesia por cupuntura para o abdômen apresenta mais proble-
mas que em outras áreas:

1) Gastrectomia subtotal, tratamento de perfuração gástrica.


Pontos sistêmico : E-36 (Zusanli), E-37 (Shangjuxu) (bilateral).
USO DE ANESTESIA POR ACUPUNTURA 75

Pontos auriculares: estômago, shen-men, .V., pulmão (todos bi-


laterais ou lado esquerdo).

2) Colecistectomia, exploração vias biliares.


Pontos auriculares: pâncreas, vesícula biliar, abdô en. hen-men,
pulmão, subcórtex (todos bilaterais).
Pontos associados:
Pontos somáticos: IG4 iHegu), CS-6 (Neiguan).
Pontos auriculares: transfixar shen-men - vesícula biliar, . . .,
pulmão, ponto de relaxamento (transfixar este ponto entre estômago e fí-
gado e transfixar baço ~ diafragma).

3) Apendicectomia.
Pontos auriculares: apêndice, abdômen, shen-men, pulmão.

4) Correção de Hérnia Inguinal.


Pontos associados:
Pontos sistêmicos: E-36 tZusanli),
Pontos auriculares: genitais externos, intestino delgado, S.N.Y.,
pulmão.
Obs.: O saco herniário é muito susceptível, convém infiltrar local-
mente.
CAPÍTULO X
VANTAGENS E DESVANTAGE S
DA' ANESTESIA PELA
ACUPUNTURA

Apesar de ainda não satisfazer plenamente, a anestesia por acupun-


tura apresenta inúmeras vantagens, principalmente em relação à anestesia
geral, destacando-se:
1) Paciente permanece lúcido e pode cooperar ativamente com o cirur-
gião, o que evita algumas complicações; permite o controle intra-operatório
da intervenção realizada, por exemplo, nas cirurgias intracranianas, plásti-
cas de olho, cirurgia dos membros;
2) Evita as complicações de uma entubação, sondagens. , ., o. perigo
de hipersensibilidade ou sobre doses de anestésico, principalmente em
crianças, pacientes debilitados, velhos com insuficiência renal, hepática,
cardíaca, respiratória ou estado de choque;
3) Durante a operação as funções fisiológicas permanecem em estado
normal, tais como, a pulsação, pressão arterial, respiração;
4) Não produz inibição respiratória, não necessitando de suporte com
oxigênio;
5) A Acupuntura eleva a pressão arterial, diminuindo as transfusões
sangüíneas;
6) A evolução pós-operatória é rápida e fácil, o paciente alimenta-se
e deambula precocemente;
7) As complicações são raras e são diagnostica das precocemente pe
anestesista versado em Acupuntura.
As três limitações maiores de anestesia por Acupuntura resi
fato de não se conseguir analgesia em 100% dos casos, não se
78 VANT AGENS E DESVANTAGENS DA ANESTESIA

relaxamento completo dos músculos estriados e não se obter a abolição


dos reflexos viscerais.
Estes inconvenientes devem ser controlados por drogas suplementares.
Deve-se evitar a anestesia por Acupuntura em cirurrgias exploradoras, espe-
cialmente de trato digestivo e ressecções extensas como nos cancerosos.
Os mesmos pontos auriculares e sistêmicos referidos em cada caso de
cirurgia podem ser estimulados no pós-operatório imediato e media to das
cirurgias feitas com anestesia convencional, para a recuperação mais rápi-
da da agressão cirúrgica. Neste caso, os estímulos são feitos de maneira
normal, não necessitando o uso de aparelhagem. Esta abordagem visa re-
duzir as complicações pós-operatórias e facilitar a cicatrização das estru-
turas.
BIBLIOGRAFIA

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Pékin, Eastland Press, J 985.
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