Liderança Que Permanece

LIDERANÇA QUE PERMANECE
PROJETO ESTRATÉGICO DE LIDERANÇA DA IDB CENTRAL
Direção geral: Bispo - José Quirino Rodrigues

Autoria: Bispo - Valdivino Rodrigues dos Santos
Igreja de Deus Central

Rua Dr. Irany Ferreira 286 Centro
Trindade
2023
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Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 3
1 PRINCÍPIOS PARA UMA LIDERANÇA QUE PERMANECE ........................................................................... 5
1.1 Para mudarmos de verdade, precisamos mudar nossos paradigmas ................................................... 8
2 LÍDERES NASCEM FEITOS OU SE TORNAM LÍDERES? .................................................................................... 8
2.1 O que é liderança? .................................................................................................................................. 9
2.2 Deus procura líderes ............................................................................................................................. 11
2.3 Autoliderança ........................................................................................................................................ 12
2.4 A pessoa mais difícil de liderar é você ................................................................................................. 17
2.5 Exercite sua paciência ........................................................................................................................... 17
2.6 A decisão difícil distingue o líder. ......................................................................................................... 18
2.7 Reflita sobre os momentos de definição do passado .......................................................................... 19
2.8 Tomando decisões................................................................................................................................. 20
2.9 Suas escolhas definem você ................................................................................................................. 21
2.10 Liderar exige coragem ......................................................................................................................... 21
2.11 O líder nunca desiste .......................................................................................................................... 22
2.13 O que é liderança cristã? .................................................................................................................... 25
3 PRINCÍPIO DA AUTORIDADE ........................................................................................................................ 26
3.1 Autoridade ou autoritarismo................................................................................................................ 27
4 SUBMISSÃO .................................................................................................................................................. 28
4.1 Entenda e pratique o princípio bíblico de submissão à autoridade .................................................... 32
4.2 A submissão à autoridade pode ser: .................................................................................................... 32
4.3 Pergunta: ............................................................................................................................................... 33
5 MATURIDADE ............................................................................................................................................... 33
5.1 Fuja dos lugares de cegueira................................................................................................................. 35
6 CARÁTER ....................................................................................................................................................... 36
6.1 O Padrão de Avaliação pela Reflexão — Cinco Fases ............................................................................. 37
7. TRABALHO EM EQUIPE ............................................................................................................................... 38
7.1 O progresso de trabalho em equipe deve ser: ..................................................................................... 39
7.2 Você é o tipo de líder em quem sua equipe pode confiar? ................................................................. 41
CONCLUSÃO .................................................................................................................................................... 42
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................................. 44
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INTRODUÇÃO
Não tenho intenção de ensinar você a liderar. Eu também sou aprendiz dessa arte
extraordinária, e cada dia descubro que sei muito pouco. Mas quero compartilhar aqui
lições de liderança que tenho aprendido ao longo dessa caminhada na igreja, e digo,
que essas lições desses anos têm mudado para melhor a minha vida como pessoa e
como líder.
Na verdade, vamos começar um período que, acredito, será de grande crescimento
para todos nós, porque vamos compartilhar nossas experiências. Vamos aprender uns
com os outros e ao final dessa jornada todos teremos ampliado nossa visão de liderança.
Teremos conhecido mais uns ao outros e assim teremos apropriados de novas formas
de liderar.
Uma coisa tenha certeza! O nosso crescimento como lideres sempre será muito
maior e mais rápido se refletirmos sempre sobre nossa visão de liderança, se estivermos
dispostos a compartilhar nossas experiências, e sobretudo, se estivermos abertos para
absorvermos novos conhecimentos e novas perspectivas de liderar.
A liderança deva estar revestida de dinamismo porque as coisas a nossa volta são
dinâmicas. As circunstâncias mudam muito rapidamente e se não estivermos dispostos
a mudarmos também, ficaremos para trás.
A proposta desse material é que façamos uma reflexão sobre os princípios de
liderança de modo geral, tratarmos das várias etapas pertinentes ao desenvolvimento e
crescimentos na área de liderança a fim de exercermos uma liderança que permanece.
E ao final que façamos as aplicações necessárias as situações especificas de cada líder.
Liderança é exigente, complexa, requer muito de quem deseja se desenvolver.
Entendamos o que estou querendo dizer:
• Liderança é a disposição de assumir riscos,

• Liderança é o desejo apaixonado de fazer diferença,
• Liderança é se sentir incomodado com a realidade,
• Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam
justificativas,
• Liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só
conseguem ver as dificuldades,
• Liderança é a disposição de se destacar no meio da multidão,
• Liderança é abrir a mente e o coração,
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• Liderança é a capacidade de subjugar o ego em benefício daquilo que é

melhor,
• Liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição
que elas podem oferecer,
• Liderança é o poder de potencializar muitas vidas,
• Liderança é falar com o coração ao coração dos liderados,
• Liderança é a integração do coração, da mente e da alma,
• Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso,
liberar as ideias, a energia e a capacidade dessas pessoas,
• Liderança é o sonho transformado em realidade,
• Liderança é, acima de tudo, coragem!
Se essas reflexões sobre a liderança aceleram sua pulsação e mexem com seu
coração, aprender mais sobre esse assunto fará uma grande diferença em sua vida, e
por sua vez você será capaz de fazer uma grande diferença na vida de outras pessoas.
Vire a página e vamos começar.
Que Deus nos abençoe nessa caminhada!

Bp. Valdivino Rodrigues.
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1 PRINCÍPIOS PARA UMA LIDERANÇA QUE PERMANECE

“muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito
do Senhor”. Pv.19: 21
A palavra “prevalece”, significa literalmente “levanta, persiste, fica de pé,
permanece de pé”.
• Princípios são importantes, porque funcionam como um mapa, permitindo-nos
tomar decisões sábias. Se adotarmos um princípio e o interiorizarmos, torna-se
parte de nossos valores.
• Princípios têm a ver com a identificação de verdades fundamentais dentro dos
processos e padrões, com uma aplicação mais ampla para os líderes.
O sucesso do líder não são só suas conquistas, mas também seus sucessores.
(exemplo de Jesus e os apóstolos)
• Princípios divinos. São verdades divinas para a vida bem-sucedida. Independem
da cultura, da época, do lugar. São imutáveis. Podem ser vividos em diferentes
realidades temporais e culturais.
• O chamado para ser um líder cristão não é apenas para gerar resultados na
carreira ministerial, mas também em sua família, caráter e integridade, que o
levará terminar bem sua carreira, com a benção de Deus e com a alegria de ter
ajudado a formar novas gerações que seguirão liderando pelo legado que
receberam.
• A proposta de Deus não é que você termine sua carreira bem, mas com sua
família destruída. Não quer que você chegue ao fim doente emocionalmente. O
chamado de Deus para nossa liderança é de benção completa, com equilíbrio e
excelência.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”
2 Timóteo 4:7
• A chave que Deus usa para levar uma igreja a um grande crescimento saudável
é sua a liderança.
• A obra de Deus precisa de líderes que não vejam sua posição de influência como
algo que possam barganhar ou um meio de conquistarem seus interesses
pessoais.
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• Se alguém que ocupa uma posição de liderança e não consegue formar

seguidores, então essa pessoa tem um cargo, mas não é um líder de fato. Não
existe líder sem liderados!
• Todos os líderes possuem duas características em comum: primeiro, estão indo
a algum lugar; segundo, são capazes de persuadir outras pessoas a acompanhá-
los.
• A liderança está relacionada com a colocação das pessoas no lugar certo para
alcançar o alvo.
• Como líder, você deve sempre desafiar seus liderados a sair da zona de conforto,
mas nunca da área em que são mais fortes. Se eles saem dessa área, logo estarão
fora de todas as demais, inclusive a de conforto e eficiência. Não dá para pedir
a uma pessoa que se desenvolva em áreas para as quais elas não possuem talento
natural. Quer saber o motivo? Porque a capacidade de crescer e mudar é muito
diferente de uma pessoa para a outra, dependendo da disposição que cada uma
demonstra diante da perspectiva de mudança.
• Quem você colocou no lugar errado? Se você é o líder de alguma organização,
um departamento ou uma equipe, então é sua a responsabilidade de garantir que
as pessoas estejam trabalhando de acordo com suas habilidades.
Converse com os membros sobre suas paixões, suas esperanças e seus sonhos. É
impossível liderar bem quando não se conhece os liderados.
• Você está precisando liberar algumas águias para voar e alguns patos para nadar?
Se você já tentou prender uma águia dentro de sua organização ou transformar
os patos naquilo que eles não são, está na hora de fazer duas coisas: primeiro,
reposicioná-los para que possam trabalhar de acordo com seus pontos mais
fortes; segundo, reconquistar a confiança dessas pessoas. Reconheça os talentos
naturais que elas possuem, ajude-as a desenvolver essas habilidades e mostre
como podem contribuir para com o reino.
✓ Descobri que os líderes bons e os potenciais demonstram possuir as seguintes

características:
• Capacidade de adaptação — ajustam-se rapidamente às mudanças.
• Discernimento — compreendem quais são as questões mais importantes.
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• Perspectiva — enxergam além do ponto em que estão.

• Comunicação — interagem com as pessoas de todos os níveis da organização.
• Segurança — confiam no que são, e não no cargo que ocupam.
• Disposição para servir — fazem o que for necessário.
• Iniciativa — encontram maneiras criativas de fazer as coisas acontecerem.
• Maturidade — colocam a equipe em primeiro lugar.
• Persistência — mantêm consistência em termos de caráter e competência a longo
prazo.
• Confiabilidade — são dignos de confiança naquilo que é mais importante.
Se você encontra gente que possui a maioria dessas características, é provável
que esteja diante de pessoas com grande potencial para a liderança.
• De modo geral, as tarefas erradas, se tornam a melhor receita para uma vida
ineficaz!
• Para os líderes, é melhor saber as coisas mais importantes do que saber tudo.
• Em qualquer organização, os problemas devem sempre ser resolvidos nos níveis
mais básicos. Se todo problema demandar primeiro a decisão dos líderes, levará
uma eternidade até se chegar à solução.
• Se você lidera, precisa dar aos liderados permissão para fazer perguntas difíceis
e divergir de suas opiniões. Essa permissão deve ser concedida pelo líder. Vários
líderes preferem se cercar de pessoas que fingem não ver nada, em vez de gente
que fala com franqueza. No entanto, se uma decisão é tomada sob o silêncio total
dos liderados, provavelmente o resultado será um sonoro fracasso.
• Oferecer influência a pessoas que não podem ou não pretendem usá-la de
maneira apropriada é uma perda de tempo e um desperdício de esforços e
recursos por parte de um líder. É como entregar ouro para alguém que pretende
enterrá-lo no quintal e esquecê-lo.
• Líderes que atraem seguidores agregam às suas conquistas.
• Líderes que desenvolvem líderes multiplicam sua capacidade.
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1.1 Para mudarmos de verdade, precisamos mudar nossos paradigmas

• Paradigmas são “verdades” internalizadas ao longo da vida. São os nossos
conceitos formados consciente ou inconscientemente e sedimentados como
verdades absolutas. São as nossas crenças básicas, nossa referência interna. E
essa referência interna condiciona nossa percepção, compreensão e interpretação
do mundo, da vida, das coisas, das pessoas, de Deus e de nós próprios.
• O problema acerca dos nossos paradigmas é que muitas das nossas crenças e
verdades tidas por inquestionáveis podem ser falsas do ponto de vista de Deus.
Começamos a entrar no processo de mudança interior verdadeira quando
ousamos questionar, à luz da Palavra de Deus, nossos paradigmas básicos, e
mudá-los quando necessário. É a mudança autêntica, duradoura, de dentro para
fora.
• Jamais mudaremos para melhor, em qualquer área da nossa vida, se não nos
dispusermos a rever e mudar nossos velhos paradigmas. Pelo contrário,
retrocederemos cada dia: na mente, no espírito e na alma. E o pior é que fazemos
da mediocridade a nossa virtude principal. E ainda nos gloriamos da nossa
mesmice!
2 LÍDERES NASCEM FEITOS OU SE TORNAM LÍDERES?

Há quem defenda que líderes já nascem feitos. Outros são da opinião de que
ninguém nasce líder, líderes são feitos. Um terceiro ponto de vista opina que
o equilíbrio nessa discussão parece ser a ideia de que certas pessoas nascem
com maior aptidão para a liderança do que outras. Mas isso não quer dizer
que somente essas pessoas possam ser bem-sucedidas como líderes.
Existem pessoas com pouca aptidão natural para a liderança que se tornam
líderes notáveis mediante estudo e treinamento. Dentre essas pessoas se
destacam aquelas dotadas de extraordinária capacidade de autossuperação.
Na minha opinião, essa energia e impulso interiores são prova evidente de
que essas pessoas são líderes natas, pois possuem um senso vigoroso de
autoliderança. O que elas precisam é desenvolver sua capacidade e
habilidades de liderar outras pessoas.
Mas há também aquelas pessoas especialmente chamadas por Deus para a
liderança, as quais ele concede uma dose especial desse dom visando ao
cumprimento da visão e da missão que ele dá ao líder.
De qualquer modo, o líder precisa desenvolver e aperfeiçoar o seu dom para
a liderança, se deseja realizar seu melhor para Deus.
(Mariano Barroso Marques. Lider Haggai).
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A teoria sozinha é estéril. A prática sozinha também não vai muito longe. Mas
quando unimos a teoria da liderança cristã bíblica à nossa prática, os resultados podem
ser surpreendentes.
Ninguém nasce um líder. Podemos nascer com habilidades muito
apropriadas à liderança, dadas por Deus a nós, porém, a liderança em si é
sempre algo que é desenvolvido e constantemente lapidado. A liderança é algo
que desenvolvemos por meio do conhecimento, da leitura, da formação, da
submissão às autoridades e líderes, da organização pessoal, da comunicação
e da disciplina. Liderança é algo que se desenvolve a partir da busca de uma
visão, da vivência de uma paternidade bem resolvida, de muita dedicação, do
conhecimento de novos lugares, pessoas e culturas. É um processo constante
de mudanças e crescimento internos. (Pr. Carlito Paes)
Devemos evitar cometer dois erros opostos em nosso conceito de

desenvolvimento de liderança. Um é agarrar-se a uma ideia de que liderança é algo
nato e que não há nada que possamos fazer em relação a isso. O oposto é dizer: líderes
são feitos, com as técnicas certas, podemos produzi-los.
Podemos ver na Bíblia que é verdade que Deus chama líderes à sua igreja e seu
reino, mas também vemos que há processos que Deus usa para produzir seus líderes.
Um estudo sobre os líderes na Bíblia nos mostra os estágios de desenvolvimento em
Moisés, Davi, Paulo e outros. Portanto, não devemos nos apegar dogmaticamente a
uma forma de chamado e de preparo na área de liderança.
2.1 O que é liderança?
A palavra liderança é utilizada com diversos sentidos. Um deles é que liderança é
influência. Influência que se exerce sobre outras pessoas pelo exemplo e por palavras,
no sentido de despertar nelas o querer intenso e a disposição para se tornarem ou
realizarem uma determinada coisa.
Essa influência, portanto, é motivadora e mobilizadora. Na liderança, para
mobilizar pessoas é necessário, primeiro, motivá-las. Só conseguimos que as pessoas
realizem bem aquilo que elas se sentem motivadas a fazer.
Liderança é também uma disciplina pessoal deliberada:
A liderança é a disciplina de deliberadamente exercer influência especial dentro
de um grupo para movê-lo em direção a alvos de permanência benéfica que satisfazem
as necessidades reais do grupo (Dr. John Haggai)
Ninguém nasce um líder. Podemos nascer com habilidades muito apropriadas à
liderança dadas por Deus a nós, porém, a liderança em si é sempre algo que é
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desenvolvido e constantemente lapidado. Portanto, por meio de treinamento, qualquer

pessoa que atua numa posição de liderança pode tornar-se mais influente e eficiente.
A liderança é algo que desenvolvemos por meio do conhecimento, da leitura, da
formação, da submissão às autoridades e líderes, da organização pessoal, da
comunicação e da disciplina. É um processo constante de mudanças e crescimento
internos.
Não importa em que estágio de vida você está, você pode ser um líder melhor. E
algumas das capacitações mais importantes que você pode desenvolver terão a ver com
permanecer bem nos processos de crescimento e tirar o melhor deles.
A liderança imatura não respeita processos e, por isso, erra mais. Líderes maduros,
por outro lado, respeitam os processos e perdem menos. Isso se chama sabedoria e ela
será um resultado direto da sua maturidade.
Em 1980, a Harvard Business Review compilou quinze artigos acerca de liderança
sob o título “Caminhos Para o Progresso Pessoal: um Líder Não Nasce Feito, Faz-se”.
Esses artigos explicam que como um cirurgião, um astronauta, ou um orador sacro, um
líder não nasce feito, mas se faz. Deus pode dar dons especiais a alguns, mas esses dons
jamais virão à tona se eles não fizerem algum esforço para desenvolvê-los e exercitá-
los.
Precisamos da perspectiva geral, do quadro completo, que nos impeça de tirar
conclusões apressadas e tomar decisões que não são compatíveis com o desenvolvimento
a longo prazo.
Todos os líderes podem apontar para incidentes críticos em sua vida

em que Deus lhes ensinou algo muito importante.
Desenvolvimento de liderança é um processo para toda a vida. Você precisa de

uma perspectiva geral para compreender o que acontecerá em dado momento.
Um ministério maduro flui de uma pessoa madura. Deus aprofunda, as vezes
de modo doloroso, o caráter de um líder, a fim de produzir frutos mais maduros.
Tarefas ministeriais envolvem acumular experiência, adquirir conhecimento ou
fazer coisas que manifestarão caráter e dons. Com frequência o princípio do pouco e
do muito, explicado em Lucas 16. 10, está em vigor. Você consegue ser fiel em coisas
pequenas? Talvez você não consiga ver a importância das coisas pequena no momento, mas
será que pode executar com fidelidade o que lhe foi atribuído? Se sim, então coisas
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maiores poderão lhe Ser dadas. Se não, Deus terá de ensinar-lhe a mesma lição
novamente.
Jules Ormont afirmou: “O grande líder nunca se coloca acima daqueles que o
seguem, a não ser quando se trata de assumir responsabilidades”.
Bons líderes que mantêm a interação com seu pessoal estão sempre se inclinando:
é a única maneira de estender a mão para baixo a fim de puxar os outros para cima.
Se você deseja ser o melhor líder possível, não permita que a insegurança, a
mesquinhez ou o ciúme o impeçam de ajudar outras pessoas.
“Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso,

liberar as ideias, a energia e a capacidade dessas pessoas”. John Maxwell,
2.2 Deus procura líderes
A estratégia de Deus para realizar a sua obra na terra é a parceria com o homem,
a cooperação. Cooperar significa operar juntamente com; fazer junto com. Portanto,
Deus não realiza a sua obra na terra sozinho, nem o homem a consegue realizar sozinho.
É preciso a parceria: Deus e o homem, o homem e Deus. Não só Deus, não só o homem,
mas Deus e o homem juntos.
O apóstolo Paulo escreveu:
“...porquê de Deus somos cooperadores (1 Co 3.9), ou seja, ...porquê de Deus somos

parceiros.”
Exemplos bíblicos de Deus procurando líderes e fazendo pareceria com eles:

• Antigo Testamento Abraão (Gn 12.1-3).
• Moisés (Ex 3: 1 a 4.7).
• Isaías (Is 6:1-13).
Novo Testamento
• Pedro e André (Mt 4: 18-19).
• Saulo de Tarso (At 9.3 – 6).
Deus está chamando líderes, não detentores de poder. Nem artistas viciados da
avenida Madison. Nem peritos em congratulações mútuas. Nem traficantes de
influências. Nem demagogos exibicionistas, manipuladores de multidões. Deus está
chamando líderes!
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A liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro

de um grupo no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefício que atendam
às necessidades reais do grupo.
Um verdadeiro líder exerce uma influência especial. Essa influência não é forçada
sobre os outros. Muitos que se acreditam líderes, não passam de prepotentes a
pressionar outros. As pessoas os seguem por medo. A força do verdadeiro líder,
entretanto, deriva da profunda confiança que seus seguidores depositam nele.
As pessoas se sentem mais como um grupo quando compartilham um mesmo
objetivo. Esse objetivo pode ser o de aumentar o número de membros de uma igreja,
ou impedir que determinada lei seja aprovada. Sua missão é empenhar-se no sentido
de atuarem em função da visão.
A liderança, então, é o esforço de exercer conscientemente uma especial
influência dentro de um grupo, a fim de levá-lo a atingir metas de permanência benéfica
que atendam às suas reais necessidades.
2.3 Autoliderança
“o que somos será resultado de anos anteriores de autodisciplina”.
“Quando eu era jovem e livre, e minha imaginação não possuía limites, eu
sonhava em mudar o mundo. Ao ficar mais velho e mais sábio, descobri que
o mundo não mudaria, então diminuí um pouco minha visão e decidi mudar
apenas meu país. Contudo ele também parecia imutável.
Quando cheguei ao ocaso de minha existência, em minha última tentativa
desesperada, decidi mudar apenas minha família, os mais próximos de mim,
mas vejam só, eles não aceitavam nada. E agora, quando estou no meu leito
de morte, subitamente percebo que, se eu apenas tivesse mudado
primeiramente a mim mesmo, então através do exemplo, eu teria mudado
minha família. A partir de sua inspiração e encorajamento, eu teria então
podido melhorar o país e, quem sabe, até mudado o mundo”. (Palavras
inscritas no tumulo de um bispo anglicano na Abadia de Westminster)
• “Há três coisas muito duras: aço, diamante e autoconhecimento.” (Benjamin

Franklin). Contudo o esforço nesse sentido compensa.
• Antes de querer ter debaixo de si grandes equipes, organizações ou ministérios,
entenda que o primeiro passo é a autoliderança. Então, lidere a si mesmo em
primeiro lugar.
• Um líder sem autoliderança é como um navio sem leme ou velas; mesmo que
tenha um plano de viagem nunca chegará ao seu destino.
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• Quantos líderes você conhece que perderam grandes batalhas por não saberem
governar suas próprias emoções? Um líder sem autoliderança será um
colecionador de fracassos.
• Uma pessoa segura é alguém equilibrado, que sabe ler situações e reage com
interdependência e respeito.
• Uma pessoa que não acredita em si mesma, não pode levar outras a acreditar
num sonho ou visão.
• Um líder formado sem processos não contagia, contamina. Já os líderes que
exercem o dom de liderança, da liderança autêntica, com visão, caráter,
competência, inovação e atualização, são pessoas que Deus usa para edificar
grandes ministérios, equilibrados e saudáveis.
Igrejas que prevalecem diante dos desafios da era presente são igrejas comandadas
por líderes que cresceram, mas não se perderam no processo e nem venderam suas
almas a Mamom. O sucesso de um líder não o corrompe, apenas o revela.
Duas atmosferas podem destruir o alcance de uma visão de Deus para

um líder: a ansiedade e o medo. Enquanto a ansiedade faz com que o líder
tome decisões precipitadas e sem avaliação, o medo o paralisa.
Um líder deve acreditar e confiar, resistindo controlar pessoas e, ao contrário de

reter e manipular outros, ele as libera para o seu destino e as lança para seu propósito
divino. Líderes centralizadores revelam suas inseguranças e neuras. Eles demonstram
a fraqueza que julgam ver nos outros, porque, no fundo, têm medo de uma liderança
livre e forte. Pessoas fortes não controlam os outros, mas a si mesmas. Um líder assume
uma posição de influência maior quando ele lidera pessoas livres. Enquanto um líder
não abre mão do controle, ele não assume o governo.
Quando iniciamos no ministério, queremos agradar a todos. Com isso realizamos
muito pouco por dar ouvido a todos. Exercemos o ministério tristes por escutar os
outros mais do que ao Senhor que nos chamou. Conforme se costuma comentar
popularmente, fazemos muito pouco porque vivemos sempre ocupado demais
enchendo todas as mamadeiras dos imaturos da igreja.
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Uma pessoa segura também é capaz de confiar em outros, pode delegar e cobrar
responsabilidades. Pessoas controladoras são inseguras e manipuladoras, e muito do
liderar tem a ver com abrir mão do controle.
Realize tarefas difíceis. Uma das chaves da autoliderança é aprender a

fazer o que é necessário, ainda que seja difícil.
Assuma suas responsabilidades. Ninguém chega a grandes conquistas
com grandes desculpas.
• Ao líder caberá tarefas difíceis que não serão atribuídas a mais ninguém;
familiarize-se com elas.
• Apenas quem assume a sua responsabilidade pode dá-la e cobrá-la de outros.
• Não perca de vista a visão e a missão, este é o seu trabalho como líder.
• Se empreender mudanças fosse fácil, todos mudariam. Muitos sabem que é
necessário liderar e pagar o preço para ver as coisas acontecerem. Contudo,
recuam porque não estão dispostos a desenvolver o dom de liderança sem sair
de sua zona de conforto.
• Deus usa líderes resistentes, perseverantes, determinados e focados. Desistir é
quando o presente se torna maior do que a visão. Um líder que não perde a visão
de futuro nunca retornará ao seu passado!
• Existem líderes que pensam ter o controle das pessoas, das coisas e das situações.
Mas o tempo mostrará que não é bem assim. Veremos que, durante toda a nossa
vida ministerial, a única coisa sobre a qual temos certeza total é do quanto
dependemos do Senhor.
Entenda o momento de liberar pessoas para o que elas desejam fazer.

Ter foco significa também escolher o que não fazer.
• Não tenha alvos demais para si mesmo, tenha poucos alvos que serão
perseguidos com objetividade.
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• Não faça o “jogo do contente”, fingindo que tudo está bem e não tratando o que
precisa ser tratado. Seja realista quanto às situações.
• Muitas vezes, as situações mais difíceis não serão as que exigem mais de você
intelectualmente ou fisicamente, mas de suas emoções.
• É necessário liderar pelo exemplo, e não apenas por carisma, boas ideias ou
palavras.
• O líder não pede algo de sua equipe que ele mesmo não faz.
• Más decisões na liderança sempre se seguem a partir de líderes inseguros e
ciumentos.
Aprenda que como líder você não deva esperar que as pessoas entendam o que é
estar na sua função, é natural que sejamos julgados por nossas decisões. Só quem está
segurando a panela sabe o quanto ela está quente!
“Há quem diga que a crítica construtiva é quando eu critico você, e a

destrutiva é quando você me critica!”
“Quem me criticou? Críticas adversas de uma pessoa sábia são mais
desejáveis do que a aprovação entusiasmada dos tolos. A fonte geralmente
faz diferença.”
Muitos líderes precisam retomar aquilo que conhecemos no mundo empresarial
como “A cultura do Feedback”. Líderes em formação e em desenvolvimento precisam
periodicamente se reunir com seus gestores para uma conversa de alinhamento e
ajustes. As pessoas só conseguem mudar para melhor quando abrem o coração para o
aprimoramento pessoal.
O professor e escritor Leo Buscaglia dá este conselho:
“A coisa mais fácil de ser neste mundo é você mesmo. A coisa mais difícil
de ser neste mundo é aquilo que os outros querem que você seja. Não permita
que coloquem você nessa situação”. Para ser a melhor pessoa que pode, e o
melhor líder possível, é preciso ser você mesmo. Isso não se equivale à
ausência de disposição para se desenvolver e mudar; apenas significa que está
trabalhando para se tornar o melhor que pode ser. E como observou o
psicólogo Carl Rogers, “o paradoxo curioso é que, quando me aceito assim
como sou, então posso mudar”. Ser o que você realmente é consiste no
primeiro passo para se tornar ainda melhor.
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Aceitar-se é um sinal de maturidade. Se você se preocupa demais com o que os

outros pensam a seu respeito, é porque acredita mais na opinião deles do que na sua.
A confiança verdadeira é resultado do autoconhecimento e da autoaceitação, seus
pontos fortes e seus limites. É o contraponto da dependência de palavras alheias.
Ser o que você realmente é consiste no primeiro passo para se tornar ainda melhor.
Provérbio chinês. “Abençoados são aqueles que podem rir de si. A esses
nunca faltará diversão.”
“Deus ajudará você a ser tudo quanto é capaz de ser, mas ele nunca
permitirá que você seja bem-sucedido se tentar ser outra pessoa.”
(Joyce Meyer)
A essência da autoliderança é ser. O ser em Cristo deve vir antes do fazer para
Cristo.
• A verdadeira grandeza, a verdadeira liderança não é alcançada conseguindo a
sujeição de pessoas ao nosso serviço, mas mediante nossa consagração ao
serviço das pessoas (J. Osvald Sanders).
• A liderança no Novo Testamento não significa brilhantes realizações públicas,
nem personalidade de palco, mas serviço humilde ao grupo. Alguns líderes
podem servir à Palavra e outros líderes podem servir às mesas, mas todos os
líderes servem. (Ted Engstrom)
“Não desista nas trevas do que Deus deu a você na luz!”.
“Parece-me que os líderes que trabalham mais efetivamente nunca dizem
“eu”. Não pensam “eu”. Pensam “equipe”. Entendem que sua função é fazer
que a equipe funcione bem. Aceitam responsabilidade sem tentar fugir, mas
o mérito é da equipe. Há uma identificação com a tarefa e com o grupo. Isso
cria confiança e permite que a tarefa seja completada.” (Peter Drucker).
A verdadeira diferença entre uma pessoa que é líder e outra que não lidera é apenas
uma questão de atitude. (Ivan W. Fitzwater).
As pessoas não se desenvolvem automaticamente. Para crescer, você precisa
tomar a iniciativa. O ponto principal é este: se você não tem um plano de crescimento
pessoal, não espere alcançar crescimento!
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Que tipo de atitude você demonstra quando se trata de aprendizado?

• Zona do desafio: “Tento fazer o que não fiz antes.”
• Zona do conforto: “Faço o que já sei que posso fazer.”
• Zona costeira: “Não faço nem o que fazia antes.”
Muita gente prefere lidar com os problemas antigos em vez de descobrir novas
soluções.
O que você está fazendo para evitar a estagnação?
2.4 A pessoa mais difícil de liderar é você
• Não temos uma visão realista de nós mesmos. A natureza humana parece nos
dotar da habilidade de formular conceitos sobre todas as pessoas do mundo,
exceto nós mesmos.
• Se você não olhar para si de modo realista, nunca conseguirá compreender onde
estão suas dificuldades pessoais. E se você não consegue vê-las, não será capaz
de liderar a si mesmo com eficácia.
• Costumamos adotar critérios totalmente diferentes quando tratamos de julgar a
nós mesmos e aos outros. Nossa tendência é julgar os outros de acordo com suas
ações, mas a nós mesmos por nossas intenções.
• Aprenda a se submeter à liderança dos outros para que, dessa maneira, torne-se
um líder mais humilde... e mais eficaz.
• É preciso ter caráter e autodisciplina para tomar decisões boas e coerentes, fazer
o correto quando necessário e refrear o impulso dos erros repetidos. Sem esse
esforço, deixamos de exercitar o autocontrole, fazemos ou dizemos coisas das
quais nos arrependemos, perdemos oportunidades que se apresentam diante de
nós e mergulhamos em dívidas.
• Quando somos tolos, queremos conquistar o mundo; quando somos sábios,
queremos conquistar a nós
2.5 Exercite sua paciência
• Geralmente, as realizações que valem a pena são demoradas.
Não existe esse negócio de poder instantâneo ou maturidade imediata. Os líderes
precisam se lembrar de que o objetivo da liderança não é chegar em primeiro lugar,
mas levar as pessoas com você até a linha de chegada.
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• Quando você vir um homem bom, pense em imitá-lo; quando vir um homem
mau, olhe para dentro de si e analise seu coração. (Provérbio chinês).
• Muitas iniciativas dão errado porque as pessoas não prestam contas a ninguém
desde o início do processo.
• A menor multidão que você terá a oportunidade de liderar será você mesmo,
entretanto é também a mais importante de todas. Se você se desincumbir bem
dessa tarefa, conquistará o direito de liderar multidões cada vez maiores.
Com que clareza você se vê?
De que tipo de crescimento pessoal você necessita? Em quais das seguintes áreas
você mais precisa se desenvolver:
• autodisciplina,
• capacidade de se submeter à liderança de alguém ou
• paciência?
Que nova tarefa ou prática pode adotar para gerar esse desenvolvimento?
2.6 A decisão difícil distingue o líder.
De vez em quando ouço reclamações de líderes sobre as situações
difíceis que estão enfrentando dentro das organizações que
dirigem. Sinto vontade de dizer: “Graças a Deus pelas situações
difíceis. É por causa delas que você está ali: para ser o líder. Se
tudo estivesse correndo às mil maravilhas, as pessoas não
precisariam de você.” (John Maxwell)
A pessoa certa na liderança se mostra ainda melhor nos momentos
mais difíceis. (Rudy Giuliani)
Se você não demonstra disposição de cuidar das pequenas dificuldades, não
espere ser capaz de encarar as grandes. Mas se você se sair bem com os problemas
menores, conseguirá se destacar quando aparecerem os grandes desafios. É nessas
horas que sua reputação se estabelece.
“Você se considera em condições de vencer a batalha interior? O que faz para

vencer os conflitos internos que todo líder deve enfrentar quando se vê diante
de situações difíceis? As escolhas que fazemos em meio às crises ajudam
tanto a nos formar quanto a informar as pessoas a respeito de quem somos.
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Seja o que for que tivermos dentro de nós é mostrado a todos. Nesses
momentos de definição, nosso caráter não é construído: ele é revelado!
Porque os momentos de definição não são normais, e o que é “normal” não
funciona nessas situações. Nossa reação nos coloca numa nova trilha, e essa
trilha definirá quem nos tornaremos no futuro.”
Líderes se aprimoram quando enfrentam um momento de definição e reagem da
maneira apropriada. Outros são beneficiados por suas crises. A dificuldade é que não
dá para escolher esses momentos. Não é possível sentar com um calendário na mão e
dizer: “Vou agendar um momento de definição para a próxima terça-feira, às oito da
manhã.” Você não pode controlar quando eles virão. No entanto, pode escolher como
reagir a eles, preparando-se de antemão.
• Se não deseja que as pessoas desistam de você, é preciso ser coerente, aberto e
sincero com elas.
• Os líderes devem inspirar confiança, e o fazem não com seu carisma, mas
quando demonstram competência.
• Um líder incompetente não lidera gente competente por muito tempo.
• Líder inseguro é fácil de ser identificado. Seu desejo de poder, de posição e de

reconhecimento se manifesta numa demonstração óbvia de medo, suspeita,
desconfiança ou ciúme. Mas, às vezes, essa atitude pode ser mais sutil. Líderes
excepcionais fazem duas coisas: desenvolvem outros líderes e a si mesmo no
trabalho que executam. Líderes inseguros nunca fazem isso. Pelo contrário, eles
tentam se tornar indispensáveis. Não querem treinar suas equipes para alcançar
seu potencial e serem mais bem-sucedidas do que eles. Na verdade, os líderes
inseguros não desejam que as pessoas sejam bem-sucedidas sem a ajuda deles.
E toda vez que alguém de sua equipe alcança um nível mais elevado, eles
consideram isso uma traição.
• É maravilhoso quando as pessoas acreditam em seu líder. É ainda mais
maravilhoso quando o líder acredita nas pessoas.
2.7 Reflita sobre os momentos de definição do passado
Dizem que quem não conhece a história está fadado a repeti-la. Essa declaração
se aplica não apenas num sentido amplo, a uma nação ou cultura, mas também a
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indivíduos e suas histórias pessoais. A melhor professora de um líder é a avaliação de

sua experiência. Para prever como lidar com os momentos de definição do futuro,
analise aqueles pelos quais você já passou.
• Atitude: vou escolher e demonstrar as atitudes certas diariamente.
• Prioridades: vou determinar e agir de acordo com as prioridades mais
importantes diariamente.
• Saúde: vou aprender e seguir orientações saudáveis diariamente.
• Raciocínio: vou colocar em prática e desenvolver um bom raciocínio
diariamente.
• Compromisso: vou assumir e manter compromissos apropriados diariamente.
• Finanças: vou ganhar e administrar dinheiro de maneira adequada diariamente.
• Fé: vou aprofundar e vivenciar minha fé diariamente.
• Relacionamentos: vou iniciar e investir em relacionamentos sólidos diariamente.
• Generosidade: vou planejar e ser um exemplo de generosidade diariamente.
• Valores: vou adotar e colocar em prática bons valores diariamente.
• Crescimento: vou buscar e experimentar aprimoramentos pessoais diariamente.
2.8 Tomando decisões
A primeira responsabilidade de um líder é descrever a realidade. “Não derrote a
si mesmo.”
Por não encarar a realidade e deixar de promover algumas mudanças bastante
desconfortáveis, você pode estar se auto derrotando.
Tome a iniciativa de mudar antes que seja obrigado a fazê-lo.
Se você não encarar a realidade, não será capaz de promover as mudanças
necessárias.
“Um período de turbulência é muito perigoso, mas o maior perigo é a tentação de
negar a realidade”
Como líderes, as coisas que fazemos (ou deixamos de fazer) sempre geram
consequências. Podemos tentar manter uma imagem ou um estilo de vida irreal, mas,
um dia, teremos de pagar um preço real por isso.
O maior tolo do mundo é aquele que engana a si mesmo.
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Nossos vínculos mentais e emocionais sempre nos levarão a querer pensar no

melhor e negligenciar os pontos negativos das pessoas.
Às vezes, não queremos ouvir a verdade, embora precisemos disso. A verdade é
que muita gente não se interessa por encarar a realidade.
É absolutamente impossível tomar uma série de boas decisões sem antes
confrontar os fatos.”
• Quais são minhas opções?
• Estabeleça um plano de ação.
• Estou disposto a seguir o plano de ação?
A mudança é pouco provável se não houver a direção de um líder eficaz para
facilitar o processo.
2.9 Suas escolhas definem você
“Pessoas de sucesso tomam as decisões certas por antecipação, e as administram
diariamente.”
• Há sempre uma escolha a se fazer em tudo na vida. Portanto, tenha em
mente que, no fim, a escolha que você faz determina quem você é.
(John Wooden)
• Mais do que nossas habilidades, são nossas escolhas que mostram
quem somos de fato. (J. K. Rowling)
E lembre-se: como afirma o ditado:
“novos começos só são possíveis depois dos velhos finais”.
2.10 Liderar exige coragem
• Seja seguro para viver em verdade. Quem vive em mentiras é naturalmente
inseguro e amedrontado e, ainda que tente esconder esses sentimentos, eles serão
revelados em suas posturas e decisões.
• Seja seguro para agir com generosidade. Tenha segurança para doar de si mesmo,
de sua sabedoria e conhecimento. A avareza é uma doença que também está
ligada ao medo e desconfiança. Se você está seguro de quem é e de quem cuida
de você, não teme compartilhar do que sabe e do que tem.
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• Seja seguro para ser corajoso. Liderar exige coragem. Aprender exige coragem.
Mudar a si mesmo a despeito do cenário à sua volta exige coragem. Crescer é
correr riscos. Você não ampliará sua visão e seu raio de ação se não for corajoso.
• Seja fiel à sua missão. Só há fidelidade quando há integridade. O combustível
da liderança é a fidelidade.
• Não dependa da aprovação de outros. Quem age assim vive de maneira confusa,
desfocada e sem frutos significativos.
• Há líderes que não tomam as decisões necessárias porque querem agradar a
maioria.
• Não se preocupe tanto com o que outros pensam a seu respeito, esteja focado em
seu caráter e em seu compromisso pessoal de cumprir a missão para o qual foi
chamado.
Enquanto um líder não decide arriscar no desconhecido, seus pés não pisarão
no inédito.
2.11 O líder nunca desiste
Veja como a humildade e os grandes alvos caminham juntos dentro do plano de
Deus na vida de grandes líderes:
1. Você sempre será criticado injustamente pelas pessoas.
2. Você terá problemas tão grandes que só poderão ser resolvidos por meio de
muita oração e jejum.
3. Você cometerá erros ingênuos.
4. Seus sonhos serão tão grandes que você fracassará, a menos que Deus faça um
verdadeiro milagre.
5. Outros tomarão crédito por seu árduo trabalho.
6. Espere por resistência, oposição, crítica e maledicência.
7. Cedo ou tarde, pessoas de sua confiança vão deixá-lo.
8. Espere pela apatia e indiferença de alguns que ficaram.
Charles Swindoll cita o que ele chama de “quatro falhas espirituais”, quatro
conceitos errôneos acerca da vida cristã, que mostram a necessidade do poder de
persistência no crente.
“1º conceito: Como somos crentes, todos os nossos problemas estão resolvidos.”
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Mas o fato de estarmos realizando a obra de Deus não significava que todos os
nossos problemas estão solucionados!
“2º conceito: Todos os problemas que temos são focalizados na Bíblia.”
Para dizer a verdade, não são, não. Deus nos diz muitas coisas na Bíblia, mas ele
exige, também, que vivamos pela fé, recebendo orientação das Escrituras, do Espírito
Santo e do conselho de crentes espirituais.
“3º conceito: Se estivermos tendo problemas, é porque não somos espirituais.”
Por alguma razão, essa é uma das mentiras mais tenazes que conheço. Parece que
ela nunca desaparecerá, embora não seja verdade. Aliás, provavelmente a verdade é
que se somos espirituais e estamos fazendo a vontade de Deus, teremos problemas.
“4º conceito: Receber a sã doutrina da Bíblia resolve os problemas
automaticamente.”
A instrução na Palavra de Deus nos ajuda a resolver os problemas, contudo ela
não os resolverá para nós.
O apóstolo Paulo disse: “Em tudo somos atribulados, porém, não angustiados;
perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos,
porém não destruídos” (2Co 4.8,9). Isso é poder de persistência.
Se Deus quer que sejamos um líder, ele quer que tenhamos o poder de persistência.
A questão é: será que temos a determinação necessária?
• O poder de Persistência Vence as Traições e as Perseguições.
• O poder de persistência garante o sucesso.
• O líder tem de ficar firme. Além do mais, Deus nos manda oportunidades para
exercitar o poder de persistência de modo que sejamos fortalecidos e possamos
superar, mais tarde, problemas e dificuldades maiores.
• O líder enfrentará problemas e desencorajamentos, mas poderá vencê-lo com o
poder de persistência.
Em 2Coríntios Paulo descreve valiosas perceções que ele aprendeu sobre Deus e a vida,
resultantes de crises na vida:
“Irmãos e irmãs, queremos que saibam das aflições pelas quais passamos na
província da Ásia. Os sofrimentos que suportamos foram tão grandes e tão
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duros, que já não tínhamos mais esperança de escapar de lá com vida. Nós nos
sentíamos como condenados à morte. Mas isso aconteceu para que
aprendêssemos a confiar não em nós mesmos e sim em Deus, que ressuscita os
mortos. Ele nos salvou e continuará a nos salvar desses terríveis perigos de
morte. Sim, nós temos posto nele a nossa esperança, na certeza de que ele
continuará a nos salvar, enquanto vocês nos ajudam, orando por nós. Assim
Deus responderá as muitas orações feitas em nosso favor e nos abençoará;
e muitos lhe agradecerão as bênçãos que ele nos dará”. (2Co. 1:8-11)
“Nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que
fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes
ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida,
mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta
um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas não somos destruídos.
Levamos sempre no nosso corpo mortal a morte de Jesus para que também
a vida dele seja vista no nosso corpo. Durante a vida inteira estamos sempre
em perigo de morte por causa de Jesus, para que a vida dele seja vista neste
nosso corpo mortal. De modo que a morte está agindo em nós, e a vida está
agindo em vocês”. (2 Co. 4:7-11)
Nem todos os líderes terminam bem.
Esses padrões são:
1. Desistência – alguns,
2. Estagnação - a maioria,
3. Exclusão por disciplina – alguns,
4. Crescimento continuado e bom término - poucos.
O desafio é terminar bem, como fez o apóstolo Paulo. Temos de reverter a tendência
crescente dos padrões 2 e 4. Sem uma filosofia de ministério clara, poucos líderes
chegarão ao padrão 4.
As filosofias de ministério serão tão diversas como há líderes.
Não podemos copiar a filosofia de um líder bem sucedido e simplesmente aplica-
la à nossa situação. A filosofia de ministério de um líder tem de brotar do
desenvolvimento da sua liderança.
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Ela tem de harmonizar com o padrão de desenvolvimento dos dons desse líder.
Ela tem de encaixar-se na situação em que Deus o colocou.
É claro que podemos tirar muito proveito de estudar as filosofias de ministério de
líderes que Deus usou grandemente. Todavia, a vasta maioria dos valores aprendidos
serão particulares do líder, por causa das situações específicas que ele viveu.
A filosofia de ministério não precisa ser declarada explicitamente em afirmações
proposicionais, apesar de isso ajudar muito. Mas ela tem de existir e tem de proporcionar
integração ao ministério do líder.
2.13 O que é liderança cristã?
• É aquela que adota, como princípios fundamentais de sua prática e da sua ética,
os ensinamentos de Jesus e seus apóstolos. É aquela que se inspira na liderança
de Jesus e se empenha por reproduzir esse modelo.
• Também, no modelo de liderança que Jesus ensinou aos seus discípulos, liderar
é servir os liderados.
• No Novo Testamento, liderar para Deus é servir os liderados com o propósito de
influenciá-los a se tornarem cada vez mais parecidos com o Senhor Jesus Cristo,
no ser, viver e fazer.
De que tipo de liderança nosso mundo precisa? Uma liderança baseada na Bíblia,
tendo Cristo como centro, é o único tipo que poderá desarmar o fusível da bomba-
relógio formada pelas pessoas revoltadas da terra. Uma liderança desse tipo terá como
preocupação principal a evangelização e a salvação do mundo.
“Trate sempre os outros como a iguais.”

Só porque Deus nos coloca numa posição de liderança, isso não significa que ele
nos tenha feito “melhores” do que os outros. O líder, mais que qualquer outra pessoa,
precisa atentar para as palavras de Paulo: “...não pense de si mesmo, além do que
convém” (Rm 12.3).
• Um líder cristão fundamenta valores, metodologia, motivação e alvos sobre o que
Deus revelou na Escritura. A Bíblia é o padrão para a avaliação de um líder cristão.
• A Bíblia não fala diretamente a respeito de todas as questões de liderança, e quando
ela de fato fala, existe liberdade. Muitas vezes ela fornece ideias gerais ou exemplos
específicos, dos quais um líder tem de ser conduzido pelo Espírito Santo a fazer
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aplicações. Mas ela é sempre o parâmetro ao qual um líder cristão recorre para obter
orientação fundamental.
3 PRINCÍPIO DA AUTORIDADE
A autoridade exterior é a que leva uma pessoa a exercer influência sobre outras
por virtude de símbolos ou posição.
A autoridade exterior pode servir para impressionar outros, mas não faz com que
seu possuidor obtenha respeito dos outros e exerça uma influência especial a ponto de
levar um grupo a buscar metas de permanente benefício que atende às suas reais
necessidades. Isso vem somente da autoridade interior.
• A autoridade interior tem muito pouco a ver com riqueza, posição social ou
status.
Naturalmente, Jesus foi o exemplo máximo de uma pessoa com autoridade
interior. A Bíblia não diz se ele tinha uma presença física imponente. Mas não teve
riquezas, nem projeção social, nem status. Pelos padrões do mundo, ele não foi um
sucesso. E, no entanto, inspirava respeito nos outros e exercia poderosa influência
sobre as pessoas por virtude de sua autoridade. Depois de registrar o “Sermão do
Monte”, Mateus diz que Jesus “as ensinava como quem tem autoridade, e não como os
escribas” (Mt 7.29).
Jesus possuía uma autoridade interior que ninguém negava, nem mesmo seus
caluniadores.
Aquele que possui autoridade interior não se deixa bajular, nem sente necessidade
de bajular os outros sem motivo. Não julga ninguém superior, nem menospreza
ninguém. Embora seja receptivo e afável, não é lisonjeador e jamais condescende.
A pessoa com autoridade interior nunca é fraca, débil, ou sem personalidade. Pode
estar fisicamente envelhecida e fraca, mas deixa transparecer uma impressão de força.
E o que é mais importante: a pessoa com autoridade interior tem autoconfiança e um
forte senso de amor-próprio. A consciência que tem de sua dignidade pessoal é sadia.
Ela não depende do apoio de outros para determinar quem é, o quanto já realizou, ou o
que as pessoas pensam dela.
É essencial que o líder possua autoridade interior, demonstre-a aos outros e use
em seu benefício os símbolos da autoridade exterior que acompanham sua posição.
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O líder em desenvolvimento normalmente lutará com alguém que está acima dele
na autoridade. Aprender a submeter-se é essencial para aprender o que é a autoridade,
de modo que líderes precisam aprender primeiro a submeter-se.
3.1 Autoridade ou autoritarismo
A autoridade é um aspecto natural da função de liderança. Ela é decorrente da
missão do líder. Sua finalidade é servir, é garantir o cumprimento da missão e atingir o
objetivo claramente definido.
Os discípulos reconheciam em Jesus a autoridade de Mestre. Ao servir os
liderados, o Senhor não abriu mão da sua autoridade, pelo contrário, ele confirmou sua
autoridade servidora, e dela investiu os discípulos na Grande Comissão.
No estilo de liderança de Jesus, abrir mão do poder também significa abrir mão
do autoritarismo. Autoritarismo é o uso abusivo da autoridade.
O autoritarismo é a autoridade doente. O líder autoritário é manipulador e opressor
das mentes e consciências dos seus liderados.
Na liderança autoritária, o líder tende a se cercar de assessores que não ousam
confrontá-lo quando está errado, nem divergir das suas opiniões. Os relacionamentos
interpessoais são superficiais e frágeis, predominando a desconfiança e a insegurança
bilaterais.
Um erro comum que costuma acontecer a quem tem autoridade é a impaciência.
Líderes gostam de resultados. Infelizmente, esse jeito de agir faz com que deixem de
ouvir. No entanto, um ouvido mouco é o primeiro sintoma de uma mente bitolada, e
ter uma mente bitolada é um caminho infalível para atrapalhar sua liderança.
Quanto mais alto é o nível de liderança que se atinge, maior é a autoridade que se
tem nas mãos e menor é a disposição de ouvir o que os outros têm a dizer. Contudo, a
necessidade de ouvir também se torna maior do que nunca! Quanto mais se afastam
das linhas de frente, mais os líderes dependem de outras pessoas para adquirir dados
precisos. E quando um líder permanece sem saber de nada, os problemas da
organização tendem a piorar cada vez mais, sejam eles quais forem.
Quando os liderados deixam de acreditar que seu líder os ouve, começam a
procurar por alguém que o faça.
• Ouça os murmúrios para não ter de ouvir os gritos. (Provérbio cherokee)
Saber ouvir aciona todos os recursos da organização, que se torna apta a cumprir
a visão e atingir suas metas.
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4 SUBMISSÃO
Qualquer pessoa pode submeter-se a algo que deseja. A submissão é testada
apenas quando não se deseja aquilo.
Deus não tem a mesma pressa que você e eu temos. Ele está mais interessado
em moldar você e eu primeiro. Submissão é uma lição essencial à liderança.
Um líder precisa aprender a obedecer, para influenciar outros a

obedecerem.
Uma coisa é obedecer quando parece ser algo lógico e necessário, mas é
totalmente outra coisa quando a obediência requer algo que não faz sentido. A
obediência não depende sempre do entendimento. Em termos éticos ou práticos não
fazia sentido matar Isaque, contudo Abraão obedeceu.
“Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que
fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós” (2Co 4.1,5,7).”
O ministério tem problemas que facilmente podem desencorajar qualquer um líder

leigo ou obreiro com menos experiência, e o desencorajamento vem de várias fontes. Os
que persistem aprendem como Deus faz com que um líder amadureça. Os problemas
são os degraus pelos quais Deus nos faz subir para a maturidade.
1. A pessoa que aprende que a autoridade espiritual é a base de poder para o

ministério tem de reconhecer a fonte essencial de toda a autoridade: Deus;
2. A autoridade delegada por Deus não pertence à pessoa que a exerce,
essa pessoa é tão somente um canal;
3. O canal da autoridade delegada é responsável perante Deus pela maneira
como essa autoridade é exercida;
4. Um líder é alguém que reconhece a autoridade de Deus manifesta em
situações da vida real;
5. Submissão à autoridade significa que uma pessoa está sujeita ao próprio
Deus e não ao canal pelo qual a autoridade vem até ela;
6. Rebeldia contra a autoridade significa que uma pessoa não está se
submetendo a Deus, embora possa parecer que a pessoa esteja rejeitando
alguma manifestação impura da autoridade de Deus vinda por um canal
humano;
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7. Pessoas que estão sob a autoridade de Deus buscam e reconhecem a autoridade

espiritual e de boa vontade se colocam debaixo dela;
8. A autoridade espiritual nunca é exercida para benefício próprio, mas em favor
dos que lhe estão sujeitos;
9. Uma pessoa com autoridade espiritual não tem de insistir na obediência, isso e
responsabilidade moral do seguidor;
10.Deus é responsável para defender a autoridade espiritual. (Watchman Nee).
Há muitos exemplos bíblicos de líderes que fazem descobertas de autoridade:

O centurião em Mateus 8.5-13 conhecia a autoridade legítima:
“Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados
que obedecem às minhas ordens. Digo para um: ‘Vá lá’, e ele vai. Digo para outro:
‘Venha cá’, e ele vem. E digo também para o meu empregado: ‘Faça isto’, e ele faz”
(v. 9).
Ele transferiu a sua compreensão de autoridade legítima na terra á esfera
espiritual quando viu Jesus como alguém que tem autoridade espiritual. Além
disso, ele viu seu relacionamento com Jesus através dessa percepção, e agiu com fé.
“Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom” (v. 8).
Jesus fez isso, e o criado foi curado. Jesus prosseguiu, dando-lhe um dos maiores
elogios registrados no Novo Testamento:
“Eu afirmo a vocês que isto é verdade: Nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo
de Israel” (v. 10).
Que diria você se eu lhe perguntasse: “Qual é a percepção relacional mais importante
que você aprendeu? Como você a aprendeu?” Frequentemente uma percepção relacional
advém em resultado de um choque de autoridade, de uma lição de submissão ou de uma crise
no ministério. Essas lições sobre relacionamentos, independentemente de serem aprendidas
pela via negativa ou positiva, são pontos de virada no desenvolvimento de um líder.
A percepção relacional mais importante que aprendemos é que subordinados
precisam ser muito cautelosos ao corrigir os que lhes são superiores em autoridade. Para
corrigir um líder desses a pessoa precisa de mais do que apenas estar com a razão. Estar
certo ou errado não constitui toda a questão. Às vezes ter razão em certos assuntos é
menos importante que manter um relacionamento positivo.
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Aprender essa lição pelo caminho negativo pode ser penoso, pode não parecer muito
agradável, e de fato não é, mas pode nos ensinar a ser mais flexíveis e permitir que Deus
comesse a mudar nossa rigidez, e nos ensinar a desistir do direito de ter razão.
O conflito é uma ferramenta poderosa na mão de Deus e pode ser usado para
ensinar lições a um líder que ele não aprenderia de nenhum outro modo.
São por meio dos conflitos no ministério que um líder aprende lições positivas
ou negativas sobre a natureza do conflito, sobre caminhos possíveis para solucionar ou
evitar conflitos, sobre modos criativos para utilizar os conflitos, e sobre o conflito como
um dos métodos de Deus para desenvolver a vida interior de um líder. A apropriação
dessas lições por parte de um líder poderá afetar significativamente sua liderança
futura.
O conflito poderá vir de fora, ou seja, daqueles que não são cristãos, e de dentro,
dos que são cristãos. Às vezes o conflito vindo de dentro é o mais difícil de
enfrentar, visto que um líder tem expectativas maiores em relação aos que creem.
O processamento do conflito é importante, não tanto para aprender a

solucionar problemas, mas pelo seu valor de revelar o caráter.
Já é bastante ruim passar por conflitos; pior é passar por conflitos e não se
beneficiar deles.
Líderes na etapa de maturação no ministério tem de aprender a se submeter à
autoridade para aprender como usar corretamente a autoridade. Esse processo de
aprendizagem envolve percepção da submissão, reconhecimento da autoridade de Deus e
disposição para submeter-se.
Moisés aprendeu a submeter-se a Deus por meio desses testes, e Deus sustentou a
liderança de Moisés, mostrando-lhe sua fidelidade.
• Um líder que experimenta reveses na liderança aprende pelo conflito com outros a
se submeter a Deus de um modo mais profundo.
• O revés na liderança põe à prova a perseverança de um líder, sua clareza de visão
e sua fé.
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• O sucesso final de um líder traz consigo problemas. Todos os líderes precisam estar
cientes disso e perseverar através das provações que estão ligadas ao ministério
eficiente.
• O revés na liderança constitui uma forma de provar a integridade em que pode ser
revelada a motivação real do líder.
• A lealdade não é testada até que venham tempos difíceis. Deus pode usar tempos
difíceis para preparar o cenário para a libertação, que pode vir unicamente
através dele. Então ele pode libertar, receber a glória, e lançar o fundamento para
um trabalho futuro.
O líder deve aprender a sentir a realidade espiritual (luta espiritual) atrás da
realidade física, como também depender do poder de Deus no ministério. Precisará
dessa habilidade de discernimento durante toda a sua vida.
Em Daniel 10 lemos que Daniel foi confortado por um anjo. Ele havia jejuado e
tinha orado pela nação de Israel durante três semanas. O anjo explicou que Deus ouviu
a oração de Daniel logo quando ele começou a orar, mas a resposta demorou porque o
anjo teve de lutar contra os poderes espirituais que governavam a Pérsia. A explicação
do anjo revela a realidade da luta espiritual invisível por atrás do cenário físico. O
ministério de oração de Daniel é parte da luta espiritual.
Alguns líderes tem uma tendencia de exagerar, culpando a luta espiritual por todos
os conflitos e problemas. Eles veem forças espirituais atrás de todas as realidades
humanas. Outros líderes são cegos para a realidade espiritual e não veem nenhuma
força espiritual por trás de ações humanas. A Bíblia enfatiza um equilíbrio entre esses
dois extremos.
Efésios 6.10-20 nos adverte de que devemos estar alertas para discernir a realidade
espiritual atrás de fachadas humanas. Efésios 6.12 afirma:
“Nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças
espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os
poderes que dominam completamente este mundo de escuridão.”
Os v. 18-20 identificam uma das armas mais eficientes a ser usada na luta
espiritual: a oração de intercessão.
Não devemos nem subestimar nem superestimar a luta espiritual por trás de cada
situação. Deus dará o discernimento necessário quando o líder estiver aberto para
aprender.
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• Quando um líder tiver um potencial de liderança que ainda não é desenvolvido

ou usado, Deus desafiará esse líder para dar passos para se desenvolver e usar essa
capacidade para os propósitos dele.
• Frequentemente um líder não está consciente da sua capacidade até que Deus
proporcione orientação através de pessoas ou eventos para encorajá-lo a se
desenvolver.
• Sem processamento negativo muitos ficariam satisfeitos em permanecer (e
talvez estagnar), não avançando para se desenvolver, se expandir e sentir os
passos seguintes de Deus.
A preparação negativa envolve o emprego que Deus faz de acontecimentos,
pessoas, conflitos, perseguição e experiências que se concentram no negativo, a fim de
livrar uma pessoa da situação atual para que entre na próxima fase de desenvolvimento
com interesse revitalizado.
A ênfase não reside em escapar, mas em ficar livre e preparado para

aceitar uma situação nova, mediante um abandono que do contrário não
aconteceria.
4.1 Entenda e pratique o princípio bíblico de submissão à autoridade
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade
que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De
forma que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que
resistem trarão sobre si mesmos condenação”. (Rm 13.1-2).
A submissão, no sentido aqui utilizado, é a atitude interior de aceitação voluntária
da autoridade por causa da nossa submissão amorosa a Deus.
4.2 A submissão à autoridade pode ser:
• tolerada por imposição (de norma impositiva ou pessoa em posição de
autoridade; por circunstâncias);
• aceita voluntariamente por causa da nossa consciência para com Deus
(independe da existência da norma impositiva).
Ao liderar qualquer ministério na sua igreja, trabalhe debaixo da autoridade dos
seus líderes espirituais. Isso é fundamental. Portanto, combine tudo com eles e preste
relatórios. Pela perspectiva divina, você é livre para pensar e discordar, mas não para
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desobedecer a autoridade constituída por Deus. Submissão à autoridade é um princípio

bíblico da mais alta relevância na liderança.
4.3 Pergunta:
• Você aceita, de boa vontade, ser liderado por outras pessoas?
• Se você não aceita ser liderado por outras pessoas, como saberá liderar?
Bons líderes aceitam ser liderados por outros. Isso favorecerá, e muito, o seu
desempenho. Ser liderado é uma grande escola de liderança. É aqui onde você aprende
como o liderado se sente em relação ao seu líder, quais suas inseguranças, fragilidades,
medos e ansiedades. Você percebe também o poder de influenciar que o líder possui e
a enorme responsabilidade decorrente desse privilégio.
Sonde seu coração honestamente diante de Deus e identifique se você aceita ser
liderado por outras pessoas. Se sim, parabéns! Você já é um candidato à liderança no
reino de Deus. Se tem resistência a isso, aí está uma área da sua vida a ser trabalhada
em parceria com o Espírito Santo se de fato quer liderar para Deus.
Via de regra, pessoas no poder saem vitoriosas, estando ou não com

razão num determinado assunto.
5 MATURIDADE
À medida que um líder potencial ingressa no ministério, Deus desenvolve as
habilidades de liderança dele conduzindo-o por quatro fases.
1) Deus desafia o líder ao ministério. Isso se chama ingresso.
2) Ele desenvolve habilidades e dons espirituais para aumentar a eficácia do líder. A
isso Chamamos de treinamento.
3) Ele capacita o líder para relacionar-se com pessoas de uma maneira que as motive e
influencie. Deus também lhe ensina como organizar os meios para realizar essas metas.
Isso é chamado de aprendizagem relacional.
4) Deus ajuda o líder a ver princípios espirituais que governam o ministério que agrada
a Deus. A isso se chama de discernimento.
Aprender a relacionar-se de uma maneira agradável a Deus no meio de conflitos
está estreitamente entrelaçado com aprender a discernir os princípios espirituais que
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governam o ministério. Nessa área de discernimento espiritual o aprendizado é difícil para

vários líderes, porém ela é crucial porque relacionamentos saudáveis são essenciais para um
ministério eficaz.
Responsabilidades crescentes, bem como a necessidade de ser um obreiro eficaz,
forçam-no a aprender a depender de Deus e a ter mais fé.
Nas fases iniciais do ministério, os líderes emergentes sentem-se atraídos a outros que
servem como mentores, mestres ou supervisores, e que desafiam líderes emergentes a
assumir tarefas que podem ser de qualquer dimensão ou natureza. Essas tarefas verificarão
a lealdade e submissão, e identificarão os dons do líder emergente, sua iniciativa e seu
potencial. Uma questão importante a ser lembrada é que, em última análise, a
incumbência vem de Deus, ainda que a tarefa ministerial surja por iniciativa pessoal ou
por indicação de outro líder.
Uma tarefa ministerial é um teste. Constitui uma incumbência específica que
pode ser cumprida e avaliada. Verificará a disposição, a fidelidade e as habilidades do
líder em potencial. Parece que o critério de Deus é iniciar com pequenas tarefas
ministeriais. À medida que o líder corresponde a elas de maneira adequada, Deus lhe
confere tarefas de responsabilidade cada vez maior.
• A estagnação no desenvolvimento de um líder é indicada por um decréscimo na
frequência de iniciativa e resposta a desafios ministeriais e a incumbências de
ministério.
• Um sinal de perigo, apontando para um líder que estagnou, é a falta de
entusiasmo em desafiar e arregimentar líderes em potencial.
• Desafios ministeriais iniciados pela própria pessoa carrega em si as sementes de
uma liderança de nível superior. Aqueles que começam por iniciativa própria
muitas vezes rompem com o status quo e ameaçam aqueles que exercem
autoridade sobre eles.
• É preciso que os líderes reconheçam o valor dessa qualidade e estejam alerta para
notar os líderes emergentes que a demonstram.
Você ainda está disposto a aceitar novos desafios e atribuições, e está conquistando outros
para realizá-los? Se não, você pode ter-se acomodado. Para avançar, você tem de pedir a
Deus que lhe dê um novo entusiasmo para o ministério.
• Uma habilidade muito importante inclui aprender como relacionar-se com
superiores, colegas e subordinados nas estruturas organizacionais.
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• Líderes que estagnam cedo revelam uma característica comum. Aprendem novas
habilidades até que possam operar confortavelmente com elas, mas depois, por
opção e por hábito, deixam de procurar novas habilidades. Movem-se às custas
da experiência anterior.
• Todos os líderes estão sento constantemente treinados por Deus, porém, nem
todos aprendem desse treinamento.
• Todos os líderes operam a partir de uma filosofia de ministério. Porém, essa
filosofia pode não ser adequada, ou talvez seja simplista. Pode ser implícita
e não explícita. Líderes eficazes sabem articular grande parte de sua filosofia
de ministério.
• A filosofia de ministério é o resultado do desenvolvimento da liderança, as
ideias, os valores e princípios, tanto implícitos quanto explícitos, que um
líder usa como diretrizes para tomar decisões, para exercer influência ou para
avaliar o ministério.
• Uma crescente consciência de nossa filosofia de ministério conduz a uma
liderança mais eficiente.
• O líder tem de desenvolver uma filosofia de ministério que simultaneamente faz
justiça a valores bíblicos de liderança, que enfrenta os desafios dos tempos em
que vive e que se adapta a seus dons Singulares e a seu desenvolvimento pessoal,
se espera ser produtivo durante a vida inteira.
• O desafio dos tempos obriga uma filosofia de ministério a ser uma entidade dinâmica
variável e não uma diretriz estática, perfeita para todo os tempos.
5.1 Fuja dos lugares de cegueira
• Quando recebemos uma visão de Deus, saímos do lugar de nossa antiga
mentalidade e paradigmas e temos que cuidar para não voltar para lá.
• Tenha cuidado com lugares nocivos, venenosos, estéreis, inúteis e infrutíferos.
Cuidado com os ambientes que já fizeram com que você perdesse a visão, o que
pode significar um ambiente, hábitos e até colegas de profissão. Podem ser
tradições, denominações ou até amigos. Decida romper com o que não revela a
você luz e visão.
• Recuse a viver uma vida de aparências e uma liderança de fachada. Seja real
quanto ao que você precisa e decida passar pelos processos até o fim. Deus tem
mais para você! Se você tem apenas uma imagem, uma vaga ideia do que seja a
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visão que Deus está lhe dando, não se contente apenas com isso. Ele quer
entregar tudo a você plenamente.
• Persiga o novo caminho que se abrirá diante de você. Deus deseja dar a você
uma visão plena acerca do futuro.
6 CARÁTER
No cerne de qualquer verificação das qualidades bíblicas para a liderança encontra-
se o conceito da integridade. A capacidade dada por Deus para liderar tem duas partes:
dons e caráter. A integridade constitui o cerne do caráter.
Atos 5.1-11 relata duas checagens distintas de obediência. Ananias e Safira
venderam sua propriedade, porém faltou-lhes a integridade quando informaram o
montante da venda. Pedro foi testado quando confrontou cada um deles sobre o pecado
deles.
Líderes serão responsáveis para influenciar determinados grupos de pessoas a
obedecerem a Deus. Não terão sucesso nisso, a menos que eles próprios saibam como
obedecer.
Líderes segundo a vontade divina demonstram amor pela verdade. Estudam a
palavra escrita para alimentar suas próprias almas, bem como para ajudar a outros.
Deus ensina um líder a apreciar a verdade, a cultivar hábitos para incorporar a verdade
e responder com obediência a ela.
A veracidade confirmará a capacidade do líder emergente para ser um guia, o que
resultará em aumento da autoridade espiritual, notada pelos seguidores.
Talvez um líder emergente nem sempre reconheça a voz de Deus na voz de outras
pessoas. Mas Deus sempre vai usar pessoas para falar conosco.
O fracasso diante de um teste frequentemente resulta em lições repetidas e tempo
mais longo de desenvolvimento. Pode trazer consigo, como no caso de Ananias e Safira,
disciplina e afastamento do ministério. Primeiro se aprende a obediência, depois se
ensina.
A fidelidade é a régua pela qual Deus mede a maturidade do ministério. Como
você executa os ministérios de que é incumbido? Você os considera como vindos de
Deus e responde com uma alegre prestação de serviço a ele? Você os vê como tarefas
rotineiras a serem suportadas ou como realizações a serem atingidas para obter
reconhecimento pessoal?
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Um serviço fiel acarreta uma responsabilidade maior. Como você corresponde a

elas?
Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.43,44). Com o
auxílio de Cristo, podemos superar o ódio e o rancor.
Todo líder sofre pressões e problemas que podem levá-lo a desistir.
Deus produz fidelidade através de tarefas para o ministério e atribuições iniciais.
Deus não para de trabalhar no caráter depois que levou alguém a liderança. Deus
continua formando o caráter durante todo o ministério de um líder. Esse
desenvolvimento não se concentra em um teste para entrar no ministério, mas no
relacionamento com Deus. As qualidades do amor, da compaixão, da empatia, do
discernimento e outras são aprofundadas.
As lições principais são:
• O ministério maduro flui de um caráter maduro;
• Um caráter maduro se forma por de um processo penoso;
• Diversos líderes passam por esse processo sem perceber o benefício que ele traz;
• A autoridade espiritual não é um alvo, mas, pelo contrário, um subproduto.
6.1 O Padrão de Avaliação pela Reflexão — Cinco Fases

• Deus inicia um processo intenso para conquistar a atenção do líder;
• O líder é forçado a fazer uma reflexão séria sobre o ministério, a vida e a
realidade mais importantes;
• O líder faz uma avaliação que resulta num pensamento formativo e num
compromisso com medidas de crescimento aprendidas no processo;
• O líder experimenta uma nova determinação de conhecer a Deus mais
profundamente;
• Deus abençoa o compromisso e a determinação renovando, aprofundando a
relação entre ele e o líder.
Se um líder se recusa a ver a mão de Deus nesse processamento intenso e, ao invés
disso, culpa as circunstâncias ou as pessoas, ou afasta o processo pela racionalização,
o padrão pode não se desenvolver.
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Liderança de qualidade não vem facilmente. Requer tempo, experiência e

ocasiões repetidas de processamento da maturidade. O ministério maduro emana de
um caráter maduro, formado na escola superior da vida. O ministério pode ter êxito
unicamente pelos dons recebidos. Porém um líder cujas habilidades ministeriais
suplantam sua formação de caráter eventualmente titubeará. Um ministério próspero e
maduro emana de alguém que tem igualmente habilidades de ministério e um caráter
que foi sazonado, desenvolvido e amadurecido através do processo de maturidade de
Deus. Formação de caráter é fundamental. Ministério emana do ser.
Nós devemos liderar com o caráter tratado e uma postura equilibrada. As pessoas
seguirão sempre o “coração” de um líder, seguirão seu caráter, sempre estarão
observando como ele vive, como se relaciona com seus líderes, como trata seus
colaboradores, como se articula com os demais setores da organização, enfim, seguirão
um homem ou mulher íntegros. (Filipe O. Bar)
7. TRABALHO EM EQUIPE
• Trabalhamos juntos para cumprir a visão.

• Atingimos nossas metas juntos. Precisamos uns dos outros.
• Se não precisássemos, um de nós estaria no lugar errado.
“Um é pouco para alcançar a grandeza.” Não há realização de genuíno valor que tenha
sido alcançada por trabalho solitário.
• Com toda a honestidade, se você é capaz de realizar, por conta própria, a visão
que possui para sua vida e seu trabalho, então significa que está mirando muito
baixo.
• Você é melhor na ciência ou na arte da liderança? Alguns líderes são melhores
na área técnica da liderança: estratégia, planejamento, finanças etc. Outros são
melhores no que se refere às pessoas: interação, comunicação, compartilhamento
da visão, motivação etc. Qual é seu ponto mais forte?
• Se você está mais para um líder técnico, nunca perca de vista o fato de que
liderança tem a ver com pessoas. Tome iniciativas que permitam o
aprimoramento de suas habilidades relacionais. Tente caminhar calmamente
pelos corredores de modo que possa conversar com as pessoas e conhecê-las
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melhor. Leia livros ou faça cursos. Peça a algum amigo que seja bom em
relacionamentos pessoais para lhe dar algumas dicas. Procure por bons
conselheiros. Faça o que for necessário para se desenvolver.
• Se a sua motivação para a liderança se limita a avançar na carreira e buscar
desenvolvimento profissional, então você corre o risco de se tornar aquele tipo
de líder carreirista que finge ser o rei da cocada preta diante dos colegas e
funcionários.
• Dedique algum tempo a uma introspecção séria para descobrir de que maneira
sua liderança pode e deve beneficiar outras pessoas.
• Qualquer coisa que seja importante só vale mesmo a pena quando é feita em
equipe. Sonhe grande. Que tipo de realização acha que poderia exigir mais de
você do que apenas esforço próprio? Com que tipo de companheiros de equipe
você precisaria contar para alcançar essas realizações? Até que ponto esse
empreendimento beneficiaria essas pessoas, você ou a sua organização? Amplie
seu jeito de pensar e, assim, estará mais propenso a pensar em chegar ao topo
junto com sua equipe.
• E tudo quanto você possa fazer por conta própria perde relevância diante do que
pode fazer em equipe. A maneira de criar equipes realmente qualificadas é
estabelecendo parcerias, que é o que os relacionais estão mais propensos a fazer.
• Os maiores problemas que os profissionais enfrentam não estão relacionados à
competência, mas sim a relacionamentos.
• O apreço abre espaço para as diferenças entre as pessoas e o interesse por elas.
• A sensibilidade reconhece os sentimentos e logo se ajusta ao humor dos outros.
• A coerência possui a virtude de ser uma realidade, não uma impostura, e só
elogia quando há sinceridade.
• A segurança não busca ser “a dona do mundo”, pois sabe que a vitória dos outros
não implica derrota automática para ela.
• O humor sabe rir de si mesmo, não se melindra com facilidade.
Se você é hábil em interações, mas possui pouco desejo de ascender, pode acabar
com muitos amigos, mas sem autoridade suficiente para realizar nada.
7.1 O progresso de trabalho em equipe deve ser:
• Quero vencer.
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• Quero vencer, e você também pode.

• Quero vencer com você.
• Quero que você vença, e assim vencerei também.
Ninguém jamais alcançou nada relevante sozinho. Mas, mesmo que não consiga
realizar um grande empreendimento, terá, pelo menos, formado um círculo de
amizades nesse processo. Isso não apenas torna a jornada mais agradável, como
também prepara você para o sucesso no futuro.
• Procure conhecer sua equipe e tente enxergar as coisas a partir do ponto de vista
de seus membros.
• Ajuste seu foco. Alguns profissionais que priorizam as pessoas tendem a perder
o foco.
Acerte o passo. Considerando que a interação geralmente requer que o líder baixe
o ritmo, é possível que você tenha se acostumado a trabalhar num passo lento demais;
obrigue-se a acertar o passo.
• Se aqueles que estão se juntando à equipe possuem um alto potencial e os que
saem são mais limitados, o futuro da organização será brilhante. Se os que estão
embarcando são limitados e os que estão saindo são talentosos, o futuro é
obscuro.
• Fica difícil liderar com eficiência uma pessoa que não deveria sequer estar em
sua equipe.
Como líder, você só terá condições de progredir quando puder contar com gente
disposta a oferecer apoio.
• Guardiães do tempo: pessoas que me ajudam a poupar tempo.
• Complementadores de dons: pessoas que fazem aquilo que não sei fazer.
• Integrantes de equipe: gente que agrega valor a mim e a minha equipe.
• Cabeças criativas: pessoas que resolvem problemas e me oferecem alternativas.
• Fechadores de portas: pessoas que, com excelência, concluem as tarefas
inacabadas.
• Desenvolvedores de gente: pessoas que desenvolvem e fazem aflorar outros
líderes e colaboradores.
• Líderes servidores: gente que lidera de acordo com a melhor atitude.
• Ampliadores de mente: pessoas que expandem meu raciocínio e meu espírito.
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• Formadores de redes relacionais: pessoas com grande capacidade de atrair outras

que agregam valor à minha vida.
• Mentores espirituais: gente que incentiva minha caminhada de fé.
• Amigos incondicionais: pessoas que conhecem minhas fraquezas e, ainda assim,
me amam sem reservas.
“Por trás de toda pessoa capaz há sempre outras pessoas capazes.” (provérbio
chinês)
Na minha vida, esse ditado tem confirmado sua veracidade.
• As pessoas gostam de trabalhar para quem gosta delas também.
7.2 Você é o tipo de líder em quem sua equipe pode confiar?
• Há coerência entre o que sei e o que digo?
• Coloco as vantagens pessoais acima das do grupo?
• Costumo sonegar informações?
• Minto ou conto meias-verdades?
• Tenho uma mentalidade fechada?
O processo de conquista da credibilidade não ocorre da noite para o dia, mas, se
você colocar em prática regularmente essas cinco dicas, com o tempo sua equipe
começará a confiar em você.
É como diz o velho ditado: a experiência submete a pessoa à prova primeiro para
depois ensinar a lição. Adquirir experiência pode custar muito caro, mas não tanto
quanto deixar de adquiri-la.
• Há uma parábola sobre uma raposa, um lobo e um urso. Um dia, eles foram caçar
juntos, e cada um pegou um cervo. Aí passaram a discutir como dividiriam o
produto da empreitada. O urso perguntou ao lobo como ele achava que a partilha
poderia ser feita. O lobo respondeu que cada um deveria ficar com um cervo. Na
mesma hora, o urso comeu o lobo. Em seguida, o urso perguntou à raposa como
ela propunha dividir as coisas. A raposa ofereceu ao urso seu cervo e acrescentou
que o urso também deveria ficar com o animal que o lobo havia caçado.
— Com quem aprendeste a ser tão sábia? — perguntou o urso.
— Com o lobo — respondeu a raposa.
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CONCLUSÃO
O que você deixará para a posteridade?
“De maneira geral, ninguém sabe o que fazer com a vida, mas mesmo assim deseja
outra que seja eterna.” (Anatole France)
Escolha seu legado.

• Quero ser um grande pastor.
• Quero ser um grande comunicador.
• Quero ser um grande escritor.
• Quero ser um grande líder.
“Quero agregar valor à líderes que o disseminarão entre outras pessoas.”

(John Mxwell)
“Vamos pra frente que na frente tem gente!”
(Bp. Quirino)
O somatório daquilo que você vive a cada dia se torna o seu legado.
As pessoas geralmente não podem escolher quando ou como morrerão, mas
podem decidir como viverão.
O sociólogo Anthony Campolo, fala a respeito de um estudo segundo o qual
cinquenta pessoas na faixa dos 95 anos responderam à seguinte pergunta: “Se você
pudesse voltar no tempo e viver de novo, o que faria diferente?” A pergunta permitia
respostas espontâneas, e as respostas variavam bastante. No entanto, três temas eram
recorrentes:
• “Se eu tivesse de começar tudo de novo, pensaria melhor.”
• “Se eu tivesse de começar tudo de novo, arriscaria mais.”
• “Se eu tivesse de começar tudo de novo, faria mais coisas que permanecessem
depois de minha morte.”
Definir o seu legado e vivê-lo diariamente ajudará a alcançar esse objetivo.
Sua meta como líder não é a de se tornar indispensável para as pessoas de sua
equipe, é a de legar algo indispensável a seus liderados.
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Que tipo de ponte você está construindo para seus seguidores? Está fazendo o
melhor que pode com sua liderança, não apenas para si ou para as pessoas que lidera
hoje, mas também para aqueles que seguirão seu exemplo no futuro?
A informação, por si, não ajudará você a se tornar um líder melhor. É preciso
aplicá-la na vida, caso deseje mudar e se tornar um líder melhor.
Faça o que você fizer, não pare. Não se desenvolve a liderança de uma hora para
a outra. É um processo que dura a vida inteira, e, quanto maior for o seu empenho,
maior será o potencial de se tornar o líder que é capaz de ser. Nunca pare de aprender.
Nunca esqueça que seu maior valor potencial não está em sua liderança, e sim em
sua capacidade de identificar pessoas com potencial de liderança e ajudá-las a se
tornarem líderes de sucesso. Você pode exercer um impacto maior ao desenvolver um
pequeno núcleo de líderes do que dirigindo um exército imenso de seguidores. E não
importa em que ponto esteja na jornada da liderança, continue crescendo, liderando e
trabalhando para fazer diferença.
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BIBLIOGRAFIA
CLINTON, J. Robert. Etapas na vida de um líder - Os padrões que Deus usa para
desenvolver um líder. Ed Descoberta. Curitiba, 2000.
HAGGAI, John. Seja um líder de verdade – liderança que permanece para um mundo
em transformação. Ed Betânia, Curitiba, 2019.
MAXWELL, John C. O Livro de Ouro da Liderança. Ed. Thomas Nelson, Rio de
Janeiro, 2017.
MAXWELL, John C. Os Cinco Níveis da Liderança, Ed CPAD, Rio de Janeiro 2012.
PAES, Carlito. LIDERANÇA QUE PREVALECE. Ed. Inspire, São José dos Campos
– SP. 2020.
MAXWELL, John C. 17 Princípios do Trabalho em Equipe. Ed Tomas Nelson, Rio de
Janeiro 2012.
SOUTHERLARND, Dan. A TRANSIÇÃO – Conduzindo Pessoas no Processo de
Mudança. Ed. Vida, são Paulo 2007.
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Liderança Que Permanece

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LIDERANÇA QUE PERMANECE

PROJETO ESTRATÉGICO DE LIDERANÇA DA IDB CENTRAL

Direção geral: Bispo - José Quirino Rodrigues

Igreja de Deus Central

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• Liderança é a disposição de assumir riscos,

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Que Deus nos abençoe nessa caminhada!

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✓ Descobri que os líderes bons e os potenciais demonstram possuir as seguintes

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1.1 Para mudarmos de verdade, precisamos mudar nossos paradigmas

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desenvolvido e constantemente lapidado. Portanto, por meio de treinamento, qualquer

Todos os líderes podem apontar para incidentes críticos em sua vida

Desenvolvimento de liderança é um processo para toda a vida. Você precisa de

“Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso,

“...porquê de Deus somos cooperadores (1 Co 3.9), ou seja, ...porquê de Deus somos

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Entenda o momento de liberar pessoas para o que elas desejam fazer.

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“Há quem diga que a crítica construtiva é quando eu critico você, e a

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Aceitar-se é um sinal de maturidade. Se você se preocupa demais com o que os

Que tipo de atitude você demonstra quando se trata de aprendizado?

“Você se considera em condições de vencer a batalha interior? O que faz para

• Líder inseguro é fácil de ser identificado. Seu desejo de poder, de posição e de

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indivíduos e suas histórias pessoais. A melhor professora de um líder é a avaliação de

Nossos vínculos mentais e emocionais sempre nos levarão a querer pensar no

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“Trate sempre os outros como a iguais.”

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Um líder precisa aprender a obedecer, para influenciar outros a

O ministério tem problemas que facilmente podem desencorajar qualquer um líder

1. A pessoa que aprende que a autoridade espiritual é a base de poder para o

7. Pessoas que estão sob a autoridade de Deus buscam e reconhecem a autoridade

Há muitos exemplos bíblicos de líderes que fazem descobertas de autoridade:

O processamento do conflito é importante, não tanto para aprender a

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A ênfase não reside em escapar, mas em ficar livre e preparado para

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