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Julho 2023
Atos 6-16
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Julho
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Vida Viva na Palavra de Deus

Desfrutando a ‘vida de Jesus Cristo’
Vivamos a ‘vida em Jesus Cristo’.

Viva em Jesus
Presidente e Editor: Hyung Kee Ha
Diretor Geral: Park Tae-sung
Gerente de Edição: Joo Tae Kim
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Diretor Geral: Kim Joo-tae
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Tradução: Carlos Alves
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TcD é Vida Viva ® (ISSN 2150-5888)

É uma publicação mensal de The Hall of Tyrannus Mission dba Duranno
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Texto bíblico: Nova Versão Internacional
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Calendário

5
Como Fazer o TcD é Vida Viva
Julho 2023

07
6 
Caminhando com Deus por
pastor Youngsoo Lim
Identidade e chamado

Atos 6-16 9 
Pioneiros da Missão
A graça que transformou o
ressentimento em esperança

12 
O mentor da minha vida, de
Wayne Cordeiro
Quando se torna genuína

16 
I ntrodução Bíblica
Atos 6-16

22 
Contexto para meditação
O anjo de Pedro
Missão até os conf ins da terra

24 
D evocional diário
Atos 6-16
Reino de Deus hoje,
Viva em Jesus 146 Altar familiar

151 
M inha vida devocional
O tempo devocional que me
salvou e me transformou

152 
Estudo Bíblico Semanal

160 
Testemunho
A f idelidade de Deus
 6 8 Calendário
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DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB

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Notas:
 Como Fazer o TcD é Vida Viva

Resumo
O resumo do texto bíblico diário nos ajuda a entender à primeira vista todo o
Plano de Leitura conteúdo.

Bíblica Anual

Meditação
São meditações bíblicas e espirituais para
ajudar o leitor. Cada meditação oferece
“Perguntas para meditar” e “Perguntas de
aplicação”, as quais nos ajudam a meditar na
passagem bíblica, para podermos aplicá-las de
maneira prática.

Segunda-feira -
Aprendizado de TcD
Todas as segundas-feiras, em lugar de “Temas
Livres Para Reflexão”, apresentamos exemplos
de aplicações, com a meditação do dia.
Altar familiar
O “altar familiar” foi planejado para
ajudar a nutrir a próxima geração na fé.
Consiste em uma “oração de adoração-
palavra-compreendendo o texto-diálogo-
agradecimentos e oração ”. Oferece
perguntas e explicações adaptadas para
nível infantil.

1 Louvor e oração 2 Leitura 3 Meditar

Busque a presença de Escute a voz de Deus Converse com o Senhor
Deus com louvor por meio da leitura do através da meditação.
e oração. texto. Josué 1: 8; Salmos 1:2
Marcos 1:35; Lucas 5:16 Salmos 46: 10;
João 10: 3-5

4 Escrever 5 Aplicar 6 Interceder 7 Compartilhar

Escreva tudo o que Obedeça a voz do Interceda em oração Saia e compartilhe
o Senhor te mostrar Senhor colocando por você, por sua com outros o que
e ensinar durante a em prática o que foi igreja e por seu Deus te falou.
sua meditação. aprendido. país. Mateus 6: 6 Atos 20: 35
Apocalipse 1: 19 Salmos 119: 33,34;
Tiago 1: 22
 Caminhando com Deus, pelo pastor Youngsoo Lim

Identidade e
chamado
O meu amado falou e me disse: “Levante-se, minha querida, 
minha bela, e venha comigo” (Cântico dos Cânticos 2:10).

Youngsoo Lim foi pastor da Igreja Yongnak e da Igreja do Senhor; fundador da Comunidade de Moisés
e autor de livros como ‘Caminhando com Deus’ e ‘Vida com Deus’, entre outros.

I dentidade e vocação andam de mãos dadas. A identidade deve fluir

sobre o chamado; e o chamado, ancorando na identidade. Quando
você perde sua identidade ou vocação, corre o risco de afundar. No
fundo do navio existe um longo e largo pedaço de madeira que dá esta-
bilidade ao navio, que é a “quilha”. Todo navio precisa dele para não
perder o equilíbrio principalmente em meio à tempestade. Dessa forma,
aquele que não conhece sua identidade é como um navio sem quilha, e
ao menor movimento das ondas, afunda. Por outro lado, aquele que não
conhece o chamado de Deus para sua vida é como um navio sem vela.

Chamados a transmitir amor

Segundo a Bíblia, somos pecadores, mas pecadores ‘amados por Deus’.
Esta é a verdadeira identidade do cristão, a imagem que devemos ter de
nós mesmos à luz dos méritos de Jesus. O mais formoso de nossa vida
é sermos amados por Deus. Como filhos amados do Altíssimo, tenha-
mos em mente para o que fomos chamados e como nós devemos viver
de acordo com esse chamado.
Frequentemente, nós agimos com ousadia quando temos algo para
nos vangloriar. Mas, compreendendo que somos amados por Deus, nós
podemos tornar conhecidas nossa pobreza e escassez sem vergonha
alguma. E desfrutamos da liberdade, pois não dependemos do reco-
nhecimento dos homens, nem temos que implorar por sua aprovação.
Quem não conhece o amor de Deus sempre sente fome, porque tem
um vazio que nada pode preencher. É como um agulheiro negro que en-
gole tudo e não pode ser completado com nada. Muitos acreditam que
trabalhando mais, esforçando-se mais, resolvendo mais problemas, se-
rão mais felizes e terão mais paz. Mas todo esforço para encontrar re-
conhecimento é em vão e está longe de ser um verdadeiro descanso.
O ‘amor de Deus’ é o fundamento da nossa identidade; não é válido
apenas quando nós temos saúde e paz. Deus nos acompanha em to-
dos os momentos, e Seu amor por nós cresce nas dificuldades e adver-
sidades. Quem aceita o amor de Deus e caminha com Ele, não se deixa
6
 Existem coisas que nós devemos aprender em nossa vida;
como a identidade de ser uma pessoa amada por Deus,
e o chamado a difundir o amor de Deus.

abater pelos erros e faltas que possa cometer. Isso o leva a se humilhar
mais e a depender mais de Deus.
Um violinista que não conhece sua identidade, de ser um filho amado
de Deus, tentará mostrar seus talentos tocando perfeitamente. Ele não
permitirá o menor erro e se estressará com tudo. Não é assim aquele
que conhece sua identidade, de filho amado de Deus, que receberá seus
talentos como um dom de Deus. Usará seus talentos para tornar conhe-
cido o amor de Deus. Mesmo que você não saiba tocar um instrumen-
to perfeitamente, você louvará a Deus por Sua graça.
Deus não exige de nós um concerto perfeito. Se Ele chamou os músi-
cos é para anunciar o Seu amor. O músico sábio entende isso e define o
propósito de sua vida não em uma performance perfeita, mas em reve-
lar o amor de Deus. Deus não está interessado em quão impactante é o
trabalho que fazemos, mas se o fazemos por amor. Somos instrumen-
tos nas mãos de Deus. Ele é o músico; Ele nos molda para que possa-
mos produzir o melhor som.
7
 Deus não está interessado em quão impactante é o trabalho
que fazemos, mas se o fazemos por amor.

Escrito por Youngsoo Lim.

Fotograf ia: Equipe Duranno, Shutterstock.

8
 Pioneiros da missão

A graça que transformou o

ressentimento em esperança

Kanghyun kim - misionero enviados por Paul Mission

Eu deixei a Coréia vestindo um casaco grosso de inverno e aterrissei

na calorosa Libéria um dia depois. Nesse pais parece verão o ano todo,
mas Monróvia (a capital, onde eu moro) costuma ser ainda mais quen-
te e úmida. Além disso, a eletricidade fornecida pelo governo falha vá-
rias vezes ao dia, colocando em risco todos os alimentos que podem
estragar na geladeira. É por isso, que se deve carregar todos os disposi-
tivos elétricos quando a energia está normal no meio da noite. Quando
ela não volta e o calor fica insuportável, nos refrescamos com o venti-
lador portátil cuja bateria conseguimos carregar. No entanto, isso não
é nada comparado à falta de água. Onde eu moro, agora, nós usamos a
água que as pessoas bombeiam do poço, mas muitas vezes não há, ou
a mesma sai suja porque ela também tem outros usos, além de ser água
potável. Embora eu aguente não tomar banho, é muito difícil não po-
der usar o banheiro. Embora eu já tenha experimentado isso em via-
gens missionárias de curto prazo, o que está acontecendo aqui é outro
nível. Quando eu oro a Deus sentindo alguma raiva sobre esse treina-
mento tão cruel, Ele me lembra: “E este evangelho do Reino será prega-
do em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o
fim” (Mateus 24: 14). Assim, eu entendi que nós, que esperamos a volta
do Senhor, precisamos de paciência, ao invés de buscar conforto neste
mundo. Deus quer que eu pregue que só Jesus é o Caminho, a Verdade
e a Vida neste mundo, já que o homem sem Deus busca tanto a autos-
satisfação que a frase “YOLO” (You Only Live Once, em inglês) que sig-
nifica “Somente se vive uma vez”, ficou famosa). Acima de tudo me faz
pensar que Ele me enviou, um missionário relativamente jovem, para
a África Oriental onde há poucos missionários com suas famílias, pa-
ra a evangelização da próxima geração que cambaleia sem saber sua di-
reção, negando valores absolutos. Há dois anos eu cheguei a este lugar

9
e já experimentei como Deus me salvou de vários perigos. Além disso,
Ele me ensinou a sabedoria e a maneira de viver aqui, adaptando-me de
corpo e alma à vida dos liberianos. Assim, quando eu prego o evange-
lho da salvação, Deus se torna tudo para mim.

Temas de oração do missionário Kim Kang-hyun

1. Para que eu possa me esforçar em oração e estudo da Bíblia com a

vontade de Deus Pai em meu coração.

2. Para que nós possamos entender corretamente o modo de falar dos

liberianos, cujo inglês é diferente do inglês básico.

3. Para que, pelo bem do ministério, eu possa cuidar da minha saúde e

não contrair doenças endêmicas, como a malária.

4. Para que tratem com amor os irmãos de outras religiões, sejam eles
muçulmanos ou hindus, e possam pregar o evangelho com lealdade.

10
Informação do país
A República da Libéria, localizada
no leste do continente africano, faz
fronteira com Serra Leoa e Costa
do Marfim. A partir de 1822, a So-
ciedade Estadunidense de Coloni-
zação começou a enviar escravos
libertos para a Libéria, e eles de-
clararam independência em 1847.
O partido américo-liberiano, for-
mado por descendentes de escra-
vos afro-americanos libertos, se
dissolveu no golpe de 1980. Des-
de então, eles vivem em instabili-
dade política e uma guerra civil que
já dura mais de 20 anos. Demo-
graficamente, 95% são aborígines
da região, 2,5% são descendentes
de escravos libertos américo-li-
berianos e os 2,5% restantes são
estrangeiros.
ide a
l
nta
Oc aar
S
Mauritânia
Senegal
Guiné
Serra
Leoa
Monróvia
Libéria
Informação para orar
Segundo as estatísticas, mais de
80% da população é cristã. No en-
tanto, como esse número inclui o
catolicismo e outras religiões mis-
tas, apenas 10% são evangélicos.
Nos últimos anos, o Islã aumen-
tou 15% da população total, supe-
rando o número de cristãos. Isso é
atribuído a grupos muçulmanos na
região do norte da África, apoiados
por nações do Oriente Médio, ex-
pandindo seu poder na África sub-
saariana. As mulheres muçulmanas
devem sempre cobrir a cabeça com
um hijab, mas muitas vezes vejo al-
gumas usando burcas que cobrem
todo o corpo de uma forma mais
conservadora. Oremos para que o
Islã perca seu poder e o evangelho
puro se espalhe.
Mar Mediterrâneo
Marrocos
Argélia
Mali
Níger
Burkina
Faso
Benin
Costa do Gana
Marfim
Togo
Oceano
Atlântico
11
 O mentor de minha vida, por Wayne Cordeiro

torna
Quando se

genuína

12
 O processo da “verdadeira” transformação começa quando
nós passamos um tempo aos pés do Senhor todos os dias.
Q uando nos mudamos para
uma casa nova, fui comprar
uma escrivaninha na loja de mó-
veis. Meu desejo era ter uma mesa
de carvalho genuína com tampa
superior e acabei encontrando uma
que me chamou a atenção. Era uma
escrivaninha bonita que dava uma
certa nostalgia e parecia ter passa-
do de geração em geração, tendo
sido criada por um artesão há mui-
to tempo. Como ainda não tinha
dono, resolvi comprá-la. Senti or-
gulho desta relíquia marcada pela
história e imaginei que um dia os
meus netos a herdariam, que a va-
lorizariam dizendo: “Este móvel,
com mais de 100 anos, foi do meu
avô”. Eu estava tão feliz, até que
notei algo suspeito. Um dia, verifi-
cando a escrivaninha, descobri que
usaram carvalho genuíno apenas
para o exterior e que o interior era
feito de madeira laminada que imi-
tava o carvalho. Ou seja, em vez de
uma robusta escrivaninha de car-
valho, eu comprei uma que só pa-
recia ser uma. Certamente ninguém
deveria querer ter uma mesa de
madeira laminada como herança de
família. Na verdade, deveria ser
100% genuína para ser valorizada
por todas as gerações e que tives-
sem o desejo mantê-la. Só então
poderia ser um tesouro.
Transformação genuína
O mesmo se aplica à personalida-
de. Em geral, somos madeira lami-
nada ou carvalho genuíno. Em um
ambiente ideal, é difícil diferenciar
os dois porque são semelhantes e se
cometeria o erro de confundir ma-
deira laminada com carvalho, como
eu fiz. Mas a vida possui momen-
tos perigosos e difíceis que vão re-
velar qual realmente é de madeira
verdadeira e qual é uma mistura de
serragem e cola. Jesus ganhou até
o reconhecimento de seus inimigos
que o observavam e se pergunta-
vam surpresos: “Quem é esse que
ensina com tal autoridade e quem
lhe deu tal autoridade? ” Você sabe
de onde vem o poder e a autorida-
de de Jesus? Do fato de que a Sua
autoridade concorda e está em per-
feita harmonia com Suas palavras
e Suas ações. No princípio, Jesus
era a “Palavra” e também a “sabe-
doria” de Deus. Assim, Jesus, que
era a Palavra e a sabedoria, veio ao
mundo e nos ensinou a viver com
a Palavra e a sabedoria. O processo
da “verdadeira” transformação co-
meça quando nós passamos tempo
aos pés do Senhor, todos os dias.
Assim, a Palavra de Deus que rece-
bemos diariamente em nossos co-
rações, preenche nosso interior e
nos ensina a discernir tudo o que
é uma imitação entre pensamento
13
e ação. Da mesma forma, a Palavra
de Deus é como uma porção mági-
ca que transforma o falso em genuí-
no. Este processo de transformação
é meticuloso e ocorre lentamente à
medida que nos expomos à Palavra
de Deus. No entanto, se passarmos
tempo com o Senhor nos apegando
ativamente à Palavra, Ele fará com
que o carvalho genuíno ocupe mais
espaço do que o compensado, por-
que primeiro transforma a essência
do homem.
A força que derruba o muro
Todos os anos, a Maratona de Ho-
nolulu é realizada no Havaí, com
mais de 30.000 participantes. Ho-
mens, mulheres, jovens e idosos se
encontram ali com o mesmo ob-
jetivo de um atleta, correr 42,195
km. No dia do evento, todos apa-
rentam igualdade com seus tênis, a
roupa esportiva e o babador com
o número do participante. Alguns
participam para desafiar seus pró-
prios limites, enquanto outros o
fazem como se fosse um passeio.
Porém, ao chocar-se com o “mu-
ro”, fica evidente a diferença en-
tre um amador e um profissional.
Embora, este sólido “muro” se-
ja invisível, é impossível ignorá-lo
e começa a assombrá-los cerca de
30 km após o início da prova. De-
pois de percorrê-lo, a cada passo,
sentem como se alguém os estives-
se apunhalando com uma lâmina
quente na coxa; os sapatos pare-
cem estar em chamas e o cami-
nho parece ser feito de cacos de
vidro. Enquanto todos enfren-
tam esse tremendo muro, o grau
14
de exaustão depende de quão bem
preparados eles estão para a mara-
tona. Alguns atravessam esse muro
com facilidade, apesar da exaustão
e da dor; enquanto outros colidem
com ele e caem no chão. Onde está
a diferença? O problema é o mu-
ro? Não. Todo mundo se encontra
com esse muro, sejam maratonistas
profissionais ou iniciantes, mas é
o que está no coração do corredor
que define a força para enfrentá-lo
e derrubá-lo. Se eles tiverem uma
mistura (como madeira laminada),
cairão diante dele, incapazes de
atingir seu objetivo. Pelo contrário,
se forem como o carvalho genuí-
no, conseguirão atravessar, ir a reta
final e completar a maratona. As-
sim, se dia a dia aprendermos so-
bre a vontade de Deus, seguirmos
Seu caminho e aprendermos sobre
ele, começará uma mudança que
diminuirá o ego e expandirá o Se-
nhor. Esse é justamente o processo
de autenticação que acontece aos
poucos. Enquanto a madeira lami-
nada leva segundos para ser feita,
o carvalho leva anos para crescer
e valer o que vale. A transforma-
ção começa no fundo do coração,
ou seja, dentro de nós. O Senhor
forma os Seus filhos amados, re-
nova-os recarregando-os com no-
vas energias para que não desistam
facilmente. Portanto, Deus nos or-
dena: “Aquietai-vos e sabei que eu
sou Deus” (Salmos 46:10). Embo-
ra possamos sentir a presença do
Senhor no meio de uma multidão
barulhenta, podemos conhecê-Lo
ainda melhor se ficarmos em um
lugar tranquilo.
 ‘Ouça a voz de Deus todos os dias porque o
crescimento espiritual é lento e gradual.

Uma transformação gradual ele não queria recebê-lo e somen-

Ouça a voz de Deus todos os dias e
você achará mais fácil aceitar uma
transformação positiva. Além dis-
so, você verá como os pedaços de
madeira laminada começam a des-
cascar até revelar o carvalho que
estava escondido e pode se trans-
formar, da noite para o dia, em
um carvalho genuíno. No entan-
to, pensamentos e sentimentos não
mudam repentinamente porque o
crescimento é lento e gradual. Is-
so somente é possível tentando
por muito tempo seguir o conse-
lho de quem o fez primeiro. Não é
impossível, imediatamente, remo-
ver a madeira laminada e tornar-se
um carvalho maciço. Um exemplo
claro é o caso do general Naamã,
chefe do exército arameu que so-
fria de lepra, segundo o livro de
2 Reis. Um dia, ele foi informado
de que um profeta israelita chama-
do Eliseu orava pelos enfermos e
que Deus os curava. Apesar do fa-
to de os arameus não lidarem com
os israelitas, Naamã estava tão de-
sesperado que deixou de lado seu
orgulho e percorreu o longo ca-
minho para ver o profeta Eliseu.
Porém, ao chegar, descobriu que
te lhe disse para mergulhar sete
vezes no rio Jordão. Naamã ficou
furioso com tal humilhação, mas
seus servos lhe perguntaram: “Meu
pai, se o profeta lhe tivesse pedi-
do alguma coisa difícil, o senhor
não faria? Quanto mais quando ele
apenas lhe diz que se lave, e será
purificado! ” (2 Reis 5:13). Então
Naamã mudou de ideia e mergu-
lhou nas águas do rio Jordão. Ca-
da mergulho limpava alguma coisa.
Era o seu orgulho. Cada vez que
subia à superfície da água, deixava
um buraco em seu próprio orgu-
lho. Com a sétima imersão, Deus
terminou a Sua obra neste homem.
Seu orgulho e autoridade se dis-
solveram naquela água. Ele já es-
tava pronto para ser curado. Nós
devemos estar atentos aos ensina-
mentos que Deus nos dá para que
vivamos no presente. Ele sabe per-
feitamente bem o desafio que cada
um dos Seus filhos enfrenta. Além
disso, Ele nos espera com toda a
sabedoria para resolver a situação.
Portanto, tudo o que temos a fazer
é entrar na Bíblia e ouvir seus en-
sinamentos sagrados.

Este é um trecho do livro “The Divine Mentor” (Editorial Duranno, 2009) de Wayne Cordeiro, destacado
pastor e seminarista que se dedica à formação com tempo devocional e nos ajuda através de seu
trabalho a encontrar o mentor de nossa vida na Bíblia

15
 Introdução Bíblica

Atos, capítulos 6-16

Sun-wook Kim, professor do Novo Testamento na universidade bíblica de pós-graduação de Ezra.

O martírio de Estêvão (6:1-8:40)

À medida que o número de crentes aumenta, surgem alguns problemas
administrativos na comunidade da igreja primitiva. Como solução para
este problema, os apóstolos nomeiam sete homens cheios do Espírito
Santo e de sabedoria para servirem às mesas (6:1-6).
Quando Estevão prega o evangelho realizando prodígios e sinais, al-
guns judeus se levantam para se opor a ele e o acusam com falsos tes-
temunhos. Isso o aponta por ter blasfemado contra o templo e a lei
perante o conselho. Assim, Estêvão conta a história de Israel sob a pers-
pectiva da redenção (7:1-53). Deus estava com Abraão na Mesopotâ-
mia; com José, no Egito, e com Moisés, no deserto de Midiã. Deus não
habita apenas em templos feitos por mãos, mas em todo o mundo (oni-
presença de Deus). Isso vai contra o preconceito humano de adorar a
Deus no templo de Jerusalém, para começar a conceber um princípio
teológico mais amplo, o da missão mundial. Por meio de Jesus Cristo,
uma sombra do templo, agora é possível adorar a Deus em qualquer lu-
gar, a qualquer hora.
Os adversários apedrejam Estêvão até a morte e perseguem a igreja em
geral. O martírio de Estêvão e a perseguição dos judeus contra a igreja
causa a propagação do evangelho. Filipe prega o evangelho em Samaria
e muitos acreditam em Jesus. Pedro e João, enviados pela igreja de Jeru-
salém, impõem as mãos sobre os samaritanos e o Espírito Santo desce
sobre eles. Desta forma, a igreja de Samaria e a igreja de Jerusalém for-
mam um único corpo de Jesus no Espírito Santo (8:4-17).

Introdução bíblica de Atos

Síntese​

O nascimento da igreja e o ministério de Pedro. A expansão da igreja e o ministério de Paulo.

Primeira, segunda
O advento do Espírito Perseguição da igreja
Passagens

e terceira viagem Prisão de Paulo em Roma

bíblicas

Santo e a Igreja Primitiva e evangelização

missionária

1:1-6:7 6:8-12:25 13:1-21:16 21:17-28:31

Com a orientação do Espírito Santo, Paulo

principais

Com o advento do Espírito Santo a igreja nasce.

Temas

empreende três viagens missionárias.

Os discípulos pregam o evangelho com ousadia e
Prega o evangelho entre os gentios
com o poder do Espírito Santo. Apesar da perseguição
e estabeleça igrejas.
geográficos
Lugares

Judéia, Samaria, Síria, Chipre, Ásia Menor, Macedônia, etc.

16
A conversão de Saulo (9:1-31)
A fim de destruir a igreja, Saulo (Paulo) recebe cartas do sumo sacerdo-
te para capturar e levar os cristãos a Jerusalém. No caminho para Da-
masco, um brilho de luz do céu o envolve e Saulo ouve a voz de Jesus.
Jesus usa Ananias para restaurar a visão de Saulo, que havia sido cega-
do pela intensidade da luz, e lhe dá a missão de pregar o evangelho às
nações. O Senhor transforma o pecador mais vil para torná-lo partici-
pante da Sua poderosa obra.

Evangelização aos gentios (9:32-11:18)

Pedro deixa Jerusalém para visitar várias igrejas em várias cidades. Em
Lídia ele cura Enéias da paralisia e em Jope ele ressuscita Tabita dos
mortos, uma discípula do Senhor (9:32-43). O apóstolo realiza os mila-
gres que Jesus fez durante Seu ministério. Isso mostra que o poder e a
autoridade de Jesus foram derramados sobre Seus discípulos para con-
tinuar a obra do Mestre.
O encontro com o centurião Cornélio, um gentio incircunciso que te-
me a Deus, causa uma mudança revolucionária em Pedro (10:1-48). O
apóstolo tem uma visão, na qual é ordenado a comer animais conside-
rados impuros pela Lei. Ele é instruído a comer um animal estipulado
pela lei como impuro, e ele se recusa obstinadamente. Diante de sua re-
cusa persistente, ele ouve novamente a voz dizendo-lhe que o que Deus
limpou, não chame de comum. Quer dizer, que a distinção entre judeus
e gentios desapareceu, e que Deus faz de ambos um só povo. Pedro en-
tende que Deus não faz acepção de pessoas por causa de sua condição
física e prega o evangelho aos gentios da casa de Cornélio. Eles rece-
bem o Espírito Santo, falam em línguas e exaltam a Deus (10:46, 2:4,
11). Este seria o primeiro caso do derramamento do Espírito Santo so-
bre os gentios, conhecido como o “Segundo Advento do Espírito San-
to no Pentecostes”.

Situação da igreja em Antioquia e da igreja em Jerusalém (11:19-12:25)

Após a descida do Espírito Santo sobre os gentios, uma comunidade de
fé é estabelecida em Antioquia, composta por crentes judeus e gentios.
Pela obra do Espírito Santo, ambos os grupos se reúnem para adorar
a Deus. O crescimento da igreja em Antioquia revela a necessidade de
um ministro que possa servir aos santos. Então, Barnabé, enviado pela
igreja de Jerusalém, procura Saulo de Tarso. Ambos ensinam a Palavra
em Antioquia por um ano. Naqueles dias, os crentes e seguidores de Je-
sus são chamados de ‘cristãos’ pela primeira vez (11:25-26). Enquanto
isso, uma grande perseguição irrompe em Jerusalém por Herodes contra
a igreja, que procurava bajular os judeus. Tiago é o primeiro a sofrer o
martírio entre os apóstolos; e Pedro é preso. Herodes morre comido por
17
 Introdução Bíblica

vermes por causa de seu orgulho. Mas a Palavra do Senhor cresce e se

multiplica (12:20-25). A propagação do evangelho e o reavivamento da
igreja dependem da soberania de Deus, não de circunstâncias externas.

Primeira viagem missionária (13:1-14:28)

Sob a orientação do Espírito Santo, a igreja em Antioquia estabelece
Barnabé e Paulo como missionários para os gentios e ora por sua obra
missionária (13:1-3). A obra missionária não se realiza apenas com a
consagração pessoal do missionário, mas com a colaboração da igreja.
A maneira como Paulo evangeliza é a seguinte: primeiro ele vai a uma
sinagoga e prega o evangelho aos judeus. Ele fez isso com Barnabé na
Antioquia da Pisídia, mas os judeus os perseguem por inveja. Paulo de-
clara que porque os judeus rejeitaram o evangelho, o evangelho será pre-
gado entre os gentios (13:46; Romanos 1:16).
Quando Paulo cura um coxo de nascença em Listra, as multidões se
prostram para adorar Paulo e Barnabé como ‘deuses’. Ambos pregam
o evangelho e conduzem a multidão ao Deus vivo (14:8-18). Aqui Pau-
lo não cita o Antigo Testamento como em ocasiões anteriores, quando
pregou o evangelho aos judeus, visto que os ouvintes são gentios. Paulo
apresenta o evangelho de forma que eles possam entender como Deus
criou todas as coisas no universo e faz cair a chuva para dar crescimen-
to ao grão do campo. Quando nós pregamos o evangelho, devemos fo-
car em sua essência, mas adaptando seu foco de acordo com o público.
Por outro lado, os judeus persuadem a multidão; e depois de apedrejar
Paulo, eles o expulsam da cidade. Paulo entra novamente na cidade, le-
vanta muitos de seus discípulos, consolida a igreja e retorna a Antio-
quia para relatar as missões (14:19-28).

O primeiro concílio de Jerusalém (15:1-35)

Os judaizantes argumentam que os gentios devem ser circuncidados para
serem salvos. E uma pequena disputa é travada, já que Paulo e Barnabé
discordam dessa posição. A igreja em Jerusalém convoca um conselho
para decidir sobre o assunto. Pedro relata o advento do Espírito Santo
na família de Cornélio para afirmar que tanto judeus quanto gentios re-
ceberam o mesmo Espírito Santo e a salvação pela graça de Jesus. Tiago
(irmão de Jesus), que preside o conselho, conclui dizendo que os gen-
tios não precisam ser circuncidados após a conversão, mas que apenas
se abstenham de quatro coisas. Isso traz liberdade de comunhão entre
crentes gentios e judeus e abre amplamente as portas para o trabalho
missionário gentio.

18
A segunda viagem missionária (15:36-16:40)
Paulo se propõe a visitar as cidades onde pregou o evangelho junto com
Barnabé. Porém, discute com ele sobre Marcos, já que ele desertou no
meio da primeira viagem missionária. Finalmente, Barnabé leva Mar-
cos para Chipre, e Paulo viaja com Silas para a Síria e a Cilícia (15:36-
41). Nesta segunda viagem missionária, Paulo recebe a orientação do
Espírito Santo de forma clara e visível, para ir à Macedônia. Lá, uma
jovem com um espírito de adivinhação e o carcereiro romano são con-
vertidos (16:6-40).

Rotas da primeira e segunda viagem missionária

s
Macedônia

ipo Ponto
Fil
Neapolis Bitínia
Tes Apo Anfipolis Troa
s Mísia
Beréia ia
sa l
lôn ônia lác a
ica Ga óci
Asson
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Mitilene Ca
Antioquia o
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Pisídia Icô
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Corinto
Chio Éfe Lícia Listra
Atenas
Cencréia Mileto Atalia Perge Derbe Tarso Antioquia
Pampilia
Acaia Cilicia
Cos Guinido Patara
Mira cia
leu

Síria
Rodes Salamina
Se
Chipre
Pafos
Creta

Mar Mediterrâneo Sidon

Rotas missionárias de Paulo Tiro
Ptolemaida
Primeira viagem Segunda viagem
missionária missionária Cesareia

Jerusalém

19
 Contexto para a meditação

O anjo de Pedro
Park Young-ho, pastor presidente da igreja Cheil de Pohang e autor de
“Entendendo o Novo Testamento com claridade”.

Q uando Pedro estava na prisão, os fiéis se reuniam para orar por ele
na casa de Maria, mãe de João, apelidado de Marcos. Mais tarde,
ao ser solto, Pedro vai até lá e ao bater na porta, uma moça chamada
Rode reconhece sua voz e anuncia que ele está na porta. Ao que os fiéis
dizem que “ela está louca” e que deve ser “seu anjo”. Alguns estudiosos
da Palavra afirmam que ela viu um “fantasma”, como quando viram
Jesus andando sobre o mar e gritaram pensando que era um fantasma
(Marcos 6:49).
“Fantasma” e “anjo” vêm do grego “phántasma” e “ággelos”, respecti-
vamente. Jesus disse sobre as crianças: “Pois eu lhes digo que os anjos
deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai Celeste”. (Mateus
18:10). Disso, se infere que existe um “anjo da guarda” que protege cada
pessoa. Portanto, ao falar sobre os seres espirituais da Bíblia, nós deve-
mos ter extremo cuidado para não afirmar mais do que ela diz. A decla-
ração de Jesus não inclui o conceito de que os anjos seguem as crianças
da terra para protegê-los, nem há evidências suficientes para assumir
que um anjo é designado para cada criança. O que é importante é o fa-
to de que os anjos sempre contam a Deus sobre seus problemas e Ele
observa com grande interesse a vida das crianças.
Geralmente, quando pensamos em anjos, os imaginamos com asas. No
entanto, os anjos da Bíblia são mais parecidos com os homens e são en-
carregados de levar a Palavra de Deus. Por esta razão, “ággelos” também
costuma ser traduzido como “mensageiro” ou “enviado de Deus”. As-
sim, nós podemos ver que eles traduziram como “mensageiro” alguém
que anuncia a palavra de alguém (Marcos 1:2; Lucas 7:27). Portanto, se
levarmos em conta esse conceito bíblico, é bem provável que os fiéis
tenham dito “é o anjo dele” porque acreditavam que ele era um “men-
sageiro” enviado por Deus com notícias sobre Pedro. Também pode-se
pensar que o próprio Pedro enviou alguém com uma mensagem dele.
Em conclusão, nós podemos deduzir cuidadosamente que o “anjo” de
Pedro era um ser com uma mensagem, bem como uma pessoa. De qual-
quer forma, supor que ele era o anjo da guarda de Pedro, que sempre
esteve ao seu lado, é uma suposição que ultrapassa os limites da Bíblia.
20
 Contexto para a meditação

O porto de Cesareia (Atos cap. 12)

Missão até os
conf ins da terra
Moon-bum Lee, pastor presidente da igreja Lovenuri e autor de ‘A geograf ia histórica da Bíblia’.

C esareia era a capital administrativa da Judéia nos dias de Jesus, lo-

calizada a cerca de 61 quilômetros ao norte do aeroporto de Tel
Aviv-Jope. Jesus nasceu nos dias de Herodes, o Grande (Herodes I), o
governador da Judéia, que construiu um porto internacional por 12 anos
e o chamou de Cesareia em homenagem ao imperador romano.
No meio do anfiteatro de Cesareia, é possível imaginar a cena do ca-
pítulo 12 de Atos. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, está
sentado no palco. Seu vestido tem enfeites de prata, nos quais se refle-
tem os raios do sol. Sua aparência é deslumbrante e o povo aclama que
ele é um Deus. Herodes não glorifica a Deus; portanto expira comido
por vermes.
Saindo do anfiteatro em direção ao mar, encontra-se um palácio cons-
truído por Herodes, o Grande. Após sua morte, serviu como residência
do governador da Judéia. No caminho para o palácio, encontra-se a pe-
dra onde Pilatos mandou gravar os seus méritos após a construção do
edifício. E na praia, eles encontraram as fundações do palácio de He-
rodes, o Grande. Mosaicos coloridos e pinturas de época fornecem in-
dícios de como seria o palácio há 2.000 anos. Na recepção do palácio,
as palavras de Paulo, “Apelo para César” (Atos 25:11) estão gravadas.
Foi aqui que Paulo defendeu sua causa e pregou o evangelho diante de
Agripa II, bisneto de Herodes, o Grande (Atos cap. 26). Embora Hero-
des Agripa I, comido por vermes, e seu filho Agripa II tenham ouvido
falar de Jesus, nenhum deles se converteu.
Ao norte do palácio encontra-se o anfiteatro, a expressão máxima da
cultura romana. Perto daqui foi gravado o cenário da competição do
filme ‘Ben-Hur’. Passando o anfiteatro, encontramos uma imponente
fortaleza construída durante as Cruzadas. É um porto internacional de
onde é possível ir para todas as cidades do Império Romano. O edifício
mais alto do porto servia de templo de adoração ao imperador; e mais
tarde, funcionou como uma igreja cristã. Hoje, foi remodelado para ser
um centro de exposições para fornecer informações úteis sobre o co-
mércio marítimo. Do alto é possível ter uma visão panorâmica de toda
a cidade de Cesareia. Foi aqui que Pedro pregou o evangelho a Corné-
lio e o fogo do Espírito Santo desceu sobre os gentios.
21
 DOM

01 Resolução sábia
de conflitos
Atos 6:1-7

A Bíblia em um ano: 1  Naqueles dias, crescendo o número de dis-

Mr 11.1-14 / 1 Rs 1 / Os 4.11-5.3 cípulos, os judeus de fala grega entre eles
queixaram-se dos judeus de fala hebraica, por-
que suas viúvas estavam sendo esquecidas na
distribuição diária de alimento. 

2 Por isso os Doze reuniram todos os discípu-

los e disseram: “Não é certo negligenciarmos
o ministério da palavra de Deus, a fim de ser-
vir às mesas. 

3  Irmãos, escolham entre vocês sete homens

de bom testemunho, cheios do Espírito e de
sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa 

4  e nos dedicaremos à oração e ao ministério

da palavra”.
22
 Atos 6:1-7

Houve murmuração dos gregos contra os hebreus sobre a distribuição diária. Os

doze apóstolos escolhem sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo
e de sabedoria a quem confiam esta obra. Assim, podem persistir na oração e no
ministério da Palavra. Eles impõem as mãos sobre sete diáconos, incluindo Es-
têvão. A Palavra do Senhor cresce.
5 Tal proposta agradou a todos. Então escolhe-
ram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito
Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor,
Timom, Pármenas e Nicolau, um convertido
ao judaísmo, proveniente de Antioquia. 

6  Apresentaram esses homens aos apóstolos,

os quais oraram e lhes impuseram as mãos.

7  Assim, a palavra de Deus se espalhava.

Crescia rapidamente o número de discípulos
em Jerusalém; também um grande número de
sacerdotes obedecia à fé.
23
 Ajuda para meditação

Resposta dos apóstolos (6:1-4)

Na igreja primitiva surge um problema quando ela estava em pleno cresci-
mento. As viúvas judias dos gregos são negligenciadas na distribuição diária
e murmuram contra as viúvas hebreias. As primeiras são de origem judaica,
que depois de terem vivido na Grécia, regressaram ao seu país por motivos
diversos. E as viúvas judias são as que sempre viveram na Judéia. Havia dife-
renças de língua, cultura e ideologia entre os dois grupos, com alguns confli-
tos devido à competição entre elas. O crescimento abrupto da igreja, a falta
de servos e a exclusão das viúvas gregas na distribuição, causam um conflito.
Os apóstolos decidem escolher sete pessoas cheias do Espírito Santo e de
sabedoria. Não há igrejas sem problemas. O importante é a determinação e
a metodologia que nós adotamos para resolver tais conflitos.
Qual foi o motivo do conflito entre as viúvas gregas e judias? Qual é o conflito
na minha comunidade e como nós podemos resolvê-lo?

Escolha de sete obreiros (6:5-7)

Uma boa gestão de conflitos traz bons resultados. A igreja gostou da pro-
posta e escolheu sete pessoas cheias de fé e do Espírito Santo. A própria
congregação escolhe os diáconos, sem a intervenção dos apóstolos. A igreja
primitiva era uma comunidade democrática e independente. Os sete diá-
conos têm nomes em grego. Não podemos dizer com certeza que eram
todos judeus gregos, embora saibamos que Nicolás e Estêvão eram. Eles
teriam sido escolhidos para defender as viúvas judias de origem grega. A
igreja primitiva tinha em alta estima os mais fracos e necessitados. Tendo
diáconos para o serviço, os apóstolos podem se concentrar no ministério da
Palavra; assim, a Palavra do Senhor cresce, causando um grande avivamento
na igreja.
O que significa que os sete diáconos escolhidos têm um nome grego? Qual é
a posição designada a mim para a extensão do reino de Deus?

Uma carta para Deus

Deus, reflito sobre como eu tenho respondido às questões que surgiram em
minha comunidade. Ajuda-me a ser mais prudente e não participar das recla-
mações ou criticar os outros por sua fé. Estarei atento para que nenhum dos
meus irmãos tropece ao ver qualquer defeito em minha comunidade. Desejo
servi-Te com a sabedoria que vem do Espírito Santo.

24
 Temas Livres Para Reflexão

Apesar dos
problemas, tudo
ficará bem
A maioria dos problemas que surgem na igreja geralmente se
deve a mal-entendidos e falhas de comunicação, que surgem
dos diferentes pensamentos e experiências de cada fiel; por isso,
quando surgem problemas na igreja, que deve mostrar o reino de
Deus, muitas pessoas ficam assustadas e com medo. No entanto,
a igreja é o lugar onde os pecadores se reúnem. Portanto, não
se pode esperar que não haja disputas porque é uma comuni-
dade em que as diferenças são prováveis. Como nós podemos
esperar que não haja disputas na igreja, se eles também ocorrem
em nossa família, aquela que escolhemos e selecionamos com
tanto cuidado? Não formamos a comunidade da igreja porque
temos os mesmos pensamentos e sentimentos. Isso seria uma
comunidade ideológica. A igreja é um lugar que sabe que os seus
membros, amados por Jesus e dirigidos pela preciosa Palavra de
Deus, são ao mesmo tempo coroa de espinhos e alegria, também
isso implica saber negar-se e sacrificar-se pelos outros. Portanto,
nós devemos parar de nos perguntar por que estamos unidos
e lembrar que podemos ir até o fim com os outros membros,
prestando atenção ao que os outros nos dizem. Ao invés de cau-
sar mais discórdias por diferenças, devemos unir forças para ser
uma igreja mais abundante e formosa, incomparável a grupos
uniformes e repressores. Oremos para ser uma igreja com fiéis
que, apesar de diferentes, fazem de tudo para ser um; que não
culpam uns aos outros, que carregam sua carga juntos e resol-
vem problemas juntos com a ajuda do Espírito Santo.

Faça que a alegria seja maior, Hwa Jong-boo.

Aplicação Pessoal

25
 DOM

02 Paz em meio
à crise
Atos 6:8-15

A Bíblia em um ano: 8  Estêvão, homem cheio da graça e do poder

Mr 11.15-33 / 1 Rs 2 / Os 5.4-15 de Deus, realizava grandes maravilhas e sinais
entre o povo. 

9  Contudo, levantou-se oposição dos mem-

bros da chamada sinagoga dos Libertos, dos
judeus de Cirene e de Alexandria, bem como
das províncias da Cilícia e da Ásia. Esses ho-
mens começaram a discutir com Estêvão, 

10  mas não podiam resistir à sabedoria e ao

Espírito com que ele falava.

11  Então subornaram alguns homens para

dizerem: “Ouvimos Estêvão falar palavras
blasfemas contra Moisés e contra Deus”.
26
 Atos 6:8-15

Estêvão, cheio de graça e poder, realiza grandes prodígios e sinais. Alguns dos
libertos discutem com Estêvão, mas não resistem à sua sabedoria e o Espírito
com que fala. Então, eles subornam alguns para dar falso testemunho, dizendo
que Estêvão blasfemou contra o templo e a Lei. O rosto de Estêvão é como o de
um anjo.
12  Com isso agitaram o povo, os líderes re-
ligiosos e os mestres da lei. E, prendendo
Estêvão, levaram-no ao Sinédrio. 

13 Ali apresentaram falsas testemunhas que di-

ziam: “Este homem não pára de falar contra
este lugar santo e contra a Lei. 

14  Pois o ouvimos dizer que esse Jesus, o

Nazareno, destruirá este lugar e mudará os
costumes que Moisés nos deixou”.

15  Olhando para ele, todos os que estavam

sentados no Sinédrio viram que o seu rosto
parecia o rosto de um anjo.
27
 Ajuda para meditação

O ministério de Estêvão (6:8-10)

Os sete obreiros da igreja primitiva são cheios de sabedoria e do Espírito
Santo. Estêvão, cheio de graça e poder, faz grandes prodígios e sinais entre
o povo. Milagres são sinais presentes nos profetas. Quando o Espírito San-
to desce no Pentecostes, primeiro são ‘os apóstolos’ que realizam milagres
(5:12-16). Mais tarde, esse sinal é estendido a todos os crentes (obra uni-
versal de Deus). No entanto, a oposição se levanta contra o ministério de
Estêvão. Os chamados ‘libertos’ debatem-se contra o diácono. Eles eram
judeus - gregos que foram libertados de sua escravidão ou cativeiro. No
entanto, nenhum deles pôde silenciar Estêvão, que falou com a sabedoria
do Espírito Santo. Ninguém pode impedir a Palavra de vida anunciada com
graça e poder, acompanhada de grandes milagres e sinais.
Como os libertos reagem ao poderoso ministério de Estêvão? De onde vem a
força para enfrentar os adversários do evangelho?

Acusação contra Estêvão (6:11-15)

Os libertos subornam alguns para que acusem Estêvão com uma falsa acu-
sação de blasfêmia contra Deus. Eles incitam o povo, os anciãos e os es-
cribas para trazê-lo ao Conselho; é um tribunal de poder máximo dentro
da sociedade judaica, que deliberou sobre diferentes questões. Os libertos
enviam falsas testemunhas para testemunhar que Estêvão blasfemou con-
tra ‘o lugar santo (templo)’ e contra ‘a Lei’ (v. 13); isto é, contra ‘Moisés (a
Lei)’ e contra Deus (o templo)’ (v. 11). Mas o rosto de Estevão, diante dos
membros do Conselho, é semelhante ao rosto de um anjo. Embora esteja
em meio a uma crise, ele tem paz em seu coração. Tranquilidade e segurança
vêm do conhecimento de que Deus está com ele e seu ministério é susten-
tado pelo Espírito Santo.
Do que os libertos acusam Estêvão? Como eu faço para saber que o Espírito
Santo está comigo quando sirvo a Deus?

Uma carta para Deus

Deus, não importa em que posição eu esteja, ou quais sejam minhas circunstân-
cias, eu sempre quero ser um discípulo que pregue o evangelho. Encha-me com
o Espírito Santo hoje, para que minhas palavras e ações exponham a sabedoria
do alto. Livra-me da mentira e da submissão à injustiça; eu me esforçarei para
que o Teu nome seja glorificado entre os homens.

28
 Pregação de Domingo

Título:

Passagem:

Anotações

Intercessão pelas nações

Os 97% dos 250 milhões de paquistaneses são muçulmanos. É o sétimo país
que mais tem perseguido a igreja cristã. É uma nação com baixa renda e altas
taxas de pobreza, presa em um ciclo vicioso de educação precária e pobreza
extrema. Oremos juntos a Deus para que este povo ouça e entenda o evangelho
com o poder do Espírito Santo e seja salvo.

29
 SEG

03 Jesus Cristo, filho

de Abraão
Atos 7:1-16

A Bíblia em um ano: 1  Então o sumo sacerdote perguntou a

Mr 12.1-27 / 1 Rs 3 / Os 6.1-7.2 Estêvão: “São verdadeiras estas acusações?”

2  A isso ele respondeu: “Irmãos e pais, ou-

çam-me! O Deus glorioso apareceu a Abraão,
nosso pai, estando ele ainda na Mesopotâmia,
antes de morar em Harã, e lhe disse: 

3 ‘Saia da sua terra e do meio dos seus parentes

e vá para a terra que eu lhe mostrarei’.

4  “Então ele saiu da terra dos caldeus e se es-

tabeleceu em Harã. Depois da morte de seu
pai, Deus o trouxe a esta terra, onde vocês
agora vivem. 

5  Deus não lhe deu nenhuma herança aqui,

nem mesmo o espaço de um pé. Mas lhe
prometeu que ele e, depois dele, seus descen-
dentes, possuiriam a terra, embora, naquele
tempo, Abraão não tivesse filhos. 

6 Deus lhe falou desta forma: ‘Seus descenden-

tes serão peregrinos numa terra estrangeira, e
serão escravizados e maltratados por quatro-
centos anos. 

7  Mas eu castigarei a nação a quem servirão

como escravos, e depois sairão dali e me ado-
rarão neste lugar’. 

8 E deu a Abraão a aliança da circuncisão. Por

isso, Abraão gerou Isaque e o circuncidou oi-
to dias depois do seu nascimento. Mais tarde,
Isaque gerou Jacó, e este os doze patriarcas.
30
 Atos 7:1-16

O sumo sacerdote interroga Estêvão e ele responde dizendo que Deus prometeu
a Abraão a terra de Canaã e fez uma aliança com seus descendentes de que eles
deixariam uma terra estrangeira após servirem 400 anos como escravos. Deus
estava com José, um dos doze filhos de Jacó, para governar o Egito e assim livrar
Israel da tribulação.
9  “Os patriarcas, tendo inveja de José, vende-
ram-no como escravo para o Egito. Mas Deus
estava com ele 

10  e o libertou de todas as suas tribulações,

dando a José favor e sabedoria diante do fa-
raó, rei do Egito; este o tornou governador do
Egito e de todo o seu palácio.

11 “Depois houve fome em todo o Egito e em

Canaã, trazendo grande sofrimento, e os nos-
sos antepassados não encontravam alimento. 

12  Ouvindo que havia trigo no Egito, Jacó

enviou nossos antepassados em sua primei-
ra viagem. 

13  Na segunda viagem deles, José fez-se re-

conhecer por seus irmãos, e o faraó pôde
conhecer a família de José. 

14  Depois disso, José mandou buscar seu pai

Jacó e toda a sua família, que eram setenta e
cinco pessoas. 

15  Então Jacó desceu ao Egito, onde falece-

ram ele e os nossos antepassados. 

16  Seus corpos foram levados de volta a

Siquém e colocados no túmulo que Abraão
havia comprado ali dos filhos de Hamor, por
certa quantia.
31
 Ajuda para meditação

Da linhagem de Abraão (7:1-8)

Estêvão começa a pregar perante o Concílio. Em vez de defender sua ino-
cência, ele escolhe esta oportunidade para proclamar à multidão reunida
que ‘Jesus Cristo’ é de fato o Messias predito e profetizado no Antigo Tes-
tamento. Ele cita os personagens bíblicos mais importantes como Abraão,
José, Moisés, Josué, Davi e Salomão, além de tomar a figura do tabernáculo
e do templo para explicar o plano redentor de Deus (7,2-50). Ao iniciar sua
pregação, ele chama a multidão que ouve de ‘irmãos e pais’, incluindo os
membros do Conselho, para sinalizar que não guarda rancor contra eles.
Além disso, ele cita Abraão como ‘nosso pai’ (v. 2) para criar uma identidade
comum entre os judeus - hebreus e gregos. Estevão menciona Abraão por-
quê de sua linhagem Jesus Cristo veio ao mundo.
Por que Estêvão menciona Abraão como o pai de Israel? Eu posso ver Jesus
Cristo quando leio o Antigo Testamento?

José, um servo de Deus (7:9-16)

Depois de se referir a Abraão em seu sermão, o diácono Estêvão passa a
falar de José que, quando jovem, foi vendido como escravo em Canaã e de-
pois levado para o Egito. Mas, apesar disso, Deus esteve com ele em todos
os momentos, livrando-o de todas as tribulações; então, o leva ao faraó e o
levanta como governante do Egito. Deus está em Canaã, mas também no
Egito. Quando houve fome em Canaã, Jacó e sua família se mudaram para o
Egito. Assim, Deus preserva Israel por meio de José. José entende que um
dia Deus tirará o povo de Israel do Egito para levá-lo à terra prometida e
pede que seus filhos sejam sepultados em Siquém, em Canaã. Desta forma,
Deus preservou o povo de Israel, para realizar Seu plano de redenção para
a humanidade.
Como Deus preserva o povo de Israel no tempo de fome em Canaã? Qual é a
proteção e provisão que eu recebi de Deus?

Uma carta para Deus

Deus, quão maravilhosa é a Tua providência e fidelidade, pois certamente
cumpres a Tua promessa redimindo o Teu povo escolhido. Eu Te louvo todos
os dias porque estimas como preciosa minha vida e trabalhas através de mim.
Ajuda-me ver Tua fidelidade em cada uma de Tuas obras e a anunciar o evan-
gelho a todos que encontrar hoje.

32
 Temas Livres Para Reflexão

O ministério de
pregar somente
Jesus Cristo
Quando eu comecei a ministrar em um bairro de Seul chamado
Jong-ro, concentrei-me em como construir um bom relaciona-
mento em pouco tempo com os jovens. E, enquanto eu estava
feliz com o aumento de membros, como eu não estava orando,
eles logo começaram a deixar de participar, devido a diferentes
problemas. Então, estudando o evangelho de João, junto com
João Batista, eu me arrependi de ser pastor. Meu dever como
pastor era fazer as ovelhas “verem Jesus”. Para isso, como servo
de Jesus, tive que expor a boa pessoa que Ele é, o que fez por nós
e o que fará. João Batista pregou sobre o Salvador Jesus Cristo,
o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e aquele
que foi enviado por Deus para tirar o pecado do homem. No
entanto, eu havia me esforçado mais para promover o quão bom
eram nossas reuniões e quanta ajuda as pessoas da universidade
poderiam obter se fizessem parte de nosso grupo. O importante
não era quão bom era seu relacionamento comigo ou quantos
fiéis compareciam; o mais importante era aprofundar a relação
com Jesus através desses encontros e levá-los a desejar o céu. Na
atualidade eu vejo, como lição, o fracasso do ministério que des-
empenhei na minha juventude. Assim, posso ser grato mesmo
na velhice, onde minhas forças físicas e intelectuais são limitadas,
por poder continuar a pregar aos jovens, orar e permanecer em
comunhão com eles. A vida que prega apenas sobre Jesus Cristo
que nos salvou realmente vale a pena. Na verdade, eu me sinto
mal por não poder dar mais.

Por que me pareço a Jesus? Lee Seung-jang.

Aplicação Pessoal

33
 TER

04 A profecia de
Jesus Cristo
Atos 7:17-50

A Bíblia em um ano: 17  “Ao se aproximar o tempo em que Deus

Mr 12.28-44 / 1 Rs 4-5 / Os 7.3-16 cumpriria sua promessa a Abraão, aumen-
tou muito o número do nosso povo no
Egito.  18  Então outro rei, que nada sa-
bia a respeito de José, passou a governar o
Egito.  19  Ele agiu traiçoeiramente para com
o nosso povo e oprimiu os nossos antepas-
sados, obrigando-os a abandonar os seus
recém-nascidos, para que não sobrevivessem.
20  “Naquele tempo nasceu Moisés, que era
um menino extraordinário. Por três meses
ele foi criado na casa de seu pai.  21  Quando
foi abandonado, a filha do faraó o tomou e o
criou como seu próprio filho.  22  Moisés foi
educado em toda a sabedoria dos egípcios
e veio a ser poderoso em palavras e obras.
23  “Ao completar quarenta anos, Moisés de-
cidiu visitar seus irmãos israelitas. 24  Ao ver
um deles sendo maltratado por um egípcio,
saiu em defesa do oprimido e o vingou, matan-
do o egípcio. 25  Ele pensava que seus irmãos
compreenderiam que Deus o estava usando
para salvá-los, mas eles não o compreende-
ram.  26  No dia seguinte, Moisés dirigiu-se a
dois israelitas que estavam brigando, e tentou
reconciliá-los, dizendo: ‘Homens, vocês são
irmãos; por que ferem um ao outro?’27  “Mas
o homem que maltratava o outro empurrou
Moisés e disse: ‘Quem o nomeou líder e juiz
sobre nós? 28  Quer matar-me como matou o
egípcio ontem?’ 29 Ouvindo isso, Moisés fugiu
para Midiã, onde ficou morando como estran-
geiro e teve dois filhos.30  “Passados quarenta
anos, apareceu a Moisés um anjo nas labare-
das de uma sarça em chamas no deserto, perto
do monte Sinai. 31  Vendo aquilo, ficou atôni-
to. E, aproximando-se para observar, ouviu a
voz do Senhor:  32  ‘Eu sou o Deus dos seus
34
 Atos 7:17-50

O povo de Israel cresce e se multiplica, e o rei do Egito manda matar os filhos

varões nascidos das mulheres hebreias. Moisés é apanhado pela filha do faraó e
instruído na sabedoria dos egípcios. Um dia, Moisés mata um egípcio defenden-
do um hebreu e foge do Egito. Quarenta anos depois, Deus o chama e liberta
Israel do Egito. No entanto, o povo de Deus serve a ídolos.
antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’.
Moisés, tremendo de medo, não ousava olhar.33  “Então o Senhor lhe
disse: ‘Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é ter-
ra santa. 34  De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito.
Ouvi seus gemidos e desci para livrá-lo. Venha agora, e eu o enviarei de
volta ao Egito’. 35  “Este é o mesmo Moisés que tinham rejeitado com
estas palavras: ‘Quem o nomeou líder e juiz?’ Ele foi enviado pelo pró-
prio Deus para ser líder e libertador deles, por meio do anjo que lhe tinha
aparecido na sarça. 36  Ele os tirou de lá, fazendo maravilhas e sinais no
Egito, no mar Vermelho e no deserto durante quarenta anos. 37  “Este é
aquele Moisés que disse aos israelitas: ‘Deus lhes levantará dentre seus
irmãos um profeta como eu’. 38  Ele estava na congregação, no deserto,
com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados,
e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós. 39  “Mas nossos ante-
passados se recusaram a obedecer-lhe; ao contrário, rejeitaram-no, e em
seu coração voltaram para o Egito. 40  Disseram a Arão: ‘Faça para nós
deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés que nos tirou do Egito, não
sabemos o que lhe aconteceu!’ 41  Naquela ocasião fizeram um ídolo em
forma de bezerro. Trouxeram-lhe sacrifícios e fizeram uma celebração
em honra ao que suas mãos tinham feito. 42  Mas Deus afastou-se deles
e os entregou à adoração dos astros, conforme o que foi escrito no livro
dos profetas:” ‘Foi a mim que vocês apresentaram sacrifícios e ofertas du-
rante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel? 43  Ao invés disso,
levantaram o santuário de Moloque e a estrela do seu deus Renfã, ídolos
que vocês fizeram para adorar! Portanto, eu os enviarei para o exílio, para
além da Babilônia’. 44  “No deserto os nossos antepassados tinham o ta-
bernáculo da aliança, que fora feito segundo a ordem de Deus a Moisés,
de acordo com o modelo que ele tinha visto. 45 Tendo recebido o taber-
náculo, nossos antepassados o levaram, sob a liderança de Josué, quando
tomaram a terra das nações que Deus expulsou de diante deles. Esse ta-
bernáculo permaneceu nesta terra até a época de Davi, 46 que encontrou
graça diante de Deus e pediu que ele lhe permitisse providenciar uma ha-
bitação para o Deus de Jacó. 47  Mas foi Salomão quem lhe construiu a
casa. 48  “Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens.
Como diz o profeta: 49  “‘O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos
meus pés. Que espécie de casa vocês me edificarão? diz o Senhor, ou,
onde seria meu lugar de descanso? 50  Não foram as minhas mãos que fi-
zeram todas estas coisas?’
35
 Ajuda para meditação

O caminho que Moisés percorreu (7:17-43)

Estêvão continua a falar de Moisés, o libertador de Israel. É possível que ele
se referisse a ele longamente, para negar a acusação de ter blasfemado contra
Moisés (6:11). Certamente Moisés cumpriu o chamado de Deus libertando o
povo de Israel (vv. 34-36), e anunciou que Deus levantaria um profeta como
ele, para testemunhar que ‘Jesus Cristo’ virá (v. 37). A frase ‘a congregação
no deserto’ (v. 38) nos ensina a existência de uma comunidade de fé, o povo
de Deus, também no Antigo Testamento. Estêvão descreve a Lei como ‘pa-
lavras de vida’ (v. 38) e nega tê-la desobedecido. Por ‘exército do céu’ (v.
42) ele quer dizer ‘os deuses das estrelas’. Jesus, o Filho de Deus, entrou na
história da humanidade para salvar o povo que havia caído na idolatria.
Como Moisés anunciou a vinda de Jesus Cristo? Meditemos por que Jesus, o
Filho de Deus, teve que vir ao mundo como homem.

O tabernáculo da aliança (7:44-50)

Estêvão se refere ao ‘tabernáculo da aliança’ que foi construído como algo
ordenado por Deus nos dias de Moisés. Josué o apresenta a Canaã ao tomar
posse da terra que Deus lhes havia prometido e ali permanece até os dias
de Davi. Foi Salomão quem construiu ‘um tabernáculo’ para Deus. Estêvão
resiste a pensar com o paradigma e padrão dos preconceitos dos judeus e
aponta que Deus não habita ‘em templos feitos por mãos’ (v. 48). Como seus
pais serviram aos ídolos no deserto, os judeus idolatraram o templo. Nosso
Deus, que criou todas as coisas, não apenas habita no templo, mas habita em
todo o universo por meio de Sua onipotência (vv. 49-50; Is. 66:1-2).
O que significa que Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens?
Eu sei que Deus está em toda parte e tenho comunhão com Ele o tempo todo?

Uma carta para Deus

Deus, quanto mais aflições eu sofrer, mais me apegarei à Tua Palavra de
promessa e esperarei pelo Teu tempo. Eu confesso que o homem é dado à
idolatria se não permanecer na Palavra da verdade o tempo todo. Ajuda-me a
sempre reagir obedientemente à Tua providência, que é sempre majestosa e
surpreendente.

36
 Temas Livres Para Reflexão

Adoração em
Espírito e verdade
Enquanto Moisés sobe o Monte Sinai para receber os Dez Man-
damentos, o povo cria um bezerro de ouro. Isso não era apenas
a adoração de um item pessoal, mas sim uma espécie de auto
hipnose. Depois disso, o povo continuou a servir a Baal, Asera e
outros ídolos, e só conseguiu abrir os olhos e se libertar do auto
hipnose depois de sofrer no cativeiro. Porém, após a chegada
de Jesus, outro problema surgiu além da idolatria. Ao remover
o sentimento religioso da auto hipnose, surgiu o “pietismo mo-
ral”. Jesus lutou toda a sua vida contra os fariseus; em outras
palavras, Ele lutou contra aqueles que acreditavam que a religião
era para proteger a ética e a moralidade. Assim, Jesus nos ordena
a adorar em “espírito e verdade”. O mais importante na relação
entre pai e filho não é a formalidade; de fato, o culto não é uma
formalidade ou uma cerimônia legal, mas consiste em conhecer
o Pai e tratá-Lo como deve ser. Isso significa que o que define
se é adoração verdadeira ou não é o reconhecimento de Deus
como o Pai e se O estamos adorando em espírito e verdade, e
não a formalidade ou a forma como nos referimos a Ele. Ainda
temos que lutar contra o eu -hipnose e o pietismo moral que
continuarão até que venhamos a “adorar em espírito e verdade”.
Assim, o reconhecimento de que Deus é o Criador, nosso Pai
que enviou o Salvador Jesus, continuará até que tenhamos um
encontro pessoal com Ele por meio da Palavra.

Igreja, Park Young-seon.

Aplicação Pessoal

37
 QUA

05 O caminho
da cruz
Atos 7:51-8:1

A Bíblia em um ano: 51  “Povo rebelde, obstinado de coração e de

Mr 13.1-13 / 1 Rs 6 / Os 8 ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassa-
dos: sempre resistem ao Espírito Santo! 

52 Qual dos profetas os seus antepassados não

perseguiram? Eles mataram aqueles que pre-
diziam a vinda do Justo, de quem agora vocês
se tornaram traidores e assassinos —53 vocês,
que receberam a Lei por intermédio de anjos,
mas não lhe obedeceram”.

54 Ouvindo isso, ficaram furiosos e rangeram

os dentes contra ele. 

55  Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, le-

vantou os olhos para o céu e viu a glória de
Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus, 

56  e disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do

homem em pé, à direita de Deus”.
38
 Atos 7:51-8:1

Os judeus mataram os justos, assim como seus pais. Estêvão vê os céus abertos
e o Filho do homem à direita de Deus. As pessoas tapam os ouvidos e o apedre-
jam até a morte. Estêvão encomenda seu espírito e depois de pedir a Deus que
não leve em conta o pecado da multidão, ele dorme. Houve uma grande perse-
guição contra a igreja de Jerusalém; os santos são dispersos.
57 Mas eles taparam os ouvidos e, dando for-
tes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, 

58 arrastaram-no para fora da cidade e come-

çaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram
seus mantos aos pés de um jovem chamado
Saulo.

59 Enquanto apedrejavam Estêvão, este orava:

“Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. 

60  Então caiu de joelhos e bradou: “Senhor,

não os consideres culpados deste pecado”. E,
tendo dito isso, adormeceu.

1  E Saulo estava ali, consentindo na morte

de Estêvão. Naquela ocasião desencadeou-
-se grande perseguição contra a igreja em
Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram
dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria. 
39
 Ajuda para meditação

A repreensão de Estêvão (7:51-53)

Não é fácil expor pecados àqueles que são mais fortes e poderosos do que
nós. No entanto, Estêvão, corajosamente aponta os pecados dos judeus na
frente de todo o conselho. Depois de se referir à multidão como ‘nós’, agora
se distancia deles, com a palavra ‘vós’ (v. 51). Ele os repreende por serem
obstinados, incircuncisos de coração e ouvidos, sempre resistindo à voz e à
obra do Espírito Santo. Seus pais mataram aqueles que anunciaram a vinda
do Justo, o Messias; e eles entregaram e mataram Jesus Cristo. Embora se
gabem de ter recebido a Lei, certamente não guardam a Lei. Estêvão aponta
abertamente os pecados cometidos pelos judeus, apesar de arriscar a sua
própria vida.
Como Estevão apontou abertamente os pecados dos judeus? O que eu devo
fazer com convicção, coragem e ousadia para repreender os outros?

O martírio de Estevão (7:54-8:1)

Estevão terminou de pregar. Se ele tivesse continuado, a multidão o teria
impedido. Em vez de arrependimento, a multidão grita de ódio. Então Estê-
vão, cheio do Espírito Santo, vê a glória de Deus e de Jesus Cristo à direita
de Deus, e confessa isso diante de todos. Depois de ter pregado a respeito
de Jesus, de quem tinha ouvido falar, agora fala de Jesus a quem tinha visto.
A multidão grita, tapa os ouvidos e atira pedras em Estêvão. Estêvão pede
ao Senhor que perdoe os pecados de todos eles. Isso nos lembra de Jesus
(Lucas 23:34). Após o martírio de Estêvão, houve uma grande perseguição
contra os crentes e eles se dispersaram. Seguir o caminho da cruz do Senhor
implica pregar o evangelho com ousadia, perdoar e sofrer o martírio.
Qual foi o último grito de Estêvão antes de ser apedrejado até a morte? Qual é a
oração que eu elevo para aqueles que me odeiam e me perseguem sem causa?

Uma carta para Deus

Deus, eu examino minha vida à luz da repreensão de Estêvão e me pergunto
se fechei meu coração e meus ouvidos à voz do Espírito Santo. Toda vez que
a Tua Palavra revelar meus pecados, voltarei para Ti e permanecerei em Tua
presença. Fixarei meus olhos em Ti. Ajuda-me, Espírito Santo, a suportar com
alegria qualquer dificuldade.

40
 Temas Livres Para Reflexão

Uma vida que

obedece através
do amor
Uma vida espiritual é aquela que se dirige em direção às pro-
vações; é uma vida que certamente chega ao lugar de necessidade
onde se encontra o próximo, mesmo que às vezes não se queira.
Para Jesus, assim como para Pedro, aquele lugar era a cruz. Paulo
e todos os discípulos tiveram muitas dificuldades. No entanto,
tal vida não é uma forma de se torturar, maltratar ou abusar de
si mesmo, mas sim uma vida que permanece firmada no amor.
E se permanecermos nesse amor, podemos ir a lugares que não
queremos. O mais interessante aqui é que, se permanecermos
no amor, não sofreremos como sofrem os que estão alheios ao
amor. Se permanecermos no amor, nos concentraremos em
amar, em vez de ferir. Quando as pessoas veem pais com filhos
doentes, pensam que estão passando por um grande sofrimen-
to; mas os pais ganham forças para ficar com os filhos doentes,
mesmo em meio ao sofrimento, pelo amor que têm por eles.
Alguns podem dizer que o sacrifício e o perdão que praticamos
são impressionantes. No entanto, aqueles de nós que habitam no
amor de Deus podem responder: “Não é nada impressionante.
Eu apenas sigo Jesus. Nunca pensei que chegaria aqui. Tudo o
que fiz foi seguir a direção de amor do Senhor passo a passo”.
Assim é, seguimos o Senhor por amor e não por medo.

Caminhando com Jesus, Henri Nouwen.

Aplicação Pessoal

41
 QUI

06 Um novo campo
de evangelismo
Atos 8:2-13

A Bíblia em um ano: 2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão

Mr 13.14-37 / 1 Rs 7 / Os 9.1-16 e fizeram por ele grande lamentação. 

3  Saulo, por sua vez, devastava a igreja. Indo

de casa em casa, arrastava homens e mulheres
e os lançava na prisão.

4  Os que haviam sido dispersos pregavam a

palavra por onde quer que fossem. 

5  Indo Filipe para uma cidade de Samaria, ali

lhes anunciava o Cristo. 

6  Quando a multidão ouviu Filipe e viu os

sinais miraculosos que ele realizava, deu unâ-
nime atenção ao que ele dizia. 

7 Os espíritos imundos saíam de muitos, dan-

do gritos, e muitos paralíticos e mancos foram
curados. 

8 Assim, houve grande alegria naquela cidade.

42
 Atos 8:2-13

Após a morte de Estêvão, Saulo prende os crentes e os manda para a prisão para
devastar a igreja. Os santos que foram dispersos vão por toda parte anunciando
o evangelho. Filipe anuncia Cristo em Samaria, com sinais. Há grande alegria
naquela cidade pela libertação e cura de doenças. Simão, o mágico, acredita e é
batizado por Filipe.
9  Um homem chamado Simão vinha pra-
ticando feitiçaria durante algum tempo
naquela cidade, impressionando todo o po-
vo de Samaria. Ele se dizia muito importante, 

10 e todo o povo, do mais simples ao mais rico,

dava-lhe atenção e exclamava: “Este homem
é o poder divino conhecido como Grande
Poder”. 

11  Eles o seguiam, pois ele os havia iludido

com sua mágica durante muito tempo. 

12  No entanto, quando Filipe lhes pregou as

boas novas do Reino de Deus e do nome de
Jesus Cristo, creram nele, e foram batizados,
tanto homens como mulheres. 

13 O próprio Simão também creu e foi batiza-

do, e seguia Filipe por toda parte, observando
maravilhado os grandes sinais e milagres que
eram realizados.
43
 Ajuda para meditação

Filipe prega em Samaria (8:2-8)

Perseguição e dispersão são novas oportunidades para evangelizar. Saulo
(Paulo), que aprovou a morte de Estêvão, decide destruir a igreja. Os crentes
em Jerusalém se espalham pela Judéia e Samaria. A dispersão dos crentes
resulta na expansão do reino de Deus; eles vão para toda a Judéia, Samaria e
até os confins da terra, como diz Atos 1:8. Filipe desce à cidade de Samaria
para pregar o evangelho. Os judeus não se davam bem com os samaritanos.
No entanto, Filipe prega o evangelho na cidade de Samaria, expulsando os
espíritos imundos e curando muitos. Isso traz muita alegria para a cidade.
Onde o evangelho é pregado, o reino de paz e alegria de Deus é estabelecido.
Quando os crentes são dispersos pela perseguição, onde Filipe foi pregar o
evangelho? Onde eu devo ir com o evangelho?

Simão, o mágico (8:9-13)

Na cidade de Samaria, estava Simão, um mágico que enganava as pessoas.
Esta história se passa entre a pregação de Filipe na cidade de Samaria (vv.
5-8) e o ensino bíblico a um eunuco etíope (8:26-40). Assim, Lucas contrasta
a verdadeira fé com a falsa fé. Filipe pregou o evangelho pelo poder do Es-
pírito Santo, mas Simão entendeu mal o poder que vem de Deus. Enquanto
os samaritanos e o etíope ouviram as boas novas da salvação e tiveram fé,
Simão é avisado de que será destruído por buscar milagres (8:14-23). Simão
ficou cativado ao observar Filipe realizar sinais e maravilhas. Não é bom
seguir apenas os milagres externos e visíveis; a fé pode levar a milagres, mas
nem todos os sinais são precedidos pela fé.
O que procurava Simão, o mágico, de Filipe? Como eu posso explicar a relação
entre fé e milagres?

Uma carta para Deus

Deus, Tu podes transformar as provações da minha vida e as dificuldades da
minha comunidade em oportunidades para compartilhar o evangelho. Não
permitas que a fama ou milagres visíveis sejam parâmetros de sucesso para
mim, mas sim que eu possa permanecer firme em Tua Palavra. Encha-me com
o poder do Espírito Santo para manifestar o evangelho.

44
 Temas Livres Para Reflexão

Incerteza quanto
ao futuro
Ao longo da vida nós passamos por dores impossíveis de en-
tender. Não podemos entender por que isso acontece conosco,
porque não podemos entender totalmente o propósito de Deus.
No entanto, Deus não permite nada sem uma razão. Tudo o que
nos acontece faz parte do Seu processo para alcançar o Seu ob-
jetivo. Deus faz obras incríveis de uma forma que nunca vimos.
Portanto, nós devemos acreditar em Sua obra, mesmo que não
possamos entendê-la. Alguns afirmam que em suas vidas não
há nenhuma obra incrível de Deus. Isso ocorre porque eles se-
guem apenas caminhos que lhes são familiares. Mas nossa alma
desperta quando Deus nos guia por caminhos que não vemos
nem conhecemos. Então começamos a buscar Sua orientação
em meio à inquietação, desejando e seguindo a Palavra que Ele
nos dá. Ter um caminho desconhecido pela frente significa que
Deus está nos dando uma nova ordem, diferente daquela que
vinha nos guiando. Portanto, quando você se deparar com um
novo caminho, lembre-se de que é um novo mandamento de
Deus e seja paciente. Deus vai à nossa frente e rapidamente nos
dá as instruções necessárias para cada passo. O futuro incerto
que temos pela frente é uma oportunidade para escutar as novas
e extraordinárias ordens que o Pai nos dá.

Dando direção a uma era sem rumo, Lee Jae-hoon.

Aplicação Pessoal

45
 SEX

07 O dom do
Espírito Santo
Atos 8:14-25

A Bíblia em um ano: 14  Os apóstolos em Jerusalém, ouvindo que

Mr 14.1-31 / 1 Rs 8 / Os 9.17-10.15 Samaria havia aceitado a palavra de Deus, en-
viaram para lá Pedro e João. 

15  Estes, ao chegarem, oraram para que eles

recebessem o Espírito Santo, 

16  pois o Espírito ainda não havia descido

sobre nenhum deles; tinham apenas sido ba-
tizados em nome do Senhor Jesus. 

17  Então Pedro e João lhes impuseram as

mãos, e eles receberam o Espírito Santo.

18  Vendo Simão que o Espírito era dado com

a imposição das mãos dos apóstolos, ofere-
ceu-lhes dinheiro 

19 e disse: “Deem-me também este poder, pa-

ra que a pessoa sobre quem eu puser as mãos
receba o Espírito Santo”.
46
 Atos 8:14-25

Pedro e João descem a Samaria e oram pelos que foram batizados ‘em nome de
Jesus’ e eles receberam o Espírito Santo. Vendo isso, Simão lhes oferece dinheiro
para comprar seu poder. Pedro o repreende por sua maldade. Pedro e João anun-
ciam o evangelho em muitas cidades dos samaritanos, de volta a Jerusalém.

20  Pedro respondeu: “Pereça com você o seu

dinheiro! Você pensa que pode comprar o
dom de Deus com dinheiro? 

21 Você não tem parte nem direito algum nes-

te ministério, porque o seu coração não é reto
diante de Deus.

22  Arrependa-se dessa maldade e ore ao

Senhor. Talvez ele lhe perdoe tal pensamento
do seu coração, 

23  pois vejo que você está cheio de amargura

e preso pelo pecado”.

24  Simão, porém, respondeu: “Orem vocês

ao Senhor por mim, para que não me aconte-
ça nada do que vocês disseram”.

25  Tendo testemunhado e proclamado a pa-

lavra do Senhor, Pedro e João voltaram a
Jerusalém, pregando o evangelho em muitos
povoados samaritanos.
47
 Ajuda para meditação

O advento do Espírito Santo (8:14-17)

O evangelho e o Espírito Santo andam de mãos dadas. Os apóstolos em
Jerusalém enviaram Pedro e João a Samaria para afirmar a fé e a salvação
dos crentes daquela cidade, e também para ensiná-los sobre a fé. O Espírito
Santo ainda não havia descido sobre nenhum dos samaritanos, então eles só
foram batizados na água por meio de Filipe. Quando Pedro e João impõem
as mãos, eles também recebem o Espírito Santo. O advento do Espírito
Santo em Jerusalém no dia de Pentecostes e em Samaria depois do martírio
de Estêvão são acontecimentos idênticos, com diferença de tempo. A vinda
do Espírito Santo é uma promessa dada a todas as nações. Onde quer que
o evangelho seja pregado, o Espírito Santo descerá como em Samaria. Não
apenas judeus são salvos, mas também samaritanos e gentios.
O que significa que o Espírito Santo desceu sobre Samaria? A quem eu posso
ensinar sobre a pessoa do Espírito Santo?

A confusão de Simão, o mágico (8:18-25)

Finalmente, Simão, o mágico, revela sua verdadeira natureza. Simão oferece
dinheiro aos apóstolos para comprar o poder deles. Ele identifica o Espíri-
to Santo apenas como um poder sobrenatural, e não como uma pessoa da
Trindade de Deus. Como se isso não bastasse, Simão pensa que o poder
do Espírito Santo pode ser comprado e vendido com dinheiro. Seu desejo
seria ganhar mais dinheiro fazendo milagres pelo poder do Espírito Santo.
Pedro repreende severamente Simão e o exorta a se arrepender. Simão fica
assustado e pede que orem por ele, para que nenhuma das palavras de re-
preensão se concretize. Se nos concentrarmos apenas em ‘milagres’ visíveis,
como Simão, não seremos capazes de ter uma fé genuína. Acolhamos, pois,
a ‘Palavra’ do evangelho com fé e com um coração obediente.
Por que Pedro repreendeu severamente Simão, o mágico? Como Deus verá
aquele que calcula os dons e a graça de Deus em dinheiro?

Uma carta para Deus

Deus, perdoa-me se alguma vez usei o ministério ou o Teu santo nome para
ganho pessoal. Examino meu coração para ver se alguma vez me exaltei acima
de Ti. Prostro-me buscando a Tua face, Senhor. Grava a Tua Palavra em meu
coração com o poder do Espírito Santo; eu só quero exaltar o Teu nome, oh
meu Deus.

48
 Temas Livres Para Reflexão

Alerta sobre as
imitações do
evangelho
Imitação é o que alguém sem dinheiro procura quando quer
comprar um produto de marca. Imitações só existem para co-
piar marcas de luxo. Por que você acha que existem tantas seitas
e pseudo-religiões baseadas no cristianismo? Porque o cristianis-
mo é uma “marca de luxo” e no evangelho, que é o cerne da fé
cristã, também existem imitações que consistem em se esforçar
para comover aos seus deuses e receber algo em troca em res-
posta a essa conquista. Os seguidores dessas pseudo-religiões
acham que, por servirem, fazendo boas ações, seus deuses deve-
riam recompensá-los. O problema é que tem gente que leva uma
vida de fé assim, apesar de crer em Jesus. É o caso daqueles que
se esforçam para se dar bem com Deus porque acreditam que,
se errarem, Ele ficará furioso e os castigará. No entanto, isso não
é muito diferente de servir a outros deuses, pois substituímos o
nome deles pelo de Deus. A essência do evangelho é acreditar
que nada fizemos no processo de passagem da morte para a vida
e que a salvação foi dada somente pela graça de Deus e pela cruz
de Jesus Cristo. Essa emoção é o que nos dá o desejo de viver se-
gundo a vontade de Deus e nasce da alegria do evangelho, ao in-
vés da responsabilidade ou dever. Assim, esse anelo é o que nos
permite viver com alegria pregando Jesus, que nos deu a vida.

A base do evangelho, Lee Kyu-hyun.

Aplicação Pessoal

49
 SÁB

08 Uma alma
que espera
Atos 8:26-40

A Bíblia em um ano: 26  Um anjo do Senhor disse a Filipe: “Vá pa-

Mr 14.32-72 / 1 Rs 9 / Os 11.1-11 ra o sul, para a estrada deserta que desce de
Jerusalém a Gaza”. 

27  Ele se levantou e partiu. No caminho

encontrou um eunuco etíope, um oficial im-
portante, encarregado de todos os tesouros de
Candace, rainha dos etíopes. Esse homem vie-
ra a Jerusalém para adorar a Deus e, 

28  de volta para casa, sentado em sua carrua-

gem, lia o livro do profeta Isaías. 

29  E o Espírito disse a Filipe: “Aproxime-se

dessa carruagem e acompanhe-a”.

30  Então Filipe correu para a carruagem,

ouviu o homem lendo o profeta Isaías e lhe
perguntou: “O senhor entende o que está
lendo?”

31  Ele respondeu: “Como posso entender se

alguém não me explicar?” Assim, convidou
Filipe para subir e sentar-se ao seu lado.

32  O eunuco estava lendo esta passagem da

Escritura: “Ele foi levado como ovelha para o
matadouro, e como cordeiro mudo diante do
tosquiador, ele não abriu a sua boca.

33  Em sua humilhação foi privado de justiça.

Quem pode falar dos seus descendentes? Pois
a sua vida foi tirada da terra”.
50
 Atos 8:26-40

Felipe desce a Gaza, como um anjo do Senhor lhe indicou, pelo caminho do
deserto. Lá ele conhece um eunuco etíope, o tesoureiro da rainha. Ele estava
lendo uma passagem de Isaías, mas, sem entendê-la. Filipe usa essa passagem para
lhe anunciar o evangelho. Depois de batizar o eunuco, o Espírito do Senhor leva
Filipe embora.
34  O eunuco perguntou a Filipe: “Diga-me,
por favor: de quem o profeta está falando? De
si próprio ou de outro?” 

35 Então Filipe, começando com aquela passa-

gem da Escritura, anunciou-lhe as boas novas
de Jesus.

36  Prosseguindo pela estrada, chegaram a

um lugar onde havia água. O eunuco disse:
“Olhe, aqui há água. Que me impede de ser
batizado?” 

37  Disse Filipe: “Você pode, se crê de todo o

coração”. O eunuco respondeu: “Creio que
Jesus Cristo é o Filho de Deus”. 

38 Assim, deu ordem para parar a carruagem.

Então Filipe e o eunuco desceram à água, e
Filipe o batizou. 

39  Quando saíram da água, o Espírito do

Senhor arrebatou Filipe repentinamente. O
eunuco não o viu mais e, cheio de alegria, se-
guiu o seu caminho. 

40  Filipe, porém, apareceu em Azoto e, indo

para Cesaréia, pregava o evangelho em todas
as cidades pelas quais passava.
51
 Ajuda para meditação

Filipe e o eunuco etíope (8:26-31)

Filipe é um evangelista que ouve e obedece à voz do Espírito Santo. Filipe
obedece às instruções do anjo e segue para Gaza, que fica na costa mediter-
rânea a oeste de Jerusalém, a caminho do deserto que leva ao Egito. Estando
ali, Felipe conhece um eunuco etíope, alto funcionário que administra as
finanças do país. A Etiópia era o reino núbio ao sul do Egito, no atual norte
do Sudão. Nos tempos do Antigo Testamento, era chamado de Cus. ‘Can-
dace’ não é um nome humano, mas o nome oficial da rainha na Etiópia. Ao
se aproximar, Filipe vê que o eunuco lia o livro de Isaías, do Antigo Testa-
mento, mas não conseguia entender seu significado. Porém, ele está pronto
para receber o evangelho, e Filipe, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, o
conduz ao Senhor.
Por que o Espírito Santo trouxe Filipe ao eunuco etíope? Quem é o Bom Mestre
que a Bíblia me ensina?

O etíope é batizado (8:32-40)

Isaías 53 é uma profecia sobre Jesus. O eunuco estava lendo a passagem
sobre o ‘servo sofredor’, que é levado à morte como um cordeiro ao ma-
tadouro (Is. 53:7-8). O eunuco não entende quem poderia ser. Então, Feli-
pe começa a explicar, usando aquele texto e anuncia o evangelho de Jesus
Cristo. Encontrando água, o eunuco é batizado por Filipe. O batismo é
uma cerimônia que confirma a fé em Jesus e o perdão dos pecados. Então
o Espírito do Senhor guia Filipe, e o eunuco, que foi batizado e se tornou
um cristão reto, segue seu caminho com alegria. O evangelho de Cristo será
pregado na Etiópia por meio do eunuco que entendeu o evangelho. Graças
a um evangelista cheio do Espírito, uma alma e uma nação se voltam para
o Senhor.
Quem Filipe anunciou ao interpretar a passagem bíblica? A quem eu devo
prestar mais interesse para atender às suas necessidades espirituais?

Uma carta para Deus

Deus, eu quero ser como o eunuco etíope, que leu a Tua Palavra com fome de
saber mais sobre Ti e estava disposto a aprender e obedecer-Te. Eu também
tomo a decisão de inclinar meus ouvidos à Tua voz e viver de acordo com os
Teus mandamentos. Ajuda-me a continuar crescendo e a viver de acordo com
os Teus ensinamentos.

52
 Temas Livres Para Reflexão

Deus trabalha
“ainda melhor”
Uma das maneiras especiais que Deus tem para trabalhar é a
“exceção” e a “surpresa”. Além do fato de que a Bíblia está re-
pleta de “obras com finais inesperados”, isso acontecia com fre-
quência na igreja primitiva que pregava ativamente o evangelho.
Assim, o apóstolo Paulo afirmou: “Quero que saibam, irmãos,
que aquilo que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o
progresso do evangelho”. (Filipenses 1:12). Podemos dizer que a
frase “ao contrário” nesta frase expressa o significado principal.
“Ao contrário” é usado quando descobrimos que o que pensáva-
mos ser ruim acaba sendo bom. Desta forma, a vida do fiel tem
muitos casos em que a expressão “antes” pode ser usada, pois o
que para nós é um aparente desvio, para Deus é uma linha reta.
E, embora nos pareça que estamos andando em círculos, Deus
está nos conduzindo por um atalho porque Ele trabalha o tempo
todo. Podemos estar errados, mas Deus nunca. Por mais com-
plicadas que sejam as circunstâncias e pareça que nada podemos
fazer, Deus continua trabalhando através de nós e Sua obra re-
vela de forma impressionante o “bastante bom”, a “surpresa” e
o “final inesperado”. Portanto, confie em Deus, que revela Seu
grande plano em todas as situações que enfrentamos e temos
que viver.

A música que cantamos no escuro, Choi Byung-rak.

Aplicação Pessoal

53
 DOM

09 Encontrando um
perseguidor
Atos 9:1-9

A Bíblia em um ano: 1  Enquanto isso, Saulo ainda respirava amea-

Mr 15.1-20 / 1 Rs 10 / Os 11.12-12.14 ças de morte contra os discípulos do Senhor.
Dirigindo-se ao sumo sacerdote, 

2  pediu-lhe cartas para as sinag ogas de

Damasco, de maneira que, caso encontras-
se ali homens ou mulheres que pertencessem
ao Caminho, pudesse levá-los presos para
Jerusalém. 

3  Em sua viagem, quando se aproximava de

Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma
luz vinda do céu. 

4 Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe di-
zia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”
54
 Atos 9:1-9

Saulo pede ao sumo sacerdote cartas para prender os cristãos e levá-los a Jerusa-
lém. Perto de Damasco, um clarão do céu o envolve e Saulo cai por terra, de onde
ouve a voz de Jesus. Levam Saulo pela mão a Damasco, onde passa três dias sem
ver; não come nem bebe durante todo esse tempo.

5  Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?”

Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você
persegue. 

6 Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá

o que você deve fazer”.

7  Os homens que viajavam com Saulo para-

ram emudecidos; ouviam a voz mas não viam
ninguém. 

8  Saulo levantou-se do chão e, abrindo os

olhos, não conseguia ver nada. E os homens
o levaram pela mão até Damasco.

9 Por três dias ele esteve cego, não comeu nem

bebeu.
55
 Ajuda para meditação

Saulo persegue os crentes (9:1-2)

Saulo liderou o assassinato de Estêvão (7:58, 8:1). Fazendo ameaças de mor-
te contra os discípulos do Senhor, Saulo vai até o sumo sacerdote e pede car-
tas para levar às sinagogas de Damasco a fim de prender todos os fiéis que
ali encontrar para trazê-los a Jerusalém. Naquela época, Damasco era uma
cidade muito grande e desenvolvida, habitada por muitos judeus, e tinha
várias sinagogas. Não foram poucos os cristãos que fugiram de Jerusalém e
se refugiaram em Damasco devido à perseguição contra a igreja do Senhor.
Saulo e os outros judeus perseguiram os cristãos por não acreditarem no
judaísmo. Ao contrário dos cristãos, os judeus não reconhecem Jesus como
o Cristo, como o Messias, enviado por Deus.
Com que propósito Saulo estava procurando ir para Damasco? O que eu posso
fazer por aqueles que insultam e criticam o cristianismo?

Jesus e Saulo (9:3-9)

Qualquer pecador é transformado por Jesus. No caminho para Damasco,
Saulo ouve a voz de Cristo, o Filho de Deus que morreu na cruz e ressus-
citou ao terceiro dia. A luz que brilhou sobre Saulo é o brilho da glória de
Jesus. A dupla menção de seu nome “Saulo, Saulo” sugere uma missão do
Senhor em uma situação premente. As frases “por que você está me perse-
guindo? ” (v. 4) e “Eu sou Jesus, a quem você persegue” (v. 5), mostram que
Jesus se identifica com os cristãos. Antes de encontrar Saulo, Jesus preparou
alguém que poderia ensiná-lo o que fazer. Após este encontro extraordiná-
rio, Saulo fica cego e devastado pelo choque. O jejum de três dias significaria
arrependimento por seus atos passados, aceitando o Senhor da ressurreição
e redirecionando seu propósito de vida.
Como Saulo conheceu o Senhor da ressurreição? Quando e como o Senhor
me encontrou?

Uma carta para Deus

Deus, obrigado por ter vindo ao meu encontro, sendo eu um vil pecador, e por
ter me renovado completamente como uma nova criatura. Desejo aprender
sobre a Tua santidade todos os dias; encha minha vida com a Tua presença
gloriosa. Espero que Tu possas cumprir Teus planos perfeitos em minha vida.
Atrai-me a Ti, com cordas de amor.

56
 Pregação de Domingo

Título:

Passagem:

Anotações

Intercessão pelas nações

O relativismo prevalece na França, com indiferença ao evangelho e rejeição da
verdade absoluta. No entanto, à medida que o relativismo pós-moderno aumen-
ta, também aumenta a ansiedade existencial, que reduziu o número de cristãos
evangélicos. Oremos para que as almas da França sejam iluminadas com a
verdade, conheçam o propósito de suas vidas e encontrem a verdadeira paz.

57
 SEG

10 Apóstolo
dos gentios
Atos 9:10-22

A Bíblia em um ano: 10  Em Damasco havia um discípulo chama-

Mr 15. 21-47 / 1 Rs 11 / Os 13 do Ananias. O Senhor o chamou numa visão:
“Ananias!” “Eis-me aqui, Senhor”, respondeu
ele.

11  O Senhor lhe disse: “Vá à casa de Judas,

na rua chamada Direita, e pergunte por um
homem de Tarso chamado Saulo. Ele está
orando; 

1 2  numa visão viu um homem chamado

Ananias chegar e impor-lhe as mãos para que
voltasse a ver”.

13  Respondeu Ananias: “Senhor, tenho ouvi-

do muita coisa a respeito desse homem e de
todo o mal que ele tem feito aos teus santos
em Jerusalém. 

14 Ele chegou aqui com autorização dos che-

fes dos sacerdotes para prender todos os que
invocam o teu nome”.

15  Mas o Senhor disse a Ananias: “Vá! Este

homem é meu instrumento escolhido para le-
var o meu nome perante os gentios e seus reis,
e perante o povo de Israel. 

16  Mostrarei a ele o quanto deve sofrer pelo

meu nome”.
58
 Atos 9:10-22

O Senhor diz a Ananias em visão para procurar Saulo, porque ele é o instrumen-
to escolhido para levar Seu nome na presença dos gentios, dos reis e dos filhos
de Israel. Ananias impõe as mãos sobre ele e Saulo recupera a visão e também é
batizado. Saulo prega que Jesus é o Filho de Deus nas sinagogas, e os que o ouvem
ficam perplexos.
17  Então Ananias foi, entrou na casa, pôs as
mãos sobre Saulo e disse: “Irmão Saulo, o
Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho
por onde você vinha, enviou-me para que vo-
cê volte a ver e seja cheio do Espírito Santo”. 

18  Imediatamente, algo como escamas caiu

dos olhos de Saulo e ele passou a ver nova-
mente. Levantando-se, foi batizado 

19  e, depois de comer, recuperou as forças.

Saulo passou vários dias com os discípulos
em Damasco.

20 Logo começou a pregar nas sinagogas que

Jesus é o Filho de Deus. 

21  Todos os que o ouviam ficavam perple-

xos e perguntavam: “Não é ele o homem que
procurava destruir em Jerusalém aqueles que
invocam este nome? E não veio para cá jus-
tamente para levá-los presos aos chefes dos
sacerdotes?” 

22 Todavia, Saulo se fortalecia cada vez mais e

confundia os judeus que viviam em Damasco,
demonstrando que Jesus é o Cristo.
59
 Ajuda para meditação

O chamado de Ananias (9:10-16)

Uma alma que se voltou para Jesus em arrependimento precisa ser guiada.
Depois de transformar o coração de Saulo, o Senhor chama Ananias para
sair ao seu encontro. Não há registros sobre a conversão de Ananias; pode
ter fugido de Jerusalém para Damasco por causa da perseguição, ou pode
ter-se convertido para a evangelização dos cristãos que se refugiaram em
Damasco. O Senhor diz a Ananias onde ele pode encontrar Saulo, que está
orando. Ananias, ciente da má reputação de Saulo, se recusa a obedecer. No
entanto, o Senhor insiste: “vai”, porque lhe foi dada uma missão especial (v.
15). Os pensamentos de Deus são mais elevados e sublimes que os nossos.
Ele transforma um homem odiado e temido pelos crentes a fim de usá-lo
para o trabalho missionário mundial.
Como Ananias se sentia em relação a Saulo? Como nós devemos buscar e
obedecer ao Espírito Santo, mesmo contra a nossa vontade?

Ananias impõe as mãos (9:17-22)

Ananias obedece à ordem do Senhor; ele chama Saulo de ‘irmão’ (v. 17),
porque o considera um verdadeiro irmão em Cristo. Quando Ananias impõe
as mãos sobre ele e proclama a Palavra de Deus, instantaneamente, caem de
seus olhos como escamas e, Saulo recupera a visão. Depois de ser batizado,
Saulo come e se fortalece, e fica com outros discípulos em Damasco. Saulo,
que há poucos dias perseguia os cristãos, agora tem comunhão com seus
irmãos em Cristo. Ele também começa a testemunhar nas sinagogas com a
convicção de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, querendo ser um canal
de salvação para os judeus não convertidos. Quem recebeu a graça de Deus
não se contenta apenas com a sua salvação, mas dá o seu melhor para trans-
mitir a salvação aos outros.
O que acontece quando Ananias impõe suas mãos? Quem eu posso ajudar
em sua restauração?

Uma carta para Deus

Senhor, quão grande é o Teu amor, que és capaz de mobilizar centenas para
ver uma alma voltar para Ti! Eu desejo estar centrado na Tua Palavra, sempre
cuidando para não limitar as Tuas obras com meus preconceitos ou opiniões.
Ajuda-me a ser uma igreja que se una em oração e proclama o evangelho da
verdade.

60
 Temas Livres Para Reflexão

O grande chamado
para o evangelho
As pessoas muitas vezes traçam uma espécie de linha de defesa
contra o propósito universal de Deus para a humanidade, cons-
ciente ou inconscientemente. É como se pensássemos: “Não
estou interessado em pregar”. Há muitos que, embora aceitem
com entusiasmo certas partes de Sua palavra, consideram que a
pregação é assunto de outra pessoa e a interpretam de maneira
diferente. No entanto, Paulo se definiu como um devedor e sus-
tentou que tem o dever de pagar sua dívida com todas as ovelhas
perdidas de Deus no mundo e pregar ao mundo sobre Cristo,
como Sua possessão. Como nós estamos? Se temos a cidadania
do céu, devemos pregar o evangelho a todas as almas perdidas
que se dirigem para as portas do inferno. Todo cristão tem uma
dívida com o mundo inteiro por Jesus. Isso quer dizer que todas
as nações têm um dever. No entanto, a tragédia desta geração é
o grande número de pessoas que se desculpam dizendo: “Sinto
muito, tenho outra vocação”. Paulo não tinha dúvidas de que Je-
sus o havia chamado para uma vida muito mais plena e lhe dado
uma visão maior. Além disso, ele acreditava que Deus lhe deu
uma grande bênção e que ele usou um décimo dela para cumprir
a missão de glorificar a Deus, que é o propósito último e eterno.
Estamos prontos para viver uma vida assim?

Radical Together, David Platt.

Aplicação Pessoal

61
 TER

11 Jesus Cristo, o
Bom Mediador
Atos 9:23-31

A Bíblia em um ano: 23  Decorridos muitos dias, os judeus decidi-

Mr 16 / 1 Rs 12.1-31 / Os 14 ram de comum acordo matá-lo, 

24  mas Saulo ficou sabendo do plano deles.

Dia e noite eles vigiavam as portas da cidade
a fim de matá-lo. 

25  Mas os seus discípulos o levaram de noite

e o fizeram descer num cesto, através de uma
abertura na muralha.

26  Quando chegou a Jerusalém, tentou reu-

nir-se aos discípulos, mas todos estavam com
medo dele, não acreditando que fosse real-
mente um discípulo. 

27  Então Barnabé o levou aos apóstolos e

lhes contou como, no caminho, Saulo vira o
Senhor, que lhe falara, e como em Damasco
ele havia pregado corajosamente em nome de
Jesus. 
62
 Atos 9:23-31

Saulo foge para Jerusalém para se refugiar dos judeus. Os discípulos têm dificul-
dade em acreditar que Saulo agora é um discípulo do Senhor. Barnabé lhes conta
como Saulo tinha visto o Senhor na estrada. Saulo fala em nome do Senhor e é
enviado a Tarso, enfrentando as ameaças dos judeus. As igrejas da Judéia, Galiléia
e Samaria são edificadas e fortalecidas pelo Espírito Santo.
28 Assim, Saulo ficou com eles, e andava com
liberdade em Jerusalém, pregando corajosa-
mente em nome do Senhor. 

29 Falava e discutia com os judeus de fala gre-

ga, mas estes tentavam matá-lo. 

30  Sabendo disso, os irmãos o levaram para

Cesaréia e o enviaram para Tarso.

31 A igreja passava por um período de paz em

toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Ela se edifi-
cava e, encorajada pelo Espírito Santo, crescia
em número, vivendo no temor do Senhor.
63
 Ajuda para meditação

Saulo foge de Damasco (9:23-25)

Deus guarda aqueles que pregam o evangelho. ‘Depois de muitos dias’, os
judeus conspiram para matar Saulo. Considerando seu testemunho de ou-
tras passagens bíblicas (Gálatas 1:11-24), é possível que esta frase temporal
(v. 23) cubra um período bastante extenso da vida de Saulo, incluindo sua
conversão, a pregação do evangelho em Damasco, sua estada na Arábia e
sua estada novamente em Damasco para evangelizar. No entanto, os judeus
agem porque acreditam que isso pode significar o colapso da ideologia e do
sistema social judaico. Os planos malignos dos judeus são revelados a Saulo
a tempo, e seus discípulos o ajudam a fugir da cidade. Satanás persegue os
evangelistas tentando tirar suas vidas, mas Deus os protege e lhes dá a saída
a todo momento.
Como os discípulos ajudam Saulo a escapar? Como o Senhor me ajudou em
tempos de crise?

Saulo visita Jerusalém (9:26-31)

Saulo vai a Jerusalém para ter comunhão com os discípulos, mas eles têm
medo dele e tentam evitá-lo. Então, Barnabé, um homem reconhecido pelos
apóstolos, intercede por Saulo. Seu bom testemunho teria conseguido abrir
o coração dos discípulos para que recebessem Saulo. Graças à mediação e
recomendação de Barnabé, Saulo pode encontrar-se pessoalmente com os
apóstolos. Depois de passar cerca de 15 dias com eles em Jerusalém (Gl
1:18-19), ele começa a falar ousadamente no nome do Senhor Jesus e a de-
bater com os judeus gregos, mesmo diante de ameaças de morte. Quando os
judeus gregos tentam matar Saulo, alguns irmãos o mandam para Tarso, sua
cidade natal. Saulo não aparece mais na Bíblia depois disso, até que Barnabé
vai procurá-lo em Tarso (11:25).
Quem ajudou Saulo a se relacionar com os discípulos em Jerusalém? Eu sou
um bom mediador entre os que se desconfiam?

Uma carta para Deus

Deus, perdoa-me porque eu fui tolo, duvidei e julguei a fé dos outros de acordo
com meus padrões. Quero ser como Barnabé, que cuida e consola os que estão
em dificuldade. Permanecerei sob Tuas asas, para encontrar paz completa em
meu coração, sabendo que Tu nos proteges com Tua graça sublime.

64
 Temas Livres Para Reflexão

Uma comunidade
sadia que avança
em união
Ao retornar da Guerra do Vietnã, os soldados americanos co-
meçaram a expressar a ira, a mágoa, a humilhação e outros sen-
timentos que ali sofreram de forma negativa, o que também lhes
causou sérios problemas sociais. Isso deu origem a um novo
diagnóstico chamado “Transtorno de Estresse Pós-Traumático”
(TEPT). Por que acham que isso aconteceu depois da Guerra
do Vietnã e não depois da Segunda Guerra Mundial? Segundo
os estudos, tinha a ver com o transporte utilizado para regressar.
Para a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos repatriaram
seus homens de barco, mas para o Vietnã eles usaram aviões.
Assim, no primeiro caso, passaram meses juntos em um espaço
limitado e compartilharam o que viveram, fossem perdas, angús-
tias, sofrimentos, remorsos pelo peso da consciência, etc. e eles
tiveram tempo para chorar juntos e encorajar um ao outro. Ao
contrário, quando voltaram de avião, não tiveram a oportunida-
de de compartilhar seus sofrimentos e dores. Da mesma forma,
aqueles que participaram da Segunda Guerra Mundial foram re-
cebidos como heróis em seu retorno aos Estados Unidos, en-
quanto os soldados no Vietnã não conseguiram obter aceitação
política ou social positiva. É extremamente importante ouvir o
que os outros têm a dizer e incentivá-los. Uma comunidade sau-
dável é aquela que “vai no mesmo barco”, por mais lento que
seja. Assim, eu espero que, mesmo que demore, formemos uma
comunidade que escuta, compartilha com sinceridade e encoraja
uns aos outros. Sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos
mais longe.

Um alquimista vestido de soldado, Kim Young-ho.

Aplicação Pessoal

65
 QUA

12 Fé por meio do
evangelho
Atos 9:32-43

A Bíblia em um ano: 32  Viajando por toda parte, Pedro foi visitar
1 Co 1.1-17 / 1 Rs 12.32-13.34 / Jl 1 os santos que viviam em Lida. 

33  Ali encontrou um paralítico chamado

Enéias, que estava acamado fazia oito anos. 

34  Disse-lhe Pedro: “Enéias, Jesus Cristo vai

curá-lo! Levante-se e arrume a sua cama”. Ele
se levantou imediatamente. 

35 Todos os que viviam em Lida e Sarona o vi-

ram e se converteram ao Senhor.

36  Em Jope havia uma discípula chamada

Tabita, que em grego é Dorcas, que se dedica-
va a praticar boas obras e dar esmolas. 

37 Naqueles dias ela ficou doente e morreu, e

seu corpo foi lavado e colocado num quarto
do andar superior. 
66
 Atos 9:32-43

Pedro cura Eneias de Lida, que estava de cama há oito anos devido à sua paralisia,
e muitos se convertem ao Senhor. Tabita, uma discípula que abundava em esmo-
las em Jope, morreu, mas volta a ter vida mediante à oração de Pedro. Isso foi
notório em toda Jope e muitos creem no Senhor. Pedro fica na casa de Simão, o
curtidor.
38  Lida ficava perto de Jope, e, quando os
discípulos ouviram falar que Pedro estava em
Lida, mandaram-lhe dois homens dizer-lhe:
“Não se demore em vir até nós”.

39 Pedro foi com eles e, quando chegou, foi le-

vado para o quarto do andar superior. Todas as
viúvas o rodearam, chorando e mostrando-lhe
os vestidos e outras roupas que Dorcas tinha
feito quando ainda estava com elas.

40 Pedro mandou que todos saíssem do quar-

to; depois, ajoelhou-se e orou. Voltando-se
para a mulher morta, disse: “Tabita, levan-
te-se”. Ela abriu os olhos e, vendo Pedro,
sentou-se. 

41 Tomando-a pela mão, ajudou-a a pôr-se em

pé. Então, chamando os santos e as viúvas,
apresentou-a viva. 

42  Este fato se tornou conhecido em toda a

cidade de Jope, e muitos creram no Senhor. 

43  Pedro ficou em Jope durante algum tem-

po, com um curtidor de couro chamado Simão

67
 Ajuda para meditação

Cura de Eneias (9:32-35)

Nos tempos da igreja primitiva, numa fase inicial da propagação do evange-
lho, era necessário o ministério evangelístico itinerante. É por isso que Pedro
não fica sozinho em Jerusalém, mas viaja por várias regiões anunciando a
boa nova da salvação. Portanto, ele viaja para várias cidades quando chega a
Lida, que faz fronteira com a planície de Sharon. Lida está localizada a cerca
de 40 quilômetros de Jerusalém. Nesse lugar, Pedro cura Enéias, um para-
lítico que estava acamado há oito anos. Graças ao fato de que Lida ser uma
cidade importante naqueles dias, devido às suas rotas marítimas, a notícia da
cura de Enéias teria se espalhado rapidamente nos arredores e muitos vol-
taram para o Senhor. Milagres sobrenaturais retratam o Deus vivo e levam
muitos a confiar e seguir o evangelho que é a verdade.
Qual é o resultado da cura de Eneias? Para quem eu devo orar por cura e
restauração?

Tabita é ressuscitada (9:36-43)

Havia uma discípula em Jope chamada Tabita (Dorcas), que abundava em
boas obras e ofertas. Na verdade, a igreja primitiva foi criada por mulheres
devotas como Tabita. Quando ela adoece e morre, os fiéis trazem Pedro
para Lida. Visto que a distância entre Jope e Lida era de aproximadamente
20 km, muitos crentes teriam ouvido falar da cura de Enéias. Pedro chega,
e todos lhe mostram, chorando, as boas obras que Tabita fez em vida. O
apóstolo tira todos de casa e, orando, clama a Deus e Tabita milagrosamente
volta à vida. O Senhor operou por causa do amor dos irmãos por Tabita e da
oração de fé de Pedro. O Senhor vivo realiza milagres para que o evangelho
se espalhe por toda parte e para que Deus seja glorificado. Como as pessoas
reagem à morte de Tabita, depois que ela abundava em boas obras e ofertas?
Quais são as minhas boas obras?

Uma carta para Deus

Deus, Teus milagres e maravilhas refletem Teu amor e obra redentora que
concedes em favor dos homens. Eu admito que sou egoísta e ganancioso, mas
Tu me ensinaste a amar e servir ao próximo de coração. Obrigado por este
maravilhoso milagre, permita-me compartilhar a Palavra da verdade com todos
aqueles que não Te conhecem.

68
 Temas Livres Para Reflexão

O milagre da
vida eterna
Por mais talentosa que seja uma pessoa, ela não pode dar vida
a um objeto inanimado. Você poderá criar um robô avançado,
como o AlphaGo, mas não poderá reviver o que já está morto.
Davi afirmou que “a fonte da vida está em Deus” (Salmo 36:9).
Deus é o Único que pode salvar uma vida da morte e fazê-la viver
para sempre. Nenhum homem neste mundo está livre do pecado
e da morte. Nós, descendentes de Adão, nascemos pecadores e
carregamos a morte. Mas isso não significa que estamos mortos,
pois quem nasce sem conhecer a Deus está morto. Para resolver
este problema do pecado e da morte, Deus veio ao mundo como
Jesus Cristo no corpo do homem. Portanto, somente Jesus é a
verdadeira vida e desfrutamos da vida eterna quando aceitamos
Jesus por meio do evangelho. Embora seja incrível que um cor-
po sem vida possa viver novamente; é um verdadeiro milagre
que quem nasce com pecado e está destinado a morrer se torne
filho de Deus. Assim, o amor e o poder de Deus nos conduz da
morte para a vida, do inferno para o céu, quando proclamamos
o evangelho crendo em Seu poder. Além disso, é um milagre que
eu, que sou exigente e indeciso e que amava o mundo, viva cui-
dando da minha fé e pregando o evangelho pela graça de Deus.
Recebemos todos esses milagres crendo em Jesus.

Eu sou o teu Deus, Yu Jae-myung.

Aplicação Pessoal

69
 QUI

13 Deus faz
tudo novo
Atos 10:1-16

A Bíblia em um ano: 1  Havia em Cesareia um homem chamado

1 Co 1.18-31 / 1 Rs 14 / Jl 2.1-11 Cornélio, centurião do regimento conhecido
como Italiano. 

2  Ele e toda a sua família eram piedosos e te-

mentes a Deus; dava muitas esmolas ao povo
e orava continuamente a Deus. 

3  Certo dia, por volta das três horas da tarde,

ele teve uma visão. Viu claramente um an-
jo de Deus que se aproximava dele e dizia:
“Cornélio!”

4 Atemorizado, Cornélio olhou para ele e per-

guntou: “Que é, Senhor?” O anjo respondeu:
“Suas orações e esmolas subiram como ofer-
ta memorial diante de Deus. 

5  Agora, mande alguns homens a Jope para

trazerem um certo Simão, também conheci-
do como Pedro, 

6 que está hospedado na casa de Simão, o cur-

tidor de couro, que fica perto do mar”.

7  Depois que o anjo que lhe falou se foi,

Cornélio chamou dois dos seus servos e um
soldado piedoso dentre os seus auxiliares 
70
 Atos 10:1-16

Cornélio, um centurião temente a Deus, envia homens a Jope para convocar

Pedro, conforme a ordem do anjo. Pedro desobedece à ordem que ouve em uma
visão, para comer o que está dentro do grande lençol que desce do céu. Depois
de dizer a Pedro que o que Deus purificou ele não deveria chamar de comum, o
lençol é recolhido no céu.
8  e, contando-lhes tudo o que tinha aconteci-
do, enviou-os a Jope.

9  No dia seguinte, por volta do meio-dia, en-

quanto eles viajavam e se aproximavam da
cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. 

10  Tendo fome, queria comer; enquanto a re-

feição estava sendo preparada, caiu em êxtase. 

11  Viu o céu aberto e algo semelhante a um

grande lençol que descia à terra, preso pelas
quatro pontas, 

12  contendo toda espécie de quadrúpedes,

bem como de répteis da terra e aves do céu. 

13  Então uma voz lhe disse: “Levante-se,

Pedro; mate e coma”.

14 Mas Pedro respondeu: “De modo nenhum,

Senhor! Jamais comi algo impuro ou imundo!”

15  A voz lhe falou segunda vez: “Não chame

impuro ao que Deus purificou”.

16  Isso aconteceu três vezes, e em seguida o

lençol foi recolhido ao céu.
71
 Ajuda para meditação

Visão de Cornélio (10:1-8)

Deus se lembra das orações e boas obras dos fiéis piedosos, independente-
mente de sua origem étnica. Cornélio é um gentio, um centurião da com-
panhia ‘italiana’ que é uma infantaria romana, composta por cerca de 600
homens. O comandante desta unidade é o tribuno, acompanhado por oito
a dez centuriões. Um deles é Cornélio, um homem piedoso que, junto com
toda a sua família, teme a Deus, faz muitas ofertas e sempre ora. Sua fé e
testemunho agradaram a Deus. Um dia, às três da tarde, ele está orando,
quando um anjo lhe diz que suas orações e ofertas subiram como um me-
morial diante de Deus e lhe diz que ele deveria chamar Pedro em Jope. Deus
queria ensinar-lhe algo mais importante. A história de Cornélio marca uma
virada notável na obra missionária gentia.
Como eram a fé e o testemunho de Cornélio? Como Deus avaliará minha fé e
minha vida?

Pedro tem uma visão (10:9-16)

Enquanto os mensageiros de Cornélio se dirigem para Jope, Pedro sobe
ao terraço para orar. Na hora sexta (ao meio-dia), quando Pedro está com
fome, ele tem uma visão. Deus revela a Sua vontade através dos animais que
a Lei permite ou proíbe comer. Pedro vê um grande lençol que desce, amar-
rado nas quatro pontas. Dentro dele, ele pode ver todos os tipos de animais,
inclusive aqueles que não eram permitidos comer por lei. Uma voz lhe diz:
“Levante-se, Pedro, mate e coma” (v. 13). Pedro deve receber os gentios que
Deus escolheu e purificou. Pela segunda vez, diz-lhe: «não chame comum
ao que Deus purificou» (v. 15). Em Jesus Cristo, não há mais distinção ou
inimizade entre judeus e gentios.
Por que Deus deu a Pedro uma visão e ordenou que ele comesse os animais an-
teriormente impuros? Quais são os preconceitos que Deus me levou a superar?

Uma carta para Deus

Obrigado meu Deus por destruir toda inimizade através do precioso sangue de
Cristo derramado na cruz e por nos conceder a salvação sem fazer acepção de
pessoas. Te temerei em todos os meus caminhos, porque fui alcançado pela
Tua graça admirável. Eu me esforçarei para atender às necessidades de meus
irmãos e tornar conhecida a eficácia da piedade. Ajuda-me a obedecer-Te,
meu Amado Senhor.

72
 Temas Livres Para Reflexão

É momento de
mover a cerca
Um soldado, que não tinha parentes, perdeu a vida na Primeira
Guerra Mundial e um amigo dele foi a uma catedral para pedir
ao padre se ele poderia enterrá-lo em seu cemitério. O padre
perguntou-lhe se o falecido era católico e o amigo respondeu
honestamente: “Não, ele era protestante”. Então o padre disse
a ele: “Enterre-o do outro lado da cerca” e o amigo teve que
obedecer. Alguns anos depois, no final da guerra, ele foi visitar
o túmulo do amigo, mas não havia nada. Preocupado, entrou na
catedral, onde felizmente encontrou o mesmo padre que lhe deu
permissão para sepultá-lo e lhe contou o que estava acontecen-
do. Então o padre o surpreendeu com sua resposta: “Como ele
não estava tranquilo depois de ter mandado enterrá-lo do outro
lado da cerca, mudei a cerca para mais adiante”. Você já sofreu
discriminação? Pense em quão grande é o pecado de discrimi-
nar os outros, enquanto você deseja receber reconhecimento e
privilégios. A discriminação é a semente do orgulho, da disputa
e da inveja. Deus não discrimina ninguém, mas os homens dis-
criminam uns aos outros e até dizem que é a vontade de Deus.
Quem ousaria dizer diante dEle que um é mais limpo ou mais
grosseiro que o outro? Você ainda deseja discriminar? É hora de
se arrepender e também mover a cerca.

W31, Ha Hyung-rok.

Aplicação Pessoal

73
 SEX

14 Deus antes dos

costumes
Atos 10:17-33

A Bíblia em um ano: 17  Enquanto Pedro estava refletindo no sig-

1 Co 2 / 1 Rs 15.1-32 / Jl 2.12-32 nificado da visão, os homens enviados por
Cornélio descobriram onde era a casa de
Simão e chegaram à porta. 

18  Chamando, perguntaram se ali estava hos-

pedado Simão, conhecido como Pedro.

19 Enquanto Pedro ainda estava pensando na

visão, o Espírito lhe disse: “Simão, três ho-
mens estão procurando por você. 

20 Portanto, levante-se e desça. Não hesite em

ir com eles, pois eu os enviei”.

21 Pedro desceu e disse aos homens: “Eu sou

quem vocês estão procurando. Por que moti-
vo vieram?”

22 Os homens responderam: “Viemos da par-

te do centurião Cornélio. Ele é um homem
justo e temente a Deus, respeitado por todo
o povo judeu. Um santo anjo lhe disse que o
chamasse à sua casa, para que ele ouça o que
você tem para dizer”. 

23 Pedro os convidou a entrar e os hospedou.

No dia seguinte Pedro partiu com eles, e al-
guns dos irmãos de Jope o acompanharam. 

24 No outro dia chegaram a Cesaréia. Cornélio

os esperava com seus parentes e amigos mais
íntimos que tinha convidado. 

2 5  Quando Pedro ia entrando na casa,

Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus
pés, adorando-o. 
74
 Atos 10:17-33

Três homens visitam Pedro; o apóstolo vai com eles, obedecendo à voz do Espí-
rito Santo. Pedro não deixa Cornélio adorá-lo e entrando em sua casa, aponta que
a comunhão com os gentios é contra os bons costumes, mas que ele veio por
ordem de Deus. Cornélio explica a Pedro o motivo pelo qual o trouxe e está
disposto a ouvir o que Deus lhe ordenou.
26  Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo:
“Levante-se, eu sou homem como você”.

27  Conversando com ele, Pedro entrou e en-

controu ali reunidas muitas pessoas 

28  e lhes disse: “Vocês sabem muito bem que

é contra a nossa lei um judeu associar-se a um
gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mos-
trou que eu não deveria chamar impuro ou
imundo a homem nenhum. 

29  Por isso, quando fui procurado, vim sem

qualquer objeção. Posso perguntar por que vo-
cês me mandaram buscar?”

30  Cornélio respondeu: “Há quatro dias eu

estava em minha casa orando a esta hora,
às três horas da tarde. De repente, colocou-
-se diante de mim um homem com roupas
resplandecentes 

31 e disse: ‘Cornélio, Deus ouviu sua oração e

lembrou-se de suas esmolas. 

32  Mande buscar em Jope a Simão, chamado

Pedro. Ele está hospedado na casa de Simão,
o curtidor de couro, que mora perto do mar’. 

33  Assim, mandei buscar-te imediatamente, e

foi bom que tenhas vindo. Agora estamos to-
dos aqui na presença de Deus, para ouvir tudo
que o Senhor te mandou dizer-nos”.
75
 Ajuda para meditação

Os mensageiros de Cornélio (10:17-23)

Deus trabalha no tempo mais perfeito. Enquanto Pedro estava um tanto des-
concertado com a visão, chegam os homens enviados por Cornélio. Naquele
momento, Pedro ouve a voz do Espírito Santo dizendo: “Levante-se, desce
e não hesite em ir com eles, porque eu os enviei” (v. 20). Eles descrevem
Cornélio como “um homem justo e temente a Deus, tendo boa reputação
em toda a nação dos judeus”. Ele é de origem gentia, com bom testemunho
e bom caráter. As instruções do Espírito Santo e a visita dos mensageiros
servem como confirmação para entender que a visita da casa de Cornélio é
a vontade de Deus. Deus realiza a Sua obra em Seu devido tempo e à Sua
maneira, instilando confiança e certeza nos corações duvidosos.
Como Deus trabalhou para que Pedro e Cornélio se encontrassem? Como
discernir a orientação de Deus quando eu tenho dúvidas?

Pedro, na casa de um gentio (10:24-33)

Naqueles dias, os judeus não tratavam os gentios, nem entravam em suas
casas para ter comunhão com eles. Porém, Pedro obedece à ordem de Deus
e entra na casa de Cornélio. Ele foi contra os costumes judaicos, pronto
para enfrentar qualquer crítica e ameaça de seus compatriotas. Este é um
importante ponto de virada na obra missionária. Cornélio havia convidado
várias pessoas para sua casa. À pergunta de Pedro, Cornélio descreve a visão
que tivera quatro dias antes (10:3-6). Ele confessa que está “na presença de
Deus” para ouvir “todas as coisas”, que é a Palavra que Deus lhe ordenou
(v. 33). Cornélio ansiava pela Palavra de Deus, com um coração humilde e
faminto, então Deus derrama Sua graça sobre ele como chuva.
Que riscos Pedro correu quando entrou em um lar gentio para ter comunhão
com Cornélio? O que eu devo fazer para compartilhar o evangelho?

Uma carta para Deus

Deus, perdoa minha descrença; hesitei em obedece-Te porque segui os cos-
tumes humanos. Agora eu entendo que posso fazer parte da Tua obra quando
obedeço à Tua voz e aos Teus mandamentos. Permita-me regozijar-me na Tua
Palavra, esperando ver como a Tua santa e perfeita vontade se cumprirá em
minha vida.

76
 Temas Livres Para Reflexão

Uma atitude de
obediência
No dia em que Peter Marshall, marido da escritora Catherine
Marshall, começou a trabalhar como capelão na Escola Naval,
ele ouviu as regras compartilhadas por um dos principais ins-
trutores. “Todos devem lembrar e cumprir as 15 regras a seguir.
Não se preocupem se não podem aprendê-las agora. No mo-
mento, devem apenas tentar obedecer às ordens de seus instru-
tores”. Então Peter tomou uma decisão: ‘Não importa que eu
não consiga me lembrar de todos os ensinamentos de Deus. Só
tenho que estar convencido de que vou obedecer às ordens que
Ele me dá todos os dias e que elas me orientam. Obedecerei ao
Senhor que me guia a cada momento’. Da mesma forma, não
importa que nós não possamos nos lembrar de todas as lições da
Bíblia. Só temos que ter certeza de que obedeceremos à orien-
tação do Senhor que vive a cada momento e o Espírito Santo
cuidará do resto. Que é a fé? É deixar de lado a nossa vontade
e seguir a de Deus. Fé é deixar tudo completamente nas mãos
do Senhor, mesmo que às vezes resistamos e contradigamos a
Deus até entendermos que não é a vontade dEle e pararmos de
insistir. Deus é quem guia o caminho de nossas vidas. Portanto,
nós devemos deixar tudo em Suas mãos e ficar tranquilos, pois
em breve conheceremos a obra de Deus que nos conduz ao mais
belo resultado.

Com o Senhor até o fim, Seo Jung-oh

Aplicação Pessoal

77
 SÁB

15 Aos que fazem

justiça
Atos 10:34-48

A Bíblia em um ano: 34  Então Pedro começou a falar: “Agora per-

1 Co 3 / 1 Rs 15.33-16.34 / Jl 13 cebo verdadeiramente que Deus não trata as
pessoas com parcialidade, 

35  mas de todas as nações aceita todo aquele

que o teme e faz o que é justo. 

36  Vocês conhecem a mensagem enviada por

Deus ao povo de Israel, que fala das boas no-
vas de paz por meio de Jesus Cristo, Senhor
de todos. 

37  Sabem o que aconteceu em toda a Judéia,

começando na Galiléia, depois do batismo que
João pregou, 

38  como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com

o Espírito Santo e poder, e como ele andou
por toda parte fazendo o bem e curando to-
dos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus
estava com ele.

39 “Nós somos testemunhas de tudo o que ele

fez na terra dos judeus e em Jerusalém, onde o
mataram, suspendendo-o num madeiro. 

40 Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia

e fez que ele fosse visto, 
78
 Atos 10:34-48

Pedro entendeu que Deus não faz acepção de pessoas e anuncia o evangelho da
paz. Os gentios recebem o Espírito Santo depois de ouvir Pedro pregar sobre a
morte e ressurreição de Cristo e o perdão dos pecados. Pedro fica surpreso ao
ver isso e os batiza em nome do Senhor Jesus.

41  não por todo o povo, mas por testemu-

nhas que designara de antemão, por nós que
comemos e bebemos com ele depois que res-
suscitou dos mortos. 

42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemu-

nhar que foi a ele que Deus constituiu juiz de
vivos e de mortos. 

43 Todos os profetas dão testemunho dele, de

que todo o que nele crê recebe o perdão dos
pecados mediante o seu nome”.

44 Enquanto Pedro ainda estava falando estas

palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos
os que ouviam a mensagem. 

45  Os judeus convertidos que vieram com

Pedro ficaram admirados de que o dom do
Espírito Santo fosse derramado até sobre os
gentios, 

46  pois os ouviam falando em línguas e exal-

tando a Deus. A seguir Pedro disse: 

47  “Pode alguém negar a água, impedindo

que estes sejam batizados? Eles receberam o
Espírito Santo como nós!” 

48  Então ordenou que fossem batizados em

nome de Jesus Cristo. Depois pediram a Pedro
que ficasse com eles alguns dias.
79
 Ajuda para meditação

Sermão de Pedro (10:34-43)

Deus não faz acepção de pessoas por causa de sua condição física. Pedro
fica sabendo disso, quando sai ao encontro de Cornélio. A palavra grega
‘parcialidade’ (v. 34) significa ‘favoritismo’, seja por motivos étnicos, raciais,
de gênero ou de classe. Deus quer que todos os homens sejam salvos. Pedro
resume a vida e ministério, morte e ressurreição de Jesus. É o último de seus
cinco sermões. O núcleo do evangelho é sempre Jesus Cristo. Deus ungiu
Jesus de Nazaré com o poder do Espírito Santo, e Jesus derrotou o diabo e
fez boas obras na presença de Deus. Jesus, que morreu na cruz e ressuscitou,
é o ‘Juiz dos vivos e dos mortos’. Todo aquele que crê em Jesus recebe o
perdão dos seus pecados e a vida eterna.
Como Pedro sabia que Deus não faz acepção de pessoas? A quem eu devo
anunciar o evangelho, renunciando aos meus preconceitos?

O Espírito Santo sobre os gentios (10:44-48)

Pedro prega o evangelho e o Espírito Santo desce sobre aqueles que res-
pondem com fé, falam em línguas e exaltam a Deus. Os cristãos judeus que
acompanharam Pedro à casa de Cornélio ficam maravilhados ao ver o der-
ramamento do Espírito Santo sobre os gentios (v. 45, 10:23). Pedro declara:
“estes receberam o Espírito Santo, assim como nós” (v. 47) e reconhece que
não há mais distinção entre judeus e gentios. Os gentis recebem como um
dom o perdão dos pecados, a graça de Deus e o Espírito Santo, são batiza-
dos e contados como membros da Igreja. O Espírito Santo veio primeiro
sobre os judeus no Pentecostes (cap. 2), depois sobre os samaritanos, uma
mistura de judeus e gentios (cap. 8), e agora, sobre os gentios.
O que significa o derramamento do Espírito Santo sobre a família de Cornélio?
Qual é o dom que Deus me dá quando ouço Sua Palavra com um coração
ansioso?

Uma carta para Deus

Deus, obrigado por conceder a salvação através do evangelho da paz sem
acepção de pessoas. Como testemunha da cruz e ressurreição de Jesus, irei
até os confins da terra proclamando a boa nova da salvação. Levanta uma igreja
unida pelo poder do Espírito Santo para expandir o reino de Deus

80
 Temas Livres Para Reflexão

A porta da salvação
Pouco depois de me casar, eu descobri a história da nossa famí-
lia. Acontece que minha bisavó não foi enterrada no cemitério
da igreja por ter ingerido enxofre em uma tentativa de suicídio
ou aborto; por isso a enterraram fora do cemitério. Meu avô, um
imigrante sueco nos Estados Unidos, trabalhou em todos os ti-
pos de empregos (inclusive como zelador de colégio) e, em seus
93 anos, sempre viveu como se estivesse vendo tudo de fora.
Nossa vida é assim em certo sentido. A Bíblia começa descre-
vendo um homem e uma mulher que desfrutavam de intimidade
absoluta com Deus e um com o outro, sem vergonha ou morte.
No entanto, eles foram expulsos de lá por causa do pecado e
agora estamos todos do outro lado do portão. O pecado é uma
sala sem porta, mas Jesus se tornou a porta do Cordeiro. O ca-
minho e a verdade, que é Jesus, trouxe a porta do céu para a
terra, permitindo-nos passar por ela através dEle. Assim, todo
aquele que crer em Jesus Cristo será aceito por Deus. Jesus é a
única entrada para o céu, entrada que os homens têm buscado
incansavelmente desde que fomos banidos do Jardim do Éden.
Antes que a porta aparecesse, não tínhamos escolha a não ser
nos desesperar olhando o céu de fora. Mas agora todos nós con-
seguimos entrar sem discriminação por meio de Jesus Cristo e
podemos desfrutar da presença de Deus. Jesus abriu a porta para
nós.

Tantos destinos pela frente... como saber qual escolher? J ohn Ortberg.

Aplicação Pessoal

81
 DOM

16 Obediência e
unidade
Atos 11:1-18

A Bíblia em um ano: 1  Os apóstolos e os irmãos de toda a Judéia

1 Co 4 / 1 Rs 17 / Am 1 ouviram falar que os gentios também haviam
recebido a palavra de Deus. 

2  Assim, quando Pedro subiu a Jerusalém, os

que eram do partido dos circuncisos o critica-
vam, dizendo: 

3 “Você entrou na casa de homens incircunci-

sos e comeu com eles”.

4 Pedro, então, começou a explicar-lhes exata-

mente como tudo havia acontecido: 

5  “Eu estava na cidade de Jope orando; cain-

do em êxtase, tive uma visão. Vi algo parecido
com um grande lençol sendo baixado do céu,
preso pelas quatro pontas, e que vinha até o
lugar onde eu estava. 

6  Olhei para dentro dele e notei que havia ali

quadrúpedes da terra, animais selvagens, rép-
teis e aves do céu. 

7 Então ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-

se, Pedro; mate e coma’.

8  “Eu respondi: De modo nenhum, Senhor!

Nunca entrou em minha boca algo impuro ou
imundo.

9  “A voz falou do céu segunda vez: ‘Não cha-

me impuro ao que Deus purificou’. 
82
 Atos 11:1-18

Os da circuncisão criticam Pedro por ter entrado na casa dos incircuncisos e

comido com eles. Então Pedro lhes conta sobre a visão que teve, como o Espíri-
to Santo o conduziu a Cesaréia e como os gentios receberam o Espírito Santo.
Pedro declara que não é ninguém para impedir Deus e os que o ouvem aceitam
que a salvação é também para os gentios.
10  Isso aconteceu três vezes, e então tudo foi
recolhido ao céu.

11  “Na mesma hora chegaram à casa em que

eu estava hospedado três homens que me ha-
viam sido enviados de Cesaréia. 

12 O Espírito me disse que não hesitasse em ir

com eles. Estes seis irmãos também foram co-
migo, e entramos na casa de um certo homem. 

13  Ele nos contou como um anjo lhe tinha

aparecido em sua casa e dissera: ‘Mande bus-
car, em Jope, a Simão, chamado Pedro. 

14  Ele lhe trará uma mensagem por meio da

qual serão salvos você e todos os da sua casa’.

15 “Quando comecei a falar, o Espírito Santo

desceu sobre eles como sobre nós no princípio. 

16  Então me lembrei do que o Senhor tinha

dito: ‘João batizou com água, mas vocês serão
batizados com o Espírito Santo’. 

17 Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que

nos tinha dado quando cremos no Senhor
Jesus Cristo, quem era eu para pensar em opor-
-me a Deus?”

18  Ouvindo isso, não apresentaram mais ob-

jeções e louvaram a Deus, dizendo: “Então,
Deus concedeu arrependimento para a vida
até mesmo aos gentios!”
83
 Ajuda para meditação

A crítica da circuncisão (11:1-3)

Deus quer que superemos os preconceitos e limitações que possamos ter.
Os apóstolos e irmãos em Jerusalém ficam sabendo que Pedro pregou o
evangelho na casa dos gentios e eles se voltaram para o Senhor. Eles acusam
o apóstolo de ter entrado na casa de um incircunciso e de ter comido com
eles. ‘Os da circuncisão’ são os crentes que foram circuncidados; embora
tivessem se convertido ao cristianismo, não se desviaram dos costumes ju-
daicos e se recusaram a ter comunhão com os incircuncisos. Tendo recebido
o Espírito Santo e visto a igreja nascer, eles ainda se sentiam superiores às
outras nações. Porém, uma fé que atingiu a maturidade consegue quebrar
qualquer preconceito equivocado dentro do evangelho e do Espírito Santo.
Por que os circuncisos condenaram Pedro? Quais são os maus preconceitos
aos quais eu não pude renunciar, apesar dos anos que estou no evangelho?

A resposta de Pedro (11:4-18)

Pedro explica a situação aos outros apóstolos e irmãos. Foi em obediência
à voz do Espírito Santo que ele foi à casa de Cornélio. Os ‘seis irmãos’ (v.
12, 10:45) são crentes circuncidados, testemunhas do que aconteceu. Deus
trabalhou e o Espírito Santo desceu sobre os gentios, ‘como também sobre
nós no princípio’ (v. 15), disse Pedro. A frase ‘quem era eu para impedir
Deus?’ (v. 17) procura quebrar os preconceitos existentes em relação aos
gentios. Isso serviu para a igreja de Jerusalém reconhecer a salvação também
entre os gentios. A mudança de uma pessoa, Pedro, serviu para mudar todos
os crentes na Judéia. Todos obedecem à vontade de Deus, renunciando aos
mal-entendidos. Harmonia e unidade são a maior força da igreja. Como os
apóstolos e os irmãos em Jerusalém reagiram à explicação de Pedro? Qual é
a área que minha comunidade deve mudar para ganhar mais almas?

Uma carta para Deus

Deus, eu Te louvo pela Tua vontade soberana, usando pessoas e situações
para conceder salvação àqueles que confiam em Ti. Mesmo que eu tenha que
enfrentar críticas e aflições por seguir a Tua Palavra, não recuarei. Usa-me
como um canal para a propagação do evangelho, sempre discernindo as Tuas
obras em silêncio.

84
 Pregação de Domingo

Título:

Passagem:

Anotações

Intercessão pelas nações

Uganda tem uma população cristã de 83%, mas é principalmente católica e
anglicana, com cerca de 8% de protestantes. Muçulmanos extremistas quei-
maram igrejas e atacaram crentes nos últimos anos. Oremos para que Deus
proteja os crentes de Uganda, cujas vidas estão em perigo, e que os extremistas
muçulmanos parem de cometer maldades.

85
 SEG

17 Siga o exemplo
de Cristo
Atos 11:19-30

A Bíblia em um ano: 19  Os que tinham sido dispersos por causa

1 Co 5 / 1 Rs 18 / Am 2.1-3.2 da perseguição desencadeada com a morte
de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e
Antioquia, anunciando a mensagem apenas
aos judeus. 

20  Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus,

foram a Antioquia e começaram a falar tam-
bém aos gregos, contando-lhes as boas novas
a respeito do Senhor Jesus. 

21 A mão do Senhor estava com eles, e muitos

creram e se converteram ao Senhor.

22  Notícias desse fato chegaram aos ouvi-

dos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram
Barnabé a Antioquia. 

23 Este, ali chegando e vendo a graça de Deus,

ficou alegre e os animou a permanecerem fi-
éis ao Senhor, de todo o coração. 

24 Ele era um homem bom, cheio do Espírito

Santo e de fé; e muitas pessoas foram acres-
centadas ao Senhor.
86
 Atos 11:19-30

Os dispersos por causa da perseguição pregam o evangelho aos gregos. A mão

do Senhor está com eles e um grande número acredita em Jesus Cristo. A igreja
de Jerusalém envia Barnabé a Antioquia, que ensina os santos ao lado de Saulo.
Os discípulos são chamados de ‘cristãos’. Uma grande fome se abateu sobre toda
a terra e os discípulos enviaram seus irmãos na Judéia para ajudar.
25  Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo 

2 6  e, quando o encontrou, levou-o para

Antioquia. Assim, durante um ano inteiro
Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e
ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípu-
los foram pela primeira vez chamados cristãos.

27 Naqueles dias alguns profetas desceram de

Jerusalém para Antioquia. 

2 8  Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo

Espírito predisse que uma grande fome sobre-
viria a todo o mundo romano, o que aconteceu
durante o reinado de Cláudio. 

29  Os discípulos, cada um segundo as suas

possibilidades, decidiram providenciar ajuda
para os irmãos que viviam na Judéia. 

30  E o fizeram, enviando suas ofertas aos

presbíteros pelas mãos de Barnabé e Saulo.
87
 Ajuda para meditação

Avivamento em Antioquia (11:19-26)

A perseguição após o martírio de Estêvão causou a propagação do evange-
lho. Os discípulos se espalharam por toda parte, alguns indo para a Fenícia,
Chipre e Antioquia. A princípio, eles pregam apenas para os judeus, mas
logo, eles evangelizam os gregos em Antioquia. Dessa forma, o evangelho
começa a ser pregado em Jerusalém, Judéia, Samaria e até mesmo aos gen-
tios. Muitos acreditam em Jesus, enquanto o Senhor está com os evangelis-
tas. Então a igreja em Jerusalém envia Barnabé a Antioquia. Ele traz Saulo
de Tarso e o ensina por um ano. Com o esforço conjunto de Barnabé e
Saulo, a igreja em Antioquia cresce quantitativa e qualitativamente. Os dis-
cípulos começam a ser chamados de ‘cristãos’. Um cristão é o seguidor de
Cristo, imita Sua vida e tenta viver como Ele.
Qual é a influência do trabalho em equipe de Barnabé e Saulo em Antioquia?
Com quem eu devo servir e como gostaria de servir com eles?

Alcance da misericórdia a Jerusalém (11:27-30)

Durante o reavivamento da igreja de Antioquia, alguns profetas chegam de
Jerusalém. Entre eles, Ágabo profetiza pelo Espírito que uma grande fome
viria sobre toda a terra. Isso foi cumprido durante o reinado do imperador
romano Cláudio (reinou de 41 a 54 d.C.), provavelmente em 46 d.C., de
acordo com o historiador Josefo. A igreja em Antioquia coleta ofertas e as
envia com Barnabé e Saulo para ajudar seus irmãos na Judéia. Barnabé e
Saulo vão a Jerusalém no ano seguinte, sendo esta a segunda visita de Saulo
(Gl 2:1-10). Quando a igreja gentia apoia a igreja de Jerusalém, o evange-
lismo aos gentios assume maior proeminência. As boas obras e ofertas dos
santos são evidências de fé e salvação.
Como a igreja em Antioquia ajudou a igreja em Jerusalém em tempos difíceis?
Qual é a ajuda que eu ofereço aos irmãos em dificuldade?

Uma carta para Deus

Deus, eu desejo que a vitalidade dos santos de Antioquia, chamados pela pri-
meira vez ‘cristãos’, se manifeste também em mim e na minha igreja. Ajuda-me
a estimar meus irmãos como superiores a mim, e a trabalhar em equipe com
eles, para juntos realizarmos a obra missionária com o coração de Deus.

88
 Temas Livres Para Reflexão

A honra do
fiel crente
Meu pai escolheu meu nome, Seong-gwan, que significa “bom e
generoso”. Aparentemente, ele queria que seu filho fosse bon-
doso. A bondade é a característica original com a qual Deus
criou o homem no princípio e é o que “Deus vê e considera
bom”. Se o homem que foi salvo restaurar a imagem de Deus,
ele revelará a bondade original que esteve escondida por muito
tempo. Uma vida boa é possível quando nossa essência é trans-
formada por meio de Jesus Cristo e não por boas obras. A verda-
deira bondade consiste em transformar uma árvore espinhosa,
que machuca alguém, em uma árvore boa que dá frutos. Apesar
de tudo, existem tantos cristãos que não são bons, que apenas
frequentam a igreja sem falta e até parecem se esforçar mais por
causa de seus erros. Será que é porque eles precisam se arrepen-
der e se acertar com Deus? Nós devemos mover o mundo com
uma vida bondosa. Deus usa e exalta alguém assim, e permite
que Seu reino se desenvolva por meio de um vaso valioso. Deus
é glorificado e honrado quando pastores, presbíteros, diáconos
e outros cristãos vivem sendo bons. Da mesma forma, o mundo
aplaudirá e parabenizará os fiéis quando eles forem virtuosos na
vida diária, porque uma vida bondosa dá testemunho de nossa
fé (Romanos 14:18).

Meu corpo é um templo, Kim Kwan-seon.

Aplicação Pessoal

89
 TER

18 Oração
sem cessar
Atos 12:1-12

A Bíblia em um ano: 1  Nessa ocasião, o rei Herodes prendeu al-

1 Co 6 / 1 Rs 19 / Am 3.3-4.3 guns que pertenciam à igreja, com a intenção
de maltratá-los, 

2  e mandou matar à espada Tiago, irmão de

João. 

3  Vendo que isso agradava aos judeus, pros-

seguiu, prendendo também Pedro durante a
festa dos pães sem fermento. 

4  Tendo-o prendido, lançou-o no cárcere,

entregando-o para ser guardado por quatro es-
coltas de quatro soldados cada uma. Herodes
pretendia submetê-lo a julgamento público de-
pois da Páscoa.

5  Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a

igreja orava intensamente a Deus por ele.

6 Na noite anterior ao dia em que Herodes iria

submetê-lo a julgamento, Pedro estava dor-
mindo entre dois soldados, preso com duas
algemas, e sentinelas montavam guarda à en-
trada do cárcere. 
90
 Atos 12:1-12

Vendo que o assassinato de Tiago agradou aos judeus, o rei Herodes faz Pedro
prisioneiro. A igreja ora sem cessar por ele e, na véspera do dia em que Herodes
vai libertá-lo, o anjo do Senhor o livra da prisão. Pedro entende que o Senhor
enviou um anjo para libertá-lo de Herodes e vai até a casa de Maria onde os dis-
cípulos estão orando.
7  Repentinamente apareceu um anjo do
Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou
no lado de Pedro e o acordou. “Depressa, le-
vante-se!”, disse ele. Então as algemas caíram
dos punhos de Pedro.

8  O anjo lhe disse: “Vista-se e calce as san-

dálias”. E Pedro assim fez. Disse-lhe ainda o
anjo: “Ponha a capa e siga-me”. 

9  E, saindo, Pedro o seguiu, não sabendo que

era real o que se fazia por meio do anjo; tudo
lhe parecia uma visão. 

10  Passaram a primeira e a segunda guarda, e

chegaram ao portão de ferro que dava para a
cidade. Este se abriu por si mesmo para eles,
e passaram. Tendo saído, caminharam ao lon-
go de uma rua e, de repente, o anjo o deixou.

11  Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei,

sem nenhuma dúvida, que o Senhor enviou o
seu anjo e me libertou das mãos de Herodes e
de tudo o que o povo judeu esperava”.

12  Percebendo isso, ele se dirigiu à casa de

Maria, mãe de João, também chamado Marcos,
onde muita gente se havia reunido e estava
orando
91
 Ajuda para meditação

Pedro na prisão (12:1-5)

Uma crise atinge os apóstolos. O ‘Rei Herodes’ da passagem bíblica cor-
responde a Agripa I, neto de Herodes o Grande. Ele persegue os cristãos
para ganhar o favor dos judeus. Depois de matar Tiago, irmão de João, ele
pretende fazer o mesmo com Pedro. Visto que o costume judaico proibia o
julgamento ou a execução durante a festa da Páscoa e dos Pães Asmos, He-
rodes só podia jogar Pedro na prisão, com a intenção de matá-lo logo após
a festa para agradar aos judeus. A igreja ora sem cessar pela libertação de
Pedro, porque a oração é a única forma de superar uma crise. Nosso Deus
Todo-Poderoso tem a solução para todos os problemas.
O que a igreja fez quando Herodes quis matar Pedro após a festa dos Pães
Asmos? Por que eu devo confiar e orar somente a Deus durante uma crise?

A ajuda do anjo, a libertação de Pedro (12:6-12)

A ajuda de Deus veio uma noite antes de Pedro ser executado. O apóstolo
está acorrentado entre dois soldados e não tem como escapar. No entanto,
adormeceu com o coração tranquilo e com uma fé inabalável. Deus envia
um anjo para ajudar Pedro a escapar. As correntes caem de suas mãos, Pedro
segue o anjo e consegue escapar. Quatro soldados o vigiavam em quatro
turnos, mas pela obra de Deus, nenhum deles notou. Somente após a parti-
da do anjo, Pedro cai em si e entende que Deus enviou um anjo. Os irmãos
estavam reunidos orando na casa de Maria, mãe de João, chamado Marcos.
Deus respondeu às orações dos santos e resgatou milagrosamente Pedro.
Como Pedro escapou da prisão? Qual é o milagre que Deus me concedeu,
como produto da oração?

Uma carta para Deus

Deus, Tu decides na Tua vontade soberana a prisão ou a liberdade dos homens.
Ainda que os poderes deste mundo aflijam os filhos de Deus, ajuda-me a per-
manecer firme na verdade e a não perder a coragem. Toda vez que oro com
fé, confiando em Teu poder, fazes milagres em nosso favor.

92
 Temas Livres Para Reflexão

Fortalecido
pela oração
Um menino de escola primária teve que desistir do sonho de
jogar futebol devido a uma situação familiar difícil. Mas um dia,
seu professor de educação física descobriu isso e organizou um
encontro com um renomado jogador de futebol. Então, ele in-
centivou seu aluno a praticar sozinho durante uma hora. Ao che-
gar, o menino não acreditou no que estava vendo. Acontece que
seu jogador favorito estava lá. Assim, depois de treinar com o
futebolista que mais respeitava, decidiu continuar a jogar.
A psicologia chama esse tipo de mudança drástica de “empode-
ramento” e é quando um indivíduo fraco se torna cada vez mais
forte para um relacionamento. Embora a situação financeira do
menino não tivesse melhorado, ele próprio mudou e conseguiu
encontrar coragem para seguir em frente. Ou seja, que havia sido
“reforçado”. Desta forma, um cristão é aquele que experimenta
uma transcendência em sua vida através do “poder do Espíri-
to Santo” incomparável ao que um famoso jogador de futebol
pode transmitir. O poder do Espírito Santo abunda ainda mais
naqueles que oram. Deus é tão Onipotente que o homem, um
ser com talentos e habilidades limitadas, não pode imaginar. As-
sim, nos tornamos uma nova pessoa totalmente diferente de an-
tes, quando oramos convidando o Deus do poder para entrar em
nossas vidas.

Uma vitória abundante, Lee Seong-jo.

Aplicação Pessoal

93
 QUA

19 Julgamento divino
sobre os orgulhosos
Atos 12:13-25

A Bíblia em um ano: 13 Pedro bateu à porta do alpendre, e uma ser-

1 Co 7.1-24 / 1 Rs 20 / Am 4.4-13 va chamada Rode veio atender. 

14  Ao reconhecer a voz de Pedro, tomada de

alegria, ela correu de volta, sem abrir a porta,
e exclamou: “Pedro está à porta!”

15  Eles porém lhe disseram: “Você está fora

de si!” Insistindo ela em afirmar que era Pedro,
disseram-lhe: “Deve ser o anjo dele”.

16  Mas Pedro continuou batendo e, quando

abriram a porta e o viram, ficaram perplexos. 

17  Mas ele, fazendo-lhes sinal para que se

calassem, descreveu como o Senhor o havia ti-
rado da prisão e disse: “Contem isso a Tiago e
aos irmãos”. Então saiu e foi para outro lugar.

18  De manhã, não foi pequeno o alvoroço

entre os soldados quanto ao que tinha acon-
tecido a Pedro. 

19  Fazendo uma busca completa e não o en-

contrando, Herodes fez uma investigação entre
os guardas e ordenou que fossem executados.
Depois Herodes foi da Judéia para Cesaréia e
permaneceu ali durante algum tempo. 
94
 Atos 12:13-25

Pedro conta aos irmãos como o Senhor o tirou da cadeia e sai dali. Herodes ordena
que os guardas que guardavam Pedro sejam mortos e vai para Cesaréia. Ele dá
palestras para o povo e eles gritam: ‘voz de um deus!’. Visto que Herodes não dá
glória a Deus, expira comido de vermes. A Palavra do Senhor cresce e se multi-
plica.
20  Ele estava cheio de ira contra o povo de
Tiro e Sidom; contudo, eles haviam se reuni-
do e procuravam ter uma audiência com ele.
Tendo conseguido o apoio de Blasto, homem
de confiança do rei, pediram paz, porque de-
pendiam das terras do rei para obter alimento.

21  No dia marcado, Herodes, vestindo seus

trajes reais, sentou-se em seu trono e fez um
discurso ao povo. 

22  Eles começaram a gritar: “É voz de deus,

e não de homem”. 

23  Visto que Herodes não glorificou a Deus,

imediatamente um anjo do Senhor o feriu; e
ele morreu comido por vermes.

24  Entretanto, a palavra de Deus continuava

a crescer e a espalhar-se.

25  Tendo terminado sua missão, Barnabé e

Saulo voltaram de Jerusalém, levando consi-
go João, também chamado Marcos.
95
 Ajuda para meditação

Pedro e os crentes (12:13-19)

A fé não é duvidar da resposta à oração. Os santos oraram fervorosamen-
te pela libertação de Pedro, mas não acreditaram que Deus os atenderia
tão rapidamente. Quando, Rode lhes diz que Pedro está do lado de fora da
porta, eles dizem: ‘deve ser o anjo dele’ (v. 15), porque alguns dos judeus
acreditavam que todo crente tinha um anjo da guarda. No final, todos ficam
surpresos ao ver Pedro. O apóstolo conta sobre o resgate milagroso que
experimentou na prisão e parte para outro lugar. Tiago, do v. 17, é irmão de
Jesus. Herodes fica muito irritado com o desaparecimento de Pedro e orde-
na que os guardas sejam mortos. A oração respondida traz salvação e alegria
para os santos, mas derrota e raiva para o adversário.
Qual foi o consolo e a alegria que os santos receberam depois de verem Pedro?
O que eu devo persistir em orar, sem hesitar, até ver a resposta de Deus?

A morte de Herodes (12:20-25)

Herodes estava zangado com o povo de Tiro e Sidom, mas as Escrituras não
explicam a causa de sua ira. Ambas as nações procuram se reconciliar com
Herodes com a intervenção de Blasto, ‘o principal servo do rei’. Esta era
uma pessoa de confiança para o rei. No dia marcado, Herodes faz um dis-
curso majestoso e a multidão o aplaude. Herodes é arrogante e não glorifica
a Deus. Por ter provocado Sua ira, Deus, irado, o fere de morte. Foi comido
por vermes, provavelmente algum parasita intestinal ou estomacal. Seu fim
é miserável, por ter perseguido a igreja, matado Tiago e aprisionado Pedro.
Deus encoraja os apóstolos, remove obstáculos e faz crescer e multiplicar a
Palavra em todos os lugares.
Qual foi o fim de Herodes por ter perseguido a igreja e não ter glorificado a
Deus? O que acontecerá com aqueles que não permitem a pregação do evan-
gelho e agem com orgulho?

Uma carta para Deus

Deus, eu Te louvo porque, apesar da perseguição contra o evangelho, Tu não
paraste de escrever os Atos dos Apóstolos. Dá-me fé para não temer diante da
oposição à Tua Palavra e ousadia para pregar o evangelho. Eu confio na Tua
onipotência, que supera o poder da oposição. Deixa-me ver o reavivamento
do evangelho.

96
 Temas Livres Para Reflexão

Liderança
empoderada
pela oração
Spurgeon, o grande pregador devoto, não permitia que dois ti-
pos de alunos se matriculassem no seminário teológico pelo qual
ele era responsável. O primeiro grupo eram as pessoas compe-
tentes que tiveram sucesso em tudo o que faziam porque, consi-
derando-se excelentes em tudo, não oravam com todo o seu ser
e acreditavam que teriam sucesso em seu ministério apenas por
causa de suas habilidades. Ou seja, o poder de Deus não seria re-
velado em seus ministérios. A segunda categoria pertencia àque-
les que haviam falhado em todos os seus projetos antes de ser
pastor. Eles alegavam que Deus os havia feito fracassar em tudo
para torná-los pastores, mas a verdade é que provavelmente era
porque eles não oravam o suficiente. Spurgeon estava convenci-
do de que aquele que não acreditasse no poder da oração fracas-
saria, mesmo que se dedicasse ao ministério. Embora o homem
falhe por ser muito arrogante, também é claro que quem não
orar a Deus com fé não poderá ser usado por Ele. Todo líder,
não apenas um religioso, deve sempre se revestir do poder da
oração. Nós podemos dizer que quem busca se tornar um líder
por esforço próprio sem orar ou que não tem fé em Deus não
tem qualidades para ser um líder. Isso ocorre porque o mundo
precisa de um líder com forte fé. Portanto, é responsabilidade de
todo fiel viver dia a dia com a oração da fé.

Tito, cuide da igreja, Park Dae-young.

Aplicação Pessoal

97
 QUI

20 A grande
comissão
Atos 13:1-12

A Bíblia em um ano: 1 Na igreja de Antioquia havia profetas e mes-

1 Co 7.25-40 / 1 Rs 21 / Am 5 tres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio
de Cirene, Manaém, que fora criado com
Herodes, o tetrarca, e Saulo. 

2  Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam,

disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé
e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. 

3  Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-

-lhes as mãos e os enviaram.

4  Enviados pelo Espírito Santo, desceram a

Selêucia e dali navegaram para Chipre. 

5  Chegando em Salamina, proclamaram a pa-

lavra de Deus nas sinagogas judaicas. João
estava com eles como auxiliar.

6  Viajaram por toda a ilha, até que chegaram

a Pafos. Ali encontraram um judeu, chama-
do Barjesus, que praticava magia e era falso
profeta. 
98
 Atos 13:1-12

O Espírito Santo separa Barnabé e Saulo entre os profetas e mestres de Antioquia.

Tendo jejuado e orado, impuseram as mãos sobre eles, e Barnabé e Saulo foram
para Chipre. O procônsul Sérgio se volta para o Senhor ao ver Elimas ficar cego
segundo as palavras de Paulo em Pafos.

7  Ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo.

O procônsul, sendo homem culto, mandou
chamar Barnabé e Saulo, porque queria ouvir
a palavra de Deus. 

8  Mas Elimas, o mágico (esse é o significado

do seu nome), opôs-se a eles e tentava desviar
da fé o procônsul. 

9 Então Saulo, também chamado Paulo, cheio

do Espírito Santo, olhou firmemente para
Elimas e disse: 

10 “Filho do Diabo e inimigo de tudo o que é

justo! Você está cheio de toda espécie de en-
gano e maldade. Quando é que vai parar de
perverter os retos caminhos do Senhor? 

11 Saiba agora que a mão do Senhor está contra

você, e você ficará cego e incapaz de ver a luz
do sol durante algum tempo”.Imediatamente
vieram sobre ele névoa e escuridão, e ele, ta-
teando, procurava quem o guiasse pela mão. 

12  O procônsul, vendo o que havia aconteci-

do, creu, profundamente impressionado com
o ensino do Senhor.
99
 Ajuda para meditação

As instruções do Espírito Santo (13:1-3)

A igreja de Antioquia é a primeira igreja composta principalmente por gen-
tios. Os líderes dessa igreja eram Barnabé, Simão, Lúcio, Manaém e Saulo,
todos eles de diferentes contextos raciais ou geográficos. Durante um jejum,
o Espírito Santo lhes diz: “Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os
tenho chamado” (v. 2). Sem lhes dizer nada sobre o ministério a desenvolver,
ou para onde deveriam ir Barnabé e Saulo, ele apenas lhes diz que eles serão
separados para o ministério para o qual foram chamados. Os ministros da
igreja em Antioquia jejuam e oram sobre isso, impõem as mãos sobre ambos
e os enviam como missionários. A direção do Espírito Santo requer total
obediência e fé ousada de nossa parte.
O que o Espírito Santo ordenou aos ministros da igreja em Antioquia? Sou
completamente obediente à direção do Espírito Santo, mesmo que seja in-
compreensível para mim?

Evangelismo em Chipre (13:4-12)

Em sua primeira viagem missionária, Paulo (Saulo) e Barnabé navegam para
Chipre sob a orientação do Espírito Santo. Esta é a cidade natal de Barna-
bé (4:36). João, cujo apelido é Marcos, os acompanha como ajudante (v.5,
12:12). Eles chegam a Salamina, a ponta oriental de Chipre, e pregam nas
sinagogas. É eficaz para os judeus falar do Antigo Testamento na evan-
gelização. Eles percorrem cerca de 140 km. para o extremo oeste, Pafos.
Um mágico se opõe ao evangelho. Então, Paulo, cheio do Espírito Santo, o
repreende por seus enganos e pecados, cegando instantaneamente o mági-
co. O procônsul Sérgio Paulo aceita Jesus. Evangelismo é guerra espiritual.
Quando os obstáculos de Satanás são superados pelo poder e autoridade do
Espírito Santo, o evangelho se espalha poderosamente.
O que aconteceu quando Paulo, cheio do Espírito, repreendeu um mágico?
Como nos preparamos para a batalha espiritual que resulta na salvação de
almas?

Uma carta para Deus

Deus, Tu amas missões e eu Te louvo porque em Teu tempo, abriste as portas
da missão mundial através da igreja de Antioquia. Eu desejo obedecer-Te
juntamente com a minha família quando Tu nos chames para servir às nações.
Ensina-me quais são as necessidades dos campos missionários e ajuda-me a
servir-Te fielmente.

100
 Temas Livres Para Reflexão

Os sábios conselhos
do Espírito Santo
Muitas vezes nós não vemos o caminho ao longo do ministério
ou da vida, e então perguntamos ao Espírito Santo. No entanto,
não devemos questionar a Deus por que não vemos o caminho
ou por que o mesmo esteja bloqueado, se estamos fazendo Sua
obra. Embora Deus seja aparentemente invisível para nós, de-
vemos ter certeza de que Ele é o Salvador Todo-Poderoso que
trabalha além de nossos pensamentos. Devemos pedir ao Espí-
rito Santo e confiar nEle porque somos humanos com muitas li-
mitações. Assim, quando consultamos o Espírito, Ele nos ensina
e nos mostra o caminho correto. Às vezes parece que Deus nos
abandona para que fracassemos. Mas por que Ele faz isso? Para
nos ensinar. Assim, um teólogo sustentou que a orientação do
Espírito Santo é “um dom de Deus para consolar nossos erros
e fracassos”. A orientação do Espírito Santo é uma graça mila-
grosa que salva a alma abatida e transforma o desespero em es-
perança. Portanto, nós não devemos realizar a obra de Deus sem
o poder do Espírito Santo e antes de fazer algo de acordo com
nosso plano, devemos sentar com a mente em branco diante de
Deus. Também não devemos afirmar categoricamente, quando
fazemos algo que queremos, tentados por nossos desejos, que
é a resposta de Deus ou assumir que é a Sua vontade sem nos
basearmos na Palavra. Se agirmos sem perguntar a Deus, porque
aparentemente tudo vai bem, o sucesso se tornará a fonte do
mal. Pelo contrário, se perguntarmos a Deus qual é a Sua von-
tade quando todos os caminhos parecerem fechados, Ele nos
guiará pelo caminho da sabedoria inimaginável ao homem.

O suspirar de Deus, Kim Byung-sam.

Aplicação Pessoal

101
 SEX

21 Jesus Cristo:
o centro
Atos 13:13-31

A Bíblia em um ano: 13 De Pafos, Paulo e seus companheiros nave-

1 Co 8 / 1 Rs 22 / Am 6 garam para Perge, na Panfília. João os deixou
ali e voltou para Jerusalém. 
14  De Perge prosseguiram até Antioquia da
Pisídia. No sábado, entraram na sinagoga e se
assentaram. 
15  Depois da leitura da Lei e dos Profetas,
os chefes da sinagoga lhes mandaram dizer:
“Irmãos, se vocês têm uma mensagem de en-
corajamento para o povo, falem”.
16  Pondo-se em pé, Paulo fez sinal com a
mão e disse: “Israelitas e gentios que temem a
Deus, ouçam-me! 
17 O Deus do povo de Israel escolheu nossos
antepassados e exaltou o povo durante a sua
permanência no Egito; com grande poder os
fez sair daquele país 
18  e os aturou no deserto durante cerca de
quarenta anos. 
19  Ele destruiu sete nações em Canaã e deu a
terra delas como herança ao seu povo. 
20  Tudo isso levou cerca de quatrocentos e
cinqüenta anos. “Depois disso, ele lhes deu ju-
ízes até o tempo do profeta Samuel. 
21 Então o povo pediu um rei, e Deus lhes deu
Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim, que
reinou quarenta anos. 
22  Depois de rejeitar Saul, levantou-lhes
Davi como rei, sobre quem testemunhou:
‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem se-
gundo o meu coração; ele fará tudo o que for
da minha vontade’.
102
 Atos 13:13-31

Paulo chega a Perge e João retorna a Jerusalém. Paulo prega na sinagoga de An-
tioquia da Pisídia. Jesus veio da linhagem de Davi segundo a promessa de Deus,
mas os judeus condenaram e mataram Jesus, o Salvador e Senhor anunciado por
João Batista. Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, e os discípulos testemu-
nham isso.
23 “Da descendência desse homem Deus trou-
xe a Israel o Salvador Jesus, como prometera. 

24  Antes da vinda de Jesus, João pregou um

batismo de arrependimento para todo o po-
vo de Israel. 

25  Quando estava completando sua carreira,

João disse: ‘Quem vocês pensam que eu sou?
Não sou quem vocês pensam. Mas eis que vem
depois de mim aquele cujas sandálias não sou
digno nem de desamarrar’.

26  “Irmãos, filhos de Abraão, e gentios que

temem a Deus, a nós foi enviada esta mensa-
gem de salvação. 

27  O povo de Jerusalém e seus governantes

não reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo,
cumpriram as palavras dos profetas, que são
lidas todos os sábados. 

28 Mesmo não achando motivo legal para uma

sentença de morte, pediram a Pilatos que o
mandasse executar. 

29  Tendo cumprido tudo o que estava escrito

a respeito dele, tiraram-no do madeiro e o co-
locaram num sepulcro. 

30  Mas Deus o ressuscitou dos mortos, 

31 e, por muitos dias, foi visto por aqueles que

tinham ido com ele da Galiléia para Jerusalém.
Eles agora são testemunhas dele para o povo.
103
 Ajuda para meditação

A história de Israel (13:13-25)

Jesus é o Filho de Deus. Paulo e seus companheiros chegam a Perge, mas
João Marcos retorna a Jerusalém (v. 13). Não sabemos ao certo o que acon-
teceu, mas podemos inferir pelos relatos de Lucas que não teria sido por
um bom motivo (15:37-39). Paulo viaja para Antioquia, na Pisídia, e prega
em uma sinagoga. A frase ‘altos dignitários da sinagoga’ (v. 15) sugere um
número significativo de judeus naquela cidade. Paulo tem a oportunidade de
exortá-los e relatar a história de Israel na perspectiva da redenção. Depois de
mencionar o êxodo egípcio, a passagem pelo deserto, o tempo dos juízes e
o reinado, cujos reis mais importantes foram Saul e Davi, ele anuncia Jesus,
que veio da linhagem de Davi. Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salva-
dor e Senhor dos pecadores.
Por que Paulo conta a história de Israel? Que preparação e estratégias eu
preciso para desenvolver um evangelismo eficaz?

Jesus e o Antigo Testamento (13:26-31)

De fato, Jesus é o Filho de Deus, a ‘Palavra da salvação’ (v. 26). Os judeus
mataram Jesus porque não entenderam os escritos dos profetas que liam
todos os sábados. Eles se gabavam de conhecer a Palavra de Deus, mas igno-
ravam algo importante: que Jesus Cristo é o cerne e o fio condutor de todo o
Antigo Testamento, que aponta para Jesus. Em sua ignorância, eles mataram
Jesus, cumprindo assim todas as Escrituras sobre o Messias. Mas Deus O
ressuscitou dentre os mortos no terceiro dia, porque Jesus foi obediente em
tudo. A ressurreição de Jesus é um fato histórico e há muitas testemunhas
dessa verdade. Jesus é o mesmo Messias profetizado no Antigo Testamento.
Vamos, portanto, tentar conhecer o coração e a vontade de Deus revelados
na Bíblia e obedecê-Lo.
Por que os judeus mataram Jesus, que é a Palavra da salvação? O que acon-
tece se lermos a Bíblia de forma egocêntrica, longe da vontade de Deus?

Uma carta para Deus

Deus, de fato Tu cumpres a Tua Palavra e as Tuas promessas. Sob a Tua
providência, as profecias sobre a primeira vinda de Jesus foram cumpridas.
Eu tenho certeza de que todas as profecias sobre a segunda vinda do Senhor
também serão plenamente cumpridas. Guia meus passos para que eu possa
anunciar a morte, ressurreição e segunda vinda de Jesus.

104
 Temas Livres Para Reflexão

A religiosidade
sem Cristo
Atualmente, é difícil encontrar nas disputas teológicas o fruto
daquilo que fala a Bíblia. As inúmeras discussões consideradas
teológicas estão repletas de conversas ou pensamentos disfar-
çados de inquietação e ira, como se estivesse estabelecido que
para estudar teologia é preciso “ficar com raiva”. Parece que
usam a teologia como uma arma, em vez de uma fonte de ale-
gria. Frequentemente, uma teologia e uma religião sem Cristo
tornam-se armas de três maneiras. Primeiro, causando divisão.
Há quem afirme que somente eles e seus seguidores possuem
a verdade e destroem a união. Estes transformam seus irmãos,
com quem deveriam marchar rumo à Terra Prometida, em sú-
ditos de discórdia. Em segundo lugar, como uma ferramenta de
orgulho. Aqueles que abusam da teologia desta forma tornam-se
mais arrogantes à medida que acumulam conhecimento. A busca
pela verdade torna-se um meio de se engrandecer, vangloriar-se
de suas capacidades intelectuais e tentar reivindicar a glória que
pertence a Deus. Terceiro, torna-se uma arma para substituir a
santidade e a sabedoria. Alguns confundem clareza teológica e
convicção com sabedoria. Em outras palavras, procura substituir
a adoração e a devoção a Deus por palavras bonitas e raciocínio
teológico. Assim, nós podemos cair na armadilha da religião sem
Cristo, como os judeus que negaram Jesus fingindo ser religio-
sos. Portanto, o objetivo da fé é conhecer perfeitamente quem é
Jesus e agir segundo a Sua vontade.

Teologia frutífera, Ronni Kurtz.

Aplicação Pessoal

105
 SÁB

22 Anunciando o Jesus
ressuscitado
Atos 13:32-41

A Bíblia em um ano: 32 “Nós lhes anunciamos as boas novas: o que

1 Co 9 / 2 Rs 1-2 / Am 7 Deus prometeu a nossos antepassados 

33  ele cumpriu para nós, seus filhos, ressus-

citando Jesus, como está escrito no Salmo
segundo: “‘Tu és meu filho; eu hoje te gerei’.

34 O fato de que Deus o ressuscitou dos mor-

tos, para que nunca entrasse em decomposição,
é declarado nestas palavras: “‘Eu lhes dou as
santas e fiéis bênçãos prometidas a Davi’.

35 Assim ele diz noutra passagem: “‘Não per-

mitirás que o teu Santo sofra decomposição’.

36 “Tendo, pois, Davi servido ao propósito de

Deus em sua geração, adormeceu, foi sepul-
tado com os seus antepassados e seu corpo se
decompôs. 
106
 Atos 13:32-41

Paulo anuncia o evangelho da promessa feita aos pais. Como diz o salmo, Jesus,
que ressuscitou dos mortos, nunca mais voltará à corrupção. É por meio dEle que
recebemos o perdão dos pecados. Não somos justificados pela Lei de Moisés, mas
por crer em Jesus. Aqueles que desprezam isso perecerão por sua incredulidade.

37  Mas aquele a quem Deus ressuscitou não

sofreu decomposição.

38 “Portanto, meus irmãos, quero que saibam

que mediante Jesus lhes é proclamado o per-
dão dos pecados. 

39 Por meio dele, todo aquele que crê é justifi-

cado de todas as coisas das quais não podiam
ser justificados pela Lei de Moisés. 

40  Cuidem para que não lhes aconteça o que

disseram os profetas:

41 “‘Olhem, escarnecedores, admirem-se e pe-

reçam; pois nos dias de vocês farei algo que
vocês jamais creriam se alguém lhes contasse!’”
107
 Ajuda para meditação

Profecias sobre a ressurreição (13:32-37)

A ressurreição de Jesus foi anunciada no Antigo Testamento. Paulo cita al-
gumas passagens do Antigo Testamento para testemunhar sobre a ressur-
reição do Senhor. Primeiro, ele cita o Salmo 2:7 que diz: “Tu és meu filho,
hoje te gerei” (v. 33) para enfatizar que Jesus é nosso Rei. Em seguida, ele
recita mais duas passagens do Antigo Testamento: “ A ti darei as fiéis mise-
ricórdias de Davi” (v. 34; Is. 55:3) e “não permitirás que o teu Santo veja a
corrupção” (v. 35; Sl. 16:10), para declarar que o reino de Davi durará para
sempre por meio de Jesus. Depois que Ele ressuscitar, Jesus não verá cor-
rupção. Depois de um encontro vívido com o Jesus ressurreto na estrada
para Damasco, Paulo corajosamente testifica de Sua ressurreição.
Que passagens do Antigo Testamento Paulo cita que testificam à ressurreição
de Jesus? Quais são as passagens bíblicas que me deram certeza da ressu-
rreição de Cristo?

Paulo exorta para que creiam (13:38-41)

O perdão dos pecados é um dom que nós recebemos por meio de Jesus.
Todos nós precisamos crer na ressurreição de Jesus, receber o perdão dos
nossos pecados e sermos justificados. Ninguém pode ser justificado pela
lei de Moisés, mas pela fé em Jesus. Tanto o ‘perdão dos pecados’ quanto
a ‘justificação’ têm a ver com a salvação. Paulo os exorta a responder cor-
retamente ao evangelho ouvido. Ele adverte com a profecia de Habacuque
para aqueles que responderem com incredulidade (v. 41; Hab. 1:5): Israel foi
atacado e conquistado pela Babilônia por não ter acreditado na advertência
de Deus. Da mesma forma, qualquer um que se recusar a acreditar na morte
e ressurreição de Jesus será julgado por Deus. O evangelho da salvação deve
ser recebido com fé indivisa.
Qual é a exortação de Paulo para aqueles que ouviram o evangelho? Por que
é importante responder e obedecer à Palavra com fé?

Uma carta para Deus

Deus, conceda-me a Tua graça de conhecer o Teu coração ao ler o Antigo
e o Novo Testamento. Eu entendo que todas as profecias da Bíblia foram ou
serão cumpridas e que eu devo viver de acordo com a Tua Palavra. Ajuda-me a
anunciar o evangelho da vida e da salvação a todos os que estão enfrentando
um julgamento divino iminente.

108
 Temas Livres Para Reflexão

Teologia ortodoxa,
prática ortodoxa
A teologia e a prática ortodoxa são fundamentais para uma vida
de fé saudável. Quando alcançarmos esses dois elementos, po-
deremos ter uma vida de fé correta. Se um deles não for firme,
causará divisão na fé e no modo de ação, e colocará em perigo
o equilíbrio da vida. Se olharmos para a história do cristianismo,
nós descobriremos que cada vez que a pureza da fé diminuía, o
radicalismo, que exigia um dos dois elementos, se popularizava
e confundia a igreja. Hoje, ainda existem membros como esses
procurando remover um deles. Existem “cristãos ET”, que pos-
suem muito conhecimento, mas não fazem absolutamente nada;
e “cristãos dinossauros” que são rápidos em agir, mas sabem
pouco sobre a Bíblia. ET é um personagem de um antigo filme
de ficção científica caracterizado por ter uma cabeça grande e
membros muito finos. Para os cristãos ET, que só conhecem a
fé com a cabeça, isso é apenas um estudo de doutrina. É por isso
que eles não interagem ou pregam. Por sua vez, os dinossauros
cristãos frequentam as reuniões, sem falta e, participam de todas
as atividades, mas não leem a Bíblia e podem facilmente cair no
misticismo ou no anti-intelectualismo. A salvação que Jesus nos
deu ao se sacrificar e morrer na cruz não é uma graça barata. Po-
rém, a atitude conformista que não procura descobrir esse valor
ou viver segundo a Palavra é uma fé fraca que não gera força
alguma. Portanto, sejamos fiéis, cheios de vitalidade, armados
com a teologia e a prática da sã ortodoxia.

Cristão em tempo completo, Kim Sang-soo.

Aplicação Pessoal

109
 DOM

23 Alheios à Palavra
da vida
Atos 13:42-52

A Bíblia em um ano: 42  Quando Paulo e Barnabé estavam saindo

1 Co 10 / 2 Rs 3 / Am 8 da sinagoga, o povo os convidou a falar mais
a respeito dessas coisas no sábado seguinte. 

43  Despedida a congregação, muitos dos ju-

deus e estrangeiros piedosos convertidos ao
judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Estes
conversavam com eles, recomendando-lhes
que continuassem na graça de Deus.

44 No sábado seguinte, quase toda a cidade se

reuniu para ouvir a palavra do Senhor. 

45 Quando os judeus viram a multidão, ficaram

cheios de inveja e, blasfemando, contradiziam
o que Paulo estava dizendo.

46  Então Paulo e Barnabé lhes responderam

corajosamente: “Era necessário anunciar pri-
meiro a vocês a palavra de Deus; uma vez que
a rejeitam e não se julgam dignos da vida eter-
na, agora nos voltamos para os gentios. 
110
 Atos 13:42-52

Após a reunião da sinagoga, muitos seguem Paulo e Barnabé. No sábado seguin-

te, quase toda a cidade se reúne. Isso provoca ciúme nos judeus, que contestam
o que Paulo diz. Ambos os apóstolos apontam que eles se voltarão para os gentios.
Todos os que são ordenados para a vida eterna acreditam. Os judeus incitam
alguns a expulsar os apóstolos e eles vão para Icônio.
47 Pois assim o Senhor nos ordenou: “‘Eu fiz
de você luz para os gentios, para que você le-
ve a salvação até aos confins da terra’”.

48  Ouvindo isso, os gentios alegraram-se e

bendisseram a palavra do Senhor; e creram
todos os que haviam sido designados para a
vida eterna.

49  A palavra do Senhor se espalhava por to-

da a região. 

50  Mas os judeus incitaram as mulheres pie-

dosas de elevada posição e os principais da
cidade. E, provocando perseguição con-
tra Paulo e Barnabé, os expulsaram do seu
território. 

51 Estes sacudiram o pó dos seus pés em pro-

testo contra eles e foram para Icônio. 

52  Os discípulos continuavam cheios de ale-

gria e do Espírito Santo.
111
 Ajuda para meditação

A inveja dos Judeus (13:42-47)

Nem todos respondem da mesma forma ao evangelho. A pregação de Paulo
causou uma resposta positiva nos mais piedosos, e eles seguem Paulo e Bar-
nabé. A exortação para ‘continuar na graça de Deus’ (v. 43) é sinônimo de
permanecer sob a graça da justificação pela fé. Na semana seguinte, quase
toda a cidade se reúne para ouvir o apóstolo, e os judeus ficam cheios de
inveja e julgam a pregação de Paulo. Apesar da reação negativa dos judeus,
Paulo e Barnabé não perdem a coragem. Eles declaram que se voltarão para
os gentios porque os judeus rejeitaram a Palavra de Deus e a vida eterna.
Nem todos reagem com fé. A salvação e a vida eterna começam com uma
resposta correta à Palavra de Deus, independentemente de sua etnia.
Como reagem aqueles que ouvem Paulo pregar? Como a inveja humana afeta
negativamente a aceitação da Palavra?

Aqueles que creem e rejeitam (13:48-52)

Os gentios se regozijam ao ouvir que o evangelho da vida eterna lhes será
pregado também. A palavra grega para ‘ordenado’ (para a vida eterna) sig-
nifica ‘registrar seu nome no livro’. Com a evangelização dos gentios, come-
çou também a perseguição aos judeus. Os judeus incitam ‘mulheres piedosas
e ilustres’ (de riqueza) e ‘os principais da cidade’ (os poderosos) a expulsar
Paulo e Barnabé de suas cidades e fronteiras. Eles sacodem a poeira de seus
pés, de acordo com a advertência do julgamento divino, porque rejeitaram as
boas novas da salvação. Alguns aceitam o evangelho, mas outros o rejeitam.
Nos esforcemos para pregar o evangelho com alegria e plenitude do Espíri-
to Santo, confiando os resultados a Deus.
O que significa que Paulo e Barnabé sacudiram a poeira de seus pés contra
os judeus não convertidos? Como os incrédulos incitam hoje, se opondo ao
evangelho de Cristo?

Uma carta para Deus

Deus, obrigado por poder me examinar à luz da Tua Palavra e me perguntar
qual é a minha reação à Tua santa vontade. Dá-me a bênção de acreditar em
Tua Palavra escrita e agir com fé. Eu prometo orar por aqueles que reagem
negativamente ao evangelho, rejeitando Jesus, o Autor da vida.

112
 Pregação de Domingo

Título:

Passagem:

Anotações

Intercessão pelas nações

A população de Papua Nova Guiné é 94% cristã, mas o sincretismo religioso
e o nominalismo criaram sérios problemas como alcoolismo, vício em jogos de
azar e promiscuidade sexual, resultando na disseminação da AIDS. A insta-
bilidade econômica paralisou a educação, o transporte público e os serviços
médicos. Oremos para que esta nação seja transformada e restaurada pelo
poder renovador do Senhor.

113
 SEG

24 Deus, é o
Único digno
Atos 14:1-18

A Bíblia em um ano: 1  Em Icônio, Paulo e Barnabé, como de cos-

1 Co 11.1-16 / 2 Rs 4 / Am 9 tume, foram à sinagoga judaica. Ali falaram de
tal modo que veio a crer grande multidão de
judeus e gentios. 

2 Mas os judeus que se tinham recusado a crer

incitaram os gentios e irritaram-lhes os ânimos
contra os irmãos. 

3  Paulo e Barnabé passaram bastante tem-

po ali, falando corajosamente do Senhor, que
confirmava a mensagem de sua graça realizan-
do sinais e maravilhas pelas mãos deles. 

4  O povo da cidade ficou dividido: alguns es-

tavam a favor dos judeus, outros a favor dos
apóstolos. 

5 Formou-se uma conspiração de gentios e ju-

deus, com os seus líderes, para maltratá-los e
apedrejá-los. 

6  Quando eles souberam disso, fugiram para

as cidades licaônicas de Listra e Derbe, e seus
arredores, 

7  onde continuaram a pregar as boas novas.

8  Em Listra havia um homem paralítico dos

pés, aleijado desde o nascimento, que vivia ali
sentado e nunca tinha andado. 

9 Ele ouvira Paulo falar. Quando Paulo olhou

diretamente para ele e viu que o homem tinha
fé para ser curado, 

10  disse em alta voz: “Levante-se! Fique em

pé!” Com isso, o homem deu um salto e co-
meçou a andar.
114
 Atos 14:1-18

Paulo e Barnabé pregam o evangelho em Icônio e o Senhor confirma Sua Palavra

com sinais e maravilhas. Paulo foge para Listra por causa da perseguição dos
judeus e ali cura um coxo de nascença. A multidão tenta adorar Paulo e Barnabé;
mas eles não permitem, mas anunciam o Deus vivo.

11 Ao ver o que Paulo fizera, a multidão come-

çou a gritar em língua licaônica: “Os deuses
desceram até nós em forma humana!” 

1 2  A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo

Hermes, porque era ele quem trazia a palavra. 

13  O sacerdote de Zeus, cujo templo ficava

diante da cidade, trouxe bois e coroas de flo-
res à porta da cidade, porque ele e a multidão
queriam oferecer-lhes sacrifícios.

14 Ouvindo isso, os apóstolos Barnabé e Paulo

rasgaram as roupas e correram para o meio da
multidão, gritando: 

15  “Homens, por que vocês estão fazendo is-

so? Nós também somos humanos como vocês.
Estamos trazendo boas novas para vocês, di-
zendo-lhes que se afastem dessas coisas vãs e
se voltem para o Deus vivo, que fez o céu, a
terra, o mar e tudo o que neles há. 

16  No passado ele permitiu que todas as na-

ções seguissem os seus próprios caminhos. 

17 Contudo, Deus não ficou sem testemunho:

mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do
céu e colheitas no tempo certo, concedendo-
-lhes sustento com fartura e um coração cheio
de alegria”. 

18  Apesar dessas palavras, eles tiveram di-

ficuldade para impedir que a multidão lhes
oferecesse sacrifícios.
115
 Ajuda para meditação

Pregação em Icônio (14:1-7)

A perseguição é uma evidência clara da propagação do evangelho. Paulo e
Barnabé chegam a Icônio e anunciam as boas novas na sinagoga dos judeus.
Icônio é uma cidade antiga onde a agricultura e o comércio se desenvolve-
ram. Paulo e Barnabé visitaram as cidades onde estavam as maiores comu-
nidades judaicas, para ter um alcance maior. À medida que o evangelho se
espalha, alguns judeus desobedientes ao evangelho incitam certos gentios a
criar inimizade contra os apóstolos. No entanto, os apóstolos permanecem
na cidade, encorajam os novos crentes gentios a crescer na fé, e o Senhor
confirma o evangelho pregado com sinais e maravilhas. Quando seus adver-
sários tentam apedrejá-los até a morte, os apóstolos se mudam para outro
local para continuar anunciando as boas novas.
Por que Paulo e Barnabé ficaram tanto tempo em Icônio? Em que eu devo
perseverar, apesar da oposição?

Pregação em Listra (14:8-18)

Um homem de Listra, coxo de nascença, ouve a pregação de Paulo e reage
com fé. Vendo isso, Paulo o cura pelo poder do Espírito Santo. Testemunhas
desse evento interpretam os apóstolos como deuses e pretendem oferecer-
-lhes sacrifícios. Os apóstolos rasgam suas roupas e clamam em desespero.
Eles não podem ficar de boca fechada se as pessoas interpretarem mal o
evangelho. Para evangelizar um judeu, eles começam falando sobre o Antigo
Testamento; mas para alcançar um gentio, eles são lembrados de como é a
graça geral de Deus conforme revelada no mundo da criação. Paulo não os
deixa oferecer sacrifícios e os ensina que idolatria é pecado diante de Deus.
É prudente ser flexível na hora de anunciar o evangelho, dependendo para
quem pregamos.
Como Paulo pregou aos incrédulos que não têm conhecimento do Antigo Tes-
tamento? Em que áreas eu devo ser mais flexível, mas sem perder de vista o
essencial?

Uma carta para Deus

Deus, eu Te louvo porque a essência do evangelho permanece inalterada,
mas se adapta às características das pessoas a quem é anunciado. Que o
evangelho que eu anuncio seja amparado com os Teus milagres, assim como
com ensinamentos diretos e conselhos prudentes. Reviva minha família e igreja
com o evangelho da vida.

116
 Temas Livres Para Reflexão

Por que nós

precisamos da
Palavra da verdade?
Tomás de Aquino, o teólogo italiano representante da filosofia
da Idade Média advertia: “Teme o homem de um só livro”. Em
outras palavras, ele quis dizer que uma ideologia tendenciosa nos
impede de ver a verdade. Isso também é conhecido como “efeito
de ancoragem” ou “efeito de foco”. Exposto pelo professor de
psicologia da Universidade de Princeton, Daniel Kahneman, e
outros, esse é o fenômeno no qual uma pessoa com um viés é
incapaz de pensar razoavelmente por causa da “âncora” que a
impede de fazê-lo. Ou seja, uma vez que nossa mente toma uma
decisão, não ouvimos ninguém, mesmo que nos digam a verda-
de. Frequentemente, tendem a distorcer a intenção original de
serem hostis a qualquer um que pense diferente deles. Também
não é sábio aceitar a conclusão da maioria sem sequer pensar
nisso, já que a inteligência de grupo também pode dar resultados
incorretos. Daniel Kahneman concluiu que: “Como o homem
não é uma máquina, os sentimentos e outras circunstâncias vão
influenciar no momento de tomar uma decisão. Além disso, a
multidão não é tão sábia como acreditamos que seja”. Isso signi-
fica que não podemos receber a verdade com a perspectiva limi-
tada do homem. Por isso, nós devemos analisar todos os assun-
tos com o olhar de Deus e iluminados pela Palavra. Além disso,
nós devemos proclamar com coragem a Palavra da verdade que
recebemos de Deus, lembrando que Ele está com os valentes
que não se deixam dominar pela força da falsa maioria.

Integro, como Calebe, Kang Jung-hoon.

Aplicação Pessoal

117
 TER

25 A semente do
evangelho
Atos 14:19-28

A Bíblia em um ano: 19 Então alguns judeus chegaram de Antioquia

1 Co 11.17-34 / 2 Rs 5 / Ob e de Icônio e mudaram o ânimo das multidões.
Apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da
cidade, pensando que estivesse morto. 

20 Mas quando os discípulos se ajuntaram em

volta de Paulo, ele se levantou e voltou à ci-
dade. No dia seguinte, ele e Barnabé partiram
para Derbe.

21 Eles pregaram as boas novas naquela cidade

e fizeram muitos discípulos. Então voltaram
para Listra, Icônio e Antioquia, 

22  fortalecendo os discípulos e encorajando-

-os a permanecer na fé, dizendo: “É necessário
que passemos por muitas tribulações para en-
trarmos no Reino de Deus”. 

23 Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíte-

ros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles
os encomendaram ao Senhor, em quem ha-
viam confiado. 
118
 Atos 14:19-28

Judeus de Antioquia e Icônio persuadem a multidão; ela apedreja Paulo e o arras-

ta para fora da cidade pensando que ele está morto. Paulo prega o evangelho com
Barnabé, volta às cidades confirmando o ânimo dos discípulos, constituindo
presbíteros em cada igreja. Depois de orar e recomendá-los ao Senhor, ele vai a
Antioquia para lhes contar sobre as obras de Deus.
24  Passando pela Pisídia, chegaram à Panfília 

25  e, tendo pregado a palavra em Perge, des-

ceram para Atália.

26 De Atália navegaram de volta a Antioquia,

onde tinham sido recomendados à g ra-
ça de Deus para a missão que agora haviam
completado. 

27 Chegando ali, reuniram a igreja e relataram

tudo o que Deus tinha feito por meio deles e
como abrira a porta da fé aos gentios. 

2 8  E ficaram ali muito tempo com os

discípulos.
119
 Ajuda para meditação

Pregação em Derbe (14:19-23)

Os obstáculos crescem de acordo com a graça de Deus. Os judeus perse-
guem Paulo onde quer que ele vá, colocando obstáculos em seu caminho.
Por instigação dos judeus, os homens de Listra apedrejaram Paulo até a
morte. Os mesmos que tentaram adorar Paulo e Barnabé como deuses ape-
drejaram Paulo. Embora tenha sido dado como morto, ele se levanta pela
graça de Deus e vai para Derbe. Os discípulos do Senhor continuam a cres-
cer em meio à perseguição. Paulo e Barnabé voltam para visitar as cidades
onde pregaram o evangelho, para atender às necessidades da igreja e afirmar
a fé de muitos. A vida cristã envolve aflições, mas a esperança do prega-
dor é levantar discípulos de fé que anseiam pelo reino de Deus em meio à
tribulação.
Por que Paulo e Barnabé voltam para as cidades? Qual é a semente que eu
plantei para o reino de Deus e que fruto estou prestes a colher?

Retorno a Antioquia (14:24-28)

Paulo e Barnabé voltam da Síria para Antioquia, de onde foram enviados
como missionários (13:1-3). Eles reúnem toda a congregação e relatam seu
trabalho missionário. Eles apontam para Deus como Aquele que realizou a
obra, com a frase ‘quão grandes coisas Deus lhes fez’ (v. 27). Eles também
relatam que ‘Deus abriu a porta da fé aos gentios’ (v. 27), inaugurando as-
sim uma nova era de evangelização. Deus ampliou o horizonte do campo
missionário por meio de Paulo e Barnabé, ambos separados para Sua obra.
Exaltam de coração a obra de Deus, entregando ao Senhor seus méritos e
esforços. O evangelista deve se alegrar e se contentar com o chamado rece-
bido de Deus.
O que Paulo e Barnabé fizeram quando voltaram para Antioquia? Eu confesso
que o fruto da evangelização não é por meu trabalho ou mérito pessoal, mas
pela graça exclusiva de Deus?

Uma carta para Deus

Deus, eu Te louvo por usar missionários dispersos pela perseguição para
ampliar o horizonte e o alcance do evangelho. Embora os missionários tenham
superado dificuldades para anunciar o evangelho em todos os lugares, sei que
Tu, meu Deus, trabalhas em meio às tribulações e dificuldades.

120
 Temas Livres Para Reflexão

O avivamento na
perseguição
Se lermos o livro de Atos, com muito cuidado, podemos desco-
brir duas verdades particulares. Uma delas é que as forças que
perseguiam a igreja não eram externas, mas sim internas. Em
outras palavras, o que impediu o amadurecimento e a bênção
da igreja não foram as aflições e perseguições externas, mas as
forças internas de divisão, crítica, hipocrisia e mentiras. A outra é
que a igreja teve um avivamento quando sofreu forte perseguição
externa. Os perseguidores pressionaram os apóstolos usando
todas as suas forças materiais e até os prenderam. Porém, só
conseguiram capturá-los fisicamente, pois não podiam tirar-lhes
a fé. Portanto, não tenha medo de alguém que o ameace com a
força, pois a história tem mostrado que nações que dominaram
outros países com violência e força não prosperaram. A aflição
e a perseguição que nós sofremos ao pregar o evangelho não
são assustadoras. Se Cristo está em nós e nos acompanha, não
há tribulação que possa ser um problema, nem mesmo se for
a morte. Além disso, o cristão mostra uma força ainda maior e
cresce mais quando sofre perseguições e desgostos. Seja qual for
a tribulação, confie em Deus e siga Seu caminho obedecendo-O.
Então o poder do evangelho será revelado e a igreja será avivada.

Aqueles que receberam o Espírito Santo, Ha Yong-jo.

Aplicação Pessoal

121
 QUA

26 Não ao jugo
das obras
Atos 15:1-11

A Bíblia em um ano: 1  Alguns homens desceram da Judéia para

1 Co 12 / 2 Rs 6.1-7.2 / Jn 1 Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos:
“Se vocês não forem circuncidados conforme
o costume ensinado por Moisés, não poderão
ser salvos”. 

2  Isso levou Paulo e Barnabé a uma grande

contenda e discussão com eles. Assim, Paulo e
Barnabé foram designados, junto com outros,
para irem a Jerusalém tratar dessa questão com
os apóstolos e com os presbíteros. 

3 A igreja os enviou e, ao passarem pela Fenícia

e por Samaria, contaram como os gentios ti-
nham se convertido; essas notícias alegravam
muito a todos os irmãos. 

4 Chegando a Jerusalém, foram bem recebidos

pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíte-
ros, a quem relataram tudo o que Deus tinha
feito por meio deles.

5  Então se levantaram alguns do partido

religioso dos fariseus que haviam crido e dis-
seram: “É necessário circuncidá-los e exigir
deles que obedeçam à Lei de Moisés”.
122
 Atos 15:1-11

Alguns judeus apontam para a circuncisão como uma condição de salvação e

suscita discussão e contenda. Paulo e outros líderes são enviados para consultar
os líderes da igreja de Jerusalém. Pedro sugere que não inquietem os gentios que
recebem o Espírito Santo, dado sem acepção de pessoas, com fardos que nem
mesmo os judeus foram capazes de suportar.
6  Os apóstolos e os presbíteros se reuniram
para considerar essa questão. 

7 Depois de muita discussão, Pedro levantou-

-se e dirigiu-se a eles: “Irmãos, vocês sabem
que há muito tempo Deus me escolheu dentre
vocês para que os gentios ouvissem de meus
lábios a mensagem do evangelho e cressem. 

8 Deus, que conhece os corações, demonstrou

que os aceitou, dando-lhes o Espírito Santo,
como antes nos tinha concedido. 

9 Ele não fez distinção alguma entre nós e eles,

visto que purificou os seus corações pela fé. 

10  Então, por que agora vocês estão queren-

do tentar a Deus, pondo sobre os discípulos
um jugo que nem nós nem nossos antepassa-
dos conseguimos suportar? 

11 De modo nenhum! Cremos que somos sal-

vos pela graça de nosso Senhor Jesus, assim
como eles também”.
123
 Ajuda para meditação

Argumentos dos homens da Judéia (15:1-5)

A salvação não vem do cumprimento dos costumes judaicos ou da lei. Al-
guns, da Judéia, no entanto, ensinaram em Antioquia que deveriam ser cir-
cuncidados de acordo com o ‘rito de Moisés’ para serem salvos. ‘Lei’ em
grego também significa ‘costume’ (ritos). Os judeus acrescentaram à Lei,
costumes e interpretações, tornando mais difícil o seu cumprimento. Por-
tanto, essa Lei não é absoluta. Ao contrário dos judaizantes, que se sentiam
superiores por fazerem parte do povo escolhido, Paulo e outros ministros
acreditavam que o cumprimento dos estatutos do judaísmo por parte dos
gentios era desnecessário. Quando surgiram contendas sobre isso, a igreja
de Antioquia enviou Paulo e Barnabé a Jerusalém para uma consulta. Há
momentos em que é preciso levantar e discutir os problemas que acabam
surgindo e pedir ajuda às autoridades para tomar o rumo certo.
O que foi que causou a disputa e discussão em Antioquia? Como eu resolvo
diferenças de opinião sobre um determinado tópico?

Dissertação de Pedro (15:6-11)

O Concílio de Jerusalém é convocado para resolver problemas que se tor-
naram um obstáculo para a pregação do evangelho entre os gentios. Após
uma discussão acalorada, Pedro se levanta e explica que a plena observância
das leis e costumes está fora do alcance dos judeus. Portanto, não seria cor-
reto impor aos gentios esse fardo que ninguém foi capaz de carregar. Com
base em sua experiência pessoal quanto à salvação dos gentios na casa de
Cornélio, ele estabelece que tanto os judeus quanto os gregos são salvos pela
graça do Senhor Jesus. Seu discurso traz convicção, pois seus argumentos
são baseados no evangelho. Quando temos um conhecimento correto do
evangelho, nós podemos oferecer respostas corretas sobre a vida cristã.
Qual foi o raciocínio de Pedro no Concílio de Jerusalém? Quais são os parâ-
metros nos quais eu me baseio para resolver os problemas?

Uma carta para Deus

Deus, obrigado por me ensinar através do Concílio de Jerusalém que os gen-
tios também são salvos por sua fé em Jesus. Não há salvação fora de Cristo.
Deus, ajuda-me a permanecer firme na Tua verdade. Usa-me como um canal
de salvação para todos aqueles que buscam obter a salvação fora de Jesus.

124
 Temas Livres Para Reflexão

Discernindo a
vontade de Deus
Deus nos adverte, por vários meios, que nós devemos discernir
corretamente Sua vontade. A primeira é a Bíblia, a segunda é a
orientação do Espírito Santo e a última é por meio de pessoas
de fé, portanto, nós não devemos ignorar nenhuma delas. Além
disso, se deve passar por um processo de duplo exame. Embora
pareça fácil analisá-lo com a Palavra, não é. Por exemplo, Deus
nos mandou amar o inimigo, mas nós temos muitos; ele nos
ordenou que fôssemos puros, mas somos mais atraídos por ser-
mos impuros; mentimos e aceitamos suborno, ao contrário do
que a Bíblia ensina, e dizemos que está tudo bem. Nós podemos
saber que nossas ações estão erradas pela evidência interna do
Espírito Santo, que constantemente nos incomoda e isso não
desaparece por mais que oremos, porque buscamos nossa von-
tade. Pelo contrário, se for da vontade de Deus, quanto mais
orarmos, mais confortáveis nos sentiremos. No entanto, se es-
tivermos desconfortáveis enquanto oramos, devemos voltar ao
início e observar mais de perto. Além disso, nós podemos con-
versar sobre isso com outros fiéis e não precisa ser uma consulta
formal. A vontade de Deus pode ficar clara para nós no meio
do sermão ou lendo um livro que alguém nos deu. Se pedirmos
a Deus com todo o nosso ser, Ele nos revelará Sua vontade.
Então não se preocupe. Apenas lembre-se de que, se você quiser
conhecer a vontade dEle, deve parar de insistir na sua e prestar
atenção com todo o seu ser, pronto para obedecer, seja qual for
a decisão dEle.

A resposta, Cho Jung-min.

Aplicação Pessoal

125
 QUI

27 Uma decisão
baseada na Palavra
Atos 15:12-29

A Bíblia em um ano: 12  Toda a assembleia ficou em silêncio, en-

1 Co 13 / 2 Rs 7.3-20 / Jn 2 quanto ouvia Barnabé e Paulo falando de
todos os sinais e maravilhas que, por meio de-
les, Deus fizera entre os gentios. 

13 Quando terminaram de falar, Tiago tomou

a palavra e disse: “Irmãos, ouçam-me. 

14 Simão nos expôs como Deus, no princípio,

voltou-se para os gentios a fim de reunir den-
tre as nações um povo para o seu nome. 

15  Concordam com isso as palavras dos pro-

fetas, conforme está escrito:

16  “‘Depois disso voltarei e reconstruirei a

tenda caída de Davi. Reedificarei as suas ruí-
nas, e a restaurarei,

17  para que o restante dos homens busque o

Senhor, e todos os gentios sobre os quais tem
sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que
faz estas coisas’

18  conhecidas desde os tempos antigos.

19 “Portanto, julgo que não devemos pôr difi-

culdades aos gentios que estão se convertendo
a Deus. 

20  Ao contrário, devemos escrever a eles,

dizendo-lhes que se abstenham de comida
contaminada pelos ídolos, da imoralidade se-
xual, da carne de animais estrangulados e do
sangue. 

21  Pois, desde os tempos antigos, Moisés é

pregado em todas as cidades, sendo lido nas
sinagogas todos os sábados”.
126
 Atos 15:12-29

Barnabé e Paulo relatam as obras de Deus entre os gentios. Tiago sugere que os
gentios convertidos se afastem dos sacrifícios a ídolos, fornicação, comida con-
taminada e sangue. O conselho de Jerusalém decide escrever isso em uma carta
e enviá-la a Antioquia por meio de Judas e Silas.

22  Então os apóstolos e os presbíteros, com

toda a igreja, decidiram escolher alguns den-
tre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo
e Barnabé. Escolheram Judas, chamado
Barsabás, e Silas, dois líderes entre os irmãos. 

23  Com eles enviaram a seguinte carta: “Os

irmãos apóstolos e presbíteros, aos cristãos
gentios que estão em Antioquia, na Síria e na
Cilícia:

24  “Soubemos que alguns saíram de nosso

meio, sem nossa autorização, e os perturba-
ram, transtornando a mente de vocês com o
que disseram. 

25 Assim, concordamos todos em escolher al-

guns homens e enviá-los a vocês com nossos
amados irmãos Paulo e Barnabé, 

26  homens que têm arriscado a vida pelo no-

me de nosso Senhor Jesus Cristo. 

27  Portanto, estamos enviando Judas e Silas

para confirmarem verbalmente o que estamos
escrevendo. 

28 Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não

impor a vocês nada além das seguintes exigên-
cias necessárias: 

29  Que se abstenham de comida sacrificada

aos ídolos, do sangue, da carne de animais es-
trangulados e da imoralidade sexual. Vocês
farão bem em evitar essas coisas. “Que tudo
lhes vá bem”.
127
 Ajuda para meditação

Discurso de Tiago (15:12-21)

O critério de nossa decisão deve ser a Palavra de Deus. Todos concordam
com a afirmação de Pedro. Paulo e Barnabé testemunham os milagres e si-
nais que Deus tem feito entre os gentios. Deus é Deus dos judeus, e também
dos gentios. Tiago, irmão de Jesus e líder da igreja em Jerusalém, resume as
decisões tomadas, lembrando as palavras de ‘Simão’ (Pedro). Além disso,
cita os profetas (Am. 9:11-12) para anunciar que os gentios farão parte do
povo de Deus graças a Cristo, da linhagem de Davi. Sua afirmação coincide
com a opinião de Paulo, Barnabé e Pedro. Tiago sugere não impor o fardo
da circuncisão ou da Lei aos crentes gentios, mas apenas evitar quatro coisas.
Esta decisão respeita tanto os gentios quanto os judeus.
O que Tiago sugeriu, em conclusão? Qual o papel que um líder deve desem-
penhar diante de uma divergência que possa existir em uma comunidade?
Como podemos orar por ele?

Decisão do Concílio de Jerusalém (15:22-29)

Decisões baseadas na Palavra trazem harmonia e paz em uma comunidade.
Os participantes do Concílio de Jerusalém concordam plenamente com a
posição de Tiago. A decisão está escrita em detalhes em uma carta e enviada
às igrejas gentias. A igreja em Jerusalém, juntamente com Paulo e Barna-
bé, decide enviar Judas e Silas a Antioquia como porta-vozes do conselho.
Lembremos que Judas é um judeu hebreu; e Silas, um judeu grego. Portanto,
ambos poderiam persuadir e convencer muitas pessoas de diferentes ori-
gens. Dessa forma, as igrejas gentias que estavam confusas voltam à paz e
o evangelho da graça do Senhor se espalha com maior poder do que antes.
Como os gentios ficaram sabendo das decisões tomadas no Concílio de Je-
rusalém? O que eu posso guardar e evitar para não ser uma pedra de tropeço
na pregação e propagação do evangelho?

Uma carta para Deus

Deus, Tu és o Salvador da humanidade. Louvo o Teu nome porque Tu decidiste
salvar não apenas os judeus, mas também os gentios. Revela a Tua verdade
a todos aqueles que procuram receber a salvação fora da Palavra que é a
verdade. Abra as portas para que os Teus filhos possam pregar o evangelho
e muitos recebam a salvação.

128
 Temas Livres Para Reflexão

A vontade de
Deus revelada
Quando o conselho de patrocínio internacional do grupo mis-
sionário Global Partners decidiu eliminar o cargo de “represen-
tante internacional” devido a uma reestruturação, o missionário
J teve que deixar seu emprego e começou a ministrar em di-
ferentes partes da Rússia. Por sua vez, já sem o representante
internacional, o grupo missionário começou a pensar em quais
ministérios deveria focar para cumprir sua missão de evangelizar
o mundo para o fim dos tempos. No entanto, os patrocinado-
res descobriram uma verdade durante aquela reunião. De acor-
do com as estatísticas da época, um milhão e meio de judeus
da Rússia haviam migrado para Israel. Deus trouxe o evangelho
aos judeus dispersos na Rússia, trouxe-os de volta a Israel e os
usou como pregadores para os demais judeus. Como ainda exis-
tem muitas cidades na Rússia que nunca ouviram o evangelho,
o conselho patronal decidiu dedicar seus esforços a ministrar na
Rússia, e todos concordaram que queriam que o missionário J,
que deixou seu cargo de representante internacional, o fizesse.
A missão mundial é a vontade de Deus e Ele se alegra que os
fiéis unam seus corações e esforços para pregar o evangelho da
salvação a todas as nações. Não é o sonho de Deus que judeus e
gentios renasçam como filhos de Deus por meio de Jesus Cristo
e se tornem irmãos que chamam Deus de Pai?

O que eu quero contar em meu diário particular, Kim Han-yo.

Aplicação Pessoal

129
 SEX

28 Providência
de Deus
Atos 15:30-41

A Bíblia em um ano: 30 Uma vez despedidos, os homens desceram

1 Co 14.1-25 / 2 Rs 8 / Jn 3 para Antioquia, onde reuniram a igreja e en-
tregaram a carta. 

31 Os irmãos a leram e se alegraram com a sua

animadora mensagem. 

32  Judas e Silas, que eram profetas, encora-

jaram e fortaleceram os irmãos com muitas
palavras. 

33 Tendo passado algum tempo ali, foram des-

pedidos pelos irmãos com a bênção da paz
para voltarem aos que os tinham enviado, 

34  mas Silas decidiu ficar ali. 

3 5  Paulo e Bar nabé per maneceram em

Antioquia, onde, com muitos outros, ensina-
vam e pregavam a palavra do Senhor.
130
 Atos 15:30-41

Santos em Antioquia regozijam-se com a carta de Jerusalém; Judas e Silas enco-

rajam os irmãos e se despedem deles. Paulo e Barnabé ensinam em Antioquia e
planejam uma segunda viagem missionária, mas discutem sobre João Marcos. No
final, Barnabé e Marcos navegam para Chipre, e Paulo e Silas seguem para a Si-
lícia e a Panfília.
36 Algum tempo depois, Paulo disse a Barnabé:
“Voltemos para visitar os irmãos em todas as
cidades onde pregamos a palavra do Senhor,
para ver como estão indo”. 

37 Barnabé queria levar João, também chama-

do Marcos. 

38  Mas Paulo não achava prudente levá-lo,

pois ele, abandonando-os na Panfília, não per-
manecera com eles no trabalho. 

39  Tiveram um desentendimento tão sério

que se separaram. Barnabé, levando consigo
Marcos, navegou para Chipre, 

40  mas Paulo escolheu Silas e partiu, enco-

mendado pelos irmãos à graça do Senhor. 

41  Passou, então, pela Síria e pela Cilícia, for-

talecendo as igrejas.
131
 Ajuda para meditação

Conforto e alegria dos gentios (15:30-35)

O Concílio de Jerusalém defendeu a verdade do evangelho e reconheceu a
salvação universal do homem. Paulo, Barnabé, Judas e Silas entregam cartas
da igreja em Jerusalém aos santos reunidos em Antioquia. Os crentes gen-
tios são consolados e se alegram ao ouvir as boas novas de que não precisam
seguir os costumes judaicos. Isso serviu como confirmação de que os gen-
tios também podem desfrutar da graça redentora e da liberdade por meio da
fé em Jesus Cristo, sem estarem sujeitos à circuncisão ou aos rudimentos da
Lei. Isso unirá os crentes judeus e gentios no evangelho, bem como a igreja.
Por trás da harmonia e da unidade está o Espírito Santo (15:28).
Por que os santos de Antioquia se alegraram quando receberam a carta da
igreja em Jerusalém? A quem eu posso consolar e exortar para que desfrutem
da liberdade do evangelho?

Conflito entre Paulo e Barnabé (15:36-41)

Em sua segunda viagem missionária, Paulo e Barnabé pretendem visitar as
igrejas que levantaram na primeira viagem, para saber como estão os irmãos.
Barnabé sugere levar seu sobrinho João Marcos (Col. 4:10), mas Paulo re-
jeita a proposta, considerando-o uma pessoa pouco confiável, devido a sua
deserção na viagem anterior. Após uma discussão acalorada, Paulo e Barna-
bé decidem se separar. Barnabé vai para Chipre com Marcos, e Paulo para
a Síria e Cilícia com Silas. Apesar de tudo, Paulo e Barnabé fazem viagens
missionárias separadas e fazem de tudo para fortalecer a igreja. Deus conti-
nuará a levantar igrejas através deles. Mesmo os eventos mais desagradáveis
dos crentes ocorrem sob a providência de Deus porque serão uma ocasião
para pregar o evangelho.
Embora Paulo e Barnabé tenham se separado, qual foi o resultado permitido
pelo Senhor? Quais são as coisas pelas quais eu devo orar para que o conflito
produza bons resultados?

Uma carta para Deus

Deus, perdoa-me porque eu continuo preso a certos costumes e tradições
humanas, apesar da liberdade e da alegria que o evangelho me trouxe. Eu
proclamarei a Palavra da verdade onde quer que vá; mesmo que imprevistos
e coisas negativas aconteçam, confiarei sem hesitar que Tu trabalhas para
que tudo dê certo.

132
 Temas Livres Para Reflexão

Somente a graça!
Se nós sabemos que não temos o direito de entrar no reino de
Deus, tentamos obtê-lo. Pelo contrário, se acreditarmos que te-
mos o direito de entrar no céu, acabamos por perdê-lo. Isso por-
que, nós sabemos que a única maneira de entrar no céu é pela
graça. Os antigos gregos ensinavam a descobrir as tendências
pessoais e o autocontrole. Os romanos diziam que a vida tin-
ha que ser organizada e fortalecida. Os budistas apontam que
nós devemos despertar da ilusão eliminando a consciência. Os
muçulmanos declaram que é preciso controlar a vontade para
ser obediente. Os moralistas afirmam que se deve ser bom por
dever. No entanto, o evangelho nos ordena alcançar a liberda-
de reconhecendo nosso fracasso. Em outras palavras, consiste
em admitirmos nossas falhas sem nos vangloriarmos de nossas
ações. O orgulho moral que temos no coração, todos os pensa-
mentos arrogantes sobre a nossa própria bondade, o orgulho de
ter deixado tudo para seguir Jesus e principalmente a convicção
de que nós cremos em Deus porque somos o povo eleito, entre
outras ideias, obstruem a túnel por onde flui o perdão de Deus e
a nossa alegria. Para Deus, mesmo aqueles que se gabam de suas
realizações morais não têm escolha a não ser se render. Quando
nós reconhecermos que na realidade somos fariseus e que o Sen-
hor é o Único que pode nos salvar, nos libertaremos do orgulho
de ser o povo eleito e do moralismo e poderemos sair para a luz
para receber a salvação e abundante restauração.

Surpreendido por Jesus, Dane Ortlund.

Aplicação Pessoal

133
 SÁB

29 Sensibilidade e
flexibilidade
Atos 16:1-10

A Bíblia em um ano: 1  Chegou a Derbe e depois a Listra, onde vi-

1 Co 14.26-40 / 2 Rs 9 / Jn 4 via um discípulo chamado Timóteo. Sua mãe
era uma judia convertida e seu pai era grego. 

2 Os irmãos de Listra e Icônio davam bom tes-

temunho dele. 

3  Paulo, querendo levá-lo na viagem, cir-

cuncidou-o por causa dos judeus que viviam
naquela região, pois todos sabiam que seu pai
era grego. 

4  Nas cidades por onde passavam, transmi-

tiam as decisões tomadas pelos apóstolos e
presbíteros em Jerusalém, para que fossem
obedecidas. 

5  Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e

cresciam em número cada dia.
134
 Atos 16:1-10

Paulo circuncida Timóteo, um discípulo de boa reputação e de pai grego. Junto

com ele, visita vários lugares, encorajando os irmãos na fé. O Espírito Santo o
impede de ir à Ásia para evangelizar, e Paulo vai para Trôade. Paulo teve uma
visão de um homem macedônio implorando para que ele passasse para a Mace-
dônia e ele se esforçou para chegar àquele lugar.
6  Paulo e seus companheiros viajaram pela
região da Frígia e da Galácia, tendo sido impe-
didos pelo Espírito Santo de pregar a palavra
na província da Ásia. 

7 Quando chegaram à fronteira da Mísia, ten-

taram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus
os impediu.

8  Então, contornaram a Mísia e desceram a

Trôade. 

9 Durante a noite Paulo teve uma visão, na qual

um homem da Macedônia estava em pé e lhe
suplicava: “Passe à Macedônia e ajude-nos”. 

10  Depois que Paulo teve essa visão, prepa-

ramo-nos imediatamente para partir para a
Macedônia, concluindo que Deus nos tinha
chamado para lhes pregar o evangelho.

135
 Ajuda para meditação

A circuncisão de Timóteo (16:1-5)

Paulo retorna aos lugares que visitou em sua primeira viagem missionária
para fortalecer a igreja. Ele conhece Timóteo em Listra, elogiado por seu
testemunho. Nascido de mãe judia e pai grego, Timóteo seria um pregador
ideal tanto para judeus quanto para gentios. Paulo circuncida Timóteo para
levá-lo consigo. Embora a circuncisão não seja condição para a salvação,
ainda é uma questão relevante para os judeus. Nisto aprendemos a política
missionária de Paulo de ser flexível com questões não essenciais do evange-
lho (1 Coríntios 7:18-19). Paulo viaja por várias cidades para pregar às igrejas
gentias as decisões tomadas no Concílio de Jerusalém e as boas novas sobre
a salvação dos gentios. Graças aos esforços de Paulo e seus companheiros,
as igrejas crescem quantitativa e qualitativamente.
Por que Paulo circuncidou Timóteo? O que eu posso fazer para ser flexível em
coisas não essenciais para um evangelismo eficaz?

A visão do macedônio (16:6-10)

O Espírito Santo é quem dirige as viagens missionárias de Paulo. Paulo faz
planos de ir para a Ásia, mas é impedido pelo Espírito Santo. Portanto, ele
muda de direção e chega a Mísia, onde tenta retornar à Bitínia, mas o ‘Espí-
rito’ (v. 7, ‘Espírito de Jesus’ em outras versões como TLA) não permite. Ele
chama o ‘Espírito Santo’ de ‘Espírito de Jesus’ porque Paulo está cumprindo
os mandamentos de Jesus. Descendo para Trôade, Paulo tem a visão de um
homem macedônio implorando para que ele venha ajudar. O apóstolo está
convencido de que é a vontade de Deus que ele vá para a Macedônia. Os
discípulos do Senhor obedecem passo a passo à orientação de Deus, embora
não possam entender tudo.
O que levou Paulo a ir para a Macedônia? Quando as coisas não saem de
acordo com meu plano, o que Deus quer que eu faça?

Uma carta para Deus

Deus, perdoa minha tolice e arrogância porque julguei de acordo com meus
próprios parâmetros. Ajuda-me a crescer na fé e ser capaz de desistir de
meus planos e limitar minha liberdade enquanto o evangelho for pregado a
muitos. Dá-me a graça de orar nos momentos de dificuldade para discernir a
Tua vontade.

136
 Aprendendo com o tempo devocional

* Apresentamos o tempo devocional em “três passos: meditação, aplicação e oração”

para que possamos aprender diferentes maneiras de ter um tempo devocional.

A Palavra que me dá hoje: Atos 16:6-10.

Minha meditação
É estranho que o Espírito Santo tivesse detido por duas vezes os passos de
Paulo e companhia, que partiram em sua segunda viagem missionária. O
grupo então deixa a Ásia e a Bitínia (que estavam mais próximas) para trás
e segue em direção à Troas, ao oeste. No caminho, Paulo tem uma visão em
que um homem da Macedônia pede sua ajuda e se convence de que era Deus
quem o chamava. Por que Deus bloqueou esse caminho, se Sua vontade é,
sem dúvida, a pregação do evangelho? Porque o plano de Paulo era diferente
do dEle. Deus planejou mandá-lo para a Europa, através do mar.

Minha aplicação
Há anos eu lidero um grupo de oração para compartilhar o tempo devo-
cional com as esposas de outros pastores que estão na mesma situação que
eu nos Estados Unidos, e ontem um conhecido me contou o que estava
acontecendo com uma irmã. Acontece que ela, que mora sozinha, sofreu
um acidente cardiovascular e ficou com sequelas. Desde então ela se aflige
pensando que Deus a abandonou. Isso me levou a pensar se ela não é como
o macedônio que pediu ajuda a Paulo em uma visão. Porém, não me sinto à
vontade para convidá-la para o devocional Tempo com Deus é vida viva e para
participar do grupo de oração, pela diferença cultural. Como eu me mudei
para os Estados Unidos, depois de me casar, acho a língua e os costumes co-
reanos mais fáceis do que os americanos, mas ela nasceu aqui e só fala inglês.
Por este e vários outros aspectos, me preocupa se conseguiremos compar-
tilhar o tempo devocional em profundidade, pois é até mesmo difícil para
mim fazê-lo e me comunicar com meus próprios filhos, que também nas-
ceram aqui, devido à barreira cultural e linguística. Porém, Deus me acom-
panha hoje e me dá forças através do apóstolo Paulo. Lembro-me do que
meu mentor me disse: “Você precisa expandir, cada vez mais, o ministério
do tempo devocional para as esposas de pastores”. Isso me faz pensar que o
Espírito Santo está me guiando. Vou enviar o devocional Tempo com Deus
é vida viva para esta irmã e vou orar com meus companheiros intercessores
para que ela abra seu coração e se aproxime da Palavra de Deus.

Minha oração
Senhor, obrigado por me mostrar a alma que precisa de minha ajuda. Que-
ro deixar minha opinião de lado e seguir somente o Espírito Santo. Faça
com que a Palavra de vida se difunda cada vez mais e de uma maneia mais
profundamente.
137
 DOM

30 Socorro ou
perseguição
Atos 16:11-18

A Bíblia em um ano: 11 Partindo de Trôade, navegamos diretamen-

1 Co 15.1-34 / 2 Rs 10 / Mq 1 te para Samotrácia e, no dia seguinte, para
Neápolis. 

12  Dali partimos para Filipos, na Macedônia,

que é colônia romana e a principal cidade da-
quele distrito. Ali ficamos vários dias.

13  No sábado saímos da cidade e fomos pa-

ra a beira do rio, onde esperávamos encontrar
um lugar de oração. Sentamo-nos e começa-
mos a conversar com as mulheres que haviam
se reunido ali. 

14  Uma das que ouviam era uma mulher te-

mente a Deus chamada Lídia, vendedora de
tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O
Senhor abriu seu coração para atender à men-
sagem de Paulo. 
138
 Atos 16:11-18

Chegando a Filipos, primeira cidade da província da Macedônia, Paulo e seus

companheiros procuram um lugar para orar no sábado. O Senhor abre o coração
de uma vendedora de tecido púrpura; ela e sua família são batizadas e hospedam
os evangelistas. Paulo expulsa o espírito de adivinhação de uma garota que trouxe
grande lucro para seus mestres.
15  Tendo sido batizada, bem como os de
sua casa, ela nos convidou, dizendo: “Se
os senhores me consideram uma crente no
Senhor, venham ficar em minha casa”. E nos
convenceu.

16  Certo dia, indo nós para o lugar de ora-

ção, encontramos uma escrava que tinha um
espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganha-
va muito dinheiro para os seus senhores com
adivinhações. 

17 Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando:

“Estes homens são servos do Deus Altíssimo
e lhes anunciam o caminho da salvação”. 

18 Ela continuou fazendo isso por muitos dias.

Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se
e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo
eu lhe ordeno que saia dela!” No mesmo ins-
tante o espírito a deixou.
139
 Ajuda para meditação

A consagração de Lídia (16:11-15)

Paulo e seus companheiros obedecem imediatamente à voz do Espírito
Santo. Eles navegam para Filipos, a primeira cidade da Macedônia. Filipos
recebeu o nome de Filipe, o rei da Macedônia, depois que ele conquistou a
cidade no século IV a.C. Como não há sinagoga judaica em Filipos, Paulo
e seus companheiros vão para a margem do rio fora da cidade para orar.
Lá eles encontram algumas mulheres a quem o evangelho é pregado: entre
elas, Lídia. Ela era uma vendedora de tecido de cor purpura, produzido em
Tiatira e levado para a Macedônia, usado principalmente por aristocratas
e pessoas ricas. A comercialização deste produto teria trazido muito lucro
para Lídia. O Senhor abre o coração dela para ser batizada e providenciar
acomodação para Paulo. Ela deve ter sido de grande ajuda para levantar a
igreja em Filipos.
Quem era Lídia e como ela ajudou os companheiros de Paulo? O que eu posso
fazer para ajudar a expandir o reino de Deus?

A oposição dos demônios (16:16-18)

No caminho para a margem do rio onde costumavam orar, Paulo e seus
companheiros encontram uma jovem com um espírito de adivinhação. Ela
deu a seus amos grande lucro com sua adivinhação (v. 16). Observe que
‘amos’ está no plural, porque deve ter havido várias pessoas que lucraram
com seu trabalho. A serva segue Paulo por vários dias, revelando sua iden-
tidade e ministério. Até os demônios sabem quem é Jesus, mas ao invés de
crer nEle e obedecê-Lo, eles se opõem à pregação do evangelho. Perturba-
do, Paulo expulsa os espíritos imundos nela, ‘em nome de Jesus Cristo’. Este
fato revela o poder e a autoridade do nome de Jesus. A pregação do evange-
lho consiste em anunciar ao mundo o nome de Jesus e suas obras.
O que a garota possuída por demônios estava fazendo? O que eu devo fazer
com ousadia, proclamando a autoridade e o poder do nome de Jesus?

Uma carta para Deus

Deus, obrigado porque vieste ao meu encontro e me deste a salvação quando
corria pelo caminho do mundo, sem saber que o seu fim é a morte. Não es-
quecerei que sou um devedor do evangelho, mesmo que tenha que suportar
tentações ou vencer obstáculos. Eu desejo apoiar a Tua obra em tudo o que
puder para que o evangelho se espalhe.

140
 Pregação de Domingo

Título:

Passagem:

Anotações

Intercessão pelas nações

Com o crescente número de muçulmanos em todo o mundo, cresce o mercado
de alimentos halal, permitidos pela lei islâmica. Países como Tailândia, Indo-
nésia e Canadá estão usando a indústria halal como um motor de crescimento
para impulsionar suas economias. Oremos para que o plano de espalhar a
cultura islâmica através das indústrias halal seja derrubado e que haja uma
maior propagação do evangelho.

141
 SEG

31 Frutos em meio
à aflição
Atos 16:19-40

A Bíblia em um ano: 19  Percebendo que a sua esperança de lucro

1 Co 15.35-58 / 2 Rs 11 / Mq 2
142
tinha se acabado, os donos da escrava agarra-
ram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça
principal, diante das autoridades. 
20  E, levando-os aos magistrados, disseram:
“Estes homens são judeus e estão perturban-
do a nossa cidade, 
21 propagando costumes que a nós, romanos,
não é permitido aceitar nem praticar”.
22 A multidão ajuntou-se contra Paulo e Silas,
e os magistrados ordenaram que se lhes tiras-
sem as roupas e fossem açoitados. 
23  Depois de serem severamente açoitados,
foram lançados na prisão. O carcereiro rece-
beu instrução para vigiá-los com cuidado. 
24  Tendo recebido tais ordens, ele os lançou
no cárcere interior e lhes prendeu os pés no
tronco.
25  Por volta da meia-noite, Paulo e Silas es-
tavam orando e cantando hinos a Deus; os
outros presos os ouviam. 
26  De repente, houve um terremoto tão vio-
lento que os alicerces da prisão foram abalados.
Imediatamente todas as portas se abriram, e as
correntes de todos se soltaram. 
27  O carcereiro acordou e, vendo abertas as
portas da prisão, desembainhou sua espada
para se matar, porque pensava que os presos
tivessem fugido. 
28 Mas Paulo gritou: “Não faça isso! Estamos
todos aqui!”
29 O carcereiro pediu luz, entrou correndo e,
trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. 
 Atos 16:19-40

Paulo e Silas estão presos e cantam hinos à meia-noite. Segue-se um grande ter-
remoto, abrindo as portas e derrubando as correntes. O carcereiro está prestes a
tirar a própria vida, acreditando que os prisioneiros escaparam, mas Paulo prega
o evangelho para ele e ele se converte com toda a família. Ao saber que Paulo é
cidadão romano, as autoridades imploram que ele saia.
30  Então levou-os para fora e perguntou:
“Senhores, que devo fazer para ser salvo?”
31 Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus,
e serão salvos, você e os de sua casa”. 
32 E pregaram a palavra de Deus, a ele e a to-
dos os de sua casa. 
33 Naquela mesma hora da noite o carcereiro
lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos
os seus foram batizados. 
34 Então os levou para a sua casa, serviu-lhes
uma refeição e com todos os de sua casa ale-
grou-se muito por haver crido em Deus.
35  Quando amanheceu, os magistrados man-
daram os seus soldados ao carcereiro com esta
ordem: “Solte estes homens”. 
36  O carcereiro disse a Paulo: “Os magistra-
dos deram ordens para que você e Silas sejam
libertados. Agora podem sair. Vão em paz”.
37  Mas Paulo disse aos soldados: “Sendo nós
cidadãos romanos, eles nos açoitaram publi-
camente sem processo formal e nos lançaram
na prisão. E agora querem livrar-se de nós se-
cretamente? Não! Venham eles mesmos e nos
libertem”.
38  Os soldados relataram isso aos magistra-
dos, os quais, ouvindo que Paulo e Silas eram
romanos, ficaram atemorizados. 
39  Vieram para se desculpar diante deles e,
conduzindo-os para fora da prisão, pediram-
-lhes que saíssem da cidade. 
40  Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas
foram à casa de Lídia, onde se encontraram
com os irmãos e os encorajaram. E então
partiram.
143
 Ajuda para meditação

Paulo e Silas, na prisão (16:19-24)

Evangelismo necessariamente traz luta e tristeza. Os mestres da jovem com
o espírito de adivinhação entendem que não poderão mais lucrar com ela,
pois o espírito de adivinhação se afastou dela. Vendo-se sem esperança de
ganho, prendem Paulo e Silas e os levam ao fórum, para denunciá-los pe-
rante as autoridades. Naquela época, as ações cíveis eram abertas no fórum
do mercado. Os magistrados ordenam que Paulo e Silas sejam açoitados e
mandados para a prisão. Com esta medida urgente, eles tentam evitar uma
revolta em massa. Paulo suporta o seu sofrimento em silêncio, sem revelar
a sua identidade, que é cidadão romano, embora tenha sido açoitado sem
sequer ser questionado. A marca deixada pela aflição será traduzida em re-
compensas celestiais e eternas.
Por que Paulo e Silas são trazidos ao fórum? Como os cristãos devem reagir
quando acusados ou criticados por alguma causa injusta?

A conversão do carcereiro (16:25-40)

Paulo e Silas experimentam um milagre. À meia-noite, eles oram e louvam
a Deus, quando um terremoto abre as portas da prisão e as correntes são
soltas. Em Sua providência, Deus determinou salvar o carcereiro com sua
família. Embora as portas estivessem abertas e as correntes quebradas, Pau-
lo e Silas não fogem, e tranquilizam o carcereiro que estava disposto a tirar
a própria vida. Eles dizem ao carcereiro que ele deve “crer no Senhor Jesus
Cristo” para ser salvo (v. 31); ele ouve o evangelho com sua família e é bati-
zado. A conversão do chefe de família muitas vezes significava a conversão
de toda a sua família. No dia seguinte, Paulo e Silas são soltos. Então, Paulo
revela sua cidadania romana e a ilegalidade cometida ao açoitá-lo sem jul-
gamento público prévio. Paulo e Silas viram milagres para suportar aflições.
Em que resulta a prisão de Paulo e Silas? Quando Deus trabalhou de maneira
inesperada para salvar?

Uma carta para Deus

Deus, nunca vou parar de Te louvar ou de orar em nome de Jesus, esperando
sempre a salvação de Deus. Usa-me, Senhor; eu desejo ser um instrumento
útil em Tuas mãos para salvar uma alma, uma família ou uma comunidade de
fé. Estou disposto a escolher a aflição para pregar o evangelho àqueles que
precisam conhecer Jesus.

144
 Temas Livres Para Reflexão

Quando as
correntes são
quebradas
Numa vida que caminha com Deus, muitas coisas acontecem que
nós não podemos entender. Porém, a verdade é que Deus nos
protege em todos os momentos. Se acreditarmos nesta verdade,
poderemos louvar o Senhor em meio às injustiças e catástrofes,
assim como fizeram Paulo e Silas. Ao contrário das demais pes-
soas, esses dois não tentavam encontrar uma resposta ao passar
por situações incompreensíveis. Em vez disso, eles simplesmen-
te oraram e louvaram a Deus o tempo todo, e tiveram testemun-
has disso. O que os demais prisioneiros teriam pensado quando
os viram louvando a Deus com todo o seu ser naquela prisão
subterrânea, sem ao menos saber quando iriam morrer? O que
os guardas pensaram? Justamente naquele momento veio o te-
rremoto que sacudiu e abriu as portas das celas. No instante em
que Deus chegou naquele lugar escuro como o inferno, todas as
correntes e laços foram destruídos. A verdadeira adoração que
dedicamos a Deus com todo o nosso ser em meio ao sofrimento
permite que o reino de Deus alcance as trevas do jugo, opres-
são e restrições, e permite que todas as outras almas presas nas
trevas, além de si mesmo, conheçam a luz de Deus. Assim, o
verdadeiro fiel é aquele que, mesmo em meio à aflição, confia em
Deus, louva Seu grande poder e Sua graça e caminha com Ele.

Deixar de correr para caminhar com Ele, Lee Jang-ho.

Aplicação Pessoal

145
Altar familiar

1 Um servo cheio do Espírito Santo

Atos 6:3-6

Oração
Deus, eu Te louvo porque Tu és o Criador do mundo inteiro. Ajuda-nos a
ansiar pela Tua graça e a entregar-Te este altar familiar com o coração alegre,
na expectativa da Tua graça.

Palavra
Leiamos juntos: Atos 6:3-6.

Reflexão sobre a passagem bíblica

À medida que a igreja primitiva crescia, os doze apóstolos precisavam se
concentrar no ministério da Palavra e na oração. Então eles escolhem e un-
gem sete pessoas cheias do Espírito Santo, sabedoria e fé para servir na igre-
ja. Todos eles obedecem à vontade do Espírito Santo e servem aos santos
com a sabedoria do Espírito Santo.

Diálogo
1. Quem os apóstolos escolhem como diáconos para se dedicar ao ministé-
rio da Palavra e da oração? (vv. 3, 5)
2. Com que atitude e disposição eu sirvo aos outros em minha escola ou
igreja?

Agradecimentos

Oração de agradecimento
Deus, ajuda-me a servir humildemente e cheio do Espírito Santo. Eu desejo
servir com o poder e a sabedoria que vem do alto; e ser achado um servo fiel
para Ti, como um servo amoroso para com o próximo.

Compartilhemos pedidos de oração individualmente para a semana.

146
Altar familiar

2 Há alegria no evangelho
Atos 8:5-8

Oração
Eu Te louvo, Deus, por me criar como um ser precioso aos Teus olhos e me
abençoar. Permita-me restaurar a santidade que eu devo ter como Teu filho
por meio deste altar familiar.

Palavra
Leiamos juntos: Atos 8:5-8.

Reflexão sobre a passagem bíblica

O evangelho é a boa nova da salvação. Os homens de Samaria acreditaram
em Jesus ao ouvir o evangelho anunciado por Filipe e experimentar o poder
do Senhor. Eles se enchem de alegria ao ver a libertação de espíritos imun-
dos e a cura de muitas doenças. Todo aquele que ouvir o evangelho e crer
será cheio da alegria de Deus.

Diálogo
1. O que acontece com os samaritanos que ouvem o evangelho anunciado
por Filipe? (vv. 6-8).
2. Alguma vez a Palavra de Deus já me trouxe paz e alegria, em meio à in-
segurança, medo, tristeza e pesar? (vv. 6-8).

Agradecimentos

Oração de agradecimento
Deus, obrigado por nos chamar para sermos Teus filhos. Permita que cada
vez que anunciamos as boas novas da salvação, o poder de Deus se mani-
feste. Ajuda-nos a compartilhar esta alegria que recebemos da Tua Palavra
com os outros.

Compartilhemos pedidos de oração individualmente para a semana.

147
Altar familiar

3 Jesus encontra Saulo

Atos 9:1-5

Oração
Eu Te louvo, Deus, por Tuas proezas. Venha ao nosso encontro, Deus vivo,
por Tua graça, para que possamos nos alegrar em Tua presença.

Palavra
Leiamos juntos: Atos 9:1-5.

Reflexão sobre a passagem bíblica

Saulo vai a Damasco para prender os seguidores de Jesus. No caminho para
aquela cidade, Jesus sai ao seu encontro no meio de uma luz resplandecente.
Embora Jesus tenha morrido na cruz, Ele é o Filho de Deus que ressuscitou
dos mortos. Perseguir os crentes é perseguir Jesus. Mas Jesus deu a Saulo
uma chance de se arrepender de seus pecados.

Diálogo
1. Por que Saulo está a caminho de Damasco? (vv. 1-2)
2. Eu tenho sentido a presença de Jesus vindo ao meu encontro?
3. Compartilhemos como nós mudamos por causa de Jesus.

Agradecimentos

Oração de agradecimento
Senhor, obrigado por vir ao nosso encontro e nos salvar. Guia-me para a
salvação quando todos os meus pecados forem expostos diante da Tua pre-
sença. Eu desejo me afastar da iniquidade e viver digno de ser o Teu filho.

Compartilhemos pedidos de oração individualmente para a semana.

148
Altar familiar

4 O poder do evangelho
Atos 13:8-12

Oração
Deus, obrigado por nos permitir adorar-Te. Ajuda-nos a entender bem a
Tua poderosa Palavra e a manifestar o Teu poder em nossas vidas.

Palavra
Leiamos juntos: Atos 13:8-12.

Reflexão sobre a passagem bíblica

O procônsul deseja ouvir o evangelho anunciado por Paulo, mas o mági-
co Elimas o impede. Paulo, cheio do Espírito Santo, repreende Elimas por
sua maldade e, por um tempo, ele fica cego. Vendo este sinal, o procônsul
acredita em Jesus. O poder de Deus salva os homens ao derrotar qualquer
obstáculo que surja.

Diálogo
1. O mágico se opõe à pregação do evangelho por Paulo. Como Paulo su-
pera esse obstáculo? (vv. 9-11).
2. Compartilhemos, quais são os obstáculos da nossa fé e como podemos
superá-los?

Agradecimentos

Oração de agradecimento
Deus, queremos caminhar sempre Contigo. Guarda-nos para não cairmos
na tentação do diabo. Ajuda-nos a lembrar da Tua Palavra, a orar sem cessar
e a obter a vitória pelo poder do Espírito Santo.

Compartilhemos pedidos de oração individualmente para a semana.

149
Altar familiar

5 Obedeça à orientação do Espírito Santo

Atos 16:6-10

Oração
Deus, eu Te louvo por Teu amor e misericórdia em manter minha família e
nos guiar. Ajuda-nos a nos alegrar em Ti e a oferecer-Te um altar familiar
em espírito e em verdade.

Palavra
Leiamos juntos: Atos 16:6-10.

Reflexão sobre a passagem bíblica

O Espírito Santo se opõe ao plano de Paulo de pregar o evangelho na Ásia.
O apóstolo se propõe a ir para a Bitínia, mas o Espírito não permite. Ele
desce a Trôade e vê um homem macedônio em uma visão e se prepara para
ir para lá. Paulo segue os planos de Deus, desistindo de seus próprios planos.

Diálogo
1. Por que Paulo vai para a Macedônia, Europa, em vez da Ásia? (vv. 6-9).
2. O que eu preciso agora para seguir a vontade de Deus e não os meus
próprios planos?

Agradecimentos

Oração de agradecimento
Deus, obrigado por guiar nossos passos através do Espírito Santo. Quando
virmos as portas se fechando e estivermos aflitos, ajuda-nos a permanecer
firmes na fé, buscando os Teus caminhos.

Compartilhemos pedidos de oração individualmente para a semana.

150
 Minha vida devocional

O tempo devocional
que me salvou e me
transformou
Jung Yeo-jin | Flower Mound, Texas, EUA.

M uitas vezes, quando eu prego a Palavra para um descrente, eles me

perguntam se não podem viver do seu jeito e receber a salvação
antes de morrer, como fez um dos dois ladrões que foram crucificados
com Jesus (veja Mateus 27). Antes, eu lia essa parte da Bíblia e sentia
ciúmes desse ladrão porque estava imerso na ideia de que a coisa mais
fácil e mais feliz a fazer era viver de acordo com a minha vontade. In-
vejei também o “trabalhador tardio da vinha” da parábola de Mateus
20. Porém, depois de ter um encontro profundo com Jesus, meditando
em João 15:15, eu compreendi que o trabalhador que chega cedo des-
fruta de uma graça ainda maior ao passar mais tempo com o Senhor e
testemunhar Sua beleza e bondade. Também eu recebi o dom de uma
salvação incrível, como o ladrão que se salvou à beira da morte e o tra-
balhador que se atrasou. Além disso, por meio do dom da salvação, Deus
tirou meu casamento do perigo quando ele corria o risco de acabar e
curou o coração dos meus filhos, que estava cheio de trevas por causa
da discórdia entre seus pais. Por outro lado, eu tinha medo das pessoas,
mas Deus me deu olhos para ver cada alma com amor e apreço. E quan-
do eu quis renunciar à vida no mundo, voltei a respirar, dançar e louvar
a Deus que me ressuscitou participando das missões. Viver de acordo
com a minha vontade significa amar a si mesmo, e que o resultado do
amor egoísta é prejudicial. Eu também descobri que me entregar a um
Deus perfeito é uma decisão inteligente. Você não tem ideia do quanto
estou ansioso para começar cada dia com tempo devocional para rea-
firmar que a Palavra tem poder transformador. Meu maior testemunho
é que vivo dentro da Palavra de Deus, “apesar de tudo” e até na dificul-
dade. Por isso, eu oro para que dia a dia a Palavra me ajude a ler melhor
a vontade de Deus, que teve que enviar Seu único Filho, Jesus Cristo,
ao mundo.

151
Estudo bíblico semanal

Atos 7:51-8:1

01 Estêvão dorme na glória

O obreiro escolhido por Deus supera as expectativas do

Enfoque
homem e realiza obras maravilhosas por meio dele.

Abrindo os Abram seus corações e compartilhem brevemente como foi sua se-
corações mana. (Compartilhem o tempo devocional, temas de oração, entre
outros).

Lendo a Leiamos juntos: Atos 7:51-8:1.

Palavra:
Entendendo o contexto:
A igreja primitiva passa por um incrível avivamento, após a descida do
Espírito Santo no dia de Pentecostes. No entanto, o aumento do nú-
mero de fiéis traz consigo problemas administrativos dentro da con-
gregação e as viúvas gregas não recebem mais ajuda. Para isso, os
apóstolos nomeiam sete obreiros que se concentrarão apenas no mi-
nistério da oração e da Palavra. Entre eles está Estevão, que prega o
evangelho com o poder do Espírito Santo e sabedoria. Porém, quan-
do ele começa a fazer milagres e sinais, vários da sinagoga chamada
“dos libertos” reúnem testemunhas e o denunciam perante o Sinédrio.
Em vez de defender sua inocência, Estêvão proclama que Jesus é o
Messias e prega sobre os judeus que rejeitaram e criticaram Jesus.

1• Compartilhando a Palavra
Observação e meditação:
1. Como os judeus reagem quando ouvem o sermão de Estêvão?
(vv. 54, 57). Porque?

Aplicação e intercambio:
1. Como você reage quando se sente culpado depois de ouvir a Pa-
lavra de Deus?

152
 2• Observação e meditação:
1. O que aconteceu com Estevão no final? (vv. 58-60).
2. O que acontece na igreja em Jerusalém depois desse evento?
(8:1).

Aplicação e intercâmbio:
1. Compartilhe se Deus já trabalhou de uma maneira totalmente dife-
rente do que você esperava.

Ordenando as A Palavra de Deus é mais afiada do que uma espada de dois gumes
ideias: (Hebreus 4:12) que penetra na alma e nos faz arrepender de nossos
pecados. Ao escutar a Palavra de Deus, alguns a aceitam humilde-
mente e a obedecem; enquanto outros teimosamente a rejeitam e re-
sistem a ela por causa da atitude do coração. Os fiéis devem sempre
se arrepender e se voltar para Deus com a Palavra. Quando a igre-
ja sofre perseguições após a morte de Estêvão, Deus abre mais uma
porta para pregar o evangelho e assim, este começa a se espalhar na
Judéia, Samaria e no resto do mundo, por meio dos fiéis que se dis-
persam após serem perseguidos. Dessa forma, Deus trabalha para
salvar almas, de acordo com Sua vasta experiência e conhecimento.

Orando com a Amado Deus, ajuda-nos a entender a Palavra e dá-nos um “coração

Palavra: que escuta” para Te obedecer completamente. Guia-nos para que vi-
vamos pregando o evangelho com coragem, sem medo em hipótese
alguma, e confiando em Teu bom plano.

Orando juntos: 1. Ao comemorarmos o dia de ação de graças, agradeçamos a Deus

por nos dar o pão nosso de cada dia e oremos para que sejamos
uma igreja que se esforça para cuidar daqueles que mais preci-
sam.
2. Pelo quarto ano consecutivo, o aborto é a principal causa de mor-
te no mundo. Oremos para que o mundo inteiro conheça a Deus,
o Soberano sobre a existência humana, valorize a vida e se afas-
te do caminho do pecado.

Versículo para memorizar

“Enquanto apedrejavam Estêvão, este orava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” [...]
“Senhor, não os consideres culpados deste pecado” (Atos 7:59-60).
Finalizem a reunião com oração de intercessão e louvores.
153
Estudo bíblico semanal

Atos 9:10-22

02 Deus prepara o obreiro

Enfoque Deus prepara pessoas para consumar Seu plano de salvação.

Abrindo os Abram seus corações e compartilhem brevemente como foi sua se-
corações mana. (Compartilhem o tempo devocional, temas de oração, entre
outros).

Lendo a Leiamos juntos: Atos 9:10-22.

Palavra:
Entendendo o contexto:
Após o martírio de Estêvão, a igreja de Jerusalém se dispersa devido
à perseguição que teve Saulo como um dos responsáveis. Assim, o
evangelho começa a se espalhar para Samaria e o resto do mundo, e
Deus prepara quem ficará encarregado de pregar aos estrangeiros.
Desta forma, o Senhor encontra pessoalmente Saulo, que estava a ca-
minho de Damasco para capturar os discípulos de Jesus. Saulo era
um hebreu da Cilícia (da região da Ásia Menor) que havia estudado
a Lei, conhecia bem a cidade grega e era cidadão romano de nasci-
mento. Deus prepara Saulo para pregar aos gentios.

1• Compartilhando a Palavra
Observação e meditação:
1. O que Deus ordena a Ananias em visão? (vv. 11-12).
2. O que o Senhor diz que Saulo fará no futuro? (vv. 15-16).

Aplicação e intercâmbio:
1. Quem é essa pessoa com quem você tem dificuldade em buscar
perdão e reconciliação?
2. Por que o perdão e a reconciliação são importantes da perspecti-
va do reino de Deus?

154
 2• Observação e meditação:
1. O que acontece quando Ananias ora por Saulo? (v. 18).
2. Como Saulo age a partir de então? (v. 20).

Aplicação e intercâmbio:
1. Qual foi a maior mudança em você depois de conhecer Jesus?
Compartilhe se você conhece alguém que vive uma vida transfor-
mada, como Saulo.

Ordenando as Deus prepara duas pessoas para Seu plano de salvar os gentios. As-
ideias: sim, forma “Saulo”, que perseguia os fiéis, para o ministério dos gen-
tios e “Ananias” para acompanhá-lo neste processo. Desta forma, o
débil torna-se membro da comunidade eclesiástica e é utilizado por
Deus, como Seu missionário, através do parceiro que estende a mão
do perdão e da reconciliação. Ainda hoje, Deus continua nos guian-
do e preparando o companheiro de fé. É necessário ter um encontro
pessoal com Jesus em nossas vidas. Essa experiência reconciliado-
ra transforma valores e restaura o sentido da vida, permitindo que nós
sejamos usados como mensageiros de bênçãos que pregam sobre
o reino de Deus.

Orando com a Deus, assim como Tu enviastes Ananias a Saulo, envia-nos um parcei-
Palavra: ro de fé com quem possamos adorar e fazer Tua obra juntos. Guia-nos
para nos unirmos e formarmos uma bela comunidade.

Orando juntos: 1. Os casos de ataques cibernéticos estão aumentando. Oremos

para que nosso país alcance a segurança digital, construindo um
sistema seguro que fortaleça a cibersegurança e tenha coope-
ração global.
2. No Paquistão, eles fortaleceram a lei da blasfêmia, então a perse-
guição e o perigo dos cristãos estão aumentando. Oremos pela
igreja do Paquistão, que está aflita, para que clame ainda mais e
permaneça na rocha da fé.

Versículo para memorizar

“Mas o Senhor disse a Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para le-
var o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel” (Atos 9:15).
Finalizem a reunião com oração de intercessão e louvores.
155
Estudo bíblico semanal

Atos 11:19-30

03 Viva como cristão

O fiel que permanece em Jesus Cristo é um cristão que segue

Enfoque
o caminho de Cristo.

Abrindo os Abram seus corações e compartilhem brevemente como foi sua se-
corações mana. (Compartilhem o tempo devocional, temas de oração, entre
outros).

Lendo a Leiamos juntos: Atos 11:19-30.

Palavra:
Entendendo o contexto:
O arrependimento de Cornélio é um ponto de virada muito importante
na missão dos gentios (Atos 10). Através deste fato, a igreja em Jeru-
salém começa a reconhecer que deve aceitar como membros da con-
gregação os gentios que Deus escolheu e salvou. Assim, depois do
martírio de Estêvão, os fiéis se dispersam e pregam o evangelho em
todos os lugares aonde vão. A princípio eles só pregavam aos judeus,
mas em Antioquia eles começaram a pregar aos gregos e realizaram
a obra de trazer milhares de gentios de volta ao Senhor. O arrepen-
dimento e a pregação de Cornélio aos gregos em Antioquia mostram
que o evangelho está se espalhando por todo o mundo, além de toda
a Judéia e Samaria (1:8).

1• Compartilhando a Palavra
Observação e meditação:
1. O que acontece quando os fiéis que foram dispersos após a morte
de Estêvão começam a pregar o evangelho? (vv. 19-21).

Aplicação e intercâmbio:
1. Compartilhe sobre uma ocasião em que “a mão do Senhor” o aju-
dou, acompanhando-o em um momento difícil, seja em sua vida
ou no ministério.

156
 2• Observação e meditação:
1. Como os discípulos começaram a ser chamados depois que Bar-
nabé e Paulo passaram um ano instruindo o povo em Antioquia?
(v. 26).

Aplicação intercâmbio:
1. Você tem alguém com quem sente que se tornou um “cristão” no
Senhor, apesar de serem de culturas, etnias e idiomas diferentes?

Ordenando as A igreja de Jerusalém estava passando por uma grande tribulação, o

ideias: que torna difícil para eles se reunirem para adorar. Então, os fiéis de-
vem deixar tudo e fugir. Hoje, se olharmos ao nosso redor, podemos
ver que há muito menos pregação do que antes, embora não haja
tantos perigos como no passado. Assim, a passagem de hoje nos en-
sina duas lições. E é assim que o Senhor ajuda os fiéis, mesmo na di-
ficuldade; e que nós devemos viver como cristãos, confiando nEle e
obedecendo-Lhe. Nós devemos compartilhar as boas novas de que
Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores; além disso, nossas vi-
das, que creem e seguem Jesus, devem ser as próprias boas novas.

Orando com a Senhor, nós Te louvamos porque que guias fielmente nossas vidas.
Palavra: Ajuda-nos a permanecer convencidos de que Tu nos sustentas em to-
dos os momentos e a viver como cristãos que superam inúmeras ten-
tações e provações com fé abundante.

Orando juntos: 1. Oremos para que as reformas propostas pelo governo em maté-
ria de saúde e reforma previdenciária sejam a favor dos cidadãos
colombianos; e que todas as leis contra os valores e princípios de
Deus não sejam aprovadas na sociedade.
2. A Europa está caindo nos perigos das drogas por causa da lega-
lização da maconha. Oremos para que cada um dos países euro-
peus remova as leis destruidoras de almas e siga o caminho certo.

Versículo para memorizar

“A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor”

(Atos 11:21).
Finalizem a reunião com oração de intercessão e louvores.
157
Estudo bíblico semanal

Atos 14:1-18

04 A direção do esforço é importante

O propósito e significado de nossas vidas é crer e pregar sobre

Enfoque
Jesus Cristo

Abrindo os Abram seus corações e compartilhem brevemente como foi sua se-
corações mana. (Compartilhem o tempo devocional, temas de oração, entre
outros).

Lendo a Leiamos juntos: Atos 14:1-18.

Palavra:
Entendendo o contexto:
Atos 13 e 14 têm como contexto a primeira viagem missionária de
Paulo e Barnabé. Quando eles pregam na Antioquia da Pisídia, mui-
tas pessoas aceitam o evangelho e seus corações são transformados.
Havia mais pessoas que queriam ouvir a Palavra e estavam chegando
no final da reunião pedindo para saber mais. No entanto, nem todos
acolheram Paulo e Barnabé. De fato, enquanto pregavam na Antioquia
da Pisídia, os judeus ficaram com tanta inveja que começaram a insul-
tá-los (13:45). Apesar de anunciar o mesmo evangelho, as pessoas se
dividem em dois grupos que reagem de forma diferente.

1• Compartilhando a Palavra
Observação e meditação:
1. Como as pessoas que estavam na sinagoga de Icônio reagem
quando Paulo e Barnabé começam a pregar? (vv. 1-4).

Aplicação e intercâmbio:
1. Qual foi o momento mais difícil que você viveu pregando o evan-
gelho?
2. Que predisposição deve ter aquele que prega o evangelho?

158
 2• Observação e meditação:
1. Como os dois apóstolos reagem quando a multidão que vê o mila-
gre que eles realizam tenta adorá-los considerando-os “deuses”?
(vv. 14-17).

Aplicação e intercâmbio:
1. Ao final de um ministério bem-sucedido, você louva apenas o
nome de Deus sem buscar honra e popularidade humana?

Ordenando as No mundo existem dois tipos de pessoas. Aquele que crê em Jes-
ideias: us e aquele que não crê. Embora muitas pessoas se voltassem para
o Senhor por causa da paixão com que Paulo e Barnabé pregavam,
também havia quem rejeitasse o evangelho por inveja e interrompes-
se o ministério. É assim que os pregadores são diferenciados dos
interruptores apaixonados do evangelho. Por isso é importante o dire-
cionamento da paixão e, o fiel deve sempre analisar a que dedica sua
paixão. Da mesma forma, você não deve buscar o reconhecimento
das pessoas como recompensa pelo trabalho que fez para o Senhor.
Ou seja, que o propósito e a razão dos fiéis se esforçarem no mundo
deve ser pregar e exaltar somente a Jesus Cristo.

Orando com a Deus, nós louvamos a Ti que trabalhas em nossas vidas. Quando o
Palavra: que planejamos e desejamos correr bem, ajuda-nos a louvar-Te com
gratidão; assim como quando não é assim, confiando em Ti que go-
vernas a nossa vida com lealdade.

Orando juntos: 1. Oremos para que a graça de Deus seja abundante nos ministé-
rios que acontecerão no verão e que haja um avivamento como o
que aconteceu na Coréia em 1907, permitindo que o Espírito San-
to trabalhe em todos os cantos do Coreia do Sul.
2. Oremos pelos liberianos que perderam a base da vida e sofrem
com as feridas deixadas pela guerra; para que a igreja seja uma
mensageira que prega a consolação do Senhor (ver “Pioneiros
da missão”).

Versículo para memorizar

“Paulo e Barnabé passaram bastante tempo ali, falando corajosamente do Senhor, que
confirmava a mensagem de sua graça realizando sinais e maravilhas pelas mãos de-
les” (Atos 14:3).
Finalizem a reunião com oração de intercessão e louvores.
159
 Testemunho

A fidelidade
de Deus
Nancy Zapata Morales - Igreja Centro Internacional Viver Cristão - Bogotá, Colômbia.

Eu conheci o Senhor Jesus em setembro de

1997 graças a Manuel Aranguren, que me en-
sinou o caminho do evangelho e que hoje é
meu marido após 22 anos de casamento.
Há 10 anos, em mim, começou uma doença
autoimune chamada esclerodermia, que consis-
te no acúmulo de tecido fibroso na pele e danos
nos tecidos, que afetou meu rosto, principalmen-
te o lado direito do rosto, gengivas e couro ca-
beludo e, devido a isso, eu necessitei fazer uma
cirurgia estética. Isso me causou um problema
de baixa autoestima. No entanto, em minha igreja nós trabalhamos com a ferramenta
Tempo com Deus é vida viva (TcD), e isso realmente tem me abençoado muito porque
Deus, através da leitura de Sua Palavra e meditação, fala comigo diariamente através
de Suas promessas, e essa atividade levantou o meu ânimo.
Em 16 de fevereiro de 2023, eu experimentei o primeiro milagre ao entrar em uma ci-
rurgia totalmente paga pela Entidade Provedora de Saúde (EPS) do meu país, já que as
EPS na Colômbia geralmente não cobrem esse tipo de cirurgia. Então, meu rosto pas-
sou de pouco volume para um volume maior, minha perna esquerda também foi inter-
vencionada naquele dia para retirar tendões e parte do músculo, e colocá-los no rosto;
porém a cirurgia na minha perna foi muito complicada e foi necessário fazer mais duas
cirurgias para colocar um enxerto.
Em meio a tudo isso e após um processo doloroso, Deus me deu a vitória através
do devocional de 2 Samuel, e da história de Davi e Golias. Assim, eu consegui ven-
cer, levando as promessas de Sua Palavra e com a ajuda da igreja e da família, que
constantemente oraram por mim. Dou glória a Deus porque no meio da internação, eu
evangelizei duas pessoas, demos a elas dois novos testemunhos junto com meu espo-
so e compartilhamos com as enfermeiras sobre o cuidado de Deus.
A Palavra de 1 Samuel 17:45, que diz “Você vem contra mim com espada, lança e
dardo; mas eu vou contra você em nome do Senhor dos exércitos”, tornou-se real na
minha vida porque naquele dia eu estava internada lutando contra Golias. Finalmente
eu saí vitoriosa após 30 dias de internação. Por isso, eu incentivo as igrejas a trabalha-
rem usando essa maravilhosa ferramenta TcDvv, pois ela permite que nós, como igre-
ja, permaneçamos unidos por meio da Palavra de Deus e da oração.
“Se deseja compartilhar aos demais leitores a graça que recebeu,
não deixe de enviar seu valioso testemunho para: [testimonios@durannolatino.org]”

160
 Cultivemos juntos tu hábito
devocional en este
Conoce mes a mes los siete pasos
!
para hacer tu tiempo devocional.

7
Passo

Compartilhar
Saia e compartilhe com outros
o que Deus te falou.
Atos 20: 35

Fazer seu

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