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Teoria da

Produção

Teoria da firma

 A teoria da firma busca a explicação sobre


como as empresas tomam decisões de
minimização de custos e como esses custos
variam com a produção.
 Pode ser dividida em duas partes:
 Teoria da produção
 Teoria dos custos

Teoria da firma

 As decisões das empresas sobre a produção


são semelhantes às dos consumidores
sobre a compra de bens e, da mesma
maneira, podem ser examinadas em três
etapas:
 Tecnologia de produção
 Restrições de custo
 Escolha de insumos

3
Tecnologia da Produção

 As empresas adquirem insumos e os


transformam em produtos

 O processo produtivo é a combinação e


transformação de insumos em produtos

 Se existirem n insumos, o processo


produtivo pode ser representado como:

Y f X , X , X , ..., X )

Tecnologia da Produção

Y f X , X , X , ..., X )

Quantidades utilizadas
de insumos
Depende ou é função

Quantidade produzida

Tecnologia da Produção

 Função de produção:

 Indica o maior nível de produção que


uma firma pode atingir para cada
possível combinação de insumos, dado o
estado da tecnologia
 Mostra o que é tecnicamente viável
quando a firma opera de forma eficiente
 A função de produção é puramente física

6
Tecnologia da Produção

 Considerando dois insumos (X1 e X2), a


função de produção seria:

Y f X ,X )
 Considerando que os insumos sejam K e L,
a função de produção seria:

Q f K, L)
Q = Produto; K = Capital; L = Trabalho

Tipos de insumos

 Os insumos, que também são chamados


fatores de produção, são aqueles que a
empresa utiliza no processo produtivo

 Eles podem ser agrupados em diversas


categorias :
 Trabalho
 Matérias-primas
 Capital

Tipos de insumos

Os insumos podem ser classificados como:


 Insumos/fatores variáveis
 São aqueles que variam de acordo com a
quantidade produzida
 Eles geram custos variáveis para a empresa

 Insumos/fatores fixos
 São aqueles que não variam com a
quantidade produzida
 Eles geram custos fixos para a empresa

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Prazos de produção
 Curto prazo
 Período de tempo no qual a quantidade de um
ou mais insumos não pode ser modificada
 No CP existem insumos fixos e variáveis, ou
seja, custos fixos e variáveis.

 Longo prazo
 Período de tempo necessário para tornar
todos os insumos variáveis
 No LP só existem insumos variáveis, ou seja,
só tem custos variáveis

10

Produção com um insumo variável

 Conhecido como modelo fator-produto

 Nesse modelo, somente um insumo varia,


com todos os demais mantidos fixos

 Significa que a única forma de a empresa


aumentar a produção é aumentando o
insumo variável

 Típico modelo de curto prazo

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Produção com um insumo variável


A função de produção seria:
Y f X /X , X , ..., X )

Quantidade utilizada de
X1, dado que os demais
estão fixos
Depende ou é função
Quantidade produzida

Y f X ou Q f L
12
Produção com um insumo variável

 A relação fator-produto Y f X /X , ..., X )


mostra que a produção de Y depende de um
único fator variável (X1) que é combinado
com os demais fatores fixos (X2,..., Xn).

 Existem algumas formas que caracterizam a


relação entre o único fator variável e a
quantidade produzida.

 O que acontece com a produção na medida


em que aumenta o uso do fator variável?

13

Produção com um insumo variável


600

X Y
500 Variação
Trabalho Produção
1 100 100
400
2 200 100
Y (Produção)

300
3 300 100
4 400 100
200 5 500 100

100

0
0 1 2 3
X (Trabalho)
4 5 6
Retornos
constantes
𝑑Y 𝑑 Y
0 e 0
𝑑X 𝑑X

14

Produção com um insumo variável


1200

X Y
1000 Variação
Trabalho Produção
1 100 100
800
2 250 150
Y (Produção)

600
3 450 200
4 700 250
400 5 1000 300

200

0
0 1 2 3
X (Trabalho)
4 5 6
Retornos
crescentes
𝑑Y 𝑑 Y
0 e 0
𝑑X 𝑑X

15
Produção com um insumo variável
350

300 X Y
Variação
Trabalho Produção
250 1 100 100
2 185 85
Y (Produção)

200
3 250 65
150 4 300 50
5 320 20
100

50

0
0 1 2 3
X (Trabalho)
4 5 6
Retornos
decrescentes
𝑑Y 𝑑 Y
0 e 0
𝑑X 𝑑X

16

Produção com um insumo variável


120

X Y
100 Variação
Trabalho Produção
1 100
80
2 90 -10
Y (Produção)

60
3 70 -20
4 45 -25
40 5 15 -30

20

0
0 1 2 3
X (Trabalho)
4 5 6
Retornos
negativos
𝑑Y 𝑑 Y
0 e 0
𝑑X 𝑑X

17

Produção com um insumo variável


Y

Constante

Y = f(X1)

0 A B X1

Crescente Decrescente Negativo

18
Produção com um insumo variável

Quando o uso de um insumo aumenta,


mantendo-se os demais insumos fixos, a partir
de dado momento, as quantidades adicionais
de produto obtidas tornam-se cada vez
menores

Lei dos rendimentos


marginais decrescentes

19

Produção com um insumo variável

Produto Médio (PMe)

 O PMe é a produtividade média do fator


variável

 Dado pela razão entre a quantidade


produzida e a quantidade de fator variável
utilizada
𝐘 𝐐
𝐏𝐌𝐞 𝐨𝐮 𝐏𝐌𝐞
𝐗𝟏 𝐋

20

Produção com um insumo variável


𝐘
PMe máximo 𝐏𝐌𝐞
𝐗𝟏
Y

O PMe é dado pela


inclinação da reta
que sai da origem
até o ponto na
função de produção
Y

O PMe será máximo


quando essa linha
0 X1 X1 tangenciar a curva
de produção

21
Produção com um insumo variável
Y PMe máximo 𝐘
𝐏𝐌𝐞
𝐗𝟏

O PMe é dado pela


inclinação da reta
que sai da origem
X1
PMe
até o ponto na
função de produção

O PMe será máximo


quando essa linha
tangenciar a curva
PMe
de produção
X1

22

Produção com um insumo variável

Produto Marginal (PMg)

 O PMg mede a variação na produção


causada pelo acréscimo de uma unidade
adicional do fator variável

 O PMg é a derivada da função no ponto de


produção
𝐘 𝒅𝐘 𝐐 𝒅𝐐
𝐏𝐌𝐠 𝐨𝐮 𝐏𝐌𝐠
𝐗 𝟏 𝒅𝐗 𝟏 𝐋 𝒅𝐋

23

Produção com um insumo variável


PMg = 0 𝒅𝐘
𝐏𝐌𝐠
𝒅𝐗 𝟏
Y
PMg máximo O PMg é dado pela
inclinação da reta
tangente ao ponto de
produção

O PMg será máximo no


ponto de inflexão da
função de produção

0 X1 O PMg será zero no


ponto de produção
máxima

24
Produção com um insumo variável
Y PMg = 0
𝒅𝐘
𝐏𝐌𝐠
PMg máximo 𝒅𝐗 𝟏
O PMg é dado pela
inclinação da reta
tangente ao ponto de
X1
produção
PMg
O PMg será máximo no
ponto de inflexão da
PMg função de produção
O PMg será zero no
ponto de produção
máxima
X1

25

Produção com um insumo variável


Y Y máximo
PMe máximo

PMg máximo

X1
PMe
e
PMg

PMg PMe

X1

26

Produção com um insumo variável


Y Y máximo
PMe máximo

PMg máximo

X1
PMe
e
PMg

PMg PMe

X1

27
Produção com um insumo variável
Y
I II III

X1
PMe
e
PMg

PMg PMe

X1

28

Produção com um insumo variável


Y
I II III Estágio I:
- PMg > 0  Produção crescente
- PMg > PMe  PMe crescente

Limite I e II:
- PMg = PMe
- PMe máximo

X1 Estágio II:
PMe - PMg > 0  Produção crescente
e
PMg
- PMg < PMe  PMe decrescente

Limite II e III:
- PMg = 0  Produção máxima

Estágio III:
PMg PMe
- PMg < 0  Produção decrescente
X1
- PMe decrescente

29

Produção com um insumo variável


Y
I II III Estágio III é irracional, pois a adição
de insumo variável faz a produção
diminuir (PMg < 0)

Estágio I é irracional, pois tanto a


produção quanto a produtividade
estão crescendo, ou seja, não faz
sentido parar de adicionar o insumo
X1 variável
PMe
e
PMg
Estágio II é racional
Decisão racional fica entre a
máxima produtividade (Limite I e II)
e a máxima produção (Limite II e III)

PMe
Onde ficar na função
PMg
de produção?
X1

30
Produção com um insumo variável
Y Onde ficar na função
I II III
de produção?

A quantidade ótima de insumo


variável vai depender do preço
deste insumo (PX1), relativamente
aos preços dos outros insumos
fixos.
X1
PMe
e Se X1 for relativamente caro, então
PMg
é melhor utilizá-lo buscando sua
máxima produtividade (Limite I e II).

Se X1 for relativamente barato,


PMg PMe então é melhor utilizá-lo buscando a
máxima produção (Limite II e III)
X1

31

Produção com um insumo variável

A tomada de decisão para lucro máximo


Lucro = Receita Total – Custo Total
L = RT – CT

RT = Preço de venda x quantidade vendida


RT = PY Y

CT = Preço de compra x quantidade comprada


CT = PX1 X1

32

Produção com um insumo variável


L = PY Y – PX1 X1
Qual quantidade de X1 para obter lucro
máximo?
Lucro máximo Para maximizar o lucro:
L 𝑑L
0
𝑑X
𝑑 L
0
0
X1
𝑑X

33
Produção com um insumo variável
L = PY Y – PX1 X1
𝑑L 𝑑Y 𝑑X
P P 0
𝑑X 𝑑X 𝑑X
P PMg P 0
Preço pago pelo fator deve
P PMg P ser igual ao que ele traz de
retorno para a empresa

𝑑 L 𝑑PMg PMg deve ser


0⇒P 0
𝑑X 𝑑X decrescente

34

Produção com um insumo variável


Y
I II III 𝐏𝐘 𝐏𝐌𝐠 𝐗𝟏 𝐏𝐗𝟏

𝒅𝐏𝐌𝐠 𝐗𝟏
𝐏𝐘 𝟎
𝒅𝐗 𝟏

Se PX1 for alto, então o PMgX1


X1
também deve ser alto, ou seja, mais
PMe próximo do Limite I e II
e
PMg
Se PX1 for baixo, então o PMgX1
pode ser mais baixo, ou seja, mais
próximo do Limite II e III

PMg PMe

X1

35

Elasticidade da produção (EY)


 A elasticidade da produção mede a variação
percentual (%) na quantidade produzida de
uma mercadoria que decorre de uma % no
uso do fator variável, C.P.

 É dada por:
Y
%Y Y Y X
E
%X X X Y
X
36
Elasticidade da produção (EY)

 Pode-se calcular a elasticidade no ponto,


utilizando-se o conceito de derivada
PMg 1/PMe

%Y 𝑑Y X
E
%𝑋 𝑑X Y

%Y PMg
E
%X PMe
37

Produção com um insumo variável


Y %Y PMg
I II III E
%X PMe
Estágio I:
- PMg > PMe  EY > 1

Limite I e II:
- PMg = Pme  EY = 1
X1
PMe
e Estágio II:
PMg - PMg < PMe  0 < EY < 1

Limite II e III:
- PMg = 0  EY = 0

PMg PMe Estágio III:


- PMg < 0  EY < 0
X1

38

Produção com um insumo variável


Dada a função de produção:
5
Y X 21X 9,4X
6

Y 5
PMe X 21X 9,4
X 6

𝑑Y 15
PMg X 42X 9,4
𝑑X 6

39
Produção com um insumo variável
Qual valor de X que maximiza o PMg?

𝑑Y 15
PMg X 42X 9,4
𝑑X 6

𝑑PMg 30
X 42 0
𝑑X 6

X 8,4

Y 1066,8

40

Produção com um insumo variável


Y
I II III

1066,8

X1
PMe
e
PMg

PMg PMe

8,4 X1

41

Produção com um insumo variável


Qual valor de X que maximiza o PMe?

Y 5
PMe X 21X 9,4
X 6

𝑑PMe 10
X 21 0
𝑑X 6

X 12,6

Y 1785,4
42
Produção com um insumo variável
Y
I II III

1785,4

1066,8

X1
PMe
e
PMg

PMg PMe

8,4 12,6 X1

43

Produção com um insumo variável


Qual valor de X que maximiza a produção?

5
Y X 21X 9,4X
6

𝑑Y 15
X 42X 9,4 0
𝑑X 6

15
∆ 42 4 9,4 1858 → ∆ 43,1
6

44

Produção com um insumo variável


Qual valor de X que maximiza a produção?

15
X 42X 9,4 0
6

∆ 43,1

X 0,2 e X 17,02

Y 2134,6

45
Produção com um insumo variável
Y
I II III
2134,6
Lucro máximo vai
1785,4
ocorrer com uso de
X1 entre 12,6 e 17
1066,8
unidades

Vai depender dos


X1 preços de Y e de X1
PMe
e
PMg 𝐏𝐘 𝐏𝐌𝐠 𝐗𝟏 𝐏𝐗𝟏

𝐏𝐗𝟏
𝐏𝐌𝐠 𝐗𝟏
𝐏𝐘
PMg PMe

8,4 12,6 17 X1

46

Produção com um insumo variável


Lei dos rendimentos marginais decrescentes
Quando o uso de um insumo aumenta,
mantendo-se os demais insumos fixos, a partir
de dado momento, as quantidades adicionais
de produto obtidas tornam-se cada vez
menores

Isso ocorre devido a existência de um PMg


positivo, mas decrescente
Estágio racional é caracterizado por retornos
decrescentes
47

Efeito da Inovação Tecnológica


Y

A produtividade do fator
variável aumenta quando
ocorrem melhoramentos
tecnológicos.

Mesmo que ocorram


retornos decrescentes no
processo produtivo.

X1 X1

48
Produção com dois insumos variáveis

 Conhecido como modelo fator-fator

 Nesse modelo, a produção é obtida pela


combinação dos insumos variáveis

 Há possibilidade de substituir um insumo


pelo outro para atingir determinado nível de
produção

 Modelo de longo prazo

49

Produção com dois insumos variáveis


A função de produção seria:
Y f X ,X )

Quantidades utilizadas de
X1 e X2

Depende ou é função

Quantidade produzida

Y f X ,X ou Q f L, K
50

Produção com dois insumos variáveis

 Escolha da quantidade de insumos a utilizar


é similar ao modelo sobre comportamento
do consumidor
 Tecnologia de produção
 Restrições de custo
 Escolha de insumos

51
Produção com dois insumos variáveis

 Tecnologia da produção baseada em


isoquantas

 Isoquantas são curvas que representam


todas as possíveis combinações de insumos
que geram a mesma quantidade de produto

 Isso significa que várias combinações de


insumos podem produzir a mesma
quantidade de produto

52

Produção com dois insumos variáveis

Trabalho (X1)
1 2 3 4 5
1 20 40 55 65 75
Capital (X2)

2 40 60 75 85 90
3 55 75 90 100 105
4 65 85 100 110 115
5 75 90 105 115 120

53

Produção com dois insumos variáveis


Trabalho (X1)
K (X2) 1 2 3 4 5
1 20 40 55 65 75
5
Capital (X2)

2 40 60 75 85 90
3 55 75 90 100 105
4 4 65 85 100 110 115
5 75 90 105 115 120

2
Isoquanta
Q = 75
1

1 2 3 4 5 L (X1)

54
Produção com dois insumos variáveis
Trabalho (X1)
X2 (K) 1 2 3 4 5
1 20 40 55 65 75
5

Capital (X2)
2 40 60 75 85 90
3 55 75 90 100 105
4 4 65 85 100 110 115
5 75 90 105 115 120

2
Q3 = 90
Q2 = 75 Mapa de
1 isoquantas
Q1 = 55
1 2 3 4 5 X1 (L)

55

Produção com dois insumos variáveis


Trabalho (X1)
X2 (K) 1 2 3 4 5
1 20 40 55 65 75
5
Capital (X2)

2 40 60 75 85 90
3 55 75 90 100 105
4 4 65 85 100 110 115
5 75 90 105 115 120

3 Para uma mesma


quantidade de L, o
aumento de K aumenta
2 a produção
Q3 = 90
Q2 = 75 Para uma mesma
1
quantidade de K, o
Q1 = 55 aumento de L aumenta
1 2 3 4 5 X1 (L) a produção

56

Produção com dois insumos variáveis

 Para um mesmo nível de K, o produto


aumenta quando L aumenta

PMgL > 0
 Para um mesmo nível de L, o produto
aumenta quando K aumenta

PMgK > 0

57
Produção com dois insumos variáveis

Características das isoquantas

1. Têm inclinação negativa, pois os produtos


marginais dos dois fatores são positivos

Ao longo de uma isoquanta,


o aumento de L reduz a 𝒅𝐊
quantidade de K necessária 𝟎
para manter o mesmo nível
𝒅𝐋
de produção

58

Produção com dois insumos variáveis

2. São convexas em relação à origem, pois os


produtos marginais dos dois fatores são
decrescentes
O aumento no uso de um fator, C.P., faz com
que a produção aumente, porém em ritmos
decrescentes

Taxa de substituição de um fator pelo outro


não é constante

59

Produção com dois insumos variáveis

Taxa marginal de substituição técnica (TMST)


 A TMST mede a quantidade de um fator que
pode ser substituída pelo outro, mantendo o
mesmo nível de produção

 É a inclinação de uma isoquanta

K X
TMST TMST
L X

60
Produção com dois insumos variáveis
Para um mesmo nível de
X2 (K) produção, na medida que
acrescenta L, pode-se reduzir a
quantidade de K a ser substituída

 L   PMgL
Produtos marginais
são decrescentes
 K   PMgK

A TMST diminui com


o acréscimo de L

1 2 3 4 5 X1 (L)

61

Produção com dois insumos variáveis

X2 (K)
• Suponha um movimento na
isoquanta de A para B
A • O aumento no uso de
trabalho (L) irá aumentar a
produção
-K
• A redução no uso de capital
B (-K) irá diminuir a produção

L

X1 (L)

62

Produção com dois insumos variáveis

X2 (K)
• Aumento na produção
devido ao aumento no uso
A de L:
Y = L x PMgL

-K • Redução na produção


B devido à redução no uso
de K:
-Y = -K x PMgK
L

X1 (L)

63
Produção com dois insumos variáveis
Ao longo de uma mesma
X2 (K) isoquanta, a produção não varia,
ou seja:
A
L x PMgL = –K x PMgK

-K
K PMg
B
L PMg

𝐏𝐌𝐠 𝐋
L 𝐓𝐌𝐒𝐓
𝐏𝐌𝐠 𝐊
X1 (L)

64

Produção com dois insumos variáveis

 Para obter uma isoquanta a partir de uma


função de produção, basta atribuir um valor
constante para um determinado nível de
produção.
 Suponha a seguinte função de produção:
 Q = KL
 Para um nível de produção Q = 10
 10 = KL  K = 10/L

65

Produção com dois insumos variáveis


K = 10/L
X2 (K)
10 Trabalho (X1) Capital (X2) Produção
1 10 10
2 5 10
3 3,3 10
5 4 2,5 10
5 2 10

3,3
2,5
2 Q = 10

1 2 3 4 5 X1 (L)

66
Produção com dois insumos variáveis

Examinado em três etapas:


 Tecnologia de produção: como a
produção pode ser obtida pela
combinação de fatores
 Restrições de custo
 Escolha de insumos

67

Produção com dois insumos variáveis

 A restrição de custo impõe limites ao


empresário, tendo em vista os preços que
ele tem que pagar pelos insumos e a
quantidade de recursos que dispõe para
gastar.
 Uma isocusto mostra todas as combinações
de fatores (capital e trabalho) que podem ser
adquiridas por determinado custo total.

68

Produção com dois insumos variáveis

 Considere:
 CT = custo total
L = quantidade adquirida de trabalho
K = quantidade adquirida de capital
 PL = preço do trabalho (salário – w)
 PK = preço do capital (juros – r)

 Logo, (PL x L) é o custo do fator trabalho e


(PK x K) é o custo do capital.

69
Produção com dois insumos variáveis
 O custo total será:
 CT = PLL + PKK ou CT = wL + rK
 PKK = CT – PLL
 A linha de isocusto é dada por:
𝐂𝐓 𝐏𝐋
𝐊 𝐋
𝐏𝐊 𝐏𝐊

Intercepto Inclinação
70

Produção com dois insumos variáveis

X2 (K)
CT P
𝐂𝐓 K L
𝐏𝐊
P P

A relação de preços mede a


taxa imposta pelo mercado, isto
é, a taxa que o empresário
pode substituir um fator pelo
𝐏𝐋 outro, mantendo o mesmo CT
𝐏𝐊
𝐂𝐓 X1 (L)
𝐏𝐋

71

Produção com dois insumos variáveis


• O intercepto vertical (CT/PK) indica a
X2 (K)
quantidade máxima de K que pode ser
adquirida.
𝐂𝐓
𝐏𝐊 • O intercepto horizontal (CT/PL) indica a
quantidade máxima de L que pode ser
adquirida.

• A inclinação indica a taxa que pode


substituir um fator pela outro sem alterar
o custo de produção (CT)
𝐏𝐋
𝐏𝐊
𝐂𝐓 X1 (L)
𝐏𝐋

72
Produção com dois insumos variáveis

X2 (K) Modificações no CT
• Variações no CT deslocam
𝐂𝐓
paralelamente a isocusto.
𝐏𝐊
• Aumento no CT proporciona aumento
na capacidade de compra da empresa.
• Redução no CT diminui a capacidade
de compra da empresa.

𝐏𝐋
𝐏𝐊
𝐂𝐓 X1 (L)
𝐏𝐋

73

Produção com dois insumos variáveis

X2 (K) Modificações nos preços


• Variações nos preços alteram a
𝐂𝐓
inclinação da isocusto.
𝐏𝐊
• Redução de PL desloca o intercepto
horizontal para a direita.
• Aumento de PL desloca o intercepto
horizontal para a esquerda.

𝐏𝐋
𝐏𝐊
𝐂𝐓 X1 (L)
𝐏𝐋

74

Produção com dois insumos variáveis

Examinado em três etapas:


 Tecnologia de produção: como a
produção pode ser obtida pela
combinação de fatores
 Restrições de custo: impõe limites na
produção
 Escolha de insumos

75
Produção com dois insumos variáveis

 Empresário faz escolhas de forma racional,


ou seja, busca maximizar sua produção,
dada sua restrição de custos
 As quantidades ótimas de fatores deve
satisfazer duas condições:
1. Utilizar uma tecnologia de produção,
definida pelo mapa de isoquantas
2. Respeitar a quantidade de recursos que
dispõe para gastar, definida pela isocusto

76

Produção com dois insumos variáveis

 A inclinação da isoquanta é dada por:

∆K PMg
TMST
∆L PMg

 A inclinação da iscocusto é dada por:

P
Inclinação iscocusto
P

77

Produção com dois insumos variáveis


• Nos pontos B e C, a inclinação da
isoquanta é diferente da inclinação da
X2 (K)
isocusto:
∆K P
∆L P
B
• O empresário está na linha de isocusto,
mas não maximiza a produção

Q1

X1 (L)

78
Produção com dois insumos variáveis
• A produção Q3 não pode ser feita, dada
a restrição de custos
X2 (K)

Q3

X1 (L)

79

Produção com dois insumos variáveis


• No ponto A, a inclinação da isoquanta é
igual à inclinação da isocusto
X2 (K)
∆K P
∆L P
• O empresário está respeitando a
restrição de custos e está maximizando
a produção da empresa
A

Q2

X1 (L)

80

Produção com dois insumos variáveis

 No ponto de maximização de lucro, as


inclinações da isoquanta e da isocusto são
iguais:
∆K P
TMST
∆L P

 Porém, a TMST é dada por:


PMg
TMST
PMg

81
Produção com dois insumos variáveis

 No ponto de maximização de lucro:

PMg P PMg PMg


PMg P P P

 A maximização de lucro ocorre quando o


produto marginal por unidade monetária
gasta seja o mesmo para todos os fatores

Remunerar os fatores de acordo


com sua produtividade marginal

82

Produção com dois insumos variáveis


No pontos B, a inclinação da isoquanta é
maior que a inclinação da isocusto:
X2 (K)

PMg P PMg PMg


PMg P P P
B
Empresário deve aumentar o uso de L e
reduzir o uso de K

Q1

X1 (L)

83

Produção com dois insumos variáveis


No pontos C, a inclinação da isoquanta é
menor que a inclinação da isocusto:
X2 (K)

PMg P PMg PMg


PMg P P P

Empresário deve aumentar o uso de K e


reduzir o uso de L

Q1

X1 (L)

84
Produção com dois insumos variáveis
No ponto A, a inclinação da isoquanta é
igual à inclinação da isocusto
X2 (K)

PMg P PMg PMg


PMg P P P

Empresário está utilizando K e L em


quantidades ótimas, maximizando o lucro
A

U2

X1 (L)

85

Produção com dois insumos variáveis

 Resumindo, o ponto de lucro máximo ocorre


quando:
PMg PMg
P P

CT PL P K

86

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